A História dos Vikings

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Aqui a fantasia e a realidade fazem parte do mesmo mundo. Poucas culturas na história ainda tem o poder de encantar, fascinar e inspirar as pessoas deixando um legado imortal a ser lembrado: e eles conseguiram isso! Então cavaleiros, essa é a História dos Vikings!
A nossa saga começa aqui no século VIII AD: Dinamarca, Suécia e Noruega. Quem morava lá eram esses caras aqui: os Escandinavos. Eles faziam parte das tribos germânicas que ocuparam a Alemanha e depois a Europa Ocidental toda também.
Só que os escandinavos tinham um pequeno probleminha. . .
advinha? Então eles tinham duas alternativas: ou morriam de frio ou partiam pra novas terras. “Que mané morrer, bora invadir”.
. . e assim os escandinavos se tornam.
. . os vikings!
A Era viking começou entre 750 até os anos 1000 AD. É. .
. depois da série Vikings o universo todo quer ser viking, mas se eu e você vivesse nessa época provavelmente a gente seria isso aqui: É, eu sei que dói jovem. .
. mas a palavra Viking significa invasor, ou invasão, então só tinha esse título quem navegava e invadia novas terras. Se você morasse nos países nórdicos e fosse um camponês, você seria um.
. . camponês.
Mas não fica triste não, a maioria dos habitantes da Escandinávia não eram vikings também. E isso leva a gente a outra confusão: Países nórdicos e Escandinávia. Parece a mesma coisa mas não é: Países Nórdicos é só um termo geográfico para chamar os países que estão no norte da Europa: Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia e Islândia.
Agora, Escandinávia é um termo cultural, étnico e linguístico: se refere aos países que tem os mesmos ancestrais, os escandinavos, a mesma raíz linguística e a mesma cultura, nesse caso a Dinamarca, Suécia, Noruega e Islândia. Falando nisso, os escandinavos falavam a língua nórdica antiga, que depois foi se desenvolvendo até os idiomas modernos de hoje. Ok, voltando aos vikings agora: pra sair da Escandinávia eles tem que navegar, e pra navegar eles precisam de navios.
Então, eles construíram seus famosos drakkars, que são esses navios lindos com cabeças de serpentes na proa, que fez muita gente mijar nas calças. E pra navegar você só precisava de uma coisa: não ter medo de morrer! Você entrava no navio, e ia.
Se chegasse em algum lugar, você virava uma lenda, se morresse no caminho. . .
bem. . .
você morreu no caminho. Mas muita gente acha que os vikings eram só bárbaros, invasores, e piratas sanguinários. Mas a verdade é que eles eram os melhores navegadores do seu tempo.
Só os métodos que não eram muito científicos, mas você tem que dar um crédito a eles porque a gente tá falando de 13 séculos atrás: eles usavam o sol, as estrelas. . .
até as baleias ajudavam na navegação. E mesmo assim eles foram longe. Na verdade, muito do que a gente sabe dos costumes e da Era Viking é por causa desses navios: os mais famosos eram usados como caixões dos reis ou dos Jarls que levavam um monte de objetos com eles.
E o navio mais famoso e mais bem preservado da Era Viking é esse aqui: O navio de Oseberg no museu de Olso na Noruéga. Uma obra de arte naval. E dizer que esses navios eram incríveis, é pouco: eles não precisavam manobrar, eles eram cumpridos e estreitos pra resistir ao mar aberto, tinham uma vela quadrada, uma fila de remos em cada lado, eram rasos, podiam navegar por rios e tinham um equilíbrio perfeito.
E se você acha que os vikings eram bárbaros desorganizados, que nada: embora não tivessem um governo central, não era bagunça não. Eles eram organizados em clãs; cada clã tinham um Jarl que era uma espécie de vice-rei, e acima do vice-rei tinha o Rei, ou chefe. E era isso aí por toda a Escandinávia, um monte de Reis, um monte de reinos, um monte de cidades: Oslo, Skara, Helsinborg, Uppsala, “Kategate.
. . ” não, Kategate não era uma cidade, não tinha Ragnar, não tinha Lagertha e Bjorn: Kategat era como eles chamavam essa faixa de água aqui entre a Suécia e Dinamarca.
E até hoje tem esse nome. E foi por essas águas que os homens do norte começaram suas aventuras. Talvez a primeira e mais lendária dessas invasões foi na Inglaterra, na ilha de Lindsfarne, em 793 AD, o início da Era Viking.
O ataque ao monastério da ilha, a matança, pilhagem e destruição causou o caos por toda a Grã-Bretanha. “Mas como é que a gente sabe disso tudo? ” É, aí entra outro probleminha: os vikings tinham suas letras chamadas de Runas, mas eles não saiam escrevendo tudo por lá não porque escrever em pedra ou madeira devia ser tenso pra caramba, e eles ainda nem sabia o que eram os pergaminhos.
Mas quem tava cheio de pergaminhos e gente que gostava de escrever era a Inglaterra. E é deles que os primeiros relatos das invasões vikings chegaram até nós. E quando cristãos escrevem sobre pagãos invasores, destruidores, estupradores, e queimadores de igreja o que que você acha que sai: “os vikings são demônios, belzebus, bafomets, satãs, darth vaders.
. . ” e mais uns 500 adjetivos nesse estilo.
E pra completar, ainda colocaram capacetes com chifres nos caras pra deixar o negócio mais animal. . .
mas é mentira. . .
nada de chifres. . .
Mas até que ficou legal! E essa imagem de vikings sendo vikings dura até hoje, principalmente dos berzerkers que eram guerreiros que ficavam loucaços e saiam matando tudo. Aliás, o Berzerker mais famoso da história foi esse cara aqui.
. . é.
. . depois dele.
. . não Egill Skallagrimsom.
Se você visse esse anãozinho aqui na sua frente você já tava morto, só esqueceram de te avisar. Esse islandês era um mito, e até hoje tem um feriado pra ele na Islândia. Mas a verdade é que pros vikings esses ataques não tinham nada a ver com religião: eles chegaram em Lindsfarne, viram o monastério cheio de pratos, cálices, cruzes de ouro, pérolas, prata, sem proteção, e fizeram a festa.
Se você fosse um viking e fosse invadir uma outra terra depois, o que que você ia ficar doido pra encontrar de novo? Outra igrejinha! Mas é claro, se você sofresse um ataque viking você também ia ficar muito.
. . magoado.
Mas os vikings também tinham métodos mais pacíficos: extorsão. Era só você pagar o que eles queriam e tava tudo certo. .
. mas se você não tivesse o que eles queriam, dava ruim. .
. Pelo menos é isso que os monges que escreveram sobre os vikings querem que a gente pense. A história é escrita pelos vencedores, mas se o vencedor não tem papel pra escrever, o perdedor escreve o que ele quer e ferra o vencedor bonito.
Mas é desse caos que surgem as épicas Sagas Islandesas no século XIII que contam a mitologia e as histórias do povo nórdico: e a mais famosa de todas é dele, o matador de dragões, o pegador dos pegadores, o macho-alfa: Ragnar Lothbrok. Muita gente diz que ele é só uma lenda e nunca existiu, mas é claro que isso é mentira porque ele até matou um dragão, e ninguém consegue matar um dragão se não existir (Drgonborn: “Tipo eu”). .
. mas uma outra prova menos convincente da existência dele é que ele teve dois filhos, Ivar o sem Ossos e Bjorn Ironside que fizeram uma arruaça na Inglaterra. A partir do século IX eles conquistaram quase toda a Inglaterra, mas pararam diante desse monstro aqui: Alfredo de Wessex.
O Último Reino saxão resistiu e terminou de expulsar os vikings pelas mãos de seu filho Eduardo e seu neto Etelstano no ano 937 AD. Agora a Inglaterra estava unida sob um único Reino Saxão. Mas a influência viking deixou marcas genéticas e culturais que duram até hoje na terra da vossa majestade.
Mas as navegações vikings já tinham se espalhado pela Europa toda e até África: Eles chegaram em Kiev; na França Rolão. . .
é difícil falar esse nome mano. . .
virou a casaca e fundou a Normandia pra proteger a França dos vikings. Eles também chegam na Espanha, Portugal, no Mediterrâneo e ele, o pesadelo e arqui-inimigo eterno de Colombo, Leif Eriksson descobre a América e chega no Canadá nos anos 1000 chegando a criar uma pequena colônia viking, mas do nada eles voltam pra Groelândia e abandonam o continente. Mas os vikings continuavam invadindo, saqueando, matando, extorquindo, navegando até que.
. . “toc toc” “quem é” ai ai, adivinha?
. . .
“Os cristãos! ” Durante três séculos os vikings foram expostos a fé cristã que inicialmente era só moeda de barganha pros dois lados: “Aceite Jesus e eu te dou minha filha” “Amém”; “Saia desse corpo demônio” “Saiu já pow”. Mas um viking queria ser cristão de verdade, e queria que todo mundo fosse cristão de verdade: Haroldo Dente-Azul.
Depois ele se tornou o rei da Dinamarca e Noruega iniciando o período de unificação do povo nórdico, espalhando e oficializando o cristianismo entre os pagãos. Só que tinha um probleminha aí: o estilo de vida loucão dos vikings não combinava com o Cristão. Então as invasões começaram a diminuir até que os últimos vikings foram derrotados na Inglaterra na Batalha de Ponte de Stamford, em 1066.
Esse era o fim de uma Era, esse era o fim dos Vikings. Mas o fato é que os vikings estão mais vivos hoje do que nunca: o impacto e o legado que eles deixaram na cultura ocidental são eternos: dos quadrinhos ao cinema, da música ao vídeo-game, nas lendas e na mitologia. .
. Os homens do norte invadiram nossas mentes, e nunca mais vão sair. E cavaleiros, chegou a hora do bônus AD.
Durante as invasões, além de bagunçarem o lugar eles também faziam escravos e vendiam depois: entre as vítimas mais comuns estavam os celtas, anglo-saxões e eslavos. Por incrível que pareça a moda da época era ser loiro, então se um viking tivesse cabelo escuro ele usava uma espécie de sabonete alvejante que clareava o cabelo e as barbas deles. Ou seja, tudo loiro fake.
Os vikings não eram porcos barbudos cheios de pulga e sarna. Arqueólogos encontraram vikings enterrados com pentes, cotonetes, pinças e navalhas. Eles até tomavam banho uma vez por semana, o que era já era muito pros Europeus da época.
Haroldo dente azul foi tão épico pra cultura nórdica que a empresa sueca de telefone Eriksson criou uma nova tecnologia e chamou de bluetooth em homenagem a ele, dente-azul. E o símbolo do bluetooth são as iniciais do nome dele H B em runas. E terminamos aqui cavaleiros.
Vejo vocês na nossa próxima saga, e por hora. . .
Adeus!
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