o marcel moça trabalhava na perspectiva da antropologia pensando no ano que marca o modo de ser do ser humano e para ele essa dimensão da diva é uma marca do modo de ser do ser humano não é uma coisa que o que provoca má articulação casamento entre o individualismo absoluto que é cada um por si o holismo de se pensar que a sociedade não é o todo determina né o os projetos dos indivíduos né então a dádiva aí no meio a questão é em que lugar né onde que a gente como é que a gente
vê a dádiva mas eliminar não dá não dá por uma razão simples a primeira dádiva para cada um de nós é a vida ninguém compra a sua vida no mercado compra vende né num honda a dádiva a vida a gente recebe como uma dádiva é e os orientais particularmente os japoneses têm uma uma ética que deriva só desse fato é uma ética chamada ética da é da dívida ea ética da dívida é assim eu eu nasci eu receber isso né de graça né e eu tenho que ao longo da vida retribuir né eu tenho que
de alguma maneira é retribuir o que eu recebi né porque eu já começo do evento devendo porque eu recebi esse bem que não é pequeno é que é o bem maior eu recebi eu não paguei por ele então a vida como doações eu tive movimentando aqui fez um trabalho de mestrado interessante sobre isso na verdade o trabalho de mestrado dela era o que que os orientais vão bem no vestibular da usp né e na área de exatas especialmente ela foi investigar isso evidentemente tem golfo veste os dados e tudo né evidentemente de desde o início
não se tratava de pra nós de uma questão racial é uma questão cultural na questão cultural a cultura japonesa não na o japão japonês como raça né jenny nada cultura né e aí que ela chegou e ela nem sei então aí que ela chegou a essa a esse fato importante da cultura japonesa que é a ética da dívida como um elemento assim fundamental então o esforço a dedicação como uma coisa absolutamente natural em função disso eu tenho que dar o melhor de mim eu tenho que estar aqui né diga nos deveres é é por aí
mas veja direito de ver não é um papo pra gente escolher de que lado está a gente tem que se situar como é que essas coisas se relacionam porque há uma relação mas não é é uma relação de preponderância né bom então esse é a grande questão é ver como é que a gente se situa agora a gente enfrenta a seguinte questão de cara isso é coisa igreja ficar falando de idade mãe da igreja é coisa de religião a dádiva não existe mais né como fenômeno social sociológico antropológico né hoje os tempos são outros e
não sei o quê ea outras pessoas que conseguem enxergar da diva em tudo na em tudo que a gente faz no trânsito a adag fundamental né é desejo que dá a fez dar o lugar deixar o cara entrar na sua frente não é é uma situação ordinária aí do cotidiano né ninguém gosta de ser corrigido então tomar a vez do outro gera confusão quando se pede é difícil alguém legal né tem tem os dois que negam mas quando você abre o vidro e povoa posso e não sei o que impede as pessoas gostam de dar
dará vez né gostam mas é isso então a dado eu acho que está em todo lugar no trânsito então você vê o haddad viu a falta da data de lançamento mas a data presente positiva ou negativamente por exemplo vamos citar alguns lugares em que a diva se encontra a vida primeira dádiva né a vida que a gente recebe a relação com as crianças ninguém troca equivalente com a criança eu cuido de você depois que eu ficava é se cuidar de mim pô não é essa idéia não é a relação com os idosos tudo isso é
dádiva é pura e simples né quer dizer negar isso é tornar a vida da gente na vida de bicho né selva bom outra coisa a palavra a palavra você da palavra vender a palavra já não presta né quando se vê na política e tudo vender a palavra que ele está falando isso que foi paga pra falar isso a e terrível na palavra é um tipo de de coisa assim que têm que circular de uma maneira de voz você tem que dar a palavra outro né se toma e fica pra você acaba relação com os outros
o motor da dádiva é é o lar sua busca do laço com o outro né e a palavra é o diálogo é aí que entra tão forte o trabalho do hardware mas né com a idéia de situação ideal de fala é preciso construir a situação ideal ele fala em que a palavra circule como uma dádiva da palavra o outro da palavra tem pega retribui né é outra situação em que a gente vê haddad o tempo todo o tempo gente o profissional mais bem remunerado do mundo vamos dizer um né agente pirou e procura um analista
um psicanalista e ele cobra uma nota por ora mais a atuação de qualquer profissional é uma dádiva porque ninguém sabe o estoque de tempo de que dispõe o cara tá te atendendo ali ele pode ter um ataque cardíaco em dois minutos a ele cobrou quinhentos reais a hora da consulta cima se eram exatamente os últimos minutos da vida dele foi barato porque ele cobrou não se resolve ver ele está cobrando não é dar atenção a uma pessoa é sempre uma dádiva em qualquer circunstância por que darão o seu tempo né e ninguém sabe o estoque
de tempo de que dispõe ninguém sabe o que está falando aqui daqui a pouco não tá mais né então sempre há um sacrifício quando dá quando se dá o tempo não é um sacrifício é do tempo a confiança a confiança é dada é uma data nem compra vende confiança só friboi é uma dor disse alina que comprou bem os atores pra poder é pagou bem naquilo ali não é confiança né é palhaçada pois bem é é até o rapaz lá que era vegetariano a confiança é uma data lá no norte tem uma quadrinha que circula
hoje eu sou de pernambuco né circula é o via desde criança era assim minha filha minha fia a reparar a comandar as pois a honra como favorito quebrando não só dá mais a confiança é como um brinquedo quebrando não só dá mais né não dá pra quebrou a confiança e de repente não te pago tanto e volta a confiar em mim pô né não dar né a confiança tem que circular como dádiva o amor o amor é é pura dádiva a idéia do cálculo fazer contas é só quando acaba enquanto dura é meu bem quando
acaba meus bens né vamo troca de equivalentes né fica com 70% da da casa mas 40% do banheiro é meu e não sei o quê aí o cálculo só começa quando já a cabo em geral enquanto circula o amor é uma dádiva é você da nuvem de troca quando pra né e não estou falando de coisas do dia-a-dia coisas do dia a dia que é verdade acabou haddad sem ela a gente não tá que vivo é na política né o foto você compra vem de votos sempre é complicado né ar mas existe existe em algum
nível sempre existe sim mas a gente acha ruim a gente gostaria que esse momento que é um momento da estruturação de um poder né legitimação de um poder e que se dá nas eleições no voto que isso fosse uma coisa eu dou meu voto não é porque eu acho que ele merece e eu dou meu voto para esse candidato não por aquele quando isso vira mercado mercadoria corrompe a idéia não é a presença da dado então aí no voto a gente recebe o tempo todo coisas por herança fala a vida a vida no início a
coisa maior mas a herança genética herança cultural tudo isso e da diva ninguém nasce solto no ar além da vida se mandar vence você recebe tem dívidas assim com os antepassados né com o passado com a cultura e isso a gente recebe graciosamente todos esses profissional a idéia de profissionalismo pressupõe a circulação da rosa é claro que a idéia de profissional como a gente conversou duas semanas aí né atrás a não se esgota na competência técnica né um profissional tem uma competência técnica mas ele serve a um público né no momento em que depõe aquela
competência a serviço do público ele pode ser pago deve ser pago reclama bons salários tudo bem mas ele tem compromisso né ele tem laços compromissos e tem que ter com o outro né porque se não são os desvios do profissionalismo mercenarismo é um desvio o meu compromisso é com o pagamento pagou eu faço não pagou não faço isso é o mês e pagamento o então corporativismo eu tenho compromisso com os da minha turma fora deles né eu defendo os interesses do meu grupo é isso tem um compromisso eu sou um profissional dessa área o resto
que se dane mas são desvios a idéia de profissional em sentido é pleno né a idéia de profissional é envolve a doação o médico né profissões que são essencialmente profissões né porque não é todo ocupação que se caracteriza tecnicamente como uma profissão mas a educação à saúde é o direito né você não imagina um advogado se vendendo pra contra princípios disso daquilo que se vê e diz é ruim né eu esperava que ele não fosse capaz disso né o médico né um professor enfim o profissionalismo é uma dádiva a arte a circulação da arte ninguém
tem um mercado de arte sentem o mercado põe preço nos quadros mas ninguém entende a circulação de bens assim artísticos né exclusivamente em termos de mercadoria né não dá pra entender então há uma dimensão e que escapa ao mercado a violência eo perdão como a gente já falou porque a violência é um fato como acabar com ela a equivalência do mercado é é ação e reação não é bateu levou a lei de talião olho por olho dente por dente para acabar com a violência em algum momento alguém tem que ter doha que é a maior
das doações não em algum momento a não estava então continuem viva bem né com bateu-levou bateu-levou bateu-levou né alguém em algum momento vai ter que ter algum momento de grandeza pra poder é dar voz a mente em algum em alguma vertente da lugar o perdão a confiança é uma dádiva já falamos mas agora particularmente eu falo na fidelidade a idéia de fidelidade que o mercado corrompeu absolutamente né porque a fidelidade se liga com confiança o mercado confunde misturou e hoje você vai duas vezes a um shopping na terceira vez que você vai já recebe um
convite para ter um cartão nem um cartão de fidelidade né cartão de fidelidade que na verdade não é o laço social e se busca é o link econômico não é esse é dos meu agora e vai vai ser freguês aqui né que essa corrupção a a fidelidade é a gente fala finalidade a si e não nesse sentido do mercado o conhecimento então se encaixa nessa lista de bens onde de bens né que tem uma dimensão mercadoria mas que não se esgotam na dimensão mercadoria tal com uma arte tal como toda lista anterior não é ea
economia é que tá é mais do que a educação chamando diretamente a atenção para esse fato o mais famoso desde 27 ele já diz assim agora quando fala em circulação da de rosa tem certas leis para a dádiva não é só espontaneamente vai dando sai por aí dando dando que dar é bom e não sei o que não é exatamente assim né tem conhecimento sobre a dádiva que o marcelo ostenta é traduzir no pequeno livro dele ele tem outros livros não muito traduzidos ele não era 10 ela é como do time né esse é o
ensaio sobre a dário a gente encontra outros são menos traduzidos né mas tem um xamã antropologia sociologia que é o terreno dele que é uma coleção de artigos assim pequenos que é precioso não é muito os trabalhos de antropologia com culturas primitivas e tudo mas para uma seu uso a leis da dádiva na primeira da dimensão social não é uma coisa local de eu e você vamos tratar de nossa dádiva isso isolado do resto não é nada né centro não uma rede numa rede ea rede só se completa se houver o da o receber e
retribuir eu não posso dizer que de algo para vocês se você não aceita eu tento da ele não aceita então não dei é a mesma coisa que dizer eu ensinei ninguém entendeu e aprendeu mas eu ensinei como ensinou se ninguém aprendeu não é agora então tenho data em receber a forma de da equipe pode levar a pessoa aceitar ou não da com em cedar com empáfia da assim é provoca é a rejeição na é a dose que vira veneno é que torna a doação veneno então eu tenho que retribuir só que esse retribuir o livro
do mouse é é precioso para a gente entender que não é um retribuir local eu dou aqui e aqui eu recebo não eu entro na rede eu dou aqui porque eu acho que ele aqui tá precisando nessa hora ele está precisando aí o dom e eu sei que mais adiante de outro precisar ele vai dar né e quando eu precisar outro vai da entrada na teia grande né mas não que não eu dei agora quero receber e do meu valor de preferência o presente tem que ter o mesmo valor se não estou perdendo aí não
é dádiva né é outra observação do moço é justamente isso a circunstância a oportunidade da fé na hora certa na circunstância adequada na oportunidade se você perdeu a oportunidade espero outra e eu esqueci o aniversário da mulher ou do amigo não sei o quê não adianta no dia seguinte se dissipou agora que eu lembrei do senhor que tudo bem se até faz mas procura não esquecer em outro momento porque não é o caso de você perdeu a chance de fazer o que devia aí vocês aí querendo fazer para poder compensar isso aí é problema de
consciência não é um problema é não é um a um o que se espera não é tá ligado nas circunstâncias a dádiva bateu receber ou aceitar é preciso haver circunstâncias preciso estar ligado nisso não é só sair dando né querendo dar pelo menos é o interesse da dádiva qual existe algum interesse quando a gente dá um presente então é a linha vamos assim principal de raciocínio do mais famoso não não há interesse no interesse da dádiva agora o burguer por exemplo escreveu um livro chamado razões práticas têm traduzido em português e tudo do bud e
ele diz assim não há gestos 'desinteressado' as razões práticas nem as razões são sempre buscando coisas assim tudo bem eu aceito só que qual é a razão prática qual é o interesse da dádiva é o laço esse é o único interesse da dádiva né o interesse da cidade vai criar um laço com o outro eu faço porque estou interessado no outro entre ao laço com o outro não é um negócio que estou fazendo não é então não muda muito dizer que não há interesse o interesse econômico não é interesse assim material mas a inter está
bom a aceitar interesse o interesse meu é de me relacionar com a luciana né aí eu creio e de um livro pra ela faça alguma coisa né buscando o interesse é isso não há briga em haver ou não haver interesse né a assimetria é fundamental a gente isso a simetria não é uma coisa bem aceitas vezes mas é fundamental na ética fundamental assimetria na ética é bateu levou italian a idéia de assimetria fundamental a gente chegando a ética como está no caminho né e veja na dádiva agente verdade é assimétrica da hebe mais é melhor
do que receber cada um de nós prefere está em condições de estar dando pros outros e não está recebendo não é só que localmente há uma assimetria dá é diferente de receber e é melhor dar do que receber localmente globalmente se todo mundo age da de vossa mente há uma absoluta distribuição não é equitativa equilíbrio mas o equilíbrio não é local eu não dou pra melancia para ela me dá alguma coisa mas eu entro na rede com ela e do ac receba lá e não é agora o mercado trabalha na busca da equivalência local fixar
preço é como estou pagando o que é justo e essa busca de equivalência local gera um desequilíbrio global porque no mundo quanto mais bem funciona o sistema capitalista de mercado mais aumentam as desigualdades