hoje a gente tem o prazer de estar aqui com a gente Professor Daniel Professor aqui da nossa Instituição da UTI do Instituto Central também trabalha com cuidados paliativos ele vai falar sobre para a gente sobre um tema que a gente não tem com frequência aqui cuidado sem entrada no paciente e a gente vai contar com os comentários do Professor Henrique Ribeiro para contribuir numa discussão no final quando a gente vai abrir para perguntas e hoje a gente tem professor Hélio elks aqui representando departamento Bom dia a todos do departamento [Música] [Música] bom dia a todos
e todos então e apresentado é um prazer estar aqui tava comentando com o Emílio que faz as 25 anos que eu não piso nesse vídeo O prazer é uma horta aqui e fazer uma rápido disco porque que tem o intensivista falando aqui bom evidentemente eu não sou psiquiatra não sei não conheço eu sou curioso e quando eu tava no meu R4 da UTI eu comecei a sentir um enorme vazio porque eu sentia que de uma certa forma eu tinha dominado os procedimentos de emergência mas eu olhava ali olhar os paciente e perguntava O que que
tá fazendo aqui Eu lembro especificamente uma vez na alta e do Incor onde a gente pelo terceira vez no mesmo dia renimou o senhor de 90 anos com mais insuficiência cardíaca avançada e na terceira é animação eu virei para os colegas porque quem está fazendo isso e as pessoas olharam para mim como se fosse um ET e fala assim não eu fico completamente perdido foi oportunidade e nesse fela eu ouvi pela primeira vez um negócio na faculdade na residência o negócio chamado cuidado fiquei transformado com aquilo Voltei quando voltei para o Brasil fui conversar com
o Marcelo Parque Na minha opinião o melhor exercício que eu já vi no mundo em alguns lugares do mundo Nunca vi ninguém perto dele e aí a gente começou um duplo cego nem eu nem ele sabemos nada de cuidar pré-ativo a gente começou um Dr cego nós dois arquivos e começaram a fazer para arquivo na utiba Não tem isso de uma doutorado isso virou uma paixão virou uma carreira em 2008 eu montei a equipe pela primeira vez e ao longo do tempo foi aumentando paliativos na minha vida e diminuindo Até que em 2011 e eu
só brincava comigo que eu ficava de manhã morfina É verdade [Música] em 2016 eu tava feliz da vida fazendo muita coisa de bioética e aqui tá fazendo muita coisa de gestão e eu tinha certeza que a minha vida é excesso até que veio a pandemia e quando vê a pandemia eu tava na parte da diretoria do filho fazendo muita coisa de gestão lá e eu comecei a me dar uma agonia um mancos que eu precisava voltar para o HC que eu precisava voltar para o HC voltei inicialmente como voluntário na UTI Até que em abril
de 2020 os filhos montou uma UTI aqui dentro na verdade lá dentro e eu tive a honra e coordenar isso eu tenho E aí eu voltei de vez por três meses morando lá até que as coisas foram acamadas a pandemia foi diminuindo eu vou o projeto encerrou eu voltei para minha vida de gestor meu filho mas a verdade é que a minha vida muito louco porque foi posta foi melhor do que você mas o fato é que é a segunda onda e quando veio a segunda onda começou a dar um negócio de novo não preciso
voltar a pagar cedo Vim conversar com professora com a Bia que tava e falei olha eu consegui 20 horas eu consegui as manhãs me jogo de tá pior elas olharam assim falando assim oi a retaguarda do pronto socorro Arrebentou a retaguardando uma observação ela virou uma UTI é uma equipe de emergência que não tá capacitado para fazer UTI tem o dobro do número do pacientes que era esperado e esse pacientes estão na maioria eu falei eu tô com roupa aqui comecei lá me apaixonei pelo lugar o lugar que era quando eu era residente eu tinha
um trauma do lugar mais velhas conhecem a admissão central hoje é considerado um dos melhores estádios da residência e eu tô completamente apaixonada naquele lugar dele então tatuando lá direto [Música] e o que eu acho que é interessante essa história que hoje é porque do mesmo jeito que quando eu comecei a fazer paliativo que as pessoas uma coisa bonitinha é ser legal com o paciente é dar abraço desculpa não é isso paliativo é uma competência é uma técnica e eu vou fazer variativo por pragmatismo enquanto as pessoas ficarem achando é fofo elas estão paradas no
século passado E do mesmo jeito eu acho que esse tema quando as pessoas falam em medicina centrada na pessoa e cuidassem entrar na pessoa Ah você coloca sei lá uma televisão no quarto você dá a mão assim não é isso e quando eu tive oportunidade de voltar para UTI o que eu vi é que integrar essa competência e cuidar da pessoa para todos os pacientes de montei convite Isso inclui jovem de 40 anos sem nenhuma doença tem um impacto enorme no desfecho do paciente na satisfação da equipe na satisfação da família apesar de tudo que
era podia ser contrário nosso tei teve um dos melhores desfechos do Brasil ele teve 30% de mortalidade e na minha opinião o motivo disso chama-se cuidado paliativo porque eu não era a melhor intensivista e não sou o melhor intensivista do que os meus colegas a diferença que é esse cuidado paliativo e nessa história toda Eu comecei a revisar o que eu tinha fazia de cuidar paliativo né a panela de pressão chamada o fruto disso foi uma técnica nova apresentar para vocês essa técnica nova virou uma parceria com a Harvard atualmente é que tem uma parceria
com eles e virou um programa de ensino para o presidente da Harvard onde eu vou uma vez por ano para ensinar isto que eu vou apresentar aqui É uma honra apresentar isso nesse Instituto voltando aqui 25 anos depois O que é que essa panela de pressão é chamado tecovig nos ensinou é que comunicação A gente chegava nisso dou aula de comunicação há pelo menos 15 anos aqui tem um currículo de comunicação para paliativistas que tem vários capítulos Às vezes as pessoas que fala ai spikes desculpa eu tenho alergias pais não é só a casquinha e
na minha opinião casquinha ruim tem muito mais coisa as pessoas me arranharam para enxergar o que que tem por baixo e o que eu quero apresentar para vocês é o que a gente tava lá numa profundeza disso daí eu achei que conseguiu cavar um pouquinho mais E é isso que eu vou perguntar para vocês [Música] poder comentar e aplicar para a realidade da extremidade que foi o dia a dia que começa essa aqui é a palavra que eu apresentei no congresso americano [Música] que nem eu comentei com vocês existe muita competência sobre comunicação não é
bom senso o bom senso ele fica lá atrás na complexidade que se existe da Medicina atual é técnica e a técnica não é exatamente uma grande novidade tem várias isso aqui são três grupos referências a Harvard é uma certa vai total que é outro tem um monte de coisas sobre isso tem tanta coisa sobre isso que aquilo não conhece tem uma série de vídeos de procedimentos então lá tem lá a intubação com vídeo tem vários procedimentos que tem lá e disse que chama-se como conversar com a família do paciente grave então ensinava isso há muito
tempo até que veio e na panela de pressão que foi aquela covid as técnicas tinha a remoção da vassoura da pele e não era só os pacientes familiares Eram todos os profissionais também e tinha um ambiente de enorme desconfiança grande parte desse ambiente criado por questões políticas desse país no momento de União a gente teve uma das maiores reuniões possíveis Mas enfim a gente estava enfrentando isso Então tá enfrentando uma altíssima carga de trabalho eu nunca na minha vida vi nada parecido com a cara de trabalho e espero nunca ver de novo todo esse ambiente
de medo inclusive de se contaminar de levar para casa e a gente toma uma decisão desde o primeiro dia lá no UTI corrigido filho eu gastei em 2020 a gente vai conversar com todas as famílias eu tenho impressão que essa decisão salvou a nosso tempo vou explicar um pouco porque isso mas a gente vem fazendo isso desde então na primeira onda a gente fala eram 11 leitos era fechado eram os livros que estava conta dos 11 então ele falava com os 11 todo dia por vídeo E aí nessa história o que acontecia No começo eu
falava com as onze só que eu não tenho não tinha tempo sobrando não tem até hoje não tinha muito menos lá então eu tinha cronometrado 10 minutos para falar com a família então enxugar tudo aquilo que tinha ensinado não fala mais rápido e mais eficaz possível e depois eu vi que isso não era sustentável que foi criado aqui da necessidade de comunicação entre humanos ela tem para ser efetiva ela tem que acontecer no nível acima do esgoto eu digo esgoto quando eu tô querendo dizer quando tem um paciente Um familiar um colega te xingando te
ameaçando estamos no esgoto se tem alguém que ameaçando e te xingando eu te pergunto como é que você vai ter uma comunicação efetiva e empática Nessa situação a resposta é simples você não tem não dá para conversar como é que você como é que se faz então você coloca limite e sai então você tem o paciente familiar te xingando que ameaçando você coloca limite e fala Olha desculpa podemos conversar sem gritar se a pessoa e muitas vezes isso as pessoas não desculpa Perdi a cabeça e tal tá tudo bem se a pessoa não para se
você para fala assim olha assim não dá para continuar filme da licença vou pedir ajuda de um colega pede ajuda de um de um senhor pede ajuda do chefe do segurança mas não conversa E aí dá para começar a conversar a base de qualquer comunicação entre humanos é a confiança se o interlocutor não confia minimamente do que eu falo se eu falo a pessoa começa a falar mas mais ainda ela pode ter uma mínima confiança não é uma grande confiança uma mínima para se aproximar e escutar mas ainda tem que ter um mínimo de sintonia
emocional a gente vai falar mais sobre isso mas não é não é tanto sobre Freud e a mais sobre Darwin é um mínimo de sintonia emocional para que a gente consiga comunicar Pelas nossas emoções porque elas comunicam mais do que as nossas palavras e mais ainda as pessoas estão em Pânico elas não vão deliberar quem tá em Pânico não lhe libera quem tá em Pânico ou luta ou foge Então você tem que dar um jeito para sair daquela situação de luta fuga e acalmar as pessoas antes de começar a parte mais cognitiva que para nós
profissionais saúde é o nosso lugar que é o lugar onde a gente já pula direto e começa a fazer isso daí sem passar por todas as outras bases da comunicação E o resultado é explosivo e dá ruim então o que que é isso então na prática o normal as pessoas os médicos começarem a falar com as coisas mais cognitivas então tenho clássico maldito spikes as pessoas viram então o que que você tá sabendo da sua doença é o clássico [Música] atolou calma não adianta ficar falando mais nada e não precisa ser tão extremo como foi
nesse cenário em situações muito mais comuns que não são esses desespero que foi o covid isso acontece do mesmo jeito você perguntar o que que você quer saber sobre doença para filha de uma senhora sei lá 120 anos internada na UTI com câncer de pâncreas metastático até com cabelo com qualquer complicação de todos os órgãos aí você vai conversar com a filha dela a filha se ela tem 120 aí você vai conversar com a filha dela então em Pânico e começa a tomar o que você faz essa hora você volta comigo mais básico da sintonia
emocional construir uma sintonia emocional isso é basicamente é muito mais simples do que grandes referências que temos aqui sabem fazer eu sou um mero intensivista e não montei covid eu precisava que as pessoas fizessem o básico e o básico disso são só as duas emoções medo e a sua irmã elas duas andam juntas isso não é uma grande novidade tem um cara chamado Benedito lá em 1.600 que já tinha percebido isso vários Espinosa foi um cara que tinha falado sobre isso não existe diferença sem medo e quando as pessoas expressam a esperança é porque elas
estão com muito medo então aquela filha que tá falando não eu tenho certeza que vai acontecer milagre que mamãe é uma guerra ela tá expressando esperança que a gente faz sintonia emocional e isso Queria Ter comentado é mais sobre Darwin não é tão complexo quanto Freud é mais simples Darwin 1062 ele já tinha sacado que existem algumas emoções básicas que são expressas com os mesmos músculos pelos diferentes animais e ele juntou na concreto a segunda obra-prima desse cara aqui na minha opinião dos mais gênios como a idade já teve Cascavel primas as pessoas mais conhecem
a primeira linha das espécies poucas pessoas ouviram falar da segunda e pouquíssimas pessoas da terceira que é tão impactativa [Música] S se os animais expressam as mesmas emoções dos mesmos modos da mesma maneira [Música] sobrevivência E como que isso acontece porque ela faz o papel da comunicação e essa emoção que comunica é o que as pessoas ficam falando de não verbal no verbal é simplesmente isso a expressão e emoção simples assim e você pula 200 anos você vai para candel primionar pelo medicina naquela obra prima que é o Tratado de neurociências dele o capítulo de
emoção é que emoções elas servem como dicas para comportamentos apropriados e resposta qualquer desafio do ambiente elas são rápidas Elas têm pouco curto energético porém [Música] sinais automáticos de perigo ou de vantagem a gente se comportar não só a gente Mas animais em geral [Música] mas ele é uma ficção humanos emoção faz parte da melhora a cognição e mais ainda esse artigo ele ficava pulando na minha cabeça não tem convite porque o artigo da Science onde eles botaram a turma para jogar vídeo game na ressonância funcional E aí no vídeo game que bom só quero
pac-man em primeira pessoa na primeira fase você tinha que um labirinto e tinha que ir lá pegar sei lá pegar uma frutinha e encontrar a saída e aí as pessoas um choque de 5 em 10 no rank you que grave nada mas é um choque e eles ficam variando a intensidade do Choque e A dificuldade do jogo resultado quando choque era mais forte e o jogo se tornava muito difícil apareceu fantasminha a sensação das pessoas era de pânico o padrão da ressonância muda essas pessoas neste momento pré frontal apaga e elas estão trabalhando basicamente só
com o límbico e com todos os sistemas antepassados que quando estavam andando lá na Savana escutava um clique na moita e pensar será que isso aqui é o Vento Será que esse cara não deixaram descendentes [Música] então eu pergunto por que que a gente fica discutindo planejamento terapêutico benefício de tratamento com paciente ou familiar que tá em Pânico Qual é o sentido disso quem tá com o pré-frontal e não bastasse isso uma das coisas mais importantes que eu aprendi com os colegas psicólogos foi sobre luto na minha opinião a base da Medicina infelizmente uma base
negada da Medicina luto na psicologia eles entendem que luto é uma oscilação entre um polo voltado para restauração e um polo voltado para perda e essa restaura essa oscilação que é isso é saudável Isso é adaptativo o que eles entendem que a vida ele tá provavelmente deprimido isso é altamente a oscilação é saudável lembrava disso e eu via e via de Novo Aconteceu uma cena que se repete até hoje incluindo fora da peculiar em qualquer lugar que eu vejo isso dos Pais o paciente ou familiar recebe uma notícia ruim recebe um diagnóstico de sei lá
que tem uma doença grave ou familiar recebe diagnóstico não tem tá grávida etc imediatamente tem uma perda significativa quando você tem essa perda de ativa as pessoas indulto e começam a estudar e a primeira oscilação a primeira reação que a pessoa tem esse medo é a esperança e aí ela fala assim não mas vai dar tudo certo mamãe vai ficar bem eu tenho certeza que vai acontecer um milagre quando a pessoa fala isso o paciente familiar fala isso o problema é que do outro lado tem uma outra pessoa é uma coisa polêmica que eu vou
falar aqui mas assim existe algumas linhas que falam que médicos são humanos e assim e assim apesar de ser polêmica assim nessa linha médicos eles são humanos eles também sentem emoções e na hora que médico sentem emoções que o médico e o medo é nossa ela não entendeu nada e como e aí este médico também em luta porque ele também tinha uma expectativa expectativa Nossa a paciente tem 120 anos tem câncer de pâncreatastáticas e venha a pessoa fala assim não a nossa paciente essa semana a gente calculou o score dela sempre tá perdendo 98% de
mortalidade [Música] de fígado falou para a gente se ela melhorar isso que vai transportar junto comigo é muita diversão particular eu falo com eles e assim E aí como é que a gente reage a esse medo a gente reage falando mais a gente reage falando não mas veja bem Olha a mortalidade prevista para pacientes assim de 97% ela tem disposição de todos os órgãos ela gabaritou e aí você começa esse processo de novo porque na hora que você fala isso a reação do familiar é mais esperança para se defender desta informação e essa conversa é
uma conversa de loucos e o louco aqui não é a família não é paciente o louco aqui somos nós que nos conhecemos essas coisas se não tiver sintonia emocional não tem comunicação possível Então se a gente vê uma emoção muito intensa depois que a gente fala alguma coisa cognitiva importante uma informação complexa você volta o nível e busca a sintonia emocional mas como é que se faz sintonia emocional para ensinar a turma não tem covid que é assim não tem disponibilidade de discutir coisas muito complexas aí eu volto de novo para os nossos primos que
é uma área que eu tava estudando quase 10 anos e que é fascinante eles ensinam muito mais do que a gente imagina Eles são muito mais inteligentes do que a maior parte das pessoas imaginam Eles são muito mais parecidos do que a gente costuma imaginar Lógico que são diferentes nossos primos tem 98% do DNA igual mas esse 2% faz diferença e aqui esse exemplo esse artigo é maravilhoso na minha opinião esse artigo ele é a base de qualquer coisa que para quem quiser estudar cuidado é como cuidar de alguém daqui foi a primeira pessoa que
escreveu que chipanzés consolo que Moisés isso é descrever é um animal extremamente inteligente com uma altíssima complexidade social eles vivem em bandos em geral em torno de 60 indivíduos como a estrutura social extremamente complexa fica fazendo política o tempo todo fica fazendo triangulação e mais ainda eles fazem isso e muitas vezes Eles saem e brigam físico a pergunta é como é que se um grupo toda hora tem agressão física como é que esse grupo se mantém e manter comum a resposta é porque eles conseguem consolar e reatar após Abrir é isso que fazer volta escreveu
na década de 70 e isso é uma linha de pesquisa e esse aqui é mais uma tijolo de pesquisa Nesse artigo eles mostram comportamentos e fatores que levam a um chimpanzé consolar mais ou menos que o outro e o jeito que Panzer consola é muito parecido com o jeito como humanos em volta do outro e ele basicamente eles fazem um negócio que chama ressonância quatro episódios maravilhosos que eles conseguiram filmar na história 120 indivíduos esse final de vida é maravilhoso é assustador a todas as nossas Vícios e duas [Música] mas inclusive Consolação e é impressionante
como eles fazem isso e impressionante quando você olha para isso e olha uma mãe e um filho a mesma coisa como é que eles fazem como é que se faz sintonia emocional se aproxima do outro devagar e começa a Ressoar o comportamento do outro quando você pode fazer isso não vão ter covid para aprender rápido simples você faz uma boa pergunta aí você escuta com atenção a parte mais difícil de todas porque na hora que a pessoa começa a falar a cabeça vai embora ai caramba tem que mandar aí você a palavra e na hora
que você for responder você responde a emoção ressoa a emoção que você viu Simples Assim você deixa a cognição passar mamãe é uma guerreira Eu acho que o transplante vai dar certo esse transplante ficar bem nessa parte vai passar eu quero que realize eu quero a oitava linha de químio deixa passar isso Responde só a emoção não conserta não muda não Analisa só é só Você não sabe o que fazer Então você fala assim eu ia ficar muito feliz se acontecesse um milagre também eu tô torcendo para que tudo dê certo mesmo ela é uma
guerreira mesmo mas isso não adianta falar palavras vazias você tem que fazer sintonia emocional você tem que conectar com aqueles sentimentos tem que sentir aquilo também e o jeito mais fácil de fazer isso é focar no outro e deixar tentar entender como é que a experiência daquele outro sem consertar só conectando Então em vez de cair naquela armadilha comum que aquele escrito agora a pouco quando a pessoa reage com esperança você acha que Esperança também se aconteceu milagre eu vou comemorar eu sou Atento que vai acontecer mas se acontecer eu mudo tudo que eu penso
não tem problema nenhum com isso se acontecer o impossível eu vou ficar feliz E aí vocês vão ver que na hora que a gente conecta a gente consola e na hora que você consola e acolhe diminui o medo e na hora que isso acontece a pessoa porque ela tá naquele Polo porque ela está com medo na hora que você consegue conectar e cuidar do Medo ela oscila e ela mesmo vai falar do medo dela E aí ela fala É mas tá grávida né Doutor aquela paciente que eu falei para vocês que deu 98% de mortalidade
predita e que a filha falou do transplante e a residente ficou assim como sempre acontece eu olhei para ela e falei assim ela não tem que ficar se defender da sua esperança de saúde Então como que você faz sintonia emocional simples mas às vezes nem isso dá certo porque você tenta perguntar e a pessoa não fala nada [Música] é que talvez você não tenha você vai ter que voltar mais um nível talvez ela não tenha a mínima confiança em você para ela poder expressar Uma emoção Então como é que se constrói confiança que alguém que
você nunca viu você tá por vídeo com uma máscara um óculos e a pessoa tá desconfiada de tudo inclusive que existe uma pandemia de verdade como é que você constrói confiança nesse cenário de novo que te volta para a Biologia de primatas primatas também precisam confiar ou desconfiar dos seus iguais porque como eu comentei a sociedade deles é complexa você sempre indivíduos com uma hierarquia móvel toda hora política não sei o quê e agressivo então eles caçam E aí às vezes vem lá e um pedaço de carne todo mundo quer comer um pedaço de carne
e aí tem o indivíduo jovem ali e tem um grandão que conseguiu caçar e tá com a carne como é que um pequeno sabe se ele pode se aproximar e pedir um pedacinho ou vai ganhar um pedacinho de carne [Música] o mecanismo principal biológico é olhar no olho e na hora que isso acontece o que acontece no cérebro é que libera o citocina faz o cérebro ela diminui a atividade na vida sensação de ameaça Além disso ela liberta as pessoas fazem vínculo de confiança então uma parte importante da de construir confiança é conseguir contato visual
por isso que na minha região fazer essas comunicações difíceis por áudio por telefone na minha opiniões insano é que nem passar cateter de olho fechado faz um vídeo não tem uma plataforma adequada faz no WhatsApp no tablet custa menos que uma bomba de infusão o que eu fazia direto [Música] fez tem 40 anos Nenhuma doença e não quer ser entubado Passei a noite inteira tentando convencê-la e ele se recusa do e busca contato visualmente olhando para outro lado busca contato visual daquela pessoa mas aí é mais do que isso porque a gente é mais do
que chimpanzé está falando um relacionamento com o paciente a gente poderia na panela de pressão enxugar a bioética inteira a um conflito que se repete que é autonomia versus beneficência a base da Autonomia é falar a verdade ela é muito mais do que isso mas não existe autonomia Sem falar na verdade era necessário mais eficiente a base da beneficência se importar melhor ela é mais do que isso mas não existe beneficência sem essa parte necessária Então o que fazia eu subia batia fazer contato visual e faz um compromisso com seu paciente vai ter duas coisas
eu vou te falar toda a verdade [Música] o que que você acha disso que a gente via aqui as famílias começavam a chorar literalmente falando os pacientes faziam contato visual e começavam a conectar de novo e isto de novo não pode ser uma palavra vazia isso tem que ser verdade por um lado eu acho que isso é excelente porque acaba toda aquela discussão Poxa falo não falo Será que eu vou poupar o paciente de Sofrimento acabou essa discussão você fez parte do paciente não tem sim não tem censura de informação você vai ter que falar
tudo agora não é sem ser hosídio não é falar tudo e sair assobiando por aí é falar a verdade e se preocupar em como a pessoa recebe a verdade Então esse pacto vira a base de tudo quem fazia a situação eu começava fazendo contato visual fazendo esse compromisso com o paciente com a família e aí as pessoas começam a falar aí as pessoas podem realmente E aí você vai subindo e vai descendo e aí você faz uma pergunta então me fala por que que você não quer ser entubado e as pessoas falaram eu escutei 500
histórias e eu não quero morrer eu escutei história de paciente fala assim não não quero ser tomado porque eu tô tomando minha cloroquina e eu sei que ela vai me salvar e eu não vou morrer com ela [Música] eu tô entendendo que você tá com muito medo conecta primeiro E aí você faz uma pergunta posso falar o que eu tô vendo aí a pessoa abriu a disponibilidade para escutar o que você está falando e aí você entra na parte cognitiva que é o que todos os modelos já nessa parte cognitiva a gente ainda foi um
pouco de para tentar deixar mais rápida e mais didática o que a gente começou a fazer eu falava por residência essa parte são quatro Passos primeiro passo eu quero que vocês falem em uma redação do caso tem um tema e o tema é aonde estamos a redação tem uma introdução desenvolvimento e uma conclusão introdução Dona Maria tem 120 anos e tem um câncer é falar em português não é passar um caso ela tem que ter nexo história de um nexo narrativo a gente mais fácil que a gente entende as coisas fale em português e conta
uma história em português do que a gente sabe do meio de case e muitas vezes quando a gente faz isso o que acontece é que desperta Uma emoção Aí você faz você volta o nível são tão intensa eu sinto muito falar isso mas eu combinei com você [Música] o que vai acontecer com o paciente Essa é a verdade segundo etapa eu sei que aconteceu com outras pessoas da situação o melhor cenário isso vai despertar Uma emoção você volta o nível volta dois níveis E aí você vai você só vai seguir depois de assentaria emocional de
novo e a pessoa tiver aberta para novas informações e aí você pergunta sobre valores é aqui que acontece na pessoa porque aí a pessoa vai te falar o que que de fato é importante para ela e o que que é sofrimento para ela e as pessoas enxergam isso de maneira muito diferente as doenças podem ser parecidas ou até iguais as pessoas não são e o que diferencia as pessoas é isto aqui quando as pessoas conseguem expressar para a gente o que realmente é importante para ela o que que realmente é sofrimento para ela E aí
você junta tudo e faz uma recomendação sobre um objetivo de cuidado não é sobre uma conduta a conduta é o caminho o objetivo [Música] em valores o tempo que for necessário até receber informações novas isso dependendo de tudo que tem ali no interior o bico pode ser outro você faz uma recomendação alho então é o seguinte a gente vai tentar reverter o que for reversível desde que isso não cause mais sofrimento porque você me falou que ia sofrer para você sei lá é mais dor é ficar longe da família é ficar perder solução ou ainda
nada disso às vezes as pessoas estão muito tem muita clareza e pacientes têm muito mais clareza do que médicos e familiares das pessoas falarem elas falam elas dão eleições de vida que agora o que eu quero é ficar junto com a minha família e eu não aguento mais sentir dor eu só quero ficar perto da família não deixar a doença [Música] Jesus conversar sobre isso melhora sintomas e aí você é a minha o objetivo de cuidado compartilhado isso é técnica isso é um cateter isso é sempre de volta um nível conforme for necessário para encerrar
e abrir para nossa discussão quero deixar três mensagens aqui entender que essa Anatomia da comunicação desses níveis de hierarquia da comunicação não adianta e pular direto cognitivo que é o nosso lugar de conforto sem ter feito uma escrita emocional sem ter feito alguém e aprender a andar nesses níveis durante a comunicação entender que medo e esperança são as limitações mais básicas que aparecem diante da doença e aprender a cuidar delas Isto é acolhimento não é ficar dando abraço e entender que sinais de desconfiança e responder sinais de desconfiança construindo um vínculo de confiança aprender a
fazer isso mesmo era isso que eu queria passar e principais mensagens queria agradecer a atenção de todos vocês e abrir para vocês que estão [Aplausos] Muito obrigado pela supervisor e médico diarista da unidade de cuidados intensivos da retaguarda do terracinando Muito bom doutor Henrique Gonçalves Ribeiro que foi psiquiatra membro afetivo do Internacional [Música] para falar depois do Daniel é um Desafio e hoje está aqui de novo em casa né com vocês todos depois uma longa caminhada nessa interface com paliativo É muito horroroso que foi possível mas assim fui fazendo algumas notas do Daniel a imagem
que ele tem eu já vou começar com ela depois eu vou tentar falar um pouco é que do jeito que a medicina andando daqui a pouco vou inventar do paciente para comunicar Por que que isso essa imagem me veio porque a gente tá falando de anatomia e eu acho que brilhante anatomia do jeito que você vê lá ser humano cheio de variação anatômica E aí se a gente pensar na psiquiatria a gente tá falando das psicopatologia como que é lidar com pacientes psiquiátricos Nesse contexto isso vai desafiar ainda mais né eu fiquei lembrando é um
pouquinho a imagem do esgoto e quando a gente pede ajuda os casos que às vezes você me ligam até medo quando você liga né quando vem a situação super complexa e a gente tem que trabalhar super junto e acho que faz uma diferença gritante acho que ocorre isso dessa coisa desse alinhamento acho muito legal a gente trazer pessoas de diferentes áreas do Saber dois livros em 2015 recentemente [Música] e basicamente nesse livro ele faz uma narrativa histórica praticamente até chegar no nível que ele vai falar que o cérebro humano é um órgão analítico integrador efetuador
desde a protobactéria ele vai fazer uma narrativa biológica neurobiológica disso tudo e assim é interessante que depois daqui a pouco no evento do Congresso Brasileiro de otorrinolaringologia para falar de cuidado paliativo olha isso chamado psiquiatra no colégio ele vai falar de um proto o sistema patolímpico o salto evolutivo brincar com a mãe cuidados maternos e reproduzir isso só no outro ser humano Então acho que esse aponta assim um outro ser humano fazer isso integrando porque eu acho que esse elemento que me ocorre né ouvindo e pensando sobre isso é a realidade externa com a realidade
interna a racionalização a nossa forma de professor aqui talvez me ajude que às vezes tem alguns colegas que fazem o contato com a emoção com aquela pinça de cirurgia torácica sabe distantes para ficar longe para não se inclinar e eu acho que é inevitável porque uma verdade e há uma verdade escrita pelo [Música] livro A negação da Morte que é o medo da morte o que rege tudo isso é metade na verdade da Separação seguinte [Música] e quando a gente lida com a amplitude com a morte não dá não é medo né A Teoria que
veio da Psicologia existencial experimental e social é a teoria de gerenciamento do terror a gente não tem medo de morrer pavor sai um filme Inclusive durante a pandemia que as entradas a realidade e as máquinas né tentando fazer as pessoas com dopaminas tentando sentir sempre bem né sempre bem sempre bem sempre bem faz uma fuga contínua de uma realidade Então eu acho que essas falar diretamente ele comentou também quando que chama lacuna na formação de médicos psiquiatras Inclusive a gente tem entrevista de psiquiátrica a gente tem técnicas de entrevista e a comunicação a gente acaba
fazendo uma maneira mais intuitiva essa ressonância não só cognitiva porque uma coisa é fazer ressonância cognitiva para emoção outra coisa ressonância emocional e aí quando a gente faz a gente tá se perde cognitivamente e é comum de chorar com pacientes frequentemente isso acontece se emocionar poder testemunhar o processo de conclusão de uma biografia ameaça de perder tudo que eles consideram mais importantes e redimensionamento do que que é realmente trivialização acontece faz mal para saúde e você tem uma estrutura pré-frontal que basicamente é a racionalização tenta fazer uma modulação você falou do luto um outro livro
Fantástico já Marie Francis o Connor que chama the Prison [Música] e ela vai escrevendo muito próximo do que muito parecida vai mostrando quanto que isso vai fazendo parte da nossa construção humana que basicamente É apego e separação e a gente trabalha com cuidado curativo Provavelmente nós somos o último pessoa Talvez que essa pessoa que esse paciente vai se conectar Antes de Partir e ela laboratório de possibilidades de ajudá-la a redimensionar essas relações efetivas emocionais consigo conosco na relação e o sentido transcendente a gente pode espiritual não religioso necessariamente Falando de religião Então eu acho que
eu tô pensando nisso E aí Pergunta assim a gente tem para discutir também o quanto que a gente consegue integrar toda essa Parato técnico neurológico que é importantíssimo para nossa prática a cenoura medicina não só da psiquiatria com uma subjetividade com aspecto da alma humana para que a gente ouvir no robô mas que fundamental como se faz diferença no segmento não falou para os pacientes eu posso segurando na como psiquiatra tô falando também Daniel mostrou isso como intensivista como o médico que tá na Linha de Frente mortalidade quando ela tem alguém do lado dela que
com quem se conecta na sua mente mostra essa confiança de muita técnica para que essa confiança sintomas porque todo também dá estresse falta de ar só ansiedade e a gente conseguir fazer essa conexão residência isso vai para uma outra narrativa outra linguagem e talvez uma comunicação simbólica né uma estratégia que eu uso muito os meus pacientes e que estão ancorado na raiz da Medicina ocidental os sonhos voltando para a frente na medicina clássica para hipocrática asclépio tem lá estátua do asclépio na frente do Instituto central de joelho olhando pro céu e falando do caráter teocrático
da Medicina naquela época medicina se fazia e cura também significava metanoia a palavra que usava metanoia transformação do sentimento uma das técnicas que se utilizavam era a mãe fica por incubação o do indicado para sacerdotes e quando a gente em determinado sonho ele recebe alta quando a gente perguntou sobre os pacientes eu posso ter que ter uma comunicação não fala nada um lugar que a gente tenta sempre fugir a morte também esse lugar claro né agora Talvez o pensando olhando para trás para nossa evolução e olhando para frente para onde a gente está indo eu
acho que manter esses valores humanísticos e que pode nos levar para uma dimensão até para questionar Será que a possibilidade de vida ela se encerra com a vida biológica Então a gente tem vida biológica pessoas que a gente gosta tem amados familiares como que é assim a gente continua se conectado com essas pessoas essas pessoas continuam vivas dentro da gente nas histórias dadas os legados delas nas construções Então eu acho que esse é uma forma de pensar e acho que esse tipo de oportunidade [Música] de vários autores são discussão que integram esses autores históricos [Aplausos]
a todos eu queria começar assim nós temos 15 minutos [Música] [Música] as pessoas estavam morrendo e ela criou um lugar para cuidar dessas pessoas que é uma do hospers mas esse lugar ele era mais mais era quase um QG Porque grande parte das pessoas estavam em casa e a filosofia podia cuidar dessas pessoas de um cuidado total no local especial que pudesse atender todas essa dor Total então no Rossi sei lá não tem ressonância [Música] a história contamos agora da luta os especial alguma coisa para cuidar dele que não tem esperança não tenho esperança e
depositamos foi mudado assim foi se transformou a mesma coisa que você pega assim nós temos aqui o quadro do Felipe Neto libertar aqui na biblioteca libertando os pacientes lá do hospital e tem um hospital [Música] virou sinônimo de [Música] transtorno né Por causa do estigma preconceito da em relação às doenças psiquiátrica sinceramente importante mas vamos abrir uma pergunta exatamente e um pouco curiosa em relação ao momento em que você dá a notícia e a pessoa faz um movimento contrário assim você já teve experiências você deu um exemplo né da senhora falando não mas ela vai
ficar bem não sei quem falou que vai para que fizer resolver aquilo lá vai dar tudo transplante você já teve outros exemplos da pessoa ficar irritada se manter nessa essa emoção e como é que você fez para Ressoar eu mesmo a primeira é que aqui simplesmente para dar notícias muito difíceis vale a pena retomar o vínculo de confiança e refazer o papo lá não sei isso acontece no mínimo uma vez por mês você vai conversar com paciente depois que acabou de tergnósticos Podemos seguir assim pelo menos uma vez por mês alguém virando para mim fala
assim Doutor não tá tudo bem para mim eu não quero falar com meu filho Então essas pessoas existem elas são a minoria mas se checar se tá diante de uma dessas pessoas é o primeiro passo minoria a maioria não é isso mesmo eu quero saber aí você fala e aí muitas vezes tem uma reação de esperança e depois de medo ou de raiva [Música] então a pessoa vem e fala um monte de coisa você descarta algumas coisas e às vezes e aí exigindo níveis mais maiores de habilidade você pode inclusive fazer refrasear algumas coisas né
então às vezes os cursos muito instrutivos você pode transformarmos uma coisa um pouco mais construtiva e devolver na ressonância com outro jeito né não porque a medicina ela só quer saber de dinheiro mesmo tá tudo assim porque ele ia ser muito difícil passar por um negócio desse mesmo né eu acho que para mim umas coisas mais difíceis e para mim é mais difícil de fazer é não não precisa modificar o sentimento de ninguém às vezes é só Ressoar e às vezes sem Ressoar e fazer uma pergunta a pessoa causa uma reflexões aí ela consegue a
minha pressão é muito mais de primeiro Ressoar e eventualmente dá um toquinho com uma pergunta para redirecionar mas eu tô falando uma coisa que é o mundo todo tipo comportamental questão mudança nas contrações [Música] não se defender disso né porque às vezes defensiva ele começa a subir o muro que a gente vai virar uma coisa pode perder principalmente nesses casos lógicos como parabéns pelas palestras e me chamo Luiz de Vasconcelos de confiança administrativo e eu estou com muita honra e alegria na coordenação da humanização do Instituto psiquiatria a qual está numa fase inicial de pleiteação
do selo sendo o primeiro Instituto do Complexo da pleitear eu falo isso com muito orgulho porque tem a ver a sua postura imunologista muito parceiro e amigo da senhora sua mãe que é uma ilustre também a professora então eu fiz essa introdução para me apresentar um pouco ele dizer por favor eu quero fazer dois pedidos Nunca na medida do possível deixe de fazer essa palestra com maior número possível de pessoas porque a área da saúde emagrece disso essa questão dos cuidados paliativos para muitos profissionais é o paciente que não tem mais jeito esse paciente tem
medo tá frágil isso muitas vezes Escuta ouve ele precisa ter uma passagem uma morte uma palavra que quiserem o mais digna possível sabe ali tem grupos familiares tem todo um contexto ele tem uma história que é a única as pessoas precisam compreender cada vez mais que o paciente antes de ser paciente ele é um ser humano completo complexo e que ele precisa de paz inclusive para no leito do Cuidado paliativo então assim eu acho que eu queria lhe dar fazer uma provocação que o senhor Quem sabe no futuro Espero que seja próximo porque e fazer
de parcerias para divulgar o amplamente possível esse livro porque o Senhor é um médico absolutamente especial o Senhor nasceu para ser médico o senhor faz toda a diferença eu não estou jogando confete porque não é meu perfil eu acho que é importantíssimo senhor ouvir isso de uma desconhecida Porque isso pode ter certeza que é o que eu sinto eu estava em uma reunião atrás de outra lá em cima e aí a cunhada que eu queria assistir a sua palestra eu agradeço Doutor Edson nosso diretor clínico e foi pessoalmente atrás de mim você não pode deixar
de assistir muito obrigada Deus Lourenço E aí eu abri a palestra eu me senti incomodada de estar vivendo na telinha porque vê-lo aqui e puder me dizer isso é muito mais interessante Então por favor agregue cada vez mais médico de Enfermeiros profissionais todas as categorias profissionais porque o seu trabalho é muito muito importante é um grande diferencial e orgulho muito de ser um médico brasileiro a gente não precisa ir lá fora para ouvir isso a gente está ouvindo de uma pessoa que é brasileira e o carinho eu não falo inglês não tenho vergonha nenhuma de
dizer isso meu marido já pagou vários cursos eu não consigo não tem paciência não sei eu gosto assim do Olho no olho Então a sua questão do Olho no olho da linguagem não verbal do entendimento de estar ali com ele para ele aquele sinta que ele é único naquele momento o senhor está à disposição daquela paciente sem esquecer que o senhor é um remédio mas se envolvendo com ele eu percebo que a maioria dos médicos têm medo de desenvolvimento paciente e achar que ali ele deixa de ser médico ele deixa de ser um técnico e
muito pelo contrário isso só foi como o senhor falou muito obrigado pela oportunidade e parabéns a vocês organizadores por dele trazer de pessoas tão brilhantes que O que O Emílio falou sobre a notícia difícil para pacientes com autonomia preservada você aborda o paciente junto com a família pergunta devido algumas famílias desejarem fazer o cerco de silêncio excelente pergunta e a gente no currículo de paliativos Esse é um padrão que a gente aborda como abordar esse padrão uma coisa que eu achei interessante assim tem bastante nuance eu não quero dar uma resposta longa que é merece
mas tenta não resume pelos pontos principais aqui tem dois pontos principais Então esse é um ponto então para a gente conseguir dar essa oportunidade para quem não quer isso e o segundo ponto é que muitas vezes pelo menos o que eu vejo é que médicos já ficam com muita raiva da sua famílias e assim e às vezes as famílias Às vezes as famílias elas sabem que o paciente não quer coberta de razão e nas outras vezes quando o paciente quer e a família não quer ela também tem a sua razão eu razão delas as pessoas
estão com medo que o paciente vai perder a esperança elas estão com medo e o paciente vai ficar deprimido então achei uma coisa que é interessante nessa história é primeiro vê secar a demanda do paciente se ela existe mesmo ou não e segundo checar o medo da família e aí com a família fazer isso conectar com elas fala assim olha eu nem escutar o medo entender melhor Qual que é o medo dessas pessoas responder a esse medo e aí depois a gente fala nossa parte e aí quando depois que você conectou você falando nessa parte
Olha eu entendi essa preocupação é que ele fica deprimido posso falar minha então a minha preocupação é que se a gente mentir para ele vai aumentar a chance de ficar deprimido porque ele não vai poder acreditar em mais ninguém e viu essa dica todo mundo mentindo aí você cria um impasse E aí o impasse ser propõe uma solução conjunta vamos fazer o seguinte ó minha meta que ele não fique deprimido e que ele fica mais próximo possível de vocês que a gente passa por isso junto certo vamos fazer junto então vamos lá vamos lá e
eu não vou falar nada só vou perguntar para ele e você vem comigo e aí Geralmente dá uma lição de vida em todo mundo que a vida e fala assim o paciente e poucos anos com uma leucemia E aí ela olhou para mim olhou para filha e fala assim posso falar mesmo Doutor é porque eu tô fazendo maior esforço para minha filha não saber que eu sei que eu tô morrendo é isso assim muitas vezes você sabe E aí [Música] e tava sendo a caminho e aquela conversa que felicidade autonomia Verdade mas na verdade não
tinha muito assim olha como é que a pessoa vivência a gente diz porque acho que alguns conceitos a gente acompanha o paciente ao longo da história natural de uma doença a minha vivência disso sim acabei ficando mais assim que chegou ele entrou na UTI assim lá no corredor estava num canto da UTI ele veio entrando e quando veio o paciente vinho quando eles vinham é aquela Parafernalha todo mundo correndo monitor apitando não sei o que lá no ponto do Corredor ele já entrou com a máscara reservatório E aí chegou todo mundo assim eu fui na
beira do leito dele a outra colega já tava com laringo na mão e aí esse paciente visual [Música] aí eu falei responde com a cabeça não responde a cabeça sim ou não você não quer ficar um vegetal nas palavras dele ele falou É isso aí eu falei então se eu entendi direito você não quer uma situação eu imagino que você deve ter visto muitas vezes isso ele é isso aí aí você vai lida eu entendi e posso falar agora a minha preocupação e aí eu falava reto eu falei 500 vezes olha a minha preocupação é
o seguinte eu não sei o que vai acontecer com você mas eu sei que das pessoas que estão aqui no nosso UTI em torno de 10 pessoas que passam parecida com a sua três de fato morre mas sexo não as pessoas mais jovens e com menos doença tem mais se está no grupo de sexo Eu acho que eu queria que você fosse uma das pessoas e tudo mais assim vamos buscar que você seja uma dessa turma do sexo se por acaso no meio do caminho aí que vê que você vai ficar na sua ação acamado
sem Lucidez eu te prometo na frente de todo mundo que a gente vai te deixar morrer em paz assim a saturação dele foi subindo a frequência cardíaca dele então Faz o que você achar melhor marca Acabou a conversa ele já não tava mais ele tava lá com uma máscara reservatório tava lá com seus 89 a frequência que tava 14 [Música] não foi o que aconteceu com muitos outros muitos outros continuaram e que foi muito bom [Música] [Aplausos]