Sobre Vivências - Documentário LGBT

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14 pessoas contam suas histórias de vida, todas elas atravessadas por experiências de preconceitos d...
Video Transcript:
eu falo mas eu guardo muita coisa sou muito fechado não sem alguma coisa tinha eu vou guardar para mim e eu fui guardando tenho muita mágoa que eu tenho muita coisa que eu não falo só guardo dele e eu sei que isso é um de nós é como descobrir o ensino médio a direção da escola nem tava com ninguém isso mas eu andava com uma menina e a direção queria ela não chamou ninguém ela não chamou e eu não chamo mim não chegou nada pra saber se tinha alguma coisa pra saber o que está acontecendo
não saber nada a única coisa que eles fizeram foram querer mandar o agente para acompanhamento psicológico sem nem conversar com a gente fez saber se tinha alguma coisa errada porque não tinha essa e aí faz a gente se questionar por ação as pessoas que têm que estar lá para uso na educação sabe tu falou que a gente tem um problema ele precisa de psicólogo para gente a mesa [Música] lá este é isso tabelas que eu era relaxam da tua mas mera tênis para [Música] ae bolinha joga bola [Música] o acesso [Música] eu me assumi aos
16 anos de idade na verdade minha mãe descobriu através do colégio que me viu fora da escola como menina é é a minha mãe começou a brigar comigo me chegou a me insultar mais falava que não queria isso pra ela batia na mesa eu lembro direitinho ela batia na mesa e dizer que não queria que não era aquilo que é planejar pra mim é eu dizia que aquilo ali não era verdade que eu não ia ser nada daquilo que ela pensava até que eu mentia dizendo que que depois de um certo tempo depois dizia que
eu que eu ia ficar com meninos não era aquilo não era uma coisa que tinha acontecido não é na verdade o meu pai e sou bem depois é ele é soube através de uma mensagem no celular que a gente estava escondendo porque não podia saber que tinha problemas cardíacos então ele soube e no outro dia na escola e foi buscar e falou que escuta ele falou que não ia tomar mais os rendimentos dele quero do coração ia deixar que deus levar se ele porque ele não queria ter uma filha homossexual ah eu estava no auge
da depressão naquela época tentei me matar é meu irmão quando soube disso quis rebater nascer e eu assumo a minha sexualidade ele sempre esteve do meu lado ele foi uma das coisas mais importantes para a minha mãe acho que demorou quase um ano para mim aceitar de verdade é tão caótico que por mais que a gente tente motivar as pessoas a enxergarem as coisas de maneira mais positiva e menos preconceituosa parece que nunca vai ter uma solução para isso sabe e não tanto da comunidade lgbt enfim todo o resto as pessoas que estão em situação
de rua as pessoas negras as mulheres que por mais que a gente tente é muito difícil que as pessoas realmente se dêem conta do com problemáticas a nossa sociedade isso que me deixa muito triste e sem vontade de falar o grandes coisas porque sabem que bate um desânimo muito grande mas eu eu não tento mudar o meu jeito transformar o meu jeito porque as pessoas votem não mas no momento em que gera uma conversa não vou ser a pessoa que vou falar a pessoa ao tentar falar da minha namorada entende o que falar alguém o
que não dá nome entende como a gente vê uma pessoa eu tenho e isso eu tenho em mim porque eu passei pelo meu ensino médio vendo meu professor chamar o esposo de elite pessoa [Música] eu não entendi porque ele tinha que fazer aquilo que todo mundo sabia entende fala entendeu eu falei eu não vou se essa pessoa pra ninguém eu não quero que ninguém seja só uma pessoa pra mim pra ele dependia de pessoas que conseguem passar incólumes né num a sua vida inteira no armário ou não se assumir para si mesmas é eu não
tenho nenhum problema com isso mas em outras pessoas que não conseguem disfarçar o que não têm essas defesas digamos assim a representação de machado [Música] e eu não sei eu acho que é bem cruel assim a sociedade não só para os lgbts mas todo mundo que sai um pouco do do normal porque mataria para bem pesada precisar olhar eu acho que da sociedade em geral é ético e de controle e poder sempre alguém exercer o poder sobre a outra pessoa pra pessoa diferente o que foge daquilo que está estabelecido nas normas e sempre tem um
castigo pra quem num para quem não consegue essas normas a gente sente mesmo que a gente saiba que a gente não está fazendo nada errado a gente se sente fazendo algo errado pela forma que as pessoas nos olhos eu acho que tem uma grande diferença na forma com que a nossa sociedade lida com a uma obscuridade das mulheres ea ue a bissexualidade dos homens as mulheres passam por coisas que os homens nunca imaginaram passar porque a homofobia que a gente sofre ela é mais intensa porque existe também uma x 1 contra a gente uma fertilização
muito grande da nossa selecção antes [Música] no começo foi o rijo horrível [Música] a minha infância foi basicamente sendo excluído de coisas pequenas como por exemplo você é excluído de trabalho de grupo de colégio só porque eu não seria um tipo de comportamento que eles esperavam que era o certo se excluído de brincadeiras ou excluído de atividade só porque eu não conseguia aquele padrão deles e eu acho que 94 com quatro anos eu já usava roupas femininas não pegava investidas da minha mãe eu pegava cortinas enrolada no corpo quando depois na minha adolescência assim na
pré-adolescência mais ou menos quando elas saíam eu corria para o quarto da minha irmã e pegar essas maquiagens dela e botar uma roupa ficava caminhando por dentro de casa dançando então eu sempre gostei profissionalmente há três anos eu faço isso de uma forma que eu levo leva entretenimento das pessoas a partir da minha personagem tem muitas coisas da minha infância eu não lembro mais muitos mesmo porque das minhas primas acabam conversando comigo falando de coisas que eu fazia o nome recordo mas uma das principais assim era que eu empurrava o sofá e é pra trás
de seu pai brincava de botar um monte de roupas bonecos que eu queria fazer strip tease delas assim a a até brincou agora com a minha afilhada de boneco mas não faz strip tease e com elas porque a maioria nem time na frente 59 93 simplesmente pela menina disse acho que eu vi o menino também que é só achava bonito que eu achava interessante mas não já falava sobre se era algo que na minha cabeça se eu falasse sobre isso seria ou não aceita acho que até por essa questão familiar só então nunca falei sobre
até mais tarde comecei realmente a experimentar a minha sexualidade mais vivência da sexualidade mais quando eu saí de prata nas mídias sabe eu acho que eu não sou aquilo que é o que eu sempre aparentei sabe eu acho que eu tenho o órgão o outro lado que eu num que não aproveitava o que eu não sei lá que eu não diria isso mas que também pode ser importante como chapoca assim que era tão horrível porque bom como toda criança e adolescente a gente se apaixona e a gente gosta de algumas pessoas e quando tu não
tem mesmo resolvido contigo é horrível porque não tinha como falar pra ninguém sabe antes de contar pra qualquer pessoa horrível porque sabe aquelas paixões assim de ficar meses você um dia o menino e não podia falar porque ninguém sabia que tinha que ficar escondido não podia falar agora para atingir sabe não é como uma criança que bom já heterossexual já se sabe sente atração enfim vontade de desenvolver isso acontecia coisas os meus amigos e o pessoal é ter o sim era tranquila diz por dilma na cartinha fazer do mais essas coisas que a criança faz
e eu nunca pude fazer isso nunca pode isso pra mim foi muito ruim porque é como se uma parte da minha vida tivesse sido tirada de mim ela pudesse ver ela nunca mais eu nunca mais vou poder viver disso sabe e isso uma uma bola sabe a a minha vida sempre vai ter essa marca ela não há para já sabe que eu nunca vai pagar nunca vai apagar e a gente tem mais oportunidade de falar disso e não eu quando eu cresci eu não tinha assim eu eu me descobri gostando de meninas com 12 anos
e e num lugar onde eu não tinha nunca tinha escutado falar que isso nunca tinha visto ser acho que uma novela uma revista para isso é uma coisa tão normal assim tão tão tranquila eu ficava assim senão as olha só que tudo sentindo e toda aquela sensação boa de de começar a namorar enfim daqui a pouco aquilo tudo se transforma num num terror das está falando sabe um pesadelo uma coisa sentir que eu nunca imaginei que eu ia viver assim tanto na minha casa principalmente eu chego extremamente ingênua leva a menina que namorava dentro de
casa se aguentam eu não é minha amiga e tal e aí nossa queridinha assim se transformou num num pesadelo é um dia aqui hoje depois de alguns anos de terapia também eu acho que consegui falar assim mas na época foi muito difícil mas eu acho que o que mais choca daquilo e depois de adulto eu parei para refletir assim é que não é um momento que eu cheguei à minha casa quanto para minha mãe ea minha mãe não recebe a notícia de uma maneira boa né meu pai até porque para eles isso é uma coisa
que nem existia sei lá mas eu acho que foi a escola sabe o eu paro fico pensando gente não tinha um profissional não tinha uma professora alguém que quisesse me acolher assim quisesse me chamar para conversar pra perguntar o que estava acontecendo eu lembro de boatos de colegas dizendo que a cara olha só vai chegar o dia a dá lá esquecido o conselho de classe e aí mas a professora descobriu e elas vão contar para meus pais e eu ficava no meu deus como se ele não contar com meus pais eu que tenho que contar
isso para meus pais não uma professora e eu não tô fazendo nada de errado todo mundo se beija todo mundo namora aqui no colégio eu não posso e ninguém chegou para conversar comigo sabe ninguém até que eu peguei e resolvi fazer isso e aquilo ali enfim na escola minha mãe trabalhou na escola e tomou falando com o dia todo e fizeram toda uma questão de hábito em controlar carolina agora tem que ficar com o guardinha ela cuidando ela não tá num canto com a menina ela deve ficar afastada dela e que parece um quartel-general assim
for o caso que estou fazendo uma coisa que todos os meus qual todos os colegas faziam mas pra mim aquilo era né pra mim é impossível poder namorar ou mesmo alguma coisa se no colégio na escola justamente por eu sempre ter sido diferente simples os outros mimos eu ouvi comentários de tchau de game ea dessas coisas assim é e obviamente como uma criança ouve só fica chateada né mas acho que a única vez que eu realmente senti mesmo assim no colégio foi o ensino médio está no segundo ano que tinha o espírito de classe e
é indolor e um cordel ele disse que ele não ia sentar comigo porque eu era gay e aí eu vou usar um tal e ele falou que ele só não bater em mim porque seria como bater em uma mulher mas ele se recusou até o fim não há dor e à direção do procon divulgará a agente não tem mais brilho essa foi a vez que eu mais um sentido que no qual é assim mas sentia a homofobia mesmo mas nos trazer sempre foi típico comentário das coisas em que eu acabava de mariana dessa vez foi
mais direta científico quando sair daqui eu acho que eu vou voltar a ser aquela pessoa que tenta não ser um personagem mas que muitas vezes para se enquadrar dentro dos padrões da sociedade a gente tem que investir esse personagem e que escuta piadas e coisas que enfim não acabou não agradando muito o que é muito comum a gente está sempre tendo d se esconder em um finge que não é assim em todos os momentos só quando está com os amigos ou algo do tipo mas é é bem difícil [Música] você é é uma coisa que
o daniel do rio fala do livro de eli sabiá uma economia que os gays são as únicas pessoas que precisam declarar aqueles que ninguém se declarar eu sou hétero oi eu sou hétero foi esse negro e sua mulher ninguém fazer isso mas os gays precisem ser gay e daí depois que falar eu sou gay tem toda uma série de perguntas que vem depois sempre prestando uma uma o gay lésbica treinos biking precisando uma boa conta de si mesmo para todas as pessoas então tem que estar pagando alguma alguma coisa que os outros no caso uma
história e esse talvez seja o castigo que a sociedade enfrenta gil para essas pessoas porque sempre está se justificando se justificam o tempo todo tinha um trabalho pra ser feito na escola e esse trabalho era em grupo um grupo de cinco alunos que tinha ficado sozinho sobre e me colocar em um grupo que só tinha meninos que já eram amigos esses meninos falaram 'não tranquilo a gente não vai pra casa de ninguém a gente fala divisão cada um fazendo a sua casa eu fiz um trabalho na minha casa e eu fui ver eles tinham se
reunido na casa de um deles pra fazer junto não tinha me convidado não tinham feito nada e e disseram ficaram rindo de mim dizendo que eu não seria aquele comportamento deles que ele não convidar um gay não convidar enviado para a casa deles e um convidado enviado para participar de um trabalho não iam deixar enviadas em tomar a marca de incentivo à seleção e senti destruído vicente horrível parecia que eu estava fazendo alguma coisa errada que eu não estava seguindo algo que já era predeterminado algo que eu deveria ser a que eu tô fazendo algo
de errado será que será que tem algo de errado comigo será que eles estão certos se realmente eu tenho que mudar alguma coisa dentro de mim mas aí o tempo foi passando e eu vi que eram eles que precisam tratar o conceito dele não eu eram eles que precisava se tratar a nossa sexualidade é o tempo inteiro das lojas de moda os estigmas que que pesam sobre as pessoas bissexuais são muito intensos a bissexualidade é invisibilizada porque dificilmente as pessoas falam sobre isso é sempre aquela história da pessoa é ter que virar o game é
como se a bissexualidade simplesmente não existisse parece que não existe nada entre ser hétero ser gay então nós sempre somos as pessoas confusas as pessoas que não sabem o que querem as pessoas que estão brincando com os outros nos relacionamentos das pessoas que vão trocar um sexo pelo outras pessoas que vão trair as pessoas que são promíscuos bom que é só uma forma de né quais nós que nunca viram isso eu não me arrependo de forma nenhuma de de ter aberto essa questão assim as pessoas que o que eu falei mas ficou eu preciso que
mudou e eu quem coisas que não gostei de ter escutado só então eu já ouvi sei lá que o que é uma fase que é confuso que eu sou uma pessoa com fuzis uma pessoa indecisa que não sei o que eu quero eu já ouvi que eu não sou homem de verdade sabe já ocorre que na real eu sou gay eu tenho vergonha de assumir são coisas que não talvez não sejam tão agressivas pra no sentido de selar o preconceito e agressão física assim mas é algo que inviabiliza o meu sentimento sabe e eu acho
que mesmo nesse projeto muitas pessoas bissexuais não quiseram pagar não quiseram participar porque simplesmente não acharam que as suas histórias era importante o suficiente mas se a gente continuar tratando a gente mesmo assim as coisas nunca vão mudando um tev causa de uma nova tinha que eu gostava muito dos meus melhores dias e ela disse pra mim que um homem que fica com outro homem é gay independente do que ele faça depois o homem é e e eu pude ser bissexual fiquei muito chateado com aquilo porque não é porque eu fico com homens que eu
posso seguir o que ficou a miss é o simples fato de ficar com um homem que não conversou com pessoas não entendeu é uma pessoa que não sabe que ela está passando e ela pode ser realmente gay ficar com ela mas não sabe se ela é bissexual e também não precisa julgar e e criar esse preconceito de que a pessoa sempre vai ser porque ela chegou a falar pra mim que por mais que eu fosse casado com uma mulher eu sempre a querer ficar com homem sempre a seguir pelo fato de já ter relacionado com
homens essa questão assim de entender o outro sabe eu goste de brincar bastante que sexual é como se fosse um sofá cama às vezes sofá cama mas nunca vai deixar de ser um facão eu acho que depois que eu voltei intercâmbio eu comecei a perceber isso de outra forma sabe não preciso negar esse sentimento que eu tenho ela precisou esconder isso de alguma forma essa e eu comecei a ami aceitar mais se eu sinto atração de ficar colinas eu vou ficar a conhecer tiver vontade de ficar com o carro ficar em casa não não tenho
muito não preciso me limitar em relação a gênero uma genitália ou sei lá o quê força se sente atração por uma pessoa não tenho porque não houve alguma coisa com essa pessoa [Música] ano passado eu consegui contar para outras pessoas e se sabe mesmo já tendo vivido a terra sei que isso dentro de mim antes eu consegui só no passado fala por outras pessoas isso e realmente expressar de uma forma positiva sabe um pouco estranho isso e isso instância de várias pessoas é tanto de amigos como de familiares não se distanciar de não ser de
mais umas tantas as próprias relações mudaram [Música] acho que a única coisa marcante para mim foi depois o momento social assim por conta disso isolamento com as meninas que até hoje por ter muita dificuldade em relacionar com mulheres a eu lembro porque eu tenho eu tenho dificuldade porque eu sentia vergonha que sentiu que eu sentia tipo eu tinha vergonha está no grupo de mulheres e tipo o que sente atração também é minha melhor amiga e aí me afastava para não sentir isso esse negócio de que deus se se ficasse tipo vigiando o que está fazendo
com que as pessoas vão reconhecer as pessoas vão reagir isso pra mim já foi bem em pesado assim sabe tinha problemas de surdez paranóicos assim por causa disso sabe como as pessoas vão reagir com as coisas que sei lá qualquer coisa que possa fazer que dispara uma reação horrível as pessoas e elas se trata mais de 30 tratar mal o primeiro ataque mesmo que eu sofri e junto com a minha namorada na época foi descobrir que um amigo de parentes nosso me filmou nos filmou né é um momento que a gente estava se beijando na
estação de trem para se pedir ea gente costumava ficar ali o tempo que era o momento que a gente tinha junto depois do trabalho aí pra casa daria pra mim é uma pessoa que trabalhava ali naquela redondeza anf humor que contou com meus familiares e uma prima minha que é uma pessoa de confiança chegou pra mim e ti ti e me contou neves que tem uma gravação de uma pessoa ela não quis me dizer o nome nunca me disse até hoje ela nunca quis me dizer mas que tinha uma gravação sim da gente que essa
pessoa estava disposta a contar para os meus pais e que se eu pegasse eles eu mostrar essa gravação para eles aquilo assim atingiu de maneira absurda sabe por que eu fiquei pensando meu deus do céu que mundo é esse onde eu não tenho liberdade de viver a minha vida deu eu tinha 17 anos quase 18 mas enfim eu estava na rua lugar público e aí a pessoa me filma e e assim eu acho que foi a primeira vez que eu tive noção de como o mundo podia ser um cruel sabe e e aí sim eu
não tive outra opção de novo acho que de novo tentar fazer isso por mim né no colégio eu tomei essa decisão pelo outro vem e 10 eu mesmo também tem que tomar pelo do outro porque aí eu fui contratado pelos pais e que ia fazer eu tinha pra mim ela foi pra mim eu não podia deixar que nem conca se isso por mim e aí eu fui só que ele já sabia que não ia ser fácil já sabia que o que não não ia ser um mar de rosas enfim tem que resgatar esse assunto de
novo que assombrava enfim e joão justamente o que aconteceu eu contei para minha mãe teve que dizer o que está acontecendo e enfim é ali foi um dos dias mais ruins assim porque ela não voltou pra fora de casa dela meu pai tem fizeram foi uma tormenta assim em naquele dia eu entendi que eu tava só eu eu tava por mim assim só às vezes mesmo sem estar com alguém comigo tipo sozinha na rua só por eu ter um cabelo curto eu já consigo ver super olhares assim ela só me dá mais quando tocou o
meu cabelo curto e com uma roupa muito masculinizado tipo quanto de moletom as pessoas olhem este tipo mas será que é um menino mesmo que quer que esse ser humano é isso incomoda uma coisa diferente do padrão sabe a gente consegue ver no olhar das pessoas questionamento assim el se sentem como se eu tivesse passado por um tempo assim num casulo sabe é como se eu não conseguisse naquela época nossa falar que eu era gay world essa palavra uma coisa horrível pra mim é proibida assim eu lembro que quando era bem pequeno também a na
frente da casa da minha avó morava um casal de um caso alguém dois homens e relembra que teve um dia que eu cheguei na minha avó assim eu nunca tinha pensado muita atenção mas um dia cheguei na minha voz ela falou que eles tinham brigado e um tinha dado uma facada no outro algo assim a idéia era que já fez algum comentário assim de que essa gente era muito louca é eu lembro que fiquei com uma imagem assim da homossexualidade de de uma coisa muito louca muito ruim assim a remover de medo de eu já
sabia que eu era mas eu morria de medo de ser aquilo que queria a não ser essa a minha tia por parte do meu pai não fala comigo até hoje porque segundo a religião dela isso é pecado e então ela meio que me botou forma time criou praticamente e à minha mãe uma vez ela ela fechou a mão sim melhor chamou de desgraçada acho que naquela àquela hora ali mais um pouquinho latino e surrados e não sei você explicar o ódio que eu vi nos olhos dela eu senti muito medo né acho que eu não
tive tempo para me olhar pra mim chegar só tinha tempo de seguir eu tenho 20 e 50 eu tenho dentro de tão cansada sabe que eu tenho então eu vejo mas é de pensar assim mas a família agora com 18 anos está em casa tarde boa chance de sair do colégio está lá viveu uma vida que eu queria ter vindo sabe mas não tive que trabalhar tive que ralar muito cedo porque eu tinha que dar conta do medo de sair de casa então ou eu trabalhava no começo eu não me então é isso sim é
da alcançado nenhum noite aquilo porque infelizmente a gente tem que reprimir para se sentir seguro a gente tem que evitar de dar as mãos na rua por medo de apanhar de um desconhecido a gente tem que se reprimir na hora de se vestir para procurar um emprego muitas vezes depois que consegue emprego tem que vestir um personagem e viver anos e anos e anos com esse personagem dentro da família também não poderão se abrir se aceitava a contar para os outros que você é de verdade eu acredito que essa repressão seja muito forte as pessoas
que têm ser se que se sentem assim no dia a dia em precisam ser reprimida são muito fortes em vários momentos da minha vida eu acredito que eu tive que abrir mão e deixar de fazer um carinho no meu namorado de poder andar de mãos dadas na rua com medo que alguém fosse bater na gente eu acredito que a vida toda em certos momentos eu tive que me abster de de coisas de jeitos de pessoas por conta dessa repressão que a gente sofre sabe eu já ouvi olhados de mães de alunos para mim ter uma
professora lésbica em cima dos filhos a 11 amigos meus tenho olhado de ter um homem gay cuidando das crianças a e é complicado é ouvir é ouvir relato de pedagoga da favela do rio dizendo quando chegou pra ela falou que eles tinham que morrer porque era a que eles eram monstros sa be e ela tem que engolir o choro e perguntar se a ler se ele achava que ela tinha que morrer e foi a primeira vez que ela falou pra ele que leva lá nas bicas sabe menino de seis anos e ele falou que não
queria que ela não é sempre falo assim então por que os outros não sabe ou acha que eu sou monstro sabe eu chorei quando ouvi ela falou porque é isso que eu me sinto porque eu sinto medo toda vez que eu entro na sala de aula sinto medo e eu tento levar o meu jeito pra mudar aquilo daquela realidade mudar o que está acontecendo e eu eu eu lido ouvindo as histórias dos outros e tentando entender o outro sabe que eu nunca parei de falar de mim eu nunca paro para raciocinar as coisas internas dos
movimentos internos sabe por que eu vejo eu eu eu vejo as crianças falando comigo e falando a realidade de vida e aí o carro eu tive sorte entendeu por que vou sofrer violência dentro de casa só que aí começa aí toda aquelas vozes sabiás voz da rua as vozes que professores as vozes de pessoas falando que não é que não eu não preciso dizer é preciso esconder quem eu sou empenho e isso machuca muito te quis com de 5º ano os lugares ou falasse precisa saber ou porque que quem sabe tu tu não ficando de
bolle o eu não tenho eu de verdade por modo de vestir sabe é porque tudo olha o edital jeito cara num eu não vou ser tudo bordado desconfortável só para agradar os outros sabe eu não sou eu não tenho nenhum um compromisso formal ou coisa do gênero porque eu tenho que andar fingindo que eu sou outra coisa eu sou mulher me conheço não eram homens e mulheres mas eu quero sentir confortável e eu cresci ouvindo minha avó falar porque não usa vestido porque não sei que eu sou obrigado a botar um vestido para agradar uma
pessoa que não se importa sabe só quer que eu fique parecendo como as outras metas o com as outras primas ou sei lá porque eu nunca brincou de boneca porque se eu nunca brinquei de mercado no continente nunca ninguém que sabe que eu nunca gostei não importa nem quer o mais complicado que seja hoje sou muito grato a eles porque eles sempre souberam me cuidar muito bem hoje se alguém fala mal de mim eles estão do meu lado trata a minha namorada como filha então foi muito complicado mas hoje eu agradeço demais pelas os incentivos
deles pela proteção deles e por mais 15 meses ainda aconteça alguns comentários desnecessários mas hoje eles sabem me ouvir me amar do jeito que eu só eu tenho total consciência de que eu não sofri tanta coisa quanto várias outras pessoas que vão passar por aqui hoje o brasil vai ser muito tempo na minha vida achando que eu não tinha o direito de pertencer lugares que eu tenho sim o direito de pertencer ea minha história também a história de outras pessoas não é porque o sofrimento que a gente passa é diferente que ele não é sofrimento
eu conversando com a melhoria da minha família que aceita e entende isso eu conseguir criar forças com essa melhoria nessa melhoria da minha família fazendo parte de grupos lgbts e também conseguiram algumas amizades que eu tenho hoje muito importantes que são pessoas lgbt certamente me deu bastante força mas não só eles como alguns amigos também - que são heterossexuais não fazendo parte da comunidade lgbt que lutam no clube do conjunto comigo né inclusive minha irmã e isso me dá muita força eu acho que isso me fez perceber também coisas em relação à mendonça fez eu
perceber que é preciso esconder aquilo que eu não preciso negar que na real ou têm que afirmar que eu em poder a cada vez mais sabe fazer perceber que não precisa ter medo de sentir aquilo e se as pessoas não não querem comer mais comigo beleza que está aprendendo elas não sabe eu acho que isso limitou mas meu círculo de amizades mas eu acho que são pessoas as pessoas que ficaram são muito mais importante para mim é no sentido de não aceitarem como eu realmente sou e não simplesmente uma aparente por mais que a gente
é bala a gente quer continuar cutucando a sociedade quer dizer porque é onde antes a gente continuar nesse padrão as coisas têm que mudar as pessoas têm que mudar é muito chato viver se em preto e branco o tempo todo no é muito colorido as pessoas têm muita opção não pode ser uma coisa pedro uma coisa branca sabe posso eu enfrentei isso o tempo todo sabe é eu não deixava não eu não queria responder depois eu contei pra ela dessa vez que sai de casa e disse que eu não ia eu prometi para mim mesmo
que eu nunca mais nunca mais eu esconder sabe não importa o que as pessoas pensam não importa o que a ce não importa se apoiasse na rua não importa sabe eu não queria mais escolha e aí enfim eu fui lutando foi foi brigando e ficando calejado mas não sei em que momento acho que aconteceu pra minha mãe principalmente é o meu pai vem conseguir em aceitar isso aceitar da maneira deles mas aceitar ditador por todo o apoio que eu tive tudo que eu escutei tudo que eu passei todos os olhares que eu recebi de que
ela recebe tipo hoje eu transformo muito tempo você transformar em força sente às vezes antes da uma fraquejar drogas eu procuro nunca abaixar a cabeça mais não tem um lugar que é um que eu vá que eu não tenha tipo alguém do meu lado me apoiando a equipe e todo mundo sabe quem eu sou e nem estipulou se importa começar certa forma me sinto feliz de poder ser aceite sabe independente de qualquer coisa e isso é aceito é que você aceite mas boas pessoas gostarem de mim não simplesmente me aceitarem se elas gostam de mim
pra pessoa que eu sou independente da sexualidade que eu tenho tinha ido na casa de uma tia minha e ela é um um anjo assim na minha vida e ela jogou a jogar joga jogava tarô já o ganho naquela época eu nunca tinha jogado em saber como é que ela e ela me chamou para jogar pra mim daí eu fui lá assim evitar um ritual então ela abriu as cartas e falaram que nós prima estava um quarto daí a gente ela pediu pra sair e tal de ficou só eu e ela daí ela falou assim
eu estava vendo aqui tinha alguma coisa que eu estava escondendo o time mesmo porque só que não era nada demais aqui tudo bem se eu me sentia assim eu acho que foi uma das primeiras vezes assim que o que eu entendi o que eu era aí que eu me senti realmente acolhido bem assim porque [Música] ninguém nunca tinha parado assim pra dizer sabe eu percebo esse e não tem problema ela teve coragem assim dizer isso para mim sou grato até hoje porque depois disso ela virou assim um porto seguro para mim então que eu ia
sempre para a casa dela a gente conversava eu dividia não meus anseios de tudo a gente aprende isso com a gente por muito tempo nunca tive a oportunidade de me abraça e ninguém nunca chega e pergunta para ti como é que foi você está bem você precisa de alguma coisa e as memórias passar ninguém nunca chega e pergunta pra te isso ninguém não é tem essa preocupação contínua então poder descarregar isso poder falar poder ser ouvido ter a voz ouvida é uma sensação maravilhosa [Música] eu me sinto bem por dizer que tudo mudou quem naquela
época parecia que nunca ia mudar que eu ia passar por um inferno a vida toda mas hoje eu vejo que o foi o adoecimento que rolou entre todos nós não foi um amadurecimento necessário porque foi assim que a gente é assim que a gente percebe o verdadeiro amor que a gente tem pelos pais ou os pais com os filhos porque a gente passa por coisas estão ruins na sociedade que eu acho que o fundamental é o amor da família que é o que a gente mais precisa antes já em ayew raf sandim diz cá eu
no af e virgin e china mobile no raf exemplo da mesa no de eja nula ae fome e até mudar mesa mudei anular formei e [Música] achei esse a europa lá e [Música] ian a água e lá chamam de [Música] háháhá [Música] ae i [Música] a london eye ao ingressar o eu na hora mendão to olha o fla zau é bonfá eu namorar meu clipe mês vendeu esta semana [Música] [Aplausos] [Música] ae i e ii [Música] [Aplausos] [Música]
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