Deficiência intelectual e a escola do século XXI

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MultiRio
Terceira palestra da Jornada Pedagógica da Educação Inclusiva 2019. Convidada: Maria Antônia Goular...
Video Transcript:
[Música] em um mundo em constante transformação desenvolver a educação inclusiva é mais do que necessário é urgente afinal a inclusão é um conceito que defende a diversidade como algo fundamental para o processo de ensino pois olha para todos e também para cada um respeitando as singularidades valorizar a contribuição da diversidade é condição essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária nossa palestrante de hoje é a professora maria antónio goulart da silva formado em direito pela universidade de brasília atualmente ela coordena o movimento de ação inovação social ea co fundadora do movimento down
a doutora maria antônia vai falar agora sobre deficiência intelectual ea escola do século 21 é uma alegria estar aqui hoje participando da jornada pedagógica da educação inclusiva um tanto os companheiros e parceiro sair de trabalho nessa área e eu vou falar um pouco aqui sobre esse desafio da escola no século 21 em relação aos alunos com deficiência intelectual acho que a primeira coisa que é interessante a gente pensar é que a escola do século 21 essa é que a gente ouve muitas pessoas falarem da escola século 21 e ver qual é o grande desafio da
escola do século 21 a gente tem aí uma mudança é muito forte né das gerações anteriores para essa principalmente por causa dos avanços tecnológicos e hoje a gente tem uma geração muito mais ativa interativa que faz uso dos meios digitais de uma forma muito diferente do que a gente fazia se comunica de forma diferente acesso ao conhecimento de forma que as outras gerações as outras gerações antes dela não acessavam e aí essa são essas as crianças que estão nas escolas hoje ea gente tem que olhar pra frente a gente vê muitas vezes pesquisas falando que
80% dos alunos vão trabalhar em profissões que ainda não existem é dizer como é que você prepara o aluno para algo que você ainda não sabe o que é então acho que o grande desafio da escola do século 21 é essa é só uma das professoras que são de uma outra geração então a gente integrar e interagir no nosso processo constante de conhecimento uma forma muito diferente dos nossos alunos que a gente tem hoje em sala de aula e também estão preparando os nossos alunos para 111 futuro ainda muito incerto que nem a gente sabe
direito o que vai ser eu acho que esse é um essa é uma primeira discussão importante pra gente posicionar e assim com ela a questão central quando a gente pensa na preparação desses alunos de prosseco 21 é que cada vez mais a gente não sabe muito bem quais são os conteúdos que vão ser mais relevante e quais são as formas com essas profissões vão exigir dos nossos alunos as respostas a gente tem que preparar os alunos para lidarem com os desafios com a criatividade com pensamento crítico com a capacidade de argumentação com a capacidade de
relacionar coisas de contextualizar o conhecimento isso tem sido trazido com muita força como uma discussão importante para os educadores das escolas atuais e aí vem também com muita força é nas falas dos alunos é quando a gente tem oportunidade de conversar como por vir que entrevista entrevistou alunos do brasil inteiro perguntando que escola é essa que você quer o que você espera de uma escola eles falam isso numa escola mais interativo onde eu possa participar mais onde a gente tenha mais acesso à tecnologia onde a gente possa produzir conhecimento também é bom a gente tá
até esse é o desafio de todas as escolas e de todos e todos né todas as estudantes todos os estudantes e como é que a gente pensa no aluno com deficiência nesse contexto eu acho que tem uma questão é central que a gente coloca que quando pensa na escola do século 21 que é o foco no desenvolvimento integral do estudante então a gente não está mais falando só de uma um desenvolvimento cognitivo mas também de um desenvolvimento físico emocional é cultural que permita de fato é que esses doentes desenvolva todas as suas as suas dimensões
para poder dar conta desses desafios que o século 21 trás então não basta mais é que o aluno saiba aquilo que se espera que ele saiba ele precisa também envolver a capacidade de se relacionar é de fazer amigos de ouvir o outro é de colaborar e isso vem com muita força na nova base nacional comum curricular nas competências gerais as 10 competências gerais que a base traz como as orientadoras dos currículos de todas as escolas brasileiras daqui pra frente elas colocam muito esse foco nas competências então para além do domínio dos conteúdos o que as
competências uns trazem é eu preciso saber usá acionar esses meus esses conteúdos que os 6.000 saberes para lidar com situações da vida é para lidar com os desafios que a vida me traz as competências são a capacidade de acionar esses saberes pra prática proibia a dia é e aí quando a gente pensa então como esses nossos estudantes do século 21 aprendem nesse contexto de currículos que precisam trabalhar com competências a gente pensa que eles precisam conhecer e reconhecer aquilo que eles estão conhecendo nos contextos de aprendiz de aplicação se engajar aquilo que a gente está
é propondo né como como conteúdos a serem trazidos e acompanhar aquilo que ele já sabe aquilo que ele ainda precisa saber pensando no projeto de lei de futuro não baixa é que ele domina os conteúdos que a gente espera agora ele precisa também ser capaz de começar a pensar no projeto de futuro no projeto de vida dele né é então cada vez mais a gente está diante de deixar de lado as soluções únicas formas de dar aula únicas materiais únicos que foram pensados pra uma massa é para uma média de estudante e pensar no que
a gente fala das soluções personalizadas que levam em conta que as pessoas aprendem de forma diferente as pessoas acionam suas experiências pessoais que são diferentes na hora que elas são colocadas diante de um conteúdo novo elas têm contextos diferentes e isso influencia a forma como elas aprendem se a gente sempre apresenta os conteúdos da mesma forma que a gente sempre propõe para os alunos interagirem com esse conteúdo da mesma forma que a gente sempre exige que todos sejam avaliados pelo sabem da mesma forma espera que todo mundo se engaje com os mesmos temas a gente
está diante de uma pouca possibilidade de avançar em relação aos nossos alunos de forma geral mas aos nossos alunos com deficiência de uma forma ainda mais é é ainda maior então buscar é prensar que agora o desafio da escola é lidar com a personalização do ensino e aí bom nossos alunos com deficiência a gente está diante de um desafio que é garantir o acesso mas também garantir essa permanência com qualidade ea progressão a gente tem um funil muito grande ao longo a ída da escolarização das crianças com deficiência vão ficando para trás e aonde quando
a gente chega no ensino médio e depois então no ensino superior ea gente tem pouquíssimas pessoas que conseguem chegar lá a gente vai por diversas razões ao longo desse processo deixando essas crianças ficarem para trás ea escola do século 21 não pode deixar ninguém para trás é a lei brasileira de inclusão já alinhada com a convenção dos direitos das pessoas com deficiência ela traz uma um rompimento de paradigmas importante é que é parar de olhar pra deficiência da pessoa para pessoa com deficiência como um problema e colocar as barreiras que a sociedade coloca pra que
essa pessoa que tenha suas condições interajam com aquilo que a sociedade oferece então o grande foco é parar de colocar a deficiência no centro do processo e colocar as barreiras e aí quando a gente pensa na escola nos nossos alunos com deficiência intelectual quais são as barreiras que os nossos alunos é encontram pra aprender acho que essa é a questão central para os professores que estão lá na escola falar assim mas eu tô aqui na minha sala de aula eu tenho um ou dois alunos em condições diferentes que têm deficiência intelectual mas que tem que
questões diferentes como é que eu faço é a grande questão é é muito comum as pessoas falam e se pode dar uma aula de a deficiência pra gente pra gente ninguém tem que dominar o assunto da deficiência nem as diversas deficiências a gente tem que ser capaz de identificar essas barreiras pensando como é que essas barreiras podem estar influenciando no aprendizado dos meus alunos então quais são as principais barreiras que as pessoas com deficiência intelectual é enfrentam elas são muito ligadas à forma como a gente apresenta as informações para elas as estratégias que a gente
usa para que elas possam interagir com esses conhecimentos que a gente traz e as formas de engajamento e aí eu trouxe aqui uma referência muito grande que a gente está trabalhando quedas em universal para a aprendizagem é o desenho universal para aprendizagem ele surgiu é inicialmente a partir de uma do próprio conceito uma análise do próprio conceito do desenho universal nec é muito como as pisadas universal e rampa é pra todo mundo passa o cadeirante mas passa o idoso passa a mãe com um carrinho de bebê passa é uma pessoa que está com o pé
enfaixado como é que a gente pensa nesse conceito que foi utilizado para o desenho universal aplicado a aprendizagem eo cash que um grupo de profissionais é nos estados unidos desenvolveu esse conceito do desenho universal para aprendizagem que teve no início o objetivo foi utilizar tudo o que a gente estava tendo de novos conhecimentos de neurociência de como é que o cérebro funciona quando a gente aprende para poder pensar nos recursos pedagógicos e nas estratégias que as escolas acionam para garantir a aprendizagem então é o desenho das aprendizagens propõe você analisar as três grandes redes neurais
que a gente tem primeira rede de reconhecimento que aquilo o que né quer dizer o que é que a gente está aprendendo né é como é que as pessoas estão sendo apresentadas a um novo conteúdo então sempre apresenta um conteúdo é escrito as pessoas que têm dificuldade de ou na limitação para conseguir acionar um conteúdo escrito não posso não vão receber essa informação a esse conhecimento eu sempre dou uma aula expositiva falada as pessoas que têm dificuldade de pegar aquilo só ouvindo vão ter uma dificuldade é uma e uma menor é exposição a esse conhecimento
que eu estou trazendo então a idéia é que a gente possa pensar qual a diversidade de formas de apresentação de um conteúdo que eu tô utilizando eu estou usando sua aula expositiva estou usando só escrito no quadro está usando o psol o livro didático o quanto eu tô variando nas formas como apresenta o mesmo conteúdo aí eu vou apresentar eu posso apresentar ele num livro possa apresentar um filme eu posso apresentar numa animação possa apresentar uma música que se relaciona com ele eu posso fazer um passeio que contextualize trás desse conteúdo quanto mais a gente
consegue é é a diversificar as formas como a gente apresenta um conteúdo novo para os nossos estudantes maior as chances de um aluno qualquer e de um aluno com deficiência intelectual em especial consegui pegar porque se não pegou bem no escrito porque é o tempo de atenção ou a forma de o tipo de letra o tamanho da letra que foi utilizado não favorece que ele consiga é é aprender bem aquela questão quando ele ouve ou vê um filme ou conversa com o colega sobre aquilo ele tem uma nova oportunidade está diante daquele conhecimento a segundo
é tá ligado o segundo princípio do desenho universal aprendizado está ligado à rede é neural estratégica néctar é que está relacionado ao como a gente aprende então assim a gente é aciona é internamente os nossos recursos cognitivos quando a gente está diante de um desafio de aprendizagem então nem sempre né over 11 uma atividade ou fazer um exercício é uma forma é que consegue garantir que todos os estudantes conseguiu aprender então se ofereça por exemplo modelos interativos né de 11 de por exemplo de um sistema solar ou de um corpo humano se eu conheço atividades
práticas de experimentação a neve e as pessoas possam testar e ver a aas as questões acontecendo fazer ela na área de física ou ou de química é o diante de um desafio de produzir uma animação ou produzir um filme ou fazer uma música z quanto mais um estudante possa interagir de forma diferentes utilizando múltiplas linguagens múltiplas plataformas tecnologias é em colaboração com seus com seus colegas mais diversificada é a forma como esse estudante vai interagir com esse conhecimento que estou trazendo e vai acionar a forma como o cérebro dele vai reconhecer nem a conexão desse
conhecimento novo que tem com outros conhecimentos que a gente já tem e vai fazer com que a gente conquiste estudante consiga produzir um conhecimento novo né que é essa interação disse que está chegando agora com aquilo que eu já sei então muitas vezes nossos estudantes eles têm pouco o repertório tem nenhum 11 conhecimento de mundo experiência de mundo muito mais limitadas a estudante com deficiência intelectual do que outros estudantes que muitas vezes circulam muito mais que interagem com muito mais pessoas muito mais ambiente como é que a gente pensa em estratégias que também tragam ampliação
de repertório né de possibilidades para que ele possa conectar esse conhecimento que está trazendo com o mundo com a vida com outros conhecimentos e com isso é conseguir aprender aquilo que está sendo trazido e o terceiro princípio do desenho universal da aprendizagem ele está ligado à rede e cognitiva da afetiva é que é o porque é muito interessante porque sempre que apresenta as pessoas falam sim a uma efetiva porque as pessoas com deficiência intelectual são realmente é muito querido não tem nada a ver com isso né é na verdade a gente só aprende aquilo que
a gente quer qualquer pessoa a gente aprende aquilo que faz sentido pra gente que quando eu tô diante daquilo aquilo me motiva de alguma forma se você não coloca pra aprender algo que eu não tenho o menor interesse a menor relação que eu não vejo como é que eu vou aplicar aquilo na minha vida a gente ninguém aprende sua cabeça né foge assim você não consegue se conectar com algo que não faz que não traz sim edu e muitas vezes o que acontece na escola é que a gente acha que todo mundo tem que saber
tais coisas que todo mundo tem que se interessar por isso e nem sempre a forma como apresenta um conteúdo eu apresento é um tema vai interessar a todos os meus estudantes então como é que a gente pensa em conectar isso que a gente está trazendo com o universo dos nossos estudantes com aquilo que eles conhecem eles gostam que eles vivenciam porque aí se eu por exemplo connectu com uma estratégia de mangá ou com um tema que é um tema na da juventude onde de algum estilo musical ou de um assunto sobre o qual estão falando
que interessa a eles eu consigo trazer esses estudantes para terem interesse em aprender no caso da do estudante com deficiência intelectual isso é ainda mais importante porque é em muitas deficiências intelectuais a gente tem uma questão de atenção importante não são crianças que muitas vezes têm um tempo de atenção menor do que o da média dos outros alunos da mesma idade e aí o desafio de garantir essa tensão inicial e depois a manutenção é da atenção é muito maior então se eu consigo diversificar para trabalhar com um tema ligado à água nessa eu consigo pensar
mas o que que em relação à água interessa vocês né e e buscar com a conexão que esse tema atrás com interesse daqueles estudantes e aí podem falar não é acho que é porque a gente não vai à praia a gente né mora longe da praia ea gente não entende como é que que essa coisa ou neodir já visto numa numa numa escola do estudante fala eu acho muito engraçado porque a água sai daqui de guandu que é vizinho da nossa escola na baixada chega lá no rio de janeiro e não chega na minha casa
então não entender nem vamos falar sobre a dupla já não entender que caminhões com água faz como é que é quais são os critérios de distribuição porque só acontece quando investigavam pesquisar se você pensa numa conexão desse assunto que você está trazendo com algo que para aqueles estudantes é produz interesse a gente gera muito mais possibilidade de produção de aprendizado e aí no caso dos nossos estudantes com deficiência intelectual pra gente saber o que eles que lhes interessa a gente também tem que conhecer los na então na verdade esses três princípios eles estão ligados a
você diversificar as formas como você organiza o seu material não dá pra trabalhar só com o livro didático e quadro negro a gente tem que pensar em como é que a gente amplia os nossos materiais as notas referentes à forma como a gente trabalha é em sala de aula a gente tem que pensar em múltiplas formas como os nossos estudantes vão interagir com isso né então não é só copiar não é só fazer exercício né não é só é falar o que aprendeu é a gente também tem uma multiplicidade de possibilidades aí pra eles interagirem
hoje em dia as tecnologias e plataformas digitais tem muitas possibilidades que estão colocadas aí ea gente pensar em como é que a gente diversificar as formas de envolvimento conectando esses assuntos com os interesses e tudo isso passa por entender os nossos estudantes a gente tem que conhecer gente tem que saber quais são as melhores formas como eles é é se relacionam com esse ponto com esses conhecimentos novos como eles melhor interagem com as melhores formas que a gente pode usar para a avaliação muitas vezes a gente usa uma mesma estratégia de avaliação para todo mundo
eo que a gente está testando se todo mundo é como todo mundo é reagir daquela forma de avaliação e não exatamente como todos mil estudantes estão em relação àquele é conhecimento que foi trabalhado se diversificou as minhas formas de avaliação eu faço com que um estudante que muitas vezes têm uma dificuldade de se expressar possa é de uma outra forma de expressar aquilo que ele sabe né recentemente uma aluna com deficiência intelectual é ao fazer um vídeo de animação ela conseguiu demonstrar que ela sabia tudo que tinha sido trabalhado sobre o assunto da água no
no currículo da escola naquele semestre coisa que ela não tinha conseguido fazer de forma escrita e não tinha conseguido fazer de forma oral então quando a gente amplia as possibilidades habilidade para que também os nossos estudantes com deficiência intelectual possam nos mostrar o que eles sabem a gente consegue é é não só fazer uma avaliação mais correta daquilo que que eles aprenderam e daquilo que ainda são desafios para serem colocados mas a gente consegue ser mais justo e mais correto nas formas como a gente está trabalhando esse grupo entendendo que pessoas diferentes que interagem de
forma diferente com o conhecimento não é que somos todos precisam de propostas diferentes para que de fato possam produzir um conhecimento e aí assim eu trouxe alguns exemplos que a gente tem visto por aí de coisas interessantes é o participante da pesquisa do unicef do livro didático é da pesquisa sobre como produzir um livro didático em desenho universal e aí foi muito interessante que é uma das primeiras conclusões do grupo é o livro didático não pode ser só físico para que ele possa ser de fato para todos então a gente está falando uma diversificação de
forma de apresentação de um conteúdo de forma de interação dos alunos e de engajamento eu não posso ter um material que há uma única mídia então ele precisa estar conectado com repositórios de materiais digitais que estão relacionados com aquele conhecimento que está sendo trazido ali e ele precisa trazer dicas e sugestões e propostas de atividades que os professores possam fazer em sala de aula para os seus estudantes interagirem com esses conhecimentos que estão sendo trazidos e produzirem o o os seus entendimentos sobre eles então mas assim para além disso acho que tem algumas dicas que
foram muito interessante que apareceram no relatório do livro e digital do livro didático para pessoas com deficiência intelectual que eu queria compartilhar um pouco aqui com vocês que é por exemplo a produção de informação em múltiplas mídias já então como é que eu apresentasse material apresenta um vídeo animação áudio é uma música um teste uma uma imagem recursos de manipulação né de aí no caso dos materiais digitais pensar que muita gente vai ter pessoas que têm baixa visão é o que tem é é questões é com a altura do som então que eles possam ser
possa manipular quando você usar os recursos digitais para aumentar e diminuir o contraste som ea e tamanho de fonte é recursos de ampliação do repertório então diversas formas como a gente pode é continuar a aumentar contextualização que esses nossos estudantes estão tendo sobre aquele tema que está sendo trabalhado recurso de compreensão de texto muitas vezes a gente apresenta na palavras ou expressões são difíceis de entender para as pessoas com deficiência intelectual e se a gente né é utiliza alguns recursos como é de desconstruir a aaa ao apresentar uma palavra nova você apresenta um glossário inclusive
com imagens ou gifts sobre esse conceito novo que está trazendo sobre essa palavra outras palavras se relacionam a ela você amplia as possibilidades é de que ele possa compreender esses conceitos novos que estão sendo trazido muitas vezes a gente acha que todo mundo já sabe aquele a gente traz um conceito novo é por exemplo outro dia estava conversando com uma professora um conceito de flutuação que a gente acha que não sabe que a flutuação e aí isso entra e aí você tem um aluno com deficiência intelectual que não sabe e aí você tem que trabalhar
esse conceito com ele para que ele possa compreender aquele outro é é conhecimento está sem trazer trazido aonde a flutuação uma parte ali né que muitas vezes passa batido mas que se ele não entende aquilo ele perde o conjunto daquilo que está sendo trabalhado recursos de imagem então de diversificação e ampliação de repertório de imagens recursos de experimentação dos conselhos já falei recurso de organizadores avançados organizadores avançados são muito bons para trabalhar com alunos com deficiência intelectual linha do tempo quadro comparativo mapa conceitual muitas vezes a gente apresenta recuo é informações conceitos é mas se
você por exemplo faz mapa conceitual você faz um quadro comparativo que compara esse animal com aquele ou esse lugar com aquele facilita a compreensão é de quem está tem menos é retórico pra poder mundo pra poder entender esses conhecimentos então a gente tem incentivado muito os organizadores avançados eles ajudam muito as linhas o tempo é muito interessante essa idéia do tempo é difícil de entender né então quando você tem uma linha do tempo você marca a gente está aqui o que antes quer depois você visualmente consegue né facilitar é um entendimento disso é que os
recursos é para a expressão dos alunos é então ampliar as formas como os alunos podem se expressar em relação aquilo que eles sabem aquilo que eles ainda é não sabe um outro exemplo que o trouxe aqui e esse projeto mudando a narrativa que trabalha a partir dos livros de literatura também muitas vezes quando a gente está trabalhando com os alunos com deficiência intelectual é a história que vai ser contada ela pode ser um pouco mais longa do que o tempo de atenção daquela criança e aí quando chega numa determinada momento ela se perde ali nela
nunca ainda é não entendeu ainda o encadeamento de todas as etapas daquela escola daquela história e aí pode ter uma o desinteresse mesmo não entendimento do que está colocado ali na história então a gente tem trabalhado com bibliotecas tanto as bibliotecas municipais quanto bibliotecas escolares que a gente possa primeiro contextualizar para os alunos com deficiência intelectual o contexto onde essa história tá então se a chapeuzinho tal é uma floresta como é que é como é que são as casas começam às águas como é esse caminho quem são os personagens que ele possa ela possa se
aproximar né dos elementos que compõem essa história quais são as etapas grande momento como é que começa a qual é o meio é o fim népia que depois quando você tá na contação da história ela possa e acionando essas é esses conceitos essas referências que ela foi conhecendo ali anteriormente para poder fazê lo são aquilo que está sendo contado na história muitas vezes só a narração e muitas vezes mesmo com as imagens do livro não é suficiente para uma criança com deficiência consiga a e deve ser intelectual consiga é aprender a história toda de uma
vez só como muitas vezes acontece com outras com outras crianças então usar esses recursos na apresentação prévia dos personagens do contexto dos momentos chave da história é pode ser um recurso importante para garantir a participação eo entendimento da criança é e trouxe também esse outro é exemplo é bem interessante o site diversa diversa ponto onde ponto br que é especializado em educação inclusiva tem uma uma parte lá que é de materiais pedagógicos acessíveis né então a ideia é como é que professores de escolas do brasil inteiro que muitas vezes não tem muito recurso não tem
acesso a muita coisa mas assim com materiais de fácil acesso de forma é é é mais fácil podem produzir recursos que amplie então as possibilidades de apresentar determinados conceitos para os estudantes com deficiência intelectual então lá por exemplo a gente tem é como é que a gente faz um modelo de um sistema é terra lua é simples e fácil a gente consegue fazer e que consegue é facilitar o entendimento desse conceito net como é que o sol bate na na terra ou da relação de rotação da terra valor que muitas vezes quando a gente fala
explica alguns alunos conseguem entender mais o outro só com eles vêm realmente o modelo consegue manipular e olham diversos ângulos e se consegue compreender aquilo que está sendo trazido então nesse banco de materiais de diversa tem mais de 60 já materiais com o tutorial de como produzir e com alguns vídeos de como várias escolas daqui do estado do rio de janeiro diversos municípios a implementar em sala de aula com as chamadas estratégias que as professoras utilizaram de usar esses materiais em sala de aula e como é que eles ampliaram as possibilidades para os alunos com
deficiência que estavam participando mas o que é muito legal também é com ampliar as possibilidades para a luz sem deficiência que estavam participando porque muitas vezes o que acontece à luz sem deficiência também não conseguem aprender de uma determinada forma quando a gente apresenta de uma forma então quando a gente amplia essas possibilidades a gente também traz é pra turma toda um recurso novo e mais e fica uma escola uma escola onde você se prepara muito mais todo mundo eu acho que finalmente tem um recurso que um vídeo que a gente produziu lá no movimento
down é sobre é como que a gente pode pensar na inclusão dos alunos com essa síndrome de down nas escolas e tem esse vídeo é bem legal que é o vídeo do do rodrigo e do e do pedro pedro tem síndrome de down e rodrigo não tem o rodrigo é um monitor da escola faz monitoria e pegou pra fazer monitoria de matemática com pedro e aí ele foi conversar com a professora falou assim mas como é que a monitoria do pedro aí o professor olha só tem que pensar em coisas que parecem pedro que ele
possa manipular em relação aos conceitos da matemática e aí o rodrigo foi pensou em fazer vários jogos e tal produzir várias coisas junto com pedro o pedro realmente conseguiu avançar bastante em relação à matemática mas o mais legal é que tem uma fala uma parte de uma fala do outro o que ele fala assim nossa eu aprendi muito mais do que eu achava que eu já sabia mas na hora que eu tive que pensar outras formas de relacionar aquele conteúdo de matemática com coisas mais práticas é um link e ainda não sabia tanto assim e
aí eu comecei a saber mais como me preparei pra poder trabalhar com pedro aqueles conteúdos matemáticos em outros é conceito então por exemplo a gente foi fazer o ele falando a gente foi fazer o campinho é não tinha pensado em como é calcular a área porque eu já tinha pensado no cálculo de área nos exercícios mais aplicado a fazer um campo de futebol pra um jogo de demiti me ligou então é muito interessante porque também os estudantes quando eles são colocados para interagir com esses conceitos muitas vezes até acham que já sabem né porque eles
já dão conta de um tipo de representação daquilo eles não conseguem aplicar aquele conhecimento eles não têm a capacidade por exemplo de aplicar o conhecimento diária para poder desenhar um campo de futebol então quando a gente amplia também o os desafios né de como que esse conhecimento interage com o mundo com a vida é não só facilita para quem precisa de mais contextualização mais amplia é o conhecimento das pessoas que estão de todos os alunos que estão diante daquele daquele conteúdo então esses são é alguns exemplos que eu trouxe a gente não vai disponibilizar para
vocês todos os links tudo isso são materiais é gratuito os acessíveis a podem entrar baixar a utilizar nas suas salas de aula e eu acho que é assim como um resumo que fica aqui de como é que a gente pensa na escola do século 21 para os nossos alunos com deficiência intelectual é como é de fato a gente garante uma escola que não só recebe a matrícula os nossos alunos é que não só é garante um atendimento educacional especializado e faz um plano de desenvolvimento individual mas como é que a gente de fato se constitui
como uma escola que reconhece que as pessoas são diferentes são diferentes na sua constituição são diferentes na forma como se relacionam com o mundo e são diferentes nas formas como se interessam pelas coisas e que se isso não for matéria prima para a escola pensar as estratégias e os materiais pedagógicos essa escola vai cada vez mais dá conta de menos gente não só dos alunos com deficiência intelectual mas cada vez menos os nossos alunos típicos regulares também vão estar sendo menos atendidos por essa escola na escola para o século 21 é a escola que pensa
em diversificação que multiplica as possibilidades os espaços os materiais as estratégias e as dinâmicas sabendo que algumas vão servir mais para um outras mais pra outro e tudo bem somos diferentes aprendemos de forma diferente do papel da escola é acolher os seus estudantes como eles são e trabalhará a partir deles e não falar olha eu fiz se não aprendeu aí já não sei mais o que fazer o papel da escola não há sentar conteúdo não é dar conteúdo não é da matéria o papel da escola é acolher os seus estudantes entender como são as melhores
formas que ela pode se organizar para que eles aprendam acho que esse é o nosso desafio a gente trouxe aqui algumas alguns caminhos possíveis certamente tem muitos outros vocês aí professores da rede maravilhosa que no dia-a-dia implementam deve ter milhões aí de outras estratégias que usam de outras formas e que eu sempre aprendo que anotou presencialmente com as professoras e espero ter podido contribuir um pouquinho essa jornada em tão importante para a garantia da educação inclusiva nas escolas aqui da rede municipal do rio brigado esse programa da jornada pedagógica da educação inclusiva está terminando espero
que tenham gostado shaw [Música] [Música] o público
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