o filme sobre o qual eu vou falar hoje é um drama que narra uma jornada individual que se passa no pós Segunda Guerra Mundial e que é protagonizado por um judeu sobrevivente do holocausto que migra PR os Estados Unidos e dá certo lá como um self-made man ou seja como um homem que conseguiu dar certo por conta própria na terra da oportunidade ou seja só por essa desrição que eu fiz até agora você já deve imaginar que é um filme que vai cair nas Graças dos Americanos e Isso inclui a academia eu tô falando de
o brutalista que já tá sendo cotado para indicações ao Oscar inclusive pra Vitória ao Oscar de melhor filme e num possível embate entre a nora e o brutalista eu consigo imaginar muitos votantes da academia e de outras premiações de Hollywood pendendo pro lado de brutalista por motivos ideológicos imagina enquanto a nora é uma fábula antiamericana O brutalista é uma saga de Vitória dentro do capitalismo iank e mesmo que esse não seja o filme acrítico que você pode imaginar ouvindo ao início desse meu vídeo ele olha assim de maneira positiva para o sistema americano e também
pra criação do Estado de Israel ou seja tá no papo o longa conta a história do arquiteto Húngaro lasl toth Adrian Brody e suas dificuldades para se estabelecer nos Estados Unidos durante a primeira metade do século XX sim o filme narra a jornada desse cara e mostra todos os problemas que ele teve na América Claro mas mesmo assim ele é um filme que prega uma ideologia muito óbvia de que com esforço com trabalho duro e com honestidade nos Estados Unidos qualquer pessoa consegue Vencer é claro que essa ideologia vai cair no gosto dos americanos e
já tá caindo pelo que eu tenho visto nas primeiras reações ao filme por lá inclusive ao longo da projeção o filme mostra vários vídeos que acho que dá pra gente chamar de vídeos institucionais vídeos de propaganda da Pensilvânia que é onde a história se passa como esse lugar de industrialização o lugar que tá ali no cinturão do aço nos Estados Unidos e que tem cidades pequenas isso é algo muito bem visto nos Estados Unidos né um estado em que as cidades são pequenas porque as comunidades em teoria são mais Unidas se apoiam mutuamente e no
começo do filme Eu até achei que esses vídeos institucionais eu tô chamando eles assim estivessem sendo usados de uma maneira irônica mas na verdade quando você assiste ao filme até o final você percebe que o filme Tem sim esse ar ele tem sim essa aura de jornada americana que quer falar desse cara mas que quer falar também sobre os Estados Unidos do século XX como essa terra da oportunidade inclusive quando eu falo que o personagem principal passa dificuldades ele passa mesmo e ele vai mais fundo nisso isso porque o filme mostra de uma maneira muito
clara principalmente na sua segunda metade que todo mundo para prosperar nos Estados Unidos paga o seu pedágio e o pedágio que esse cara aqui paga é o pedágio da humilhação da indignó corpo e da sua própria pessoa ali com aquele cara com quem ele tá trabalhando porque aquele cara que é vivido pelo Gary Pierce que é um burguês que é o dono de muitas terras que são os donos do capitalismo americano é um cara que vai enxergar como uma oportunidade de benefício próprio e por mais que ele realmente admire o talento do laslo por mais
que ele o veja como uma grande promessa como alguém que pode trazer muitos benefícios para ele mesmo e pra cidade dele PR os Estados Unidos etc é claro que ele o olha de cima para baixo e Inclusive tem um momento ali uma cena muito crucial do segundo ato ali quase já no terceiro ato do filme em que eles têm um diálogo e que ele começa a jogar na cara do personagem principal né Ah mas você é um vagabundo você é um bêbado porque você parece um mendigo você deveria se dar valor pessoas como você que
não se dão o devido valor são sangue sugas da sociedade e Existe sim uma ironia que eu acredito que o filme sabe haver no sentido de que um cara que é latifundiário um cara que é herdeiro que é burguês e que é literalmente né não literalmente mas Vocês entenderam o que eu tô falando eu tô querendo exagerar sangue suga da sociedade é ele que vive do trabalho alio sem trabalhar mas ele tá ali jogando isso na cara do outro só porque ele encontrou ele bêbado drogado ali entre aspas na sargeta eu tenho um problema com
o personagem principal vivido pelo Adrien Brody que tá muito bem no filme tá a atuação dele vai ser indicada a prêmios ele tá muito bem mas porque ele é um personagem reativo 100% ele não toma em nenhum momento grandes atitudes grandes decisões quando ele é confrontado pelas circunstâncias ele acaba indo com a Correnteza né ele segue o fluxo Inclusive tem uma frase que ele usa em vários momentos diferentes ao longo da projeção que é Ah eu não tenho expectativa nenhuma o que faz com que seja difícil a gente realmente se apaixonar por aquele cara por
vários motivos que vão muito além da gente gostar do personagem ou não é claro que a gente se envolve com a jornada dele é claro que a gente escolhe o protagonista para torcer e a vulnerabilidade dele naquela situação faz com que a gente se identifique com a situação dele mas ele é um personagem com quem a gente se identifica apenas nesse mas não se envolve de uma maneira mais profunda porque ele tem essa reação mais passiva em relação a tudo o que tá acontecendo ao redor dele o que normalmente é um problema principalmente por ele
ser o protagonista do filme esse filme aqui o brutalista se propõe a ser uma jornada Épica e por mais que não seja Épica no sentido de narrar grandes acontecimentos ele tenta ser uma jornada bastante intensa bastante Épica desse protagonista né Desse personagem principal que vai perpassar ali vários momentos importantes da história recente ou não tão recente assim dos Estados Unidos e o filme vai adotar uma estrutura que nos lembra que remete o tempo todo à era clássica de Hollywood Esse é um filme que tem 3 horas 35 minutos de duração eu preciso falar que esse
tempo não demorou para passar eu senti assim como se fosse muito mais rápido o que é uma vantagem né O que é um benefício que a gente dá pro filme e ele tem uma estrutura muito parecida com o que os filmes tinham lá na década de 50 por exemplo por ele ser um filme muito longo ele tem uma Overture ali no começo né que ele tem uma espécie de abertura musical no meio do filme mais ou menos ele vai ter uma intermission uma intermissão ou intervalo né que na sessão onde eu assistia ao filme na
amra de São Paulo teve realmente intervalo as pessoas levantaram 15 minutos né para tomar uma água para tomar um café ou para ir ao banheiro e depois no final ele tem também uma espécie de epílogo então ele tenta causar não só uma experiência de jornada Épica Mas também de nos remeter de nos levar de volta a experiência cinematográfica que os americanos tinham naquela época no começo do século XX e eu fico curioso para saber como esse filme vai performar quando ele chegar nos streamings porque se filmes como o irlandês do scores por exemplo Já geraram
muita discussão e eram filmes lançados diretamente paraa Netflix e muita gente falava que assistia como como se fosse uma série né Uma hora do filme ou 1 hora e meia do filme por dia esse filme aqui que tem um ritmo mais lento que é um filme baseado em diálogos em personagens e que vai passar primeiro pelo circuito cinematográfico nos cinemas eu não sei se ele vai ter lugar na era dos streamings é claro que a fotografia é belíssima que o uso de locações é maravilhoso é um filme lindo de ver tem grandes atuações não só
do edrien Brody e do Guy Pierce que vive esse burguês que eu falei mas da Felicity Jones também que tá durante boa parte do filme ali sentada numa cadeira de rodas mas mesmo assim ela consegue ter uma presença de cena muito grande ela tem uma cena bastante marcante ali já no terceiro ato né próximo ao clímax do filme Quando ela confronta aquele personagem do Gai pirce e os outros membros daquela família aristocrática dá para dizer assim nos Estados Unidos porque é assim que aqueles latifundiários funcionam naquela sociedade Eu acho que o filme tem alguns problemas
de montagem eu inclusive no final do filme que curioso para saber se essa versão que eu vi do filme na amra de São Paulo é realmente a versão final que vai pro cinema porque tem alguns momentos em que o filme tem problema de montagem como por exemplo alguns saltos no eixo que não fazem muito sentido tem uma cena quando vocês assistirem ao filme vocês vão saber de qual eu tô falando em que o personagem do guai Pierce tá lá vendo um mármore sobre o qual o protagonista falou para ele anteriormente ele tá encostando no mármore
conversando com outros personagens E aí tem uns saltos no eixo por exemplo tem o alguns cortes em relação ao personagem que mantém o ângulo de filmagem ou então cortam por um ângulo muito próximo né que dá uma espécie de piscada assim né dá um tilt na tela que é o efeito que normalmente dá quando tem saltos no eixo e que eu achei um pouco amador eu não sei se isso tem a ver com o filme ainda não tá finalizado ou se realmente é um problema de montagem mas de forma geral o filme é um esplendor
técnico Mesmo que não seja um filme Tão Profundo e que não seja também um filme que nos dê razão suficiente para amar aquele protagonista quanto o filme parece acreditar e para um filme que fala sobre um arquiteto um arquiteto brutalista do leste europeu como o título já deixa Claro ao longo de 3:35 minutos de projeção eu não posso dizer que se você não sabe nada sobre o brutalismo você vai aprender assistindo a esse filme O Que Eu Acho sim que é um problema tanto que tem alguns momentos no filme em que o filme tenta fazer
algumas transições cortando para imagens aleatórias de prédios brutalistas mas mesmo assim eu acho que se você não souber sobre as técnicas sobre a história desse movimento artístico da arquitetura você não vai saber e o filme entendendo isso que não é suficiente assistir ao filme para entender sobre esse movimento ele vai ter um epílogo lá no final que eu não vou revelar spoilers aqui tá gente não é sobre a história porque o epílogo ele vai ser realmente um epílogo ele vai ser desconectado da história ele vai dar um salto no tempo para mostrar lá uma exibição
no museu e nessa exibição Por incrível que pareça num filme de ficção vai ter uma mulher lá que é uma das guias do museu que vai falar num discurso vai explicar por que esse cara é importante pra história da arquitetura Por que o estilo que ele desenvolveu é um estilo que vai ficar PR as próximas gerações eu fiquei pensando por que que isso não foi apresentado de uma maneira mais orgânica ao longo do filme e precisou esperar chegar nesse momento no epílogo do filme pra esse filme colocar uma mulher ali para falar com a gente
né porque é o que esse tipo de cena tá fazendo falando com a gente diretamente e explicando porque que a gente deveria já ter achado esse cara importante ao longo do filme inteiro Pode parecer que eu odiei o brutalista talvez mas eu dei aqui também alguns motivos pelos quais Eu gostei da experiência mas é um filme muito menor do que os americanos vão considerá-lo ele é imenso no ponto de vista da duração do escopo do projeto mas menos gente não é a obra prima que muitos americanos principalmente Vão te dizer que ele é quando vocês
assistiram é o filme venham aqui me dizer o que vocês acharam se vocês gostaram ou não gostaram concordam ou discordam dos pontos que eu apresentei nessa crítica já deixa um comentário mesmo antes de você assistir ao filme eu sei que ele é um filme que não foi exibido comercialmente ainda mas para ajudar no envolvimento do canal e não se esquece de dar um like no vídeo se inscrever se você ainda não tá inscrito clicar no Sininho se você ainda não clicou e acionar ali o sempre para que você sempre receba indicações de vídeos novos por
aqui e por hoje é isso um abraço tchau