AS GERAÇÕES ESTÃO FICANDO MAIS FRACAS? A CRISE DAS GERAÇÕES (Guilherme Freire) | Os Sócios 241

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a gente vence, a gente tem idade cronológica que a gente precisa seguir. A mulher sofre muito mais com esse delay da maturidade do que o homem. Hoje vamos falar sobre gerações. De vez em quando, inclusive a gente toca nesse assunto, mete o pau em alguém. O que que define uma geração, Guilherme? Estamos recebendo novamente Guilherme Freire. Ele é professor e mestre em filosofia, foi secretário nacional da juventude, já foi palestrante, convidada em lugares como ONU, Ita, Insper e Ark. A geração Millenial, eu vi ela enrolar dos 20 aos 30 e muitas pessoas só começaram a
amadurecer nos 30. Uma frase que eu sempre repito e o pessoal dá risada que é: "O jovem tem que acabar". Na sua visão, o que que tem mudado tanto assim de uma geração para outra? [Música] E aí pessoal, vamos começar aqui mais um episódio do podcast sócios. Quem fala é Bruno Perini, host do podcast. Estou como sempre com Maloperini, minha esposa, host, o belo host do podcast sócios. Olá pessoal, sejam bem-vindos a mais um podcast sócios. E sobre o que falaremos hoje, Bolir? Hoje vamos falar sobre gerações. De vez em quando, inclusive a gente toca
nesse assunto, mete o pau em alguém, fala bem de outras pessoas e a gente resolveu aprofundar isso. Exato. Vamos conversar especificamente sobre esse assunto. Afinal, o que define uma geração? são os acontecimentos do momento, algum acontecimento importante, mudanças culturais. E para falar disso, chamamos um convidado que já vi aqui no podcast muitas vezes. Eu vou levantar, mas eu acho que tirando o pessoal da casa, é o convidado que mais veio aqui. Estamos recebendo novamente, Guilherme Freire. Ele é professor e mestre em filosofia. Foi secretário nacional da juventude, coordenador de empreendedorismo do estado do Paraná. foi
diretor e sócio em startups. É sócio fundador do Em Busca da Verdade da comunidade de filosofia do Zero. Já foi palestrante convidado em lugares como ONU, Ita, Insper e Arc. Guilherme, bem-vindo novamente podcast sócios. Muitíssimo obrigado. É uma alegria minha. Você sabe que as pessoas que me acompanham dos podcast favoritos deles, sem dúvida, é os sócios. Eu sempre recebo. Bom, tem a ver também, acho que tem alguma coisa a ver com o público, uma profissão mais comum. Claro, em busca verdade, praticamente todos são empresários e no filosofia do zero, a profissão mais comum também é
empresário. Então, possivelmente a uma área de intersecção de interesses bem forte aí. Pô, mas que interessante, cara, esse público empresário maior nos dois, assim. Pois é. Pois é. A profissão mais comum é empresário no filosofia do zero. Depois tem advogado, engenheiro, médico. Tem várias várias profissões. É, que não deixam de ser empresário, são autônomos, mas geralmente com negócios menores, né? Mas é o qu pessoas quad Sim. uma quedade muito grande de professores. Professores. E daí então o cara muitas vezes é economista mais professor de economia, eh, advogado mais professor de direito. Assim vai. E cara,
na sua visão, o que que define uma geração, Guilherme? Por que que a gente pode falar fulano é a geração X, por exemplo, desse jeito? É um conceito sociológico. Eh, mas se tem pessoas que são céticas de gerações, vão falar: "Poxa, você tá pegando um corte gigantesco e você tá tentando ver experiências comuns nesse bloco gigantesco". Mas tem uma coisa que é muito precisa que você não tem como falsificar, que é gerações, ou seja, divisões por época, né? Analisar as pessoas pela época na qual elas nasceram. Eh, isso vai necessariamente implicar que certas pessoas tiveram
experiências Uhum. contatos específicos com a tecnologia. É, um e experiências comuns, por exemplo, uma a geração, e eu gosto muito de pensar em gerações como pessoas que viveram uma certa época. Por exemplo, a geração Z não viveu os anos 80, por exemplo. Então, ela não tem experiência direta dos anos 80. Ela tem uma experiência indireta, ela não estava lá. Eles não viveram a crise da inflação, não viveram a tal do direto já, não viveram uma série de coisas que quem estava vivo naquele período viveu. Eh, não usou provavelmente guia quatro rodas, eh, tirando algumas poucas
exceções. Sim. Então, tem uma série de coisas e em termos de tecnologia, cultura pop, acontecimentos históricos, eh, que vão definir essa geração e isso vai impactar os hábitos das pessoas. Então você vai ter estatisticamente tendências maiores para pessoas de gerações diferentes para certos hábitos, né? Então a a geração boomer ou a geração Z ou a geração X vão ter tendências de hábitos variados, gostos variados, tem uma série de coisas que você vai medindo eh sociologicamente, né? No fundo, geração é um conceito mais de estudo de sociologia para você pegar números e dados e ver padrões
do que qualquer outra coisa. Mas existem variações, por óbvio, dentro desses grupos, né? Mas é é um fator predivo muito forte. Eh, sabe que a eh, de fato fiz alguma série de vídeos sobre gerações e conversei com várias pessoas e e eu tenho esse hábito de ler estudo sobre gerações há poxa, acho que 15 anos eu fico olhando institutos de pesquisa, especialmente os americanos, para ficar vendo dados gerais, né? E de fato uma geração, as gerações mudam ao longo do tempo. Uhum. Eh, mas uns alguns dos dados mais confiáveis que você tem são esses dados
de geração. Por exemplo, a geração eh sei lá, uma geração pode começar a usar tecnologia, mas só o fato dela ter tido acesso à tecnologia depois vai mudar os hábitos dela em relação às pessoas que cresceram com a tecnologia e assim vai, né? Bom, e na sua visão, o que que tem mudado tanto assim de uma geração para outra? Se a gente pega, por exemplo, a geração Z, Uhum. que é mais falada hoje, atual, que tá entrando no mercado de trabalho. Eu tava até pesquisando aqui, é de 1997 a 2012. E quem nasceu nesse período?
Sim. Pois é. Então, tem um pessoal da geração Z que já tá entrando no mercado de trabalho e tem perfis até que mostram o comportamento desse pessoal no trabalho, sendo muito diferente dos millennials que é a minha geração, nossa geração no caso, é que é de 1981 a 1996. Eu usei guia quatro rodas. Com certeza. Com certeza. Porque não tinha GPS no início da nossa trajetória. E meu pai e celular provavelmente você teve tardiamente. Eu tive depois acho que meu primeiro celular foi com 13 ou 14. Tive na adolescência. Mas o celular não era nada
parecido com só joguinho da minhoca e SMS. E a internet você quando alguém ligava para casa, caía a internet. E aí você tinha que que voltar. Bom, tudo isso já são diferenças substanciais. pessoa para boa parte da geração milenial pra geração Z. Vamos moldar a pessoa, vamos mudar. Não, exatamente essa história de usar o guia quatro rodas, por exemplo, parece ridículo, né? Mas hoje em dia todo mundo tem um GPS na mão, que é o Google Maps ou o A ou sei lá o quê. Então a pessoa não tem não, ela não precisa ter esse
tipo de visão, ela não precisa saber. Agora um guia quatro rodas, você precisa ter um certo direcionamento, você precisa saber como é que qual é a página que você vai seguir. Então muda muita coisa. Bom, em exposição a telas tem o livro do Jonathan Height, que aliás todos os livros do Jonathan Height, eu recomendo, são muito interessantes, porque ele basicamente lida com estatísticas, né? Eh, que fala sobre exposição a telas. E um dos fatores que prejudicaram muito a geração Z em termos de insegurança, déficit de atenção, foi hiperexposição a telas. as gerações anteriores, até por
uma impossibilidade material, Uhum. não foram expostas até elas na mesma quantidade, embora você tenha alguns vícios muito específicos, por exemplo, a geração X, eu tava falando sobre isso hoje, inclusive, a geração X, o Boomer teve muito visto em TV, então as pessoas passavam muitas horas na frente da TV, mas usualmente é uma tela mais estática, né? É menos dinâmica, não é o vídeo do TikTok que tá piscando e o cara tem que interagir na hora. Eh, o rolo do feed do Instagram e outras coisas. Então, muitos milenos tiveram contato a isso depois, não nos anos
formativos. E isso já gerou eh padrões de comportamento diferentes. A geração millennial, eh, que é exatamente essa de 81 até 96, né? Ela é uma geração que é ela, apesar de não ser, acho que é perto de 1/4 do Brasil, ela é 50% da força de trabalho hoje do Brasil. Então, metade da força de trabalho são os millennials e há uma projeção de que eles vão ser 3/4 da força de trabalho. Então você vai ter 75% da força de trabalho millennium, ou seja, ela é hiper representada no mercado de trabalho. Eh, e alguns fatores que
explicam isso é a geração tem muita dificuldade de entrar no mercado de trabalho. É um dado que eu tinha visto até vocês que falam sempre sobre finanças pessoais e tudo, a uma parte da última vez que eu tinha olhado esse dado faz um tempo, mas eh perto de 1 qu4to da geração Z nunca tinha feito um pagamento. Eh nunca tinha feito se pago. O cara foi lá e pagar. É um pagamento no sentido, não um pagamento. Eh, comprou algo na esquina. falando um boleto ou uma transferência digital ou usou um cartão digital ou fez alguma
coisa dessa. Eh, novamente esse dado tá antigo, mas é é isso. A geração Z, ela foi mais blindada em geral. Ela já cresceu numa era em que a segurança era pior no Brasil, que tinha todas essas telas para mantê-la entretida. E é quase um experimento social, porque os pais botaram eles no quarto eh por anos e deixaram eles com música, com o iPod. nossos eram pequenininhos. Vai, pode, imagina, eh, ou pode errar coisas desses pequenos. Eh, e depois, claro, várias telas e tudo. E já é uma geração em que a escola tinha uma cabeça muito
mais eh, nós precisamos blindar a as crianças de todas as coisas e ao mesmo tempo mais politicamente controlada. Uma narrativa mais politicamente controlada, menos politicamente correta. Sem dúvida. Aliás, o política incorreto, né? O politicamente correto se tornou algo eh absolutamente preponderante. Então, pensa, você tem uma criança que recebe muito politicamente correto na escola, daí ela é bombardeada por vídeos do TikTok de baixíssima time spend de atenção. O TikTok tem um estudo mostrando que a exposição excessiva ao TikTok reduz capacidade de concentração e pior a capacidade de leitura. Eh, então você tem uma geração que já
como tinha tudo muito acesso ao digital, não foi fazer pesquisa na enciclopédia, imagina, não ia na biblioteca tirar xerox, eh, pegar a transparência do polaroide da do material. Eh, não tinha o a tecnologia já era toda pronta. Então, se você pegar o geração X, o cara que era da geração X, ele teve que aprender ser mais mais para mexer no computador, sabe? muit o cara, o cara era meio que um geek da tecnologia para poder usar o computador. Na geração milenial já era Windows eh Windows 98, depois o pessoal reclamou do 2000 que era ruim,
eh era outra, já era, claro, mais pronto, mas quando você chega paraa geração Z, já era tudo pronto. Então já essa fase meio da Apple ou de ou mesmo do Android, outras coisas que tudo já é muito muito pronto, né? Eh, então uma geração que teve uma dificuldade maior por esses e outros fatores. A, a educação do positivo, nossa, a moda dos anos 92000 de educação era educação positivo. Não falar não nunca. Não falar não nunca. Filho, você tadinho, vamos polir a pontinha para ver se ele não machuca o dedinho. Eh, coitado dele. Ah, você
quer agora falar grosso com o menino? Eh, então o resultado disso é que disparado é a geração que mais reporta problemas no mercado de trabalho. Do tipo, a estatística mais chocante que eu tinha visto era que quase metade da geração nos Estados Unidos falava: "Se o meu chefe mandar em mim, eu não quero trabalhar". Que é uma que assim meio que uma definição de trabalho vai acontecer, entendeu? Então, e a isso muitas pessoas reportam da geração ansiedade, dificuldade de sentar e literalmente ficar sentado por períodos prolongados. Eh, claro, ela mais nova também, mas muito se
justifica eh nesse padrão de comportamento a dificuldade da entrada da geração Z no mercado de trabalho. Des geração boomer, muitos já são aposentados essa altura. Geração boomer são esses que nasceram eh no pós-guerra. Então ali no em 46, nos anos 50, eh são pessoas que viveram essa geração dos anos 60, 70, né? E essa geração boomer já tem muitos aposentados no Brasil, então uma grande parte das pessoas são aposentadas, é uma geração até relativamente numerosa. E a geração X, eh, muitos, a grande parte dos fundadores startups são da geração X nos Estados Unidos. É uma
geração que teve uma ve empreendedora forte. Muitos empreendedores, boa parte dos empresários no Brasil são da geração X. Mas eu acho eh em alguns aspectos menor, com menos pessoas que você vê assim no mercado de trabalho em grande em grande presença. Então tá muito na mão dos milênios porque a anteriorou, já aposentou. Eh, embora ainda não ter transferido o patrimônio, né, o falecimento da geração boomer vai ser a maior transferência de patrimônio da história recente. Eh, porque a geração boomer nos Estados Unidos, se eu não me engano, ela é detentora de 50% dos bens do
país. Nossa. Então a transferência de patrimônio vai ser insana, vai ela simplesmente as pessoas vão falecer e uma série de outras pessoas vão herdar, né? Ah, a então então você tem ou pessoas que não estão trabalhando porque são velhas demais, ou porque tão meio ausentes do mercado de trabalho ou são menos numerosas, eh, ou são muito jovens e não conseguirem entrar no mercado de trabalho com déficit de atenção e todas outras coisas. E aí isso explica porque que a geração milenial tá praticamente a grande parte do mundo profissional hoje é a geração milênial, né? Isso
que você falou da interação com tecnologia, eu acho que faz muito sentido, porque, por exemplo, a Malu sempre fala, eu tenho dois irmãos com um com 18, com 17 anos, que eles não sabem o que é você só falar com seus amigos da escola no dia seguinte, você ir para casa e ficar 24 horas sem falar com esse pessoal. Sim, sim. Porque a nossa geração já pegou ali na adolescência, MSN, né, ICQ, alguns, né? Eu, por exemplo, só fui usar isso quando eu fui pro exército, mais tarde, mas já tinha essa possibilidade. Agora o meu
irmão já nasceu, quando foi pra escola, já tinha WhatsApp. Uhum. Imediato. É tudo imediato, né? Então ele tem contato com amigos de cidades onde ele estudou e já foi embora anos, porque dá para marcar de jogar um jogo online, por exemplo. Imagina procurar na lista telefônica é o número de alguém para ligar pro cara nas páginas amarelas, menino abrindo, tal. E tem uma coisa que a geração Zeron viveu, que todos os outros anteriores viveram, que é o milênio foi criado largado, eles largavam a gente. Esses negóci nos filmes assim era real. Eh, eu lembro de
ir no meus amigos em lugar de obra, sabe? Ficar lá andando no lugar da obra com um grupo de meninos. Isso é inimaginável na geração Z, assim, essas coisas você vê em filme mesmo, essa coisa meio stand by me, sabe? Todo mundo na X é mais ainda do que na minha, todo mundo vivia num gigantesco stand by me. As pessoas faziam coisas, eh, botavam bomba no banheiro, coisas que para geração, você tem celular agora, você não se perde, né? Você você não tem como se perder eh andar, o mundo ficou pequeno em certa medida por
causa do GPS e e isso deu um senso de autonomia paraas gerações anteriores que a geração Z simplesmente não tem, né? Ela não, ela não tá, não sabe o que é se perder no mundo assim. Eh, o GPS hoje em dia é o celular mais barato de entrada. Eh, tem um GPS, tem uma tem uma localização. Você vai no eh, no mundo antigo, os pais ficavam preocupados que hora você tinha que combinar o horário para saber a hora que você ia voltar, senão os pais não sabam onde você tá. Eh, ligação, as pessoas namoravam no
telefone e aí ficavam lá no telefone, tinha conta do telefone para pagar, que as pessoas estavam eh gastando muito, entendeu? Os pais reclamavam que a a menina arranjada do namorado gastava dinheiro na conta do telefone. Coisas eh muito fór e o entretenimento eh piorou muito assim para para gerações mais novas, né? entre a geração X que assistia, sei lá, Remain e eh Transformers antigo, a geração eh a geração Millennial que sei lá tinha Dragon Ball, outras coisas, a geração mais nova foi exposta a coisas com uma quantidade de cores insanas que ficam piscando na tela,
eh, e absolutamente mais doutrinárias do que foram coisas do passado. Isso era assim, a ideia de que uma série de desenhos infantis ia ter ultra ideologia neles era inimaginável. eh em épocas anteriores e agora isso é super comum, é algo eh os os exemplos de homens são desconstruídos, né? Então, por exemplo, os heróis são os homens são todos meio idiotas, eh meio bobos. Ah, é muito difícil explicar para quem da geração nova eh a experiência, né, do que então o cara da geração X, se conversa com ele, ele vai te falar o que era ir
assistir ET no cinema. Tipo, a o a experiência deles sair com os amigos, juntava um grupo e aí eles iam e eles compravam ET e eles sentavam e eles viam lá a cena da bicicleta. Não, mas geração Z, na verdade quase não foi no cinema, né? No cinema já não é uma experiência, já não era tanto uma experiência. Na nossa geração, não sei, não sei vocês, mas a gente alugava DVD, né? E era todo um evento pra gente escolher o filme, ir pra casa de alguém e alugar o DVD, porque o cinema era era caro,
né? Tinha o DVD pirata, entendeu? Na rua os caras, os camelos vendiam, eles iam atrás de você para vender o DVD na rua. A Tropa de Elite foi o filme mais visto do Brasil e quase tudo com DVD pirata, n é? Tudo DVD pirata. E agora é só baixar na internet. Sim. Mas até um um ponto sobre essa questão de tecnologia, já voltando essa parte sobre como isso afeta as pessoas, tem um diálogo do Platão, talvez você lembre o nome, eu não tô lembrando agora, mas é um em que ele coloca, né, o Sócrates tá
contando uma história de um rei egípcio, se eu não me engano é o Tamamos, falando com aquele Deus do conhecimento, Tots. E aí o Deus fala: "Olha, eu criei uma fórmula contra o esquecimento, a escrita. Antes as pessoas esqueciam as coisas, agora vão poder escrever e não esquecerão mais." E o Rei Tamos fala, na verdade isso não é uma fórmula contra o esquecimento, não. Isso é algo que vai ajudar as pessoas a esquecerem mais. Porque se eu não tenho como anotar, eu sou obrigado a lembrar. Se eu posso anotar, eu vou esquecer. Então tudo que
você pode facilmente consultar, você tende a facilmente esquecer, porque tá em outro canto. E, por exemplo, essa questão de que lá atrás não tinha GPS, as pessoas memorizavam caminhos, memorizavam as ruas. Hoje em dia não. Como é tudo muito fácil, você acha que isso de certa forma prejudicou a capacidade de aprendizado das pessoas ou não? Na verdade, só mudou esse processo descrito por Platão brilhantemente. Ele tá acontecendo de maneira muito acentuada, a 200 anos, desde a revolução industrial. Eh, muito da entropia, dos costumes vem da evolução da tecnologia. Eh, é a base do Duna. Se
você lê os livros do Duna ou o ou mesmo o pessoal agora tá assistindo os filmes do Duna, que aliás uma das coisas mais fascinantes é Duna ter voltado a ao espectro, porque justamente Duna é uma sociedade na qual se revolta contra a IA, justamente porque eles entendem que a IA vai tirar capacidade humana, não temadores em Duna, né? É porque é tudo analógico, porque é uma bifurcação. Chega um momento que fala: "U, a gente vai outsource tudo, vai terceirizar tudo, tudo vai ser feito pelo eh por uma força externa ou nós vamos nos desenvolver,
não tem outro caminho. Nós vamos ficar fracos e ignorantes se uma outra inteligência externa fizer tudo para nós." E aí eles fazem uma gerrade butleriana na história que é para destruir a Iá e eles reassumirem o controle analógico das coisas. Então daí é uma ênfase muito grande em treinamento físico, aguentar o sofrimento, em mexer nas máquinas. É uma escolha consciente de uma sociedade futurista que que fez um salto, né, eh, de volta pra religião, tal. Por isso que eles fazem aqueles ritos iniciáticos do sofrimento, o cara bota a mão no negócio e tal. aquilo ali
tudo é uma espécie de reromanização da sociedade. Eh, dado isso, se você leu o o a história, por exemplo, do Catão, o velho Catão, tá preocupado que a tecnologia nova que vai vir dos gregos vai corromper os romanos, que eles vão largar os costumes tradicionais e que agora eles vão esquecer como vão trabalhar, como se trabalha de fato, eh, e vão perder uma série de virtudes. Então, esse processo, a revolução industrial trouxe um conforto muito maior, mas nas fases, eh, mais avançadas dela, o que você tem agora cada vez mais as pessoas vão tendo uma
série de facilidades e elas vão perdendo habilidades físicas, eh, mentais e tantas coisas. É o paradoxo da nossa era que com tanta informação disponível, tantos livros incríveis, você tem uma geração que lê menos do que praticamente todas as gerações que vieram antes. As pessoas leem muito menos e mesmo as pessoas das gerações anteriores pararam de ler eh em comparação que liam no passado, né? Eh, você vê muita gente da geração X e Boomer que parou de ler agora tá no dia no zap, tá na eh pegando notícias só a manchete do feed e simplesmente não
lê mais livros longos, tal, enquanto quando você tinha que viajar para ir até a biblioteca, eh, as pessoas faziam isso. Os homens da Grécia antiga decoravam a Eliada Odisseia, eles proclamavam Elíada inteira. Eu tenho muita dificuldade de fazer as pessoas lerem a Elída, só lerem e entenderem o que tá na Elída. Imagina o cara declamar el de cabeça. É uma loucura. Mas eles tinham que decorar os livros, porque se ele não decorasse o livro, el não tinha como chegar nos outros. Era difícil. Sim. Eh, uma aula, uma lexio medieval, o professor eh o cara tem
que decorar. Primeiro tem a leitura mesmo, porque não é que cada um tem o sua cópia, não tem a cópia. Então, o aluno tem que memorizar o livro para depois começar a discussão sobre o livro. não é uma discussão, supondo que você vai imprimir o Sherox, eh, ou pegar no o PDF do livro e começar a ler, não tem essa possibilidade. Então, ah, mesma questão física, né? Hoje você tem academias e tantas coisas, você tem a possibilidade do acesso. Eh, mas aí tem a expectativa de vida nos Estados Unidos tá diminuindo pela de pior dieta
e pelos hábitos físicos piores. Tem uma tem é comum na internet você vê fotos eh de praias nos anos 60, 50, 40 e todo mundo tá em forma. Todo mundo, você vai abrir uma foto multidão e tá todo mundo em forma. Eh, o que simplesmente não acontece e na época atual as pessoas eh teve algumas mudanças na dieta que são muito notórias, né, que foi a eh esses açúcares e óleos vegetais que foram introduzidos no lugar de gorduras animais. Então essa essa transição eh explica muita coisa, mas aí você tem a queda da testosterona e
o aumento do peso e o cara comendo carboidrato, que essa essa pirâmide que a gente foi doutrinado com ela na escola que tinha uma base com um monte de carboidrato na ponta, isso é uma invenção nova, isso não existia no mundo. É o pessoal, sei lá, comia ovo e fígado. Eu ainda peguei uma geração que minha mãe me forçava a comer fígado, infelizmente. Eh, isso, mas que do ponto de vista nutricional era ótimo, ótimo, maravilhoso. Então aí é super barato o fígado. E e olha que louco, então você tem então a piora da saúde das
pessoas a despeito do acesso mais fácil a uma série de alimentos eh no mundo atual. Então, um dos grandes paradoxos é esse. Eu acho que muito do que justifica o sucesso da geração milênio no mercado de trabalho é que a geração Boomer teve contato muito tardio com a tecnologia, então ela não vai conseguir usar ela seu benefício. A geração X eh, quem entrou em tecnologia, a geração X para mim se divide bem. Quem entrou em tec cedo, ah, fez muito bem do ponto de vista profissional, várias pessoas, porque o cara, esses são, sei lá, os
el Musko, sabe? É aquele cara que ele conseguiu pilotar a próxima geração e ainda aprendeu num nível muito raiz e transitou bem alguns deles. Quem não entrou em tec da geração X sofre alguns dos mesmos problemas da geração eh boomer, n? o mundo começou a ficar tecnológico e não sabe como lidar com aquilo e e parece que ficou para trás alguns aspectos. na a geração Y, é, a Millennial, ela deu uma sorte muito grande, que é o cara é velho suficiente para não ter sido exposto a tecnologia jovem, a, mas ao mesmo tempo ele tá
na idade para ter sido exposto a ela numa fase eh inicial de mercado de trabalho. Ele não foi exposto jovem demais, mas foi exposto numa fase inicial de mercado de trabalho universitário. Então, consegue usar a tecnologia bem, transita bem no meio, sem ter tido a sua juventude roubada por ela. A geração Z, o problema dela é que ela foi exposta muito, muito cedo. Você tá falando de crianças com 3 anos que entregaram o celular na mão da criança de quatro, 5 anos, assim, coisas insanas. Eh, e então a tecnologia, ele não tem domínio sobre ela,
muitas vezes porque ela ela dominou ele. Uhum. Ah, então a geração milênio acabou que se beneficiou demais desse mundo pós-tecnológico, mais que as outras, né? Quanto a questão de valores, por exemplo, se a gente volta pro passado, nós tínhamos mudanças tecnológicas que aconteciam com muito menos frequência. Se a gente vai pra Europa do século XV, transporta um camponês do século XV pro 16, pouquíssima coisa mudou. Sim, todo mundo que ele conhece morreu. Talvez ele ouça falar que descobriram terras alémar, mas agora em termos tecnológicos é tudo muito parecido. Sim. Agora se eu pego um cara
dos anos 80 e teletranspá, cara, mudou o mundo totalmente. E aí, com essa evolução tão rápida, Guilherme, com essa mudança tecnológica, como é que fica a questão das gerações hoje em termos de de valores e tradição? Porque é muito mais fácil você viver uma vida tradicional quando você sabe, cara, meus avós viveram assim, meus pais viveram assim, eu vou viver assim, agora o tempo todo tá mudando. Sim. que impactos a gente vê isso? É o século XX como um todo, porque a gente pensa muito nas mudanças tecnológicas que nós vivemos, que é esse mundo pós-guerra,
né? Eh, nós vivemos assim nas pessoas que nós conhecíamos, né? Viveram, mas na verdade se você pensar no carro, eh, o avião, são mudanças loucas assim. Então, o começo do século XX foi uma loucura. Exatamente. Sim. Eh, para quem saiu da carroça e começou a andar de carro, eh, aí começou uma urbanização insana. Eh, o os americanos chamam os anos 20s, né? Porque é isso, tudo o mundo inteiro mudou. O choque das pessoas com a mudança do mundo agrícola pro mundo não agrícola com fábrica e carro é um choque gigantesco. Então, eh, então primeira coisa
que o século XX inteiro foi muito acelerado, muito. Eh, e agora só acelera mais, mas mesmo assim é uma aceleração grande. Eh, se você pegar em termos de valores, vamos lá, gerações vivas, né? A geração Boomer, ela tem uma, bom, primeiro, uma coisa muito engraçada, então, a geração silenciosa, que é logo anterior da boomer, que é a pré-guerra. Uhum. Ela era extremamente conservadora o pro padrão atual, ela era extremamente religiosa. Eh, eles são pessoas que ah viveram períodos de dificuldade econômica profunda. São pessoas que construíram muito do mundo que nós vivemos. Eh, pessoas que muitas
vezes a família saiu do campo e aí teve que tentar a vida na cidade, aí teve que ralar. Eh, por exemplo, se pegar na a geração do meu tataravô, eh, eles tinham plantação de café, perderam na quebra da bolsa e teve que o meu bisavô daí teve que vir para São Paulo se alfaiate, eh, que era totalmente fora do da tradição da família. E aí ele teve que aprender e aí tinha que fazer as coisas na marra, tinha pessoas que construiam o próprio carro. Então, é uma geração forjada muito na eh em tenho que construir
tudo com minhas próprias mãos, porque ninguém vai me dar nada, eu ou eu vou fazer isso ou não vai virar. E uma geração que ainda tem muito desses valores agrícolas, mesmo tendo ido pra vida urbana. Essa geração, até a geração silenciosa, eh o padrão de voto dela era um voto extremamente à direita até o fim dela, né? É que hoje são são pouquíssimas pessoas vivas dessa dessa geração. Eh, mas foi até o final. Então, tanto que, por exemplo, a eleição do Obama nos Estados Unidos é bem o momento em que a geração silenciosa parou de
votar em grandes quantidades e a geração milenial começou a votar em grandes quantidades. É bem essa transição, dá para você ver no gráfico, você vê direitinho. Então, toda geração, antes da geração HIP no Brasil e nos Estados Unidos era ultra eh, ela é direitista num nível que eu não consigo nem expressar para as pessoas eh em termos contemporâneos. É até é até meio eh no Brasil existe a memória longínqua da avó que fazia processão paraa Nossa Senhora Aparecida, eh o bisavó rezava o terço todo dia e tinha um filtro de barro e o prato marrom
transparente. E isso na geração dos avós de muitas pessoas ainda foi vivido isso em algum nível. Eh, depois você tem a geração Boomer. Então, a geração Boomer, eh, ela viveu no pós-guerra numa época de de bens de consumo em grande quantidade, que essa geração anterior já não teve acesso. Eh, então ela viveu a revolução sexual, ela viveu a o começo das drogas, ela viveu eh o começo da dos das festas, ela viveu tudo isso. Eh, então, se você pegar a geração boomer, quando eles eram crianças, nem tinha crime no Brasil. Isso nem era um fen
avô conta do eh da de andar no centro da cidade de São Paulo eh nos criança 3 da manhã. Ele falou que isso era comum, não acontecia nada. Falou: "Não tinha nada, não existe isso. Era não existia crime" ia no Rio de Janeiro, se a ia no para efeitos funcionais, o crime é uma, não é uma realidade. Eh, isso obviamente mudou. Então, eh, ele conta muito, por exemplo, da revolução sexual, como os costumes começaram a mudar, as pessoas começaram a ter relações sexuais antes do casamento, que era uma coisa que na geração anterior não aconteceu,
eh, não se fazia. A começou a ter a disseminação, claro, dos contraceptivos. E aí você tem no Brasil um, você tem a legalização do divórcio, que não era legal, e aí muitas pessoas da geração eh boomer começaram a se divorciar. E aí essa geração ela entra na universidade pela primeira vez no Brasil, grande parte das famílias foi o primeiro primeiro cara que entrou na na universidade. E ele entrou, pegou aquele período do regime militar. Eh, e aí você tem muitas das pessoas que eram movimento estudantil e era revolta contra regime militar e era todo o
é a jovem guarda e aí o Roberto Carlos rebelde, meio hip, rita tem uma vibe meio eh rebelde para algumas pessoas. Quando vai pro interior é bem menos comparado com as cidades grandes, essa vibe é bem mais a vibe da geração anterior, quase uma continuidade. É, então você tem uma divisão muito grande. E a geração boomer, ela então eh ela aceita uma certa revolução cultural, mas é muito moderada, mesmo nos que aceitam. Então pense, a o cara do interior não tá querendo participar disso em nenhum nível, tem até uma certa revolta, mas o cara que
participa e é, por exemplo, não vou fazer sexo antes do casamento, mas vou casar. é uma eh se eu divorciar vai ser por um motivo muito grave ou eh eu vou eu posso até ter fumado uma coisa uma vez na faculdade, mas nunca mais. Não é uma coisa que vai fazer parte da eh da minha vida ou fulano fez tal coisa. Ah, ele pulou a cerca, que tinha essa cultura no Brasil, o cara pulou a cerca, mas isso aí é uma coisa, uma coisa é uma coisa, outra coisa outra coisa. Então é uma geração que
já teve essa cabeça de transgressão moral, mas de uma maneira muito comedida, embora tenha largado a religião em grande quantidade comparativamente a a à geração anterior. Eh, é a nova era. Teve uma senhorinha, uma vez que eu tava conversando, eu tava contando que eu sou fã do jurista do José Pedro Galvão de Souza, ela falou: "Eu vi um debate, tinha um outro jurista socialista que é bem famoso e tinha um Zé Pedro Galvão de Souza". E aí eu falei: "Poxa, mas para que que eu vou seguir esse jurista tradicional?" É a nova era. As pessoas
agora eh são novos costumes. Nós temos que tem que ter libertação sexual mesmo. Tem que ter o socialismo vai ser bom pro país. Ela falou que ela era uma, isso uma senhorinha, você tá vendo uma senhorinha bengala e tal. E ela falando: "Não, eh, nós iam ser livres, né?" havia essa eh essa vibe. Toda essa geração é muito engraçada, porque literalmente são as pessoas que começaram tão eh marchando na rua pedindo intervenção militar e mandando tipo zaps assim nos WhatsApps. Agora Brasília já, tipo imediato. Porque existe uma percepção de muitas pessoas dessa geração e curiosamente,
né, uma inversão quase que total de pessoas que falavam: "Bom, esses valores revolucionários vão ser bons na época e paradoxalmente elas criaram uma nostalgia gigante desse mesmo período, porque elas falavam: "Caramba, eh, se era mais seguro ou era um período que era mais funcional, né, e de vários aspectos." E daí isso eh backlash total, né? inversão total 180º e falar como era melhor eh antes do desse período, né, nessa nessa época tal. Isso aconteceu com vários boomers, tá? Então, os boomers eh tiveram uma virada muito grande eh política, mesmo os que tinham uma posição diferente
no Brasil. E é engraçado porque também o backlash moral, os boomers agora havia uma percepção nessa geração boomer de que não vai ter revolução sexual e nada acontece. Olha só, quando você faz, quando você libera sexualmente as pessoas, nada vai acontecer. Nós permitimos costumes sexuais mais livres e nada aconteceu. Ou seja, nada acontece. Ah, se um cara for uma coisa, isso não é nada, isso não vai, nada vai acontecer. Se você permitir as drogas, nada acontece. Se você permitir não sei o quê, nada acontece. por de fato, num mundo já completamente estruturado, que é o
mundo daquele período, nada estava acontecendo de fato. É a percepção bem ano 60 do fenômeno. Só que quando você pega na geração X, eh, a geração X já é em grande parte uma há uma revolta contra o que aconteceu na geração boomer. Por quê? Nos anos 80, a os anos 70 foram marcados por crise econômica. O Brasil teve primeiro milagre econômico, então a economia voa, mas depois o o Brasil entra numa numa fase de inflação insana. Aí vem a direta já. Então todo mundo tem caras pintadas, é a democracia, blá blá blá, tudo vai voar
agora. É o novo mundo, a nova era, blá blá blá. E o efeito econômico da nova era que você tinha que colocar um um preço, tabelamento de preço cara lá no supermercado e a cada 5 minutos o preço do das coisas mudavam. Ou seja, o mundo novo que ia ser eh absolutamente a jorrar prosperidade é um mundo de tabelamento de preços de crise internacional em que você no Brasil anda com produtos extremamente defasados comparado com eh sei lá nos Estados Unidos que o cara tá tem produtos bem melhores acessíveis e você só quer importar coisas
porque você não aguenta mais o negócio. Essa é bem a vibe do começo dos anos 90 que a geração X viveu loucamente. Então a geração X ela tem uma relação com o dinheiro muito curiosa. Ela ela tem uma preocupação muito grande com o dinheiro e na geração X, eh, essa revolução cultural já era um pouquinho mais. Então, ah, não, ah, não deu certo casamento, divorcia mesmo, vai curtir a vida. Não importa que você tem 40 anos. Eh, já é uma cabeça que já criou os filhos na Vai, vai pra balada, filho. Vai lá, aproveita a
balada, entendeu? Não, eh, curte a vida. Quando você tiver 30 anos, você casa. Na geração, se eu ouvi um boomer falando, vai falar para você fazer concurso público, porque literalmente na época boomer, todo mundo que fez concurso público ficou rico, porque tinha poucas pessoas alfabetizadas no Brasil, cara passava num concurso, a remuneração comparativa era muito alta, era a percepção de que você tá ganhando dinheiro eh muito grande. No caso da geração X, eh, isso já não rodava, mas a geração de X falava pros filhos: "Não, vai lá, não dá nada. Se você ficar na balada
até os 30 anos, é uma ótima eh é uma ótima ideia. A geração X comprou essa coisa do da educação no positivo, nossa, eh, com farofa, mas era uma educação muito mais americanista. Os caras chamavam de geração Coca-Cola no Brasil, aliás. Eh, porque tinha cultura americana, porque tinha exposição a ela, porque a Guerra Fria e tem aquela vibe de que, poxa, caiu o muro de Berlim. Uma geração muito da a das pessoas hoje que são contra são do Walkson é a geração X, na verdade, que é a geração mais politicamente incorreta, extremamente politicamente correta, aliás,
comparado com eh com tantas outras. X seria dos nossos pais, da minha mãe. Meu pai é é boomer. Ah, seu pai já é boomer. Não é porque os nossos pais, tanto meu pai quanto do Bruno é militar. São militares, então são conservadores por natureza, então a gente não consegue, eu não consigo perceber. Meu pai não era, não me criou da [ __ ] louca. Pode cair até 30 anos na Tanto é que eu não fiquei, né? né? Sim, mas muitos pais, os pais da geração X não fizeram nem isso de maneira, muitos deles, eh, de
maneira 100% consciente. Era, era absolutamente normal. Era o normal da época. Era o normal da época. E, e, e eu pensava: "Mas você vai ter que trabalhar". Mas sua mãe, sim, é verdade. Faz sentido. Sim. Eu fui na nas matinêz. É. E a sua mãe era contra você nas matinês. Zero. Ela era a favor. Mas ela falava que você tinha ganhar dinheiro. Sim, falava assim, não, não com tanta vemência que eu também sempre. É porque não precisava me convencer a ganhar dinheiro. Eu sempre quis, entendeu? Eu sempre quis. Mas é, mas a cabeça é um
pouco, curte a vida e depois mais para frente você vai se acertar. Seria a cabeça. Essa é a cabeça de muitas pessoas da geração X. Não, eu casei de maneira na percepção de todo mundo à minha volta muito muito muito cedo. É, a gente casou muito cedo. Verdade. Porque eu tinha 26, a Malu tinha 24. É isso, né? A a geração X traz muito essa cultura e e você vê muitos dos valores de geração eh X no Brasil sempre chega um pouco depois, mas você vê Sex and the City é uma série tipo paraa geração
X, então é tipo a é a série do o novaorquino eh revolução sexual, vamos curtir a vida até jazz e Wood Allen e qualquer outra coisa que seja. Existe uma vibe, é, mas é uma vibe mais à esquerda, mas tem vários tipos de vibe na geração X. Eh, Rock Balbô é uma vibe da geração X. Ah, banda de rock é uma vibe da geração X. Bailinho da da bailinho que eram muito inocentes comparados com a parte uma vibe da geração X. Eh, eh, rock and roll, aliás, e geração X são praticamente sinônimos, né? Geração X
é os anos 80, é a vibe da geração X, o homem biônico, todo mundo que quer um teste, se o cara da geração X, ele assistia o homem biônico, entendeu? Quem é das outras gerações olhar para mim e falar que diabo é o homem biônico, entendeu? Mas era o Hulk, tinha um Hulk era o L Fernado de um turista grande. É, e tal. Então, essas vibes da geração X, a geração X é outra que ainda não tem a consciência eh total de que se você mudar a cultura também a mesma coisa, nada acontece. Aliás, o
o otimismo é muito grande. Pensa, eh, vem o Plano Real da Geração X, então vai viajar pro a Super Vibe do Brasil da Geração X, aí pra Disney. É Super Vibe, Geração X. É tipo, a gente tinha inflação, agora tem o plano real, R, dólar, a gente vai pra Disney. Tipo assim, vibe. Eh, a gente era muito pobre para isso nessa época, amor, porque a gente não foi, não conhece ningém. Mas na verdade muito da vibe da geração X que eu falo em relação a Disney é: "Não consegui ir e agora eu preciso ir porque
eu não fui quando eu tinha um dinheiro." Isso. Ent é outro indicativo muito forte que você deu a geração X é tipo narrativa geração X total, não tinha dinheiro para Disney. Agora realizei meu sonho. Só só a gente da geração X faz isso. Eh, ninguém que é de outra geração faz isso em nenhum nível. E e aí você ter, claro, na geração X, então a geração X não compreende o que aconteceu com a geração Millenial, que é a minha. E eu compreendo porque eu tava lá quando eu tinha, então meus pais são da geração X
e eu sou da geração milênio, né? E aí a a eu entrei na escola e eu cheguei para meus pais quando eu tinha 10 anos, falou: "Ó, tô sendo doutrinado na escola pra geração, pro meus meus pais olharam e falar: "Esse menino é louco, tal, ele tá achando que existe doutrinação em escola". Meus pais tinham estudado no mesmo colégio, minha mãe tinha estudado no mesmo colégio que eu. Eu falou: "Imagina, você acha que tão falando alguma coisa?" Na minha época também tinha alguma coisa. Então, eh, claro que o tipo de doutrinação que eu recebi na
escola ainda era inimaginavelmente mais brando do que o que viria na nas próximas. Era inimaginavelmente mais brando. Eu lembro uma conversa que tive com a minha mãe, minha mãe geração X total, então ela falou para, eu falei pra minha mãe que ia ter um negócio chamado gênero, né, ideologia de gênero, tal. E minha mãe falou que eu era um teórico da conspiração, que isso não existia, que isso nunca ia acontecer, que a ideia de que isso ia ser discutido em público era uma ideia inimaginável. Eu lembro exatamente dessa conversa. Minha mãe chegou para mim e
falou: "Filho, olha, deixa eu te falar, não viaja. Você você cria umas teorias, você cria uns negócios, nunca vai acontecer." garanto para você é que na TV ou em algum lugar assim alguém vai discutir esse negócio que tá falando. Aí um dia minha mãe marcou um jantar comigo, sentou comigo e falou: "Filho, era tudo verdade, isso existe ela, porque no imaginário da minha mãe que é da geração X, eh, isso era inconcebível, não era nem que era a ideia de que você ia restringir falas outras cois que nem o Jordan Peterson ficou famoso eh por
causa do debate sobre pronome de gênero. E isso era inimaginável no período do anos 80 que isso ia ser uma pauta. Eh, não obstante virou uma pauta na gerações subsequentes. E aí a geração millennial ela é desproporcionalmente mais e educada no sentido de ter ido pra escola e paraa universidade do que outras que vieram antes. Ela foi pra universidade em grandes quantidades. Tem muito mais universidades. Ela foi pra faculdade de direito em grandes quantidades. Meu Deus do céu, tem mais faculdades de direito no Brasil do que no mundo inteiro somado. eh e ela foi paraa
universidade e então a geração millennio recebeu essa cultura universitária que não simplesmente não era presente em gerações eh anteriores. Eh, a geração Z é diferente ainda, porque, por exemplo, na minha época a quando eu falo de doutrinação, eram coisas do tipo, sei lá, o capitalismo, passava, assistia, passavam filmes do Michael Moore pra gente assistir na escola, sabe? Era tipo falando, tinha um documentário do Michael More falando que os americanos eram idiotas, era coisa desse tipo o FMI era um vilão, eh, e assim por diante. A, na geração Z já tinha padrões de comportamento, de discurso,
de coisas que já eram engendrados desde muito cedo. Se a minha mãe chavina imaginava alguém discutir deia de género, ah, hoje isso é muito comum ir para crianças de 4 anos, 5 anos, eh, até o ponto que tem, eh, isso é passado muito cedo em muitas escolas, em grande quantidade e tem tipo literalmente diretriz do governo, sei lá, sobre coisas do tipo. Então, então a geração Z é muito diferente a relação dela com a escola das anteriores, o tipo de leitura quando é de clássicos, a minha voz é do colégio, ah, falando fluentemente quatro idiomas.
Caramba, isso na minha geração. Imagina, imagina você ir pro colégio, na nossa geração, imagina você ir pro colégio e sair falando quatro idiomas fluentemente. Eh, nas gerações anteriores tinha palmatória, entendeu? Até coisas exageradas das gerações anteriores, umas coisas muito louca, né? Chegava na criança e batia na mão da criança, tipo uns negócios que pra gente é medieval assim e e que na realidade era padrão. Ah, na educação. Eh, não tinha educação. Você voltar um tempo suficiente, não tinha educação disso, só tinha escolas para meninos. escolas para meninas. Minha mãe chegou a fazer um negócio chamado
escola doméstica. Você tinha aula de cozinha e costura e como arrumar a casa, o que sempre foi muito útil, aliás, eh para ela foi muito bom. E depois, claro, começa uma campanha para abolir a escola doméstica, porque é politicamente incorreto. Independente de todas essas essas coisas, o ponto é quando você pega a geração millennial, você já tem a uma visão que não existia em gerações anteriores, que é, por exemplo, o capitalismo é mau e pressor. Isso, isso existia em nichos, mas não era uma visão que seria passada eh para tantas pessoas. Na geração Z. Então,
a geração Z tem até um efeito um pouco oposto. Por exemplo, uma das pessoas, o Trump foi em parte eleito pela geração Z, especialmente os homens da geração Z, porque o raciocínio é o cara da geração Z ouviu que o homem é um opressor por natureza. Tipo, o homem é, a figura masculina é opressiva. Isso eu não tinha na minha geração, por exemplo, eu não ouvi na escola que o toda a figura masculina é opressiva, mas isso gerou efeito oposto, porque daí o cara pensa assim, o homem jovem, né, americano, isso é estatisticamente desenhado, né?
Ele pensa assim, se não tem espaço para mim, que sou homem jovem, eu vou para onde, né? É o fenômeno de Jordan Peterson, que muitas pessoas começaram a seguir ele porque não tem a figura paterna. Eh, o fenômeno do abandono paterno é muito maior e é o fenômeno do tipo, olha, se todo mundo na escola tá falando que eu sou um mau, eh, então eu vou voltar no Trump, porque os caras também falavam que ele é mal, entendeu? Então eu vou, na verdade, eu vou, eu tô fora do que estão me passando. Eh, essa, essa
fuga dos homens jovens da nos Estados Unidos, migrar pro Trump é uma coisa muito louca, tem a ver com Bitcoin, tem a ver com tantas outras coisas que são discutidas. Eh, mas é uma é uma é uma fuga muito curiosa que já é efeito de uma cultura tardia. Aí agora falando da revolução sexual, o boomer pensava assim: "Não, revolução sexual não vai dar nada". Esse era o raciocínio, porque nada aconteceu no período. Sim. Se você pegar a geração Z, a geração Z tem menos relações sexuais do que qualquer geração que vem anterior. E as pessoas
têm menos relacionamentos e mais relacionamentos disfuncionais. E elas são mais depressivas em relação ao relacionamento em geral. E se você perguntar pro cara da geração Z que tem um bom de informação, vai falar para você, a revolução deu errado. Ele fala para você, mas é óbvio. Ele nem pisca o olho para falar. Por quê? Ele já não é quem tá no começo do processo, ele é quem tá no final do processo. Ele tá vendo as consequências últimas do até uma fase avançada do processo. E uma fase muito louca é essa. No ponto final da revolução
sexual, as pessoas têm menos relações sexuais. Por quê? Porque daí você tem eh toda a coisa do feminismo e tem toda a coisa de várias de várias coisas e aí tem todo um clima mais de desconfiança entre homens e mulheres, tem conflitos maiores entre homens e mulheres. Eh, e aí o cara se fecha em casa e pornografia e etc meio depressivo. Então a pessoa prefere não ter uma relação sexual eh pelo problema agregado que tem nisso. É o fenômeno que na internet chama dos incels, né, do do cara que tá trancado em casa, eh, e
tenta as coisas. Então, eh, paradoxalmente, na geração Z, você já vê a retração do relacionamento. Uhum. Eh, então o final disso é isso. A outro efeito, né? Então, por exemplo, na geração boomer é não faz secção dos casamentos, mas termina casado até o final da vida. Na geração X já é por que não divorciar. A geração Z já cresceu sem o pai em grandíssimo em 50% dela. Então 50% dela não tem pai, então não tem a referência paterna para nem olhar. Então se você falar assim, qual era a importância de um pai? A relação que
o que o perguntar para um boomer, às vezes fala: "Não, meu pai era muito rígido, né? Ou para um cara de outra geração". Mas quando você fala pra geração Z, às vezes a resposta dele é que ele nem teve o pai em casa, porque o pai dele já tinha divorciado, porque exatamente já tinha essa cultura, já tinha ido embora, já foi fazer outra coisa, tava no segundo casamento, muitas vezes e terceiro, porque a taxa de divórcio aumenta muito do primeiro casamento pro segundo. O cara que divorcia uma vez tende a divorciar a segunda e a
terceira vez, né? É, é o caso da do meu irmão. É verdade. Você tava inclusive vendo essa estatística esses dias. 50% das crianças no Brasil crescem sem pai hoje. É um uma loucura, né? Porque imagina metade do que eu sou é por causa do meu pai. Claro. Mas quase todo mundo, porque quase todas as estatísticas positivas que você tem são associadas à paternidade. Eh, eh, sucesso profissional, ó, tem uma correlação muito forte entre presença paterna e sucesso profissional, nível de formação cultural, eh, valores, é, é tudo dado assim, né? Mas aí se você pegar uma
pesquisa nos Estados Unidos, mas que o eco no Brasil é claro, tem uma pesquisa interessantíssima que é os valores, as pessoas passaram a valores a menos, né? Religião, família, patriotismo, trabalho. Aí você pega tipo várias estatísticas de valores desses que foram sendo perdido, foram perdendo valor e a única coisa eh que aumentou foi dinheiro, que assim, o pessoal tá muito mais materialista. Então é mais materialista, mas é engraçado porque as pessoas valorizam mais dinheiro, mas menos trabalho. Então o problema que e dessa dessa conta, né, é que alguma coisa não fecha, sabe? Sim. Eh, então
essa essa crise geracional eh e e é visível, né? Tem tem até um vídeo que eu gosto muito, que é é uma escola, um high school americano, é o mesmo high school. E eles pegaram ano a ano de 1900 até 2020, eh, 2000, não lembro qual foi o ano que parou, mas agora era recente. Pegaram um período de quase 100 anos. Quase 100 anos. Caramba. E aí o o começa todo mundo vestido de eh tipo as mulheres com capa, tipo assim, sabe aquelas não é capa, o termo o tipo aquelas sais armadas e a e
o o chapéu e e o guarda-sol, né, e toda aquela coisa. Eh, e aí chega os anos 60 já tem uma galera, começa a aparecer uma saia, às vezes uma saia mais curta e tal, mas ainda você vê um pessoal que tá tipo a galera é aquela galera Estados Unidos assim que às vezes o cara vai de blazer no high school, tem uns cara com eh caneta no bolso, sabe aquelas coisas assim. Aí chega a geração X e aquela coisa mais rock and roll, calça jeans rasgado, alguns e a galera meio gritando, pega a geração
posterior, os caras leva o vodica na escola, aquelas coisas já que eh já foi vista. E aí chega a geração Z e tá todo mundo com celular, todo mundo meio down assim, todo mundo é meio meio derretendo, tipo, todo mundo tá derretendo a postura, as roupas. Claro, eu sempre pergunto, eu dou uma aula que eu passo essas esse vídeo, né, e eu pergunto o que aconteceu? As pessoas falam que as roupas sumiram, elas falam que tinham roupas e não tem mais. Mas, mas não é só que as roupas sumiram, é que também ninguém conversa. Quando
você chega na fase final, não, as pessoas não estão mais conversando entre si. Eh, e, e o clima é todo mais down e ao mesmo tempo as pessoas sim usam menos roupas e a postura de todo mundo é mais para baixo. Postura literal e o físico, né? Hum. Bai. Eh, você tem uma perda de simplesmente de postura no sentido ah no sentido até, sei lá, existencial. A, tem gente que vai falar para mim assim: "Ah, mas tá, você tá detonando a geração mais nova, geração antiga?" Bom, a geração antiga foi quem educou para isso. Eh,
claro que ela é a educadora das gerações posteriores que vieram, mas o ponto é quais foram as ideias que geraram esses esses efeitos, né? a as ideias, claro, eram coisas que pareciam benignas no começo e que vão se provar eh como não sendo a a a principal delas seria então a revolução sexual. É uma delas, mas eu não acho que é só questão sexual, são várias. Então, por exemplo, a perda da religião em geral Uhum. é outra ideia. O secularismo como um todo é uma é tem efeitos sociológicos muito grandes. Ah, a a falta de
pai, de família, né? Sim. o álcool e as drogas como algo mais permissivo. Eh, o a presença familiar, refeições em família, eh a mudança física é muito forte. Eu acho que o elemento sexual é só um entre vários, né? E é que ele implica na taxa de divórcio que implica no abandono paterno. Então ele tem uma correlação muito forte com o abandono paterno, mas também tem uma correlação muito forte entre religião e e presença da família. tem uma correlação muito forte entre eh a própria figura da masculinidade, né? Uma certa ideia de ódio contra a
masculinidade, você vai voltando, é notório, assim, é uma coisa quase que que é chocante a diferença do Shan Connery, do perfil Shan Connery pro, sei lá, o Timothalam, entendeu? Assim como arquetípio o arquétipo do homem assim, é assim na verdade você, eles nem vivem no mesmo planeta assim, sabe? Se botar o Shan Conner e o Chalam do lado parecem pessoas totalmente diferentes. E não é só o problema, veja, não é só esteticismo aqui. É até um tema do como as pessoas enxergam essas coisas, as pessoas enxergam de outra maneira, né? Eh, não é que tudo
é para pior, tem várias coisas que melhoraram no mundo. Eu não sou também da linha de que ah, tudo só piora. Tá? Eh, a geração mais nova em vários aspectos tá corrigindo coisas até que foram feitas pela geração anterior porque estavam errado. Descubra porque o BitBank é a melhor escolha na hora de investir em Bitcoin em outras criptomoedas. A gente tá falando da maior corretura do Brasil com o maior volume de negociação. Além disso, eles têm um aplicativo super intuitivo, ideal pro iniciante, mas que conta também com ferramentas mais avançadas de negociação pros investidores experientes.
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ter visto isso nos pais. E aí eu eu queria te perguntar isso. O avô, o avô tá barrigudo com a lata de cerveja o dia inteiro na mão, sem trabalhar. Eh, o pai tava bêbado e largou a manha. Claro que não vai beber. Ele olha para aquilo e fala: "Cara, como é que eu vou beber? Cara, vai pra academia. Obsessão da geração Z é ir pra academia. Existe o super zoomer, né? Eu tenho vários que me seguem, tá? O supermer o cara que acompanha o meu canal que ele manda mensagem para mim e fala: "Professor
Guilherme, eh, tô investindo em Bitcoin. Ah, eu tô levantando peso, tô lendo a obra completa de Platão. Eh, acordo 6 da manhã para rezar o Rosário. Aí, tal, tenho 18 anos." Tipo assim, uns negócios que você fala: "Cara, que diabos é esse menino?" Entendeu? O que que aconteceu? Então, o supermer fenômeno é, e é o fenômeno da resposta total a tudo que tem em volta dele. Ele tá é o cara, é o menino que entrou na internet e ele não tá mais aguentando o que tá rolando, tipo, ele não aguenta e daí ele fica procurando
onde ele vai encontrar um caminho para viver o oposto do do que estão passando para ele. E aí, mas você acha que isso é significativo do ponto de vista estatístico ou são exceções? Porque, por exemplo, eu já vi pesquisas que mostram, era uma pesquisa na Inglaterra, mostrava que os jovens do sexo masculino estavam indo mais pra direita. Sim. Enquanto o sexo feminino estavam ainda mais pra esquerda. O pessoal falava que era um renascimento da direita por conta disso. Eu falei: "Poxa, mas tem uma base estatística bacana assim, mas mostrava também afastamento entre homens e mulheres,
né? Como é que você vai ter um casal que vai perdurar ao longo do tempo, não vai se divorciar? se eles têm eh em termos culturais e morais, eles têm visões diferentes do mundo. Esse padrão é global e provavelmente o que justifica mais isso eh as mulheres têm estatisticamente uma tendência muito maior a se conformar um sistema vigente. Isso é histórico. Ah, sabe que quando começou o voto feminino, as pessoas imaginavam que as mulheres iam votar em grande parte na esquerda. Isso simplesmente nos primeiros, todos os grandes anos primeiros não aconteceu por eh o clima
geral era mais conservador e as mulheres tendiam a votar junto com seus maridos e seus pais. Eh, as mulheres, na verdade, estatisticamente tendem a votar de acordo com o que tá estabelecido. Hoje a muit a as muitas mulheres não são casadas, por exemplo, elas não tendem a votar junto com o marido, dado que elas não são casadas. Então, não tem nem como eh como acontecer. Aliás, se só pessoas casadas votassem, a direita ganharia praticamente todas as eleições do mundo inteiro ocidental, que é um fenômeno dos mais curiosos. Eh, se você tirar pessoas que cometem crimes,
aumenta os votos da direita. Se você colocar só pessoas que pagaram boleto, aumenta os votos da direita. E se não tem que vai ficar revoltado que eu vou falar isso, mas eu tô falando só estatística, não é nenhuma. Eh, é uma e é uma estatística que vamos lá, gente, né? Eu vamos lá. É meio óbvio, né? Eh, eu lembro do Jonathan dando uma palestra falando que, eh, quanto mais religião e quanto mais a esquerda mora só para pensar ter problemas psicológicos. E ele falando isso e eu lembro de umas pessoas chocadíssimas assim na plateia falando:
"Meu Deus, que correlação incrível". E eu assim falando: "Cara, você meio que que meu avô falaria, sabe? Mas tudo bem, mas mas a correlação estatística, o estudo tá aí, é impressionante mesmo." Eh, e de fato o que acontece, eh, se você pegar o sistema escolar universitário, ele é praticamente todo à esquerda. Então, a tendência das mulheres, na verdade, grande parte dela é votar com o sistema escolar e universitário, porque os professores falaram para votar sim, a tendência delas vai ser votar assim. Eh, dado que elas não são casadas e dado que elas não têm o
pai tão presente, sobra quem que é a autoridade que vai ser seguida, a autoridade universitária eh ah escolar. Uhum. Então, esse padrão se justifica em grande par, por isso os homens são bem menos conformistas. E tem um outro problema que é se o vilão é o homem na narrativa do professor universitário escolar, a mulher pode não necessariamente se revoltar contra isso, falar: "Ah, beleza, o homem é o vilão, que que tem a ver comigo? Vou continuar votando com o meu eh com meus colegas da universidade, eh meu grupo de amigas da universidade, do RH, sei
lá, da empresa. Vamos votar juntos em bloco, né? As mulheres também tendem a votar mais em bloco, né? Eh, do contrário, o homem fala: "Ué, se eu sou o vilão, para que que eu vou votar junto com você? você tá falando que eu sou literalmente o vilão da sua narrativa. Então, o próprio discurso justifica muito dessa migração. É muito difícil ver realmente no o a maior virada de voto da eleição da eh da derrota do Trump pro Biden e da vitória do Trump para Camala Harris é homem jovem. É maior virada. Sim, as mulheres sim
migraram um pouco mais à esquerda de fato. Eh, mas isso também casa novamente com a proporção menor de mulheres que estão casando e sendo mães. Sim, isso justifica provavelmente boa parte. Só da mulher ser mãe, ela tende a migrar pra religião e pra direita. Isso é estatisticamente comprovado. Eh, começar a trabalhar, ter filho, ah, migra a pessoa tanto paraa religião quanto para direito e só envelhecer. envelhecer por tabela, só envelhecer, estatisticamente aumenta sua chance de aderir à religião e a e a e a e a direita. Bom, eh, todas as gerações ficam mais à direita
do que elas começam, todas. Por isso que esse fenômeno da geração Z tão chocante, porque se a geração Z teve uma migração pra direita, estatisticamente a gente só tem as gerações migrando pra direita ao longo do tempo. Elas começam muito de esquerda, aquela famosa história, né? Eh, não foi de esquerda quando era jovem, não tem coração, não foi depois de tantos anos não tinha cérebro. A história que eh atribui tantas pessoas, um jornalista francês, eu esqueci o nome dele, mas é isso aí mesmo. Fala que se você não é de esquerda quando é jovem, tem
20 anos, você não tem coração. Se você ainda é de esquerda quando tem 40, você não tem cérebro. É, é jornalista francês. Vou pescar. O que ele tá querendo dizer com isso é só um fenômeno estatístico, que é todas as gerações tendem a começar a vida mais à esquerda e terminar mais à direita. Isso é conforme vai aumentando experiência de vida. Exato. Eh, mas o e daí muito do que fica muito dessa onda progressivista estatisticamente falando, não é nem opinativo, é o fato de que pessoas mais tardiamente casam, mais tardiamente começam a trabalhar, mais tardiamente
eh fazem uma série de compromissos. Daí naturalmente elas demoram mais para para ter essa mudança. Mas quando você tem uma mudança na geração Z, isso indica uma mudança política muito forte, né? Sim, com certeza. Porque não tem nenhuma indicação estatística de que esse cara vai começar a retrair do nada. Eh, não acontece, tá? Eu eu são muitos muito raros os fenômenos ou praticamente inexistentes de uma geração migrar pra esquerda conforme o tempo passa. Não ocorre. Eh, experiência de vida a volta, né? A volta não acontece. A volta não acontece. O que indica eh que experiência
de vida tende a migrar pra sua pré- direita. Ah, estatisticamente falando, é que pensa, né? Quanto mais respons, qual é o eixo comum, eh, estatístico aqui? Quanto mais responsabilidade você assume, mais você tende paraa direita, né? História do eh é aquela história, ah, você é socialista, tá bom, então agora você tem que tocar empresa, aí o cara tem que pagar imposto. Acabou o socialismo dele, no primeiro boleto que ele pagar de imposto, ele vai olhar e falar: "Calma, o que que vocês estão me dando em troca?" O cara fala assim: "Ai, tá te dando nada.
O primeiro boleto dele acabou, ele já virou, ele quer abolir o estado, aí ele tem que criar uma criança. Aí ele vai falar assim: "Não, vamos criar minha criança na base da libertação sexual e das drogas". Ele olha para isso e fala: "Cara, não tem condição." Fala: "Criança vai destruir". O primeiro dia que ele vê a criança destruindo a casa, ele já miga pra direita. Entendeu? Porque ele fala assim, ele já vai aqueles memes, né? Tem o meme do cara e o cara desaparecendo, porque ele fala assim: "Eu vou ter que botar ordem". Não tem
nem o que, não é nem uma, uma pergunta de eh do que fazer. Eh, não é nenhum questionamento. Não é nenhum questionamento. Tanto que a a quantidade de pessoas que eu conheço que viraram religiosas eh na seguinte contexto: teve o filho e fala: "Preciso criar meu filho, vou criar com quais valores?" Sim. E aí o cara fala: "Preciso criar meu filho na religião, porque se eu não criar meu filho na religião, ele vai ser criado em sei lá o quê". Aí o cara fala: "Preciso voltar pra religião direto". Eu vejo isso em quantidades quase que
eh quase industriais assim, a gente tem um combinado entre a gente por conta da Maria Teresa. Sim. Que é justamente isso, começar a levar ela na missa. É porque é mais fácil, né? É, são valores que que estão aí há muito tempo. Certo. É. É porque, claro, você vai criar de quais valores. Esse é é é um negócio que é tão natural pro pai. Então, essa migração das mulheres paraa esquerda é ela é praticamente estatisticamente igual a só o fato das mulheres não estarem casando. Ah, o que vai ter muito é a mulher Milena que
não vai casar, né? Então, porque a mulher Mileno assistiu Sex and the C e assistiu Friends, sei lá o que que assistiu Friends no final, eles casam, né? Porque muito curiosamente no final todo mundo chega e fala: "Não, beleza galera, muito legal, a gente tá curtindo aqui uns anos, vamos casar, né? Vamos casar, vamos ter filho, tal, vamos trabalhar". Eh, termina assim, mas a mulher millenal ouviu isso, ouviu do RH, que não era para casar, sei lá o que que falaram. E aí agora ela vai chegar muitas delas nos 40 anos e realmente não vai
casar. Eh, e o efeito disso é meio é meio drástico, socialmente falando, sempre já já aconteceu com a mulher boomer isso. Eh, por quê? Porque a mulher vai, claro, ter toda uma mudança na vida dela, que ela acabou não casando, acabou não tendo filhos. Eh, e isso, estatisticamente falando, gera insatisfação. No final da vida, ela fica no final da vida fica insatisfeita. Agora não consegui casar. E as pessoas senti insatisfeit que não casou. Porque tem uma idade, isso é uma coisa, o homem até consegue casar mais tardamente, a mulher consegue menos, né? Vence, a gente
vence, a gente tem idade cronológica que a gente precisa seguir, então precisa se reproduzir até uma certa idade, casar até uma certa idade. O homem consegue ter filhos até muito tardiamente e ele ainda consegue casar comid até uma idade bem mais avançada. A mulher, ela tem muito mais dificuldade para ter filhos depois de uma certa idade e ela tem muito mais dificuldade para casar. Então, a mulher sofre muito mais com esse delay da da maturidade do que o do que o homem. No entanto, as mesmas pessoas que às vezes promovem falar que em defesa da
mulher tão, na verdade, criando um hábito que para as mulheres vai gerar insatisfação. Eh, segundo as próprias mulheres, você fizer uma pesquisa entre mulheres, como tem várias, você preferia ter casado, dado que você não casou a pesquisa, até meio cruel, né? Eh, e muitos falam: "Sim". Eh, então você tá criando um problema social retroativo, né? É, esse é um ponto muito interessante sobre isso de gerações, porque uma vez vocês fizeram um episódio sobre isso no Primocast, você tava lá com um dos convidados, eu vi um comentário de uma pessoa falando: "Cara, isso é que nem
fazer um episódio sobre signos, mas não é por conta dessa questão de uma certa vivência comum a toda geração." Sim. Então, por exemplo, por conta do acúmulo de inflação que a gente teve ao longo das últimas décadas, hoje é muito mais difícil comprar um imóvel numa grande cidade. Perfeito. E geralmente para formar uma família, o que acontece? A pessoa sai da casa dos pais e aí forma sua família. Agora, se é muito caro comprar um imóvel, a pessoa fica na casa dos pais, ela não forma família. Ex. É. E aí, se ele for uma família
aos 35, ao invés dos 25, aí a janela para ter filhos também fica mais curta. E todo boomer tem um imóvel e daí ele vira para você e fala assim: "Como que você não consegue comprar uma casa? Ridículo". Ou ele fala assim para você, aí tem o meme, né? Na minha vez o apartamento, né? Vez ser adulto, o terreno custa 1 milhão, o carro custa 100.000, a seleção é uma bosta. É, exatamente. É o op, é, ele vai invertendo totalmente, mas é mas é claro, é eh porque a inflação vai comendo solta, inclusive nesses últimos
anos aí tá comendo solta e ninguém tá falando nada, mas eh a perda de poder de compra das pessoas é muito grande e o cara tem que ser um milionário para poder comprar um apartamento e um carro dependendo do lugar, que em São Paulo é isso, cara. Milionário. Ex. Você tem um imóvel de 50 m no Itaim, você tem um patrimônio de 1 milhão. Você tem um patrimônio de R 1 milhão deais. É, é assim. Então, é é uma barreira de entrada muito diferente e e não é igual não é igual você ir a a
no bailinho dos anos 80 eh tocando petch of boys no fundo da experiência que o menino Zomer teve quando ele ia numa festa da da escola. Eles são experiências totalmente diferentes, elas não são parecidas. Eh, o carnaval tinha falado, o carnaval que os seus avós foram, que os os seus filhos vão, são totalmente diferentes. Eles não são o mesmo fenômeno, eles têm o mesmo nome, eles têm a mesma estrutura, mas a a forma como as pessoas se portam é diferente, o meio de trabalho e tal. É, agora tá tendo, tá tendo os trends não são
só down. Por exemplo, você, a gente falou de cultura progressista, nas empresas, o movimento hoje nos Estados Unidos é de retração, não é de expansão. Eh, totalmente. Eh, aliás, o você tá vendo o movimento oposto, daí é o fenômeno, você tem, você estica acorda. Então, por exemplo, home office, houve a expansão infinita do home office, agora tem um momento de retração muito grande. E a mesma coisa vale para uma série de coisas. Você todo mundo botou lá política SG e tal. Agora tem muitos investidores do Vale de Silício, que se o cara colocar política SG
ou DEI ou o que quer que seja na na empresa, ele não investe. É o fenômeno oposto ao que se tinha há 10 anos atrás. E, e é engraçado isso porque o cara, o empresário, ele às vezes vai muito na moda, ele vai na onda ao invés de pensar na em em tendências de longo prazo, quando você fala de ter filho, de eh são isso são coisas que são testadas ao longo de milênio, fal de ler livros, de malhar, de lutar jitos, tá falando coisas que são décadas e décadas testadas e tal. Quando você fala
da última moda IS SG, isso é uma coisa de um time frame específico, não é uma coisa que tem 100 anos de time frame. E aí o mesmo VC que ano passado só comprava se fosse assim, agora vira para você e fala assim: "Não compro se for assim". Porque você tá falando de um fenômeno que é transitório, ele não é permanente. Então quando você fala de gerações, a geração se dá melhor quando ela aposta em coisas que vão durar, que são lind, né? como eu falo nos Estados Unidos, que tem efeito eh duradouro, que vai
durar 60 anos, 70 anos. Quem investiu em coisas que são duradouras, por exemplo, eh uma, eu tava olhando isso que eu vi num filme, um cara falando: "Isso aqui vale 5.000 libras". Aí eu falei: "Caramba, botei ali, quem que quanto que é 5.000 libras?" Aí eu botei assim, 5.000 libras, joguei lá na IA, tinha falado 5.000 libras da época equivale a 174.000 1000 libras de hoje, que é R 1 milhão deais. 5000 libras é R 1 milhão deais. Eu falei: "Cara, é R milhão deais. Olha a loucura da inflação. Então, o cara que pegou a
Libra e botou no banco e deixou a Libra lá parada, eh, ele perdeu dinheiro infinito, ele perdeu 1 milhão. Eh, e o cara que ele ele foi de ele foi de 1 milhão para 35.000. Essa é a proporção. R$ 1 milhãoais para R$ 35.000. Enquanto o cara que comprou, sei lá, ouro ou eh ou outros ativos, outras coisas, ele multiplicou esse valor. Ele pode ter chegar mais que razoelmente mais que esse 1 milhão. Então, na verdade, olha só que loucura. O cara que apostou em coisas permanentes, pensa era um ativo que você podia ter comprado
do século XIX, você podia ter comprado no Império Romano. Sim. Eh, não é não é nenhumento que mais multiplica, só para pegar um ativo que não desvaloriza na não vai desvalorizando. Nos últimos 10 anos o ouro bateu 100. É bizarro, né? Porque você tá pegando um metal amarelo que não faz nada, só fica parado contra as 500 maiores empresas da maior economia do mundo. E aí o ouro ganhou. Então, se o cara tivesse comprado ouro, eh, o dinheiro dele teria multiplicado muito mais. Se ele tivesse comprado terra, teria multiplicado. Só que, eh, o que que
você viu? muitas pessoas que eh apostaram contra coisas permanentes. Então o cara falou: "Não, vou vender a minha a minha fazenda para deixar o dinheiro investido aqui às vezes para gastar o dinheiro na na no consumo, pegar bens. o a pessoas que trocaram o ativos mais permanentes por ativos fluidos, ativos que não tinham permanência de longo prazo, perderam patrimônio. Então essa essa eh quando uma geração aposta em moda, a minha geração apostou muito em moda por muito tempo, a geração millennial eu vi ela enrolar dos 20 aos 30 e muitas pessoas só começaram a amadurecer
nos 30. Muitos, muitos. É um negócio, vocês devem ter visto o mesmo fenômeno. O cara passou dos 20 aos 30 branco. É, eu acho que eu só amadureci uns 27, quase 30. Mas você amadureceu muito mais novo, imagino, do que muitos dos seus. Você já era madura. Você começou a ganhar mais dinheiro nessa fase, você encontrou a tua, foi na veia ali mordeu na jogular, entendeu? Que você falou, isso aqui que eu vou fazer na minha vida. Eu casei com 25. É, as pessoas olhavam para mim e falavam: "É, Deus, é uma criança. Uma criança.
Mas isso, mas eu não acho que nós somos amrado significativo. Pens amigos de vocês, quantos amigos de vocês casaram antes dos 30?" Não, maioria não casou. Não, a maioria não casou. Quantos amigos de vocês começaram a focar muito forte na carreira no começo dos 20 anos? Ninguém, eu acho. É, tava na fase de estudar ainda. Tava na faculdade. Pessoal tava na faculdade, formava mais tarde. Alguns já iam para fazer alguma coisa, uma pós. Depois pegar os amigos de vocês, vocês acham que eles começaram a levar carreira muito a sério. Com que faixa etária? Com uns
30. 30. Pois é. Eh, que foi o primeiro momento que ele começou a pensar em família. Uhum. Eh, ou seja, ele pulou uma década. É uma, é um gap, é um buraco. São 10 anos de buraco. O coitado da geração Z, às vezes ele nem sabe como ele vai fazer. Ele tá meio que ele tá desesperado porque ele fala, cara, não sei nem por onde, porque ninguém passou nada para ele. Pensa, o cara teve seminário sobre diversidade na faculdade, na escola. Maravilha. Mas ele não teve tenda de limonada para vender a limonada na rua. Eu
eu lembro do uma coisa que eu da minha geração, né? O Enzo, né? Eh, o Enzo, o Enzo, claro, não teve ter manado. Eu lembro da minha mãe, falei assim, ó, eu vou, eu não aguentava que passava o Big Brother na TV, eu falei: "Eu preciso comprar uma TV, eu vou assistir TV no meu quarto". Aí, aí minha mãe falou: "Ó, te vira, se vira". Eu comecei a montar produto e vendendo nas festas dos adultos para pagar minha TV. Fali, cara, isso é inimaginável. Pensa essa essa habilidade de você tem que criar um produto eh
com sei lá 9 anos de idade para para vender, mas tinha na cultura pelo menos a ideia de poxa, vamos lá, vende água na faz alguma coisa, eh, faz alguma coisa para você criar isso no negócio. O cara da geração Z muitas vezes e agora tá assistindo conteúdo do começo para, graças a Deus, a internet acaba eh gerando avenidas para aprender por fora, né, do que não foi passado organicamente. É, mas a escola dele não tá dando essas habilidades em nenhum nível, nem tá preocupado com isso. E aí, Guilherme, na sua percepção, porque agora já
tá começando uma nova geração, geração alfa. Vai ser da Maria Teresa. Você também tem filhosa. E qual você acha que vai ser a a maneira como essa geração vai ser moldada? Porque, por exemplo, vários da geração alfa são filhos dos millennials que cresceram de uma certa maneira, não tiveram esse acesso todo da tecnologia durante a infância e viram que na geração C deu merda, entendeu? falando, cara, esse negócio de tela desde cedo para criança não é interessante. Então você você entende que a gente vai ter, por exemplo, um certo resgate de algumas coisas, como já
tá acontecendo em alguns e ele já acontecer é a tendência das gerações, é minha previsão fortíssima para para tendência isso, é a desigualdade entre pessoas da geração e só vai aumentar, isso é maior na geração. Então assim, o boomer, todo mundo tem o padrão de vida mais parecido, parecido, tá? todo mundo conquistou coisas mais parecidas, conseguiu comprar um imóvel, fez uma carreira ali, juntou um dinheirinho na poupança, eh conseguiu viver uma vida mais ou menos um certo padrão. É, é, existe uma uma igualdade do boomer muito maior do que em relação à gerações posteriores. Na
geração millennial, a diferença já é bem maior. Meus colegas ah ou prosperaram muito mais ou fracassaram muito mais. Eu não vejo a gente também um padrão médio nos meus colegas. É muito raro eles terem um padrão de vida médio. A geração X já era muito mais do que a minha, menos que os boomers, mas muito mais que a minha. Já padrões de vida mais parecidos. Na minha, meus amigos, tô falando de mesma escola, mesma faculdade, não tô falando nem pegando eh corhortes tão diferentes. Eu tenho amigos da faculdade que não saíram do canto em nenhum
nível, desesperados para pagar contas básicas assim. E eu tenho outros que enriqueceram e isso time frame igual, condições iguais, condições 100% iguais, origens socioeconômicas, educacionais iguais. Eh, na geração Z, esse gap vai ser muito maior, porque pensa agora o Zomer eh 100% versus o Zomer e o super Zomer que eu falei, eles não vivem no mesmo planeta, entendeu? agora que é só óleo de soja, suco a eh não faz um exercício, se você quer pô, não faz um nunca levantou uma uma pena. Eh, não odeia o capitalismo e agora tá tá trancado em casa o
dia inteiro, cara. esse cara, ele vai eh e agora pensa no outro, no Maximus, no cara que tá fã do Império Romano, eh, levantando peso, investindo com 20 anos de idade. O gap dessas pessoas vai ser insano. A internet cria esse gap também. Uhum. Porque agora o cara consegue entrar na internet, a gente tá falando de investimentos, todo mundo tinha uma certa noção meio comum. Agora o cara, o cara vai estudar investimento, o outro não sabe nem nada do que tá acontecendo. Eh, só que um vai começar com 18 anos e o outro vai começar
lá para quando já tiver dando tudo errado. Então, a a o gap vai aumentar, a boca do jacaré vai abrir insanamente. É, e eu acho que a geração alfa vai ser ainda mais, a geração alfa vai ser muito mais, né? E, e eu acho que tem a ver com os pais, no caso, porque a gente veja, se a gente estuda, a gente tá pensando nisso, a gente tem tempo para pensar nisso, porque a gente resolveu algum dos problemas, como o dinheiro e a capacidade de poder pagar as contas, então a gente tem tempo para fazer
isso. Mas a maior parte, eu acho, a massa, principalmente do brasileiro, infelizmente, tá pagando conta, tá trabalhando. Ninguém tá pesquisando se a internet é realmente ruim e talvez precise, né, de um iPad na cara da criança, então vai ser mais difícil, talvez o nosso filho vai ser diferente do filho do trabalho. Isso não é uma consequência da geração. É, na minha opinião, isso é uma consequência do enriquecimento. Você tem mais tempo para isso. Mas o que eu ia falar é que, de fato, a desigualdade ela é uma consequência do avanço tecnológico. Porque hoje, por exemplo,
você é um professor. É, lá atrás um professor daria uma aula para uma turma com 50 alunos. Hoje você com a internet consegue dar aula para uma turma com 10.000 alunos. Isso você vai concentrar. Então você vai ficar desigualmente muito mais rico do que o GPT vai ficar mais igual ainda. Porque o que acontece? Eu fiquei lendo livros obsessivamente dos 20 anos até agora. Quantas pessoas com chat GPT vão ficar lendo livros obsessivamente? Agora vai só reduzir o número. Sim. Então a competição vai ficar vai ficar mais fácil, na verdade. As pessoas estão achando que
não, agora a inteligência humana está avançando. Não, não, a do GPT tá avançando, a sua não. Uma coisa é dele, outra coisa é a sua. Então a competição só a competição só piora ano após ano. Eu só vejo piorar. Sabe que o o às vezes na discussão de Platão Rei Tamos tava certo, né? Não, Platão tá certinho. Quer deixa eu falar uma coisa. O Steve Jobs falou: "Se tem uma coisa boa da Iá, vai ser a mentoria que Aristóteles deu para Alexandro Grande. Ele matou a pau." Eh, na verdade, o que acontece é o seguinte,
Platão, tudo o que ele falou estava certo, praticamente. É um negócio assim surreal. E você quer se manter atualizado, lê Platão. Para de ler. Eh, o Mark Andreen falou: "Vocês querem entender o mundo digital? Eh, lei o Império Romano, venham sobre o Império Romano. Essas pessoas estão certíssimas. Sabe que a geração alfa, o problema é assim, eh, tem dois tipos de filho da geração alfa mais comum: gravidez acidental, eh, na loucura e pai ultra consciente que falou: "Não, eu quero ser pai mesmo. Eh, e eu eu exatamente quero ser pai e eu quero educar o
meu filho para ser bem diferente do que de como eu cresci". Então, esse gap vai ser insano, porque esse gap vai começar a surgir do primeiro ano de vida. Uhum. Vai ter pais preocupados com a exposição a telas e pais preocupados com os valores religiosos e pais preocupados com com a com a formação intelectual e pai preocupado com não sei o que que tem cinco filhos e que não sei o quê. E aí tem o outro pai que eh virou pai e nem queria. Eh, e isso você pegar o boomer, todo mundo tinha aquela cabeça:
"Não, não vou casar ali nos 30 anos e ter dois filhos, sei lá". Eh, então todo mundo bom, ma, médio, baixo, alto, eh, pobre, rico, todo mundo tava ali mesmo dentro de uma certa. Então, o pai podia ser das mais variadas, só que agora pais é um grupo que eh vai de gravidez acidental para para pai que quer ter cinco filhos, educar os cinco para ser o máximos. São são coisas muito diferentes, são planetas diferentes. O o mundo do que é pai são e eh ele tá tá se criando um gap muito grande. Uma das
coisas que tá acontecendo, escolas mais tradicionais eh vão ser um mercado que vai crescer muito, porque toda escola é meio tiozão, boomer, eh, é meio soft, left, assim, toda escola tem essa vibe. Essa vibe vai ser muito pouca, porque o pai consciente não quer botar o filho dele numa dessa, nem a pau. Então, o mercado das escolas atuais vai mudar radicalmente. Ele não tenha dúvida. Eh, quando você pega uma escola mais tradicional, que fecha com valores mais tradicionais, começa a bombar loucamente de uma maneira que eu nunca vi. É fila de espera e fila de
espera e a galera fazendo fila na frente da escola. Por quê? Porque é o padrão do pai, é o cara que quer ser pai. Uhum. Eh, e aí você tem um fenômeno que muitas pessoas com valores revolucionários não vão se reproduzir por escolha autoinfringida. eh, sinceramente, são contra fertilidade. E aí você tem do outro lado o Elon Musk querendo se reproduzir até demais, eh, até além da conta, assim. Então, eh, esse gap é real. Eu acho que vai ter uma migração que eh vai ter sim um movimento de muitas pessoas hyperformer eh ter muitos filhos,
o que era o oposto da mentalidade das gerações anteriores, que era não, filha gasto, quero ter o mínimo de filhos possíveis para não atrapalhar o meu gasto. Agora, nessa nessa nova fase, eh, você pega um ela mãe, ele quer ter filho. Ele está falando, não precisa ter filho. E o e a vibe no vale do Celício dos caras é, não, beleza, tem tenhamos filho, vamos ter filho. Eh, isso não existia. Isso não existia há pouquíssimo tempo. Não era uma realidade. É uma volta de uma de uma mentalidade anterior. Sim. É o fim de um ciclo.
É o retorno, talvez do ciclo, é o pêndulo girando. O chamem como eh como quiserem. Do mesmo modo vai ter uma demanda maior por livros, porque as pessoas vão falar: "Eu preciso ler livros". Tudo que for hábitos, todo, todo o mercado de hábitos produtivos vai crescer. Personal treino tá estourando agora e tudo que exercicando, porque as pessoas vão procurar naturalmente, gente, o que não tem, que elas não tentando acesso, elas não vão, as pessoas estão achando que o que vai explodir é IA. Na verdade, IA, como todas as revoluções tecnológicas, vai ter o mesmo padrão
que sempre teve. Um pequeno conjunto de pessoas vai voar com a IA e um grande número de pessoas só vai usar IA para pra preguiça e tantas coisas. Todas as revoluções tecnológicas, do carro ao o que quer que seja, ao computador, a todas as coisas, tem o mesmo padrão. Elas não melhoram eh o padrão de todas as pessoas como um bloco. Não é assim. Tem algumas pessoas que se beneficiam muito mais delas do que todas as outras. Sim. Eh, então esse gap vai aumentar. A geração alfa o gap é muito maior, muito, muito, muito. Eu
olho a geração alfa, eh, eu, eu vejo assim criança ultra, eh, tipo, o pai joga lixo para ela comer, larga ela o dia inteiro e não sei o quê, versus aquele pai que eh ensina xadrez. Um amigo meu tava falando, tipo, eh, que é minoria, mas o fato de ser minoria aí que tá, né? Tem gente falar, pô, mas esse irum que você tá falando é minoria. Mas não sei. Mas gente, só uma coisa, se é minoria, aí mesmo que ele vai voar, porque pensa, né, quando você tá me falando que ele é minoria, eh,
significa que você vai ter uma legião de cegos e um cara com um olho ou com dois. É, é mais chocante. O Alfa, um amigo meu, tava ensinando os os enigmas do Bob Fisher pra filha dele de 5 anos. Cara, eu ela tem 5 anos, isso não acontecia. Mas é, mas é essa internet aí pega, preciso enchar xadrez, preciso passar, preciso passar lógica, não posso deixar minha filha idiotizada, a escola não vai resolver o negócio que eu vou ter que resolver. Porque a geração X pensou assim: "Não, a escola resolve, bota numa escola boa que
resolve". Quem que acha isso em 2025? É verdade. Ninguém, né? Ninguém acha isso. A gente não acha isso. A gente quer botar numa escola boa, mas a gente sabe que muita coisa depende da gente. Sim, exatamente. É porque as pessoas estão caindo na ficha. Então é é eh eh mesmo essa esse essa se falou revolução sexual, ninguém acha que é sem consequências hoje. Ninguém acha eh ninguém acha que o que as drogas não são consequências mesmo. Drogas legais, a hipermedicação, quem que acha que o cara fica tomando 80 já preta não tem consequência? Em 2025
todo mundo já aprendeu que isso tem consequência. O que quando essas coisas surgem tem aquela ideia de que não vai dar nada, né? Prosak é tipo chique, né? Os cara fala assim, é tipo um negócio meio, o cara toma pros e aí o cara começa a tomar 88 comprimidos, né? Porque tipo, é chique tomar um comprimisso. Eles começa a ver e falar: "Cara, mas isso aí tá destruindo a vida de fulano, fulano, porque eles é hipermedicado, não deveria tá". Eh, então o problema é que nós já estamos vendo as consequências de uma série de decisões.
Eh, a mulher fala assim: "Não, vou construir minha vida mais tarde". Mas quando ela tá vendo um monte de amigas dela com 40 anos que estão sem filhos, sem família e elas não estão bem, elas estão manifestando para ela, ela não pensa como ela pensava no passado. Então essa mudança de comportamento dos jovens tem 100% a ver com isso. E o geração mais velha, às vezes intermediária, né, não sabe nem de onde tá vindo, né? Eh, eu eu vi algumas, por exemplo, eu tava nesse evento na Inglaterra, né, de eh e aí são pessoas do
mundo inteiro, né, e tinha 3.000 pessoas do mundo inteiro. Então você tá vendo o evento do Jordan Peterson. Do Jordan Peterson. E é muito engraçada a diferença entre os jovens e os mais velhos. E notoriamente os mais jovens são mais conservadores do que os mais velhos. Isso é que loucura. É um evento desse muito, mas numa proporção difícil até de explicar. E ao mesmo tempo são mais próc mais próempreendedorismo e mais conservadores. Você vê essa. E os mais velhos são mais ah, eles são mais liberais do que os mais jovens, que são mais reaça mesmo.
E muito disso explica que o mundo que eles viveram. Sim. É, é que o mundo que os esses jovens viverem quando você conversa estou falando global, né? Não é fenômeno isolado. O mundo que eles viverem é mais quebrado mesmo. Pega o fenômeno do L e Europeu, né? O cara do L e Europeu é mais conservador em parte, porque o cara do Leste Europeu viveu o comunismo. É, é o trauma. É literalmente tem um trauma do comunismo que tá na gênese das pessoas. A mesma coisa que tá acontecendo com a geração mais nova. O cara tem
um trauma. Você fala para ele: "Ah, não, a gente, nós vamos todos agora eh nós vamos todos criar uma sociedade utópica". Ele fala: "Caramba, eu já vi a utopia na cabeça do meus de escola e ela é o ela é o caos. A utopia gerou meu pai me abandonou". Entendeu? Você quer que eu fale? Pensa um menino que a família dele faliu na frente dele. Ele não tá achando que irresponsabilidade financeira é bonito. Sim. Eh, o cara boomer podia se dar o luxo de ser mais responsável porque tá lá a casa dele, porque tem lá
o emprego público dele que tá vai que a inflação não vai chegar num nível que vai destruir completamente o a remuneração dele. Eh, o cara no passado falava assim, ó, tô ganhando R$ 10.000 do concurso e falava: "Tô rico, tô feito pra vida". Esse mesmo R$ 10.000 hoje é um valor infinitamente menor. Sim. Então é é é interessante porque a geração Z ela sim dá uma gunada, mas essa guinada vem de trauma em grande parte. Agora ela vai ter um grande trabalho de reconstruir, ela vai ter que reconstruir uma do zero, né? Muitas coisas. Eu
eu entendo que ela foi privada de muitas coisas. Eu eu Tem uma frase que eu sempre repito e o pessoal dá risada que é: "O jovem tem que acabar e que bom que acaba, né? Porque a gente envelhece no final das contas, querendo ou não, o tempo passa e a gente acaba envelhecendo. Mas será que a geração Z a gente acaba no final das contas querendo que eles eles assumam, né? Você falou 50% da força de trabalho atual do país é a geração Z. Então eles têm que trabalhar, coitados, eles têm. A gente tá querendo
ter% da 50% do da das pessoas que estão no mercado de trabalho é a geração Y. Ah, geração Y. A geração Z, ela é mais ou menos também um quase o mesmo tamanho da geração Y, mas ela é extremamente menos representada no mercado de trabalho. Agora deveria estar maior, mas ela deveria estar mais agora quando eu comecei a falar isso é que ela é mais nova, então tem muita gente que é jovenzinha, mas de cada cinco jovens também um é neném, então já 20% tá fora porque nem estuda nem trabalha, né? Inclusive, aproveitando a sua
frase do jovem tem que acabar, foi atrás de quem é o autor daquela frase de que se você não é socialista até os 20 você não tem coração e se ainda é socialista até os 40 não tem cérebro. É um político francês, Jorge Clemens. E ele continua: "O tempo e a idade me tornaram liberal". É, então ele era jovem, ele era de um jeito, depois ele foi ficando liberal no sentido aqui mais à direita, né? Lá Estados Unidos fran da palavra. Mas assim, engraçado que o que o Clemens claro foi um péssimo político, mas a
ah eu de fato acho que você não deveria ser socialista nem com 20 anos, mas assim, tirando essa sabe que eu primeira vez que eu concluí que o socialismo não ia dar certo, eu tinha eu tava na quarta série, não lembro muito obrigado a minha professora. Nossa, não tinha menor noção do que era o socialismo quarta série. Eu tava na quarta série e tinha no meu livro didático tinha assim, Cuba e os Estados Unidos e o texto falava que Cuba era muito melhor. E daí eu levantei a mão, falei: "Professora, olha, tem um problema aqui."
Aí a professora não, como assim um problema? Falei: "Professora, o seguinte, ó. O texto tá falando uma coisa, mas a foto diz outra coisa, entendeu? A, tipo, a fotografia não contradiz o texto." Aí a professora não, como assim contradiz? Eh, Cuba é melhor que os Estados Unidos, é óbvio. Eu falei: "Não, professora, olha, eles são pobres aqui, assim, a foto não tá encaixando, alguma coisa tá errada, eu não sei o que que tá acontecendo, entendeu?" Eh, e aí eu eu lembro que eu falei: "Caramba, isso aqui é é realmente não funciona". Mas assim, eh, o
problema do por o jovem entra nessa, é porque ele tá, na verdade, as pessoas acham que é por algum motivo alheio a isso, é porque é a rebelião da juventude. Eh, na verdade só porque ele tá na universidade, tá na escola. Tipo, é mais simples do que parece, porque na verdade ninguém e ninguém as pessoas são expostas a essas ideias na escola e na universidade. Elas não são expostos fora. É tipo uma é é um pouco mais simples às vezes do que parece. Às vezes as pessoas querem criar a rebelião da juventude natural. Sim. o
jovem tem menos compromisso. Isso talvez explique mais a Mas não existe nada de inerentemente romântico, eh, ou, ou historicamente determinista nesse sentido. Tanto que as gerações jovens pré ah, esse mundo do século XX, elas não demonstrar assim, sim. O jovem é mais eh é menos responsável por tabela. Isso sempre foi assim, mas elas não demonstravam perfis ideológicos tão dísperar em relação às às gerações eh anteriores a eles. O jovem, na verdade, cresceu com valores meio parecidos com os pais antes da da desse mundo pós anos 60. Eh, eh, simplesmente não é igual, né? O jovem
que foi paraa Segunda Guerra não tinha valores tão diferentes do avô dele muitas vezes. Eh, ele cresceu com seus valores. É outra oficina, né, que ele trabalhava do pai e tal, pegava esses mesmos valores. Então, ele convivia com o pai, né? Ele convivia com o pai, ele ia na missa com o pai, sei lá. Aliás, o é se o pai na missa, a chance do jovem na missa é muito maior, né? Do que se a mãe vai. Inclusive, eu falo essa frase porque eu me enquadro na no jovem que que deveria ter acabado antes, porque
eu falava, muito boa essa percepção, né? É porque eu olho e falo: "Caramba, aqui que eu tinha umas ideias muito ruins". E ao mesmo tempo eu era, eu quando frequentei a faculdade, você tá falando isso, e o Bruno, por exemplo, não foi a faculdade, faculdade dele foi o exército. Então é um tipo de, ele não teve a experiência da faculdade igual eu e o Guilherme tivemos. E eu tive a experiência de uma faculdade bem à esquerda, porque eu fiz uniro, ciência política, sem soviética. Nossa. É, não é? Então eu fiz uma faculdade bem à esquerda
e na faculdade eu era, as pessoas me olhavam e falava: "Não, você é ultra direita". Porque o meu pai era militar, o meu namorado noivo na época era militar e eu era, na verdade, centro. Eu sempre fui bem bem centro assim. E pra família, pro pai, pro pai da Malu, ele era de esquerda, né? Famí É, meu pai me olhava e falava assim: "Não, ferrou, né?" Mas na unir, na unir dessa época você tá falando no co ciência política, imagino que qualquer pessoa, o Stalin provavelmente era mais centrista para Não, não era absurdo assim, não
seria, pô, tava usando uniforme militar, então não, esse cara aqui todo mundo era ultra esquerda e tipo, é lógico, eu aprendi várias coisas, foi bem legal porque eu tive acesso a um a um mundo totalmente diferente do que eu tinha acesso em casa, que meu pai era ultra de direita na época e até hoje é. Seu pai não é outro de direita. Seu pai é de direita. Meu pai é de direita. É. É porque a esquerda gosta de falar isso. Não, tudo que é de direita é ultra, entendeu? Ultra, não sei o quê. Esquerda não
é só esquerda. Tudo que é de esquerda não é nem de esquerda, na verdade. É o bom senso. É equilíbrio, é o equilíbrio. É, eu chamo eles de ultra esquerda, uma posição sensata. E daí tudo que é direita é outra direita. Não, claro, esse esse jogo de narrativas, claro que existe. Você sabe que a você vê no Z Geist a a volta do imaginário, você você vê, sei lá, Duna, como eu falei, as pessoas foram assistir Barbie, foram torcer pro Ken, eh, que é o efeito mais é o maior efeito rebote que eu já vi
na minha vida. As pessoas entram no cinema para bar e falam: "Meu, quem tava certo?" Tipo, até as mulheres falam: "Não, eu gostei do quem?" Tipo, a o topic, a galera não importa, mesmo na minha geração, as pessoas iam ver o Senhor dos Anéis, assim, o o por mais que faço, pode fazer 60 filmes eh ideológicos, aí o cara vai lá, TopG Maveric, o público vai na o público olha os 60 filmes, fala: "Beleza, vou assistir Top G Maveric", que é sobre paternidade, que é sobre paternidade. Então assim, tem coisas que você não consegue abolir,
não é? Eh, querer ir contra a natureza humana é uma ideia e meio loser, assim, ela não tem futuro. A os jovens zoomers foram assistir Duna e saí gritando gritando Lisana Algaíb, entendeu? Os caras são tipo, eu eu é a coisa mais reaça que eu já vi na minha vida. Tipo assim, o cara do Duna criou uma teocracia e todo mundo batendo palma e falei: "Caraca, que loucura!" E os jovens enlouquecidos falando: "Viva a teocracia". Eh, um total de zero jovens foi no cinema e falou: "Não, coitados, os valores eh socialdemocratas estão em risco com
a ascensão do do Paul Trades." Todos os os Zomers saíram do cinema e gritaram: "Eles o Gaibe". Entendeu? Sem nem eh os caras ninguém foi ver Topic falando que masculinidade tóxica, ninguém, ninguém, nenhuma pessoa jovem foi ver. Todo mundo sabe falando meio animal Tom Cruz, o cara levantou o avião. Eh, então assim, eu não acho que o clima, eh, a vibe da geração jovem é uma vibe revolucionária. Eu acho que é o oposto, na verdade, a despeito do das carências que eu falei, até por causa das carências que eu falei, é uma vibe oposta. Eh,
eu acho que quem vai resistir muito é mais quem tá ligado a essas gerações, talvez mais intermediárias que vão querer segurar um pouco mais o sistema do qual já participam, né? o o professor universitário que é mais velho, não sei o que que vai querer segurar mais a o sistema, o jornalista, né? Eh, mas assim, tirando pessoas que são mais adeptas ao sistema mesmo, eh, eu não vejo essa vibe. Sabe que quando você fala da vibe, a vibe é muito importante. Eu eu previ eh, a eleição do do Biden e previ a eleição do do
Trump. Não tô falando como, "Ah, meu Deus, é mãe de Natal". Mas é é falar assim: "Como que você preveu?" a vibe, você sente a vibe do período. A vibe não era o Trump vencer, até porque tinha voto, sei lá, pelo correio, não sei o quê, enfim. Eh, e depois a vibe era, eh, a Vibe, você falou assim: "Pô, isso não é um conceito definido, né?" Não, não tem uma estatística, mas você sente o clima. Eh, o clima hoje não é mais SG nas empresas, não é o clima. Ah, esse vai demorar para chegar no
Brasil, tô falando nos Estados Unidos, né? Mas vai chegar no Brasil inefavelmente. Como todas as coisas tem um delay, eh, tipo, antigamente vocês que são milênios vão lembrar. chegava o filme dos Estados Unidos, depois saía no Brasil, tinha que legendar, demorava um tempo e chegava depois. Seg o que é moda nos Estados Unidos numa época chega depois aqui. Então as gerações também é a mesma coisa. A geração nos Estados Unidos acontece antes e depois pega no Brasil depois, né? Tem um tem um delay. Eh, e no interior tem um delay em relação à cidade grande
também chega, mas tem um delay. Então você pega, quanto mais interior, quanto mais afastado os centros urbanos e nos Estados Unidos também igual. Tô pensando, vai primeiro Nova York, depois chega no resto dos Estados Unidos, depois chega no Brasil, nos centros urbanos, depois vai pro interior. É uma onda que, apesar do mundo moderno ter uma conexão digital imediata, as coisas não são imediatas. ainda não foi processado eh várias informações. Esse fenômeno do Vale de Silista mudado de posicionamento político não foi prestado no Brasil em nenhum nível ainda. A gente tá discutindo aqui, vai ser processado
eh no futuro, vai demorar um, dois anos para começar a se perceber os efeitos disso no Brasil. Eh, mas vai ser percebido, assim como todas as coisas são percebidas. É tipo, eh, então o que que eu acho? tem um efeito delay nas gerações. Eh, muitas coisas que eu tô falando, as pessoas vão demorar para perceber por causa do delay. Eh, o delay tem um delay mental também das pessoas perceberem eh até cair a ficha, sabe? Para ger mais velha a pessoa, ma o delay. Eh, quando o cara e você pega pessoas mais velhas, elas têm
muita dificuldade de compreender certos fenômenos eh políticos ou sociais contemporâneos, normal, tanto pro mal ou pro bem. Eh, porque ela, o mundo anterior, ele é muito linguado, o Marshman, fala do meio de comunicação como determinante da da sua relação. Então, o mundo televisivo ele é mais homogêneo, todo mundo tem valores mais comuns porque todo mundo segue a mesma matéria da TV, mesma notícia. O mundo internet ele é muito mais heterogêneo. Eh, o mundo da TV na mesma visão, todo mundo fala assim: "Não, é guerra do Vietn assunto, todo mundo tá tem que seguir mesmo meio
que uma opinião." Eh, William Bonner, eh, Walter Conit Croncite, na verdade, era o equivalente americano anterior a a isso. Todo mundo tem que seguir o Walter Conh, Concites, né? E se você pegar é da internet, eu não sou obrigado a seguir a mesma coisa que o outro cara. eu vou pegar um outro programa e eu vou seguir algo diametralmente oposto ao que o cara falou. Então, a internet vai aumentar as divisões entre as pessoas, eh, de opinião política, de padrões de comportamento, de todas as outras coisas. Eh, isso vai se sentindo em gerações mais novas.
Então, a geração mais antiga, ela tem sempre a percepção de que ficou muito polarizado. El falar, ficou muito polarizada. Ela sempre reclama disso. Pegar o o boomer, sempre fala: "Polarizou demais, polarizou demais". Eh, é clássico boomer assim, né? Eh, polarizou, polarizou. Eh, e o problema do dessa polarização que ele tá achando que tá acontecendo, é que ela nem ela vai aumentar mais do que ele tá imaginando. Ele tá achando, ele tá achando que isso já é chocante comparado com a época dele, vai aumentar muito mais, porque pensa, eh, o cara vai seguir uma certa linha
de conteúdo na internet que não vai ter, vai, ela vai ser totalmente diferente. Uhum. Da linha de conteúdo do cara esteira completa. Ele vai customizar eh uma série de coisas. Então, a a a gente vê reflexo disso até em alguns cortes de podcasts, não só o nosso, de outros, que ficam virais, porque geralmente o podcast tem uma audiência dentro da sua bolha. Sim. E aí quando algo fica viral, aquilo sai da bolha. E é algo que a gente fala aqui normalmente pro público, cara, já ouviram 20 vezes, quando chega numa outra bolha, o pessoal fala:
"Meu Deus, como é que eles estão falando isso?" E a mesma coisa acontece quando sai da outra bolha para uma outra, né? Por exemplo, a base de pessoas que seguem os sócios, é muito difícil você imaginar que as pessoas não valorizam cultura empreendedora. É quase, é um dado. Tipo assim, eu chutaria que praticamente 100% da base valoriza a cultura empreendedora. Tipo, é uma, é uma, um, é um evento comum. Só que você vai ter bolhas que o cara é contra a cultura empre, ele vai falar para você que empreendedorismo é mau, sei lá, isso existe,
isso não é uma é uma posição que eu não sou acostumado. Na minha base também, sei lá, imagina, eh, nem é um assunto se eu falar isso, vão falar: "Ah, é importante empreendedorismo". meus meu público vai olhar para mim e falar: "Meu Deus, o Guilherme tá tá lesado". Mas tem palestras de empresa que eu já tive que falar que era importante a empresa lucrar. Aham. Eu já tive que falar isso em palestra pra Ó, é importante que a empresa dê lucro. As pessoas olhando para mim falando: "Caramba, é verdade". Nossa, que revolucionário. É, mas é,
mas porque é isso? Quando você pega bolhas diferentes de aí fala está na bolha, está esse conceito de bolha já era, porque tudo vai ser bolha, tudo é bolha, porque na verdade a forma como a informação se dissemina agora, ela é por esferas e essas esferas vão. Eh, uma coisa muito curiosa que eu vi na Inglaterra é que a eh você tem assim pessoas de países diferentes, né? E o anglossaxão ele ele tem uma bolha dele, né? E o você olha para pessoas de outros países, né? Eh, porque a gente tem essa percepção no Brasil
como se o anglo secxão fosse o cara mais bem informado ou mais ele tá no na vanguarda do mundo, tal. Em alguns aspectos tem um pouco disso, mas é muito engraçado porque tava conversando com alguns europeus, né, e eles falam coisas meio óbvias e o anglo-sexão olhava para aquilo e falava assim: "Choque total, né?" Eu falava: "Caramba, né? Mas por que que acontece isso?" Eu pensei, claro, porque muito do entretenimento global é feito em inglês e qualquer coisa que escape desse mainstream muitas vezes é é tanto conteúdo que é produzido em inglês mainstream que quando
foge do mainstream até o cara que tá consumindo esse condutor em inglês que vem chegando em quantidades e insanas, ele se desvincular daquela ideia, ele demora um tempo, ele tem um ele tem um tempo de adaptação. Enquanto o cara que é de outra cultura, ele já é um pouco mais acostumado a a por tabela, a não sei lá, por exemplo, o New York Times é consumido no Brasil indiretamente, ele vai ser absorvido pelos jornais que tem no Brasil. Isso já gera um delay que já leva as pessoas a procurarem naturalmente outras fontes de informação. Enquanto
o americano, por vezes, ele já tá recebendo no feed dele direto a notícia imediata. A vantagem disso é que tudo é tudo é mais ele tá recebendo em tempo real de uma maneira mais intensa. Ele tá um pouco avançado, ele tá no futuro em certa medida. Ele tá na trend como ela tá enquanto ela tá acontecendo. A desvantagem disso é que ele é menos acostumado a procurar fontes alternativas de informação, porque muitas vezes e isso tem muitas variações, pelo amor de Deus, Estados Unidos é gigantesco e e também a terra da informação alternativa, mas muitas
vezes esse cara ele ele não recebeu como outro cara de outro país tá buscando uma fonte alternativa porque ele é obrigado, porque ele sempre foi. É, então é engraçado porque o empreendedor brasileiro, por exemplo, o empreendedor brasileiro, ele tem uma várias vantagens sobre o americano, porque ele vive numa cultura hostil empreendedorismo comparado com a dele. Então ele tem vantagens. Eh e eh é a mesma lógica. Você pensa no Brasil, a informação chega totalmente envieszada. Então o cara tem que correr atrás no tem que produzir. Nos Estados Unidos o cara pensa assim: "Ah, tá tudo aqui
e todas as condições para empreender estão aqui. Por que que eu vou?" No caso do Brasil, o cara tem que ser um artista. O cara tem que ser um mago para lidar com todo tipo de chega um boleto que é metade do dinheiro dele de imposto. Eh, e aí ele tem que sambar. Eh, o fato da diversidade tá presente fortalece as pessoas. As gerações dos interiores, Geração Millenial, teve a vantagem de do Stand by Mei, largarem a gente para ter que andar na vida e se virar. E a geração Pokémon, né, que a gente brincou
no outro podcast, que a história do Pokémon, Pokémon é arquetípico da geração milenial, incompressível para outras gerações, porque o cara, a mãe dele, não, a mãe dele, ele fala: "Ó, mãe, tô indo". E a mãe, tchau. Ele tinha já 10 anos, né? Ele tinha 10 anos. Aí ele ficava catando ele vai ficar caçar Pokémon pelo mundo. Ele vai ficar numa jornada que deve estar durando 20 anos agora e que ele a continua caçando Pokémon até hoje porque teve uma época aí recente, uns foi o Pokémon Go, uns 10 anos atrás, o anos é 10 anos
que aí tinha um monte de homem velho que na, no caso era gente, né, no meio da rua caçando Pokémon. Mas veja, a mãe nem piscou o olho, a mãe falou: "Vai embora", entendeu? vaza todo o jogo da geração do todos os jogos que eu tinha no videogame, que era o Mário, Zelda, não sei o quê, era assim, era um cara que saía sozinho e vazava, não tem nada, não tem nenhuma. É. E aí depois eu ia falar: "Mãe, que que eu faço?" "Meu mãe, ah, vai lá, toca, toca o barco, se vira, vai pra
tua, eh, vai pro teu canto." A geração Z não tem essa experiência, não teve outra. Então, isso gerava um certo tipo de vantagem. Eh, já a geração Z, ela tem a destruição, ela chega na escola, os cara [ __ ] na escola, o cara fala: "Meu Deus do céu, precisa achar alguma outra coisa. É outro tipo de vantagem". Eu não acho que só piora porque você ganha inputs diferentes da realidade. A realidade vai te dando outros tipos de input. Você ficou com os nossos pais vão falar: "Na minha época era muito mais duro." Tem até
esses memes na internet, né? Eh, um, um eu vi um vídeo satírico que era um dia na vida dos nossos pais, né? É um inglês, não era um vídeo americano. E aí o cara, essa era muito engraçado. E era tipo, acorda de manhã, ter que pregar 20 pregos para poder dizer bom dia pro meu pai, como comida fria. Tipo assim, uns negócios que não, a soma deles é impossível. Ando 28 km para chegar na escola. Eh, é é exagerado. A assim como a geração boomer, eu eu adoro eles. Eh, mas eles às vezes dão conselhos
muito ruins paraas gerações mais novas, porque o Boomer chega e fala assim: "Não, eh, faz concurso público". Tipo, é um conselho, compra um imóvel, faz concurso público, sua vida tá feita. Aí o jovem olha para ele, fala: "Meu Deus, que que ele tá falando? O que que tem a ver?" Eu eu fui criado assim, não sei vocês, mas eu fui criado na base do fui militar. Sim, o Bruno foi militar. Minha avó falava: "Fel de pobre tem que fazer concurso público." A gente não era pobre, a gente era classe média, mas eu falei: "Beleza, classe
média", vamos p esse caminho. Então foi que casar com alguém que fez concurso público. Eh, meu pai eh insistiu comigo que eu deveria fazer concurso público, né, por muitos anos. Eh, e aí eu falei: "Não, eu vou empreender na filosofia". Aí ele falou: "Cara, mas realmente foi puxado isso daí, né, Guilherme?" Porque a chance de Eu não sei se não, mas na minha cabeça eu vou falar um negócio, eu vou falar um negócio que é eu vou falar um negócio em termos de investimento em empresa que é bem interessante. Existem eh tem dois tipos de
mentalidade quando você analisa uma empresa. Existe a mentalidade do cara que é aquele analista de banca de tipo de fundo de investimentos, que o que ele tá olhando é número, é uma análise de risco, fundamentalmente. É sobre esse ponto de vista que a análise eh você tá olhando estatisticamente, se alguém falar assim para você, estatisticamente, quantas pessoas vão empreender na filosofia e vão criar uma empresa de filosofia grande? E tipo assim, você vai falar irrisório, logo o risco é alto, porque você tá olhando a variável que você tá olhando é uma variável eh totalmente dada
uma estatística geral, igual o que a gente tá fazendo aqui, inclusive de geração. Só que a variável na minha cabeça era completamente diferente. Era: "Cara, tá na minha mão, é a formação que eu vou ter, é o talento que eu vou ter para criar, é a experiência que eu vou ter. Essa variável o risco é zero, no sentido de que depende de mim". Então, na cabeça do meu pai, o risco era 100%, na minha cabeça o risco era zero. Uhum. É tipo o o se você pensar assim o o eu não sou El Musk, obviamente
não tô querendo me comparar ele, mas o ponto quando você fala o Elon Musk vai subir o foguete ou vai falir a empresa? Se você pegar um gestor eh um analista médio, ele vai falar para você: "Meu Deus do céu, isso loucura. Por que que eu vou apostar numa coisa dessa?" Da cabeça do Elomas, o risco é zero. Na cabeça dele o risco é zero, é 100% zero. Ele não tá, ele vai, se você perguntar para ele qual que é o risco, ele fala: "Não tem risco, o foguete vai subir, vai pousar". Fala assim, ele
fala: "Mas p ele vai, na verdade, o quarto foguete só vai subir, né? Depois vai pousar". Mas assim, ele vai subir, vai falar, mas como vai subir? Porque no na cabeça dele, ele não tá analisando como um fenômeno externo que depende de uma outra pessoa, depende dele. Sim. Então, na verdade, o sucesso dessa empreitada dependia exclusivamente de mim. Uhum. Então, na verdade, sobre certo, sobre pontos de vista diferentes, talvez os dois estejam certos. Se você olhar sendo bem leniente, eh, aqui, se vai falar assim: "Bom, estatisticamente não é uma boa ideia." Se eu perguntar para
alguém: "Ah, vou empreender na filosofia", vou falar: "Cara, provavelmente não é uma boa ideia". Mas depende quem é a pessoa, qual é o contexto, quanto que você vai botar de formação, quanto que você vai estudar e quanto que você vai dedicar na empresa. São isso altera, as variáveis alteram radicalmente. Você falar pro o pegar eh pegar o Steve Jobs e falar assim: "Não, você vai fazer o o cara, você vai pegar o Steve Jobs e falar para você: "Não, vou fazer 30 pessoas aqui, vou fazer um computador que é totalmente fechado, não sei o quê,
blá blá blá". Então você fala: "Cara, isso aí é loucura, esse cara é louco, ele não tá fazendo nada". Então o problema é que qualquer tipo de coisa diferente, inovação por definição, ela é meio insana do ponto de vista de análise de risco frio. Ela não é eh, mas há os fatores do momento humano que vão gerar o sucesso são fatores diferentes. É o nível de formação da pessoa, é o nível de gestão que ela vai ter, são fatores distintos, com certeza. Eh, mas enfim. Ah, não culpo. Quem analisa culpo tá falando das gerações, vai
aparecer o outlier da geração falando pra gente que a gente tá falando um absurdo. Sim, sim. Porque ele vai chegar para mim e falar: "Não, você falou, mas na minha mas eu eh claro, porque o outlier é eh o outlier de uma área ele sempre eh ele não tá encaixando na estatística geral por definição. Sim, não, ele tá fora disso, pô. É um outlier. Mas esse é o ponto que que você citou mesmo, né? Estatisticamente empreendendo é uma boa ideia em qualquer área. Pois é, se a gente abre 10 empresas agora, daqui a 10 anos
só terão duas vivas. Agora, o ponto é que isso é uma estatística geral, né? Para algumas pessoas que tem preparo e empreender vai ser a melhor decisão. Para outras realmente que não tem preparo algum pode ser terrível. O cara construir um certo patrimônio quando ele trabalhava para alguém, falou: "Vou sair, traçar meu caminho e agora eu vou empreender". E ele quebra, ele volta para trás muitas casas, né? Por conta disso. Então, de fato, isso pode vir a a acontecer. Se eu tivesse escolher qual investimento eu fiz melhor, sei lá, podia ter investido alguma ação ou
Bitcoin, não sei o quê. Investimento que mais valorizou foi a minha própria empresa. Sim. Nenhuma outra. É investimento mais eh a valorização maior que qualquer outro ativo. Agora, daí isso tem um custo e a o custo, sei lá, humano, intelectual e todas as coisas. Então, eh, a, a geração mais nova, ela tem uma obsessão do empreendedorismo, né? Tem a eh isso tá na cultura, entrou, tá? A a internet tá, a gente tá tá jogando na cabeça dos jovens, eles estão seguindo, eles estão levando a sério. Eh, até porque hoje é muito mais fácil do que
no passado, pô. Com celular você pode virar empreendedor, você pode. Só que o que os jovens tm que entender é eles precisam das virtudes que vão casar com isso. Uhum. Empreendedorismo não é obaoba, depende da virtude que o cara vai colocar no negócio. Esse é o esse na verdade é o é o X da questão. Não é empreendedorismo não é fruto eh de uma ideia na aquela história do ideia genial, é 10 centavos da bacia, eh eu eu subscrevo muitos aspectos, não é o cara, ah, o cara que deu sorte, não é? Eu não acho
que tem a ver com sorte, embora existem pessoas que tm sorte. Eh, eu não acho que na média tem a ver com tive uma ideia genial e do nada tudo aconteceu. Também acho que isso é é um pouco também ideias geniais que se perderam eh quantas pessoas não tiveram a mesma ideia de criar o Uber, sei lá, várias pessoas. Só que quem fez o Uber foi alguém que fez o Uber mesmo. Eh, então não acho que é só questão da ideia genial. Ah, eu acho que o o na verdade tem muito a ver com a
virtude que o cara vai colocar naquilo de formação intelectual, de preparo, de estudo, do que ele vai fazer. Então, o jovem que tá querendo empreender, eu acho muito importante ele botar isso na cabeça. Eh, ele vai precisar desenvolver várias habilidades e virtudes. Claro, claro. Habilidades e virtudes que são o que vai definir o sucesso do que ele tá falando. Agora, pros jovens, assim, quanto antes de investir nesses valores perenes que eu falei, melhor vai ser o retorno. O investimento vai ser todo, como todo investimento, quem entra cedo, o early adopter, quem comprou, perguntaram assim, que
que você teria investido de volta no ano passado, eu falei compraria Bitcoin. É, é, imagina Bitcoin quando saiu, cara, ia ter pego todo all in. É, você voltou no passado, fala bota all, aquilo ali valorizou numa numa talvez e é eh numa proporção insana. Claro, tem outros até investimentos, mas ponto, você peg os últimos 10 anos foi 77% em dólar por ano na média. É, em dólar, né, né? Você bota em real, muito mais, né? Eu tinha um amigo meu que tinha uma mineradora e vendeu, né? E aí a tirando um monte de Bitcoin e
tal e ele vendeu, falou: "Ah, chega disso aqui, vai, esse negócio não valoriza nada". Eh, eh, coitado. Mas a mas é vida, é claro, normal. Tinha, meu, meu bisavô ganhou um terreno nos jardins e a mãe dele falou para vender porque eh jardim só tinha mato. Eh, então assim, as ideias ruins elas vão vão circulando. Mas Jardins é só um dos mais eh mais valorizados, mais caros mais caros mais caros de São Paulo. São Paulo. É. Agora, agora, pro jovem quem investir em formação física, formação intelectual, valores espirituais, família, eh, cultura de trabalho, cedo, vai
ver retorno no que eu tô falando insano. Quanto mais cedo investir, maior retorno. Perfeito. Acho que isso é um bom feix podcast, né, B? Com certeza. E aí, Guilherme, para quem gostou de te ouvir aqui, quer acompanhar mais o seu trabalho, onde é que as pessoas te acham? Fica à vontade para divulgar o que você tem de curso, de conções. Claro. Bom, são duas eh dois lugares em particular. Eles vão, eu sou mais ativo em redes sociais no YouTube, que é Guilherme Freire, eh, e no Instagram, que é Guilherme FCL Freire. São as duas redes
que eu que eu uso mais. Eh, e meus dois principais trabalhos são o Filosofia do Zero, que o Filosofia do Zero, ah, hoje é uma das maiores plataformas, acho do Brasil, de formação e filosofia. Eh, tem todo um método estruturado pro cara que nunca estudou filosofia, exatamente feito pro cara que é empresário, que é advogado, que é engenheiro, que é médico, mas que quer aprender filosofia de uma maneira didática, estruturada, que é filosofiaadero.com.br. BR. Eh, e tenho em busca, da verdade, que a minha formação de empresários, que é por indicação, tem um Instagram que lá
é BV oficial, a pessoa pode mandar mensagem, tudo. Eh, mas normalmente os alunos são convidados por outros alunos para fazer partes. Eu o procedimento, mas tá lá e BV oficial no Instagram. tem um Instagram com três fotos e nenhuma nenhuma info, mas existe. Eh, pode mandar mensagem lá tudo, se quiser visitar a empresa e tudo, acho que a a gente recebe as pessoas, vai ser uma alegria. Perfeito. Muito bom. Muito obrigada, Guilherme, por mais uma apresentação aqui. E vocês encontram a gente aqui semanalmente no canal dos sócios, sempre com um episódio para acrescentar vocês de
alguma forma, seja psicologicamente, seja financeiramente ou até fisicamente, né? Então vocês encontram a gente aqui sempre e também encontram me encontram no @maluperini lá no Instagram. Vocês me encontram no Instagram Bruno_line Perini, no canal do YouTube Você Maisico vídeo toda segunda e quarta-feira e aqui nos sócios. Para quem assistiu nosso muito obrigado pela audiência, o nosso convidado, obrigado pela presença, espero que volte mais vezes. Alegria minha. E é isso, pessoal. Um grande abraço e até a próxima. Beijos. เฮ [Música]
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