Olá pessoal sejam todos bem-vindos e bem-vindas e bem-vindos a mais uma live do Senat o Centro Educacional novos faculdades terapêuticas nessa trigésima sétima Live temos como título os desafios das residências terapêuticas em Saúde Mental onde abordaremos a relevância da residência terapêutica como política de desinstitucionalização no âmbito da Saúde Mental enfatizando também a proteção dos direitos da dignidade dos moradores iremos trocar experiências de como a residência terapêutica estimula autonomia e a liberdade das pessoas promovendo uma abordagem humanizada E cria no senso de pertencimento à comunidade local também serão discutidos nessa Live desafios enfrentados né e a
luta contra o estigma compartilhando também histórias de superação e Progresso então apresentaremos né uma perspectiva otimista de possíveis melhorias e avanços aí nos quesitos dos serviços residenciais terapêuticos e para Live de hoje nessa 37ª temos a Juliana Juliana Helena onde ela possa graduação em enfermagem pelo Centro Universitário São Camilo tem mestrado em Ciências da Saúde pelo departamento de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo também posso especializações em enfermagem psiquiátrica e saúde mental pelo Instituto de psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo tem especialização em gestão da qualidade
e Segurança do Paciente pelo Centro Universitário Senac e já estão em saúde pelo Centro Universitário só caminho atualmente a Juliana é supervisora dos serviços de residências terapêuticas 1 e 2 do Butantã aqui em São Paulo e também atuou como RT de enfermagem do CAPS a Juliana ela também já atuou por mais de 15 anos como docente coordenadora de pós-graduação em enfermagem psiquiátrica e saúde mental aqui na descrição do vídeo a gente encontra essa descrição da Juliana e também as redes sociais do Senat então Sigam as redes sociais lá no Spotify também tem um canal do
Senac onde Toda semana é lançado um arquivo de áudio né para estar ouvindo sobre temáticas relacionadas à saúde mental E essas novas abordagens e o SENAT vem trabalhando ao longo desses anos ao final da fala da Juliana ela vai abrir um espaço para tirar dúvidas responder algumas perguntas então participem enviando a pergunta pelo chat que aí ao final da Live a Juliana vai tentar né buscar que esclarecer Juliana seja bem-vinda fique à vontade Olá bem-vindos a mais uma live do Senat eu estou muito contente pelo convite agradeço Adelmo que vai estar comigo aí até o
final me ajudando né nas perguntas para que a gente não perca nenhuma então eu vou pedir para o pessoal participar porque esse tema de serviço de residência terapêutica ele é um tema inesgotável assim de assuntos né Eu tentei trazer algumas coisas da minha vivência né das minhas trocas de experiências algumas coisas assim que eu vou lendo e vejo que as coisas são desafios do quais Eu também vivo na minha residência então assim O interessante é que as pessoas participem coloquem lá não só perguntas Mas da onde elas são se também tem esses desafios ou não
no serviço de residência terapêutica delas porque aí a gente consegue né até pensar em fazer mais Live sobre isso e convidar outras pessoas também e compondo um grupo de né de pessoas que que são os acompanhantes comunitários os familiares os coordenadores os técnicos de enfermagem enfim essas pessoas que trabalham nesse serviços eu vou compartilhar com vocês eu fiquei na dúvida se eu compartilhava ou não mas eu acho que é interessante a gente passando alguns slides né então assim eu fiz a apresentação era mais um roteiro para mim mas eu achei interessante a gente mostrar porque
aí eu acho que ilustra melhor o que a gente quer falar e aí menos cansativo do que eu acabar falando né aqui na tela sozinha tá eu fiz um roteirinho aqui do lado só para eu ver se eu não esqueci de nada então vou colocar os slides para compartilhar com vocês Então os slides eu vou passando e a gente vai conversando alguns eu trouxe mais para ilustrar mesmo e para trazer de referência para vocês sobre o que eu gostaria de passar então tem alguns que a gente não vai se meter o conteúdo do slide tá
eu só vou passar porque é para a gente alinhar o raciocínio que a gente vai fazendo então a Live sobre os desafios das residências terapêuticas em Saúde Mental ou por aqui então não dá para a gente falar né dos Desafios das residências sem a gente pensar na contextualização de como a gente chegou nas residências então assim é para falar de reforma psiquiátrica vai uma live né Se for lá no nos arquivos lá do Senat a gente tem aulas lá tem o Davidson que dá uma aula de reforma psiquiátrica bem legal então assim eu só trouxe
alguns contextos que é para a gente ir chegando até a residência terapêutica então da gente pensar né nessa história da assistência psiquiátrica quando que iniciou né o modelo de isolamento né que veio pelo Felipe Pinel e pelo isqueiro então assim os modelos asilares e o que que eram esses modelos vasilares e qual era a intenção desses modelos né e o que que eles vieram se tornando que essa segregação esse confinamento a cronificação dos doentes mentais né e excluindo da sociedade daqui a gente já parte um pouquinho mais para a questão dos anos 70 que é
quando inicia esse processo de transformação né desse modelo asilar então a gente dá o início essa questão da reforma da assistência psiquiátrica E aí a gente tem as conferências nacionais de saúde mental que são muito importantes Então vão acontecendo as conferências E aí vão tendo algumas experiências né pioneiras então a gente fala lá de 1987 a criação do primeiro Caps né que é o caps daqui de São Paulo que é o caps Itapeva ou Cerqueira César a gente tem em 1989 também lá as experiências de Santos né então a gente vai tendo algumas experiências pioneiras
Mas o que eu queria chegar aqui é que aí foram tendo algumas portarias ministeriais e com essas portarias a gente tem a portaria 106 de 2000 que é a que cria e regula e regulamenta o serviço de residências terapêuticas tá então a gente vai falar né Um pouquinho agora do serviço para a gente não ficar em outros contextos porque o objetivo é falar do serviço de residência terapêutica Mas a gente não pode esquecer da lei 10.216 de 2001 que é o que dá o embasamento para todos os nossos cuidados e direcionamentos da saúde mental Então
a gente tem alguns desafios e e transformações né a institucionalização ela trouxe consequências graves para os portadores de transtornos mentais E por que que eu falo disso porque são essas pessoas que ficaram institucionalizadas que vão chegar nas residências terapêuticas Então como que é o perfil dessa pessoa né como será que é o perfil de uma pessoa eu tenho lá na residências uma pessoa que passou 55 anos em personalizada eu tenho outra que passou 30 anos eu tenho uma Senhorinha que depois a gente vai falar mais para frente que tem 86 anos e que passou a
vida e personalizada né ela nasceu foi para um orfanato depois foi para uma instituição de abrigo depois foi para os hospitais Então como será que é o perfil dessas pessoas que tiveram muitos anos de personalizado né E aí a gente fala dessa organização da rede então quando a gente vai falando dessa transformação a gente tem tudo uma Rede organizada né de serviço de saúde mental e ela vai englobando todos esses serviços que fazem parte da rappis e o serviços de residência terapêuticas estão ali e fazem parte de todo esse contexto um dos Desafios já começando
falando dos Desafios né é como que a gente estrutura esse serviço de residência terapêutica Então como que a gente chega nesse serviço né o coordenador faz o que ele dentro né é um serviço é uma casa a gente vai atuar como casa como que é isso E aí a gente vai dando uma olhadinha aqui só um pouquinho voltando é que acho que eu pulei um pouquinho é o importante falar né dessas pessoas que tiveram a institucionalização é o como a gente faz o oposto que é a desinstitucionalização então Estas pessoas estavam institucionalizadas durante muito tempo
e aí ela sai dos hospitais saindo dos hospitais Elas têm a Deso hospitalização né com a Deso hospitalização elas vão para esse serviço de residência terapêutico vão para família enfim né Tomam os diversos caminhos mas como que a gente faz a desincionalização porque saindo do hospital não é uma desiste né quando ela sai ela tá desde hospitalizada o processo de desinfestralização começa quando ela chega nesse novo habitar né seja com a família seja não serviço de residência terapêutica seja morando sozinha se ele tiver condições enfim né nesse mundo que a gente vai trazer aqui tá
E aí só para falar aqui que é adicionalização ela é uma parte de um processo de transformação Então ela é muito importante então quando a gente fala de serviço de residência terapêutica a gente não pode esquecer dessa questão da desincionalização eu acho que é uma coisa que a gente tem que ter em mente né então o que que eu faço ali dentro né como que é as pessoas que ajudam nessa residência atuam com essa questão da desinstalarização né isso tem que ficar bem claro né O que é uma desinch né O que que ela implica
naquele morador que tá lá é como que é o papel das pessoas que estão ali para dar suporte como que é a rede como que é a intersetoriedade então assim como que a gente vai fazendo tudo isso para esse novo rumo esse novo contexto de vida dessas pessoas então aqui só trazendo um pouquinho né do que ele traz essa questão da atenção é psicossocial como esse balizador dessa dessa dessa mudança né dessa mudança de curso ele vai estruturando em três eixos ali só para a gente pensar porque é um dos eixos é o morar é
o habitar né é o conquistar os nossos territórios da cidade que é tudo que a gente faz dentro de uma residência terapêutica né Então como que a gente vai fazendo para promover a conquista de novos espaços e essa inserção social do novo morador que chega ali como que a gente faz a gente consegue garantir essa questão do território né dessa atenção social a troca de identidade desconstruir estigmas Então são muitos desafios que a gente vai conversar aqui hoje e produzir esses valores né de ampliar laços potencializar capacidade Então como que a gente vai trabalhando isso
enquanto o serviço de res idência terapêutica sempre pensando que os residenciais são dispositivos estratégicos nesse processo de desinstitucionalização então assim é a residência terapêutica é um dispositivo muito importante dentro da Habib's esquecer disso que a gente está ali e a gente é né assim o macho ali da desinstitucionalização acho que é o reflexo é a Como que fala assim é o que é mais precioso ali né a gente tem os outros serviços que vão compor com a gente mas é trabalhar esse morador fora né o morador ficou tanto tempo dentro de uma instituição e trabalhar
com ele numa residência terapêutica é um processo muito desafiador é um processo muito também gostoso né de se ver as potencialidades de se ver A Conquista de se entender porque que aquelas pessoas ficaram tanto tempo e personalizadas com a potência que tinha né então isso também é muito importante então acho que assim é todos todos nós acho que a gente tem poucas coisas sobre serviço de residência terapêutica né então eu convido a todos para que a gente começa a falar mais isso para que a gente dê mais visibilidade a isso porque é muito importante que
usa srts ganha essa visibilidade é um serviço importante né então é um serviço em que a gente acaba trabalhando eu não sei como que estão nos outros territórios aí agora com essa questão das políticas né de saúde mental mas a gente acaba trabalhando muito solitário Então a gente tem que se unir mais a gente tem que mostrar a potência que é esse serviço porque é um serviço tão bonito é um serviço tão legal né e é muito importante para essa questão da desincha E aí a mudança né então ali a gente tinha né aquela questão
lá dos hospitais E aí vai surgindo ali nos anos 90 essas questão dos espaços né para essas pessoas como que elas saem desse hospital o que que a gente vai fazer com essas pessoas agora só para falar do surgimento das residências então nós tivemos alguns serviços Pioneiros então Porto Alegre Campinas Santos tinham lá os seus lares abrigados as pensões protegidas né as moradias extras que eram esses nomes das residências lá na década de 1990 e aí a gente tem a portaria 106 né de 2000 e aí a gente vai tendo uma questão já da modalidade
assistencial né que não existia ainda no SUS mas a gente já vai tendo uma mudança de nome de nomenclatura uma coisa mais que as pessoas têm que todo mundo segue mais ou menos né Lógico cada um passou singularidade mas que a gente tenha uma proposta de ideal para essas pessoas que estão lá então o que equipamentos que dispositivos de saúde nós vamos trabalhar no território com quem a gente vai fazer a setorialidade né Então como que a gente vai trabalhar com isso então vai se tornando obrigatório meio que um serviço que realmente faça esse papel
E aí com essa portaria de 106 de 2000 é todas essas residências que tinham outros nomes outros nomes passam a ser chamados serviços de residências terapêuticas tá então aí surgem os residenciais terapêuticos E aí o que que são esses residenciais terapêuticos então eles são essas moradias que eles são inseridos na comunidades e ele é destinado as pessoas com transtornos mentais crônicos com necessidades de cuidado de longa permanência que foram egressos de internações psiquiátricas ou de hospitais de Custódia né e que não tem mais suporte financeiro que não tem suporte social que não tem laços familiares
e que eles não conseguem se inserir de outra forma então eles são indicados para o serviço de residência terapêutica tá o objetivo do serviço de residência terapêutica Essa é um espaço de moradia então ele tem que ser esse espaço de moradia de convívio social de reabilitação psicossocial e de resgate de cidadania do sujeito né então ali dentro a gente promove os laços afetivos essa reinserção no espaço da cidade a reconstrução de referências familiares quando a gente consegue porque quem trabalha sabe que é muito complexo isso mesmo tendo familiares Muitos não querem contato com os familiares
né tem os projetos terapêuticos singulares que é articulado pelo Caps de referência então todo o serviço de residência terapêutica ele é referência de algum Caps ali próximo né o nosso aqui na região do Butantã é que fica aqui em São Paulo ele é de um de um referenciado a um Capes de da administrado pela diretas né o nosso Residencial ele é administrado pelo uma organização social que é a SPDM Então como que a gente faz também quando tem essa diferença né quando um dos dispositivos é administrado pela prefeitura ou outra é de Oeste como que
a gente faz essas articulações são mais fáceis são mais difíceis tudo isso a gente vai conversar um pouquinho aqui hoje aqui só para a gente ter algumas das políticas né alguns da das portarias das leis né que nos ajudam a entender um pouco melhor essa questão da residência terapêutica E aí a gente vai falando um pouquinho já dentro da residência né então muitas pessoas acham assim bem conversar comigo e falam Ju tem um vizinho tem um voo tem né É um parente que é assim será que a gente não consegue uma vaga na residência e
eu sempre falo a locação de vagas no serviço de residência terapêutica ele é feito pela área técnica de saúde mental da Secretaria Municipal de Saúde né então quando tem uma vaga nos residenciais a gente aciona né a supervisão técnica de saúde que fica ali com a gente e aí a gente sinaliza para eles que tem uma vaga e eles têm lá uma lista de pessoas que que são elegíveis para o serviço de residência terapêutica que a gente vai ver aqui que tem um perfil que é elegível para essas residências tá então ela não vem pelo
coordenador que tá ali no serviço de residência terapêutica ela bem via área técnica de saúde mental tá e a Secretaria Municipal de Saúde E aí como que é né Quais são as pessoas elegíveis então ter vivido ou seguindo Vivendo por dois anos ou mais ininterruptos em instituição caracterizada como Hospital terapêutico né então ou então pessoas que viveram no hospital de Custódia tá pessoas que recebem determinação judicial né após decisão do juiz e pessoas que estão em situações de vulnerabilidade essas pessoas que estão em situação de vulnerabilidade é um pouco mais complexo Porque elas precisam tentar
outros dispositivos do território até chegar no serviço de referência terapêutica então uma coisa que me pergunta assim o CAPES né às vezes alguns algumas colegas de caps Falam assim ah mas tem um usuário que assim né ele tem todo perfil para residência Será que a gente consegue então sempre fala assim ó a gente precisa tá é todos os meios que a gente tem e ter tudo isso registrado então eu tentei no CTA eu tentei né tirar o benefício ele tentou morar sozinho não conseguiu e eu tenho que ter tudo registrado de tudo que nós fizemos
por esse usuário para então conseguir falar ali A não ser que seja uma vulnerabilidade muito né caracterizada assim né que corre risco de vida mas essas outras a gente tem que estar bem embasado com os dispositivos de saúde ali do território o que é que a gente fez Quais são as articulações que a gente fez para conseguir uma uma vaga na residência terapêutica E aí é a locação dessas pessoas dentro do Residencial eles tentam sempre respeitar os vínculos constituídos no período de internação então é interessante às vezes chega para residência dois moradores de um mesmo
lugar né E aí ele já chegam com vínculo diferente na verdade eu tava até pensando agora no perfil dos que eu tenho lá muitos deles Realmente são grupinhos que vieram do mesmo da mesma instituição né a gente preza né pela existência de alguma referência familiar no município Às vezes isso não é possível então eu tenho moradores de outro município ou o município de nascimento né então às vezes isso não é possível então a gente eles acabam sendo alocados em outro município mas sempre tentando respeitar essas essas questões né do município de nascimento do município de
residência né Para que aquela pessoa já conhece aquele lugar né para que ela consiga se sentir mais à vontade no território já conhecido do que para um desconhecido mas quando isso não dá elas acabam indo para outro município Aqui é onde eu vou passar um pouquinho mais rápido porque porque aqui tem o eu não sei se em todos os lugares eu acredito que em todos os lugares eles tenham a mais ou menos a mesma característica né que é do Coordenador com uma carga horária de 40 horas semanais os Assis que são os acompanhantes comunitários E
se for uma residência do tipo 2 um técnico de enfermagem de 40 horas então isso pode variar tem algumas srts no caso a minha eu faço 20 horas em cada uma né então algumas ainda do Município de São Paulo seguem Esse regime de 20 horas do Coordenador tá é agora já os acompanhantes comunitários e o técnico já é mais fechado Nessas questões aqui e o que que eu ia falar disso daqui é que tem um protocolo da Prefeitura de São Paulo de 2021 Então se vocês jogarem lá na internet o protocolo São Paulo de serviço
de residência terapêutica ele traz todas essas questões que eu vou passar um pouquinho mais rápido tá então aqui ó o que que o coordenador faz e é interessante depois interessante que quem tiver assistindo valer né E quem trabalha é muito interessante que muita das coisas que estão ali a gente não faz na prática né então ficaria numa teoria então o quanto é por isso que eu falo o quanto a gente precisa se mostrar né trazer essa potência dos residenciais para que a gente consiga fazer um protocolo mais adequado para o nosso serviço né então assim
mas nenhuma Líder é interessante porque ele traz que nem as funções né norteadoras do coordenador de uma SRT é as funções norteadora tão técnico de enfermagem do acompanhante comunitário né como que é que ele precisa fazer E aí ele traz também os tipos e modalidades ele fala várias coisas sobre o serviço de terapêutico É bem interessante dá uma olhada aqui também vou passar mais rápido mas só para mostrar que a gente tem duas modalidades né a modalidade é do tipo 1 e a modalidade do tipo 2 então a modalidade do tipo 1 é com o
menor grau de dependência tá E aí a gente vai ter umas características do tipo ah não é necessário ter um técnico de enfermagem na modalidade do tipo 1 ah são oito moradores né poder chegar até 10 Então como que a gente vai fazer isso a única coisa que muda mais aí é essa questão do grau de dependência e a questão do técnico de enfermagem então aqui ó no tipo modalidade do tipo 2 então ele já tem um nível de dependência né uma função mais comprometida então precisa de cuidado mais específicos Então eu preciso ter Principalmente
um técnico de enfermagem para dar uma assistência aos acompanhantes comunidades E aí agora nós vamos para os desafios de um serviço de residência terapêutica e eu gostaria de saber quem daí tem os mesmos desafios tá Então vamos lá então é usa SRT eles são dispositivos estratégicos nesse nesse processo de tonalização e esse caracteriza eles caracteriza como um serviço que deve ser prioritariamente locais de moradia e não de tratamento então ele não é um serviço especializado né Ele é um serviço de residência então isso precisa ficar bem claro então um dos Desafios que a gente já
começa a ver é que às vezes as pessoas né o território se ele não tiver uma boa rede de assistência social a gente acaba assumindo esse outro papel de rede especializada então a gente não pode deixar que isso aconteça tá porque a residência é para funcionar como uma residência o coordenador de uma residência terapêutica apesar de ter muitas muitas profissões que podem ser então que nem eu sou enfermeira é mas tem psicólogo tono educador físico né enfim existem outras profissões que também podem ser coordenadores né basta ter ali o nível superior nível superior então a
gente precisa tomar cuidado porque se o território não tiver bem articulado a gente acaba assumindo essa outra função de serviço especializado E aí acaba transformando a residência num serviço então isso é muito importante tá E aí já falando dessa questão né é um serviço ou é uma residência e isso né traz muitos questionamentos Então por que que eles chama serviço de residência terapêutica ele chama serviço de residência terapêutica justamente para justificar e viabilizar a sua inserção no Sistema Único de Saúde tá então a princípio ele ia ele tava no processo de ser da promoção e
da Assistência Social porém com avanço da política e aí se eu não me engano na história lá ciência social tava ocupada com outras coisas eles estavam com uma outra coisa para assim que eles estavam lutando junto né com essa questão E aí começou a evoluir a política e o tratamento Ele foi indo para essas condições de saúde mental então ele entrou nessa política de saúde e aí eles foram incorporados né no Sistema Único de Saúde e passaram um serviço parte integrante da política de saúde E aí para se adequar aos padrões de diretrizes do SUS
eles precisavam mudar a denominação E aí incluir essa palavra né serviço Então essa inclusão da dos serviços de residência terapêuticas no SUS né ele ele traz também essa questão de precisava atender padrões e diretrizes estabelecidos pela Sistema de Saúde então a formação é capacitação dos Profissionais de Saúde né envolvidos a estruturação do serviço a qualidade do que tá saindo prestado ali dentro né então qual é o tratamento qual é a qualidade de tratamento que a gente oferta ali dentro da residência então às vezes me perguntam né Ah mas aí então ali é um serviço então
a gente precisa atuar como serviço não ali é uma residência a gente precisa atuar como residência é um exercício Principalmente para o gestor bem complexo porque às vezes a gente precisa pensar com uma cabeça de serviço nos canais que estão ali né então a gente tem que fazer Escala a gente tem que ver como que eles estão ajudando os moradores dentro da residência a gente tem que prover algumas coisas ali dentro da residência para que não falte nada né se Assembleia tá acontecendo você não tá então a gente vai fazendo né todas essas pontes e
a gente vai tendo essas questões do serviço mas sem descaracterizar a residência então é um exercício que a gente faz diariamente principalmente nas residências onde eu atuo que é de pensar isso junto com os Assis e junto com os técnicos de enfermagem né ah tal morador saiu e bebeu cerveja tá se fosse a gente na nossa casa como é que a gente ia atuar Ah tá um morador saiu e se perdeu será que é legal deixar ele sair então as pessoas que não tem transtorno psiquiátrico podem sair e se perder podem O que que a
gente faz se alguém perder Ah vai na delegacia então beleza então a gente vai fazer a mesma coisa com o morador né então ele não vai se privar da Liberdade porque ele saiu e se perdeu né Ah ele não vai ah ele quer tomar uma cerveja Então a gente vai conversar com o médico pode tomar cerveja sem álcool ela não quer sem álcool Então pode tomar cerveja não pode como é que a gente vai fazendo essas coisas dentro da residência para que aquilo não se transforma se não se transforma em um serviço tem uma coisa
que a gente vai falar que é o Manicômio de fuso Então como é que é como é que a gente faz para não transformar o serviço de residência terapêutica em um Manicômio difuso E aí parece tão óbvio né a gente fala assim ah Júlia não é uma residência né não tem como transformar numa tem gente tem aonde tem pessoas têm relação de poder aonde tem pessoas tem pessoas que acabam ao invés de fazer amor horizontalização acaba indo por uma questão mais de hierarquização então assim a gente precisa tomar muito cuidado com isso tá E aí
fazer aquela aquele exercício de que quando ele sai do da instituição ele sai aqui dentro né dentro da residência na desinstitucionalização nós precisamos fazer essa desconstrução e fazer essa ressignificação das questões de vida dessa pessoa porque senão ele vem com hábitos que ele tinha na instituição e a gente vai potencializando esses hábitos ao invés de retirar E aí como que a gente garante que o serviço de residência terapêutica não faça essa reprodução né dessa lógica manicomial que que a gente faz ai Juliana né Assim eu vou contar uma experiência que eu tive que é quando
eu cheguei lá nessa residência eles comiam de colher né A gente só toma um pouquinho de água quente eles comeram de colher e aí eu lembro de falar com a equipe né Então que tal a gente tentar de garfo e faca né para eles ah não mas não pode pegar a faca porque as facas ficam guardadas lá no fundo a nossa eu tenho uma experiência com um outro morador de outra residência que a maioria dos acesas acabam fazendo vinculo em outras residências né que uma moradora pegou o garfo e acertou a perna da outra morador
lá então aqui também não é legal a mesma coisa dos copos né todo mundo com caneca de plástico porque porque um morador é um tempo atrás jogou um copo de vidro jogou um prato no chão Enfim então como é que a gente vai tirando essas questões né que parecem simples mas que bem essa questão da periculosidade do estigma que vem dessas questões do manicômio então assim a princípio né a gente comprou lá os garfos que eram mais arredondados na ponta mas eram né questão do garfo da faca que aquela faca ela corta mas ela não
é aquela faca mais afiada né ah os copos Vamos colocar copos ali para as pessoas né e os próprios moradores tinham dificuldade disso então a gente colocava garfo e faca na mesa ainda onde acontece isso coloca garfo para cá na mesa eles vão abre a cabeça pega mulher né porque é mais fácil já estão acostumados com isso então assim não é só por lá na mesa e falar agora vai que é tua né Não eu tenho que ensinar eu tenho que estimular Eu Tenho que elogiar eu tenho que reforçar positivamente para que essas pessoas transformem
esses pequenos hábitos né numa realidade do dia a dia tá Então como que a gente faz nessa questão né os moradores estão ali né perderam espaço né eles são em busca dessas questões da subjetividade que eles perderam tantos anos né ficando nesse Hospital como é que eu trabalho isso com eles né como é que eu faço para que eu não deixe ele deitado numa cama o dia inteiro né Para que eu consiga inserir ele não território eu não sei uma questão de morador é que ele ia ele vai né no supermercado próximo da residência e
o segurança olhava meio torto para ele porque ele ia todo dia e aí ele ficava andando entre os corredores né que é um hábito dele ele gosta muito de andar E aí parece que uma vez um ACC foi nesse mercado e o segurança estava brigando com o morador então assim da gente ia até esses lugares conversa com as pessoas que estão lá onde ele vai assim direto nesse Supermercado pessoal já conhece nós vamos com a maioria dos moradores nesse mercado então é muito mais fácil né mas como é que a gente vai trabalhando o território
para chegar dessas pessoas que estão ali também né e que de certa forma é trabalhar na cabeça das pessoas que estão ali o quanto isso é importante né Essa essa inclusão desses moradores ali naquele território e se a gente for falar de inclusão bicho eu tenho várias questões assim várias desafios né seja de alugar uma casa para um serviço de residência terapêutica e aí a gente tem a questão né da região que precisa alugar E aí tem a dificuldade porque quando você fala é interessante quando eu falo que é um Ah é como se fosse
um asilo as pessoas Ah então beleza quando você explica o que é o serviço a maioria dos proprietários desistem não alugo né eu já estudei falar isso desvalorizo território né então como é que a gente vai trabalhando o território tem uma casa que fica no lugar mais nobre dali da região do Butantã e tem uma praça linda na frente e aí os acessos começaram a sair bastante com os moradores E aí outro dia uma moradora que participar de uma ginástica de um grupo de senhoras que tava fazendo ali foi muito legal que aí a senhora
meio que olhou no meio torto mas assim foi participou foi legal né Então como que a gente vai introduzindo ele nesse território isso dá uma mãozinha só que só para eu E aí também um outro desafio né Acho que muitos devem ter porque Vira e Mexe a gente vai perguntando trocando experiência é como que é a relação dos smts com os cabos de referências né a gente Às vezes tem algumas dificuldades nessa questão da corresponsabilização então é como que a gente vai trabalhando além dessa questão do CAPS os outros dispositivos né então assim como que
é determinado quem tá em crise vai para o caps 3 ou vai para o pronto-socorro que tá ali próximo né ah mas o meu território que é uma realidade do meu território eu só tenho um Caps Dois E aí a gente faz articulação com outro território próximo como que a gente vai fazendo isso né a UBS não dá conta de atender a OBS não conhece o nosso morador não então vamos levar para o caps tá com uma RH reduzido não consegue atender hoje E aí como que a gente vai trabalhando essas questões de articulação dentro
da rede não isso também é um desafio para o Sr ETs né então esses moradores que estão ali o técnico de enfermagem é referência de quem é referência da enfermeira que tá no Caps como que ela faz essa referência se ela não às vezes não vai no SRT né como que eles discutem essas relações Então como que a gente vai fazendo essa questão da corresponsabilização pelo cuidado desses moradores Então isso é uma outra dificuldade que a gente tem um outro desafio então organizar uma casa é um trabalho delicado né E aí a gente tá falando
dessa moradia que tem nome de serviço e aí a gente precisa trabalhar com cada morador né para ele chamar de sua casa mas também tem que se adotar aquela regra mínima de convívio de higiene de ambiência porque senão vira bagunça mesmo então assim uma das residências é uma residência masculina e aí você não tomar cuidado os meninos fazem xixi no Jardim né não lava a mão vai lá e Mexe uma comida do outro então como é que a gente vai trabalhar nessas regras mínimas de convívio né como que a gente vai colocando nome Ah isso
daqui é deste morador então não pode mexer né você quer vamos comprar para você a gente coloca seu nome e aí você não mexe no do outro você come o seu então assim tudo isso a gente precisa pensar dentro da residência tá deixa eu ver aqui mas Então como que a gente vai parte fazendo os moradores participarem Um Desafio eu coloquei aqui que é interessante porque nós precisamos fazer né como o serviço de residência terapêutica as assembleias então se eu tenho moradores que tem um grau de autonomia maior eu consigo trabalhar a assembleia se eu
não tenho essas assembleias vão ficando mais difíceis e a gente vai colocando coisas ali para eles para que eles consigam participar Então a gente tem né numa casa eu tenho desses moradores mais masculinos a maioria deles não querem participar da Assembleia Mas aí você chamam a gente chama eles vão participam às vezes não querem falar aí um começa a falar eu quero Fanta aí otário eu quero cachorro quente e aí a assembleia vai ficando por meio disso então nós vamos trazendo algumas temáticas né ah hoje vamos falar da distribuição de atividades aqui dentro da casa
aí aí um falar mas eu né lavo muita louça aí eu vou te falar mas eu posso ajudar Ah mas aquilo lá não faz nada e quem não faz nada e fica deitado como é que a gente trabalha com isso um exemplo legal que eu queria trazer aqui da Assembleia essa questão dos Assis né eu tenho podia ser uma das residências e eu tenho uma moradora que é uma deficiência auditiva E aí sempre que a gente faz a assembleia ela tem um pouquinho mais dificuldade porque ela faz leitura labial mas às vezes a gente acaba
falando mais rápido um morador fala mais rápido e ela não ela não consegue pegar então a gente olha para ela ela se faz assim ó cocada porque ela sabe que tá fazendo ali a assembleia que que estão falando de comida porque eu acho que é uma pergunta que as pessoas fazem não o que que você gostaria de comer que que você gostaria que nada na residência e aí um dos Assis teve a ideia de dar um papel para ela escrever então assim parece coisa simples mas é uma coisa super importante para a inclusão ali né
é devia ter trazido uma foto que é muito legal essa questão da da escrita dela ali então além da Cocada parecendo outras coisas né então apareceu que ela queria chiclete Apareceu É que agora não vou lembrar de cabeça mas aparecendo outras coisas então assim como que a gente vai tornar essas assembleias mais produtivas né com essas pessoas têm menos autonomia outra coisa reunião com a equipe né também a gente precisa fazer essas reuniões com a equipe o apoio matricial com esse Cap de referência Então nem sempre isso dá certo Então como que a gente faz
quando é um dos equipamentos não consegue suprir essa necessidade como que a gente faz essas discussões e a gente vai trabalhando isso respeitando a limitação de cada um mas sem perder a essência do que é o Residencial porque senão a gente vai perdendo essa essência e as pessoas que estão no Residencial vão ficando mais abandonadas então o supervisor se ele não se colocar nesse lugar de ó eu não sou uma um serviço especializado eu sou um gestor de uma casa aqui que a gente precisa um serviço não dá conta mas o que que ele dá
então se ele não dá para quem que a gente vai né pedir ajuda então a gente precisa fazer essas articulações senão a gente vai assumindo cada vez mais coisas que depois a gente tá ali bem solitário né E tá transformando a residência no lugar de serviço mesmo tá a questão dos projetos terapêuticos singulares é super importante de falar porque o projeto terapêutico singular quem tiver interesse tem uma live muito legal da Nazaré que ela fala dessa é uma professora do Senac que fala de terapeuta singular e fala que a construção desses projetos não é assim
a vai no Caps duas vezes na atividade de música não como é que a gente trabalha autonomia e como que a gente avalia esse projeto né então assim é uma pessoa que não sai da casa tá então vamos colocar aqui ele quer ir para o caps não ele não quer mas ele quer ir para onde ele quer ir para lugar nenhum quer ficar deitado tá como que a gente vai trabalhar essa questão dele deitado né ah é alguém que se queixa de dor então será que a gente né ele tem um benefício a gente consegue
chamar uma fisioterapeuta seja da UBS ou seja particular para atender aqui será que um acompanhante terapêutico faz sentido para essa pessoa Então como que a gente vai estabelecendo esses projetos de acordo com os moradores né a construção do projeto junto com os moradores e com outras pessoas do serviço então a gente tá no momento bem legal bem interessante lá no botão que é essa essa questão dos projetos né Então como que a gente vai desenvolvendo isso e como que a gente vai avaliando isso porque se a gente não avaliar as coisas não vão andando né
E aí pode ser podem ser coisas simples desde uma questão mais de ah preciso levar né ao dentista Então mas assim a gente coloca lá para ver como que tá o encaminhamento disso né como que isso vai caminhando Então é isso das pessoas participarem da das atividades que acontecem no território ah né então a pessoa não gosta de ir no Capes mas gosta de ir na padaria Então tá ele vai na padaria duas três vezes por semana porque ele gosta Ah mas ele não quer ir duas vezes por semana ele quer ir todo dia ele
tem dinheiro para isso ele vai todo dia ah mas acabou o dinheiro então ele vai lidar com isso é que nem a gente quando não tem dinheiro e quer comprar uma roupa não dá né então tudo isso vai trabalhando por falar nessa questão né de trabalhar isso dele não conseguir muitas vezes essa questão de aceitar né Essa limitação eles têm dificuldade de trabalhar as frustrações com os moradores e aí a gente tem que estar junto com a equipe né então trabalhar com a frustração é igual a gente né a gente não ficar chateado gente não
fica com raiva então todo mundo igual ali todo mundo fica com raiva todo mundo fica chateado como é que a gente trabalha isso com os moradores né ah mas né determinado morador quando tá mais né quando se frustra a gente acaba ele acaba batendo na porta dando murro na porta Então como que a gente vai mostrar para ele que aquele comportamento que ele aprendeu né para mostrar a frustração dele não é o comportamento mais adequado como que a gente faz isso não é sempre importante ainda trabalhar isso no projeto terapêutico singular gente eu vou correr
aqui porque senão não vai dar tempo então a questão dos riscos né Então quais são as situações que podem ocorrer dentro de uma residência ah né Tem uma moradora que é uma dimensão de autonomia mas nós a gente tava conversando né de colocar todo mundo para ir fazer café Ah mas aí ela consegue mexer no fogão não consegue qual o perigo dela se queimar com o café ou não né que que a gente pode fazer Ah então compra uma chaleira elétrica qual o perigo de se queimar com a xadre elétrica ou tomar choque enfim são
discussões que a gente vai fazendo mas sempre nessa busca também da prevenção do risco né que o gestor vai trabalhando ali então Quais os riscos que a gente tem ali para aquela né para aquela determinada ação tem como a gente pode Minimizar isso tá Então vamos lá quando a gente está aqui eu coloquei porque a gente tem umas questões peculiares das residências né então é como garantir que essas residências tenham esses grupos esses espaços de reuniões frequentes é quando eu não tenho um Caps 3 no território para onde eu vou levar esse morador né e
é interessante que tem uma discussão recente do território onde o PS referência nosso de psiquiatria de atendimento psiquiátrico ele não entendia como crise o que a residência chamava de crise Então isso é muito interessante né assim o que é crise para o caps não é crise para o PS não é crise para residência O que é crise para residência não é crise para o caps não é crise Então como que a gente vai entrando nesse acordo do que é crise até porque por a gente morar muitas vezes a gente começa a ficar mais atenta no
comportamento daquele morador quando ele começa a se alterar então a gente consegue pegar uma crise no momento em que ela tá se iniciando né muitas vezes a gente não deixa essa crise acontecer chegar ali né num ponto mais alto de agressão ou de outras coisas então a gente consegue trabalhar isso mas a gente tem essas outras questões né Não não tá em crise não para o hospital não então já levamos moradores para o hospital que o médico foi lá e falou isso daqui não é do hospital né isso daqui é do CAPS Então como que
a gente vai lidando com esses desafios tá a gente precisa ter a passagem de área de plantão Então os acessos comunitários tem lá um livrinho onde eles passam até para a gente não se perder no que que a gente está fazendo com aqueles moradores e para garantir que todo mundo tem a comunicação né das coisas que estão acontecendo ali na residência a questão de emergência Samu é uma questão muito importante né Um Desafio muito importante para a gente então a gente tem uma grande dificuldade quando acontece alguma coisa na residência do Samba né ele acaba
tendo uma priorização de outros casos e quando é fala que é agitação ou fala que agressão eles não vem né às vezes que a presença da polícia antes enfim bastante dificultoso né mas é isso é para uma outra Live quando morre um morador da residência tem família não tem família que que a gente faz com esse morador né recentemente nós fizemos conversamos com os moradores na assembleia e fizemos um plano funerário preços moradores por quê Porque senão eles vão ser enterrados naquele no enterro comunitário Não é esse nome agora mas eu me recordo Qual que
é o nome mas é mais ou menos isso né Então aí vai lá com um cachorrinho simples né uma questão né não tem velório tem que ser enterrado rápido não tem a coroa enfim e aí a gente pensando e discutindo dentro da residência a gente ficou pensando Nossa ele já sofreram tanto na vida né então assim será que nem na hora né da Morte consegue ter uma morte digna então a gente optou por fazer um plano funerário para os moradores da residência mas a gente sabe que isso não é realidade em todos os lugares né
E aí tem um óbito assim tem uma baita de uma burocracia né a gente já teve um morador que teve um óbito na casa precisa fazer boletim de ocorrência a polícia vai lá e é difícil porque todos os moradores estão da casa eles estão olhando que tá acontecendo Então é bem complexo essa questão do óbito da casa então a gente precisa ficar atento algumas coisas então Quais são as estratégias né Para a gente permitir esse vínculo de confiança dos profissionais né com os moradores Quais são os profissionais de referência de cada morador como que é
esse projeto terapêutico individual ele muda a cada a cada quanto tempo como é que a gente faz como é que a gente faz com aquele morador que é cadeirante com aquele morador que não não fala como é que a gente faz esse projeto né como que a gente faz esse respeito a noção de casa para cada um dos moradores né Então como que a gente vai fazendo essas questões né dos riscos de acidente então tem uma série de questões da organização da casa que a gente precisa pensar a questão da curatela né então tem uma
moradora que a mãe não faz o repasse né da cura dela fala vocês que a arcan com todas as despesas da moradora e assim não entende o quanto isso é direito do morador né não é uma questão da residência dele é direito dele então como que a gente faz com essas questões para curar a tela né como que a gente faz para não Tutelar esses moradores que são mais que tem menos autonomia né então esse daqui era mais para a gente falar disso mas pelo tempo não vai dar tempo eu vou falar disso e depois
eu só vou para uma outra parte que é dos moradores só para falar uma para a gente fazer um fechamento os Assis que são os acompanhantes comunitários eles são a linha de frente de quem tá ali todos os dias com os moradores cuidando dos moradores ajudando os moradores desenvolvendo várias habilidades nos moradores então assim eles são nossa linha de frente nosso braço direito dentro do residencial mas a gente precisa ficar atento porque porque essas pessoas elas acabam tendo valores diferentes e aí a gente muitas vezes eles vão para uma questão que é de Conduta deles
os valores deles né Nessas questões deles não conseguirem muitas vezes visualizar que ali é uma casa né então assim a gente vai trabalhando com eles então ao mesmo tempo que eles são nosso braço direito e nossas questões importantes ali da casa ele também precisa ser trabalhado ele precisa ser ele não tem uma formação de saúde mental então a gente precisa discutir com ele porque que é importante na hora do banho a gente deixar um morador tomar banho sozinho ai mas é mais rápido quando eu vou porque senão ela só fica embaixo da água sim mas
a gente tem que deixar ele toma banho sozinho né Ah mas aí ele não lava debaixo do braço então uma vez você vai falar ó vamos lá lembrou de lavar debaixo do braço né fez isso fez aquilo Ah mas ele treme muito para comer sim ele M ele vai demorar mais um pouco mas ele precisa comer sozinho então assim a gente precisa tomar cuidado porque senão essas coisas dos acompanhantes comunitários começa a virar uma tutela junto com o morador ali tá então é importante é isso que ao mesmo tempo que eles têm um trabalho maravilhoso
se a gente não cuidar direitinho eles acabam tutelando o morador E aí aqui dos benefícios eu queria só falar dessas questões aqui ó e aí a gente já vai para o final para a gente poder ter pergunta o horário habitar né então a gente fala assim Nossa esse morador ele ele tá numa casa então é a casa da família dele ele fica super feliz quando ele chega na residência e não né então assim é interessante ele sair da desinstacionalizado é mas quando ele tá há 30 anos numa instituição a gente tem que pensar que ele
acostumou a morar ali ele acostumou com as pessoas dali a gente tira ele dali Coloca ele numa residência com um monte de pessoas estranhas no qual ele não escolheu estar né porque eles não escolhe a residência para qual eles vão Então assim ah mas eles vivem que nem uma família eles têm muita amizade um para o outro eu acho que cada residência singular nessa questão mas assim não eles não se tratam como uma grande família né ele se trata como pessoas que dividem o mesmo espaço então quando um tá doente uma internado sempre perguntam como
que ele tá então assim ele sempre falta um do outro mas eles se tratam como amigos né porque a gente tem esse imaginário de que ah eu morava o habitar né tão lindo assim você habitar uma casa você transformar isso né não significado seu né você é pôr a sua carinha naquela casa é importante mas também não dá para arrumar Romantizar e falar assim ó todos os que estão lá na residência né fazem da casa ali a casa deles não né então a gente precisa trabalhar isso com ele isso é um Desafio também para o
morador né questão de direito à cidadania é o que eu falei da certidão tardia né da curatela dos benefícios o programa de volta para casa né Tem moradores que são elegíveis e não tem como que a gente corre atrás disso tá então a gente vai pensando nisso enquanto a gente vai dentro da residência e quando a gente está dentro da residência a reabilitação social Então como que eu faço né Essa questão da contratualidade Como que eu faço essa reabilitação Como que eu faço esse poder contratual né como que a gente faz as trocas com os
moradores aqui só como né O Poder dele quando ele tá na edição é que é nulo mas aí só para trazer aqui para vocês então assim o funcionamento da residência ele é desafiador eu tenho certeza que se tiver muita gente que é de residência terapêutica vai se identificar com as coisas que a gente foi trazendo aqui é o que eu falo existem muitas questões para serem trabalhadas com esse tema de residência terapêutica a gente precisa se unir a gente precisa trazer mais né à tona é esse serviço que é tão importante o serviço que o
coordenador faz que é extremamente importante que o ac faz que é extremamente importante que o técnico faz que é extremamente importante e que o morador passa ali que é extremamente importante então a gente precisa falar mais disso vocês viram que eu tive que correr aqui porque são muitos assuntos né e a residência é isso né são muitos assuntos eu agradeço a gente vai passar para as questões se vocês precisarem falar comigo você não der tempo de falar ou se quiserem os slides que acabou passando mais rápido eu deixei o meu e-mail que é o Júlio
ruiz@bol.com.br e se quiserem também eu deixei o LinkedIn porque eu publico bastante coisas a respeito de residência então de curatela tudo que eu tenho vivenciando na residência que eu acho interessante eu vou escrevendo algumas coisas lá no Linkedin então para quem tiver interesse tá aí meu LinkedIn tá bom obrigado e vamos para as perguntas senão a gente vai passar muito do horário vamos lá delmo sim Professora Muito obrigado né por esse momento a gente viu aqui comentários do pessoal de diversos lugares do país E aí falando que a professora tem um domínio da temática né
eu já assisti outra aula da professora e já sabia sobre isso a professora realmente traz aí uma perspectiva sobre a temática muito boa alucinando questões que algumas inquietações que a gente fica mas que no decorrer da fala né já sou bem bem esclarecidas a gente teve alguns algumas perguntas também eu vou ler aqui a primeira do Henrique que ele colocou assim gostaria de perguntar a professora com o fechamento dos hospitais psiquiátricos que quem se torna público ao dos serviços residenciais terapêuticos se não temos mais egressos de internação de longa permanência então agora quem está mais
na fila né quando vão acabando esses essas pessoas são ingressas eles estão na Casa de Custódia então agora quem tá prioritariamente na fila para vir para o srts São pessoas que estão nos hctps que são hospitais de transtorno psiquiátricos né são as casas de Custódia Então são eles que estão agora nessa fila então com a agora que alguns egressos né a gente já conseguiu meio que finalizar isso quem tá na fila são esses hospitais e tem muita gente de hospital de Custódia tentando o serviço de residência terapêutica então a gente ainda tem um número muito
pequeno de residência terapêutica para número de pessoas que precisam desse serviço Obrigado professora tivemos uma um comentário da Aurora e logo em seguida uma pergunta da Silvia Aurora colocou assim que fica preocupada com a segurança da residência terapêutica e dos moradores Porque como não é um serviço e se uma residência não tem vigia o segurança e aí a Silvia colocou em seguida que se tiver um vigilante ou segurança descaracteriza uma casa não é mais um serviço o que que eu penso né assim Lógico que a gente também já pensou em algumas questões assim Principalmente quando
a gente pensa em alguns moradores que acabam tendo algumas limitações maiores e a gente tem um pouco mais de dificuldade de manejo né pensando que são os acompanhantes comunitários que ficam 24 horas né na casa eles vão fazer no plantão de 12 como que a gente também Evita o risco dele se acidentarem com relação a isso então assim se a gente falar de vigia e segurança a gente traz de novo à tona aquela questão do estigma que é é todo é toda pessoa que tem doença mental ela é perigosa né de periculosidade então a gente
pensa nisso né Será que precisa de um vigia para essa residência porque né ele tá agitado então se ele tá agitado Ele tá em crise se ele tá batendo Ele tá em crise então a gente precisa procurar qual é a rede Qual é o dispositivo que vai ajudar a gente nessa crise tá professora a Jonas o Jonas colocou em seguida como psicólogo né dentro da Resistência terapêutica Então o que eu falei do psicólogo é que às vezes os coordenadores os coordenadores né precisam ter nível superior e aí a maioria do serviço terapêutica tem como coordenador
os psicólogos o psicólogo não atua ali dentro da residência o que ele faz é se tiver necessidade a gente leva para um serviço né para um dispositivo que tem o psicólogo tá a gente não tem o profissional atuando dentro da residência quem às vezes atua dentro da residência para ajudar a gente é o acompanhante terapêutico a Ju mas sei lá né de repente tem alguém que não tem autonomia e precisa do psicólogo aí a gente fala com o psicólogo do CAPS E aí o caps vai ajudar a gente ah o Centro de Saúde escola tem
psicólogo né se não for uma questão de caps então a gente fala que o Centro de Saúde escola e a gente vai articulando com a rede mas dentro da residência não tem se tiver eu como enfermeira né minha colega como psicóloga ali dentro Eu sou a gestora da casa eu não sou a enfermeira Juliana né assim como ela não atua como psicóloga gestora da residência que ela tá ali a gente teve também uma pergunta da Flávia da Ana Flávia que ela colocou que mora em São Caetano do Sul que não existe uma casa terapêutica no
município ela Pergunta se todo o município tem uma ou mais casas terapêuticas bem só aqui em São Paulo até na verdade eu ia colocar nos slides como que a gente tinha essa distribuição porque se eu não me engano no site da prefeitura tem né dos municípios tem essa questão dos srts aqui em São Paulo a gente tem 73 srts desses 63 a gente tem 180 686 moradores né E só na região oeste que é a região que eu trabalho daqui do Município de São Paulo são oito SRT sendo dois desses o que eu coordena né
então são 67 moradores só nessa região da zona oeste ali e assim é se você pegar pelas regiões é uma das regiões que menos tem ali né Essa RPG o centro e a zona oeste ainda tem menos do que as outras regiões daqui do Município de São Paulo Obrigado professora estamos se encaminhando já para o encerramento eu vou só ler aqui o último comentário do ano que ele colocou que um dos Desafios a estimular os moradores a se engajarem algumas atividades né que a gente trabalham para dar autonomia porém muitos das coisas que eles recebem
eles recebem prontas né que logo prefere não se engajarem nessas atividades é exatamente isso então por isso que eu falo então a questão de Tutelar o morador né Ela é uma linha muito tênue Porque sim às vezes o próprio AC que as coisas mais rápido e o próprio morador também quer aquilo pronto então ele sabe né vou falar só um exemplo aqui colocar o tênis então nós temos um morador em uma dessa residências que ele tem ele quebrou o braço então sim ele tem uma dificuldade de colocar o tênis mas ele consegue colocar o tênis
né mas às vezes para ele sair ele vai lá e dá o tempo essa mão de alguém e pede para a pessoa colocar E aí ele fica um tempão tentando colocar né quando a gente não ajuda mas ele coloca então é sempre feito essa orientação para os profissionais de lá então gente se ele consegue ele vai né cada vez mais melhorando isso vamos deixar ele fazer porque senão é isso né as pessoas vão fazendo e a gente consegue a gente acaba não trabalhando autonomia com eles Obrigado professora quiser falar alguma coisa de da gente encerrar
ah Eu Quero Agradecer o convite uma pena aqui assim são muitos assuntos né e acho que eu acabei não calculando a questão dos slides mas assim é porque são muitas coisas que a gente precisa falar mesmo então eu acho que essa seja que essa seja a primeira de muitas lives e de muitas outras palestras né ou coisas que a gente fale sobre residência terapêutica Eu acho que o serviço de residência terapêutica ele precisa crescer ele precisa ter né dessa visualização porque é um serviço tão importante né é uma política que tá dentro da política de
desincionalização e ele acaba ficando escondidinha né Cada gestora ali no seu cantinho Então eu acho que a gente tem que se juntar e mostrar que é um serviço muito bonito e um potencial muito grande dentro da área de saúde mental é isso obrigada viu Obrigado professora a gente que agradece né o nome do Senat agradecer mais uma vez da sua participação aqui junto conosco agradecer a todo mundo também que assistiu a Live que vier assistir depois também né a Live vai ficar gravada aqui no canal Então quem quiser reassistir enviar para alguém para assistir também
né foi uma live muito bacana muito boa então a gente só tem a agradecer a professora todo mundo que assistiu e quem quiser entrar em contato com a professora né ao final dos slides tem o contato da professora Então é só voltar a gravação que vai falar registrado E aí isso boa noite professora Boa noite a todos boa noite e até tchau obrigada tchau