se a imagem tradicional de satanás é de um senhor das chamas com chifres e tridente Dante algieri nos dá algo completamente diferente na Divina Comédia escrita no século XIV o inferno não é uma paisagem Em Chamas no centro do universo no ponto mais profundo do inferno encontramos Satanás congelado ao redor dele neste nível mais baixo e petrificado da existência estão pessoas que cometeram o da traição o satanás deante não governa o inferno ele é seu Prisioneiro suas asas gigantes batem incessantemente Mas em vez de liberdade geram ventos gelados que o aprisionam ele não comanda legiões
não dá ordens ele mastiga em silêncio três traidores etos Judas brutos e cáo Dante pinta Satanás não como rei do mal mas como o maior dos Derrotados mas a representação dantesca é apenas uma de muitas desde os primórdios da humanidade contamos histórias sobre o bem e o mal e entidades Super Poderosas em conflitos cósmicos Mas e se eu te dissesse que a figura mais temida do cristianismo Talvez seja não muito mais que um mito uma construção uma ilusão o que Lúcifer e prometeu tem em comum porque culturas diferentes criaram figuras de Rebeldes que desafiaram os
deuses Será que Satanás realmente existe ou ele é apenas um reflexo de algo muito mais humano do que gostaríamos de admitir o que estamos prestes a explorar examinando fatos históricos documentados sobre a lente crítica filosófica pode mudar completamente a sua visão de mundo você está [Música] pronto na Bíblia Hebraica a figura de uma entidade maligna superpoderosa contraposta a Deus está com completamente ausente Entretanto a palavra Satã aparece ocasionalmente podendo ser traduzida como adversário ou acusador mas a referência costuma ser a adversários humanos como em 1 Samuel 29:4 A situação é um pouco diferente no Livro
de Jó neste livro Satanás aparece em um papel distinto mas ainda não como um ser maligno autônomo oposto a Deus ele é descrito como um membro da corte celestial atuando como um tipo de promotor ou acusador Divino Satã significa aqui o título profissional dessa entidade não o seu nome ele retorna por exemplo no livro de Zacarias acusando Josué yosua no primeiro Capítulo de Jó Satanás se apresenta diante de Deus com os filhos de Deus Bene Elohim e questiona a sinceridade da devoção do humano Jó sugerindo que sua fidelidade é meramente consequência de suas B materiais
Deus permite que Satanás teste Jó impondo-lhe Sofrimentos severos mas sempre dentro dos limites estabelecidos pelo próprio Deus aqui Satanás Não age como um inimigo de Deus mas como um agente que cumpre uma função dentro de uma ordem divina ele não é um rebelde mas um servo que desafia a retidão humana funcionando como uma espécie de fiscal da justiça divina esse papel é muito diferente da Concepção posterior de satanás no cristianismo onde ele se torna o inimigo de Deus e da humanidade a transição para uma figura mais independente Malévola ocorre gradualmente especialmente no período intertestamentário quando
influências persas e helenísticas ajudam a moldar uma concepção mais dualista do bem e do Mal nos escritos Apócrifos como o livro de Enoque já Encontramos uma narrativa de Anjos Rebeldes e Satanás passa a ser associado a esses seres caídos Preparando o terreno para sua caracterização como príncipe do mal no Novo Testamento Portanto o conceito original de satanás na tradição Hebraica era muito diferente do que aquele que conhecemos hoje nos textos mais antigos da Bíblia Hebraica o mal não era personificado Deus era visto como fonte de tudo tanto do bem quanto do sofrimento contudo isso Começou
a Mudar no século vi antes da era comum quando os judeus foram exilados para a Babilônia ali eles entraram em contato com a religião dominante do Império Persa o zoroastrismo essa antiga fé traz um conceito revolucionário para os padrões judaicos o inimigo cósmico que se opunha a Deus um senhor das Trevas com seus próprios exércitos de demônios diferente da tradição Hebraica onde tudo vinha de Deus o zoroastrismo apresenta um dualismo radical o bem e o mal como forças separadas em constante guerra a rura Mazda o Deus supremo representa a verdade enquanto seu adversário angr manho
é o ser da Escuridão e da corrupção ele não é um simples acusador mas um verdadeiro antagonista Divino um ser que existe apenas para destruir a criação de arura Mazda e essa ideia começou a se infiltrar no pensamento judaico no século XIX o filósofo friedrick Nietzsche nomeia sua grande obra assim falou zarathustra a partir de zoroastro também conhecido como zarathustra criando um personagem com o mesmo nome do profeta Nietzsche que queria superação dos conceitos ilusórios de bem e mal eternos na cultura escolheu esse nome para seu protagonista porque foi zoroastro ou zaratustra quem primeiro inventou
esse dualismo moral cósmico em segundo a filosofia de autossuperação defendida por Nietzsche ele devia ser também o primeiro a superar tal dualismo tal erro já que foi ele próprio responsável por esse erro no Novo Testamento satanás já não é um simples acusador ele é o grande inimigo de Deus o príncipe das Trevas o líder dos demônios seu papel é corromper enganar e desafiar a ordem Divina exatamente como Angra mainu fazia na tradição zoroastriana assim o contato dos judeus com o zoroastrismo pode ter sido um dos principais fatores que ajudaram a transformar Satanás de um mero
opositor para um senhor do Mal uma força independente em constante conflito com Deus o que começou como um conceito persa acabou moldando um dos personagens mais temidos por Devotos ocidentais que acreditam na literalidade de escritos religiosos no livro de Tobias um texto apócrifo do século i ou 2 antes da era comum aparece a figura de um demônio chamado asmodeus na história asmodeus atormenta uma mulher chamada Sara matando seus sete maridos na noite de núpcias antes que possam consumar o casamento o demônio é movido pelo Desejo e pela inveja impedindo que Sara seja feliz com qualquer
homem mas quando Tobias o protagonista da história se casa com Sara ele recebe instruções do anjo Rafael para derrotar o demônio o segredo queimar o fígado e o coração de um peixe cujo cheiro insuportável expulsa asmodeus para longe permitindo que Tobias e Sara finalmente consumem sua união esse episódio reforça o papel de asmodeus como um demônio da luxúria que impede a felicidade conjugal e corrompe o amor humano mais uma vez um adversário com o tempo a figura de asmodeus se expandiu dentro da tradição Judaica na cabala e em textos como o talmud ele aparece como
um demônio poderoso às vezes rivalizando com Salomão segundo algumas lendas o Rei Salomão teria prisionado asmodeus obrigando a ajudar na construção do Templo de Jerusalém em outras versões o demônio engana Salomão Toma seu trono e Reina em seu lugar por um tempo asmodeus também é descrito com três cabeças uma de homem uma de touro e uma de carneiro pés de galo e uma serpente como calda ele é o mestre da ilusão e do desejo sempre manipulando os humanos para satisfazer suas paixões na Idade Média asmodeus foi assimilado à tradição Cristã e passou a ser identificado
como um dos sete príncipes do inferno especialmente o demônio da luxúria teólogos medievais acreditavam que ele trabalhava para corromper os humanos através do desejo carnal incentivando a infidelidade e a decadência moral já o termo diabo vem do grego diabolos uma palavra que Originalmente não tinha relação com o ser Sobrenatural maligno seu significado era muito mais simples acusador caluniador aquele que divide assim como Satã na língua hebraica podem ser vistos como sinônimos na cultura grega diabolos era um termo comum usado no contexto jurídico e retórico ele se referia a alguém que fazia uma acusação falsa ou
difamatória contra outra pessoa um diabolos era um caluniador alguém que lançava acusações para manchar a reputação do outro diferente dos daimones que eram forças espirituais neutras o diabolos era um agente da desordem alguém que espalhava mentiras para semear o conflito nós vimos a origem do nome Satã Mas e o nome demônio antes de dem significar uma entidade maligna ele já existia na Grécia antiga com um significado muito diferente o termo Daimon não representava o mal nem uma figura corrompida pelo contrário os daimones eram forças misteriosas espíritos que atuavam como intermediários entre os Deuses e os
mortais mas como essa ideia foi transformada até se tornar sinônimo de um ser super poderoso maligno para entender isso precisamos voltar aos filósofos aos mitos e a própria essência do pensamento grego na cultura grega os daimones eram forças invisíveis que influenciavam a vida humana Eles não eram exatamente Deuses mas também não eram humanos estavam em um meio termo como mensageiros espíritos Guardiões ou até mesmo representações do destino na obra de Homero por exemplo a palavra Daimon é usada para descrever forças divinas que moldam a vida dos heróis às vezes confundidas com os próprios Deuses já
Emil os daimones eram almas dos mortos virtuosos que passavam a guiar os vivos após sua morte o filósofo Sócrates dizia que tinha um diamon que sempre orientava ele sobre o que fazer e o que não fazer o diamon de Sócrates era o que podemos compreender hoje como intuição ou consciência Voz da Consciência para Platão os daimones eram essenciais para a jornada espiritual da Alma no banquete Ele explica que o amor Eros não é um deus mas um Diamond pois está entre o mundo Divino e o humano conectando ambos eu daimonia a noção de uma vida
de feliz florescimento para Aristóteles pode ser traduzida como estar sob a influência de um bom Diamond veja portanto que para os gregos os Diamond não eram necessariamente moralmente corruptos tão pouco malignos isso veio com a visão crist so influência do dualismo do zoroastrismo que Nietzsche Vai tanto criticar já que falamos dos gregos há uma figura que merece menção prometeu Lúcifer e prometeu são dois nomes que ecoam na história símbolos de rebelião contra o Poder Supremo mas o que eles realmente representam o nome Lúcifer tem uma origem fascinante que remonta a antiga tradição Latina e está
profundamente ligado à simbologia da Luz Lúcifer em latim significa literalmente portador da luz ou Estrela da Manhã Lux mais ferry que é carregar portar esse nome era Originalmente associado à estrela brilhante do Amanhecer que é o planeta Vênus visto da terra como o Astro que aparece logo antes do nascer do sol na Bíblia esse termo aparece em Isaías 14:12 no antigo testamento como uma referência metafórica a um Rei da Babilônia e não a uma figura Sobrenatural no Versículo O Profeta Isaías faz uma comparação entre a queda do Rei babilônico e o desaparecimento da Estrela da
Manhã que perde seu brilho ao ser substituída pela luz do sol aqui Lúcifer não é um ser maligno mas uma metáfora para a queda do poder e da Glória O Rei da Babilônia é comparado a essa estrela brilhante e poderosa que no entanto despenca de sua posição elevada a figura de Lúcifer Nesse contexto reflete essa queda contudo ao longo do tempo o conceito de Lúcifer foi distorcido e reinterpretado a partir do s século 4 com o cristianismo ganhando força teólogos como Jerônimo começaram a associar Lúcifer à figura de satanás o nome que Originalmente indicava a
estrela da manhã passou a ser ligado ao anjo caído que rebelou-se contra Deus e foi expulso do céu mas e prometeu prometeu que foi criado bem antes na literatura grega é outro portador da Luz um Titã que roubou o fogo dos Deuses para dar aos Mortais teria Lúcifer sido uma transposição do Herói grego para a mitologia Cristã seriam eles vilões ou talvez os verdadeiros Libertadores da humanidade ambos desafiaram a ordem cósmica prometeu na mitologia grega desobedece a Zeus e entrega o fogo sagrado aos humanos um ato que simboliza o conhecimento a ciência a autonomia da
humanidade Isso parece bom não Lúcifer na tradição Cristã se rebela contra Deus recusando-se a se curvar e aceitando a punição do exílio ambos desafiam divindades supremas ambos pagam um preço terrível por sua Audácia prometeu age por amor a humanidade trazendo luz ao mundo Lúcifer segundo a narrativa Cristã age por orgulho querendo ser igual a Deus tanto prometeu quanto Lúcifer são castigados implacavelmente prometeu é acorrentado a uma montanha e condenado a ter seu fígado devorado por uma águia dia após dia por toda a eternidade Lúcifer é lançado ao inferno afastado da Luz Divina transformando-se no Senhor
das Trevas mas há algo intrigante aqui a punição de prometeu não destrói seu espírito ele continua desafiador recusando-se a se submeter a Zeus seu sofrimento não é um sinal de derrota mas de resistência já a punição de Lúcifer na visão Cristã tradicional o deforma o transforma no próprio símbolo do mal a mitologia grega enxerga o Rebelde como um herói trágico o cristianismo o vê como um inimigo da humanidade Por que essa diferença aqui está o ponto crucial Mitologia e religião interpretam a rebeldia de formas distintas e até mesmo Opostas na mitologia grega o conhecimento e
a revolta contra os deuses são atos de libertação prometeu é um protetor da humanidade um doador de luz na tradição Cristã o conhecimento proibido é uma queda uma corrupção a ente No Éden muitas vezes associada a Satanás e vamos falar sobre isso oferece um fruto do conhecimento isso é visto como um pecado a narrativa Cristã vê a obediência a Deus como o caminho da salvação a narrativa grega vê a desobediência aos Deuses como o caminho da iluminação Então se olharmos para além da teologia podemos perguntar Lúcifer pode ser reinterpretado como um prometeu Cristão a queda
do anjo pode ser lida como um ato de libertação e não de corrupção e se a verdadeira luz não estivesse na obediência cega mas na busca pelo conhecimento proibido escritores como John Milton no épico paraíso perdido retratam Satanás não apenas como um vilão mas como uma figura trágica quase heróica ecoando o mito de prometeu o filósofo Albert camu também questiona essa ideia de submissão e obediência com seu conceito chave de revolta camu enxerga no espírito prometeico o desejo de ir além de desafiar limites aquilo que realmente deve orientar a ação humana na peça prometeu acorrentado
de eskil um autor muito elogiado por camu e Nietzsche prometeu é retratado como um herói trágico que quer ajudar a humanidade no fim a história de prometeu e Lúcifer nos força uma escolha filosófica acreditamos que o conhecimento é uma benção ou uma maldição deixo a minha resposta para vocês imaginarem Vimos que foi a pena mais tarde que a figura de Satã ou Diabo se transformou radicalmente nós já vimos essa evolução ao longo da literatura Hebraica na parte um desse vídeo agora retomaremos de onde paramos com o Novo Testamento nos textos que acabaram canonizados pela autoproclamada
ortodoxia Cristã como Novo Testamento textos que correspondiam a uma parcela muito Seleta e reduzida da quantidade abundante de Evangelhos e epístolas que eram esitas no cristianismo primitivo Satanás Deixa de ser apenas um adversário Celestial e assume sua forma mais conhecida hoje como inimigo de Deus e da humanidade ele não é mais um simples acusador como no Livro de Jó mas o príncipe do mal o enganador o tentador aquele que deseja afastar os seres humanos do Criador mas como essa transformação aconteceu e como a teologia católica expandiu e fundamentou essa visão se é que conseguiu fazer
isso para entender precisamos acompanhar as aparições de satanás no Novo Testamento o momento mais icônico de satanás no Novo Testamento acontece quando ele tenta Jesus no deserto em Mateus 4 e em Lucas 4 nesse vídeo eu não vou entrar em detalhes sobre as referençia de escritores anônimos que não se chamavam Lucas nem Mateus muito menos caminharam com Jesus e que vieram de regiões diferentes por volta das últimas três décadas do primeiro século após jejuar por 40 dias Jesus está fraco e vulnerável É nesse momento que o tentador se aproxima ele propõe três desafios transformar Pedras
em pão apelando para a necessidade física de Jesus pular do Alto do templo Para ser salvo por anjos um teste de fé e orgulho e receber todos os reinos do mundo em troca de adoração a promessa do poder absoluto mas Jesus resiste ele recusa todas as tentações e ordena que Satanás se afaste esse episódio marca Satanás como um ser manipulador que ataca nos momentos de fraqueza oferecendo poder riqueza e prazer em troca da submissão espiritual em João 8:44 Jesus faz uma declaração impactante sobre Satanás vós sois do diabo que é vosso pai e quereis satisfazer
os desejos dele ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade porque nele não há verdade quando ele profere mentira fala do que lhe é próprio porque é mentiroso e pai da mentira aqui Satanás não é apenas um tentador ele é a própria fonte da falsidade e da corrupção essa imagem de satanás como um rei da mentira e do engano ecoaria fortemente na teologia Cristã posterior ele também é chamado de o príncipe deste mundo em João 12:31 sugerindo que sua influência é real e presente na sociedade humana a ideia de satanás como
um anjo caído se baseia em passagens que foram reinter adas ao longo dos séculos no Apocalipse 1279 temos a imagem da grande batalha entre Miguel e os anjos fiéis contra o dragão e seus seguidores e foi expulso O Grande Dragão a antiga serpente chamada diabo e Satanás aquele que engana todo mundo ele foi lançado à terra e seus anjos foram lançados com ele essa passagem inspirou a ideia de que Satanás teria sido Originalmente Lúcifer que nós já tratamos embora essa narrativa seja Popular sua origem vem principalmente da interpretação Cristã de passagens como Isaías 14:12 ó
Lúcifer filho da manhã como caí do céu e Ezequiel 28 que falam da queda de um rei mas foram aplicados a Satanás na teologia posterior E foi com a teologia católica medieval que essa visão se consolidou durante a idade média teólogos como Agostinho de hipona e Tomás de Aquino aprofundaram a doutrina sobre Satanás Agostinho ainda lá na antiguidade tardia via Satanás como um anjo que por livre arbítrio escolheu se rebelar contra Deus e foi condenado a perdição eterna Tomás ja Aquino defendeu que os demônios não podem se arrepender pois sua escolha contra Deus é definitiva
e absoluta a teologia católica passou a definir Satanás Como Um ser espiritual real que possui inteligência e vontade própria e cujo principal objetivo é afastar as almas de Deus eles vão olhar para a serpente do mito de Gênesis e reinterpreta como Satanás por exemplo no catecismo da Igreja Católica ele é descrito como o sedutor do mundo inteiro e o inimigo da salvação humana Satanás passou por uma grande transformação ao longo dos séculos de um simples acusador Celestial a uma entidade cósmica do Mal um anjo caído que busca destruir almas mas no fim a pergunta permanece
Satanás é apenas um símbolo do mal ou uma força real presente no mundo embora muitos cristãos enxerguem Satanás como uma figura simbólica isso ainda está longe de ser um consenso em países muito religiosos como o Brasil ou os Estados Unidos no Vaticano Jorge Mário bergoglio a quem Cristã se referem como o papa frequentemente se refere ao diabo como uma entidade real enfatizando que não deve ser tomado como uma metáfora evangélicos e Pentecostais tendem a ver Satanás como um ser real tendo em vista que o uso da alusão a Satanás por pastores e pregadores é motivo
de Sofrimento intenso e preocupação de muitas pessoas sem acesso à educação que visões filosóficas podemos estabelecer como contraponto a isso para quem sabe ajudar a furar a bolha para promover um mundo menos supersticioso o meu objetivo com Este vídeo é desafiar vocês a pensar filosoficamente a partir de fatos históricos eu encorajo vocês a pensar a ideia de satanás assim como qualquer outra coisa a a partir das contingências históricas de fatos reais documentados em vez de especulações teleológicas que assumem que há uma direção ou sentido específico pré-determinado para os fatos históricos o que eu considero como
a maioria dos cientistas do Século XXI uma grande falácia se alguns fatores contingentes fossem diferentes por exemplo poderia ter sido caso que o paganismo prevalecesse sobre o cristianismo ao contrário do que a teologia Cristã defende não é evidência nenhuma de que o cristianismo estivesse destinado a prevalecer na história na tradição Cristã Deus é descrito como onipotente onisciente e maximamente amoroso perfeitamente bom mas se Deus tem poder absoluto por ele toleraria a existência de um ser tão perigoso e maléfico como Satanás a resposta teológica clássica é que Deus permite Satanás existir por respeito ao livre arbítrio
dos anjos e dos homens mas essa resposta gera um problema se Satanás é um ser tão poderoso e corrompido a ponto de arrastar milhões de almas para o inferno então Deus não está sendo perfeitamente bom ao permitir sua existência ou ele não pode impedi-lo e então não é onipotente ou ele pode impedi-lo mas não quer e então não é perfeitamente bom filósofos como David hilm ou mais recentemente John MEC argumentaram que a existência de um ser maligno absoluto é incompatível com um Deus perfeito se Deus realmente quisesse que o mal fosse derrotado por que permitiria
um adversário tão poderoso a continuar existindo se removermos Satanás daação por outro lado Ainda temos o mal no mundo mas será que precisamos de um demônio para explicá-lo o filósofo Emanuel Kant acreditava que o mal não vem de uma entidade Sobrenatural mas das próprias escolhas humanas o desejo de poder a ganância a violência tudo isso provém da natureza humana da Liberdade que temos para de fato Quando analisamos a lógica percebemos que o mal não precisa de um príncipe Sombrio tramando contra nós o holocausto as guerras a escravidão a corrupção tudo isso são frutos das ações
de pessoas comuns muitas vezes convencidas de que estavam fazendo certo Como disse hann arent em sua teoria da banalidade do Mal os maiores horrores da humanidade não foram causados por demônios mas por seres humanos comuns Endo ordens seguindo ideologias buscando vantagens Além disso Ficou claro em nosso exame dos fatos que a figura de Satanás não é estática ela muda com o templo na Bíblia Hebraica ele mal aparece no Novo Testamento se torna um tentador e enganador na idade média se transforma no príncipe dos infernos com chifres e tridentes no mundo moderno ele se adapta a
teorias da conspiração e narrativas paranormais se Satanás fosse um ser real por que sua imagem muda tanto e isso nos faz pensar que ele não é uma entidade objetiva mas um reflexo das aflições e crenças de cada época a psicologia moderna propõe que a crença no Diabo serve como uma projeção do mal que não queremos enxergar em nós mesmos quando um crime terrível acontece é mais fácil dizer que o diabo agiu do que admitir que o ser humano por si só pode ser capaz de atrocidade a figura de satanás pode ser apenas um mito funcional
uma maneira de dar um rosto ao mal e evitarmos dentro de nós mesmos Talvez não haja um anjo caído conspirando contra a humanidade Talvez o verdadeiro desafio seja encarar nossas próprias fraquezas nossos desejos egoístas nossa capacidade de cometer o mal sem precisar de uma força Sobrenatural nos empurrando para isso eu considero essa visão muito mais plausível do que a visão teológica tendo em vista todas as fragilidades e contingências históricas de seu vago desenvolvimento desprovido de quer evidências que não sejam a fé pessoal e a interpretação ambígua de textos antigos vamos voltar a representação de Dante
com Satanás retratado como o maior dos Derrotados no gelo eterno se o mal é autodestrutivo se Satanás é apenas um prisioneiro de si mesmo então por que ainda o temer tanto se não há diabo Isso significa que não há Desculpa se o mal existe ele não vem de fora ele nasce dentro de nós nas palavras de nía quando olhamos muito tempo para o Abismo O Abismo olha de volta para nós se você ficou até aqui é porque gostou do vídeo ou pelo menos teve curiosidade de acompanhar minha exposição é provável que Concorde comigo que isso
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