Oi, seja bem-vindo, bem-vinda a mais uma entrevista aqui no canal do Estratégia Concursos. Eu sou a jornalista Stell San Juan e hoje a gente vai conhecer a trajetória do Edson André Moura, o profissional que nós vamos conhecer hoje. Ele é auditor fiscal da Receita Estadual do Rio Grande do Sul, a Cfaz Rio Grande do Sul.
Então, Edson, é um prazer ter você aqui com a gente hoje. Prazer é meu. Muito obrigado, St.
Ô, Edson, é o seguinte, então, temos aí um concurso da Cfas Rio Grande do Sul que teve o prazo de validade prorrogado até abril deste ano, né? O último concurso foi em 2018, então a expectativa para um quadro de funcionários aí pelo lado de vocês, acredito que esteja bastante grande, né? Então, eu queria que a gente já começasse aí a nossa conversa pros nossos queridos alunos que estão ansiosos para saber como é trabalhar na Cfas Rio Grande do Sul, que você começasse se apresentando pra gente.
Fale sua idade, a sua cidade natal, se já é do Rio Grande do Sul mesmo ou teve que migrar e a sua formação. Obrigado pela oportunidade. É sempre bom a gente compartilhar, né, nossa trajetória e com isso talvez ajudar alguém ou inspirar alguém.
Bom, meu nome é Edson André Moura, eu sou gaúcho, nasci aqui em Esteio, é grande Porto Alegre, morei muitos anos em Osório, mas voltei para pra Grande Porto Alegre, voltei para Porto Alegre para fazer faculdade e aí acabei ficando por aqui, né, onde na capital é onde tem mais oportunidade, né, o interior era um pouco restrito nesse ponto. Eh, me formei na na Universidade Federal do Rio Grande do Sul em administração. A partir disso, eu comecei a estudar para concurso, né?
Eh, eu estudei mais ou menos uns do anos e tive um pouco de sorte também, porque logo em seguida já saiu o concurso tanto da Receita Estadual quanto da Receita Federal. Eu, na verdade, estudava paraa Receita Federal, esse era o meu foco, porque eh o concurso aqui da Receita Estadual era algo, a gente não sabia ao certo quando ia ter, às vezes passavam-se anos sem nenhum concurso, né? Então não era algo muito certo, né?
Mas saiu praticamente concomitante com o da Receita Federal. Saiu um pouquinho antes. Então acabei fazendo o concurso da Receita Estadual aqui.
Como eu tive um bom desempenho ali, já veio um resultado preliminar antes, eu acabei nem fazendo a prova da Receita Federal, porque eu acabei ficando bem colocado aqui. Eu fui o 13º no concurso e já tinha no edital 52 vagas. Então, naquela época também se se pintava um quadro um pouco diferente.
A Receita Federal dava a entender que todas as vagas seriam na fronteira, todas muito longe, né, dos grandes centros do país. Isso para mim, claro, né, se a gente tá começando e é uma escolha, a gente vai, mas como eu já tinha eh passado aqui, né, então eu acabei nem fazendo esse concurso da Receita Federal. Ô, Edson, o qual que foi o ano então do concurso da Cfaz Rio Grande do Sul que você foi aprovado?
2009. Eu fiz o concurso ali finalzinho de 2009, fui nomeado em fevereiro ou março. Eu tomei posse dia 29 de março de 2010.
E como que foi eh para você, Edson, entrar no mundo dos concursos públicos? Qual que foi o start? Você teve influência de alguém?
Você sempre quis? Como que foi para você o início de tudo? Na verdade não, né?
como eu venho de uma de uma universidade de de administração, então o nosso foco ali sempre foi iniciativa privada, né? O meu que eu tinha como norte, pelo menos quando eu iniciei nessa nessa graduação, era trabalhar numa empresa privada, preferencialmente uma multinacional e e ter uma carreira aí, quem sabe um dia chegar a CEO. Eh, mas o que que acontece?
alguns colegas meus já tinham uma visão um pouco diferente, uma visão mais focada em carreiras públicas, né? e já começaram a ter um desempenho bom, mesmo antes de se formar, mesmo em em carreiras de ensino médio ali que eles eh passaram como tribunal e tal, já tinha uma remuneração bem alta e ao mesmo tempo eu conhecia colegas que atuavam na iniciativa privada, com bom desempenho, com bom cargo e não tinham nem perto aquele nível de de remuneração, né? Então, acabou ligando um sinal amarelo ali para M.
Olha, enfim, hoje eu imagino que seja um cenário um pouco diferente, mas naquela época, principalmente para um estado não tão grande quanto o nosso no Rio Grande do Sul, as oportunidades em grande grandes empresas já eram limitadas e mais parecia do que era. A gente achava que existia uma grande remuneração, mas era muito mais um projeto de longo prazo, né? muitas vezes para ganhar um salário que um que, por exemplo, um na época um técnico, né, não sei se hoje é o mesmo nome, técnico do TRT, ganhava, tu levava anos ali para chegar naquele patamar, né?
Eh, e com um nível de de exigência muito diferente, né? A iniciativa privada, ela muitas vezes te exige 10, 12, 15 horas por dia ali de dedicação, né? Porque não tem problema, é do jogo, né?
principalmente quando a gente tá começando, mas quando a gente vê uma comparação ali de um outro lado, onde tu trabalha 40 horas semanais, um trabalho importante, um trabalho que agrega valor também e que já parte de uma remuneração bem mais alta, acaba sendo muito mais atrativo, né? E além disso, eu sempre fui meio aí vai para uma característica de perfil, né? Um perfil pessoal não ser tão comunicativo, não ter uma rede de relacionamentos tão grande, isso é importante, né?
no meio privado, né, formar um networking, né, e já tinha uma certa facilidade para estudar, para prova, para esse tipo de de meio que é o meio do concurso, né, de pegar material, estudar, absorver conhecimento. Então, também tinha uma certa facilidade do do meu ponto de vista ali, né? Então, acabei me direcionando para isso.
Uhum. Ô, Edson, e o que que te atraiu especificamente na carreira de auditor fiscal? Como que você conheceu a carreira?
Sim, essa aqui no Rio Grande do Sul é uma carreira bem antiga, é uma carreira muito valorizada, né, que a gente chamava de fiscal, fiscal de CMS. O nome nem era esse, na época era agente fiscal do tesouro do estado, mas coloquialmente todo mundo chamava de fiscal de CMS, que era o nome antigo da carreira, né? sempre foi uma carreira muito valorizada, muito importante.
Então, eu já conhecia a carreira, fechava também com com a minha formação de de bacharel em administração. Tinha uma remuneração boa e tinha um trabalho muito relevante, né? Isso, eh, principalmente para quem tá de fora, e era o meu caso, na época, existe um certo preconceito com com o setor público, né?
Ah, eu vou fazer um trabalho que não é tão instigante, daqui a pouco até vou ter um bom salário, mas vou ficar até depressivo por fazer algo repetitivo ali que não agregue tanto valor. E na Secretaria da Fazenda, mas especificamente na Receita Estadual, a gente sabia que não era assim, porque é um trabalho desafiador. Tanto que o próprio cidadão comum, quando ele vai criticar o setor público, ele nos usa, né, tanto nós quanto a Receita Federal para justificar isso.
Só funciona para cobrar, né? Só o fisco funciona, o resto não funciona. Eu digo: "Olha que bom que funciona, né?
" Então é aí que eu quero est, eu quero estar em algo que funcione. Porque eu sempre tive essa visão, né? Eu acho importante, sim, a gente ter uma boa remuneração, ser valorizado, mas tem que ser um ganha ganha.
Eu também não quero ser um peso pra sociedade. Eu quero eh um ganha ganha para todo mundo. Eu entrego muito e com isso espero também algum nível de retribuição, seja salarial, seja de valorização ou mesmo de de algum benefício, né?
Uhum. E você eh desde a sua chegada aí na na Sfase Rio Grande do Sul, Edson, você já teve alguma progressão? Se sim, quanto tempo que levou para essa progressão?
Olha, foi muito rápido, né? Eu eu ingressei como todos na classe A. Nossa carreira vai da classe A a classe E.
Eu hoje estou na classe E, né? Então em 15 anos eu já cheguei 14 porque foi ano passado, né? Então em 14 anos eu já avancei todos os níveis da carreira.
No no nosso caso, a questão da carreira não eh pelo menos financeiramente não é não é tão relevante assim. Existe essa progressão, mas ela é uma progressão pequena. Mas e a nossa carreira também é uma carreira um pouco planificada, tá todo mundo ali ou no teto ou muito próximo dele, né?
Não, na minha época, quando eu entrei existia uma progressão, sim. A gente entrava longe do que seria o as carreiras mais o quem tá na carreira mais tempo, né? classe E chegava nisso em 15, 20 anos, que é mais ou menos o que eu cheguei.
Mas hoje é um pouco diferente. Hoje o colega já ingressa muito perto do, às vezes até já no teto, no teto é mineratório. Uhum.
Eh, fala pra gente um pouquinho, Edson, qual que é a importância de um auditor fiscal dentro da Cefá Rio Grande do Sul? Olha, a importância é mais que alta, na verdade. Inclusive, às vezes até gera uma má impressão, né, de que a gente tem um espírito de dono e isso é verdadeiro, mas não pelo mau sentido, pelo bom sentido, né?
É uma carreira que se sente responsável por todo o trabalho da Secretaria da Fazenda e chama para si a responsabilidade, né? Então, e a no caso, principalmente até eu falo receita estadual, fazenda, às vezes isso gera uma certa confusão, né? Então aqui a gente tem a Secretaria da Fazenda, que é a secretaria, e nós temos três subsecretarias, que é a Receita Estadual, a Caixa, Contadoria, Auditoria Geral do Estado e o Tesouro do Estado, fazendo um paralelo com o Federal, como se fosse a Receita Federal, a CGU e o Tesouro Nacional, só que em nível eh estadual, né?
No Tesouro e na Receita Estadual, a carreira é a mesma, né? né, de auditor fiscal da Receita Estadual e a CAJ tem uma carreira específica que é de auditor do estado. Então, a nossa carreira é é importantíssima, importantíssima e é quem carrega o piano, digamos assim, né, que faz que traz o recurso para que a sociedade tenha todos os serviços, né, seja de saúde, educação, segurança, né, e eu não falo isso para nos vanglorear, né?
Claro que existe um arcabolso legal que dá suporte para isso e o nosso trabalho de servidor é servir a sociedade, mas isso nos enche de orgulho de saber que o nosso trabalho é o que tá suprindo de recurso financeiro todos esses serviços paraa sociedade, né, que vai desde saúde até o nível mais básico, né, que é, sei lá, segurança, estrada, algum subsídio para moradia e por aí vai, né? Ô, Edson. E fala um pouquinho pra gente também sobre a escala de trabalho aí na Cfas Rio Grande do Sul como auditor fiscal e explica pra gente também eh na prática o que um auditor faz aí dentro.
Eh, essa pergunta ela tem várias respostas, né? Porque a nossa instituição é uma instituição que é muito grande e tem muitas atribuições. Então, para falar de escala é até mais fácil, porque nós temos postos fiscais de fronteira, então na região Sul, Sudeste, até onde eu sei, nós somos um dos últimos estados que ainda trabalha dessa forma, né, com fiscalização eh na fronteira, né, na fronteira com Santa Catarina.
Esses postos fiscais eles têm sim escala, mas essa escala é só pro analista, que é a carreira de que dá suporte, né? A carreira de apoio. A carreira de auditor fiscal não tem, alguns anos atrás tinha, mas não tem mais escala de trabalho.
Então é o mesmo horário comercial, né? 8:30 meio-dia, 1:30 e 13:30, né? Às 18.
Esse horário é o mesmo que vale paraas outras repartições. Nós temos um regime de teletrabalho aqui, então tem algumas exceções, mas a regra geral é que a gente trabalha até três dias de casa na semana, então a gente pode dois dias presencial e ficar três dias em casa. Aí depende muito do local de trabalho.
Alguns locais exigem pela própria atividade um pouco mais de presencialidade. Então alguns colegas vão um pouco mais. Quando o colega tá em teletrabalho, em tese ele respeita o mesmo horário, mas como eh normalmente existe uma carga de trabalho definida ou então ele pode chegar um pouquinho depois, sair um pouquinho mais tarde, a gente tem uma margem ali que é das 9 ou melhor das 8 às 19, né?
Então a gente tem que cumprir as 40 horas semanais, 8 horas no dia, mas dentro dessa faixa, desde que acordado com a chefia, a gente tem uma certa flexibilidade. Eu posso chegar um pouquinho depois, sair um pouquinho mais tarde ou encurtar o almoço ou chegar um pouco mais cedo, que é até o mais comum. Eh, não é o meu caso.
Eu gosto de dormir, então para mim e quanto mais tarde melhor. Mas tem gente que não. Muitos inclusive gostam de chegar mais cedo para sair mais cedo, sair às 5 C e e já fazer outras coisas, né?
Eh, em relação à à atividade, aí é muito amplo, né? Então, como eu disse, como nós temos aqui atribuição, inclusive no tesouro do estado, a gente acaba tocando também essa parte da despesa, tem um mundo de possibilidades. Hoje a receita estadual, aí falando do fisco, né, vou deixar de fora o tesouro do estado que é um, são poucos também, são 60 e poucos.
A nossa carreira hoje conta com mais ou menos 600 auditores fiscais, mais de 500 desses 600 eles estão na fiscalização, né, na receita estadual. trabalham com tributação, né? Dentro desse escopo de tributação também tem o mundo.
Então, eh, aonde a gente mais tem pessoal alocado hoje é na fiscalização propriamente dita, na fiscalização do ICMS. Aí nós temos em torno de 200 auditores fiscais que trabalham com auditoria, seja ela por fiscalização setorial, seja ela fiscalizar empresas pontualmente. Inclusive tá se pensando em criar um escritório de grandes contribuintes para focar nos nos de maior faturamento.
Então a maioria tá nisso, mas nós temos um grande contingente que trabalha com cobrança, cobrança de devedores eh do ICMS, né? Temos um grande contingente que trabalha com atendimento a contribuinte. Então aqui nós não temos mais o plantão fiscal físico, né?
Eu fiz por muitos anos, quando eu iniciei em Canoas em 2010, eu trabalhei no plantão fiscal 2010 a 2017 e era receber o contribuinte e tirar alguma dúvida que ele tinha sobre o tributo, né? Mas hoje isso mudou. foi criada uma estrutura virtual, que é o nosso núcleo de atendimento virtual.
E hoje toda a solução de dúvidas, ela é feita de forma virtual. O contribuinte eh manda pelo nosso site e recebe a resposta normalmente no mesmo dia ou no mesmo ou no dia seguinte, ele recebe essa dúvida. Então a gente também tem um contingente grande de colegas que trabalham com isso, com receber essas dúvidas dos contribuintes e responder.
E também tem um contingente bem grande no que a gente chama de área meio, que são áreas de suporte, que é o meu caso. Eu trabalho na nossa divisão administrativa, fazendo um paralelo com iniciativa privada, seria como se fosse o departamento de RH. Então, eu trabalho aqui com onboarding, né, treinamento de novos servidores, eh processos de remoção, toda a parte de de pessoal e de e de material.
Eh, eu tenho foco principal na capacitação, então, boa parte do meu trabalho, para não dizer todo, mas quase todo, é focado em desenvolver os servidores desde o início, né, do onboarding ali, de receber esses servidores, fazer esse treinamento inicial e depois na formação continuada, né? Então, a gente trabalha muito com capacitação. Eh, nós temos uma linha aqui de financiamento que se chama Prófisco e com esses recursos a gente consegue contratar e promover capacitações de alto nível, tanto pro pro auditor que tá no negócio, né, tá lá no na ponta, quanto pro também pros nossos gestores.
Então, a gente tem conseguido avançar muito na capacitação. Deu para entender que o auditor fiscal aí tem um leque grande que ele pode atuar, né? O que eu quero saber agora é se essa transferência de setor, né, de uma área para outra, se eh pode acontecer aí dentro, né, internamente e se demora muito, se é muito burocrático ou se é relativamente rápido aí pro pro servidor conseguir fazer essa movimentação.
Ótima pergunta, mas antes disso eu queria só fechar esse assunto dizendo aqui, a gente tem uma máxima de que é impossível alguém eh ingressar na Receita Estadual e não achar algo para fazer que que adore fazer, porque tem tanta atividade, tem TI, tem auditoria, tem RH, tem, olha, tem um mundo de coisas e na prática a gente vê isso. Claro que isso de início nem sempre é possível, até porque quando o colega ingressa, ele não sabe exatamente como funciona, não conhece as áreas e ainda tem essa questão de de lotação aonde tem vaga, né? E a vaga para quem vai iniciar é a vaga que foi deixada por um antigo, é que não foi escolhida, né?
Então é a que fica para quem tá ingressando. Mas assim, ã, nós temos sim uma grande flexibilidade, principalmente se a pessoa já tem um perfil. O que que a gente chama de perfil?
já tem alguma competência técnica específica daquela área. Então, digamos, ele começa, lotado em alguma determinada cidade, mas ele tem uma experiência ou mesmo uma formação acadêmica em determinadas áreas, seja TI, seja gestão de projetos e tal. Então, rapidamente ele consegue se realocar.
Isso depende muito do momento. Por que que eu tô dizendo isso? Até agora, até o mês de abril, era muito fácil isso acontecer, porque a gente tinha um concurso válido com nomeações frequentes.
Então, sempre que vinha uma nova nomeação, todos eram consultados sobre a possibilidade de mudar de local. Agora, dia 10 de abril, acabou a validade desse concurso. Então, a gente não vai poder mais eh nomear novos servidores.
Teremos que fazer outro concurso que a gente já tá trabalhando para que aconteça. Então, agora vai ter uma flexibilidade um pouco menor, porque eu não tenho como repor, né? Mas até agora a flexibilidade era muito grande.
Mas só para ter uma ideia de número eh e e trazer um pouco pro mundo real que eu tô dizendo, a última remoção que nós tivem, a última pesquisa de interesse em remoção que nós tivemos teve uns 20 interessados de um, imagina de um universo aí de 600. Então todo mundo, imagina 580 arredondando aí já estão aonde gostariam de estanto que nem tão pedindo para trocar. E desses que tão pedindo para trocar, a maioria das vezes não tem nada a ver com a atividade.
É muito mais uma questão familiar ou uma questão de querer ir para uma cidade maior ou contrário. Algo que a gente identificou recentemente, muitos colegas pedindo para ir para cidades menores por uma questão de segurança, de qualidade de vida. O cenário é esse.
Muito bom. Eh, sobre um assunto que muita gente quer saber quando vai prestar um concurso. Edson, existe a possibilidade de um auditor aí na Cfaz Rio Grande do Sul realizar home office ou o modelo de híbrido, né, de teletrabalho?
Como que funciona? Nós temos sim a nossa já na gestão passada foi regulamentado o teletrabalho. Nós tudo isso começou na pandemia, nós não tínhamos teletrabalho, aí veio a pandemia, a gente acabou sendo jogado pro teletrabalho porque não tinha outra opção, né?
era isso ou parar o trabalho. Então, naquele momento, foi um teletrabalho extraordinário e mais ou menos precário. Ali não tinha muita regulamentação.
Depois de um tempo se regulamentou e sim os auditores fiscais do Rio Grande do Sul podem fazer teletrabalho. Eh, como eu disse, a regra é essa, né? Por noanal a gente fica até três dias em casa e pelo menos dois dias presenciais na semana.
Mas eh isso teve uma pequena alteração agora em 2025 em que a gestão identificou que o teletrabalho tem funcionado bem, tem gerado produtividade, pelo menos para esse modelo híbrido, né, uma parte presencial e uma parte à distância, mas identificou que para quem tá começando uma boa uma boa medida. para treinar essas pessoas ficou mais difícil, para criar vínculo tanto com a instituição quanto com a equipe acabou se perdendo muito, entre outros fatores. Para resumir aqui a história, a secretária mudou a nossa instrução normativa que regulamento teletrabalho, colocou uma restrição para quem tá começando, para quem tá em estágio probatório.
Quem tá em estágio probatório só vai poder começar a fazer teletrabalho depois de 1 ano e meio de atividade. Então nós temos hoje essa restrição, existe a normativa, mas o colega que ingressar agora vai ter que ficar 1 ano e meio 100% presencial para ir depois disso poder ter o teletrabalho. Beleza?
Existe incentivo, Edson, a qualificação dentro da carreira aí na Cfas Rio Grande do Sul, os auditores podem, por exemplo, se licenciar para fazer um mestrado, um doutorado, por exemplo? Sim, nós incentivamos muito, inclusive é feita uma pesquisa de de de pós-graduações que são bem referendadas por colegas que já fizeram ou mesmo pelo mercado e a gente indica algumas dessas graduações. Mas isso é é só uma ajuda, né?
Nada impede que o próprio colega encontre lá um uma especialização, um mestrado ou mesmo um doutorado que seja do interesse dele. E a gente custeia todo todo 100% de ressarcimento da claro que tem que ser em atividade correlata, né? Então tem que ser ligada, né, à gestão, a a direito tributário, algo assim.
atividades que não são correlatas, elas não vão ter esse incentivo. Mas é eh eh a gente nem tem esse tipo de caso. Normalmente quando acontece são atividade são pós-graduações vinculadas ao nosso negócio e sim o o a fazenda proporciona o pagamento total dessas pós-graduações.
Quando se trata de mestrado e doutorado, há possibilidade de afastamento ainda de ele ter um período na semana só para se dedicar a essa pós-graduação. Isso depende muito inclusive do local aonde é. Por exemplo, nós já tivemos situações de colegas que foram fazer doutorado fora do Brasil, então isso antes do teletrabalho eles ganhavam um afastamento integral com remuneração integral, sem nenhuma perda, né?
Hoje normalmente eh eh é é conversado com a pessoa para que ela tenha ainda um vínculo com o trabalho e trabalhe ali uns dois dias por semana e fique três se dedicando com exclusividade aí ao seu doutorado ou mestrado. Mas aí é analisado caso a caso, mas respondendo diretamente a tua pergunta, sim, é um incentivo tanto financeiro quanto de um afastamento, né, alguns dias para por semana pra pessoa se dedicar a essa pós-graduação. Muito bom.
Agora, um outro assunto que é determinante eh pros nossos alunos a para escolher, né, ou uma área ou para um concurso especificamente, é o vencimento básico, o salário, a remuneração do concurso, né? Eh, porque aí mexe com o o bolso das pessoas, então isso é muito importante para muita gente, né? Então, além do vencimento básico, quanto que um auditor da receita da CEFA Rio Grande do Sul ou Edson pode receber em benefícios e gratificações por aí?
Tem isso, tem, tem. Eh, o nosso vencimento básico, ele até não é não é muito alto, né? Ele tá girando aí em torno de R$ 12.
000, mas nós temos aqui no Rio Grande do Sul o que é chamado de prêmio de produtividade, eficiência. Então, nós temos uma boa parte da remuneração que é vinculada ao atingimento de metas, não só de arrecadação, mas também de arrecadação. Então, meta de arrecadação, meta de cobrança, metas ligadas a a recuperação de créditos e também a entregue em dia de obrigações tributárias, obrigações acessórias, né?
E tudo isso gera eh um percentual de atingimento das metas que vai para um múltiplo. Eu não vou aqui explicar o mecanismo porque ele é relativamente complexo, eu precisaria de um de um tempo maior e não vem o caso. A questão é que sim, a gente tem essa remuneração, ela normalmente acompanha eh o crescimento do PIB, mas como o PIB, como o próprio nome diz, o PIB ele varia, né?
Então tem meses que inclusive tem uma certa variação negativa, é baixa, mas acontece. Mas tem sido muito positiva para nós essa remuneração, porque ela acaba nos garantindo uma reposição, né, pelo menos da inflação, sem depender necessariamente de um de um disídio coletivo ou de uma negociação aí por um por um aumento, né? Além disso, nós temos uma verba que é de substituição.
Então, sempre que um colega sai, alguém substitui, existe um valor por essa essa carga maior de trabalho. Temos uma questão relacionada a veículo, né? Então, a gente pode ceder o nosso veículo e usar ele nas operações e na nas nossas atividades eh de trabalho.
E aí a gente não pode mais solicitar transporte do estado, né? não pode usar viatura oficial e também geram valor. O que eu posso dizer é que hoje eh a remuneração nossa tá de praticamente toda a carreira tá ali no teto remuneratório, né?
Tá no teto no teto do funcionalismo. O nosso aqui, o nosso de até onde eu sei de todos os auditores fiscais é 90%, né? A, nessa reforma tributária foi aprovada uma alteração nisso e a gente vai passar a partir de 2027 a ganhar 100% do teto remuneratório, né?
Por enquanto a gente tá nos 90 e esses 90 aí é a remuneração de 99% dos nossos auditores fiscais. É essa, o teto remuneratório. Muito bom.
Agora, Edson, considerando os seus estudos para o seu concurso, né, e a sua rotina de trabalho atualmente, tem algum conteúdo que você ache que seja essencial pro concurseiro se preparar aí talvez para um próximo edital? Essa pergunta ela ela precisa de um uma introdução, né? O que que acontece?
existe um certo descasamento entre a atividade real e a atividade prática e o que cai no concurso. Mas isso é é normal. Eu não vejo nem isso como um problema.
Então, a gente tem que cuidar muito. Eh, o nosso dia a dia exige um conjunto de conhecimentos e habilidades que não é necessariamente a prova que vai eh trazer isso ou validar esse tipo de conhecimento. Indo agora respondendo a tua pergunta mais diretamente, né, para quem tá de fora, pretende ingressar aqui.
A nossa subsecretaria tem um viés muito forte em TI. Então, o Rio Grande do Sul ele autoriza nota fiscal eletrônica para mais de 20 estados. Então, o Rio Grande do Sul administra isso e isso acaba trazendo uma cultura muito vinculada à tecnologia da informação.
Eh, o nosso subsecretário, inclusive, o Ricardo Neves, ele foi o o gerente desse projeto, projeto da nota fiscal eletrônica pro Brasil, né? E então também ele e ele é um e ele é da área da TI, né? ele é formado em ciência da computação.
Então, se eu fosse dar uma dica, eu diria que TEI é algo que certamente vai pesar um pouco eh desproporcionalmente ali na prova, né? E o resto a gente já sabe, né? Direito tributário, língua portuguesa, isso é o de pra né?
Mas o que que fora aquelas matérias básicas muito provavelmente vai ter um peso alto? Sem dúvida são áreas ligadas à TI. Muito bom.
Agora, Edson, tem alguma característica principal que você ache para quem deseja assumir a mesma função que você algum perfil ideal? A pessoa precisa ter algum perfil ideal para ser um auditor aí na Cfaz Rio Grande do Sul? É, eu vou te dizer assim, a nossa instituição, ela tem tantas atividades que ela absorve praticamente todos os perfis.
Eh, o único perfil aqui que não vai se adaptar é o perfil que não quer trabalhar, sendo bem direto e objetivo, né? Porque como a nossa missão ela é muito grande, é muito importante, tanto pro estado quanto pra sociedade, a gente é muito exigido e e isso eu acho muito positivo. Inclusive, quando eu faço a recepção de novos servidores, eu sempre coloco isso.
Saibam que muita gente depende do trabalho de vocês. Se nós não fizermos bem o nosso trabalho, a arrecadação não vai ingressar ou não vai ingressar como deveria ingressar, na quantidade que deveria ingressar e alguém não vai ter algum serviço. Talvez alguém não seja atendido no hospital, talvez alguém não tenha algum direito atendido, talvez alguma criança fique sem escola, né?
Então o nosso trabalho é muito importante e essa cobrança, na maioria das vezes, nem é da gestão em si. A própria carreira acaba se cobrando muito, né? A equipe sabe da sua importância e todo mundo se cobra muito para um desempenho alto, né?
Então, eh, eu diria isso, quem tem vontade de trabalhar e ganhar bem para fazer isso. Então, como eu digo, é um ganha ganha, né? Aqui a gente é exigido, mas tem a contrapartida.
Então, eh, quem tem esse espírito de quero entregar, quero fazer a diferença, quero melhorar a sociedade, quero diminuir concorrência desleal, quero participar do lado correto, né, da força, aqui vai ter toda a oportunidade. E qualquer perfil mais introspectivo, tem aonde trabalhar. O mais comunicativo também tem.
Quem tem um perfil mais de TI ou mais de humanas, engenheiros, nós temos muitos, nós temos muitos também que são formados em áreas mais humanas e todo mundo se encaixa e se encaixa muito bem. Quanto a isso não tem problema nenhum, é mais uma questão mais de motivação, né? Tem que ter isso.
Claro, a gente veio aqui para trabalhar e é isso que a sociedade espera de nós. Muito bom. Então agora pra gente encerrar, ó Edson, deixa uma mensagem até motivacional aí pras pessoas que estão nos acompanhando, que buscam uma inspiração aí na sua carreira, que sonham em entrar na Cfaz Rio Grande do Sul, quem sabe num próximo concurso que vem aí.
Uma mensagem para essas para essa galera que tá estudando. Olha, gente, eh não tem muita mágica, né? a gente sabe, na verdade, todo mundo sabe o que tem que fazer, baixar a cabeça, estudar.
Os concursos vão aparecer aqui, provavelmente tenha um concurso em seguida, porque a gente já venceu o anterior. Então, assim, estudem, se dediquem. As coisas também não acontecem rápido porque tirando pessoas muito iluminadas, que não é o meu caso claramente, com dedicação, com alguns anos aí estudando, estudando bem bons materiais, bons cursos, vai acontecer, vai acontecer e vocês vão conseguir atingir aí seus sonhos.
E um sonho legal, um sonho em que todo mundo ganha, né? Em que a sociedade ganha com uma pessoa motivada, que quer entregar, fazer um bom trabalho e que também é bem remunerada por isso. Então eu sou muito feliz aqui na fazenda.
Eu e eu falo isso para todo mundo, não é que eu digo, olha, eu agradeço todo dia, porque eu já trabalhei aí no que eu brinco no mundo real. Nossa, é meta para lá, exigência para lá, uma loucura para ganhar muito menos, né? Então aqui no serviço público existe um respeito, a pessoa é considerada, existe uma série de atribuições de importantância paraa pessoa, pro cargo.
Eh, então assim, ó, é uma alegria, é uma alegria tá aqui, poder fazer um trabalho relevante e ao mesmo tempo ser valorizado, né? Lutem por isso. E o caminho é o que todo mundo sabe, não tem nenhuma fórmula mágica.
Estudem, se dediquem, que mais cedo ou mais tarde vai acontecer. Muito bom. Edson André Moura, auditor fiscal da CFAS Rio Grande do Sul.
Muito obrigada pela disponibilidade em contar um pouquinho pra gente da sua carreira. Espero que você tenha muito sucesso, tá bom? Obrigada, Edson.
Muito obrigada. Igualmente muito sucesso para todos nós. Muito obrigada a você também que acompanhou a gente até aqui.
No nosso blog tem outras entrevistas com outros profissionais para você ficar muito bem informado no mundo dos concursos públicos. Até a próxima.