Sejam bem-vindos ao Telos Garagem, diretamente aqui dos estúdios TPC. Obrigado por assistir. Curte, comenta, compartilha. Hoje estamos aqui para a gravação de mais esse incrível podcast com o meu amigo Guilherme Batilani, um cara especialista em comportamento humano. Você está bem? Como está você? Pai, obrigado pela presença. É como se fosse a primeira vez. Dispensa comentários, né, meu brother? Teu currículo dispensa comentários. Lembrando galera que esse podcast tem o oferecimento de Pablo Bernard. Acesse o site pavernar.com.br e o Instagram @pablobernardoficial. Muito boas peças, meus amigos. Muito boa, muito bom gosto as peças. Indico vocês a a
entrarem no site, conferirem mesmo. Muito bom. Contar uma história de amor em seus pés. É isso. Quer contar a história? Não, todo mundo já conhece. Já conhece. Ah, é muito boa. Muito boa. Mano, como é que você tá, meu velho? Tô bem, cara. Tô bem. Tá na rádio todo dia. Tá na rádio todo dia. Hoje eu não fiz. Eu não fiz, hoje eu não fiz rádio não. O que que eu fiz hoje? Ah, dei mentoria, dei aula. É de sempre, né? Comportamento humano, brother, conta para nós como é que você chegou com essa história do
comportamento humano. Todo mundo fala sobre comportamento animal. Isso tá na tá na tá na pauta. Nossa, né? Todo dia compra um cachorrinho, já vai lá pegar o livrinho para saber como é que o bicho se comp. Já vai lá para saber onde é que ele tem que mijar, como onde é que tem que fazer, tal. Agora o humano, velho, o humano ele é previsível, velho. Como que é essa parada aí? Ser humana é previsível, cara. Serão é previsível, sim. Eh, retomando assustine. Vamos lá. Acho que eu eu comentei, eu sempre comento isso na internet, Tielo.
O ser humano ele é biopsicosocial. São os três elementos que que compõem o nosso comportamento. Qualquer faculdade de de humanas que você estudar, se você estudar direito, você estudar sociologia, se você estudar filosofia, qualquer faculdade humana, você vai você vai ouvir esse termo biopsicossocial. Que que significa? Significa que o nosso comportamento é moldado em três fatores básicos, questões genéticas e biológicas. E existe, não existe um um determinismo acertado em 100%. Ah, se você nasceu assim, então será assim. Não é, tá errado pensar desse jeito. Existe uma determinação psicológica, que é a capacidade do seu cérebro
de produzir neurotransmissor, a capacidade de aprendizagem, os seus traumas e tudo mais. E existe as questões sociais, que escola que você nasceu, sua família, seus pais são estudados, não são estudados, eh, qual que é a cultura que você está inserido. Então, é curioso que quanto mais você estuda o comportamento humano, mais você vai vendo esses padrões e você vai percebendo que, vamos lá, pessoas que cresceram na mesma cidade tem padrões de comportamento parecido. Pessoas que tm traumas parecidos tem padrão de comportamento parecido. Pessoas que têm genética parecida tem comportamento parecido. E aí você começa a
entender isso aí, você começa, a palavra diagnosticar, ela tá errada, mas você começa a observar padrões de comportamento. E isso é uma coisa que sempre me chamou atenção, sempre fui curioso para estudar esse esse mundo e sempre me incomodou o fato da gente não estudar esse mundo, como você mesmo bem colocou, né? a gente tá muito mais preocupado em estudar o comportamento canino. Se você escrever comportamento no Google, talvez apareça comportamento de canino. As pessoas querem saber mais sobre o pincher dela do que sobre o o autocomportamento do que o comportamento humano. Então eu vim
pra internet para trazer esse conceito de comportamento humano, eh para gerar curiosidade nas pessoas, para elas eh buscarem entender porque se comportam do jeito que comporta. Por que que eu tenho necessidade de autoafirmação? Porque eu tenho essa vaidade, por que eu me comporto desse jeito? Porque que eu tenho raiva acumulada? Por que que eu tenho tesão acumulado? Por que que eu tenho eh eh por que eu me sinto deprimido, reprimido, com autoestima baixa? E entender esses porquês sempre foi a minha pilha uma tesão, entendeu? E aí eu vim pra internet para popularizar esse conceito para
as pessoas terem tesão para esse tema também. Basicamente isso. Da hora. Você acha que o o essas coisas que aviltam no homem, né, de certa forma, eh, é porque o homem sabe que vai morrer e aí gera essas essas essa esses sentimentos de ganância, de vaidade, essas coisas do fazer o fazer agora, não posso esperar amanhã, não posso planejar porque eu não sei se eu vou estar vivo, né? Voltando lá pro canino, o nosso cachorrinho, não sei se tem cachorro, mas o meu cachorro, por exemplo, ele tá lá em casa, tá deitadinho, tá de boa,
tá lá, tá tranquilo, porque não tem a menor ideia que um dia ele vai morrer, né? Eu acho que com certeza nós seríamos muito mais felizes se não soubéssemos. Eu eu diria, eu também acho porque do ponto de vista filosófico eu escuto escuto muita gente falar assim: "Ah, não, a gente aproveita a vida porque sabe que vai morrer". Não, cara, tipo, é uma parcela mínima das pessoas que vivem com esse conceito na cabeça delas, entendeu? a grande maioria vive com conceito de sobrevivência, principalmente em país, de terceiro mundo, entendeu? Mas eu acho que se a
gente não soubesse, eu acho que lembra do paradoxo da escolha, né? Acho que quanto menos informação, mais fácil. Quanto mais informação você tem para administrar, quanto mais informação você tem para absorver, quanto mais informação você tem para entender e trabalhar com elas, pior. Às vezes você nasce num num lugar limitado intelectualmente, limitado culturalmente, com limitações de comida, com limitações de sexo, com limitações de de entretenimento, você vai num ritmo automático que pode te fazer mais feliz do que no mundo das possibilidades. E a gente precisou enriquecer como sociedade para para ter essa certeza, porque por
muito tempo a gente não tinha tecnologia, então a gente vivia em ritmo de sobrevivência. A gente plantava arroz e comia arroz, plantava feijão, comia feijão, engordava a vaca e comia a vaca e tomava o leite da vaca. Aí tinha, a gente tinha uma ideia errada de se a gente tivesse opção para [ __ ] logo seríamos mais felizes, uma vez que a gente tá triste tendo pouca opção. É uma matemática até básica, né? Pô, se me falta comida, quando tiver comida para [ __ ] então serei feliz para [ __ ] Se me falta sexo,
quando eu tiver muito sexo, então serei feliz para [ __ ] E 30 anos se passaram, pelo menos quando a tecnologia ela se popularizou, né? Todo mundo tem Instagram, todo mundo tem. Às vezes um final de semana ou outro dá para ir no restaurante conhecer uma comida diferente, você tem mais opção sexual por causa das redes sociais. E a gente tá descobrindo que não, cara, que o paradoxo da escolha mostra pra gente que quanto mais opções, pior. Se eu te der Netflix, Amazon, eh, Disney Plus e o Sky Gato, tudo na tua mão e fala
assim: "Pô, escolhe um filme legal pra gente assistir agora". Provavelmente você vai passar duas horas assistindo, procurando o filme. Você não vai escolher um filme nenhum, você vai travar e no momento que eu encher seu saco e falar: "Escolhe qualquer um, pelo amor de Deus", você vai assistir o filme por 10 minutos e pensar: "Escolhemos errado, velho. Tá meio pai, tá meio bosta esse filme aqui agora". E isso tá com tudo, cara. Com tudo. Porque, por exemplo, no mundo dos casamentos, por exemplo, o homem tá experimentando 20, 30 mulheres antes de casar. A mulher tá
experimentando 20, 30 homens antes de casar. Aí ele trava porque ele tem várias opções. Aí ele escolhe o que dá. Porque uma hora tem que casar. A sociedade tá ensinando isso pra gente. Aí quando tem a sensação de que casou errado. Uma vai travar na hora de escolher e a hora que escolher vai ter a sensação de que travou errado. É casou errado. Então o paradoxo da escolha tá mostrando pra gente quanto mais simples e mais de boa e com menos possibilidades é a tua vida, mais barato é. E não só barato do ponto de
vista energético e financeiro, barato do ponto de vista emocional. Porque pensar já era angústia, pensar já era frustração, pensar já era depressão. A gente não tá vivendo um depressões em massa e suicídios em massa porque tá faltando recurso, é porque tá sobrando o recurso. Entendeu? Faz sentido que eu tô falando. Faz sentido. Faz sentido. E a a questão também é a parada do não é não é só o pensamento, porque se você pegasse os nossos avós lá atrás, eles sentavam na cadeira de balança e ficava horas pensando Uhum. Uhum. Né? Mas eu acho que é
a questão realmente da da das opções de escolha, né, cara? Cara, o o meu avô é uma coisa impressionante, cara. E não é só opção, desculpa, não é só opção da escolha, mas é é a decisão da escolha, você bancar bancar sua escolha. Essa é a parada. B antigamente a a principalmente quem cresceu em cidade pequena no Brasil, né, as pessoas não tinha muita opção para namorar e casar. É muito comum no interior as pessoas eh se casarem com primos, porque, pô, não tem tanta opção. Então, é ou a galera da vilinha que se encontra
aos domingos no futebol, aí você acha alguém da vizinha de sítio ou você casa com uma prima, não tinha tanta opção, né? E aí as pessoas meio que se adaptavam com a realidade que tinha e era uma vida, cara, muito pacata, mas a gente tá acostumado com vida pacata como negativa. E não é isso. Você deu o exemplo do do dos nossos avós, né? De fato, o meu vô, ele consegue pegar uma cadeira diária e e ele bota a cadeira de área debaixo de uma árvore e ele consegue tranquilamente ficar 3 horas olhando pra árvore.
Tranquilamente assim, ele não faz esforço nenhum mental e ele não sente tédio, ele não sente necessidade de pegar o celular, ele não sente necessidade de pegar TV, ele não sente essa essa necessidade. E é curioso porque eu pego a cadeira de ar e sento do lado dele e a gente consegue ficar meia hora sem falar nada, sem falar nada. No máximo um comentário sobre ah, será que essa vaca pare amanhã ou hoje? É quando o cavalo corre em volta do do negócio, porque vai chover e acabou. E a gente continua ficando meia hora sem falar
nada. E esse cara, ele tá acostumado com o tédio, que eu nem sei se ele chamaria de tédio. Acho que ele chamaria de calma, acho que ele chamaria de tô tranquilo, não tenho nada para fazer. E eu não tenho nada para fazer. A gente hoje olha com olhos negativos por causa dessa desse sentimento de ser produtivo para [ __ ] Não, como assim? Então eu não vou ficar rico hoje. O meu vô viu tipo, cara, o mato tá tá molhado para cortar, a as vacas já tá com o leite tirado ou ou não tem mato
para carp e a cerca tá tá cheia, eu não tenho nada para eu fazer. Então eu vou pegar a minha cadeira diária e eu vou ficar olhando pro nada. Mas vô, você não tá não, não tô entediado. Só que isso é perfeito, Telo, para casamento, cara. Porque casamento é um tédio. Que o cara fala para mim que fala que não é, ele tá mentindo. Casa, principalmente um casamento de longo prazo, 20, 30, 40. Meus avós tm 63 anos de casado. É uma aventura a vida deles? Pelo amor de Deus. Lógico que não é uma aventura.
Eles fazem a mesma coisa 80 anos. Só que esse treinamento intelectual e mental com o tédio faz meu vô enxergar tudo com ótimos olhos. Cara, quando meu vô tem um pico de emoção besta, que é o time dele ganhar, tá do [ __ ] E não precisa ser num camarote no Alians. Pode ser lá no sítio vendo TV. Como as expectativas do cara são baixas, qualquer coisa impressiona ele, qualquer coisa surpreende e deixa ele mais feliz. Agora, a vida da cidade grande é muito pior, porque as expectativas são muito altas. Como é que você impressiona
e tem pico de felicidade com uma pessoa que tem a régua lá em cima? Isso, isso, isso não é possível. E chega uma hora que tua régua tá tão alta e você já viveu tanta coisa que você precisa de muita coisa para gerar pico de felicidade. Eu tenho certeza, a gente conversou e você me contou um pouco da sua história. Provavelmente R$ 500 para você há 30 anos atrás te daria mais felicidade do que R$ 500.000 R000 para você hoje. Não tenha dúvida, velho. Não tenha dúvida. É impressionante o o como a vida simples ela,
que você tá falando tem muito sentido, porque é 500 para você era mais dinheiro do que 500.000 hoje, né? Ou pelo menos te dava mais felicidade. Época. época que a gente tava no corre no perrengue, não tinha tempo para ter depressão, não tinha tempo para ter ansiedade, meu. Você tava no correo que a a a vida as coisas se acalmam e a e a e a e agora é só você sentar e esperar as coisas e escolher escolher, velho. E escolher. Aí é onde a aí você tem tempo para refletir e falar: "Será que a
vida faz sentido mesmo, cara? Será que eu sou feliz? Será que eu tenho propósito? E se eu não tiver propósito? Então, minha vida não faz sentido. E aí você começa a a pensar coisas que a gente não foi feito para pensar. Juro por Deus, cara, eu tive uma infância simples, eh, ralei para chegar aqui, tive muita sorte para estar aqui e me incomoda profundamente quando alguém me pergunta sobre o propósito, cara. Cara, propósito é o [ __ ] Faz 20 anos que a gente tá falando essa merda. E a zona de conforto, [ __ ]
Vai se [ __ ] cara. Isso não é bom, cara. Gente de 20 anos me falando sobre propósito. Que propósito, brother? Vai ser útil, tá ligado? vai trabalhar alguma coisa, ganhar um dinheiro, só só seja útil socialmente, entendeu? Eu [ __ ] mas eu sinto que eu que eu que eu que eu estou fazendo não tem propósito. [ __ ] que não tem propósito, mano. Pau no cu do teu propósito, velho. Você acha que meu pai tá preocupado com um propósito, mano? Com boleto para pagar? Você acha que minha mãe tá preocupado com um propósito?
Você acha que meu avô, meu avô são 83 anos, não sei quantos filhos e neto nas costas, chega no meu avô e fala: "Vô, e o seu propósito? [ __ ] Você merda é meu sobreviver, pagar conta e sustentar filho. BR, que propósito, velho. Então o cara, o cara começa a pensar demais, Tielo, ele começa a fantasiar um mundo que nem existe, mano. Ou um mundo que só tem problema na cabeça dele. Mais da metade dos nossos problemas só existem na nossa cabeça, velho. É mesmo, né? Só isso não sua cabeça, velho. Cara, como que
é aquela história do do cara que o o a gente liga para alguém e essa pessoa não atende, você consegue construir na sua cabeça uns um monte de desgraça quando na verdade a pessoa só não podia atender, só não podia atender. Eu expliquei para vocês o viés, né? O viés de confirmação, viés de cognição, o viés de de ego. Posso explicar os três? Pode. Claro, evidente. Vamos embora. Viagem e eg e ego. Então é uma pesquisa muito legal feita nos Estados Unidos na época do COVID que pegou vários casais, milhares de casais e entrevistaram e
perguntaram pros homens quanto que ele achava que a limpeza da casa era fruto do trabalho dele, era a responsabilidade dele. E mais a metade dos homens falaram que mais de 50% da limpeza da casa era fruto do trabalho dele. Curiosamente e não e não impressionantemente, só 3% das mulheres concordaram com o que os maridos tinham falado. E aí os caras e eh chegaram à conclusão de que os caras queriam ser mais prestativo, queriam pagar disconstruído, queria pagar de legal. E não era essa história. A história é que os caras entraram numa coisa chamada de viés
egocêntrico. O que que é o viés egocêntrico? Você só consegue enxergar aquilo que você observou. Então, se eu chegar nesse cara que falou mais de 50% da limpeza da casa, é responsável dele, aí eu pergunto: "Que que você faz na casa?" E aí ele me fala: "Cara, eu varro a casa três vezes por semana." E aí eu pergunto: "E quem que lava as toalhas? Quem que lava a louça? Quem que lava a roupa? Quem que lava os tapetes? Quem que lava a janela? Quem que limpa o sofá? Quem que limpa os móveis? A bosta do
cachorro. E a a o cocô do cachorro. E aí ele vai falar: "Caralho, [ __ ] você amor que faz isso?" E obviamente a esposa já tá gargalhando e já Sim, sou eu que faço isso. E você percebe que o cara não foi na maldade, não, eu faço mais 50. Não foi da maldade, é da incapacidade de observar um trabalho que não foi feito por ele. O nome disso é viés egocêntrico. É por isso que a gente tem tanta dificuldade num relacionamento amoroso, por exemplo. É muito comum você ouvir o discurso: "Eu faço tudo por
você, você não faz nada por mim. Eu entrego a minha vida. Eu parei tudo que eu tava fazendo por você e você não faz nada por mim". Não é que a pessoa não faz nada para você. Provavelmente é uma incapacidade sua de observar e valorizar o que ela está fazendo por você. Enquanto você no no dentro do seu próprio rabo, do teu ego, você só consegue enxergar aquilo que você faz. Você não consegue agradecer ou ou valorizar aquilo que os outros fazem, entendeu? E esse é o viés de egocêntrico. Aí existe o que eu mais
gosto disparado, chama viés de confirmação. Viés de confirmação naé tem um livro muito bom chamado Rápido Devagar, que o cara, o Daniel Kenemon, esse cara, esse cara é um psicólogo, ganhou o prêmio Nobel da economia animal. Esse livro, todo mundo, todo ser humano tinha que ler esse livro, o ponto final. Uhum. Nisso ele explica, ele fala assim que o ele se explica as duas formas de pensar, sistema rápido e o sistema devagar. O sistema rápido, que é o sistema um, é feito pra gente respondendo no automático, entendeu? Chegou que horas? O que que você vai
comprar amanhã? Rápido, e até coisas como tipo quem que você acha que ganha ano que vem? Eh, eh, tal, tal candidato ou tal candidato. Você vai me responder o que vier do seu rabo. Você não vai falar: "Ah, me dá estatística, me dá pesquisa, me dá tal. Como está a economia do Brasil? Como está a par?" você não vai fazer essa [ __ ] você vai tirar a informação do seu rabo e soltar ela. Sim. E aí vem o sistema dois. O sistema dois é o sistema que fala: "Calma, o que que a gente tem
de evidência? O que que a gente tem?" Só que essa coisa do calma, o que temos de evidência, ele tem um gasto calórico muito grande, porque você precisa de tempo, você precisa de energia, você precisa questionar sua inteligência, porque às vezes você tá vai est errado e geralmente a gente não quer tá errado. Então o sistema um é aquilo que a gente usa o tempo todo. E o que é mais legal do Daniel é que ele fala assim: "Todo mundo se acha mais inteligente do que é. Todo mundo se acha mais racional do que é.
Se você fazer uma pesquisa na rua e falar assim, cara, você acha que você é mais racional do que a média?" Todo mundo vai falar que é mais racional que a média. É igual a pesquisa do invejoso, né? Não, lógico, eu sou invejado. As pessoas, meus vizinhos, eh, me invejam muito. Mas você é invejoso, amigo? Não, imagina, eu tenho tudo que eu preciso. Não invejo ninguém, entendeu? É, é, é a coisa que o Daniel descobriu. E, e ele explica mais ou menos o seguinte: o nosso cérebro, ele precisa criar histórias na nossa cabeça. A gente
é um bicho perfeito que cria história na cabeça. E esse criar histórias é uma coisa que é meio bizarro, porque a gente vive num caos aleatório, completo, que provavelmente a gente não tem culpa de metade das coisas que acontecem na nossa vida. Provavelmente muito mais de 50% das coisas que acontecem na nossa vida são coisas completamente aleatórias. Assim, se alguém gosta da gente, se alguém não gosta da gente, se nossa vida vai dar certo, se não vai dar certo, se a gente vai ser atropelado na rua, não vai ser atropelado na rua, porque até o
horário que você acorda e levanta da cama influencia se você vai tomar um tiro ou não. Uhum. Entendeu? O o quanto uma caixa de mercado demora para passar o teu pedido influencia se você vai bater o teu carro ou não. E como a gente tem uma incapacidade de observar aquilo que a gente não observa, a gente não consegue fazer essa leitura diária. Soltar o efeito borboleta, inclusive. Esse é o efeito borboleta. Perfeito. Só que você passa o teu dia analisando efeito borboleta, não passa, [ __ ] Acordei 2 minutos mais tarde. Será que levarei um
tiro? Você não faz essa [ __ ] entendeu? Ou quando passa algum caminhão logo depois que você passou, você não fica, olha que bom que aquela moça me atendeu 3 segundos. Mas, mas maiszinho sei a gente não faz essa conta na nossa cabeça. Eu sou meio picado, eu sou meio maluco essa [ __ ] Eu fico o dia inteiro observando. É, nossa, eu adoro velho. Pô, eu li um livro animal hoje. [ __ ] se eu tivesse saío, se eu tivesse esquecido a chave, eu tinha caramais tal coisa teria acontecido na minha vida. Nossa. Ah,
o nosso primeiro encontro aqui, [ __ ] Puro acaso do efeito de borboleta total, velho. Inclusive estou aqui hoje de novo. Mas enfim, e como a gente precisa criar histórias na nossa cabeça, essas histórias geralmente elas têm a natureza de confortar que estamos certos. E ela tem uma outra coisa, ela tem uma necessidade da conta fechar. Isso que torna a gente burro. Isso que torna a gente burro. a necessidade da história fazer sentido. E essa história, ela tem que ter começo, meio, fim e por quê? E boa parte das narrativas existenciais da nossa vida não
tem começo, não tem meio, não tem fim e não tem porquê. Só que a gente inventa, porque a história tem que fechar. Uhum. Faz sentido o que eu tô te falando? Trazendo para um mundo dos relacionamentos, por exemplo, pessoa chega em mim e fala assim: "Gui, estava conversando com uma menina, estava tudo legal, cara, tava incrível, a gente estava se dando super bem. E aí ela parou de falar comigo". Por quê? Sei lá. Por, [ __ ] Você você acha mesmo que eu que eu vou saber porquê? Tipo, talvez se eu ligar para ela e
perguntar e ela se se dispor a ser completamente honesta comigo, ela também não vai ter a resposta. Nem ela vai ter. Provavelmente ela vai falar assim: "Ah, não sei, brochei." Quando que você brochou exatamente? Não sei, meu. Tipo, eu só senti. Pode crer. E esse cara, ele quer a resposta. Ele quer a resposta porque a resposta conforta. A resposta conforta. E aí eu chego nesse cara e falo assim: "Amigo, na verdade ela parou de falar com você porque ela encontrou um grande amor da vida dela. Aí o cara fica assim: "Ah, era isso então?" [
__ ] agora eu tô bem. Agora eu tô ótimo. Porque a história fechou. Aham. Entendeu? Se fechou, eu tô bem. Agora tá tudo certo, pô. É o papel de religião, [ __ ] Que que religião faz, cara? É, pô, meu filho, amo bem ele para [ __ ] Como que eu perdi o meu filho? Calma, cara. Deus, Deus tem um propósito na sua vida, cara. Deus Deus vai cuidar de você. Deus Deus tá ali, pô. Deus. Ah, não. Então tá tudo bem, então tá beleza. Entendeu? Aham. E aí vem essa resposta que conforta, que faz
a gente eh eh faz a história fechar. E qual que é o problema do viajo de confirmação, velho? Uma vez que a gente cria uma história na nossa cabeça, a gente, ao invés de questionar se a história está certa, a gente passa o dia inteiro procurando elementos para confirmar se a nossa história tá certa. Para procurando elementos para confirmar a nossa história. Então, por exemplo, você botou na sua cabeça que o candidato um é o salvador da pátria. Esse cara vai mudar este país. Esse cara, meu Deus do céu. A hora que esse cara entrar,
brother, o Brasil vai ver a Suíça misturar com os Estados Unidos. Você botou isso na tua cabeça e aí vem alguém e fala assim: "Cara, esse cara, bicho, ele tá acusado de corrupção. Esse cara já roubou uma galera já." Não, não, não, não, não. Porque o meu candidato, em hipótese alguma, ele faria um negócio desse, amigo. Tá aqui, cara. Tipo, não, não, não. Isso aí é, isso aí é Globo lixo, isso aí é mídia, filha da [ __ ] entendeu? Não, não, amigo, não é, não é reportagem, não. É tipo, é o documento. Não, não,
isso aí é o STF, bandido, desgraçado. Tipo, eu não quero acreditar nos fatos, eu quero acreditar no que eu escolhi. E no mundo do amor é assim, no mundo empresarial é assim, o ser humano ele funciona dessa forma e a gente não quer tá errado. Aí entra um outro fator. Tá falando demais? Não, isso é ego. Você chama ego. Aí entra o ego. O ego. O ego é o maior destruidor de inteligência que existe. Porque uma vez que você cria uma história na tua cabeça e o teu ego não permite que você esteja errado, você
fica ainda mais burro. Entendeu? Então, por exemplo, eu falo um absurdo aqui. Eu falo um absurdo aqui, eu sou um cara egocêntrico para [ __ ] E aí, cara, vem alguém falar para mim, Gui, você falou uma grande merda. Você falou um absurdo e o meu ego tá aqui, ó. Meu ego é gigante, meu ego é [ __ ] Eu falo assim, falei o [ __ ] Como é que eu falei? Eu logo eu vou falar merda aqui agora. Não, cara, deixa eu explicar. Não vai me explicar, cara. Eu sei que eu tô certo. Eu
sei, eu sempre estou certo. E aí o ego é um inibidor de inteligência. Porque no momento em que eu reconheço as minhas imperfeições e reconheço a minha burrice e você, Tio, fala para mim, Gu, você falou uma grande merda ali, eu falar: "Me conta, me conta". E aí, se você convencer, me convencer e pôra, você tem que tá aberto, abre esse sistema dois e abre esse sistema um para você estar errado, difícil, né? Você fica um cara, uma pessoa mais inteligente, entendeu? Por qu você vai falar assim: "Puta [ __ ] falei merda mesmo, velho.
Falei merda mesmo". E aí você vira um novo personagem na tua cabeça, você cria uma nova história na tua cabeça. Se você Raul Seixas falava, né? Prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião informada sobre tudo. Essa frase é impecável. Tipo, eu prefiro eh eh tá sempre mudando de opinião do que ser um imbecil que não muda de de ideia nunca, entendeu? Então, acho que é isso. É formar uma formação de uma a formação de opinião é ela é extremamente quando se forma uma opinião, ela é extremamente difícil de você Ah, tá
aí, né, a prova, né, no que a gente vive no país hoje, né, total dividido. Exatamente. Metade para lá, metade para cá, inimizades dentro de família, inimizade, pó, porque ninguém quer abrir mão das suas e os cara e os caras jantando junto em em Brasília, tá ligado? Isso é o que mais me pega, velho. Então, os caras vão jogar bola junto. Os cara jogando bola junto, irmão. E você brigando com teu pai, brother. Você, os caras jogando pôker, velho, depois da parada e você brigando com teu pai e você apostando um carro. Ah, vá tomar
no seu cu, velho, pelo amor de Deus. Gu, como é que você acha que é um bom ponto de partida pra pessoa começar a entender o seu próprio as suas próprias eh eh conhecimento de si mesmo, assim, cara? Como que você, qual o ponto de partida da gente começar a abrir a cabeça para essas coisas? Cara, eu tenho uma história que e existe alguns dias D na nossa vida, né? Ou não existem e a gente fantasia e cria a história, ou existem, né? Então eu criei um dia D na minha vida que eu acho que
esse dia D foi o dia que eu que eu é comecei a questionar a minha o meu próprio comportamento. Eu lembro que eu tava eh eu eu tinha ido para Maringá e eu tava ficando com a menina e tipo eu tava meio apaixonadinho pela menina, era uma menina legal, era uma menina que tava onde eu queria est e eu admirava ela, eu achava ela linda, ela era inteligente, tava ficando com a menina e na época eu trabalhava com topografia, velho. Eu fazia planejamento urbano e eu ia pr pro mato executar, bater marreta, ficar debaixo de
sol batendo marreta o dia inteiro. E ela obviamente só sabia da parte do planejamento urbano, né, que era o escritório mexendo em AutoCAD. E aí a gente ia para uns lugares e, enfim, ela me apresentou pras amigas dela, foi legal e tal. E aí na época eu tava tentando passar no vestibular e pôra, eu sempre fui muito ambicioso em relação à universidade, cara. Eu queria estudar numa universidade pública numa boa universidade, numa boa escola de de formação. E eu não conseguia passar por motivos óbvios, cara. Eu tinha vida de um colégio agrícola, não tinha preparo
eh para vestibular nenhum e eu precisava aprender todo o conteúdo de ensino médio do zero. E eu trabalhava o dia inteiro batendo marreta. Irmão, vai estudar que horas? Eu lembro que eu eu fui no cursinho e o o cara foi planejar o meu horário de estudo e ele falou: "Cara, você começa, você acorda que horas?" Eu falei: "530". Ele falou: "Você dorme que horas?" Falei, eu chego em casa meia noite:30, janto e durmo, eu paro 1:30 da manhã. Ela falou: "Você tá dizendo para mim que você para 1:30 da manhã, acorda 5:30 da manhã". Eu
falei: "Sim, exatamente isso." E ele: "Mas que hora que eu encaixo seu estudo?" Eu falei: "Não tem hora, irmão, não tem hora". Então, não dava. Eu comecei a procurar empregos que me deixariam trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Procurei portaria de de hotel, procurei um monte de coisa. E um dia eu tava na na casa de um brother e eu passei pelo porteiro no turno, tipo, o irmão, tudo bem? Beleza, beleza? E o cara vendo TV. Aí passou três, sei lá, duas, tr horas, eu volto e ele viam TV de novo. Ô irmão, tudo bem,
beleza? Falei: "Caralho, mano, esse cara não fez nada nas últimas 3 horas, meu, que emprego maravilhoso para se estudar, hein, velho?" Aí eu fui lá no meu amigo, falei: "Mano, e eu consigo seu porteiro aqui no prédio?" E aí ele falou: "Sei lá, mano, desce lá". O o síndico mora no 906, vai lá e fala com o cara. Desci dois andares e bati na porta do cara. E eu com essa cara de playboy aqui, o cara não entendeu nada, né? Fala, amigo, tudo bem? Tô na casa do Felipe ali, eh, tá precisando de porteiro noturno
aqui no prédio? E ele, cara, não, por quê não, cara? Eu queria ser porteiro aqui do prédio e tal. Ele fica, você vive aqui, pô. Sim, eu quero ser porteiro aqui noturno. Tem, tem vago ou não? Falei: "Cara, não tem, mas eu te ligo. Quer deixar o teu telefone?" Falei: "Quero para [ __ ] cara". Deu um mês, esse cara me ligou. O cara me ligou: "Ô, Belir, era sério? Papo reto, que você queria ser porteiro aqui?" Eu falei: "Não, quero, quero, tem vaga?" Ele tem. cola aqui tal dia. E era no dia do meu
aniversário, velho. No dia, no dia do meu aniversário foi meu primeiro dia como porteiro noturno. É mesmo? E aí eu lembro que eu eu cheguei na menina felizão assim, velho, felizão. Falei: "Meu, você não vai acreditar". Lembra que eu tava procurando por um emprego que me deixava estudar e trabalhar ao mesmo tempo, que aí eu conseguiria passar no vestibular? Ela: "Sim, lógico, pô". Arrumei esse emprego. E ela, [ __ ] que legal, meu. Tipo, "E aí, que que você vai fazer?" Eu falei: "Você porteiro de prédio, você porteiro noturno". E na minha cabeça, Tielo, eu
eu tinha sido genial assim, eu falei: "Caralho, olha que sacada, eu ainda vou ter dinheiro para sobreviver, porque meus pais não pagavam minhas contas e ainda vou conseguir estudar, [ __ ] Vou estudar toda a madrugada, estudo 10 horas seguidas e passo no vestibular no final do ano." Cara, a hora que eu falei, essa menina fez uma cara de desprezo para mim, velho. De desprezo, assim, tipo, porteiro. E aí eu falei assim: "É, [ __ ] porteiro, tal, vou estudar à noite." Ela e que que eu vou falar para minhas amigas? Você vê que que
eu que eu namoro um porteiro. A gente nem namorado. As amigas que você acaba de ser solteira, né? Foi exatamente que eu falei, cara. Eu disse que você é solteira. Exatamente. Falei: "Cara, não precisa falar nada para elas não, cara. Vou te levar embora. E aí você diz para elas que eu não existo mais." E aí tá beleza. Na minha cabeça, Tielo, lembra que a gente cria histórias da nossa cabeça e não tem Cristo que tira essas histórias da nossa cabeça? Uhum. Na a princípio a minha ideia tinha sido muito boa. Foi uma experiência de
merda que mudou completamente a história que eu tinha criado na minha cabeça. Antes eu tinha achado a experiência de ser porteiro muito inteligente. Graças à experiência da men com a menina, eu achei a experiência de ser porteiro burra e pelega e tal. Gente, não fiquem bravos comigo. Não tô diminuindo a profissão de porteiro. Eu tô só falando que, tipo, que uma menina de da alta classe social da cidade não queria namorar um porteiro, tá ligado? É mais uma história do comportamento humano. É, exatamente. E aí, eh, eu, eu mudei completamente a história que eu tinha
criado na minha cabeça. Porteira igual a mulheres não valorizam. Então, provavelmente eu tinha 18 anos de idade, cara, testo 1000, 18 anos de idade, brother. O cara vive em função de mulher, mano. Não tem como negar isso. E aí falei: "Porra, fodeu, nunca mais vou pegar ninguém." E é uma produção desvalorizada pelo mundo universo feminino e tal, tal, tal. Mas beleza, preciso trabalhar, irmão. Não era uma decisa, não era uma, não era uma opção não trabalhar. E o cara falou: "Agora vou trabalhar". E um belo dia estava eu numa balada na na cidade e eu
cheguei numa menina, comecei a conversar com essa menina e a gente deu liga, foi tipo, "Ah, histórias parecidas, tal, tal, tal". A gente se deu muito bem e a gente ficou. Aí passou um tempo, ela falou: "Meu, eh, eu vou no banheiro, você me espera aqui?" Quando a pessoa fala: "Me espera aqui", porque ela quer voltar e ela quer que voltar e que você esteja ali, né? Uhum. Ela foi no banheiro. No que ela estava voltando do banheiro, eu vi na minha periférica ela voltando, uma menina entra na frente dela e fala assim para ela:
"Onde você tá indo?" E aí ela falou: "Ah, tô com o carinha ali e tal". Tá. Aí a menina, tipo, olhou e falou assim: "Aquele cara é porteiro do meu prédio, você não vai lá, né? fica aqui. E tipo, ó, virou a menina de costas para mim e jogou ela para dentro da roda. E eu vi aquela cena, velho. [ __ ] meu irmão, como doeu aquela [ __ ] velho. Mano, mas doeu, mas doeu. E naquele momento eu meio que queria ir lá falar com ela. Eu queria ir lá xingar a menina que que
fez o que tinha feito comigo. Escuta que eu sou vagabunda. Não sei. Eu queria eu queria pôr para fora esse sentimento e eu queria me explicar para ela. fala: "Meu, eu sou um [ __ ] cara legal, velho. Teu futuro promissor, eu sou um cara inteligente. Você vai gostar de mim ainda, cara. Tipo, ah, meu, eu sou porteiro mesmo agora, mas tipo, calma, eu tenho um futuro legal. Eu queria me, eu queria me justificar, eu queria, tipo, sei lá, eu queria botar para fora o que eu tinha sentido naquele momento. Meu melhor amigo viu a
cena, viu o que eu senti, me pegou pelo ombro e me levou embora, mano. Falou: "Vamos embora daqui não tem, você não tem mais nada para fazer aqui". Fui embora chorando naturalmente. Uhum. Cheguei no meu apartamento, sentei no chão, peguei uma taça de vinho, ele sentou no sofá e ele falou: "Quer discutir sobre isso?" Quero. Quero discutir sobre isso. E aí ele falou assim: "Que que você sentiu?" Aí eu falei assim: "Raiva, raiva, ódio". Ele falou assim: "Mas dela?" Eu falei: "Não sei". E aí ele falou assim para mim: "Mano, a vida não é sobre
os acontecimentos ou sobre o que as pessoas falam de você. A vida é sobre como você entende isso. E se isso te feriu, é porque tem razão ou porque você não tá bem resolvido com essa [ __ ] ainda. Porque desde criança, desde adolescente, Tielo, eu comecei a perceber que a minha comunicação era melhor do que o normal. E eu tinha, sempre tive uma capacidade de raciocínio muito rápida para contar história, criar história, criar narrativa, explicar as coisas. Então eu comecei a me enxergar como promessa. Uhum. Promessa aleatória. Não tinha prova nenhuma, mas eu comecei
a me enxergar como promessa. E eu só que eu era um cara que ganhava R$ 1.400 por mês. Então isso me revoltava. A culpa não é da menina, nenhuma. A menina não tem nenhuma culpa disso. Inclusive, a menina que protegeu a amiga, ela exerceu um direito dela e ela exerceu um papel natural de amiga de eu acho que tem coisa melhor para você, fica aqui. Não era pessoal, brother. A menina não me odiava não, cara. Talvez a menina nem sabia da minha existência direito. Ela só lembrou que eu era o porteiro do prédio dela, que
talvez não seria legal ela ir embora com o porteiro ou ficar ficar comigo diante dessa situação. E a menina, tá bom. Ela confiou, ela exerceu um movimento natural de confiar na amiga e não de um cara que ela conheceu há 30 minutos atrás. Ah, só que eu não conseguia ter esse olhar porque o meu olhar era sobre o meu ego. Lembra do viés egocêntrico? Uhum. É como se tudo fosse pessoal. Não, tudo é sobre mim. Você fez coisa porque é comigo. Você fez coisa porque é comigo. Você fez coisa porque é comigo. E não é
a vida não é sobre a gente, mano. Na real, quase nada é sobre a gente. Talvez nem a gente seja sobre a gente. Uhum. E aí o meu amigo sentou e falou assim: "Vamos discutir sobre a sua história, mano. Por que que você sente tanta revolta? Porque você acha que você é talentoso e não tem reconhecimento nenhum? Aí que tá a tua revolta." E a gente passou a noite inteira ele comigo, fazendo questionamento sobre o meu passado e sobre o meu os meus pensamentos. E naquele dia eu falei: "Velho, eu quero fazer isso pro resto
da minha vida. Uhum. Toda vez que eu sentir alguma parada, eu quero nomear esse sentimento, eu quero dar sentido para esse sentimento, eu quero mudar a narrativa que existe na nossa na minha cabeça para eu tirar esse sentimento de mim. Porque se eu criei a história de que tal pessoa é apaixonada por mim e a realidade me mostra que ela não é apaixonada por mim, isso vai me gerar uma base frustração. Sim. Mas não deixa de ser também aquele fechamento da fechamento da da do ciclo, né? História. Perfeito, cara. Só que aí tá, só que
é uma forma diferente de fechar. Mas na analogia da vida real, como ela é, não tinha que fechar história nenhuma, porque cada ser humano age do jeito que age. Não tem história para fechar, cara. A menina não queria que a amiga ficasse com o cara do que trabalhasse no prédio dela. A menina queria escutar, preferiu escutar a amiga. E eu tava lá frustradão, achando que era pessoal e que era sobre mim. Não era sobre mim, mano. Não era sobre mim, mano. Era sobre ela e sobre ela e eu era sobre mim. E tipo, então não
tem conta para fechar. Não tem conta para fechar. Entendeu? As escolhas que uma pessoa tem sobre você não é sobre você, cara. Você enfia essa [ __ ] na tua cabeça porque você tem que criar uma história que faça sentido. Mas as histórias não fazem sentido por si só. E quando eu eu entendi essa parada, eu pensei, a única coisa que me resta é criar uma habilidade de contar novas histórias na minha cabeça. Se sou apaixonada por apaixonado por fulana, fulana me dá elementos de que não é apaixonada por mim, eu vou começar a procurar
elementos de que é sim para eu ficar feliz. Só que chega uma hora que ela vai bater a realidade à porta e falar: "Amigo, eu não gosto de você. Eu não gosto de você. Tá bom? A única alternativa que me resta é criar uma nova história na minha cabeça. Então, vou ser feliz solteiro ou vou conhecer outra fulana ou vai ser legal de outra forma. E aí, tipo, a gente treinar essa habilidade, cara, porque isso é treinável. Isso é treinável. Uhum. Eu postei hoje no meu no meu Instagram, Tielo, eh, tipo, você não pode se
copar por ter tentado alguma coisa achando que daria certo. Teve um cara na Jovem Pan essa semana que veio falar comigo, me chamou de canto, falou: "Gui, mandei flor para uma para uma mulher, um buquê lindo, cara, e tô puto para [ __ ] Tô indignado porque, tipo, ela reagiu mal ao meu investimento." Falei: "Mas por que que você tá puto?" Ah, porque foi frustrado. "Tá, mas você tá puto com su com sua tentativa?" Ele sim, mano, tô arrependido e tal. Falei: "Pera aí, pera aí, pera aí". Você mandou o buquê de flor achando que
ia dar certo? Não achou? Não, ach não achou? Sim, achei que ia. Aí, por um acaso, não deu. Não é? Você vai se culpar por ter tentado. É fácil você olhar para trás e falar: "Errei aqui". Só que quando você tentou aqui poderia ter dado certo. Aí você não teria essa perspectiva. Tem uma frase no livro Andar do Bêbado que fala: "Depois da onça morta, todo mundo é caçador. Depois que a onça tá morta ali, todo mundo fala: "Ah, na verdade é assim que se mata a onça, na verdade você precisa, ó, tal". Entendeu? Depois
que tá ali morta, todo mundo sabe caçar. Ou tipo depois que o com o leão na jaula, todo mundo é corajoso, todo mundo, verdade, leões são, se comportam dessa forma. Solta ele aí, mano. Me ensina aí sobre o comportamento de Leão com Leão. Solta. Pois é. Não, a gente não pode olhar para trás e falar: "Errei aqui, mano. Isso tá errado, Tielo. Dá até para minimizar essas coisas quando a gente, isso eu falo muito pro pro vendedores, por exemplo, quando eu já treinei alguns vendedores da da minha empresa e tal, eu sempre falo: "Cara, estude
o cliente". Uhum. Entenda como funciona a cabeça do cara. Faça amizade com o cara, tenta trazer o cara pro time para você exatamente não cometer de mandar flores para alguém que eu detesta flores. Perfeito, perfeito, perfeito. E aí você minimiza o seu erro, né? Perfeito, perfeito, perfeito. E às e talvez o que esse cara deveria fazer a partir desse momento é só não mandar mais flor para ela, velho. Uhum. Tipo, se ela não reagiu bem, então não mande mais. Mas de fato você minimiza muito os seus problemas entendendo e prestando atenção no contexto. No contexto,
mas no contexto de verdade, não no contexto que você quer criar. É, entendeu? Tem que sair fora da caixa, né? Exatamente. Cara, pensa direito. Ela está te dando elementos suficientes para você mandar um buquê de flores para ela e ela reagir bem. Pensa: "Ah, ela um dia respondeu meu direct. Será que isso é elemento suficiente para você fazer isso?" Uhum. Agora, se culpar por um erro, cara, eu acho isso injusto com a nossa história, porque no momento que a gente tentou e deu certo, a gente não olha para trás e fala: "Ah, ali, ali entendeu?
Poderia ter dado certo, poderia ter dado errado. Se deu certo, você não vai ficar fazendo xadrez mental. Se deu errado, você faz. [ __ ] é injusto com você mesmo, entendeu? Agora, você cometer uma cadeia de erros semelhantes, você é muito burro, cara. Entendeu? Você falei isso uma vez, cara, a menina te deu um bolo e aí você continuou eh investindo para ela te dar outro bolo. Tipo, você é masoquista, mano. Você é muito burro, entendeu? Não não deixa ela te dar outro bolo. Agora tá tudo bem ela, ela errar primeiro, entendeu? É aquela história,
né? Quando alguém te engana uma vez, Uhum. a culpa é dele. O cara merece um um um safadão. Mas se o cara te engana duas vezes, quem merece é você, né? Exatamente isso, velho. Presta atenção na [ __ ] direito, né, velho? Não faz de novo a parada, né? Ô, Gui, você falou que estudou no colégio agrícola e eu sei que o colégio agrícola, que eu já tive conhecidos que estudaram em Colégio Agríco, sei que é um lance complicado, né? Um lance difícil, né? Foi, foi o que te conduziu assim para essa maturidade prematura, entre
aspas, assim, cara, conta um pouco dessa história sua aí, cara. Era era muito mais em defesa de todos os colegios agrícolas do Brasil para não ficarem bravos comigo 10, 20 anos atrás era um sistema bem diferente assim, cara. Eu de fato o a a minha primeira conexão com o estudo do comportamento e a curiosidade de estudar o comportamento vem vem de lá de dentro. Eu fui para lá com 14 para 15 anos de idade. Minha família faliu completamente assim. Meu pai ficou tentando comprar caminão para para ser autônomo a vida inteira. E [ __ ]
nada dava certo, velho. Não dava certo. Sei lá, você financia um camião e você não consegue pagar por um mês, você se fodeu. Você tem que devolver o camião pro banco, cara, porque é o a a prestação é muito cara e tal. E aí meu pai tentou para [ __ ] não rolou. E eu tinha estudado em colégio particular a vida inteira, cara. Tinha estudado em colégio de tradicional de freira, porque eu era atleta e eu tenho irmão gêmeo. Então minha mãe conseguiu uma bolsa para mim eu ter irmão gêmea. E eu estudei a vida
inteira em colégio particular. Tive uma educação muito boa. Não posso reclamar. cidadezinha pequena, 20, 25.000 habitantes, mas educação muito boa, privilegiada. Quando eh a gente terminou a oitava série, que hoje é conhecido como nono ano, né? Todos os meus amigos foram para Maringá estudar os melhores colégios. Foram no Marista, no tal, tipo, foram de Playboyzada para lá. E os meus pais falaram: "Cara, eh, não vai rolar a gente manter a educação de vocês, porque a gente não tem grana para pagar nem a van para Maringá". Imagina a mensalidade de colégio. Então vocês podem ficar aqui
na cidade entregando panfleto durante o dia, porque a gente entregava panfleto na na adolescência ou e aí vocês estudam no colégio público à noite ou vocês vão pro colégio agrícola que sua prima se formou e aí vem tipo explica mais. Ah, o Colégio Agrícola é um colégio interno que vocês vão estudar e e o estado vai bancar tudo para vocês. Vocês vão ficar lá aos final de semana vocês eventualmente vê para casa, às vezes fica lá. E é isso. É o colégio interno. Colégio interno. É porque eu tenho esse trauma de criança que quando eu
eu sou TDAH, né? Uhum. Desculpa te interrompir. Imagina, mas eu sou TDH e minha mãe quando qualquer peralti que eu fazia, ela falava: "Vou te colocar no colégio interno". Eu escutava, eu escutava um vou te tirar do colégio das irmãs, vou te botar no colégio público. E aí você acabou indo pro Acabei indo, cara. Acabei indo. E e tinha um espírito de aventureiro que meu irmão tinha também, porque a gente meio que desprezava a molecada, já que a gente tinha saído de casa tão cedo. Existia um certo rancor de não poder ir para um colégio
particular bom com a playboyzada, mas também existia um tipo, ah, a gente tá saindo de casa, velho, vocês estão na casa da mamãe ainda, os [ __ ] e tal. Aí beleza. Eu lembro que meu pai pegou um no emprestado de um amigo, um duas portas que a gente andou, pô, um calor do [ __ ] vidrão aberto e aqui ele o ninho ele vai assim, né? Você vê que par na subida não quebra, he? Mas não quebra, não quebra não. Na subida você tem que reduzir marcha, você não morre. É engraçado para [ __
] Mas enfim, a gente chegou lá, Tielo, e era a gente descobriu na hora ali que era ele, ele ficava dentro de uma reserva florestal, literalmente uma reserva florestal, cara. Tanto que os pavilhões eles eram fechados por causa de onças, jagatirica, essas coisas. E tinha tudo, cara. Macaco, tinha quati, tinha cobra, tinha eh tinha quati para [ __ ] Como tinha quati naquele lugar. Inclusive, de fato, se a gente deixasse deixasse a janela aberta, a macacada roubava comida, era muito fechado o lugar. Uhum. E aí foi um certo choque pra gente. Eu eu fui criado
em sítio, mas sítio não é reserva florestal, amigo. São coisas diferentes, entendeu? Lá, eu tava literalmente no meio do mato, mas até então, espírito aventureiro, vamos que vamos. Chegando lá, eu descobri que o colégio ele tinha uma espécie de de tradição militar, assim, era uma coisa em que tinha vestibular para entrar, então tinha lista de espera para quem não passava. E essa tradição militar fazia o terceiro ano judiado o primeiro ano nas primeiras semanas para a lista de espera já correr logo. Então era uma coisa tradicional eles fazerem a palavra a palavra trote ela soa
muito leve, muito leve. Pá, tomar no cu a galera. Eu já vivi trote na faculdade. Eu tive que andar igual elefantinho. Ah, irmão, não, não, amigo. Você não entendeu o que que é um trote de um colégio. Ah, porque o trote de agronomia eu tenho que beber veneno. Não, irmão. Trote colégio agrícola é muito mais bizarro, velho. Tanto que a lista corria para [ __ ] nas primeiras semanas. Aí na primeira semana fizeram trote com a gente. Beleza, todo mundo se fodeu igual. Então, tá bom, vamos embora, vamos continuar aqui. Na segunda semana o colégio
ele tinha 200 homens e 20 meninas. Essa era a distribuição na época, cara. Imagina você estudar num lugar que tinha 200 cara e 20 menino. Eu sempre falo isso, cara. É, ali você entende o que que é testosterona e o quanto a testosterona influencia no seu comportamento. Como não tinha acesso à internet, não tinha celular, não tinha nada, o tédio dos caras é tipo, vamos sair na mão rapidão, vamos trocar soco aqui agora, ver quem que sai na porrada mais rápido. Aí os caras ficava laçando, era, a gente tinha as dinâmicas ali, porque a gente
não tinha TV, não tinha nada de entretenimento. E aí eu tinha duas meninas muito bonitas lá dentro e eu acabei ficando com uma delas que era que era minha veterana na época. [ __ ] eu não fazia a menor ideia, tipo, do que estava prestes a acontecer comigo, porque eu fiquei com a menina. Mas enfim, acabou a aula, eu subi subi pro pavilhão lá no meu quarto e tinha tinha um xizinho vermelho da de fora a fora na porta do meu quarto assim e no meio tava escrito: "Tá morto". Aí eu tava com a minha
mochilinha aqui, olhei pro Henrique, meu irmão, falei: "Que [ __ ] é essa? Fez alguma coisa e tal?" Ele: "Não fiz nada, fez alguma coisa?" "Não." E ele falou: "Então vê nas outras portas, porque às vezes é só a tradição dos caras". E eu olhei em todas as portas de todos os pavilhões e [ __ ] só tinha o X na minha porta mesmo. Aí eu volto meio gritando de longe, Henrique, é só na nossa. E ele falou: "Mano, sai daqui então a chance de ser contigo é muito maior do que comigo, porque meu irmão
é muito de boa. Meu irmão é muito de boa. E aí eu catei minha minha toalhinha, peguei minhas coisinhas e fui pro banheiro tomar banho e ficar lá quietinho no banheiro, velho, até, sei lá, dar horário de dormir, alguma coisa assim. E o o banheiro ele era público, né? Todo mundo usava o mesmo banheiro e as portas não tinha tranca, mano. Era a porta de você empurrar assim ou você tomar banho de porta aberta mesmo. E de repente, pum, uma voadora na minha porta assim, a porta bate e volta rápido. Um cara me pega pelo
braço, fala: "Vem cá, Mobral". Mobral era o caloro de lá, né? Uhum. E me leva pelado pro meio do pavilhão que a gente dormia. E ali no o tava o terceiro ano inteiro me esperando já e tava o primeiro ano inteiro me assistindo. Então, tipo, eu estava publicamente pelado no meio de todo mundo. Pediram para eu ajoelhar e ficaram pedindo para eu gritar lendo um cartaz, tipo, para eu servir de exemplo pros pros outros meninos do da minha turma. E aí ficaram gritando, me ameaçando. É, pô, você vai morrer aqui, ô filha da [ __
] e tal, tal, tal, me xingando para [ __ ] tapão na cabeça, tapão na cara e lê de novo e lê de novo e lê de novo e tal. Passei para aquela humilhação absurda e um cara mais cabeça falou assim: "Pô, a gente já bateu fisicamente, né? Vamos, vamos bater direito, busca o irmão dele lá". [ __ ] que pariu, nada a ver com a paçoca, irmão. É olho, [ __ ] E o seu irmão é gêmeo da parido. Não, meu irmão é moreno, tem 1,80, não tem nada a ver comigo. Bizarro. Buscaram o
cara, não tinha nada a ver com a paçoca. Pegaram o cara pelo braço, botaram ali do meu lado ali. Eu, essa cena é muito bizarro na minha cabeça. Ajoelharam meu irmão, fizeram meu irmão ler o cartaz também. E aí meu irmão, tipo, olhava para mim, o que que você fez, velho? Não sei, mano. Eu só comi uma mina. Não, nem nem fiz nada. Dei uns beijinho na menina. É, fiquei com, mas não sabia, pô. Não sabia porque aquilo tava acontecendo, entendeu? E aí vivemos aquilo, tal. Acabou tudo isso, cara. Durou tipo 2 minutos, mano. Foi
tudo muito rápido. Tudo muito rápido. Eu volto pro quarto chorando igual uma criança, chorando, chorando muito. E eu e eu falei pro meu irmão, vamos embora, né? não vou ficar aqui, tá maluco, tal. E meu irmão falou assim: "Velho, a gente, o pai pegou dinheiro emprestado para pra gente tá aqui. A gente não pode voltar falando que a gente vai voltar. Isso não é uma opção. A gente vai ficar aqui, velho. Vai ficar aqui tal e a gente vai provar para esses caras que a gente não é palmole do [ __ ] não, mano. A
gente vai ficar aqui e tal. Cara, não tava com muita raiva, velho. Eu tô falando de boa. Você não tá ligado o jeito que o cara me falou naquele dia. Quem tinha visto o irmão tomar tapar pão na cara pelado. A cara do meu irmão era uma coisa assustadora assim. Eu sabia que meu irmão poderia matar alguém ali se ele se ele pudesse. Inclusive, muita gente eh questiona por que que você não fez nada ou como isso aconteceu ou tal. A gente, vocês são de cidade grande, vocês não estão ligado o que que era um
colégio agrícola no interior, irmão. Tipo, isso era cultural, velho. Tanto que a primeira vez que eu contei essa história, o vídeo viralizou, uma galera me chamou de mentiroso e outra galera falou: "Estudei em colégio agrícola, isso é comum para [ __ ] Isso era era comum para [ __ ] irmão. Eu vivi coisa muito pior." Inclusive na minha turma teve caras que se foderam muito mais do que eu, mano. Muito mais do que eu, velho. Sabe? Teve caras que, enfim. E era a questão de falta do do falta do que os cara fazer mesmo ali
o dia inteiro ali, tal. Vamos pegar alguém ali. Exatamente isso, cara. Nossa, você tava de bobeira, era 8 horas da noite, não tinha nada para fazer. Você viu um tumulto assim de um cara, uns caras com choque, outros com chicote, outros com pedaço de chada. Vamos lá cobrar, vamos lá cobrar, vamos lá cobrar, tá ligado? E aí os cara é lá, vamos lá no 20, vamos lá no 20, vamos lá no 20 em 50, cara, pro quarto 20. Aê, filha da [ __ ] falou que você não tem medo da gente, os [ __ ]
Não, não falei nada não. Não faz. Então você tá chamando a gente de mentiroso nessa [ __ ] Os cara faz isso comigo direto, velho. Cadê? Cadê, [ __ ] Ah, mano, era velho, que não era, mano. Não, cara. Era diário, velho. Era diário. Eu tava lá de boa, deitado no meu quarto. Aê, a guaraná, você tá falando pra gente que você não tem medo. Tá espalhando por aí que você não tem medo da gente, não. Amor, imagina. Por que que eu falaria um negócio desse? Ah, então você tá me chamando de mentiroso. Eu nunca
tava certo. Eu nunca estava certo, entendeu? Não, mano, não estou te chamando de mentiroso, não. Eu tô falando que você tá falando que você não tem medo da gente. Eu sou mentiroso ou você não tem medo da gente? E com aquele sotaquinho, né? É, é. Cai pirar. E eu tipo, sei lá, mano. Não sei, velho. Tipo, eu não sabia o que fazer porque eu sempre tava errado, entendeu? É. E aí a gente voltou para casa e minha mãe felizona assim, pô, feliz para [ __ ] pô. Falei para todo mundo que vocês tão, foram embora,
que meus filhos são [ __ ] que os meus filhos já saíram de casa, que os meus filhos são incríveis. Como é que foi lá no colégio? Conta para mim. Felizona assim. Eu: Ah, mãe, foi legal para [ __ ] né? Foi legal, velho. Galera legal, tal. E ela e vamos voltar, então. Vamos, vamos voltar, vamos, vamos formar e tal. Ai, que beleza, que legal, tal. Não falamos nada, nada, cara. Meus pais foram descobrir essa história 2, tr anos depois. Dois, tr anos depois. Minha mãe, inclusive, no viés de de confirmação, de ego, minha mãe
não acreditava, velho. Não acreditava. Quando ela viu o vídeo, ela perguntou pro meu irmão se era verdade. E aí, meu irmão, você tá de brincadeira, mãe? Tipo, lógico, é verdade, que isso, mãe? E aí, minha mãe, mas por que que vocês nunca falaram isso para mim? Aí ficou os dois tipo, ah, mãe, minha mãe tava com uma síndrome do ninho vazio absurdo lá em casa, porque era gêmeos, só tinha nós dois e os dois vazaram. Os dois vazaram. E ela sofreu em silêncio. E a gente também sofreu em silêncio. Uhum. Então, foi o pior ano
das nossas vidas, assim, disparado, porque os caras ficaram um ano enchendo o meu saco. Um ano enchendo o meu saco. E quando eu fui pro segundo ano que essa galera formou, eu falei: "Pô, agora acabou, né, velho? Agora é minha vez de zoar os outros." Nem a pau, mano. A galera do terceiro queria judiar de mim de novo. Então foi o inferno de novo. Mas a questão é a seguinte, como eu não tinha opção de desistir do lugar, a única alternativa que me restou foi estudar os cara, entender os caras e trabalhar com a realidade,
velho. Então o colégio virou uma espécie de laboratório social para mim. Eu ficava observando as pessoas o tempo todo. Eu ficava perguntando para elas sobre a história de vida delas. Eu ficava analisando o por que aquele cara tem uma necessidade absurda de se sentir forte. Aí, curiosamente, eu vi ele pelado, pau dele era pequeno. Ah, hum. Ah, então biopsicosocial. Ã, aí tinha aquele cara que tinha raiva de todo mundo e aí você descobria que ele tinha sido abandonado pela família. Aí tinha aquele cara que me odiava profundamente porque ele era apaixonado pela menina que eu
ficava. E aí as coisas começaram a se encaixar e eu, [ __ ] mano, isso é muito legal, meu. É lógico que as as afirmações que eu tirava são afirmações da minha cabeça também. São afirmações da minha cabeça. A psicologia ela não é física, mano. Não é uma fórmula de báscara que você faz aqui e fala: "OK, é igual a frustração paterna". Tipo, não é assim que a psicologia funciona, mas você começa a perceber os padrões de comportamento, velho. E aí você começa a observar e lidar com isso. Pô, se o cara é vaidoso para
[ __ ] e tem uma [ __ ] necessidade de autoafirmação, eu vou dar essa [ __ ] dessa afirmação para ele, velho. Uhum. Aí, Vini, [ __ ] tu é pique, hein, mano? [ __ ] todo mundo aqui paga maior pau para você, né, mano? Também inteligente para [ __ ] Não podia ser diferente, né, pô? Você tinha que me ensinar mais, mano. Como é que você é [ __ ] desse jeito, entendeu? Aí o cara, [ __ ] esse cara é legal, velho. Galera, esse cara é legal, entendeu? E eu comecei a apanhar
menos por isso, entendeu? Pegava o cara que me odiava, ó, tô desconfiado ali que a menina é apaixonada por você, velho. Ó, você não vai falar isso para ela, mas se pá, ó, apaixonada por você, ela é, hein? Aí o cara, [ __ ] esse cara não é um [ __ ] não. Você parou de ficar com ela? Lógico que eu parei. Depois que eu que eu descobri que ela era apaixonada por você, eu tive que parar, entendeu? E aí começou a funcionar para [ __ ] velho. Os caras começou a meio que gostar de
mim, se adaptar. [ __ ] essa, né? Lógico, a menina doente por você, velho. Tive que largar dela, entendeu? Não, nada a ver a paçoca. Mas enfim, eu comecei a perceber as fraquezas, frustrações e dores da galera que me odiava, porque, velho, quem era bem resolvido e feliz nem enchia meu saco, nem me cumprimentava, entendeu? Inclusive as pessoas mais legais que eu conheci, pô, tinha uns cara lá que tinha um cara chamado Jorge, mano. Esse cara era primo da minha prima. Se o cara passasse por mim 20 20 vezes no dia, ele me cumprimentava as
20 vezes, velho. Cara legal e era meu veterano veterano, era da turma dos caras que que me odiava. Mas ele era um cara super legal. Então, e você percebe que esse cara não tinha frustração porque os pais eh tinham uma vida muito bem resolvida, porque ele era um cara bem resolvido com ele, porque era um cara de genética feliz, o cara sorriu o dia inteiro, era um negócio impressionante. Era um cara feliz com pouco, era um cara que não via maldade nas pessoas, então esse cara era uma pessoa do bem. E aí eu percebi, [
__ ] a conta, essa conta fecha muito. O cara que me trata super bem é super realizado consigo mesmo e o cara que não tá super realizado consigo mesmo me odeia. Então você começa a fazer esse tipo de análise e e pode falar. Ô, ô, Gui, e diante disso tudo, eu eu percebo assim muito na sua fala que você é um cara que eh começa a entrar numa rotina de tentar entender tudo e todo que está ao seu redor para você conseguir tirar eh algum eh proveito, entre aspas, da situação para poder conviver em em
bem, né? Conviver bem. com contigo e em sociedade. Como que é isso? Também não é um peso você porque imagino que você tem essa característica de de chegar no lugar e já começar a dar uma olhada no cara ali, fala assim: "Aquele cara ali é louco, aquele ali é aquele ali, [ __ ] aquele ali tem que tomar cuidado. Pr [ __ ] tem pr [ __ ] velho. E e é isso é é um peso que a gente carrega também, umo das costas. É, velho, é você não escolhe esconder o seu conhecimento, né? Você
não escolhe isso. Tem gente que fala assim: "Ah, você usa essas técnicas suas eh para mulher, por exemplo?" Não, não, não. Quando eu vou chegar em uma mulher, eu esqueço elas. Eu falo: "Não, não quero, eu quero jogar". Entend? Mas os psicólogos falam que não, que não, né? Não, como não, cara. Isso, isso faz parte da sua natureza, né? Mas é lógico, tipo, eu acho que as pessoas tm uma impressão errada de que, tipo, ah, ah, então você não, não, não, não, gente, não. Completamente natural para mim. Eu comecei a observar as pessoas para saber
quem me odiava de verdade ou quem de fato era o líder do lugar. Dá para saber, cara. Dá para saber muito, com muito mais facilidade, quem é o líder do lugar, porque você não precisa conquistar todo mundo, você precisa conquistar o líder e o líder trabalha de graça para você, falando bem de você para as outras pessoas. É isso aí. Então, líder geralmente facilmente, cara, ombros voltados para trás, peito estufado, o olhar marcante. Quando ele abre a boca, todo mundo para para escutar. Quando ele fala uma proposta, todo mundo aceita. Eh, o líder ele ocupa
mais espaço do que as outras pessoas. chega numa reunião, ele já senta na ponta da mesa. A ponta da mesa é dele. Exatamente isso. Então eu comecei, acho que a minha primeira qualificação foi observar quem era o líder do espaço e isso foi se tornando uma parada completamente natural para mim, velho. Vou te contar essa história, Telo. Eu peguei mais de 1500 caronas nesse nesse período da minha vida, porque eu o colégio ficava 200 km da minha casa e aos finais de semana eu ia para lá, só que não tinha ônibus que ia para lá
e mesmo se tivesse ônibus a gente não tinha dinheiro pro ônibus. Então, a única alternativa que restava era botar uma mala na beira do acostamento nos quebra-molas, ficar pedindo carona até um pau de arara, um caminhão, uma ambulância, um carro comum encostar, a gente subia e ia até a próxima cidade e depois outra cidade e outra cidade até pegar a carona, até chegar lá. Então era de 8 a 12 caronas para ir, 8 a 12 caronas para voltar, eh eh o o três anos seguidos, todo final de semana, então dá mais de 1000 carona. E
cara, pensa só, quando uma pessoa te dá carona, você tem a obrigação de dar uma boa experiência para ela, porque ela tá sendo graciosa com você. Então, sua obrigação é: "E aí, cara, tá vindo de onde?" "Ah, legal, Rondonópolis. Que bacana! Como que é Rondonópolis? Ah, legal. Lá é aí, beleza, você escuta a história do cara, você dá uma boa experiência pro cara. A próxima carona ou as próximas, amigo, você vem de onde? Vem de Rondonópolis. Ah, Rondonópolis é aquela cidade que é trecho para lá pro Nortão e tal, tal. Tem um monte de camião
que so para lá, o cara é essa mesmo. E o meu noal foi aumentando e eu fui treinando absurdamente essa capacidade de escutar as pessoas que eu não tô demonstrando muito bem aqui nesse podcast, né? Estou falando 99% do tempo. Deve estar insuportável conversar comigo. Mas mas enfim. O o nosso o nosso negócio aqui é a proposta é essa. A proposta é essa, é o você é o rei da você é o líder da hoje. Obrigado. Você é líder. Mas enfim, eu me acostumei fortemente, cara. Já tá cansada de me ouvir aqui. Eu me acostumei
muito forte a perguntar eh eh [ __ ] a perguntar o nome das pessoas, a vida das pessoas e eh o que elas fazem para aí vai. Inclusive, tem uma história, cara, eu adoro essa história, velho. Escuta essa história. Essa história é muito boa. Eu eu a gente eu fiz uma promessa com meu irmão, que quando a gente terminasse o Colégio Agrícola, a gente ia meio que dar carona para todo mundo que pede carona por uma questão de justiça, entendeu? Tipo, [ __ ] a gente quantos carros, quantos milhares de carros não passaram pela gente
e não deram carona? Exatamente. Que São Paulo é mais difícil, né? Mas enfim, quantos milhares de carros não passaram pela gente, não deram carona? Então, quando a gente eh quando a gente se formar, a gente dá carona para as pessoas. Um belo dia estava eu eh descendo pra praia e aí tem uma um bar descendo para pro litoral catarinense que chama [ __ ] merda, como que é o nome do bar? É um bar gigante assim. É o como que é o nome daquele daquelas paradas que tem aqui em São Paulo? É tipo os graus
da É o grau, tem o grau do Paraná. Grau do Paraná. Aí encostei tal, comia uma parada, tal, tal, tal. Na hora que eu tava indo embora, tinha um cara pedindo carona. Uhum. E eu pensei, tipo, ficar com meus botões, né? Pô, eu prometi essa [ __ ] pro meu irmão, isso é uma proposta nossa. Eu vou dar crona para esse maluco. Um cara tipo bemfeiçoado. Não era um cara estranho não. O que ele falei: "Immão, tô indo para onde?" "Ah, tô indo para Itajaí". Falei: "Estou indo para o balneário. Suba, vamos embora, vai ser
legal". E aí o cara, o cara botou a mala, tacou a mala dele para trás do carro, no negócio de trás e entrou. Na hora que esse cara entrou, meu irmão, a mala dele estava fedendo. Peixe morto, velho. Peixe morto. Estava você tinha um uma cabeça humana lá dentro, um peixe humano lá dentro. Então falei: "Pô, obrigado, Deus, quando eu falo para você, quando eu falo para você, é que eu vou ser gentil, você me mete uma mala fedida dentro do meu carro". Mas tá bom. A gente começou a conversar, começando, descendo, tal, tal, tal,
pro litoral. Ei, tá indo da onde? Fazer o quê? Tal tal tal. A mala fedendo para um [ __ ] Chuma hora começou a ficar insuportável porque tava fedendo para um [ __ ] ou tava fedendo [ __ ] Tava fedendo tudo. O que tudo cara, você vai, você vai, você vai sa você vai saber tudo. E aí cara eh, fui descendo e começou impregnar no carro. Eu falei: "Pronto, eu tô indo pro litoral aproveitar o meu final de semana, vai ter gente que vai ter amigos que vão entrar nesse carro, vão ter pessoas que
vão entrar nesse carro e vai est essa [ __ ] desse fedor no meu carro. Tipo, não vai dar, velho. Dei uma puxadinha no freio de mão quando ele bobeou e acionou o o bagulho na na tela do meu carro. E aí eu falei: "Puta merda, de novo essa bosta, tal bagulho, esse negocinho." Encostei no acostamento e aí, tipo, meti aquela clássica, né? Abri o capô, dei a volta, levantei o capu, fiz a a clássica de botar a mão na no cintura, é, tal, tal. Que merda, tal. Volto para dentro do carro, mala lá no
fundo. É. e fala pro cara: "Cara, deixa eu te pedir uma parada. Eu acho que é questão do acelerador. Vai lá e olha para mim a hora que eu acelerar o o que que vai rolar." Ele falou: "Vou". Saiu, fechou a porta, tal, tal, tal. Aí ficou olhando: "Ah, tá. E aí? Beleza?" Ele: "Ah, sim, beleza. Tal tal" tal. Aí, meu irmão, falei: "Des capô, vamos embora. Vai seguir viagem". Saiu a luzinha vermelha aqui e tal. Aí ele fechou o capu, [ __ ] Soltei a frega engate ré, velho, e vazei, tá ligado? Aí você
quer que eu pergunte e a e a [Risadas] mala? [ __ ] quinta para cima de Ramirez. Faz 20 minutos que eu tô contando essa história, velho. Ô, pr cima só de São Paulo, meu. Não foge, né? Susco, [ __ ] Não, vocês estavam querendo saber aí a mala, né? Não, não tava. Vocês não tavam. Eu fiquei esperando eles ó lá, velho. [ __ ] mas e a mala, mano? A mala, a mala tá aqui, ó. [ __ ] mano. Você vem que eu contar a história. Você entrou na história, Alex? Você tava querendo saber
a mala da mala. [ __ ] de mala. 20 minutos para contar a história, velho. [ __ ] de Osasco, cara. Você foi genial, mano. Eu não lembro a última vez a pessoa que não caiu, velho. Foi a mala. Quando eu falei mala, você já ficou e eu não aguento. Eu começo a rir, velho. Eu começo a rir quando eu vou contando a história, velho. Faz isso é comportamento humano, viu? Tá vendo? Tem que voltar pra quinta série. Mas você viu que a a narrativa, qual que é o segredo? É, eu é eu te enfiar
tanto na história que você fantasia muito. Quando eu sei o nome do bar, só que eu queria que você falasse o nome do bar para mim, entendeu? Ah, grau, grau, graal de lá, entendeu? E aí eu vou te dando, mano. É detalhe, você tem que dar detalhe, ó. Painel, freio de mão, desce aí e a mala lá atrás. Ah, mas que que era uma cabeça? Ah, e a você vai descobrir, entendeu? Olha, adoro. A primeira vez que eu caí nisso os meus amigos tava uns 17 amigos assim num [ __ ] num churrasco e os
17 tá que hoje eu vi lá no Mich Show lá que os caras iam bolar o tal do passeio lá. Você vai do passeio com os cara? Passeio o pau na Eu sou rato também. Eu sou rato também. Eu sou rato. Dá para pegar os cara por quebrando o gelo um pouco aqui. Aquela pergunta que eu te fiz no começo ali com o Alex ali. O Alex já soube responder. Hum. Se prefere chupar um pau todo dia e todo dia, todo dia chupa pau e todo dia uma mamada e ninguém saber, tá? Ou você não
chupar um pau nunca na sua vida, nenhum pau que já aconteceu, né? Mas todo mundo na cidade ter certeza que você chupa. Eu sou mamador. Você mamador. E aí eu prefiro chupar. Qual Qual que é o comportamento do homem tem? O que que é um homem sem a honra dele, cara? Não tem como não ter honra, cara. Um homem, eu mamo um pau todo dia, velho. Não tem problema nenhum para mim. Sem honra não dá. A a a honra é é ter um peso, né, velho? Tem um peso, né? Não, não, não. Não tenho problema
algum as pessoas saberem que eu chupo rola, tipo, super bem resolvido com a minha sexualidade. [ __ ] Mas é porque eu também não gostaria. Acho que é o meu senso de injustiça, entendeu? Pô, é injusto. Eu não amo rola, [ __ ] Entendeu? Acho que eu preferia executar. Não daria, não dá nada não. Ai [ __ ] mano. Bom demais. Tem que quebrar esses quebra gelo nos nossos podcast, senão a gente fica doido velho. Mas cara, que tá falando, a coisa de eu entender sobre pessoas e eu ficar obsecado por analisar as pessoas vem
da minha obsessão em escutar, velho. Uhum. Sim, gente, eu tenho hábito de escutar. Não tá aparecendo, mas tenho. Eu tenho um hábito muito grande de escutar. E toda vez que uma pessoa fala alguma coisa para você, Tielo, ela escolheu falar aquilo. Se ela escolheu falar aquilo, é porque aquilo tá dentro da cabeça dela. Se tá dentro da cabeça dela, é porque o emocional dela tá mandando ela falar. E se o emocional dela tá mandando ela falar, é porque tem alguma coisa que faz isso acontecer. Uhum. Tipo gente que que fica se autoafirmando o tempo todo,
entendeu? Cara, nas minhas mentorias, isso acontece demais, velho. Ah, porque na verdade eu sou muito qualificado. Eu sou um médico que tenho mestrado, doutorado e tenho publicações nas revistas, tal, tal, tal, e tenho 20 anos de publicação e eu já fiz tantas cirurgias e tal, tal, tal, tal, tal, tal. E aí eu estou sofrendo por amor. E aí eu pergunto pra pessoa, cara, por que que você me contou essa história? Não é para você me conhecer. [ __ ] suas qualificações profissionais, mano. Tipo, é é nítido que ele tem essa necessidade de se validar, porque
a sociedade não faz isso por ele. Então, ele tem essa necessidade. Cara, eu nunca esqueço. Teve uma história, um cara comprou minha mentoria. Faz mentoria todo dia, cara. Três, quatro mentoria por dia, pautora para [ __ ] Mentoria que você faz, ela é assim, tet. Exatamente. Individualmente. Exatamente. Individual. Mano, aprendo muito. É um tesão. Amo fazer essa [ __ ] E aí o cara, tipo, geralmente a a o meu time me manda o relato que a pessoa da situação da pessoa, eu leio o relato e o relato do que está acontecendo. Uhum. E um cara
me mandou uma vez, mano, um o diploma, tipo, o como que é o nome do daquele daquela plataforma? O LinkedIn. O cara me mandou as as formações, qualificações dele. Eu até at o currículo. Eu olhei para aquilo, falei: "Co cara, não vou te contratar." Que é isso, cara? Tipo, por que que alguém tá me mandando isso? Uhum. Aí o o meu meu time riu, obviamente, porque os caras me conhecem, né, mano? Eu não consigo conviver com gente fica se qualificando, velho. E aí o meu time mandou, vamos ver, né, mano? E o cara ficou 20
minutos qualificando e eu amei aquilo porque eu gosto de realmente deixar as pessoas falarem. E no final eu falei assim: "Cara, por que que você que você falou isso para mim?" Eu não perguntei, mano. O cara travou, velho. Porque ele tá acostumado a fazer isso. Essa é a resposta, entendeu? Porque ele se sente bem quando ele faz isso e porque ele percebeu que as pessoas respeitam mais ele quando ele faz isso. Que que é essa parada, velho? Quando o cara senta de frente para você e o cara fala e tudo que ele fala ele é
[ __ ] Não, porque eu fiz isso, eu sou [ __ ] Porque não? Eu, eu que bolei, eu que eu que construí. Aí você olha pra vida do cara, é uma bosta, entendeu? O cara tá tá tá [ __ ] na vida, financeiro uma merda, mas ele fez tudo. Você lembra da minha história com a menina que eu falei que eu senti uma necessidade de me provar para ela porque eu me achava um prodígio? É isso, velho. Quando você se acha uma coisa e a sociedade não acompanha o seu achar, você tem a necessidade
de gritar até a sociedade escutar. Só que geralmente ela não compra. E aí você fica um um robô, você fica um um chato do [ __ ] car que fica se qualificando para ver se as pessoas te respeitam mais por esse motivo. Só que, cara, se elas não te respeitam é porque você tá fazendo alguma coisa errada, entendeu? Então, ao invés de você, muda a estratégia, muda a lógica. Ao invés de você ficar se qualificando, escuta, [ __ ] né? Escuta ou tenta vencer de outra forma. Tenta melhorar teu marketing, velho. Marketing pessoal, cara. Tenta
melhorar teu marketing, cara. Que que você fala do marketing pessoal, cara? [ __ ] eu sou viciado nessa [ __ ] velho. É. Ah, mano, a roupa que o cara veste, barba, cabelo, dente, sorriso. Como é que é essa parada? A ah, cara, a nossa, o ser humano ele ele vive uma experiência visual muito forte, né, cara? A nossa conexão, ela é uma conexão visual, né? E isso é estito primitivo puro, cara. Porque quando você bati o olho num inimigo na savana africana, você tinha que ter olho rápido para saber se ele tinha um pau
na mão para te matar ou não, entendeu? ou você analisar se a tua paquerinha na savana tem estrutura eh corporal para ter um filho com você ou a mulher observar o cara e ver se ele tem músculo bastante para proteger ela no mato. Então a gente tem uma coisa muito forte com a experiência visual que a pessoa promove e ah, tem uns estudos meio bosta, eu não gosto de a gente demora 049 mm para segundo espaço. Ah, eu não gosto dessas porras, tipo número imbecil. Mas enfim, é rápido. A gente bate o olho em alguém
e a gente tira um conceito prévio sobre ela. Se ela é bemsucedida, se ela é amigável, se ela é [ __ ] se ela é bacana, se ela é sexy, se ela é boa de cama. a gente tira um monte de conceito prévio batendo olho para uma pessoa. Então, quando você entende essa parada e você usa ela a seu favor, que é você se vestindo bem, você cuidando da tua saúde, da tua pele, do teu cabelo, você, enfim, se adequar aos ambientes que você frequenta, você facilita muito a experiência visual do outro para ela ter
uma boa experiência com você, velho. Aham. Entendeu? Então, ao invés de eu ficar gritando aos quatro cantos do planeta Terra que eu ganho bem, não é mais só se eu me vestir como alguém que ganha bem, mano. Uhum. Entendeu? Sim. E tipo, não é uma questão de roupa cara, mano. Isso para mim é uma [ __ ] cafoníice do [ __ ] Falei agora um pouco pr os caras ali, antes de você chegar, tava batertando papo com os caras, eu falei: "Vocês não precisam ser rico, vocês t que parecer ser". É igual igual advogado, cara.
Advogado fala pro cliente, não é só ser inocente, é parecer inocente, cara. E sinto muito. A, tem um livro chamado Ruído, que também é do Daniel Kellemon, velho. E esse livro ele é inteiro para explicar o quanto as nossas decisões são meio burras, porque são tiradas de um conceito rápido que a gente tira da cabeça. Uhum. Então os jurados juras são sete jurados. Se eu tiver falar uma grande besteira, desculpa a galera do direito, mas sei lá, vai ter sete jurados para para ver se o cara é inocente ou não. Cara, o que tem de
estudo americano que pega eh réu bonito, que a galera quer soltar, meu. O cara é um ted band da vida, velho. O cara Mas o cara é bonito, solta esse cara, meu. Aí às vezes tem um maníaco do parque que o bicho é feio para [ __ ] Desculpa, desculpa, não, [ __ ] O Francisco de Assis, o cara é feio para [ __ ] O cara quer manter esse cara, velho. Não, culpadíssimo. Pelo amor de Deus, segura esse cara na cadeia, velho. Uhum. Então, a a isso tá em todos os lugares, cara. Você entra
num hospital para ser atendido. Se você é uma pessoa bonita, velho, vão te atender melhor, meu. É, a gente é o que a gente come. Olha essa essa experiência que eu que eu vi, cara. A gente teve que comentar isso no na javã recentemente. Uma moça sofreu agressão do namorado. Uma mulher sofreu agressão do namorado, foi pro delegacia e fez a denúncia e saiu de lá presa, mano. Porque confundiram ela com com outra mulher de BH, tinha nada a ver com a paçoca, tinha o mesmo sobrenome, mesmo nome, sobrenome. Mulher foi denunciar um crime, saiu
de lá presa, velho. botaram ela na mesma caravana dos cara, ficou três dias dormindo no chão. Você olhava pra mulher, era uma mulher tipo sofrida, brasileira, média, de que que ralava o dia inteiro para limpar a casa dos outros, entendeu? Pô, se fosse uma loria de olho claro, irmão, você acha mesmo que alguém ia ter coragem de falar: "Ah, você é traficante, pô". Não, velho. A gente até comentou depois nos bastidores, tipo, se fosse pessoas como a gente, carinha de de quem não trabalha debaixo do sol, o cara ia falar: "Você tá preso?" A gente
ia rir, velho. A gente ia rir, velho. Falar, amigo, sério, vai, vai. Valeu. Aham. Estamos preso assim o go aqui. Você leva na porque o estado ele tem a função de proteger o teu o indivíduo dele. O indivíduo paga imposto, irmão. O estado tem, o estado não tem a função de de te [ __ ] Uhum. E a gente que tem uma vida mais privilegiada, a gente entende o estado como protetor, não o estado como fodedor. Sim. Só que as pessoas que tm uma vida mais [ __ ] elas é o contrário, velho. É tapa
na cara de que toma na cara de PM. é é presa injustamente. Mas enfim, lógico que essas pessoas não escolhem, pô, nem todo mundo tem recurso para investir na na aparência. Uhum. Mas quem tem, cara, pra bolha que a gente tá conversando agora, que tem esse recurso, cara, gaste dinheiro com isso aí. E a masculinidade onde é que fica? Porque hoje em dia os caras estão se fazendo essa [ __ ] toda. Uhum. Né? Eu sei que você gosta de falar disso também, da testosterona, tal. você um cara jovem ainda. E aí, como é que
como é que fica essa parada da da do se vestir com a canelinha de fora, calcinha justa, rou como é que, né, os tratamentos faciais e a e a como é que concilia isso com a masculinidade? Cara, eu para mim homem tem que ter cara de quem tá na condicional, mano. Tô zoando. Cicatriz na cara, vim da guerra vetinã, [ __ ] Brincadeira. Mas eu tinha um brother, uma amiga que falava isso, homem tem que ter cara de quem tá na condicional. Já rapa cabelo, bigodes, [ __ ] Tô brincando, cara. É, acho que existem
níveis. Eu acho que você tá se retratando aí, pai. Ó, raspado, bigode. Mas tem uma coisa sincera para mim. Essa [ __ ] de quem se veste bem é gay, [ __ ] O cara tem 2002 ainda. Acorda, meu irmão. Vamos embora, pelo amor de Deus. Mas sabe uma coisa que é curiosa de entender cabeça de homem, mano? Cabeça de homem é um negócio engraçado, Tio. O cara tá na balada e ele se fecha mal para [ __ ] porque ele acha que quem se fecha bem é gay. Aí entra um cara mega estiloso assim
na balada, o cara se veste bem, estiloso e tal. Aí ele chama a roda de amigo dele, fala: "Ó lá, láá lá, gayizão do [ __ ] tá lá o cara, o jeito que o cara se veste, pelo amor de Deus e tal, o cara sai com a mina mais gata. Daqui a pouco o cara sai com a mulher mais gata da balada. É, e esse cara olha pra roda dele e fala: "Galera, acho que a gente tem que comprar umas roupas da orgem." É, o homem ele mede muito o que é certo ou errado
pelo resultado de outros homens. E se o cara que ele zoa ter resultado, ele fica a pois é que tem os movimentos redill agora, né? Ah, meu, não, não é muito para mim essa parada não, velho. Não, não. Os cara os cara pega pesado, os cara que faz cézão. É meu cara que de fato, velho, existe uma um desequilíbrio muito grande. Eh, Tielo quanto a isso, velho. E existe mesmo desequilíbrio e o o sexual ele é tão grande quanto o social, entendeu? É 20% de cara que tem acesso a, sei lá, Pareto, né? 80% das
mulheres. E de fato, velho, a mulherada tem o direito de brigar pelo cara que ela achar o melhor mesmo, irmão. É, ué. Você não quer a mais gostosa, mais novinha? O cara mulher que é o cara melhor mesmo, mano. Eu falei para amigo meu aqui, eu falei, a gente vai enriquecendo, a gente vai tendo mais possibilidades de dinheiro, de tal, a gente vai ficando naturalmente mais [ __ ] velho. Não adianta, a gente só não faz tudo que o [ __ ] faz. É, mas é por aí, né? Mas a gente começa, né? Não é
verdade, eu só não faço tudo que o [ __ ] faz. Mas você começa a vestir uma roupa mais legal, começa a ser mais seletivo, mais chato, os caras sabem fazer, ó. Então não tem 1000 fios aqui nesse tá sacanagem. Mas o Mas é cara, o a gente e e a maioria desses caras, esses 80%, velho, são meio revoltadão, né, velho? Tipo, eu não consigo comer ninguém. É muito bizarro isso porque conversa muito com com o que a gente tava falando do via de confirmação. Cara, é muito mais fácil você botar culpa na sociedade do
que no teu comportamento, ma. Uhum. Entendeu? Eu não como ninguém não é porque sou um merda. Eu não como ninguém porque as mulheres são interesseiras, é piranhas, só querem homens ricos e tal, tal, tal. Por isso não como ninguém. E aí ele põe a culpa na mulherada, irmão, a culpa é tua. Se você é um bosta, mano. Não deixe de ser um bosta. melhore, entendeu? Ao invés de você ter raiva de mulher e assim como você quer o melhor, ela quer o melhor também, cara. Ei, ei, ei. Quer enganar quem, irmão? Quem que você quer
enganar? Esses dias eu tava conversando com um amigo, meu amigo falou assim: "Cara, se eu morasse na cidade dos meus pais, mas com certeza eu veria meus pais todo dia". Eu falei: "Evil, você liga para seus pais todo dia?" Não, mano, não ligo para eles não. E por que que você acha que se você não dá o seu melhor hoje, você vai com em condições melhores, você daria o seu melhor. Se com as condições que você tem hoje, você não dá o seu melhor, logo com condições melhores, você também não vai dar o seu melhor.
Aham. Ou seja, você com certeza não almoçaria na casa dos seus pais todo dia. Ou você liga para eles todo dia e aí você mete esse discursinho para cima de mim, porque é a única alternativa que você tem, ou nem tenta, porque parecer bonitinho, né? parecer limpinho. Ou seja, a vida real, cara, é muito mais barato e machuca menos a gente botar culpa nas pessoas do que botar culpa nos nossos gestos, entendeu? Aí você pensa, pô, eh, eu posso melhorar, eu posso ficar mais bonito, eu posso trabalhar mais, eu posso ler mais, eu posso me
tornar um cara mais interessante, só que isso dá trabalho para [ __ ] O que que é mais fácil? Xingar a mulherada, pô. xinga mulherada. Aí eu tenho aquela aquela dopamina de estou certo, sou mais inteligente, sou sou o dono da sabedoria. E aí você fala: "Pronto, agora eu vou continuar não comendo ninguém porque a culpa não é minha, a culpa é delas". Entendeu? É muito, é é muito complicado você olhar para dentro e descobrir que é um merda, cara. Pode crer. Olhar para dentro é um negócio muito perigoso. Isso. Tem até um personagem que
o Marcelo Mensfield fazia no lá atrás, já faz alguns anos, que ele fazia o papel do seu merda. Você já viu? Não, ele era o seu merda. E eu, cara, tá cheio eu, cara. Meu Deus do céu, bicho. Às vezes eu vou bater papo com alguém na hora. Fala assim: "É o seu merda. É o próprio seu mer." Depois você dá um pessoal, pesquisa aí na na na no YouTube, seu merda. Vocês vão ver. É [ __ ] é maravilhoso, cara. Marcelo mesmo que faz. Legal, legal, legal, mano. E essa molecada, velho. A molecada tá
chegando agora aí, geração Z. Eh, tem, nós estamos passando por uma dificuldade muito grande agora principalmente no setor empresarial, que você vai contratar alguém e a gente se depara hoje numa situação eh bem bem complicada, porque se a gente já percebe que se a o pessoal mais jovem hoje aí se você cobra resultado, eles espanam e vão embora. Se você não cobra resultado, eles não entregam. Então, cara, como é que fica a parada, velho? Como, como é que tá a, como é que tá, você tem trabalhado com jovem, você tem trabalhado com essa questão, como
é que, cara, todas as pessoas que trabalham comigo são Z, velho. Todas, todas, todas, todas. Cara, é um desafio, cara, é um desafio muito grande porque a percepção sobre trabalho dos nossos pais, você tenta resgatar um pouco do passado na na opinião deles ou vocês tentam Não, eu trabalho como Z. Eu trabalho como como milênio. É, trabalho para [ __ ] pô. A minha cabeça é militar, velho. É, entendeu? Nossa, total. Tipo, eu fui criado nessa [ __ ] mano. Trabalhei no sítio quando criança, entreguei panfleto, aí depois fui porteiro de prédio, entreguei carta pro
pro correi trabalhando, entreguei entregando, trabalhei entregando carta pro correio já, velho, fugindo de cachorro. Depois fui professor os [ __ ] Então a minha cabeça funciona muito como começar às 7:30 e parar às 6 da tarde, entendeu? e vamos trabalhar no que eu posso. Ainda que eu tenho uma vida muito confortável, muito boa hoje, onde eu posso trabalhar em qualquer lugar do do mundo, eu acordo cedo, eu vou trabalhar, mano, independente do que eu esteja fazendo, evidente. E essa molecada, velho, entra no paradoxo da escolha, velho. Sempre acha que tem eles que te procuram ou
são os pais? Não, eles que me procuram, pelo menos. É, mas cara, eu sou pai deles, velho. Eu fui fazer entrevista esses dias com com Z, com o Z e ele levou a mãe, cara. Meu Deus do céu. Levou a mãe na entrevista. Juro por Deus, cara. O cara lhe fou na entrevista. Meus é bizarro demais, velho. Tipo, você tem que rir, velho. Não, eu tenho, eu tenho, eu tenho alguns todos os, todos os meus, as minhas faíscas com a minha equipe é por motivo de, de trabalho de geração Z, velho. Todas, todas. É lógico,
existe um viés de confirmação muito grande que faz eu ficar puto para [ __ ] quando eu mando mensagem no grupo do da da agência e ninguém me responde. Eu fico, velho, horário comercial, vocês estão dando no cu, [ __ ] Vocês tm que me responder no máximo do minutos, mano. É horário comercial, velho. Inclusive, se eu puder, velho, eu vou. Só que eu tenho, cara, eu tenho um menino que trabalha para mim há mais de dois anos que eu nunca vi ele na minha frente. O a a parada da tecnologia, eu tenho um funcionário
no no no Rio Grande do Sul, eu tenho um menino no Nordeste, eu tenho um menino espalhado pelo Brasil inteiro. Mas de fato, cara, a Amazon, por exemplo, no Brasil vai acabar com o Mor, velho. Vai acabar, mano. É, tem muita empresa que tá tá acabando, meu. Não, não tem como, velho. Mano, não. O cara é Z, o cara é geração Z, então trabalho já não é uma coisa muito muito importante para ele, porque tipo tem como é que banca? Como é que o cara pai, velho, pai, mano, pai ou tipo, então será que o
culpado dessa [ __ ] é a minha geração? Exatamente ela, mano. Exatamente ela, velho. Quem chama de geração nutella formou geração Nutella. Ponto final. Pau no cu de todos vocês, velho. Fico puto com isso aí, mano. Honestamente. Não me chama não, porque eu não não tenho sou ocupado. Mas velocem na tela. V, mas eu eu falo paraos meus amigos, eu falo: "Cara, a culpa da do do dos caras de hoje de 25 anos de idade para baixo é quem formou. É quem formou. E quem formou fomos nós, cara. É nossa geração de cinquentão, né? tem
um menino que aconteceu comigo recentemente. E aí, não quero expor ninguém não, mas enfim, vou contar um caso que aconteceu comigo. Eu tava pagando um salário pro menino de estagiário, porque ele faz faculdade e tal. E aí, eh, pô, mas não é um salário de merda também não, mano. Sal mais do que o estagiário, mas enfim. E aí, mais do que os mil e pouco do porteiro que você trabalhou? É, é, é, é, é. E porteiro era 12 horas ainda trabalhando, né, à noite. Nossa, nem fala, velho. O o menino ele ele meio que escolhe
quando eu quero trabalhar. Uhum. Ele escolhe. Eu quero trabalhar e 2 horas tá bom para mim. Ele escolhe. Enfim. E aí um belo dia o ele falou isso pro pai dele, que ele tava apurado em relação à universidade, em relação ao trabalho, em relação a várias coisas. E o pai dele falou: "Ó, quanto que estão te pagando?" Ele: "Tão me pagando X". E o pai dele respondeu: "Pô, se for para receber isso, fica em casa. Eu pago você para você ficar em casa." Fodeu. Então, pronto, amigo. Aí depois você vai me xingar, fala ou você
vai xingar teu menino que ele é geração Nutella. Você criou essa merda, mano. Então, isso que é muito louco, cara. Porque a minha geração foi a última geração que não vai que não vai existir nunca mais no planeta, a não ser que tenha um dilúv começa dê um reset no planeta e aí em algum momento vai chegar de novo. Mas ah que viveu metade da vida sem tecnologia e a outra metade com tecnologia. Então nós conseguimos um cara de 50 anos hoje, até mais, né? Vamos falar de 65 anos para baixo, eh eh ele consegue
transitar bem, né, com e sem, né? Ele consegue navegar nessa nesse mundo da tecnologia atual, ele consegue e se acabasse o celular amanhã, ele ia viver a vida dele normal, ele voltaria a mandar carta e não tá e tá tudo bem. Como é que um cara que foi criado com essa [ __ ] forjado dessa maneira amoleceu, brother? Pois é. É que na verdade, mano, se você parar para fazer conta, meu pai foi vendedor quando era criança também. Ele era, ele vendia tripa e ele saía rasgando o Paraná e até o Pará vendendo tripa. Esse
cara, ele chegava numa cidade, ele visitava seis clientes, aí ele dormia no hotel Merda e ia para outra cidade visitava mais seis clientes. Supondo que a que a a carteira dele tivesse 60 clientes, que é o que nós é o que a gente tem aproximadamente na nossa empresa hoje. Cara, meu pai consegue atender os 60 clientes com duas horas por dia, velho. Meu pai não precisa ir lá. Uhum. Entendeu? Meu pai não precisa ir lá. Meu pai liga pros cara ou os caras manda no whats pro meu pai e meu pai não precisa nem ligar
para motorista, ele encaminha o pedido, entendeu? Uhum. E isso é do [ __ ] Eu acho isso incrível, porque o que o meu pai levaria 40 dias para recolher pedido, 40 dias para recolher pedido, bater na porta. E aí, o que que você precisa? Anotar na mão pedido, ficar 40 dias longe da minha mãe, longe dos filhos. Eu fui criado longe do meu pai, velho. Hoje meu pai resolve tudo pelo Whats. O meu pai é meio, é meio tédio a vida do cara, velho. Porque ele vai nadar de manhã, ele toma um [ __ ]
café da manhã maravilhoso, 9 horas da manhã, acho que eu vou pro posto e vai lá pro posto, velho. Entendeu? Vê alguma peça, vê algum motor, vê algum pneu, entendeu? Porque os 40, os, os 60 clientes são todos atendidos, velho. O bagulho funciona nesse fluxo. Agora a molecada que cresceu nisso, mano, os caras não sabe o que é SLT, velho. Velho, o meu sonho era pegar essa molecada e falar: "Você vai entrar às 8, sai às 6". Ah, mas para mim entre as 86 você vai vender teu tempo. Porque no dia que você não vender
o teu tempo e você vai est acostumado a trabalhar das 8 a se você vai ser produtivo e ainda trabalhar para [ __ ] Ag, mas pra gente adventia li Marx, eu li Marx. Marx falava: "A tecnologia serve pra gente trabalhar menos". Essa [ __ ] tá errada porque a gente tá usando a tecnologia para trabalhar mais. Não tá funcional essa [ __ ] Mas enfim. Eh, eu também vejo, eh, vejo sentido nisso. Se a gente pode trabalhar 4 horas por dia, só vamos trabalhar 4 horas por dia, mas vamos trabalhar pelo menos 4 horas
por dia, velho. Não é? Entendeu? Agora, cara, tem gente que não faz nada. Liguei pro meu sócio hoje, falei: "Cara, como que foi sua semana?" Tipo, nós estamos na metade da semana. Você trabalhou essa semana, velho? Nada. Quanto, te amo? Falei: "Ó, estamos junto, é nós." Mas eu tive que ligar para ele e perguntar se ele trabalhou essa semana. Nós estamos na metade da semana oficialmente, entendeu? E e como é que você conseguiu resgatar essa essa essa coisa toda? Porque você é um, você faz parte da geração Z. Eu sou 96. Acho que eu sou
milênium. Sou millennium. É, men. É, você é baby boomer, né? Você é boomer. Eu é sei lá o ele é boomer. Ele não é boomer. Não é o quê? É boomer. Boomer. Você é boomer também? [ __ ] nome de nome. Qual que é sua? 82. 82. 82 é o quê? É. Você é milênio? Eu sou milênio também. O 96. Eu não sei. Eu não sei. Boomer. Boomer. Até 62, 72. Sim. É, eu sou do 75. É Vietnã ali, né? É Segunda Guerra Vietnã, né? É. Então, você é milênium? Acho que eu sou milênium também.
É, eu assisti Rambo. 1 2 3. É, pô, eu tô na boca do gol do Z, velho. Acho que 97 a Z já. É, é. Tô na boca do gol. E aí, como é que você conseguiu? Não, não consegui nada não, cara. Consegui luta diária para falar pr os caras trabalhar duas horas por dia, velho. Não consegui nada não. Se você tiver uma receita, me ensine, velho. Porque eu não sei, mano. Uhum. Hoje em dia o cara que trabalha duas horas, ele tá cansado, velho. Não, [ __ ] não sei. Gostaria muito de saber a
minha reclamação. Você tá vendo que existe um desabafo, existe um uma emoção acumulada, sentimento negativo acumulados garage também terapia, realidade. É, mas velho, tipo, não respeito. Todos os meninos trabalham para mim, são extremamente talentosos, entregam todo o trabalho que eu peço, me respeitam para [ __ ] Óbvio, salário tá sempre em dia, né? Mas enfim, eu trato muito bem. Mas é um desafio, cara. Com certeza a nossa empresa estaria muito mais forte hoje se houvesse um espaço físico que os caras sentasse e fizesse das 8 a se, tá ligado? Não tenha dúvida, cara. E tem
mais tem e tem mais um caso, hein? Vou te contar agora. A a um funcionário foi contratado, começou a trabalhar num numa segunda-feira, 8 horas da manhã e meio-dia pediu demissão porque não podia usar o celular. Você jura, velho? Porque não podia usar o celular? Meu Deus do céu, mano. Meu Deus. Ficar sem celular. Porque tava em treinamento. Tava, tava durante treinamento, não podia usar o celular. Meu Deus, velho. Ah, eu entendo completamente, cara. É muito louco. Bizarro, cara. Eu eu acho muito louca a confusão queemana dessa terra, velho. Então, é legal, velho, a parada
de ser cientista social. Eu fiz faculdade de ciências sociais. É porque você entende que uma pesquisa, que uma ciência social, que um artigo científico, quando você vai falar de sociedade, você precisa de muito tempo para chegar a uma conclusão. As pessoas falam assim: "Gui, você acha que é bom o advento da tecnologia na formação das crianças?" Não sei, velho. Não sei. A gente não tem resultado nenhum, [ __ ] para falar muito cedo. Daqui 40 anos a gente vai ter alguma especulação que você acha que é bom esse divórcio absurdo de separação? Eu não sei,
cara. Você acha que é bom essa desigualdade sexual onde tem uma penca de mulherada 30 mais que não quer casar, nem homem que não quer casar? Não sei, cara. A sociedade ela funciona como um caminão de porco, onde cada quebra-mola, pum, dá uma ajeitada, entendeu? Do mesmo jeito que vem um problema, vai vir a solução do problema. No final sempre dá certo. Sempre dá certo, irmão. No final sempre dá certo. Só não tenha discurso de velho de que isso aqui vai acabar. Não vai acabar, amigo. Faz faz 25.000 1 anos que o Homo Sapiens é
sapens sapiens, não é? Fica tranquilo. Ah, mas a minha geração é [ __ ] e a próxima não é. Desculpe, velho. Aristóteles falava essa merda já, entendeu? Eu eu eu minha bisavó achava a minha a geração da minha avó da minha avó do meu pai assim porque e essa [ __ ] é uma é um ciclo. Aristóteles tem um tem um escrito em que ele fala que as próximas gerações não respeitam os pais. Os cara escreveu isso há quantos mil anos atrás. V tem uma música de t Carreiro Pardinho que ele falava: "Os filhos de
hoje em dia já não obedecem os pais". Pô, então você tá dizendo que o meu pai não obedece meu avô. É, é, eu acho que é discurso de velho, entendeu? A gente tem uma memória muito seletiva e muito saudosista. Então, a gente sempre tende a acreditar que antigamente que era bom. Eu faço a provocação direta com o meu pai. Meu pai fala: "Não, porque antigamente era bom. Eu era bom, pai. Você R$ 1000 por mês, cara. Os cara com R$ 1000 conseguia deixar uma casinha para cada filho. Conseguia. Isso. Mas aí é uma questão econômica
básica, né, cara? Porque não tem nada a ver uma coisa com a outra. Os caras trocavam uma fazenda numa num açogue de esquina, mano. Entendeu? Eu tenho 700 alqueir aqui, você troca no teu açog, entendeu? Antigamente era assim, eu tenho um Fusca, você troca na tua fazenda. Não, os caras ganhavam, os boomers ganharam muito dinheiro com essa [ __ ] Lógico, os caras chegavam em lugar que ninguém queria ir, entendeu? Se o cara quiser ir pra boca do Pará hoje, meter uma fazenda lá, é raro a pessoa que tem essa coragem. E se der certo
por um puro acaso, ele vai ganhar muito dinheiro. Mas cara, os caras trocavam açog por fazenda, irmão, e fazenda em terra vermelha ainda. Era 500 alquer no açog, porque o açogue dava uma renda mais alta na época, entendeu? Pode crer, pode crer. [ __ ] [ __ ] [ __ ] mano. Saúde, velho. Bom, que bom tá aqui, velho. Tá gostando da conversa? Estamos há quanto tempo de conversa? Já estamos a 88 minutos ali, ó. Tá uma hora e que legal. Uma hora e de conversa. Conversa já passa rápido, né, velho? Para [ __ ]
[ __ ] eu falei para [ __ ] também. Eu preciso que que você vire sócio nosso aqui, cara. Vem quando você quiser. Penso tem papa para bater até umas horas. Ah, que legal isso. V, estamos junto. Obrigado, de verdade. Obrigado mais uma vez, meu irmão. Você é de cara. Sou seu fã, viu, cara. Eu também. Eu também virei. Também virei. Sou seu fã mesmo. Pessoal, então curte, comenta, compartilha. Ah, fala as suas redes, Gui, pra galera aí. Mas meu nome é Guilherme Batilan, meus amigos. Nem preciso. O cara já tem, né? Todo mundo tá
tá na na na nas redes dele. Mas fala, fique à vontade, fique à vontade. Guilherme Batilani. Guilherme Batilani lá no Instagram. Só tá só tá no Insta Luges. Insta, TikTok, Google. Bom demais. Bom demais. É isso aí. Então, espero que vocês tenham gostado. Curte, comenta, compartilha os três CS, né? E lembrando que esse podcast teve oferecimento de Pablo Bernard. Acessa o site paobernar.com.br e o Instagram Pablo Bernardoficial. Uma história de amor em seus pés. Essa história é muito legal. Vai lá, confira que vocês não vão se arrepender. Obrigado por assistir. Obrigado, gente, de todo coração.
Estamos junto. Até a próxima. Logo logo tô aqui de novo. Saúde a todo mundo aí. Valeu. Amém. Até o próximo. Amém. Valeu,