e no século 18 quando pensadores como o baumgarten consolidaram a estética como um campo de estudo da filosofia eles estavam muito preocupados com a noção de as teses de sensação de percepção estética não é só a arte mas a obra de arte ela se insere nesse cão o modo como uma obra de arte e afeta você como que você recebe como que você percebe uma uma obra de arte assim como um fenômeno da natureza Então como passar do tempo porém é a obra de arte mudou muito na era moderna no século 19 surge a fotografia
fotografia se desenvolve muito no final do século surgiu o cinema e a arte ela se desvirtuando a sua tradição ela perde algumas das suas principais características e vai pa os lugares o ensaio que a gente vai discutir nesse vídeo do Walter Benjamin a obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica é um dos textos mais importantes sobre esse assunto talvez mais importante e ele foi quem é uma das pessoas que se debruçou sobre essa questão sobre essas transformações na obra de arte e o seu impacto na sociedade e é a grande diferença já introduzindo
vai ser que a obra de arte ela vai estar mais associada a técnica a noção portanto de téchiné não de as teses é muito mais a técnica do que a a percepção a afetação a Como que você vai ser afetado por aquilo Porque em vez de ser uma coisa única e autêntica que tá ali na sua frente é uma cópia da cópia da cópia da Cópia é que não tem portanto um valor singular né você vai ver um filme no cinema aquele filme não é o filme O único que existe assim como você ir no
museu do Louvre ver a Monalisa Você vai no cinema você sabe que tem vários outros passando o mesmo filme que não existe o filme original é até existe o filme que foi rodado mas se forem película por exemplo porque mais assim não tem essa esse apego todo ele já vai logo se você duplicado E se for digital né ainda mais o quê que é um você pega o seu cartão SD bota no computador Tales e esse é o filme original é só você dá control c control V já tem um outro igualzinho os pixels originais
não tem muito isso eu não tenho nada disso então eu vou a introduzir aqui como eu já tô fazendo os principais pontos da obra e depois eu vou me aprofundar um pouco lendo alguns trechos é um ensaio muito curto então se você está gostando do assunto já aproveita para se inscrever no canal se você é novo aqui eu tenho muito cinema e muita filosofia e muitas vezes os dois é misturados e é isso então vamos nessa é para falar de Walter Benjamin eu acho que é importante a gente pensar no contexto da sua obra não
é impossível fugir do contexto é um intelectual que foi extremamente prejudicado ele é de uma origem Judaica alemão e já os pais dele já queriam que ele fosse intelectual sempre foi também uma criança uma pessoa muito brilhante porém é a época em que Ele viveu dificultou muito a sua ascensão no mundo acadêmico no mundo intelectual no geral e ele foi muito prejudicado Ele viveu chegou a viver na pobreza na miséria com amigos bancando ele e no em 1940 quando a França estava sob domínio nazista e depois de ar dos esforços para conseguir um visto para
os Estados Unidos tendo conseguido e não Esse é um visto para sair da França e aí ele se suicidou como muitos sabem e isso tudo é muito triste né como que imagina o que o beijo em poderia ter produzido tendo visto o desenvolvimento da arte do cinema no pós-guerra né tendo estudado por exemplo neo-realismo italiano enfim mas a sua obra tá aí a sua obra sobreviveu e ainda a obra ela própria naturalmente foi muito prejudicada também passando por várias alterações esse texto aqui ele teve quatro versões diferente eu não vou entrar nesses detalhes porque eu
próprio não conheço tão a fundo a história dessas alterações aqui no livro tem nessa edição da l&pm É tem algumas modificações a a edição que do livro é a segunda então o que vai estar tratando aqui da segunda a versão mas tem tem aqui alterações da de outra versão no final quem tiver a curiosidade de conferir por muitos muito por medo de como que isso ia ser recebido sugestões até dos próprios amigos intelectuais dele da escola de Frankfurt por exemplo é para que a obra não obra pudesse existir né substituir certas palavras certas passagens e
para ele isso tudo era muito ruim né uma das versões da obra foi encontrada muitos depois é muitos anos depois acho que na década de 70 no armário do Rio caimã então para você ver como que era coisa né as obras a obra era no não podia nem dizer qual que era o texto certo qual que era o texto como é que o autor vai sobreviver a uma época dessa né como é que ele vai sobreviver e o seu pensamento né e enfim e aí nesse texto ele começa a falando sobre essa grande modificação da
obra de arte a obra de arte ela perde a sua autencidade do aqui do agora eu ia ele fala da noção de aura ela perde a sua aura aura é a esse conceito um tanto vago mas que eu acho que dá para entender porque como ele define é eu vou ler daqui a pouco Oi e ele vai dizer que a gente vive numa era após ao prática que é tudo reprodução e isso pode ser bom como pode ser ruim ele vai dizer o cinema por exemplo tem um papel umbigo o cinema ele pode ser uma
ferramenta muito forte de conscientização social e de combate ao fascismo assim como ele pode ser uma ferramenta de propaganda fascista e isso vai acontecer no próprio fascismo e no nazismo e já na antes disso já tinham ideologia se formando com relação ao cinema é que no caso do futurismo é de a social o cinema e o culto da modernidade é um culto da guerra e existiam esses futuristas que tinham esse esse posicionamento que ele vai criticar no final desse texto né futuristas italianos e então é isso E aí ele também vai fazer umas observações muito
valiosas sobre as especificidades do cinema da relação do ator do cinema o que que o cinema significa para as massas de para sua relação com relação a sua relação com os aparatos tecnológicos né ele vai ver uma relação de poder ali também Essa é a bom então o cinema ele tem esse duplo aspecto né tem um potencial positivo e um potencial destrutivo cabe a nós utilizá-lo corretamente né ele também e vai falar é eu acho que esses são os principais tópicos né ele vai falar bastante do ator ele vai falar da crise das outras Artes
a crise do teatro é a crise da pintura como que a pintura foi da contemplação individual para contemplação coletiva no no século 19 como que isso não funcionou também não se adaptou também como que nesse sentido ela vai de uma imersão para uma de estação e como que a nova arte o cinema está toda embasado em cima dessa distração e ele vai comentar também alguns cineastas desse período do cinema mudo como Dreher e o por dobkin que são diretores que eu estudo aqui também no canal a minha série o pensamento do cineasta meu curso linear
aqui do canal que vai começar no dia cinco de Fevereiro vai tratar de cineastas que também foram teórico alguns deles desse período na aula sobre vertov eu falo um pouquinho sobre por dobkin também e tem um vídeo aqui falando sobre ideia é comparando com a filosofia do quis que o filme de ideia a palavra e é legal né ver o Benjamin mencionando os diretores ensina e enfim é eu acho que agora a gente pode entrar no já no texto com com as próprias palavras do Benjamin então ele vai só para fechar essa grande introdução ele
vai falar muito de uma vacinação psíquica que o cinema proporciona para as massas claro né nesse período também está em alta muito a psicanálise o inconsciente essa outra Grande descoberta moderna é que tava sendo cada vez mais explorada na arte no surrealismo as vanguardas então né com essa mudança de característica da obra de arte no geral as vanguardas elas foram para outros lugares ele vai dizer que antes antes tinha essa busca pelo Belo pelo transcendente é a apresentação do ideal do sacrifício nas obras de arte Agora toda essa tradição vai meio que se dissolver em
vários cá em diferentes e caminhos experimentais em todas essas vanguardas do dadaísmo ao surrealismo e a obra de arte vai está muito associada a um choque né a tocar o espectador a causar provocar e tirar da zona de conforto né a obra de arte foi em princípio sempre reproduzível sempre foi possível a pessoa imitar aquilo feito por pessoas tal procedimento de copiar foi também realizado por estudantes como treino na arte por Mestres para disseminação de suas obras e finalmente por terceiros cobiçosos e no Renascimento por exemplo tinha muito essa relação nem de mestre e aprendiz
e Em contrapartida a reprodução técnica da obra de arte é algo novo que se realiza na história de modo intermitente em impulsos largamente espaçadas mas com intensidade crescente com a xilogravura as artes gráficas de tornaram-se pela primeira vez Tecnicamente reproduzíveis e ela já o eram tempos antes de também a escrita selo por meio da Imprensa então é um processo muito gradual que se acelerou demasiadamente no século 19 mas a transformação já vinha ocorrendo são conhecidas as monstruosas modificações que a impressão a reprodução técnica da escrita provocou na literatura Mas deixe o fenômeno que analisado aqui
da Perspectiva da história mundial e elas são apenas um caso particular embora especialmente importante durante a idade média só não se a xilogravura também à gravura em cobre com ponta seca e a água forte assim como a litografia no início do século 19 como olho aprende mais rápido do que a mão desenha o processo de reprodução figurativa foi acelerado de modo tão intenso que agora ele podia acompanhar o ritmo da fala Imagina você conceder e isso no mundo medieval 1 é é é uma coisa inconcebível assim eu acho que ninguém devia imaginar isso o cinema
falado encontrava-se latente na fotografia e por volta de 1900 a reprodução técnica atingir um padrão que lhe permitiu não somente começar a tornar a totalidade das obras de arte convencionais em seu objeto submetendo os seus efeitos das mais profundas modificações mas também conquistaram um lugar próprio entre os procedimentos artísticos bom então a própria reprodução virou a uma das Artes Olha que interessante ela não só tornou as outras Artes o seu objeto e como ela própria virou uma arte que pode incorporar é a reprodução das outras Artes neh como um objeto é nada é mais instrutivo
para o estudo desse padrão do que o impacto de suas duas manifestações distintas a reprodução da obra de arte É né você fazer cópias e tal e a arte cinematográfica que é a própria reprodução como forma de arte sobre a arte em sua forma convencional e agora que ele vai chamar atenção Para grande diferença mesmo na reprodução mais perfeita uma coisa se perde o aqui e e agora da obra de arte sua existência única no local em que se encontra não tem isso no filme No entanto é nessa existência única e somente nela que está
realizada a história Qual a obra de arte esteve submetida no decorrer de sua duração o aqui e agora do original compõem o conceito de sua autenticidade sobre o qual se Funda por sua vez a representação de uma tradição que repassou esse objeto até os dias de hoje como um mesmo idêntico a totalidade do campo da alta intensidade mantém-se alheia a reprodutibilidade e natural não somente a reprodutibilidade técnica e a Catedral deixa seu lugar para ser recebida no estúdio de um apreciador da arte a música coral que era executado em um salão o ar livre Deixa
Se apreciar em um cômodo hoje então isso já tá muito mais do que sedimentado né a gente tem Spotify YouTube qualquer música Você pode reproduzir assim que você pensa e a gente tem uma relação muito diferente com música e a gente também ouvir a música Talvez né na maioria dos casos de um jeito muito mais disperso né que é uma coisa que ele também fala aqui da da que a gente foi da Ilha São para dispersão né é aquilo que se atrofia na era da reprodutibilidade técnica da obra de arte é a sua aura a
técnica reprodutiva desliga o reproduzido do campo da Tradição ao multiplicar a reprodução ela substitui sua existência única por uma existência massiva a e na medida em que ela permite a reprodução ir ao encontro do espectador em sua situação particular atualiza o reproduzido isso continua Olha como o texto é atual né e essa revolução ainda está em curso porque é de fato mais particular do que jamais foi você ver um filme no seu Smartphone seu a gente mais poderoso é o cinema a significação social do filme mesmo em seu aspecto mais positivo e justamente nele revela-se
impensável sem esse seu lado destrutivo catártico a liquidação do valor da tradição na herança cultural esse fenômeno é especialmente acessível nos grandes filmes históricos ele submete posições cada vez mais distantes ao seu domínio e quando Abel gance exclamou entusiasticamente Em 1927 é Shakespeare hum Beethoven serão filmados todas as lendas todas as mitologias e todos os mitos todos os fundadores de religiões e mesmo todas as religiões aguardam sua ressurreição em celuloide e os heróis precipitam-se aos portais convidava embora sem a intenção de fazê-lo a uma liquidação generalizada me ligar ou ele fazer essas referências aos cineastas
né o Abel gance é foi um cineasta do período tido como a Vanguarda francesa ao cinema à francesa ele dos anos 20 e 30 foi um dos grandes diretores dos período fez grandes Produções fez um filme sobre Napoleão por exemplo e no meu curso o pensamento do cê acha eu vou falar sobre outros dois de seus colegas nesse período dessa escola é que são a germaine dulac e os grampos tem como que eles estavam tentando encontrar uma essência para o cinema para que o cinema não ficasse refém das outras artes de e só se baseasse
em literatura em teatro e e fosse como um meio termo desses outros dois filmados né É É eu não tenho um valor único né autêntico assim eles vão estar em busca disso e oque é aí ó esse esse eu acho que é o trecho mais elucidativo sobre a aura mas o que é aura de fato uma Trama peculiar de espaço e tempo aparição única de uma distância por mais próxima que se que esteja a observar calmamente em uma tarde de verão uma paisagem montanhosa no horizonte um ramo que joga sua sombra sobre O Observador é
isso O que significa respirar a aula dessas montanhas desse ramo estando ali no momento presente e é muito parecido com que o cante por exemplo e hoje stetter Ingleses vão falar sobre o Sublime sobre a experiência do Belo e também a experiência do Sublime em fenômenos da natureza diante de uma montanha diante de um Horizonte do mar diante de um abismo Essa é a tudo isso te afeta de um determinado modo né E isso porque era mais fundamental na tradição estética o que simplesmente não vai ser possível com essas transformações com a um privilégio da
técnica e da técnica a stesis né e estando de posse dessa descrição torna-se fácil perceber a condição social inerente à deterioração contemporânea da aura ela repousa sobre duas circunstâncias ambas ligadas ao crescimento progressivo das massas EA intensidade crescente de seus movimentos e as obras de arte mais antiga e surgiram como sabemos a serviço de um ritual primeiramente mágico depois religioso o valor singular da obra de arte autêntica fundamenta-se sempre no ritual a reprodutibilidade técnica da obra de arte e emancipa pela primeira vez na história mundial de sua existência parasitária em relação ao ritual E no
momento porém em que o critério da alta intensidade fracassa na reprodução artística a totalidade da função social da arte é transformada no lugar de sua Fundação sobre o ritual esta deve fundar-se deve deve fundar-se em outra práxis a saber a política bom então isso vai ser muito importante para o bem amigo ele já tá falando aqui de um cinema político de um cinema de consciência e responsabilidade social e os gregos conheciam apenas dois métodos de reprodução técnica de obras de arte a fundição e a cunhagem por isso eles precisavam ser feitas para a eternidade os
gregos foram levados pelo Estado de sua técnica a produzir valores Oi Gê ternidade na arte e o nosso se encontra no Polo oposto ao dos gregos nunca antes obras de arte foram Tecnicamente reprodutíveis num grau tão elevado em proporções tão vastas como hoje e o filme A portanto a obra de arte mais passível de melhoria e isso é muito interessante e essa sua capacidade de ser melhorada está intimamente ligado à sua recusa radical do valor de eternidade tão filme ele pode estar sempre em modificação se você não ficou bom esse plano você pode regravar amanhã
semana que vem e colocar na montagem e no filme não vai dar para dizer que foi gravado uma semana depois do outro plano então você pode estar sempre reconstruindo e refazendo é uma arte muito difícil né você tá lidando com o controle da realidade que foge é muito naturalmente a sua tentativa de controle Mas é com experiência com o orçamento como equipe sabe com tudo é possível fazer isso e nesse sentido é muito é como ele diz a arte mais muito passível de melhoria né e para os gregos cuja arte orientava-se pela produção de valores
de eternidade o ápice de todas as artes encontrava-se na arte menos passível de melhoria a saber A escultura cujas criações se fazem literalmente a partir de uma peça é uma Peça você é como Michelangelo né que fez a estátua do Davi Me perguntaram como é que você fez uma coisa tão linda a partir de um de um pedaço de mármore ou algo assim ele disse ah já tava ali Eu só tirei o excesso né o Davi já tava ali faz parecer uma coisa tão difícil ser completamente natural mas é muito menos passível de melhoria do
que uma arte como cinema em qualquer coisinha que você fizer de errado Alice se deve ter que começar de novo com outra outro pedaço de pedra embora já se tivesse gasto muita perspicácia em vão na resolução da questão de se a fotografia é uma arte sem ter se colocado à pergunta anterior se por meio da invenção da fotografia o caráter geral da arte não foi modificado os teóricos de cinema logo assumirão o mesmo questionamento precipitado é isso nesse período existiam um entusiasmo gigante com cinema é entre alguns teóricos críticos e realizadores principalmente as pessoal da
França que Eu mencionei é a tem um um crítico particularmente chamado Hit oto canudo Eu tenho um vídeo aqui sobre ele no canal e também vou comentar na primeira aula do pensamento do cineasta ele que fundou o termo sétima arte e para ele o cinema Era um resultado de um processo teleológico a finalidade de toda a experiência estética né que ele reunir as características das preços das outras Artes todas numa forma de arte só e Suprema E então é interessante isso que o beija me coloca que ele dá um passo atrás né antes de se
perguntar E se o cinema é uma arte é porque vocês não se perguntam é se por meio dessas invenções o caráter geral da obra de arte não foi modificado radicalmente e o foi Ana ah e tem várias teorias assim muito interessante né a geralmente lá que o gênero está em que vai falar da fotogenia como uma essência no cinema e é muito interessante ler esse pessoal tem um livro de Ismail Xavier chamado sétima arte um culto moderno que ele fala sobre isso e fala até do Brasil dos brasileiros que os cineclubes do Chaplin Club que
estavam estudando é isso também e buscando o definir o cinema e defender o cinema com uma forma de arte ele vai dizer que o ator de cinema ele tá afirmando a sua humanidade diante do aparato é porque o aparato ele ganhou um protagonismo muito gigante na obra de arte em toda essa crise do teatro e agora é o ator ele atua para máquina e ao atuar para máquina ele tá se afirmando superior a máquina e ele também ao ser projetado na tela de cinema está inspirando o espectador a afirmar a sua humanidade diante das máquinas
que ele convive cada vez mais no seu dia a dia e sobretudo no seu trabalho Olha que pensamento fascinante né e olha eu falei agora uma citação sobre isso a atuar Sob a Luz do holofote atendendo ao mesmo tempo as condições impostas pelo microfone é uma performance de teste de primeira linha realizá-la significa conservar a sua humanidade diante da aparelhagem o interesse nessa performance enorme postanto nos escritórios quanto nas fábricas é diante de um aparato que a grande maioria da população urbana deve ao longo da jornada de trabalho renunciar à sua humanidade a vida lhe
um autônomo mecânico né é o shopping vai vai falar muito sobre isso principalmente no Tempos Modernos e ao fim da tarde as mesmas massas preenchem os cinemas para vivenciar como o ator de cinema tem a sua revanche por meio é por eles né então o ator ele se vinga da da máquina né se vinga pelos Operários pelas pessoas que vão no cinema assistir o filme e não apenas ao afirmar a sua humanidade ou que aparece eles como tal diante do aparato mas colocando o aparato mesmo a serviço de seu próprio Triunfo o quê e o
ator ele e em cena e ele tá exercendo um domínio sobre o aparato que ele que está conduzindo a cena e por exemplo o microfone a pessoa do tá segurando bom né Precisa acompanhar o ator a câmera não pode perder o foco do ator e no filme é muito menos importante o ator representar o outro diante do público do que representar a si mesmo diante da aparelhagem olha só é incrível e aí ele fala que com isso o ator ele ele se sente numa espécie de exílio também né é um pensamento que ele para fazer
aqui do pirandello ele diz que o ator de cinema sente-se como no exílio exilado não somente do palco mas de sua própria pessoa como mal-estar obscuro ele sente o vazio inexplicável que surge da transformação de seu corpo em uma aparição fugir dia e vira Sombra ele vira aparência já imaginou um ator de teatro que estava acostumado a apresentar na frente do das pessoas tempo todo e aí ele está se apresentando diante de máquina e aí depois as pessoas vão ver a aparência dele numa tela né as luzes as sombras não vão ver ele né tá
com mal-estar obscuro ele sente o vazio inexplicável que surge da transformação de seu corpo e uma aparição fugir dia ele se volatiza ele se volatiliza a si próprio EA sua realidade sua vida sua voz e os sons que ele provoca ao se mover lhe são roubados para transformá-lo em uma imagem muda que oscila por um momento sobre a tela e em seguida desaparece no silêncio a pequena aparelhagem atuará com sua sombra diante do público e ele mesmo precisa contentar-se em atuar diante dela da aparelhagem né aí ele pegou e se esse pensamento do Luigi pirandello
eu não sei se eu pro não sei direito o nome dele é mas esse não é um pensamento do Benjamin ele aqui inclui aqui no na sua e no seu ensaio e pela primeira vez e isso é obra do filme O ser humano chega a um estado em que precisa agir com a totalidade de sua pessoa viva mas abstendo-se de sua aura Ah pois a Áurea está ligada ao seu aqui agora não a cópia da aura A aura que envolve máquinas sobre o palco não pode ser separado daquela que envolve para o público vivo o
ator que representa esse papel e o que distingue a gravação no estúdio de cinema porém é colocar aparelhagem no lugar do público dessa maneira aura que envolve ator deve desfazer-se e com ela também aquela que envolve a personagem por ele representado Oi e aí ele vai falar de toda essa crise do teatro e não há de fato um oposto mais absoluto para obra de arte totalmente absorvida pela reprodução técnica uma obra que surgiu dessa reprodução mesmo como é o caso do filme do que a arte cênica o teatro observadores de especialistas E aí ele vai
até fazer uma nota sobre o rodo rudolph Run que foi um dos primeiros teóricos de cinema reconheceram já há tempos que a atuação para o cinema quase sempre os maiores efeitos são atingidos ao atuar se o mínimo possível o último desenvolvimento percebe a rainha em 1932 é o tratamento do ator como um objeto de cena escolhido por suas características EA sua colocação no lugar adequado e aqui ele faz uma muito satisfatória menção ao Dreher e álcool dobkin que no cinema mudo foram alguns dos principais cineastas vem aqui ele fazem esse desenvolvimento da a ND cinematográfica
esse tipo de atuação de cinema mais realista a não teatral né ali não é a arte do ator propriamente a arte do ator é o teatro e se você está gostando do conteúdo considere curtir o vídeo para que ele possa aparecer para mais pessoas aqui no algoritmo do YouTube e inscrever-se no canal caso você seja novo aqui eu tô trazendo toda semana vídeo sobre cinema e filosofia Ok eu vou avançar agora para um ponto que eu acho que tem uma ligação muito importante com a nossa civilização contemporânea Século 21 quando a gente pensa no nosso
eu não vou falar narcisismo que talvez seja uma palavra muito forte né Nem sempre é o caso mas na nossa naturalidade com relação a alto exposição a nossa tendência a auto-promoção nos veículos sociais de tecnologia nas redes sociais na e na televisão na enfim principalmente na internet e nas redes sociais né no caso da maioria das pessoas o quanto que é natural é muito natural para gente o ser filmado e aparecer em algum lugar e ser até de certa forma autor né de alguma coisa mesmo que seja o seu Facebook o seu Instagram você é
a autoralidade de aquilo tem um caráter estético né não se pode negar isso você faz algumas escolhas estéticas ali ou mesmo ele vai falar já na época dele como que a Politécnica né como que de maneira geral as pessoas estavam se vendo cada vez mais numa posição de autoria a e agora isso tá maior do que nunca muito maior Talvez ele nem imaginasse isso no jeito que é hoje em dia assim todo mundo tá o tempo todo sendo autor de si próprio e se colocando ali e meio que forjando narrativas da sua própria vida ou
de outras coisas né o quê pô não é uma coisa de tradição sabe as pessoas viviam as suas vidas sem essa exposição sem essa autopromoção sem essa vontade de a autoria né tivemos assim não sei se eu me expressei da melhor forma mas espero que tenha ficado claro eu vou ler aqui as próprias palavras palavras do bem Juninho aí você já deve conseguir fazer essa ponte espontaneamente mas quando eu li isso eu pensei imediatamente no no nosso mundo de hoje nas redes sociais cada pessoa contemporânea possui o direito de ser filmada e com a expansão
crescente da Imprensa que disponibilizava a comunidade leitura sempre renovado os periódicos políticos religiosos científicos empregados empregatícios locais uma porção cada vez maior da comunidade leitora a princípio ocasionalmente ingressava na comunidade e escritora e quem tem blog hoje né isso Começou quando a imprensa jornalística eles abriu a sua Caixa de correspondência e hoje as coisas estão de tal modo que mal se pode encontrar um único europeu incluso no processo de trabalho que não tenha de algum modo tido em alguma parte oportunidade de publicar uma experiência profissional uma reclamação uma reportagem ou algo do tipo e a
competência literária não depende mais a formação especializada mas da Politécnica tornando-se propriedade comum é bem ele vai falar dessa mudança da na pintura né dessa dessa crise da da tradição artística como que a gente vai dar imersão pra distração a pintura sempre foi apropriada contemplação exclusiva de um ou de poucos a contemplação simultânea de pinturas por um grande público surgida no século 19 é um sintoma precoce da crise da pintura que não foi de modo algum desencadeada somente pela fotografia mas relativamente independente desta por meio da destinação da obra de arte as massas ao nos
darmos conta de que tensões perigosas a técnica a tecnicização com suas consequências gerou nas grandes massas tensões em que estágio os críticos adquirem um caráter psicológico aprendemos que essa mesma tecnização criou a possibilidade de uma vacinação psíquica contra essas psicoses de massa por meio de certos filmes eu fiz um desenvolvimento forçado de fantasias sai dicas ou de alucinações masoquistas pode impedir o seu amadurecimento tanto natural quanto perigoso nas massas a risada coletiva proporcione A erupção precoce e salutar digital Psicose de maços o consumo de uma quantidade avassaladora de acontecimentos grotescos no cinema é uma drástica
evidência dos perigos que ameaçam a humanidade nas repressões que a civilização traz consigo e os filmes de pastelão americanos e os filmes da Disney causam uma explosão terapêutica do inconsciente o seu antepassado foi o Clown ele foi o primeiro a se sentir em casa nos Novos Campos de ação abertos pelo filme O seu improvisado o primeiro morador Nesse contexto tem Chaplin o seu lugar enquanto figura histórica bom então ele veio essa função terapêutica né do filme né como que isso ajuda é tem uma relação com a poética de Aristóteles também né quando ele fala da
cá tarde né como que a obra ela ajuda a extirpar certas certos males certas podemos falar em energias né aquele fala de tensões E aí é mas é colocar o inconsciente né na tela é uma coisa que foi muito importante para os cineastas de Vanguarda né Principalmente do surrealismo ele fala que da relação do cinema com coisas que o cinema tem em comum com dadaísmo O dadaísmo tentava obter com os meios da pintura ou literatura os mesmos efeitos que o público busca hoje no filme A imersão que se tornou com a decadência da burguesia um
exercício de comportamento asocial opõe-se a distração como uma espécie de jogo com comportamento social de fato as manifestações dadaístas e garantiram uma distração veemente na medida em que tornavam a obra de arte o centro de um escândalo dadaísmo é isso né chocar eu vou botar um mictório aqui eu vou dizer que você acha sabe ele que o escândalo queria o choque queria provocação questionar tudo a tradição artística e era preciso satisfazer acima de tudo uma reivindicação excitar a irritação pública e eu particularmente não não sou afeito ao dadaísmo é a compreendo a sua posição histórica
aqui e e como que ele tá lidando com todo esse contexto né de renovação da arte de descobrir novos caminhos de explorar colocar descobrir outras funções para arte e o Benjamin ele ele ver essa semelhança aqui é com o cinema né e o filme libertou de sua embalagem o efeito de choque físico que O dadaísmo ainda mantia em volta no no choque moral porque o filme ele é muito real muito explícito né é o filme é muito direto e eu acho que é mais ou menos isso que ele tá querendo dizer aqui nessa aproximação e
a humanidade quem Homero foram dia objeto de contemplação para os deuses olímpicos tornou-se objeto de sua própria contemplação sua auto-alienação atingir o tal grau que se lhe torna possível vivenciar a sua própria Aniquilação como um deleite estético de primeira ordem assim configura-se a estetização da política operada pelo fascismo e a essa estetização da política né em oposição é isso ele vai propor a politização da arte com ciência arte consciente que vai combater isso né e ele diz que o comunismo responde com essa politização da arte né não podemos esquecer também que Benjamin ele está associado
com o comunismo né é muito pelo período em que Ele viveu e tal é bem pessoal eu acho que é isso essa foi é uma introdução à obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica espero que você goste do ensaio tem coisas muito valiosas nele como a gente acabou de ver E se tiver alguma dúvida comente aqui embaixo acrescente também com que você quiser acrescentar compartilhe com pessoas que possam se interessar curto vídeo inscreva-se no canal essa edição aqui ela tem um prefácio também que eu achei muito bom do Márcio seligmann-silva e em que
ele faz uma leitura muito interessante da da obra do Benjamin Faz um resumo ali e ele fala do ele faz uma associação interessante do cinema com o mito da caverna de Platão né que o cinema ele é uma reinvenção de cimento de alguma forma porque de acordo com a visão do Benjamin sobre o cinema pelo menos porque o mito da caverna ele tinha pessoas que estavam presas voltadas para uma parede onde eles viam sombras né e eles achavam que aquilo era o mundo real aí um dia Manda essas pessoas conseguiu sair da caverna e encontrou
o mundo real encontrou a luz e e se deu conta da sua situação anterior né que era só aparência ó e aqui e na modernidade a gente tem uma nova forma de arte embasada na reprodutibilidade técnica que projeta o mundo real na sombra então é uma inversão muito interessante né bom então fica com esse pensamento aí para para refletir após o vídeo né Como que o cinema reelabora o mito da caverna de Platão