Meu nome é Eliseu e esta é a minha história. Tudo começou quando Elias, um grande profeta de Deus, aproximou-se de mim enquanto eu arava nos campos. Eu era filho de Safate e morava em Abel-Meol.
Aquele dia mudou minha vida para sempre. Elias passou por mim e lançou seu manto sobre mim, um gesto que eu sabia significar uma chamada para o serviço divino. Sem hesitar, deixei os bois e corri atrás de Elias.
“Deixe-me, eu te peço, beijar a meu pai e a minha mãe, e então te seguirei”, eu disse. E ele me respondeu: “Vai e volta, pois que te fiz”. Assim, voltei e, tomando a junta de bois, ofereci em sacrifício.
Com os instrumentos do arado, cozinhei a carne e a dei ao povo, e eles comeram. Depois, levantei-me e segui Elias. Os anos ao lado de Elias foram anos de aprendizado e preparação.
Vi muitos milagres e aprendi muito sobre a fidelidade de Deus. Elias era um homem de Deus, fervoroso e corajoso. Sua fé era inabalável e eu aspirava a ter uma fé como a dele.
Um dos momentos mais marcantes foi quando Elias confrontou os profetas de Baal no Monte Carmelo. Ele zombou da ineficácia deles em invocar fogo do céu e, em seguida, com uma oração simples, trouxe fogo do Senhor que consumiu o sacrifício, a lenha, as pedras e o pó, e até lambeu a água que estava no rego ao redor do altar. Aquele dia, o poder de Deus foi manifestado de maneira inquestionável e o povo de Israel reconheceu que o Senhor é Deus.
Após o triunfo no Monte Carmelo, vivenciei muitos outros eventos ao lado de Elias. Cada momento ao seu lado era uma lição sobre a natureza de Deus e seu poder. Mas entre todos os dias que passei com Elias, o mais extraordinário foi o dia de sua partida.
Elias sabia que sua hora havia chegado. Ele me pediu que ficasse enquanto ele ia a Betel. Mas eu sabia que este era um momento crucial e insisti: “Vive o Senhor e vive a tua alma, que te não deixarei”.
Assim, fomos juntos a Betel. Em Betel, os filhos dos profetas me avisaram sobre o que estava para acontecer com meu mestre. Eu já sabia e pedi que se calassem.
Depois, Elias me pediu novamente para ficar enquanto ele ia a. . .
mas novamente eu disse: “Vive o Senhor e vive a tua alma, que te não deixarei”. E assim fomos a Jericó. Novamente, os filhos dos profetas me avisaram e, mais uma vez, pedi que se calassem.
Então, fomos juntos ao Jordão. Elias pegou seu manto, enrolou-o e feriu as águas, que se dividiram. Nós dois atravessamos em terra seca.
Enquanto caminhávamos, Elias me perguntou: “Pede-me o que quiseres que eu te faça antes que seja tomado de ti”. E eu pedi: “Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim”. Ele disse: “Coisa difícil pediste.
Contudo, se me vires quando for tomado de ti, assim se fará a ti. Porém, se não me vires, não se fará”. E enquanto ainda falávamos, eis que um carro de fogo com cavalos de fogo nos separou um do outro e Elias subiu ao céu num redemoinho.
Eu vi e clamei: “Meu pai, meu pai! Carro de Israel e seus cavaleiros! ” E nunca mais o vi.
Então, peguei as minhas próprias vestes e as rasguei em duas partes. Refletindo sobre esses eventos extraordinários e sobre o caminho que agora eu trilhava, percebi a profundidade da responsabilidade que carregava. Era um peso, mas também um privilégio imenso.
O manto de Elias, agora sobre meus ombros, era mais do que um símbolo; era um lembrete constante do chamado para servir a Deus e ao seu povo com todo o meu ser. Eu ponderava sobre as palavras de Elias e sobre os milagres que ele realizou. Cada um deles não era apenas um ato de poder, mas uma lição sobre a natureza e o caráter de Deus.
E agora era minha vez de continuar essa jornada, de ser um canal através do qual o amor, a justiça e o poder de Deus poderiam fluir. Eu sabia que não estaria sozinho nessa jornada. Deus, que havia estendido a Elias, estaria comigo.
Aquele mesmo Deus que respondeu a Elias no Monte Carmelo, que dividiu as águas do Jordão e que realizou tantos outros feitos extraordinários estaria ao meu lado. Eu confiava que em cada desafio que enfrentasse, sua sabedoria e força me guiariam. Ao mesmo tempo, eu reconhecia minha própria humanidade.
Eu tinha dúvidas e medos como qualquer outro, mas sabia também que a verdadeira força vem em reconhecer nossa dependência de Deus. A fé não significava ausência de dúvidas, mas sim a coragem de seguir em frente, apesar delas, confiando que Deus estaria comigo, guiando cada passo, assim como havia guiado Elias. Portanto, enquanto caminhava pelas terras de Israel, carregando o legado de Elias e a missão que Deus me confiou, eu refletia constantemente sobre essas verdades.
Cada dia era uma nova oportunidade para aprender, crescer e servir. E em cada ato de serviço, eu via a mão de Deus se movendo, não apenas na minha vida, mas na vida de todo o povo de Israel. A jornada não seria fácil, mas seria repleta de propósito e significado, guiada pela mão do Deus que chama, capacita e usa seus servos para sua glória e para o bem de seu povo.
Peguei o manto que caíra de Elias, voltei e parei à margem do Jordão. Com o manto de Elias, feri as águas e disse: “Onde está o Senhor, o Deus de Elias? ”.
E, ferindo as águas, elas se dividiram para um lado e para o outro, e eu atravessei. Os filhos dos profetas que estavam em Jericó, ao verem isso, disseram: “O espírito de Elias repousa sobre Eliseu”, e vieram ao meu encontro e se inclinaram diante de mim. Agora, portador do manto de Elias, eu estava diante de um novo.
. . Capítulo em minha vida: minha primeira ação como profeta ocorreu quando os homens de Jericó vieram até mim lamentando que as águas da cidade eram más e a terra era estéril.
Eu disse: "Trazei-me um prato novo e ponde nele sal. " Eles o fizeram. Então, eu fui à Fonte das Águas, lancei o sal e disse: "Assim diz o Senhor: sanei estas águas; daqui para a frente não haverá mais morte nem esterilidade.
" E as águas foram saradas até o dia de hoje, conforme a palavra que eu havia falado. Enquanto seguia de Jericó para Betel, alguns jovens zombaram de mim, gritando: "Sobe, Calvo! Sobe, Calvo!
" Voltei-me para eles e os amaldiçoei em nome do Senhor. Então, duas ursas saíram do bosque e despedaçaram 42 daqueles jovens. Era um tempo onde o respeito pela palavra de Deus e pelos seus servos era fundamental, e a blasfêmia não era tolerada.
Após o incidente com os jovens em Betel, eu, Eliseu, caminhava sozinho, refletindo profundamente sobre o que acabara de acontecer. A zombaria dos jovens não apenas me atingira pessoalmente, mas também desafiara a autoridade que Deus havia me conferido. A resposta divina à minha maldição fora imediata e severa, um lembrete pungente do poder de Deus e da seriedade com que Ele vê o respeito por seus servos.
Contudo, em meu coração, eu me questionava: "Será que fui precipitado ao amaldiçoar esses jovens? Será que minha reação foi motivada por orgulho ferido ou verdadeira preocupação com a honra de Deus? " Essas perguntas ecoavam em minha mente, misturando-se com o sentimento de tristeza pelos jovens e suas famílias.
Eu sabia que a responsabilidade de um profeta não era apenas ser um instrumento de juízo, mas também de misericórdia e compreensão. Refletia sobre a natureza do ministério, que frequentemente colocava seus portadores em situações de grande tensão emocional e espiritual. A linha entre a defesa da santidade de Deus e a compaixão pelos que ainda estão aprendendo a caminhar em seus caminhos é delicada e complexa.
Perguntava-me se havia outra maneira de lidar com a situação, uma forma que pudesse ter ensinado a mesma lição, mas com menos sofrimento. O caminho do profeta é um caminho de aprendizado e humildade. Eu compreendia que, mesmo sendo um instrumento nas mãos de Deus, eu ainda era humano, sujeito a falhas e limitações.
Essa compreensão me trazia uma sensação de humildade e a constante necessidade de buscar a orientação de Deus em cada passo, cada palavra, cada ação. Assim, enquanto continuava meu caminho, carregava comigo essa reflexão, um lembrete da necessidade de buscar sempre a sabedoria e a orientação de Deus em meu ministério. Cada interação, cada encontro era uma oportunidade para representar Deus de maneira fiel e autêntica, equilibrando justiça com misericórdia e poder com amor.
Depois disso, fui ao Monte Carmelo e de lá voltei a Samaria. Em Samaria, minha jornada continuou com muitos sinais e milagres. Lembro-me de um incidente notável com uma mulher de Suném.
Ela era uma mulher notável que insistiu para que eu comesse em sua casa sempre que passava por lá. Ela até construiu um pequeno aposento no telhado para que eu pudesse descansar. Em gratidão, perguntei-lhe o que poderia fazer por ela.
Apesar de sua relutância em pedir algo, meu servo Geazi observou que ela não tinha filhos e seu marido era velho. Então, eu a chamei e lhe disse: "Por este tempo, daqui a um ano, abraçarás um filho. " Ela não acreditou nas minhas palavras no início, mas, como eu havia dito, ela concebeu e deu à luz um filho naquele tempo determinado.
A história do filho da mulher sunamita é particularmente próxima ao meu coração. Anos depois de seu nascimento, o menino, já crescido, foi ao campo encontrar seu pai entre os cegadores. De repente, ele se queixou de dor de cabeça e foi levado para sua mãe.
Ao meio-dia, ele morreu nos braços dela. A mulher, em sua grande fé, não hesitou: ela colocou o menino no meu aposento e fechou a porta. Em seguida, ela foi me procurar.
Eu estava no Monte Carmelo. Quando ela se aproximou, enviei Geazi ao seu encontro para perguntar se estava tudo bem com ela, seu marido e o menino. Ela respondeu que sim, mas continuou até me encontrar e se lançou aos meus pés, angustiada.
Quando soube do ocorrido, imediatamente enviei Geazi com meu cajado para colocá-lo sobre o rosto do menino, mas a mãe do menino insistiu que eu fosse pessoalmente. Quando cheguei à casa, vi o menino morto, deitado em meu leito. Entrei, fechei a porta e orei ao Senhor.
Então, deitei-me sobre o menino: boca com boca, olhos com olhos, mãos com mãos. Enquanto eu me estendia sobre ele, o corpo do menino aqueceu. Levantei-me, andei pela casa de um lado para o outro e, de novo, me estendi sobre ele.
O menino espirrou sete vezes e abriu os olhos. Chamei Geazi e pedi que chamasse a sunamita. Quando ela entrou, disse: "Toma teu filho.
" Ela veio, caiu a meus pés e se inclinou até o chão; depois, tomou seu filho e saiu. Após devolver a vida ao filho da mulher sunamita pelo poder de Deus, eu, Eliseu, me retirei para um canto da casa, mergulhado em profundas reflexões. A magnitude do milagre que acabara de ocorrer era avassaladora; a vida, esse dom tão precioso e misterioso, havia sido restaurada nas mãos de um servo de Deus.
Eu me perguntava sobre o poder que fluía através de mim, um poder que não era meu, mas emprestado, concedido por Deus para cumprir seus propósitos. Refletia sobre a natureza da vida e da morte e sobre o imenso amor e compaixão de Deus ao devolver a vida ao menino. Eu tinha sido um mero instrumento nas mãos do Criador.
Este ato não era apenas um testemunho do poder de Deus, mas também de sua profunda preocupação com cada um de seus filhos. O milagre que acabara de realizar era um sinal da presença e providência de Deus. De Deus, mesmo nas circunstâncias mais desoladoras, pensava também na fé da mulher sunamita.
Sua determinação em buscar ajuda, sua recusa em aceitar a morte do filho como final, falava volumes sobre a natureza da fé verdadeira. Ela não havia buscado garantias; apenas agiu na convicção de que Deus poderia intervir. Sua fé era um lembrete poderoso para mim de que, mesmo como profeta, minha confiança deveria sempre residir não nas minhas próprias habilidades, mas na fidelidade e poder de Deus.
Por fim, refletia sobre o mistério da vontade de Deus: por que alguns são curados e outros não? Por que alguns milagres acontecem e outros não? Essas perguntas permaneciam sem resposta.
Mas eu sabia que minha tarefa não era compreender todos os caminhos de Deus, mas confiar neles, servindo fielmente, independentemente do resultado. Com essas reflexões em mente, eu continuava minha jornada, ciente do privilégio e do peso de ser um servo de Deus, um canal de sua graça e poder em um mundo quebrado. Outro momento marcante em meu ministério foi quando a viúva de um dos filhos dos profetas veio até mim.
Ela estava desesperada, pois seu marido havia falecido e ela estava endividada. O credor estava prestes a levar seus dois filhos como escravos para saldar a dívida. Ela clamou por minha ajuda e eu perguntei o que ela tinha em casa.
“Tua serva não tem nada em casa senão uma botija de azeite”, respondeu ela. Então, instruí a viúva a pedir emprestadas muitas vasilhas vazias a todos os seus vizinhos. “Não peças poucas”, eu disse.
Quando ela as trouxe, ordenei que fechasse a porta sobre si e sobre seus filhos e começasse a derramar o azeite nas vasilhas. Milagrosamente, o azeite continuou fluindo até que todas as vasilhas estivessem cheias. Quando ela me informou que todas as vasilhas estavam cheias e o azeite havia cessado, eu lhe disse: “Vai, vende o azeite, e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.
” Após a viúva partir com suas vasilhas cheias de azeite, uma sensação de profunda reflexão tomou conta de mim. Eliseu, eu contemplava a extraordinária forma como Deus havia provido para aquela mulher e seus filhos. O milagre do azeite não era apenas uma demonstração de poder divino, mas também uma lição sobre fé, providência e a importância de agir de acordo com a orientação divina.
Refletia sobre a instrução que dei à viúva: “Não peças poucas vasilhas. ” Essas palavras falavam sobre a expectativa de abundância, sobre ter fé na generosidade de Deus. Era uma lembrança para mim mesmo e para todos os que ouvissem essa história de que, quando Deus age, Ele o faz de maneira plena e completa.
Deus não é limitado por nossas concepções de possibilidade; Ele é o Deus do mais do que suficiente. A ação de fechar a porta enquanto o milagre ocorria também me fazia refletir. Era um ato simbólico, indicando que certas obras de Deus são para ser vivenciadas em intimidade, longe dos olhares céticos e da incredulidade.
Era uma lição sobre o valor da quietude e da confiança em Deus, mesmo quando os outros não podem ver ou entender o que Ele está fazendo. Além disso, pensava sobre a responsabilidade que vem com o recebimento de um milagre. A viúva não apenas recebeu o azeite; ela também recebeu instruções sobre o que fazer em seguida.
Isso me lembrava que os milagres de Deus não são apenas para nos tirar de situações difíceis, mas também para nos orientar sobre como viver e prosperar após a intervenção divina. Deus cuida não apenas das nossas necessidades imediatas, mas também dos caminhos que trilhamos após nossas orações serem respondidas. Por fim, eu me maravilhava com a maneira como Deus escolhe usar seus servos.
Eu era apenas um canal, um meio pelo qual Deus estendeu sua mão para ajudar uma viúva desesperada. Este ato reforçava em mim a humildade e a gratidão por ser usado por Deus para abençoar outros, lembrando-me constantemente de que todo poder e toda boa dádiva vêm dele. Outra vez, durante uma fome, eu estava com os filhos dos profetas em Gilgal.
Quando estávamos sentados diante de mim, eu disse ao meu servo: “Põe a grande panela e faz um caldo para os filhos dos profetas. ” Um deles foi ao campo para colher ervas e encontrou uma videira brava, da qual colheu as suas abóboras silvestres. Encheu seu manto e, voltando, cortou na panela do caldo, sem saber que eram venenosas.
Assim que começaram a comer do caldo, gritaram: “Homem de Deus, a morte na panela! ” e não puderam comê-la. Então eu disse: “Trazei farinha.
” E lançando-a na panela, disse: “Servi ao povo para que coma. ” E não havia mais nada de mal na panela. Houve também um tempo em que um homem trouxe para os filhos dos profetas pães dos primeiros frutos: 20 pães de cevada e espigas verdes.
Era pouco para 100 homens, mas eu disse: “Dai ao povo para que coma, pois assim diz o Senhor: Comerão e sobrará. ” E assim aconteceu: eles comeram e ainda sobrou, conforme a palavra do Senhor. Minha jornada como profeta me levou a interagir com reis e comandantes.
Uma dessas interações foi com Naamã, o comandante do exército do rei da Síria. Ele era um grande homem diante de seu senhor e de alta estima, pois por ele o Senhor dera livramento aos sírios. Mas ele era leproso.
Uma menina israelita que servia a mulher de Naamã disse à sua senhora: “Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra. ” Naamã foi com a recomendação de seu senhor ter comigo. Ele trouxe presentes valiosos, mas eu nem mesmo saí para encontrá-lo.
Em vez disso, enviei um mensageiro para dizer-lhe: “Vai e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne tornar-se-á como a de uma criança, e ficarás limpo. ” Naamã, irritado por não ter sido tratado com mais deferência e por ser instruído a banhar-se em um rio israelita, recusou-se. Inicialmente, mas seus servos o convenceram a seguir minha instrução.
Ele mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus, e sua carne se restaurou, e ele ficou limpo como a carne de um menino. Depois disso, Naamã retornou a mim; ele e todo o seu séquito se apresentaram diante de mim, dizendo: "Eis agora sei que em toda a terra não há Deus senão em Israel. Agora, pois, aceita um presente de teu servo.
" Mas eu disse: "Vive o Senhor diante de quem estou, que não o aceitarei. " Ele insistiu, mas eu me recusei. Naamã então pediu terra para levar consigo, tanto quanto dois mulos pudessem carregar, pois ele não mais ofereceria holocausto nem sacrifício a outros deuses, senão ao Senhor.
Após a partida de Naamã, ocorreu um incidente com Geazi, meu servo; ele cobiçou os presentes que Naamã havia trazido e, Gredu foi atrás dele. Quando Naamã o viu correndo atrás dele, desceu do carro para encontrá-lo e perguntou: "Vai tudo bem? " Geazi mentiu, dizendo que eu o havia enviado para pedir um talento de prata e duas mudas de roupas para dois jovens dos filhos dos profetas.
Naamã prontamente deu a ele mais do que pedira. Quando Geazi voltou e se apresentou diante de mim, perguntei-lhe de onde vinha. Ele mentiu novamente, dizendo que não havia ido a lugar algum.
Mas eu sabia da verdade e disse: "Porventura, meu coração não foi contigo quando aquele homem se virou do seu carro ao teu encontro? Era hora de receber dinheiro, de receber roupas, olivais, vinhas, ovelhas, bois, servos e servas; portanto, a lepra de Naamã se pegará a ti e a tua descendência para sempre. " E Geazi saiu da minha presença leproso, branco como a neve.
Após a partida de Geazi, meu coração estava pesado com reflexões. A tristeza por seu ato desonesto e a gravidade do castigo que lhe impus ocupavam meus pensamentos. Eu, Eliseu, como profeta de Deus, tinha sido colocado em uma posição de grande autoridade e poder, e com isso vinha uma enorme responsabilidade.
A situação com Geazi era um lembrete doloroso das consequências da corrupção e da ganância e da importância da integridade no serviço a Deus. Refletia sobre o relacionamento de um líder com seus discípulos e servos. Geazi havia estado comigo durante muitos eventos significativos e havia testemunhado inúmeros milagres.
Ainda assim, ele sucumbiu à tentação do ganho material. Isso me fazia questionar: será que eu falhei em algum aspecto do meu ensino ou exemplo como líder espiritual? A conduta de Geazi era também um reflexo do meu ministério.
Essa reflexão me levava a ponderar sobre a importância de não apenas ensinar, mas também viver os princípios que pregamos. A mentira de Geazi e sua subsequente punição eram um lembrete de que Deus vê e julga todas as nossas ações. Como profeta, eu tinha uma percepção aguçada da justiça divina e sabia que a mentira, especialmente em questões relacionadas ao serviço divino, não poderia ser tolerada.
Entretanto, a severidade do castigo me fazia ponderar sobre a natureza da justiça de Deus, que é sempre equilibrada com sua misericórdia. Eu me perguntava se haveria espaço para o arrependimento e a restauração de Geazi. Além disso, a situação com Geazi me fazia refletir sobre os perigos do materialismo e como ele pode desviar até mesmo aqueles que estão perto da verdade.
O desejo por riquezas e conforto material é uma tentação constante, e mesmo aqueles que andam com Deus podem ser desviados. Isso reforçava em mim a importância de ensinar e exemplificar uma vida de simplicidade, contentamento e foco nas coisas espirituais. Por fim, eu me lembrava que cada ação tem suas consequências, tanto para nós mesmos quanto para os outros ao nosso redor.
A punição de Geazi não afetaria apenas a ele, mas também a sua descendência. Isso trazia uma conscientização dolorosa sobre o impacto duradouro de nossas escolhas e a responsabilidade que temos em viver de maneira justa e íntegra. Com essas reflexões, eu continuava meu caminho, ciente dos desafios do ministério e da constante necessidade de buscar sabedoria e orientação em Deus, tanto para mim quanto para aquele sob minha orientação.
Outra vez, os filhos dos profetas me disseram que o lugar onde morávamos era pequeno demais para nós. Eles propuseram ir ao Jordão, cortar madeira e construir um lugar maior. Eu concordei e fui com eles.
Enquanto um deles estava cortando madeira, o ferro do machado caiu na água. Ele gritou: "Ai, meu senhor, pois era emprestado. " Eu perguntei onde caíra, e ele me mostrou o lugar.
Então, cortei um pedaço de madeira, lancei-o ali, e o ferro flutuou. Eu disse: "Levanta! " E ele estendeu a mão e o tomou.
Após o incidente com o ferro do machado que flutuou no rio Jordão, eu, Eliseu, me retirava para um momento de introspecção e reflexão. Aquele milagre, embora menor em comparação com outros que Deus havia operado através de mim, carregava lições profundas e significativas. A simplicidade do milagre, o restabelecimento de um objeto emprestado, me fazia ponderar sobre a atenção e cuidado de Deus, mesmo nas pequenas coisas da vida.
Refletia sobre a importância do cotidiano e como Deus se interessa pelas nossas preocupações diárias. O jovem profeta estava preocupado com algo que muitos poderiam considerar trivial: um machado emprestado. Mas para Deus, cada preocupação nossa é digna de atenção.
Isso me lembrava de que, como servo de Deus, eu deveria cultivar a mesma sensibilidade e compaixão pelas pequenas necessidades das pessoas ao meu redor. Pensava também sobre a natureza dos milagres e como eles não precisam ser sempre grandiosos ou espetaculares. Deus trabalha tanto nas coisas grandiosas quanto nas minúsculas, e cada milagre, grande ou pequeno, é uma demonstração de seu poder e amor.
Isso me ensinava sobre a humildade no ministério, reconhecendo que cada ato de Deus, por menor que pareça, é parte de seu plano soberano e merece nossa gratidão e admiração. Além disso, meditava sobre a responsabilidade e integridade. Jovem profeta estava angustiado por ter perdido algo que não lhe pertencia, demonstrando um senso de responsabilidade e honestidade.
Isso me fazia refletir sobre a importância de ensinar e modelar essas virtudes para os que estavam sob minha orientação. Como líder espiritual, eu tinha o dever de encorajar e cultivar a integridade e o caráter entre os filhos dos Profetas. Em outra ocasião, durante uma fome, um homem trouxe a Eliseu pães dos primeiros frutos: 20 pães de cevada e espigas de grão verde.
Era pouco para tantos homens, mas eu disse: "Dai ao povo para que coma, pois assim diz o Senhor: Comerão e sobrará. " E assim aconteceu; eles comeram e ainda sobrou, conforme a palavra do Senhor. Eu continuava meu caminho, cada vez mais ciente da presença constante de Deus em todos os aspectos da vida e mais comprometido em confiar nele em todas as circunstâncias, sabendo que ele cuida de cada detalhe.
Houve uma época em que o rei da Síria fazia guerra contra Israel. Ele tinha planos secretos, mas eu era capaz de revelar esses planos ao rei de Israel. Toda vez que o rei da Síria planejava uma emboscada, eu enviava uma mensagem ao rei de Israel, avisando-o para não passar por aquele lugar.
Isso frustrou o rei da Síria, que suspeitou de traição entre seus próprios homens. Mas um de seus servos disse: "Não é nenhum de nós, meu Senhor, o rei, mas Eliseu, o profeta que está em Israel, é quem conta ao rei de Israel as palavras que tu falas no teu quarto de dormir. " Furioso, o rei da Síria enviou cavalos, carros e um grande exército à noite para cercar a cidade onde eu estava.
Pela manhã, meu servo viu o exército e ficou aterrorizado. "Ai, meu Senhor! Que faremos?
" ele perguntou. Eu respondi: "Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. " Então, orei ao Senhor: "Peço-te, Senhor, que lhe abras os olhos para que veja.
" E o Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu: Eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo ao redor de Eliseu. Quando os sírios desceram contra mim, orei ao Senhor: "Fere este povo de cegueira. " E ele os feriu de cegueira, conforme eu havia pedido.
Então eu disse aos sírios: "Este não é o caminho, nem esta é a cidade. Segue-me, e eu te guiarei ao homem que procurais. " E os levei a Samaria.
Quando chegamos a Samaria, orei: "Senhor, abre os olhos destes homens para que vejam. " E o Senhor abriu-lhes os olhos, e eles viram que estavam no meio de Samaria. O rei de Israel, ao vê-los, perguntou-me: "Meu pai, devo matá-los?
" Eu respondi: "Não os mates. Alimenta-os e dá-lhes de beber e depois deixa-os voltar a seu Senhor. " Assim foi-lhes preparado um grande banquete, e depois que comeram e beberam, ele os enviou embora, e eles voltaram para seu Senhor.
E as bandos dos sírios não voltaram mais a entrar na terra de Israel. Depois do incidente com os sírios, Samaria sofreu um grande cerco por parte do exército sírio. A fome na cidade se tornou tão severa que uma cabeça de jumento era vendida por 80 peças de prata, e a quinta parte de um cabo de esterco de pombas por cinco peças de prata.
Enquanto isso, o rei de Israel andava sobre a muralha, e uma mulher gritou para ele, pedindo ajuda. Ela revelou uma terrível história de desespero e canibalismo que abalou o rei. Ele rasgou suas vestes, e o povo viu que ele usava saco por dentro, sobre a sua pele.
O rei de Israel culpou a mim, Eliseu, por essa calamidade e jurou tirar a minha cabeça. Quando ele enviou um mensageiro para executar sua ordem, eu estava sentado em minha casa, e os anciãos estavam comigo. Antes que o mensageiro chegasse, eu disse aos anciãos: "Vede como o filho de Acabe envia alguém para tirar a minha cabeça.
Quando o mensageiro chegar, fechai a porta e resisti com a porta, não é o ruído dos pés de seu senhor atrás dele? " Enquanto ainda estava falando com eles, o mensageiro chegou, e eu disse: "Ouvi a palavra do Senhor. Assim diz o Senhor: Amanhã, a estas horas, na porta de Samaria, um ceia de flor de farinha será vendido por uma peça de prata, e dois ceias de cevada por uma peça de prata.
" O oficial em cujo braço o rei se apoiava respondeu ao homem de Deus: "Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poderia tal coisa acontecer? " E eu disse: "Eis que tu o verás com os teus olhos, mas dele não comerás. " Aconteceu que quatro leprosos estavam à entrada da porta da cidade e disseram uns aos outros: "Por que ficamos aqui até morrermos?
Se dissermos: 'Entraremos na cidade', a fome está na cidade e morreremos lá, e se ficarmos aqui também morreremos. Vamos, pois, e nos entreguemos ao exército dos sírios. Se nos deixarem viver, viveremos, e se nos matarem, tão somente morreremos.
" Eles foram ao acampamento sírio e descobriram que estava vazio. O Senhor fizera o exército dos sírios ouvir o ruído de carros, de cavalos e de um grande exército, e eles fugiram, abandonando o acampamento. Os leprosos comeram e beberam, e levaram prata, ouro e vestes e esconderam.
Depois, voltaram e entraram em outro pavilhão e também levaram coisas dali e as esconderam. Então eles disseram uns aos outros: "Não fazemos bem? Este dia é dia de boas novas, e nos calamos.
Se esperarmos até a luz da manhã, algum castigo nos alcançará. Vamos, pois, e o anunciemos à casa do rei. " Eles foram e chamaram os porteiros da cidade e lhes contaram, dizendo: "Fomos ao acampamento dos sírios, e eis que não havia ali ninguém, nem voz de homem, mas cavalos atados, jumentos atados e as tendas como estavam.
" Os porteiros gritaram, e a notícia foi anunciada dentro da cidade. Casa do Rei. O povo saiu e saqueou o acampamento dos sírios; assim, um CEA de flor de farinha foi vendido por uma peça de prata e dois ceas de cevada por uma peça de prata.
Conforme a palavra do Senhor, o rei encarregou aquele oficial, em cujo braço se apoiava, de ter o comando da porta. Mas o povo o pisoteou na porta, e ele morreu, conforme o homem de Deus havia dito. O que falou quando o rei desceu a ele?
A concretização da palavra do Senhor trazia alívio e alegria, mas também uma sobriedade sobre a natureza da justiça divina. O destino do oficial que duvidou da palavra de Deus era um lembrete sombrio da seriedade com que Deus encara a incredulidade e o escárnio. Refletia sobre o poder das palavras proferidas em nome de Deus.
Como profeta, eu era um mensageiro de suas verdades e cada palavra que eu falava carregava um peso de autoridade celestial. A morte do oficial era um lembrete solene de que as palavras proféticas não são meras especulações ou esperanças; elas são declarações do que Deus certamente fará. Isso reforçava em mim a responsabilidade de falar somente aquilo que Deus me ordenava, sem acrescentar ou diminuir.
A morte do oficial que duvidara da palavra do Senhor não era apenas uma punição; era também uma demonstração de que Deus é fiel em cumprir sua palavra. Isso me fazia lembrar que, enquanto Deus é infinitamente misericordioso, Ele também é justo, e suas promessas, tanto de bênção quanto de juízo, são sempre cumpridas. Com esses pensamentos, eu continuava a servir como mensageiro de Deus, ciente do poder de suas palavras e da responsabilidade de falar e agir de acordo com sua vontade em todas as circunstâncias.
A história de Eliseu, conforme narrada nas escrituras, termina com o milagre que ocorreu após a sua morte, quando um homem revivido tocou em seus ossos. Este evento simboliza o impacto duradouro e a influência espiritual de Eliseu, mesmo após sua partida deste mundo. Não há mais relatos detalhados de sua vida após esse ponto nas escrituras.
Eliseu serviu como um poderoso instrumento de Deus, realizando muitos milagres, aconselhando reis e impactando a nação de Israel de maneiras profundas. Sua vida é um exemplo de fé dedicada a Deus e seus propósitos divinos. Meu nome é Eliseu, e essa é minha história.