A ânsia de ter, e o tédio de possuir

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Abel Pataca
Por que a felicidade parece sempre estar fora do nosso alcance? Neste vídeo, exploramos a ideia de q...
Video Transcript:
[Música] éco Veríssimo em Sua obra fantoches oferece uma visão profunda e complexa sobre a busca da felicidade e nos leva a refletir sobre o que realmente significa alcançar a satisfação plena a história do Homem Triste e sua paixão platônica pela jovem que ele observava à distância é um espelho da alma humana repeta de desejos Rações e principalmente da ilusão de que a felicidade está ao alcance da mão quando na verdade ela é mais eficaz quando permanece à distância O Homem Triste Passa seus dias olhando de longe para a janela onde ela se encontra como um
Raio de Sol que ilumina sua vida ele acredita que ela o observa também com um olhar de afeto de compreensão e talvez de amor todos os dias ele se perde nessa fantasia alimentando-se da imagem idealizada da jovem e da vida que ele imagina que poderiam ter juntos Ele sente que ao se aproximar dela poderia fazer com que essa felicidade fosse real tocável palpável porém o pai da jovem com a sabedoria adquirida pela experiência de uma vida inteira lhe dá um conselho profundo e crucial a felicidade é boa apenas de longe quando se aproxima ela se
dissipa essas palavras tocam o homem triste de uma maneira que ele ainda não entende completamente mas que no fundo ressoam com a verdade de suas próprias emoções reprimidas a vida do homem triste é marcada por essa ilusão de que a felicidade está à sua frente apenas esperando para ser conquistada no entanto a realidade sempre Implacável começa a se revelar quando ele finalmente ousa se aproximar da jovem tenta alcançá-la ela não o vê ao contrário do que ele havia imaginado ela é cega ela nunca soubera da sua presença nunca o enxergar e ao descobrir isso ele
é confrontado com a dura verdade a felicidade que ele idealizava e que nutria com seus próprios desejos e fantasias nunca existiu a jovem nunca foi parte de sua realidade ela era na verdade apenas um reflexo de seus próprios sonhos o que ele havia construído em sua mente como uma visão de amor e de realização se desfez no momento em que ele tentou tocar essa felicidade e a decepção o invadiu É nesse ponto que a história de Veríssimo se conecta com outra metáfora igualmente poderosa a do pássaro encantado imaginemos que em um outro mundo uma menina
se apaixona por um pássaro livre o pássaro Encantado voa por onde quer Vem quando deseja parte quando bem entende a menina o ama profundamente mas seu amor é marcado pela necessidade de posse o desejo de ter algo que ela sabe que por ser livre jamais será seu ela quer que o pássaro fique com ela para sempre e em um momento de desespero ela toma uma decisão impensada prende o pássaro numa gaiola ele nunca mais poderá partir Ela pensou e assim seriam felizes para sempre no entanto o que ela não sabia é que o encanto do
pássaro estava na sua liberdade ao ser aprisionado o pássaro perde o que o tornava especial o que o tornava Encantado a menina ao tentar garantir a felicidade através da Posse destrói a própria essência do que ela amava o pássaro agora preso Deixa de ser Encantado e se torna apenas um pássaro triste sem alegria alguma porque para ser Encantado o pássaro precisava voar essas duas histórias a do Homem Triste e a da menina com o pássaro Encantado estão profundamente interligadas ambas falam sobre a ilusão de que a felicidade pode ser possessiva e estática quando na verdade
muitas vezes ela é efêmera e depende da distância o de homem triste deseja que a jovem seja sua mas ao se aproximar ele quebra a idealização que havia criado em sua mente da mesma forma a menina deseja que o pássaro seja seu para sempre mas ao aprisioná-lo ela destrói o que o tornava Encantado ambas as histórias nos ensinam que a felicidade quando desejamos controlá-la ou possuí-la de maneira absoluta tende a escapar de nossas mãos agora Vamos explorar essas questões sob diferentes perspectivas no primeiro capítulo examinaremos a história sobre a ótica da Psicologia procurando entender os
mecanismos mentais que tornam essas ilusões tão Poderosas e ao mesmo tempo tão prejudiciais como os desejos e as expectativas moldam Nossa percepção da felicidade e como a busca incessante pela posse pode ser a razão pela qual nunca a alcançamos de fato vamos refletir sobre isso a história que nos foi contada pelo homem triste no livro fantoches de Érico Veríssimo e pela menina que aprisiona o pássaro Encantado Ruben Alves nos leva a uma reflexão sobre como muitas vezes buscamos a felicidade de maneiras que acabam nos causando sofrimento a psicologia moderna tem muito a dizer sobre como
lidamos com a ideia de felicidade Especialmente quando ela é idealizada ou distorcida como ocorre nas histórias que acabamos de ouvir a primeira grande questão a ser levantada é a busca por uma felicidade externa ou idealizada o Homem Triste do livro de Veríssimo acreditava que a felicidade estava ao alcance dos seus olhos uma felicidade que ele imaginava estar refletida no olhar da jovem cega a psicologia chama isso de idealização um processo mental pelo qual transformamos algo ou alguém em algo perfeito sem falhas sem Defeitos esse fenômeno é estudado no contexto da autoestima e dos relacionamentos segundo
os psicólogos quando idealizamos uma pessoa ou um objeto criamos uma expectativa irreal que inevitavelmente acabam sendo fr quando nos deparamos com a realidade Quando o homem descobre que a jovem não o vê e portanto não pode amá-lo ele Experimenta o que os psicólogos chamam de desilusão a desilusão é uma resposta emocional intensa quando as expectativas que tínhamos sobre algo ou alguém não se confirmam no caso da Felicidade essa desilusão pode ser devastadora Pois muitas vezes nos apegamos a um ideal de felicidade que não existe um ideal que no fundo pode ser apenas uma construção da
nossa mente a psicologia também nos fala sobre a felicidade como um processo interno o psicólogo e escritor Victor Fran em seu livro em busca de sentido argumenta que a verdadeira felicidade não vem de fontes externas mas da maneira como interpretamos a nossa própria vida e os desafios que enfrentamos a felicidade não está no olhar da jovem ou no pássaro Encantado Mas na nossa capacidade de encontrar significado nas situações que nos acontecem mesmo nas mais difíceis Franco um sobrevivente do holocausto descobriu que mesmo em meio à dor e ao sofrimento podemos encontrar um propósito que nos
Traga uma sensação profunda de paz e satisfação isso nos leva a outra ideia importante dentro da Psicologia a busca pela felicidade autêntica em um estudo realizado pelo psicólogo Edward Diner conhecido como o pai da psicologia da cidade foi demonstrado que as pessoas mais felizes são aquelas que buscam uma vida alinhada com seus valores e autenticidade não com as expectativas externas ou com uma felicidade idealizada a felicidade autêntica está relacionada à autocompreensão a aceitação dos nossos próprios sentimentos e ao desenvolvimento da capacidade de lidar com os altos e baixos da vida de forma equilibrada no caso
da menina e o pássaro Encantado a busca dela pela felicidade também revela um desejo de controle ela acredita que ao prender o pássaro ela conseguirá garantir uma felicidade permanente e inabalável no entanto a psicologia nos ensina que tentar controlar ou prender aquilo que amamos seja uma pessoa uma situação ou um sentimento raramente leva à Felicidade ao contrário o controle excessivo pode gerar sofrimento ansiedade e frustração isso é especialmente Evidente no fenômeno da ansiedade de separação onde as pessoas ao tentarem controlar e manterem suas vidas aquilo que mais amam acabam se tornando aprisionadas pela própria necessidade
de manter o controle O que impede a liberdade e a fluidez emocional a psicologia da Felicidade também nos fala sobre a relação entre felicidade e expectativa Quando o homem triste do livro de Veríssimo idealiza a jovem ele cria uma irreal sobre o que ela representaria para ele quando essa expectativa não se concretiza ele é forçado a encarar a realidade a felicidade que ele imaginava era Na verdade uma ilusão Os psicólogos alertam que expectativas altas demais podem ser prejudiciais à saúde mental pois geram uma pressão constante para que as coisas ocorram de uma maneira idealizada sem
margem para imperfeições por fim importante destacar o conceito de aceitação na psicologia positiva um campo da Psicologia que estuda as condições que promovem o bem-estar a aceitação das nossas imperfeições E dos nossos desafios é fundamental para alcançar a verdadeira felicidade aceitar que a felicidade não está em um ideal distante mas na maneira como lidamos com as adversidades é um passo crucial para alcançar um estado de bem-estar duradouro O Homem Triste ao a aceitar que a jovem não o vê e a menina ao aceitar que o pássaro precisa ser livre podem começar a entender que a
felicidade não está em tentar prender ou controlar algo ou alguém mas em encontrar paz dentro de si mesmos agora que entendemos a psicologia da Felicidade é hora de mergulhar na neurociência para explorar como o cérebro responde à busca pela felicidade e como isso se conecta com as histórias que ouvimos a neurociência embora focada nos essos biológicos também traz insights profundos sobre as emoções humanas e a maneira como nossas experiências e expectativas moldam a forma como nos sentimos O Homem Triste de fantoches e a menina com o pássaro Encantado representam duas formas extremas de tentar alcançar
a felicidade a idealização e o controle ambas as abordagens T um Impacto Profundo no cérebro e a neurociência pode nos ajudar a entender por essa estratégias muitas vezes falham primeiramente é importante entender o papel da dopamina um neurotransmissor fundamental para a sensação de prazer e motivação a dopamina é liberada quando alcançamos um objetivo ou realizamos uma ação que consideramos positiva o que cria um ciclo de recompensa que nos motiva a repetir comportamentos No entanto quando idealizamos algo como o homem triste idealiza a jovem ou a menina idealiza a ideia de prender o pássaro estamos criando
uma expectativa de recompensa e muitas vezes é irrealista quando essa expectativa não se concretiza o cérebro Experimenta uma sensação de frustração e perda o que pode resultar em diminuição nos níveis de dopamina o que deveria ser uma fonte de prazer se transforma em um ciclo vicioso de decepção esse fenômeno é conhecido na neurociência como frustração da recompensa estudos mostram que quando nossas expectativas são frustradas as áreas do cérebro associadas à dor emocional como a amídala São ativadas a amídala é uma região cerebral envolvida no processamento de Emoções negativas como o medo e a frustração no
caso do Homem Triste a frustração da recompensa ocorre quando ele descobre que a jovem cega nunca ouviu e essa decepção ativa a amídala gerando uma sensação dolorosa de perda e isolamento além disso a neur revela que o controle excessivo como o que a menina tenta estabelecer ao prender o pássaro pode gerar o que é conhecido como estresse crônico o estresse crônico é causado pela ativação constante do sistema nervoso simpático que prepara o corpo para lutar ou fugir diante de uma ameaça quando nos sentimos sobrecarregados pela necessidade de controlar algo nosso corpo entra em um estado
constante de alerta o que pode levar a uma série de efeitos negativos na saúde física e mental o estresse crônico é associado a problemas como distúrbios do Sono ansiedade e até doenças cardiovasculares portanto a busca da menina por um amor eternamente controlado ao invés de permitir que o pássaro voe livremente pode na verdade ser um caminho para o sofrimento emocional e físico a neurociência também nos ajuda a entender o conceito de neuroplasticidade a capacidade do cérebro de se reorganizar e formar novas conexões com base nas nossas experiências quando nos deparamos com a realidade e aceitamos
que a felicidade não está nas expectativas ou no controle o cérebro começa a se adaptar a essa nova compreensão isso é fundamental para o processo de resiliência que é a capacidade de lidar com adversidades sem perder o equilíbrio emocional O Homem Triste ao aceitar que a jovem não o vê e a menina ao liberar o pássaro estão de certa forma permitindo que seus cérebros se reorganizem para encontrar novas formas de felicidade não mais baseadas em expectativas irreais mas na aceitação da realidade e na busca por equilíbrio emocional estudos recentes de neurociência também tem mostrado que
a felicidade está fortemente ligada à ativação de certas regiões cerebrais como o núcleo acumens e a córtex préfrontal o núcleo acumens por exemplo é uma área envolvida no processamento de Recompensas e prazer quando buscamos a felicidade de maneira Realista e autêntica ativamos essa área de forma saudável por outro lado quando buscamos a felicidade a partir de expectativas irreais ou de um controle excessivo essas áreas podem ser ativadas de maneira disfuncional levando a experiências emocionais mais intensas mas menos satisfatórias no longo prazo Além disso o conceito de mindfulness uma prática de estar plenamente presente e consciente
no momento tem se mostrado eficaz na promoção do bem-estar e da Felicidade genuína quando aplicamos o mindfulness nossa atenção é dirigida para o presente sem julgamento O que nos permite aceitar a realidade como ela é sem as distorções que criamos em nossa mente a menina que deixa o pássaro partir ou o homem triste que aceita a verdade sobre a jovem cega estão de certa forma praticando mindfulness ao se libertarem das expectativas e do desejo de controlar o que não pode ser controlado isso libera o cérebro para experimentar um tipo de felicidade mais profunda e mais
sustentável o cérebro então não busca a felicidade em um ideal distante ou em algo que possa ser controlado mas em experiências autênticas e na aceitação da realidade ao longo do tempo a prática dessa aceitação e da busca por uma felicidade mais realista pode de levar a um aumento na ativação das áreas cerebrais associadas ao bem-estar como o córtex préfrontal ventromedial que está envolvido em processos de decisão e regulação emocional portanto a neurociência nos ensina que a felicidade não é um estado que podemos simplesmente alcançar Por meios externos ou controlando as situações ao nosso redor a
felicidade verdadeira vem da maneira como escolhemos reagir às circunstâncias da vida como lidamos com as como aprendemos a aceitar a realidade a seguir a jornada em busca de compreender a felicidade a filosofia oferece uma visão essencial e profunda se na neurociência focamos nos processos biológicos que moldam nossas emoções a filosofia nos permite refletir sobre as questões centrais da existência humana O que significa ser fiz e como podemos alcara Fade de manea história do Homem Triste e da menina com o pássaro Encantado nos fornece um rico campo de reflexão para explorar as ideias filosóficas sobre a
felicidade o desejo o controle e a aceitação desde os antigos filósofos gregos como Aristóteles a felicidade foi considerada o objetivo final da vida humana para Aristóteles a felicidade era o que ele chamava de eudaimonia um conceito que pode ser traduzido como florescimento humano para ele a felicidade verdadeira não se baseia em Prazeres passageiros ou em desejos insatisfeitos mas sim na realização do nosso potencial humano por meio da virtude e da Razão Essa visão se alinha com a busca do homem triste por uma felicidade idealizada baseada na expectativa de que a jovem cega possa vê-lo ele
busca um tipo de felicidade que é na verdade irreal uma Projeção de seus próprios desejos sem levar em conta realidade de quem a jovem realmente é e o que ela pode oferecer o Homem Triste Assim Como a menina com o pássaro busca uma felicidade que está longe de ser alcançada por meio do controle ou da idealização a filosofia nos ensina que esse tipo de busca é em última análise uma busca infrutífera o filósofo alemão Arthur schopenhauer por exemplo acreditava que o desejo humano é a causa principal do sofrimento segundo ele enquanto buscamos algo fora de
nós para nos preencher acabamos criando um ciclo interminável de insatisfação a felicidade que o homem triste deseja e que a menina deseja com o pássaro Encantado está justamente nesse espaço entre o desejo e a realidade onde a frustração se instala a menina que decide prender o pássaro Encantado em uma gaiola oferece uma ilustração poderosa do que é conhecido na filosofia como o paradoxo da liberdade e do controle pensamento existencialista especialmente em figuras como Jean Paul Sartre e Simon de bovis a liberdade é vista como um valor Central para a experiência humana no entanto a liberdade
não significa simplesmente fazer o que se quer sem restrições pelo contrário ela envolve uma responsabilidade profunda sobre nossas escolhas e ações reconhecendo que a verdadeira Liberdade não pode existir sem a aceitação da nossa condição humana quando menina decide prender o pássaro ela está tentando controlar algo que é por natureza livre na filosofia existencialista isso seria interpretado como uma tentativa de negar o próprio valor da Liberdade uma vez que o pássaro perde seu encanto justamente porque a liberdade é sua essência a menina ao tentar controlar o que não pode ser controlado acaba perdendo a verdadeira essência
do que ela amava a felicidade que ela buscava se transforma em um sofrimento profundo pois ela aprendeu tardiamente que a felicidade verdadeira não é encontrada na posse ou no controle mas na Liberdade e na aceitação da impermanência Este é um conceito essencial no pensamento de filósofos como Heráclito que defendia a ideia de que a mudança e a impermanência são as únicas constantes na vida a felicidade portanto não está em tentar reter ou controlar momentos de prazer mas em abraçar a fluidez da vida aceitando tant os altos quanto os baixos a menina ao desejar que o
pássaro fosse seu para sempre não percebeu que o encantamento residia justamente no fato de que ele poderia vir e partir conforme sua vontade o mesmo pode ser dito sobre o Amor e a felicidade quando tentamos fixá-los em algo ou em alguém perdemos a verdadeira essência da experiência na filosofia estóica que influencia profundamente o pensamento moderno a felicidade não é vista como algo que se conquista ou se controla mas sim algo que se alcança por meio da aceitação da realidade os históricos como ceca e epicteto acreditavam que a verdadeira felicidade vem da capacidade de distinguir entre
o que podemos controlar e o que não podemos controlar para os estóicos a dor e o sofrimento nascem da nossa resistência à realidade da nossa insistência em querer que as coisas sejam diferentes do que são a história do Homem Triste ao perceber que a jovem cega nunca ouviu reflete uma experiência comum a todos nós a descoberta de que nossas expectativas muitas vezes não coincidem com a realidade o sofrimento do homem não vem apenas da rejeição mas do fato de ele ter se apegado à ideia de que a felicidade viria de algo que estava além do
seu controle a filosofia estóica nos ensina a deixar ir o apego a expectativas irreais e a aceitar a vida como ela é o homem ao aceitar a verdade sobre sua relação com a jovem poderia encontrar a paz interior não porque a jovem o visse mas porque ele teria aceitado o que era da mesma forma a menina com o pássaro Encantado precisa aprender que a felicidade está em permitir que o pássaro voe livremente em vez de forçá-lo a permanecer ao seu lado a aceitação da impermanência e da liberdade é a chave para encontrar a verdadeira felicidade
o filósofo francês Albert cam influenciado pelo existencialismo também destacou que a vida não oferece garantias de felicidade mas que a verdadeira liberdade e a paz interior surgem quando aceitamos a vida em sua totalidade incluindo seu caráter efêmero e suas incertezas a filosofia nos oferece uma compreensão profunda de que a felicidade não está na busca incessante por controle nem na idealização de um perfeito a felicidade verdadeira é encontrada na aceitação no entendimento de que a vida é cheia de incertezas e que a liberdade e a paz interior vem da nossa capacidade de viver com a realidade
em vez de lutar contra ela O Homem Triste e a menina com um pássaro Encantado nos mostram que ao tentar controlar o incontrolável estamos apenas nos afastando da verdadeira felicidade somente quando atendemos a soltar as expectativas e a abraçar a liberdade da experiência humana é que podemos realmente encontrar a serenidade e a paz interior após refletirmos sobre a felicidade a luz da Psicologia neurociência e filosofia o próximo passo é observar como esses conceitos se aplicam ao nosso cotidiano onde muitas vezes a teoria e a prática não parecem se encontrar de forma tão simples a verdadeira
felicidade como vimos na as reflexões anteriores não é algo que podemos controlar ou possuir mas sim algo que está intimamente relacionado à forma como lidamos com as impermanências da vida e com as nossas próprias expectativas e desejos a história do Homem Triste e da menina com o pássaro Encantado oferece uma metáfora poderosa para a forma como a busca incessante por uma felicidade idealizada Pode resultar em frustração no mundo real no dia a dia Muitas vezes encos a expectativas irreais e a padrões de felicidade impostos pela sociedade pela mídia ou até mesmo por nós mesmos a
pressão para ser feliz a Qualquer Custo pode nos levar a tentar controlar nossa vida como a menina que tenta prender o pássaro Encantado ou como o homem que idealiza uma relação Impossível com a jovem cega no entanto como vimos essa busca por controle e posse raramente resulta em felicidade duradoura Vivemos em uma sociedade que constantemente nos bombardeia com imagens de felicidade idealizada pessoas em viagens paradisíacas sorrisos perfeitos carreiras de sucesso e relacionamentos ideais a mídia social em particular exacerba essa situação criando uma cultura de comparação constante ISS su gera uma pressão imensa para que sejamos
felizes o tempo todo e para que nossas vidas sejam perfeitas no entanto essa busca pela perfeição pode ser contraproducente como o psicólogo Barry Schwartz explica em seu livro The Paradox of Choice a abundância de opções e a pressão por escolhas perfeitas podem levar a um aumento da ansiedade e da insatisfação quando estamos constantemente comparando nossas vidas com as imagens projetadas pelo mundo exterior corremos o risco de perder o contato com nossa própria realidade e com o que realmente nos faz felizes a menina com o pássaro Encantado ao tentar forçar a felicidade por meio do controle
reflete essa dinâmica ela perde a magia do pássaro assim como perdemos a verdadeira essência da Felicidade quando tentamos moldá-la de acordo com expectativas externas e irreais no dia a dia Muitas vezes ficamos tão focados em alcançar uma versão idealizada da felicidade que não conseguimos reconhecer e valorizar as pequenas alegrias que realmente Podem trazer sa e contentamento a verdadeira felicidade no Dia a Dia vem de uma atitude de aceitação e autenticidade em vez de lutar contra o que não podemos controlar precisamos aprender a aceitar as imperfeições da vida e a abraçar nossa humanidade a psicóloga Brown
em seu trabalho sobre vulnerabilidade e coragem argumenta que a verdadeira conexão e felicidade vem de nossa capacidade de sermos aticos quando tentamos ser algo que não somos ou quando escondemos nossas falhas e imperfeições estamos nos afastando de uma verdadeira felicidade no contexto da história do Homem Triste ele só poderia encontrar a felicidade ao aceitar a realidade de sua situação ao invés de insistir em uma visão romantizada de que a jovem o veria como ele gostaria da mesma forma a menina com o pássaro encantado só poderia aprender a verdadeira felicidade ao aceitar que o pássaro por
mais que o amasse precisava ser livre no dia a dia essa aceitação se traduz em uma atitude mais Gentil para consigo mesmo e com os outros em vez de buscar uma felicidade que seja perfeita ou inatingível podemos encontrar satisfação nas pequenas vitórias e nas experiências cotidianas que nos conectam com o que é Genuíno e verdadeiro uma das práticas mais eficazes para cultivar a felicidade no dia a é o mindfulness ou a atenção plena estudos recentes mostram que a prática de mindfulness pode melhorar nosso bem-estar reduzir o estress e aumentar a nossa capacidade de Saborear os
momentos simples da vida mindfulness envolve estar presente no momento sem julgamento e aceitar as experiências como elas são sem tentar controlá-las ou forçá-las a ser de uma determinada maneira essa prática se alinha com as aprendidas na história do pássaro Encantado ao invés de tentar controlar o pássaro e forçá-lo a ficar a menina poderia ter aprendido a viver no momento apreciando a liberdade e a beleza do pássaro como ele era no dia a dia isso significa parar de correr atrás de uma felicidade distante e começar a valorizar os momentos simples e autênticos que já estão a
nossa volta outro aspecto fundamental da Felicidade cotidiana é a qualidade das nossas relações humanas pesquisas revelam que as conexões sociais são um dos maiores preditores de felicidade a longo prazo o psicólogo John copo em sua pesquisa sobre o impacto da Solidão descobriu que a falta de conexões sociais afeta negativamente nossa saúde mental e física da mesma forma a filósofa Martha nusbaum argumenta que o contato Genuíno com os outros é essencial para o bem-estar humano pois nos permite experimentar uma sensação de pertencimento e significado na história do Homem Triste sua busca por uma conexão genuína com
a jovem cega reflete o desejo humano de se conectar e ser visto pelos outros quando buscamos felicidade isolada ou idealizada muitas vezes esquecemos que a felicidade duradoura vem das relações humanas reais e autênticas onde podemos ser vulneráveis e aceitos como somos no caso da menina e o pássaro sua felicidade dependia de um amor que não fosse baseado no controle mas na Liberdade de ser quem ela era permitindo que o pássaro fosse livre para voar e voltar quando quisesse no fim das contas a felicidade não é algo que podemos atingir por meio de um esforço excessivo
ou do controle das circunstâncias externas Ela está enraizada na aceitação de nossas imperfeições na valorização das pequenas coisas da vida e na construção de relações genuínas e autênticas a história do Homem Triste e da menina com o pássaro Encantado revela que ao tentar forçar a felicidade a partir de expectativas irreais ou do controle estamos nos afastando da verdadeira experiência de bem-estar a verdadeira felicidade vem da nossa capacidade de viver o presente com presença de aceitar o que não podemos mudar e de nos conectar com os outros de maneira verdadeira e sem reservas e assim a
terminar reflexão sobre a felicidade podemos concluir que ela não é um destino a ser alcançado mas uma jornada a ser vivida com todas as suas imperfeições surpresas e momentos de beleza [Música] simples se você gostou deste conteúdo não se esqueça de deixar o seu like e compartilhar com seus amigos isso me ajuda a continuar criando vídeos que Tragam valor para você e claro se tiver algum tema que você gostaria de ver por aqui deixe sua sugestão nos comentários Eu adoraria saber a sua opinião e trazer mais vídeos que realmente façam a diferença na sua vida
até o próximo
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