SABERES UEG | Respeito e Valorização das diversidades

[Música] Olá boa tarde sejam bem-vindos ao saberes UEG uma produção em parceria com a pró-reitoria de graduação como parte integrante do programa de formação continuada para professores da universidade e também os saberes é um programa de Formação Inicial e continuada que faz parte do programa nacional de bolsa de iniciação científica a docência da coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior a Caps inscreva-se também no nosso canal para você ficar sabendo de tudo que acontece aqui Você sabia que o Brasil é um dos países mais diversos do M abrigando pessoas de diferentes origens étnicas culturais e sociais mas como transformar essa diversidade em um ponto de partida para a educação mais inclusiva para nós para nos ajudar para debater esse assunto para discutir essa questão nós recebemos aqui a Professora Lídia Ribeiro Professora Muito obrigada Seja bem-vinda obrigada por atender o nosso convite A Professora Lídia é pedagoga doutorando em Direitos Humanos pela UFG e mestre em educação linguagem e tecnologias pela UEG é professora da Universidade Estadual de Goiás desde 2010 e possui experiência nas áreas de didática prática docente estágio supervisionado no ensino fundamental sua atuação acadêmica e profissional é pautada pelo interesse em temas como Direitos Humanos educação para as relações étnico-raciais Educação Especial inclusiva educação interc cultural crítica e políticas educacionais professora eh pra gente começar você poderia explicar pra gente o que que é eh essa educação que difere essa educação das outras essa Educação de das relações étnico raciais para para dar uma definição sobre isso eh eu vou recorrer a um texto a um documento né Eh que oficializa é um dos documentos que oficializa essa questão étnico-racial no né no cenário da educação eh é um documento que foi produzido em 2004 no pós-lei 10. 639 né que é a lei que torna obrigatória eh a a inserção da temática história e cultura AF brasileira no currículo escolar então o nome Ó o nome do documento ele é bem extenso diretrizes nacionais diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana é um nome bem extenso um é é um dos documentos que traz orientações eh docentes né para a implementação da Lei 10639 então de acordo com esse com esse documento a gente vai entender a educação das relações étnico-raciais que aí daqui para frente eu vou me referir uma cazinha que a gente er e r e r né Eh e ela é tida assim ela ela pode ser entendida como uma modalidade de educação né como um movimento uma perspectiva de educação que se pré pré mesmo no parêntese pré cula né se preocupa com a divulgação e a produção de de conhecimentos eh que se preocupa com a a disseminação de valores de posturas e atitudes né Eh voltada para a questão da Educação do cidadão no tocante ao respeito né que nós cidadão precisamos ter em relação à pluralidade étnico-racial que forma a sociedade brasileira isso já não é já não é colocado em prática nas escolas de alguma forma é de alguma forma só que acont não assim como eu poderia dizer sempre que a gente fala é colocado em prática na escola nos cursos no ensino superior eal a gentee precisa ter a cautela que existe o real e existe o ideal né então no campo do do do do pensamento legal é uma coisa a prática a gente vê que ainda precisa muito mesmo avançar E aí só para fechar o meu a minha definição sobre educação das relações etnorraciais eu vejo uma aproximação dela muito grande com a educação cultural crítica porque são eh movimentos um movimento também eh eh eles são movimentos inerentes né e a educação intercultural crítica ela tem muito aquela preocupação com a questão do do acolhimento e do reconhecimento das diferenças e da alteridade eh numa perspectiva de caminhar para a aor idade como eh eu eu eu sou quem eu sou né Eh eu quero ser tratado de tal forma então eu também preciso tratar o outro respeitosamente e aí assim essa perspectiva de educação ela vai trabalhar justamente eh essa questão de de de desenvolver ações que desnaturalizam né os estereótipos os preconceitos as intolerâncias discriminações nessa perspectiva e essa lei que você citou no início essa esse erer né ele a implantação dele ocorreria no no ensino fundamental ou só no nível superior desde o ensino fundamental a a lei 10639 ela ela ela foi sancionada em 2003 né o primeiro governo Lula né Uhum de Inácio luí Inácio Lula da Silva Então ela foi sancionada em 2003 e ela tem apenas dois artigos né o primeiro o primeiro artigo que vai falar da obrigatoriedade né da inclusão da temática eh história e cultura afro-brasileira no currículo escolar inclusive o documento deixa bem explícito a questão de que eh na Educação Básica e são escolas e são escolas e né tanto privadas quanto particulares as particulares né então e aí assim a perspectiva é abranger da Educação Infantil ao ensino médio certo eu te pergunto isso porque a gente acabou de de acompanhar pela imprensa um caso de alunos que no jogos alunos de São Paulo que no jogos alunos da PUC de São Paulo proferiram né expressões preconceituosas né contra alunos da PUC que são bolsistas a tem uma uma política de bolsa grande né então ali a gente tem muito aluno bolsista e e as agressões for inclusive de punho racial eu fico te perguntando o seguinte essa lei tem mais de 20 anos cerca de 21 anos onde é que a gente errou que nós estamos chegando no ensino superior né com com pessoas que ainda expressam esse tipo de comportamento a gente tem um histórico muito cruel um histórico racista muito cruel né se a gente levar principalmente assim pra questão da da educação que quando a gente vai se a gente voltar os nossos olhos para documentos e que de cunho legal mesmo que eles tinham eram eram atitudes existia uma lei em 1837 né essa lei ela proibia ela proibia eh os negros de frequentar a escola né de frequentarem a escola ela tinha realmente um artigo que dizia ficam proibidos pretos escravos e e africanos escravos mesmo que libertos de frequentar a escola né e no no no no no inciso seguinte já dizia eh os negros eram colocados na mesma condição dos eh de uma pessoa que tivesse por exemplo uma moléstia porque no inciso seguinte dessa lei já dizia e pessoas com moléstias ou doenças contagiosas então nós temos um histórico muito cruel no cenário da educação né e no sentido de impedir a população negra de acesso ao ao aos bancos escolares né depois ela a situação Melhorou mais um pouquinho e veio um decreto isso tudo no século X né aí veio um um decreto esse decreto já era dizendo olha os negros eles podem estudar mas só à noite né Porque durante o dia Eler mon de obra né depois veio uma outra ação isso no mesmo eh tempo tempos antes Olha só para você ter uma ideia eh 10 Anos Antes da da da Lei eh que a dita lei de libertação dos escravos aí dizer olha o negro agora pode estudar mas ó ó a diferença de hoje por exemplo em matéria de Educação que nós temos eh uma uma uma lei maior Uma Carta Magna nossa Constituição Federal que diz assim todos são iguais para lei né né no artigo lá no artigo essa lei vai dizer vai falar dos dos direitos sociais e o primeiro que ela vai mencionar a educação né certo então é histórico né é é é é algo que é histórico e e a Lei 10639 quando ela surge ela surge assim por pressão mesmo né do próprio movimento nro e quando ela surge e ela já já surge com essa esse histórico de de quê de correção de injustiças de reparação então é um movimento é algo muito complexo que existe assim muita iniciativa mesmo força de vontade resistência pra gente e terar certo a gente vai chamar o nosso primeiro intervalo comercial daqui a pouco a gente volta eu quero entender como que na prática Isso é passado pros alunos né num curso de licenciatura esses alunos que estarão nas salas de aula do Ensino Fundamental e do ensino médio a gente volta já já [Música] muitas foram as mãos que construíram a Universidade Estadual de Goiás muitas são as memórias de homens e mulheres que contribuíram para que essa fosse uma grande universidade agora a UEG TV quer ouvir as suas memórias conhecer o seu ponto de vista dessa grande história mais do que aquilo que a mente pode lembrar queremos ouvir as memórias que ficaram guardadas no coração faça a inscrição de sua entrevista pelo www. tv.

box. com [Música] [Música] [Música] [Música] s [Música] [Música] [Música] [Música] ST [Música] 5 segundos de volta com saberes oeg que hoje entrevista a Professora Lídia da Lídia Ribeiro e a gente tá falando sobre respeito e valorização de forma geral da diversidade né e eu gostaria que você explicasse pra gente como na prática o professor ensina ou trabalha com a diversidade em sala de aula o o primeiro quesito né é a questão da formação né Eh depois que a lei 10639 ela foi sancionada que inclusive em 2008 houve uma alteração para a lei 11. 645 por abranger também a questão indígena né é importante a gente sempre acent a isso e aí uma série de documentos foram lançados no sentido assim da da implementação da educação da her da educação das relações étnico-raciais Plano Nacional de implementação da Ere né e da história e cultura afo brasileira e a gente Principalmente quando eu falo em termos de Formação pela minha área eu trabalho com a formação docente curso de pedagogia né e é uma responsabilidade muito grande porque o profissional pedagogo ele é responsável pela educação infantil né e pelos anos iniciais de Ensino Fundamental então uma responsabilidade muito grande eh até mesmo no sentido da gente pensar eh São pedagogias que necessitam ser criadas como a própria eh as próprias diretrizes eh da Ere falam né pedagogias que devem ser criadas no sentido de combater o racismo uhum eh e as discriminações e é uma responsabilidade muito grande porque antes ouvia até uma uma questão Um equívoco uma uma interpretação da redação da lei porque ela mencionava que era para trabalhar a história e a cultura brasileira eh nas áreas de história né Eh história do Brasil eh e e as pessoas né os educadores eh ficavam pensando assim de áreas e distintas como a matemática Ah então isso aí não é responsabilidade né do Brasil Ah é É pra literatura é para quem trabalha com a literatura brasileira e tal então Eh como que isso chega na questão do professor né Uhum e em já em 2010 é lançado o estatuto da Igualdade racial eh por meio da Lei 12.