A verdade por trás das relações humanas atuais - Aula com Contardo Calligaris | Casa do Saber

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a aula que você vai ver a seguir é parte de um curso da casa do Saber mais plataforma Educacional com mais de 1000 horas de conteúdos desenvolvidos pelos melhores professores do país quer conhecer então clique no link que tá abaixo do título desse vídeo assine agora e tem acesso a outras aulas desse curso e também a um mundo de conhecimento uma vez na vida só uma vez me aconteceu de dormir no meio da minha própria palestra que uma experiência péssima Mas tinha uma série de boas razões eu viajava acabava de chegar da França e Peguei
uma conexão fui para Porto Alegre de lá fui para Rosário na Argentina cheguei e ia dar uma palestra E aí comecei a falar e dormi no meio e e durou só um pequeno momento as pessoas devem ter pensado que ao contrário eu estava me sentindo inspirado provavelmente Mas enfim mas eh bom então não não vou dormir até porque não tenho nenhuma razão específica até H anotei algumas coisas que eu queria falar com vocês a palestra vai ser um pouco diferente do que ah eu prefiro falar em pé até para que a gente possa se ver
mas e vai ser um pouco diferente do que o título deixaria eh esperar que eu falasse eh Claro vou falar disso mas não vou falar Eh Podemos depois na nossa no na segunda parte de questões e perguntas voltar sobre eh concretamente as relações hoje e companhia mas eh não não não vou abordar aquelas coisas tipo como é que são as relações hoje por causa de sei lá as mídias sociais ou caramba que seja não não não vai ser isso eu vou falar de eh algo que está realmente no âmago da minha pesquisa pessoal a gente
sempre tem uma pesquisa pessoal em andamento essa pesquisa está comigo há dois ou 3 anos e eh 3 anos na verdade é uma pesquisa ao redor de quais são realmente as condições culturais que fazem que nós somos quem somos e nos relacionamos da maneira que conseguimos eh nos relacionar com os outros que vou tentar falar é é um pouco sobre Quais são as condições de possibilidade das nossas relações eh hoje e a partir disso Sem dúvida vai dar para eh eventualmente investigar concretamente como é que as nossas relações evoluem para falar disso eu vou começar
com uma questão que realmente eh vai parecer eh Fora de Moda há alguns anos atrás já faz um certo tempo talvez 10 15 anos atrás eh e numa conversa com um um amigo muito querido no Rio de Janeiro que é Jurandir Freire Costa que muitos aqui conhecem é profundamente cristão Eu disse para ele jura eu acho que vou escrever um ensaio que vai se chamar por sou cristão então ele achou muito bom sem saber o que que ia dizer e mas Achou muito bom ficamos rindo até pelo pelo lado um pouco exatamente demodê desse tipo
de de questão então eu vou falar de de duas razões pelas quais eu eh eu sou cristão eh não se preocupe muito porque se é que é para se preocupar por isso mas não se preocupe muito porque logo depois vou dizer duas razões pelas quais não sou cristão então então vamos começar pelas duas razões pelas quais eu sou cristão a primeira razão tem a ver com eh algo que muito presente nos Evangelhos e sobretudo no evangelho de eh de Marcos e Mateus que são eh os mais historiadores digamos assim os menos eh João tá sempre
pensando no Apocalipse né Tem uma série de passagens poderia multiplicar eh os exemplos mas nos quais claramente eh Jesus toma uma posição em favor da Absoluta autonomia do indivíduo o que parece claríssimo para qualquer leitor do Evangelho é que escolher por ele é uma escolha totalmente do indivíduo e que passa por cima de qualquer outra coa chip assim eh Você se lembra tem não sei se aqui tem muito leitor do Evangelho tipo assim eh assíduo ou ou ou alguém que tenha memória das suas leituras passadas por exemplo isso é eh Mateus né tem a Jesus
está lá está pregando um monte de gente e de repente chega alguém e diz o senhor eh tem a sua mãe e os seus irmãos estão aí acabam de chegar e Jesus tem uma resposta incrível e diz minha mãe meus irmãos eu não tenho irmãos os os meus irmãos são as pessoas que estão aqui me escutando é brutal como como resposta isso é Marcos é é a famosa história do cara que diz o senhor não não eu vou contigo mas antes disso eu preciso enterrar o meu pai só me vão me atrasar um dia e
e Jesus lhe responde H Deixe os mortos enterrar os mortos e vem comigo e El ele tem sem contar às vezes em que ele fala coisas eu não vim trazer a paz eu vim trazer a espada e a Espada entre a mãe e a filha entre o pai e o filho hã eh tem tem tem uma série de coisas claramente no evangelho onde realmente o o o o o dedo é apontado para o fato de que se trata de uma escolha por ele no caso mas de uma escolha absolutamente individual e contra a família isso
de um certo ponto de vista é bastante trivial eu acho isso muito interessante Até porque não aguento mais as pessoas que tentam me convencer de que a família é um valor Cristão a família pode ser um valor mas cristão não é realmente não é nunca foi nunca foi pelo menos no começo do cristianismo a família digo é um instrumento de social então cada vez que você tem uma situação que tenta de se manter assim como está vai ter uma proteção da família porque a família garante que mais ou menos os filhos serão instruídos e escutarão
o que os pais lhes dizem cada vez que você tem uma doutrina que se atribui um certo poder ou Impacto revolucionário que quer que as pessoas pensem diferente dos seus pais você vai ter um discurso contra a família fam eh o discurso Cristão quando ele aparece é totalmente contra a família o discurso de Cristo porque ele precisa que as pessoas ah escolham por ele contra e a família representa o quê representa eventualmente o judaísmo tradicional ou representa ainda mais as tradições pagãs então ele precisa que quem o escute não não não nem pense em Ah
mas a minha mãe acha que na verdade é eh Apolo é mais importante do que Deus eh ou do que o Deus do qual você está falando Não a sua mãe está errada Esquece a tua mãe Eh essa essa é o discurso de qualquer de qualquer H doutrina revolucionária eu entendi isso muito bem porque primeiro foi educado eh em parte eh realmente nos últimos do anos e igreja em igrejas não em escolas católicas professor de religião que era um Jesuíta ótimo e tudo mas enfim ele estava sempre pescando vocações né Ah será que é porque
como vocês já faz tempo que está faltando gente para decidir se tornar Padre então uma das questões que ele levantava era o que que acontece se você descobre que tem a vocação mas seus pais não querem Esso é uma questão interessantíssima para qualquer adolescente pode ser uma vocação para qualquer coisa que seja mas o que que eu vou fazer se eu quiser fazer algo que os meus pais realmente não querem se tem uma maneira de interessar um adolescente Essa É ótima eu fiquei me perguntando isso até porque justamente o meu pai tinha me dito uma
vez olha na vida você pode ser absolutamente o que quiser salvo Padre então isso então isso diante dis isso o que o o professor de religião me disse foi problemático Mas você encontra coisas absolutamente parecidas até em livros de texto da União Soviética eh de ensino né Eh tem coisas e se você descobrir que na verdade os seus pais são antir revolucionários né eh como é que você vai lidar com isso é é é a mesma coisa Bom enfim parêntese fechada sobre a questão que a família não é um valor Cristão é a família é
um valor para qualquer situação cultural que queira se manter né E se reproduzir quanto mais possível igual a si mesma mas h o que não me interessa que me interessa nessa história é que o cristianismo Nessa altura é realmente um uma escolha isso é totalmente novo é uma grande novidade uma escolha proposta ao indivíduo você é Pedro você é Mateus você é João e eu tô falando com você e você escolhe por mim ou não escolhe não se trata da sua família da sua religião de origem não se trata de saber se você é Samaritano
judeu caramba que seja grego não tem nenhuma importância A escolha é um por um é é por isso que chegam na minha segunda razão do por eu sou cristão eh é que o cristianismo se apresenta essa era uma coisa totalmente inédita como uma religião para todos não é a religião de um povo n porque o Deus dos judeus é Deus dos judeus né a partir da da mensagem cristã aquele Deus é absolutamente para todo mundo então não não tem nenhuma relevância saber você a que tribo Você pertence Qual é a sua origem cultural o lugar
onde você nasceu a sua família ou não tem nenhuma relevância o que faz que é automático né quando você tem uma posição fortamente individualista ou seja as pessoas são interpeladas uma por uma você tem imediatamente um discurso universalista porque e o lugar de onde elas o grupo ao qual elas pertencem perde qualquer relevância o que nos interessa é que Pedro João Marcos Mateus vão fazer a opção eh pelo cristianismo que um seja Samaritano Romano grego irrelevante esse lado universalista também é uma razão pela qual eu me sinto Cristão agora isso também me coloca ah em
numa série de dificuldade com uma série de eh católicos ou ou ou sedentes católicos e e e cristãos que por exemplo conseguem ser coisa que para mim é totalmente misteriosa católico e patriota ou católico e nacionalista não faz nenhum sentido se você é eh católico ou Cristão simplesmente você não pode ser eh identificado com um grupo não pode ser patriota ou nacionalista e cristão não não pode não tem sentido inventa um outro Deus Afinal tem tantos mas aquele Deus aí não funciona dessa maneira Essas são as duas razões pelas quais eu teria escrito um ensaio
e quem sabe um dia escreva porque sou cristão agora tem duas razões sérias pelas quais eu não sou cristão para ver a primeira razão pela qual eu não sou cristão e quando eu digo não sou cristão é que no fundo eu tenho uma tremenda simpatia para paganismo né é importante entender Qual é o meu fundo religioso é Pagão e romano nem grego não não sei se certamente vocês não são muito familiarizados com o paganismo porque nesses dias ele não e também não vou não vou tentar converter ninguém até porque realmente não é o estilo Pagão
mas a ideia do paganismo é que de uma certa forma todo o mundo tem os deuses que ele quiser contrariamente ao que muito frequentemente a gente acaba imaginando quando estuda sei lá mitologia grega e romana na escola eh não não era um sistema tipo ah aqui tem todos os deuses do Olimpo E então Eh todos veneravam esses Deuses nessa hierarquia com Zeus lá em cima o Júpiter que fosse e compan não não não era assim era você se cada cada sujeito construía a sua constelação de deuses que lhe convinham que que que então eu podia
pensar também que tinha um Deus mais importante do que os outros por exemplo será o sol invictos é que era no fundo uma versão de Apolo eu acho que ele era o Deus para mim era o mais importante mas eu tinha seis sete outros daí eu encontrava você no restaurante Você me contava que H tinha se cur de uma grave rinite graças ao interceção do seu bisavó eu incluí o seu bisavó nos meus Deuses em casa fazia lá esse esse bisavó é legal para rinita Então vou colocá-lo no meu altar em casa e quando ten
um problema de rinite vou lá Digo o meu rinite faça alguma coisa então então o o paganismo desse ponto de vista isso era o o poder inclusive passivo de Roma eh era era era era uma maneira de incorporar o Deus de todo mundo né esse povo tinha um Deus tudo bem a gente eventualmente eh ganhava uma batalha o que significava que os nossos Deuses quem sabe fossem mais fortes Mas não é por isso que a gente vai dizer que o Deus dos outros não existe não vamos incluí-lo e de alguma forma para algo pode servir
então essa era realmente a ótica outra coisa muito importante para dizer só entre parênteses tem um livro muito bom sobre isso que foi escrito por por Paul ven que é o o grande que possa dizer especialista da da do mundo grego-romano ou francês e que se chama eh Será que os gregos acreditavam nos seus mitos porque é verdade que quando você lê aquilo lê um livro de mitologia você pensa Putz como é que um cara como aristótele que pensava a realidade com tanta como é que ele acreditava que realmente sabe eh o coração de dioniso
na coxa de Zeus e daí saía E fora que eu poderia falar do cristianismo em termos tão estranhos quanto mas mesmo assim é que os gregos não tinham esse problema de acreditar no sentido que nós damos a essa expressão h a religião existia em função das festas e públicas e das ocasiões de eh culto público que permitia então importante não era saber você acredita mesmo que dioniso exista não mas o que você tem que acreditar é que vai ter festas eh nas quais eventualmente seesse beber vinho eh e bom eu escolhi dioniso mas podia pegar
alguém vou acreditar num certo rito coletivo que fazia existir tira a comunidade o a a dimensão de de crença subjetiva hum não era muito interessante mas vamos então isso são só prévias para dizer eh no que que eu então primeiro ponto não sou cristão e eh eu queria ver aqui uma fotografia que é uma fotografia da capa da folha do dia 13 de ah ok podemos aumentar não sei se era 13 ou 14 de Março logo depois da tragédia de Susano eu queria que vocês olhassem comigo as fotografias essas esses retratos esses pequenos retratos aqui
em cima é esses dois são os assassinos mas aqui em cima são as vítimas das vítimas adultas que são as duas últimas provavelmente se trata de fotos tiradas das redes sociais então Obrigatoriamente elas estão sorrindo coisa que é um fenômeno totalmente e moderno contemporâneo né Vocês sabem que antes de 1960 ninguém sorri numa fotografia né as pessoas são Deadly Serious uma hora de tirar a foto ao contrário ficam parados e Companhia bom os adolescentes são são muito curiosos com exceção desse aqui que é o Samuel Ah que tem uma uma cara de de de bom
menino e e está meio na transição né e ele está fazendo um pequeno sorriso tem uma cara de alguém que que está deixando acreditar que ele é o filho sonhado por todos mas os outros são todos eh começa com primeiro fazendo assim né estão tentando o outro os óculos escuros estão estão todos tentando nos convencer que se os cruzemos Numa rua escura seria bom mudar de de lado Ah isso é uma coisa que um adolescente presa aliás efetivamente não é Nenhuma crítica a a a eles mas mas é muito interessante por quê Porque essas duas
figuras os adultos sorrindo provavelmente num num mundo que que não existe o que tem uma existência puramente virtual e os adolescentes fazendo de conta que devia ser ótimos meninos e e e e B adolescentes como qualquer outro mas fazendo tudo o que podem para que a gente pense que eles estão pertencem a outro mundo quem sabe ao mundo do crime quem sabe ao mundo h qualquer coisa dessas que é o que um adolescente adora que nós pensássemos H que nós pensemos me servem como exemplo para eh explicar a primeira razão pela qual eu realmente não
sou cristão é que o cristianismo é uma religião que coloca o centro da vida de todos os que eh a professam ou que são influenciados por ela não precisa acreditar para isso coloca o que se chama uma transcendência Ou seja a ideia de que o que importa na vida não é o que você está vivendo agora o que importa na vida é outra coisa que você vai estar vivendo depois claro que o modelo mais clássico para isso é o que importa não é a vida que você está vivendo agora o que importa é a recompensa
ou a punição que você receberá no além ideia que é totalmente Cristã Hã Porque para os gregos para os romanos existe um um depois da morte mais ou menos mas que é o mesmo lugar um pouco tétrico onde todas as almas erram e não tem um sistema de punições e Recompensas isso não passa pela cabeça de ninguém e as almas dos Mortos São simplesmente almas infelizes porque não t mais a Vida na qual estavam enquanto o que o cristianismo insere não imediatamente Mas a partir do terceiro quto século é a ideia de que o foco
de nossa vida não deve ser e não é mais o que estamos fazendo não é mais a imanência não é mais a nossa experiência cotidiana é alguma coisa que verá depois isso acontece não é necessariamente na escala do eh depois da morte companhia nós por exemplo eh criamos os nossos filhos e adolescentes na na ideia de que uma mensagem absolutamente crucial que temos para lhes dar é que eles têm que se preparar eles têm que se preparar para o futuro eles têm que se preparar bom primeiro para o vestibular Claro depois do vestibular talvez a
vida comece ou eles têm que se preparar vou sentar um minuto só Ah eles têm que se preparar eh até o fim da faculdade isso prepara a vida ah e e eles estão realmente numa espécie de moratória da vida eh que virá a vida é o que virar depois e a gente está sempre vivendo nessa nessa nessa curiosa ah chantagem de alguma forma pela transcendência né porque aparece o tempo inteiro não eu eu não estô me relacionando com ninguém estou me preservando estou me preservando preservando para o qu a por para uma relação que que
que virá ou ou ou então que é uma outra maneira de se preservar eh não estou me preservando Não estou me relacionando com ninguém porque Hum eu não quero a decepção da Separação é uma lógica muito frequente é uma lógica que empurrada até o fim significa que não é possível viver porque eh a vida é assim né a gente vive sabendo que não vai durar para sempre então se você não quer entrar num amor porque acha que aquilo não vai durar para sempre então não tem por Viver porque aquilo também não vai durar para sempre
a a a ideia em última instância é é bem essa é a ideia de que o agora é aqui não é o que importa o que importa é o que transcende o átimo e o momento no qual estamos é claro que quem coloca o assento sobre o aqui e agora é geralmente acusado de ser hedonista porque está pensando no imediato nos Prazeres possíveis né ah Estava falando ontem de manhã com marrio CT que que que faz aquele programa que se chama Bom dia Bahia estava falando no telefone ao vivo falando desse nossa encontro de hoje
e eh eu lhe disse por exemplo é isso nós podemos começar a poupar dinheiro para aqui poder falar o nome do restaurante no rádio não dá porque é merchandising então Eh nós podemos começar aar dinheiro a ppar dinheiro para irmos um dia juntos no num restaurante de Salvador cham Amadeus que é excelente Recomendo a todos na cidade de baixa caro para Mas é bom e e Mas o problema não é isso isso é normal a dificuldade Quando a nossa vida se transforma numa preparação para aquele jantar e isso faz que não achamos mais o interesse
ou seja o gosto e quanto pode ser gostosa a moqueca da dona maria na esquina e é aí que a transcendência realmente nos mata e e quando nós Nós perdemos perdemos a capacidade do Prazer do agora e e em virtude da nossa espera ou da nossa aposta na transcendência aqui um parêntese que que vou fazer em homenagem à casa do Saber Não se preocupem Não vou cantar mas contrariamente ao que muitos adversários de qualquer posição hedonista nã eh dizem ou pensam eh quea crtica não edonista é imediatista por não o edonismo é um trabalho eh
complicado isso mereceria uma vez ser tratado de maneira extensa e detalhada porque o edonismo sem cultura fracassa realmente o que se espera da cultura não estou falando da memorização do nome dos Reis da França mas digo da Cultura eu vou explicar bem que que chamo de cultura no caso ele ele ele não funciona porque nós nós não não somos capazes de aproveitar da vida no no século XVI quando quando nasceu o conceito de gosto de gosto individual comearam tambémm a nascer programas para educar o gosto não é verdade que há todos os caras que falam
de vinho são um monte de frouxos Malucos e que na verdade eu reconheço o vinho Generoso no primeiro não reconhece nada meu não para apreciar vinho tem que estudar e precisa é preciso estudar para apreciar o agora é preciso estudar nesse sentido é preciso saber por que um charuto cubano é muito diferente de um charuto dominicano se é que agora é proibido fumar então acabou mas teve uma época em que dava para falar disso e isso vale para qualquer coisa eu acho que se tem uma vocação extraordinária da cultura é de tornar o aproveitamento do
mundo portanto a experiência do Prazer eh muito mais complexa e valiosa Então essa é a primeira razão a invenção da transcendência é realmente a primeira razão pela qual eu não sou cristão acho que por exemplo no caso dos adultos e a a a mídia social e a dimensão que que que tomou para nós a felicidade como que a a felicidade nas mídias sociais é realmente eh o Um Mundo Alternativo que nós construímos né é uma espécie de paraíso antes da morte mas que não tem nada a ver com a gente mas tem pessoas que vivem
só para se apresentar na mídia social como felizes Aí teria um capítulo à parte mas que não vou tocar nele hoje mas e outro grande tema né é que é que na verdade na verdade quando a gente constrói nosso Avatar feliz nas mídias sociais a única coisa que realmente nos interessa é a inveja dos outros a inveja dos outros é é tremendamente importante vocês sabem por os passageiros de classe executiva entram primeiro no avião para poder ver os de Econômica desfilar com 40 pacotes e três crianças do seu lado e e invej a metade do
valor de uma passagem de executiva está naquele olhar de inveja não não é o conforto que você está pagando é a inveja que é eh para o resto tem Mastercard mas para a inveja is aí não ficou com vontade de ver o curso completo as próximas aulas estão disponíveis na casa de saber mais para você assistir onde quando e como quiser clique no link que tá na descrição e no primeiro comentário desse vídeo e assine agora mesmo para ter acesso ilimitado a esse e outros cursos do catálogo
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