salve espectadores do canal hoje nós vamos falar da escola do [Música] [Música] zanado antes de começar a falar sobre esse assunto do Z anal um recado importante eu publiquei no blog do Leitura obriga hisória um glossário que foi tirado desse livro do Peter burk escola de Z anal que aliás é a base desse vídeo UMS principais termos que a linguagem do Z anal usa como história nova mentalidades história serial entre tantos outros então se você ficar com dificuldade para entender esses termos enquanto eu tô falando você pode acessar o blog eu vou deixar o link
aqui embaixo e dar uma olhada na definição desses termos de acordo com o glossário tirado desse livro se você estivesse assistindo no computador você pode inclusive deixar duas Abas abertas uma com vídeo e uma com blog recado dado vamos ao vídeo primeira coisa O que é escola escola do Z anal quando nós falamos em escola de Z anal nós não estamos falando de uma escola mesmo um lugar onde as pessoas vão para ter aula sabe quando dizem que um artista fez escola no sentido de que o método dele ou alguma outra característica dele fez tanto
sucesso que influenciou gerações então é mais ou menos isso que o termo escola nesse caso é usado e vale dizer que Muitos historiadores que fizeram parte dela eles recusam a ideia de que tenha havido uma escola dos Anal Anal foi uma revista fundada em em 1929 na França por dois historiadores Lucian Feber e Mark Block eles estavam satisfeitos com uma predominância da história política das décadas de 1910 em 1920 que eles viam como uma história de análise Pobre é uma história muito focada em jogos de poder principalmente entre os grandes e aí Claro quando se
fala em grandes nós estamos falando de pessoas de políticos Mas também de nações e isso ignorava que além desses Grandes Homens grandes países e jogos de poder entre eles haviam estrutura agrupamentos humanos indivíduos que eram deixados de lado e até mesmo desconsiderados por alguns trabalhos era também uma história de eventos bastante cronológica e bastante narrativa pros historiadores do Z anal era até meio fútil às vezes pro Mark Block e pro Lucian fev os seres humanos eram tão complexos nas suas maneiras de pensar de sentir de agir que reduzia a história humana a jogos de poder
e Grandes Homens não permitiria que a gente entendesse com o mínimo de profundidade as sociedades e os seres humanos e esses jogos de poder eram só um pequeno reflexo de algo muito maior e muito mais abrangente isso não quer dizer que esses dois historiadores causaram uma grande ruptura e foram totalmente Pioneiros já que desde o século XVI durante o Iluminismo haviam historiadores que tentavam deixar essa história narrativa de lado e fazer uma história da sociedade por assim dizer e não só na França no entanto no século XIX o historicismo alemão mais representado pelo Leopoldo V
Hunk voltou a marginalizar a história sociocultural não por desd mas porque o HK na sua vontade de narrar os fatos tal como eles aconteceram deu muita ênfase a documentos e fontes de arquivos a maior parte da sociedade não produz Fontes arquivísticas logo Como que você vai entender camadas subalternas da sociedade as suas culturas os seus anseios as suas particularidades em geral se você não tem como fonte documentos oficiais e material de arquivo dessas pessoas Lembrando que até mesmo o arquivo é uma seleção que uma ou mais pessoas fizeram os seguidores do rank acabaram excluindo as
histórias não políticas das disciplinas das Universidades e com exceção de alguns historiadores como Julio Michele ou Jacob burckhard ou fusel cange também esse paradigma acabou sendo muito influente naquele momento do século XIX e começo do século XX mesmo com os esforços desses historiadores que eu citei e outros eles permaneceram marginais e esforços desse sentido ainda eram raros os anal foram o principal movimento que tirou essas perspectivas diferentes da marginalização um dos méritos dos ananal e dos estudos que foram provenientes dessa proposta de fazer a história era entender que a liberdade humana a agência humana e
a individualidade não eram coisas antagônicas aos determinismos das estruturas sociais e também estruturas culturais políticas econômicas de onde essa pessoa vive essas estruturas condicionam a forma como nós Agimos influenciam nas nossas decisões mas não anulam completamente a vontade humana e as nossas decisões obviamente que as nossas decisões acabam ocorrendo dentro de uma margem que a nossa vida que o nosso entorno nos oferece mas nós Ainda temos algumas escolhas normalmente pro Z anal era possível trabalhar no meio termo entre O condicionamento social e a escolha individual sem que isso fosse contraditório para tentar sumarizar as propostas
da revista Nal eram mais ou menos as seguintes primeiro substituir a história narrativa tradicional por uma história problema ou seja ao invés de ficar fazendo uma história que simplesmente conta acontecimentos de forma cronológica ou como algumas pessoas gostam de dizer ainda hoje narrar os fatos tal como eles foram a história deveria ir além disso ela deveria oferecer um problema ou seja ela tem que responder um problema que ela mesmo propõe propor hipóteses para responder as suas perguntas Então essa história problema é uma história que vem com uma pergunta a ser respondida pela pesquisa outra proposta
era a ideia de fazer a história de todas as atividades humanas não só da política porque afinal de contas falar apenas da política dos grandes não nos dá real noção de como é a vida das pessoas que fogem dessa esfera de jogos de poder e outra proposta era a colaboração com outras disciplinas como geografia economia sociologia antropologia psicanálise e por aí vai sobre esse último ponto é importante citar que a revista começou com um comitê editorial que não tinha só historiadores você sentia por exemplo alber de mangon que era geógrafo Maurice hbx que era sociólogo
Charles rist que era economista e o André sigred que era cientista político e nos primeiros números se destacaram artigos de economistas não só franceses a história Econômica Era bastante presente no começo do Z anal esse movimento pode ser sumarizado em três fases principais país a primeira fase ou a primeira geração dos ananal durou mais ou menos entre 1929 que é o ano em que a rista foi criada e 1945 nesse momento movimento era ainda relativamente pequeno mas empreendia como o Peter burk diz no seu livro escola de Z anal uma guerra de guerrilha contra essa
história narrativa política tradicional Lembrando que mais ou menos no fim desse período Mark Block foi fuzilado num campo de concentração tendo escrito o seu clássico Apologia da história dentro desse Campo eu já fiz um vídeo sobre isso e eu recomendo que você assista o link tá aqui embaixo na descrição segunda fase ou a segunda geração do Z anada veio no pós-guerra onde os historiadores que até então eram tanto quanto Rebeldes era uma galera que estava tentando reformar essa história virou o establishment ou seja o pessoal que era meio Marginal e tava tentando trazer uma nova
noção de História agora eram os caras que estavam na crista da onda os caras que definiam a norma é nessa fase que o movimento fica com a cara de escola mesmo já que trazia alguns conceitos com mais forma como estrutura e conjuntura e inclusive novos métodos como a história serial das mudanças da longa duração nessa fase a escola foi dominada por Fernan brodel eu não vou entrar em detalhes sobre isso porque eu já fiz um vídeo sobre isso O link tá aqui embaixo na descrição e é bastante importante que você assista para entender essa segunda
geração do zanado para quem não tá a fim de assistir esse vídeo o que eu recomendo dá para resumir da seguinte maneira em termos Gerais brodel privilegiava uma história de longa duração e achava que os eventos mais imediatos embora eles chamassem Atenção se perdiam na imensidão da longa duração que explicaria realmente a história humana a história his da mudança era mais importante do que os eventos em si nesse momento da segunda fase outras perspectivas ganharam o espaço como por exemplo a história quantitativa começando pela história Econômica onde ela já era bastante comum e migrando pra
história social especialmente a história populacional indo pra história cultural na terceira geração e essa história quantitativa foi muito importante fora a história Econômica na qual ela já era importante pra história demográfica e nessa fase foram muito importantes os trabalhos do Ernest labrus só para citar um exemplo de autor já em 1961 o Um Novo Movimento se inicia que é o que nós chamamos de terceira geração da escola dos anal e a principal característica dessa nova geração era a fragmentação nesse momento fica até difícil falar numa escola porque os métodos os novos problemas os objetos as
formas como eles eram trabalhados geram tantos e a influência fora da França dos análises já era tão grande que é até difícil explicar de uma forma mais sumarizada o que marcou essa terceira geração você não tinha uma figura Central na terceira geração como você tinha com Fernando rodel na segunda geração e com a dupla Block e fevre na primeira geração ao invés disso você tinha alguns nomes como Jack Revel Jack legoff Fan f e outros autores daquele momento a vantagem dessa descentralização é que a pluralidade de ideias e perspectivas floresceu e deu mais certo do
que nunca E também o diálogo com as outras disciplinas e com as outras áreas do conhecimento aumentou essa geração que vai trazer os holofotes à mulheres como arlet farge Michelle per não só como aumento de autoras em voga mas nos estudos de história das mulheres ressaltando o fato de que as diferenças de gênero fazem sentido ao ser estudadas na história quando você estuda a história a partir de um ponto de vista masculino tomado como totalizante Universal você esquece que as experiências históricas de muitas mulheres foram bem diferentes das dos homens Daquele mesmo tempo por conta
dos papéis sociais dessas mulheres o papel delas na sociedade os limites os preconceitos e os papéis de gênero em geral nessa sociedade e na terceira geração esse problema começou a ser visibilizado essa também é uma geração mais aberta à contribuições que vem de fora da França e mesmo de fora da Europa o desenrolar dessa terceira geração viu algumas mudanças Bem significativas Além dessas que eu citei anteriormente é esse momento que os historiadores começam a tentar empregar métodos quantitativos à história cultural como eu citei um pouco antes é nesse momento também que a história das mentalidades
é redescoberta mas também a hora que se inicia uma reação a esses movimentos com uma espécie de retorno da história política e da narrativa esse retorno não foi uma virada de mesa que enterrou os análises e buscou o passado mas fez o movimento de integrar essas perspectivas essas já deixadas de lado como a história narrativa e política as perspectivas que estavam em Volga no momento alguns historiadores aqui e ali já resgatavam essa história narrativa ou política mas isso começa a voltar com força entre o fim dos anos 70 e começo dos anos 80 no caso
da narrativa por exemplo começa a aparecer algumas biografias históricas e o olhar sobre os eventos começa a questionar Essa visão breli de diminuir os eventos afinal de contas não existem eventos que ao invés de só refletir a estrutura criam rupturas que efetivamente alteram a estrutura por exemplo a Revolução Francesa ou a revolução russa que mudaram drasticamente vários aspectos estruturais não só da Europa mas de várias outras partes do mundo na segunda metade da década de 1970 terceira geração de Z anal na França atingiu um sucesso comercial sem precedentes o livro monten LW do Emanuel lery
Lad ri só para dar um exemplo virou bestseller de livros de não ficção e ele acendeu o interesse do público francês pela história pela história nova os historiadores passaram a participar de programas de rádio às vezes até produzindo esses programas alguns deles escreviam paraas colunas dos maiores jornais da França Foi um momento em que a história recebeu muita visibilidade e muita importância na França no entanto é curioso pensar que embora os análises seja uma revista acadêmica que durante tantas décadas teve tantos artigos publicados por esses historiadores e por acadêmicos de outras áreas as obras mais
marcantes dos historiadores que trabalharam nela não foram os artigos que foram publicados na revista mas os livros desses autores é difícil você achar um Historiador aqui no Brasil por exemplo que Cite alguns artigos publicados na revista nado que foram de grande influência pelo mundo mas qualquer Historiador minimamente competente vai conseguir citar um bom número de livros que vieram desses autores do Z anal em que foram muito importantes e influentes paraa história no Século XX e ainda hoje no século XXI Apologia da história os reis salm maturgo problema da descrena do século X no Mediterrâneo montou
civilização do ocidente medieval a lista é muito grande claro que a influência do Z anal no mundo foi desigual de acordo com o Peter burk nesse livro a escola do Z anal a Alemanha só passou a ficar mais aberta as perspectivas do Z anal na década de 1970 e na Inglaterra também houve muita resistência e raramente se traduziam materiais dos autores ligados à revista anal pra Inglaterra já em alguns lugares como a Polônia por exemplo os anal foram recebidos com bastante entusiasmo na América do Norte a recepção foi fria enquanto na América Central e no
sul especialmente no Brasil os anal foram bastante influentes e ainda são hoje em alguns historiadores no Brasil são tão tributários à escola do Z anal e de uma historiografia essencialmente europeia e eurocêntrica que muitos deles são acusados pelos colegas de ter mentalidade de colonizado pois eles ignoram que na América Há muitos estudiosos de bastante qualidade que não devem nada aos que vêm da França e da Europa como um todo Peter burk por exemplo gosta de citar o Gilberto Freire como um exemplo de pesquisador brasileiro que em muitos aspectos dos seus estudos antecipou a história cultural
dos anos 1970 já naquela época em que ele escreveu casa grande sem zala Enfim uma polêmica que não cabe aqui esse vídeo mas se nós podemos encontrar precedentes da história feita no Zan em outros lugares em outros momentos Por que que a escola de Z analo foi tão grande e tão influente então bom algumas pessoas vão explicar isso a partir de uma chave anticolonial de que é algo que vem da Metrópole que a periferia como no caso América do Sul gosta de beber o que vem de fora e não dá valor a o que tem
dentro Mas tirando essa visão anticolonial eu acho que tem uma outra coisa que é muito importante para entender isso não só uma relação de Metrópole colônia Talvez o principal mérito do Z anal não tenham sido as suas inovações boa parte dessas inovações já tinham precedentes como eu falei dentro e fora da França o maior mérito seria a combinação dessas inovações que foi feita de uma forma bastante Coesa e organizada que configurou o z anal como um movimento de verdade porque precedentes por serem isolados às vezes não tem o mesmo Impacto que todo um movimento coordenado
que traz essa mudança e essa união fez a sua a força enfim se você quiser ler mais sobre a escola do Z anal conhecer alguns de seus autores algumas de suas obras mais influentes algumas críticas essas obras e esses autores Eu recomendo a escola de Z anal a Revolução Francesa da historiografia 1929 1989 do Peter burk essa edição eu acho que não tá mais à venda Mas já tem uma reedição desse livro então não acho que você vai passar muito trabalho para encontrar e ele também não é um livro muito grande Ele é bem tranquilinho
de ler antes de você fechar esse vídeo eu quero te pedir um favor na pgina inicial do Leitura obrigatória aqui do canal ali do lado do botão de inscrição Tem um botão de um sino clica ali que você vai receber as notificações do canal sempre que um vídeo novo sair e se você assiste pelo celular também tem uma opção de sino que eu vou deixar aqui na tela toda quinta às 8 da noite Tem vídeo novo mas às vezes eu coloco vídeos em outros dias da semana fora do previsto além do vídeo de quintas o8
e com essa notificação ativada você vai ser avisado quando sair vídeo novo e não vai perder nada do conteúdo que sai aqui no canal bom então é isso eu espero que esse vídeo tenha sido útil para vocês especialmente pro pessoal que tá começando a graduação eu sei como Às vezes pode ser um pouquinho confuso entender todo esse contextos anal quando você tá na primeira fase do curso se você gostou compartilhe esse vídeo com quem você acha que vai se interessar nossas redes sociais estão aqui do lado e o blog leitura obriga sória você acessa nesse
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