Bom dia gente então a gente vai dar início ao seminário do departamento de Antropologia né Eu queria agradecer muito a presença da Ana Lúcia Pastore Nossa colega no dear e coordenadora do CEP que é o comitê de ética em pesquisa da fefeleste que vai fazer esse seminários chamado ético em pesquisas nas ciências humanas e sociais Então acho que é uma oportunidade importantíssima para todos nós para começarmos a entender como isso está funcionando na nossa área uma coisa bastante nova Eu agradeço muito a Ana Lúcia pela disponibilidade de falar de conversar conosco é todos os membros
do CEP que estão aqui também tô falando em nome da chefia do departamento né já que a nossa chefe Marta Tá de licença esses dias um evento no Rio de Janeiro e queria agradecer também a secretaria do departamento que nos ajudou a organizar esse evento online e a todos os colegas aqui presentes e a audiência para essa conversa aqui que acho que ele vai ser só um começo de conversa na verdade com isso passa a palavra Ana Lúcia Obrigada Marina Bom dia a todas e todos sou eu que agradeço a oportunidade desse primeiro bate-papo espero
que realmente haja muitos outros sim Ângela você quer colocar alguma coisa desculpa mas eu não tô vendo a bolinha de gravação é que tá sendo gravado de outra forma que né diretamente Então eu queria agradecer a presença de todas e todos inclusive a sua Ângela da Silvana e do Bruno Rocha que pelo que eu tô vendo por enquanto também então aqui como membros do CEP da feste que vão poder inclusive me ajudar no momento da troca de ideias porque a minha proposta que hoje é fazer um Panorama do que essa recente experiência da faculdade sediar
um comitê de ética em pesquisa trazer para vocês algumas alguns desafios que nós temos enfrentado dúvidas que também continuam e que aos poucos vamos sanando e outras vão aparecendo então a ideia hoje é de fato deixar o maior espaço possível para nós trocarmos ideias eu vou começar aqui uma apresentação em slides depois eu posso até também deixar disponível se alguém se interessar e eu vou colocar para mim em tela cheia então Se alguém quiser fazer qualquer interrupção eu peço que abra o microfone porque eu não vou tá vendo vocês enquanto eu apresentar tá bom então
eu intitulei essa esse bate-papo de hoje com o que eu acho que é o grande tema mesmo né a ética em pesquisas nas ciências humanas e sociais que é como é chamada essa nossa grande área depois vou dizer quais são as áreas que ela abrange e pretendo apresentar este nosso CEP que tem ainda apenas Vai fazer três anos agora em dezembro né nem três anos tem eu disponibilizei links de alguns textos que eu acho bem importantes para que todos se não leram ainda possam ler a qualquer momento Então eu acho que os principais são o
nosso código de ética da Associação Brasileira de Antropologia que eu vou depois brevemente apresentar e que existe desde 86 a própria resolução 510 de 2016 do Conselho Nacional de saúde que eu também vou apresentar e um texto da Iara guerreiro que é da área da psico e contribuem e já contribuiu muito com toda a discussão que diz respeito aos as ciências humanas e sociais nesse grande sistema de ética em pesquisa depois como textos complementares mas não menos importantes dois textos um da Cláudia Fonseca outro do Luiz Fernando Dias Duarte anteriores a resolução 510 mas muito
importante porque eles participaram do que veio a ser essa resolução ele sentia parte outros colegas nossos da antropologia tá E no site do CEP nós temos lá um link para vários outros textos da Débora Diniz das séries Victor é de vários outros antropólogos e antropólogos que também se envolveram e ainda se envolvem nesse debate tá os slides estão passando direitinho alguém pode me dizer sim por favor sim obrigado bom então assim começando pelo mais geral né eu volto a um livro que inclusive está disponível para download no site da Aba que é o livro organizado
pela séries Victor intitulado antropologia e ética o debate atual no Brasil ele é de 2004 então não tá tão atual assim mas eu acho muito bom esse livro né E logo na no prefácio o Gustavo Lins Ribeiro ele faz uma colocação que eu acho fundamental para dar o pontapé inicial no debate ele pontua que ética não é sinônimo de leis de regras de normas ele sugere que ética tem a ver com reverberações normativas ou seja tudo aquilo que implica a busca por parte de um grupo de uma coletividade de uma área de pesquisa de princípios
que são consensuais e aceitáveis para esse grupo essa coletividade Ou seja a grande diferença entre ética e moral ou mesmo ética e leis é o fato de que a ética é sempre um campo em aberto com discussões Jamais tidas Como fechadas finalizadas concluídas é um campo político de constantes acordos portanto que sempre incluem particularidades novos desafios diferente do campo da moral que se consolida em leis e que acaba constituindo princípios universais mais absolutos claro que a gente sabe que nem Esses são imutáveis mas que tem um caráter mais normativo então isso acho importante para dar
o pontapé inicial claro que aqui a discussão em si só já Valeria muita muitas horas de debate Na antropologia é claro que muitos de nós aqui hoje e que vão ouvir esta este debate depois são da área mas eu acho importante lembrar que a antropologia nasce marcada por uma ética do colonizador no masculino inclusive quer dizer no final do século 19 a gente sabe que o imperialismo britânico antropologia de gabinete a escola evolucionista britânica Funda antropologia com uma questão fundamental importantíssima que é o caráter Universal do humano frente as suas particularidades diversidades que eu acho
que a grande questão que mobiliza antropologia até hoje mas não estava em questão autoridade absoluta do pesquisador e selecionar Fontes recortadas a seu bel prazer ainda que de acordo com algum tipo de consenso mas havia uma ética em pesquisa totalmente pautada no olhar do pesquisador isto no caso brasileiro especialmente das regras em pesquisa no Brasil durante muito tempo faltou o que se entendia por pesquisa especialmente por exemplo na própria área da Ciências Sociais do direito que é uma área em que eu trabalho né então de fato o impacto inicial do fazer pesquisa como uma decisão
inteiramente do pesquisador cabendo a ele ter ética sem precisar prestar contas disso a ninguém mais especialmente não prestar contas de do que ele iria fazer quando chegasse em campo ou selecionasse Fontes isto se tornou uma regra bastante forte até meados dos anos 60 70 no Brasil na área da humanidade claro que antropologia muito cedo sofreu que eu gosto de chamar de uma guinada ético epistemológica que foi o início dos trabalhos de Campo etnográfico zuir a Campo o sair do gabinete ter contato direto com grupos considerados exóticos distantes e perceber né que a noção de estranhamento
distanciamento alteridade ela é necessariamente relativa E com isso inaugura assim um conjunto de reflexões que a meu ver semearam o que nós podemos considerar o início mesmo de preocupações éticas na antropologia não é os primeiros antropólogos que foram a Campo que a gente sabe que foram muito mais do que apenas Malinois se deram conta de imediato ou muito cedo que eles estavam ali representando autoridades coloniais que eles eram os diferentes em meio a pessoas que falavam outras línguas tinham outros valores e que eles ali não eram transparentes Enfim tudo aquilo que a gente discute tanto
na antropologia mas nada disso era preocupação digamos Central no fazer etnográfico e não foi durante muitas décadas o que a gente poderia chamar de uma autoridade etnográfica Euro estadunidense androcentrada o humano como sinônimo de homem branco pelo menos o humano pesquisador o humano antropólogo né que pesquisava claro que em meio a isto a noção de diversidade se expandiu e superou-se o paradigma evolucionista mas tudo isso chegou de forma bastante tímida no campo das pesquisas empíricas em ciências humanas e sociais no Brasil especialmente na área do direito na área da ética em pesquisa então o grande
Marco de fato para as pesquisas em geral não só em ciências humanas e sociais no mundo foi o imediato pós Segunda Guerra Mundial quando incontesstavelmente acontece uma grande guinada ético epistemológica e ela se deveu aos horrores praticados em campos de concentração nazistas em nome da ciência médica Porque como sabemos né Não só milhões de judeus foram mortos mas antes de serem mortos muitos foram cobaias de pesquisas de toda de todo tipo inclusive testando limiares de dor de resistência enfim foram cometidos horrores em corpos de judeus isto logo no pós Segunda Guerra Mundial com a criação
da ONU da Unesco e de todo um movimento né que começou a pensar seriamente os direitos humanos e a sua importância no campo da pesquisa isso logo redundou [Música] em um movimento que veio a se chamar bioética e que se consolidou especialmente no tribunal de Nuremberg com a declaração de Helsink que data de 1964 e se deu na 18ª Assembleia médica Mundial então foi um conjunto de reflexões de consolidação dessas reflexões em códigos como o próprio código de nieremberg que deflagraram o que a gente chama hoje do campo da ética em pesquisas em geral mas
o grande Marco é na área médica na área biomédica em função do que aconteceu nos campos de concentração então muito antes das nossas áreas de ciências humanas e sociais se preocuparem com normatizar questões éticas pesquisas da área na área da saúde inclusive no Brasil da própria ditadura militar dos anos 60 já começaram a ter essas preocupações porque isso como uma avalanche nas deflagrou códigos de ética no mundo todo na área da saúde no Brasil dos anos 70 80 nós sabemos que já eram fortes movimentos pela redemocratização contra a ditadura civil militar e especialmente artistas intelectuais
de várias áreas como no caso juristas né antropólogas estavam ali se mobilizando pelo que veio assim em 87 assembleia nacional constituinte mas foram também os movimentos sociais e de ativismo em direitos humanos que deram um impulso importante é o que veio a ser isso que o Gustavo Lins Ribeiro chamou de reverberações normativas no campo da ética em pesquisa também na área da ciências humanas e sociais especialmente englobando o debates muito caros antropologia no que diz respeito à diversidade étnico-racial de gênero de geração de orientação sexual política religiosa Enfim então houve especialmente a partir de 88
com a constituição ainda em vigor Apesar de muito dilapidada houve de fato que a gente chama de judicialização em decorrência da juridização esses nomes são complicados né mas muito simplificadamente Julie de sisar é criar muitas normas muitas leis até inflacionar de Fato né o campo da o campo normativo com novos códigos como por exemplo Estatuto da Criança e do Adolescente Estatuto do Idoso Estatuto da pessoa consciente isso aconteceu a partir da Constituição de 88 e isso foi criando novas demandas para o poder judiciário e isso foi criando novas demandas também para nós que fazemos pesquisas
com uma série de pessoas coletivos e grupos que passaram a ser amparados por códigos que reconhecem seus direitos suas prerrogativas então é um grande movimento que conflui para um reconhecimento cada vez maior do protagonismo que os antes não era apenas participantes de pesquisa tinham de forma muito tímida eu diria que a partir de 88 no Brasil é que de fato ganha muito muita força no caso da antropologia também em decorrência de tudo que vinha acontecendo no campo teórico e metodológico a questão da relação mesmo pesquisador pesquisadora e seus participantes de pesquisa e o que isso
implica do ponto de vista da ética então eu diria que especialmente antropologia dita pós-moderna ou crítica a partir dos anos 80 se torna indissociável de discussões éticas claro que nós aqui eu faço um parênteses até o que eu escrevi no slide claro que nós antropólogas e antropólogos até por termos muito cedo embrenhado nessas posturas críticas e anticoloniais muitos de nós militarmos pelos Direitos Humanos de várias formas nós naturalizamos que nossas pesquisas e o modo de fazer já incluem todo um conjunto de pressupostos éticos eu acho que a gente naturaliza que por sermos muito próximos e
solidários com os valores dos de vários dos grupos que nós pesquisamos principalmente se são grupos vulnerabilizados perante violências de toda ordem nós então estamos claro que respeitando esses grupos Então eu acho que muito do que nós tomamos como né já um conjunto ético que nem precisa ser questionado vem desta nossa história de pesquisadores engajados com valores próximos aos dos grupos que nós pesquisamos embora também muitos de nós pesquisamos grupos por vezes são perpetuadores de violências né mas enfim então fechando parentes porque eu acho que os pontos bons para o debate no caso da antropologia essa
abertura da antropologia fazendo interfaces com a teoria da narrativa de estudos culturais a politização da relação observador observado E especialmente a crítica à autoridade etnográfica como tantas antropólogos e antropólogos já registraram isso necessariamente implica reflexões éticas né considerar que culturas especialmente entre aspas como diria Manuela Carneiro da Cunha estão sempre num campo político né do fazer político de demandas políticas que a polissemias indisputas e que as etnografias não escapam disso tudo isso implica pensar limites o que deve ser respeitado de que ponto de vista né esse respeito é construído como por quem e de que
forma então toda essa autocrítica da própria antropologia como ciência ela a meu ver tá indissociada das questões éticas e isto se radicaliza com a antropologia de Colonial que caracteriza muito este nosso momento atual né esses últimos anos do século aqui no início do Século 21 porque nós temos cada vez mais a composição entre saberes acadêmicos e não acadêmicos inclusive nas narrativas etnográficas nos campos que nós fazemos nós temos parcerias com movimentos sociais de luta por reconhecimentos de direitos essas parcerias se dão em constante no campo político de acordos e revisão de limites de uns de
outros de falas de Revelação ou não de identidades e claro que a radicalização da autoridade etnográfica branca masculina hetero normativa isto já enfim contornável isto também tem reverberações normativas no campo da ética de como nós escrevemos com masculino Universal nos nossos textos fazendo citações bibliográficas que sempre omitem Afinal o nome completo de um autor de uma autora como ele se identifica só citando seu sobrenome quer dizer como se radicalizam questões que são bastante sérias e implicam escolhas o campo da ética é um campo de escolhas escolhas que tem que ser pensadas né porque tem implicações
políticas então é neste Campo que surgem inclusive mudanças terminológicas não só daqueles que antes eram chamados objetos de pesquisa para sujeitos de pesquisa mas hoje o próprio Conselho Nacional de saúde a comissão nacional de ética em pesquisa que a conep e o ceps que são os comitês de ética em pesquisa adotam a terminologia participantes de pesquisa se quer se fala em sujeitos de pesquisa A ideia é que se a pesquisa com seres humanos todos participam da pesquisa e esses participantes nós sabemos né no campo da antropologia são muitas vezes co-autores das nossas obras não só
porque muitos que antes eram objetos lá no final do 19 início do 20 hoje são de fato antropólogos e antropólicos mas são pessoas indígenas que já estão se formando na pós-graduação em antropologia são pessoas né então neste grupo lgbtqi a mais ap+ que entram por ações afirmativas nas universidades então o grande exemplo é sempre o livro do da Vigo penal e do richardé a queda do céu é um livro realmente que mostra né implicada e de grande responsabilidade ética na produção do conhecimento que não é mais só um conhecimento antropológico né tanto na escrita quanto
reflexões e nas reverberações teóricas mesmo né esse amálgama entre saberes é algo que complexifica muito o campo da ética em pesquisa bom agora passando rapidamente para as questões mais propriamente normativas no campo da ética em pesquisa no Brasil o que tava acontecendo aqui Então logo após a Constituição de 88 como como estava se dando a regulamentação das pesquisas em ciências humanas e sociais porque como eu já disse na área das Ciências da Saúde muito mais rapidamente os códigos de ética em pesquisa ingressaram no Brasil né já nos anos 60 70 não se fazia mais pesquisa
Nos programas de pós-graduação na área médica sem uma série de regulamentações especialmente a partir de 96 vou falar disso logo mais mas no Brasil a hegemonia nos anos 90 da discussão ética era totalmente advinda da área da saúde tanto que o ministério da saúde foi e é até hoje o órgão responsável do Governo Federal responsável desculpe como que concentra todas as decisões sobre ética em pesquisa até hoje é ao Ministério da Saúde que nós temos que nos reportar em última instância no campo da ética em pesquisa no Brasil devido a este a esta origem né
dos debates na área da saúde Então esta é a hierarquia que nós temos hoje no Brasil lá em cima responsável pelas decisões em última instância o Ministério da Saúde abaixo dele o Conselho Nacional de saúde por sua vez respondendo ao Conselho Nacional de saúde a comissão nacional de ética em pesquisa que é a conep E aí se capilarizando por todo o Brasil muitos centenas de comitês de ética em pesquisa um deles está agora na nossa faculdade e eu tenho o prazer e o desafio de coordenar bom esse sistema grande sistema chamado é um sistema aqui
no Brasil foi instaurado em 96 desta maneira por essa resolução que hoje está revogada ela ainda é citada erroneamente em alguns projetos Mas ela está revogada essa resolução ela teve a importância de incorporar no Brasil os referenciais básicos da bioética que é uma área que já está numa transição entre a área mais hard da Ciências da Saúde e digamos de uma ética mais filosófica e se aproxima muito de questões angustiantes para nós que somos da ciências humanas e sociais então a bioética já invereda por questões como como pensar e chegar a Adesão voluntária dos participantes
de pesquisa eles não a eles garantindo nenhum nenhuma produção de danos ou [Música] preferencialmente né garantindo benefícios e algo de justiça social com as nossas pesquisas e quando houver qualquer risco de dano já antecipadamente algum tipo de previsão de como Isso poderá ser contornado reconhecido ressarcido de algum modo então a importância da resolução 9 e meia já de cara tá no seu preâmbulo que eu reproduzir aqui presente resolução fundamenta fundamenta-se nos principais documentos internacionais que emanaram declarações e diretrizes sobre pesquisas que envolvem seres humanos vejam aqui que não há nem pesquisas com nem pesquisas em
que é uma diferença importante né a resolução 96 fala em pesquisas que envolvem seres humanos e aqui é citado o código de Niro em Berg a Declaração dos Direitos do Homem dos Direitos Humanos de 48 é que eu citei aqui tal como tá na 196 a declaração de Helsing aí vai solicitadas muitas declarações é um conjunto mesmo de garantias de respeito aos direitos humanos por que que eu falo em pesquisas em pesquisas com porque justamente alguém quer falar alguma coisa interromper não justamente a discussão sobre as diferenças entre pesquisas em ciências humanas e sociais e
de outras áreas começa com a inserção desta que parece ser uma sutileza Mas é uma distinção fundamental a pesquisa em seres humanos Ou seja que entra em corpos humanos de maneira realmente invasiva e no sentido físico aplicação de remédios de vacinas de testes que tem efeitos colaterais no corpo físico e pesquisas com seres humanos que obviamente podem ter uma carga de invasão no sentido emocional das interações em termos de diálogos de conversas mas inicia-se um debate sobre as diferenças das pesquisas em seres humanos e das pesquisas com seres humanos isso inclusive está lá naquele livrinho
que eu falei da Aba né de 2004 tem um capítulo dedicado a isso nesse livro e assim começam a funcionar de fato os protocolos que são submetidos a esse sistema CEP conep através de uma plataforma que se chama plataforma Brasil surgem normativas sobre os termos de consentimento a serem elaborados por todo e qualquer pesquisador e apresentados aos participantes da pesquisa no caso de serem maiores de idade e termos de assentimento livre esclarecido quando se tratam de menores de idade o que faz com que tenha que haver não só o termo de sentimento dos menores de
idade como de consentimento dos seus responsáveis então vejam que tudo isso vai tornando complexo entrar em campo acessar participantes os interlocutores e eu pelo menos que faço pesquisa né desde a graduação comecei a minha primeira pesquisa na graduação foi em 85 com Tancredo Neves doente internado lá no Incor a gente não é nem que não falava em sala de aula em nada disso né e assim foi no mestrado inclusive no doutorado que eu terminei no início dos anos 2000 mas porque realmente vejo só em 2012 a resolução 196 é revogada e surge a 466 que
ainda está em vigor há 466 ela é abrangente não diz respeito só a área de ciências humanas e sociais muito pelo contrário ela está muito voltada mais uma vez para grande área né das pesquisas em seres humanos inclusive da Saúde mas ela começa a se preocupar mais detidamente com peculiaridades que dizem respeito a pesquisa da Medicina social da epidemiologia da psicologia social que são áreas que estão no campo da saúde e estão no campo das humanidades isto deflagra no próprio campo das ciências humanas e sociais discussões muito potentes muito acirradas tanto que nós vamos ver
só lembrando né o nosso código de ética da Associação Brasileira de Antropologia de 86 ou seja de 86 para frente começaram a surgir nas reuniões brasileiras de antropologia nas reuniões bienuais como nós sabemos nas reuniões anuais da unboxing Associação Nacional de pós-graduação em pesquisa em Ciências Sociais e em várias outras reuniões das nossas áreas grupos de trabalho discutindo ética em pesquisa mesas redondas conferências por exemplo Luiz Fernando Dias Duarte Cintia Fonseca e outros começam a discutir o tema e cria-se inclusive um GT um grupo de trabalho na própria conecta e na comissão nacional de ética
em pesquisa com cientistas sociais e Com estes antropólogos antropólogos que eu citei para pensar os limitações da resolução 466 e a necessidade de haver outra resolução que contemplasse bem melhor as áreas da ciências humanas e sociais né que eu vou mostrar em Global muitas outras mais especialmente as nossas áreas da Ciências Sociais letras pesquisas com educação etc Então eu só mencionei antropólogas e antropólogos mas claro muitos outros pesquisadores das humanidades se envolvem nesses debates nas suas respectivas áreas e encontros anuais isso vai não crescendo finalmente em 2016 surge é aprovada melhor dizendo não surge do
nada surge de mim a partir de muitos debates a resolução 510 que eu pedi que vocês se pudessem ler sem antes dessa nossa conversa hoje porque ela de fato contempla muitas peculiaridades das nossas áreas que não estavam contempladas na 466 ainda é uma resolução que nos engessa bastante em função de certos parâmetros que guardam paralelo com pesquisas na área da saúde mas já flexibilizam muito o que havia até então por exemplo só para citar algo que eu vou mencionar daqui a pouco a mudança do termo de consentimento ou termo de sentimento para o registro a
resolução 510 prevê que não há necessidade de um termo por escrito em duas vias a ser assinado pelo pesquisador e pelo participante de pesquisa uma via fica com outra via com outro né O que era uma Norma a 510 prevê a possibilidade por exemplo do registro em áudio em vídeo outras formas de registro e no limite a dispensa do registro em casos a serem justificados O que é muito importante para nós da antropologia em certos tipos de trabalho de campo em que a gente não pode de imediato já se apresentar e apresentar a pesquisa até
porque ela tá e totalmente em aberto Nós não sabemos direito às vezes com quem nós vamos nos relacionar em Campo de que forma a partir de que laços de confiança de afinidade a serem construídos né então que é só já um destaque vocês terem uma ideia eu peguei esse mapa do Brasil anteontem ele é do dia 18 de outubro então é o último mesmo que a conect disponibilizou no seu site que esse site do Conselho Nacional de saúde hoje existem 881 comitês de ética em pesquisa no Brasil ele se distribuem obviamente em função dos da
concentração ou dispersão da produção de pesquisa pelos Estados e regiões do país né Então vocês vem aqui né nesse quantitativo por região que a região sudeste Concentra o maior número de CEP São 386 e depois vem a região Nordeste seguida da Sudeste e quase empatadas a centro-oeste e a norte São Paulo se destaca aqui com 203 dos 881 ceps quer dizer É de fato um retrato da pesquisa no país Porque quanto mais pesquisa e mais pesquisadores demandando aprovação dos seus Protocolos de pesquisa por ceps mais ceps vão se criando Como é o que aconteceu aqui
então o nosso CEP da Fé Leste ele faz parte desse sistema Ele está sediado na fé Leste mas ele não responde a faculdade Na verdade ele trabalha para muitos dos pesquisadores e pesquisadoras da faculdade porque a tendência do sistema é enviar para o CEP mais próximo do pesquisador o seu protocolo de pesquisa então é claro se nós Da fefel Leste submetemos na plataforma Brasil um protocolo de pesquisa tendência que vem é para o CEP da fefeleste né mas isto não necessariamente acontece não é uma regra absoluta Mas é uma regra bastante usual né usualmente respeitar
Mas eu só queria destacar que todos eu vou apresentar depois como é composto o nosso CEP da feste todos nós que estamos no CEP a gente trabalha para esse sistema né voluntariamente porque não é claro nenhum tipo de remuneração E a faculdade cedia o CEP né E claro absorve muito da demanda inclusive interna ou das proximidades das outras universidades de São Paulo seja da capital do Interior no próprio na própria página do sete é só colocar sete resumidamente aqui estão as quais são as cadeiras que devem ser preenchidas no CEP São 19 Hoje os membros
do CEP da fefelesh vejam que de fato não é um CEP que representa apenas a fefeleje a dois representantes da congregação sempre indicados pela congregação que podem ser de quaisquer departamentos da faculdade duas representantes aqui de sociedade científicas que no caso por enquanto somos Silvana representando a aba e eu representando unboxing quando Nós entramos em 2019 Nós entramos representando essas associações dois representantes ou duas representantes de departamentos e isso vai se rodiziando a medida que as gestões vão se concluindo e iniciando novas questões atualmente são duas representantes de departamentos de letras O que é muito
importante porque a demanda que vem de Pesquisas na área de letras é muito grande muita gente fazendo pesquisas em escolas né exigem aprovação de comitê de ética temos dois representantes no caso duas uma da comissão de pós-graduação em pesquisa que a professora Ângela que tá aqui conosco neste debate e a professora Rita representando a comissão a professora Ângela comissão de pós e a professora Rita a comissão de pesquisa [Música] vejam que é uma comissão que por exigência da conep tem que ser interdisciplinar porque parte do pressuposto muito correto a meu ver de que as pesquisas
na área de humanidades delas são interdisciplinares estão na fronteira com a área da saúde Então temos duas representantes da faculdade de medicina dois representantes da Faculdade de Direito dois das grandes áreas das ciências humanas aqui no caso são dois colegas da easi eles quem tá em meio vermelhinho é porque vai sair agora no final do ano quem tá em verde quem vai continuar a uma representante de doutorandos isso tudo é estabelecido pela conep com alguma flexibilidade interna para nós aumentar nos diminuirmos representações Tá mas existem regras que a gente tem que seguir não são nossas
e aqui dois representantes ou duas de participantes de pesquisa nós agora estamos em tramitação junto a Secretaria Estadual de Saúde de educação e municipal trazendo Espero que logo duas colegas que são docentes no ensino médio na área de Ciências Sociais se não me falha a memória depois o Bruno pode me corrigir mas a ideia é nós termos professores do ensino médio ou até mesmo do ensino fundamental 1 2 aqui como participantes porque este é um público muito recorrente das pesquisas na área de humanas e sociais bom o que acontece quando alguém submete um protocolo na
plataforma Brasil eu vou aqui com meu cursor mostrar né então sejamos nós já pós-graduandos graduandos porque as ises iniciações científicas e até trabalhos de conclusão de curso muitas vezes precisam passar por comitês de ética nós temos que primeiro submetê-los seja ao aval do departamento de uma comissão científica ou do orientador do supervisor se foram pós doc vindo este aval volta-se aqui né para de novo pesquisador que submete online o seu protocolo na plataforma Brasil que não é uma plataforma das mais amigáveis mas depois da gente quebrar um pouquinho a cabeça é possível é viável embora
nunca agradável lidar com ela né mas submetido o projeto de pesquisa plataforma que tem formulários e exige vários documentos a serem postados ali este projeto segue para um CEP que como eu já disse deve ser o CEP mais próximo da unidade de pesquisa em que está o docente ou pesquisador então há uma ideia aqui de proximidade não só geográfica como temática então a chance de qualquer um de nós da fefelleste submeteu o projeto e o CEP da fefeleste avaliá-lo é enorme algum desses 19 membros do CEP da fefel leste por afinidade também temática ressalvadas ressalvados
impeditivos éticos né Por exemplo eu não posso obviamente como antropóloga variar nenhum projeto no qual eu tenha qualquer interesse seja por ser orientadora participar do mesmo grupo de pesquisa Silvana a mesma coisa e assim todos os participantes mas a gente tenta internamente isso quem faz é o Bruno que é o secretário do sexo e Celeste que também tá aqui o Bruno em conversa com um amigo e com o vice-coordenadora a gente distribui internamente o que não chega depois que o Bruno Verifica a documentação que dá um trabalho imenso ele distribuímos para os membros relatores o
que que os membros fazem lei tudo que está no sistema os vários documentos que o Bruno já conferiu mas às vezes percebe-se no detalhe do documento algum problema volta tudo se pede né que o docente o pesquisador ajuste então isso o tempo vai passando né gente numa iniciação científica de 12 meses o tempo é um problema sério no mestrado a depender do Castro também é um problema muito sério um doutorado menos um pós-doc a defender né mas enfim uma vez o relator que geralmente tem um mês para fazer a relatoria temos feito geralmente menos tempo
do que isso dá o seu parecer que é aprovado sempre pelo conselho do CEP então nós nos reunimos os 19 membros porque para nós não tem muita diferença entre suplente titular todo mundo recebe pareceres para elaborar todo mundo participa do Conselho né então uma vez por mês nos reunimos todos necessariamente quem faz pareceres Tem que ler seu parecer para o conselho do CEP o conselho Às vezes a prova às vezes pede algum reajuste que é consensual consensuado ali na reunião do CEP do Conselho e isto volta então para o pesquisador ou fazer ajustes se ficou
pendente alguma coisa ou seguir em frente se foi tudo aprovado geralmente há pequenos ajustes a fazer né porque isso é muito novo para todos nós Nós aprendemos nós que eu digo membros do CEP aprendemos ao avaliar cada projeto e tentamos não fazer nada cartorial né Por exemplo considerar como pendência erros né meramente formais ortográficos isso a gente coloca lá nas recomendações rever tal coisa mas se tá a resolução 196 aqui tá revogada desconhecer a resolução 510 e outras coisas que eu posso comentar mais para frente isso é bem complicado a gente pede pequenos ajustes tá
aqui eu só sugiro depois que quem tiver interesse note como esse sistema é ainda muito ancorado na área da saúde o ceps eles segundo o sistema CEP Connect Ele examina eles né o CEP vocês examinam três grandes grupos de pesquisa Olha que loucura isso né isso vale até hoje tá lá nesse Manual operacional um primeiro grupo reúne a chamadas áreas temáticas especiais inclusive povos e populações indígenas estão aqui é o item 1.6 junto com biossegurança pesquisas com cooperação estrangeira equipamentos insumos reprodução humana genética humana é um grupo considerado assim muito estratégico áreas temáticas especiais tem
um grupo inteiro aqui dedicado a fármacos vacinas diagnósticos e o resto é o outro grupo o resto somos nós aqui da área de humanas que não pesquisamos povos indígenas então é uma divisão que por si só já mereceria várias análises que eu não vou ter tempo aqui de fazer e nem eu fiz a fundo ainda mas me inquieta isso aqui né então o nosso CEP e outros poucos ceps de ciências humanas e sociais dão conta disso tudo que eu separei aqui com esta linha estranha em amarelo todas essas áreas de ciências humanas que englobam sociais
arqueologia psico educação política teologia e a chamada sociais aplicadas que são muitas também né tem chegado por exemplo no CEP da pesquisas da Fé da fao muitas da faculdade de educação da ECA tá daí ache né então sem contar as de letras que são muitas também então esta grande área é o que para o sistema CEP conep são as ciências humanas e sociais finalizando alguns destaques da resolução 510 depois Leiam e não pulem tá os consideramos Às vezes a gente vai ler né uma lei um código pula os consideramos ele geralmente são muito importantes no
caso da 510 eu diria que eles são fundamentais porque é tudo pelo que brigaram os nossos representantes da aba da Pops da BCP da SBS outras quando foram lá discutir a resolução 466 então aqui nos consideramos para 510 está definido o que é ética considerando que a ética é uma construção humana portanto histórica social e cultural e aí vem que implicam o respeito pela dignidade humana a proteção devida aos participantes e vai né eu não vou ler tudo só fiz destaques mas vejam isto aqui é o que os nossos os nossos colegas brigaram por incluir
isso não tava na 466 considerando que a pesquisa em ciências humanas e sociais exige respeito e garantia do Pleno exercício dos direitos dos participantes devendo ser Concebida avaliada e realizada de modo muito estou aqui estava na 466 mas não né com a ressalva das ciências humanas e sociais e aí vai tá sugiro que retomem nos considerando este por exemplo é fundamental né Que ciência é algo que admite várias acepções acepção plural de ciência adoção de múltiplas perspectivas teórico-metodológicas né então quer dizer uma alargamento da ideia de que nós não fazemos nós fazemos ciências que estão
no limite muitas vezes do que as radições consideram científico então foram introduzidas questões bastante importantes nesses considerando além daquelas que já estavam nas resoluções anteriores eu queria só destacar que a aba desde a sua Fundação em 55 se envolveu muito com isso ainda que indiretamente né e não nomeando os seus debates como sendo do campo da ética porque a aba nasce discutindo atuação política de antropólogas e antropólogos e da sociedade civil frente ao estado e em prol dos Direitos Humanos né Então logo ela vai Abraçando a partir do movimento feminista dos anos 60 70 depois
do seu alargamento para outras reivindicações na área de gênero uma série de demandas que sempre incorporaram questões éticas sejam questões das pesquisadoras pesquisadores seja dos participantes de pesquisa e vem aquela questão do em seres humanos com seres humanos mas a aba sempre enfrentou esses debates Quais as nossas responsabilidades os nossos compromissos sociais inclusive dos Nossos programas de pós das nossas linhas de pesquisa de quais fomentos nós privilegiamos em termos de eventos de iniciativas que nós consideramos prioritários nas nossas áreas E por aí vai então essas questões como nos relacionarmos com nossos participantes de pesquisa sempre
tiveram no nosso Horizonte de preocupações mas foi no caso da antropologia especialmente a partir de 86 88 com o movimento da constituinte depois com a nova constituição de 88 que isso ganhou um corpo normativo chamado imprópriamente a meu ver código de ética da Alma eu quando participo dos debates sobre ética em pesquisa eu digo gente temos que mudar o título porque código é muito inflexível não é muito positivo código é bom para o direito positivo ética combina com princípios né Tanto que não há aqui aquela velha formatação né do que é um comportamento e da
punição para se ele não for seguido não ética tem a ver com princípios a serem o tempo todo acordados negociados Então acho que temos que mudar aqui o título mas enfim o código de ética da Aba não sei se você já leram eu acho que todos nós deveríamos realmente discuti-lo nas nossas disciplinas de graduação de pós-graduação sejam elas de métodos ou não né Eu acho que isso devia estar nos nossos programas e enfim é um código muito um texto muito sucinto ele tem 17 itens o primeiro bloco é este com sete itens e é o
único bloco que fala dos nossos direitos como antropólogas e antropólogos essa redação ela foi posterior a 86 e incluiu o feminino masculino na né porque a primeira era só no masculino vejam como a reverberações na éticas até na escrita inclusive na escrita bom então aqui são direitos de autor que estão previstos da nossa liberdade de escolha temática de acesso às nossas Fontes enfim eu diria até que o sétimo item é um direito dever né direito dos antropólogos os direitos dos antropólogos devem estar subordinados aos das populações que são objeto de pesquisa quer dizer é um
item que tá aqui mas já tá se reportando aos direitos das populações de quem nós pesquisamos e assim são os outros os outros itens especialmente desse segundo bloco que eu também não vou ler em detalhes não é só entrar lá código de ética da Aba e baixar para download para fazer download aqui são os direitos voltados para as populações que o texto coloca como objeto de pesquisa eu acho que também já merece uma revisão participante de pesquisa então seria informadas da pesquisa de poderem recusar participar qualquer momento sem nenhum prejuízo de espécie alguma sigilo das
suas identidades intimidades garantido a garantia de colaboração e para usos que jamais prejudiquem o grupo inclusive se for um grupo violador de direitos né Nós não podemos usar aquilo politicamente é a favor das dos nossos valores então enfim eu acho muito importante o tema que a gente não tem aqui tempo para discutir o código de ética da Aba Eu Te Escuto em sala de aula porque eu acho muito importante né Por exemplo item seis direito autoria e co-autoria do saber etnográfico que é construído em campo o direito que os códigos culturais que são ali partilhadas
na pesquisa sejam respeitados enfim os três últimos itens dos 19 né do código Acho que são 18 eu quem me enganei aqui 14 16 17 18 isso os três últimos itens eles falam de novo das nossas responsabilidades como antropólogas e antropólogos eles na verdade reiteram que já tava lá oferecer informações objetivas sobre as nossas qualificações as de colegas envolvidos não omitirem informações importantes isso tudo aqui cada cada item é um debate né enfim respeitar cânones na nossa área quais são é tão sempre em debate aqui eu vou passar rápido porque eu já falei de pesquisas
em pesquisas com mais que é dano o que é risco O que é benefício ou utilidade nas ciências humanas e sociais por exemplo durante uma entrevista produzir emoções não só em nós mesmos como em interlocutoras interlocutores eventualmente chorarmos ou a pessoa chorar conosco quando abordam o tema isso já aconteceu comigo provavelmente com vários de vocês né Eu trabalho na área da violência um temas extremamente delicados Isto é risco isso é dano Isto é benefício né quantas pessoas em campo já me disseram é dolorido para mim falar isso mas que bom que eu estou podendo falar
eu nunca tinha verbalizado pelo menos não dessa forma mas vejam como isso tá não Limiar do é bom poder falar mas isso dói então é muito peculiar que nós vivemos em certos Campos etnográficos ou na área de ciências humanas e sociais mesmo no que diz respeito à publicação de resultados ou seja na minha área antropologia do direito muitas vezes identificar participantes de pesquisa é colocá-los em sério risco nos seus ambientes Profissionais que são cartórios delegacias de polícia tribunais no sistema carcerário quer dizer sem contar pesquisas que se valem de documentos que seguem segredo de Justiça
o caso né que estão em segredo de justiça e não são comentados ali numa situação muito peculiar em campo tudo isso é muito muito delicado E é claro que nem a resolução 510 da Copa Tá mas tem a brecha que nós podemos justificar que se quer tivermos Como pedir consentimento ou assentimento é uma brecha importante tá eu acho que também o que pouco a gente discute nos nossos trabalhos inclusive na produção final de relatórios de pesquisa sejam de iniciação ou dissertações teses e relatórios de pós-doc é como nós editamos as falas que obtidas em campo
né como nós apresentamos os nossos participantes dos nossos interlocutores que participam das nossas pesquisas nas suas falas então eu já acompanhei discussões interessantes sobre como a gente cita às vezes né com letra minúscula minúscula no sentido de com fonte menor do que a fonte utilizada no texto em geral e com espaçamento também menor trechos literais de participantes de pesquisa o que sinaliza até algo menor né mais difícil de ler a gente tem que forçar mais à vista eu lembro da Lili numa banca em que eu também tava dizendo puxa por que que a gente cita
né com letra menor espaçamento menor o que a gente justamente considera tão importante né no nosso texto escrito e aqui questões mesmo de se a gente corrige Não corrige o português coloquial para o português mais castiço quando a gente faz isso e de que maneira porque sim porque não são várias questões todas elas implicam ética né claro não tô aqui pensando em pesquisas na área de letras que estão preocupadíssimas com nuances da linguagem questões semânticas né mas às vezes a gente corrige ali alguma coisinha na fala uma pesquisa para facilitar a leitura o entendimento Poxa
mas aquela maneira de falar tal e qual não é em si um entendimento a ser entendido também tal e qual né então enfim eu só queria dizer que eu mesmo até hoje nunca submetia um protocolo de pesquisa [Música] na plataforma Brasil e já fiz muitas pesquisas por exemplo esta né que envolveu dado sigilosos mas ela foi em 2012 não havia a resolução 510 eu mal conheci há 466 confesso porque isso realmente não era discutido entre nós Este foi um participante de pesquisa que me autorizou a revelar os documentos dele seguiam em segredo de justiça porque
ele quando criança foi abrigado como uma criança em situação de vulnerabilidade social e eu ou entrevistei em 2012 ele tinha mais de 70 anos né a pesquisa era sobre o tempo do Abrigo então eu não fazia ideia de como elaborar um termo de consentimento eu faço Uso só acadêmico dos documentos que ele me autorizou então imagine eu fiz este termo de consentimento extremamente simples ele já contém sim alguns prepostos da 466 que estão na 510 mas por exemplo eu redigi o termo em nome dele né concordei de livro espontânea vontade em dar uma entrevista a
professora tal sei que faz parte de seu trabalho essa entrevista sobre tal assunto e isso eu expliquei para ele né ele concorda que as entrevistas fosse concordou com que as entrevistas fossem gravadas e né foi videografado inclusive um trabalho que graças ao Lisa se transformou num curta-metragem e que eu uso acadêmicamente por exemplo inclusive foi selecionado para amostra do prêmio Pierre e tal e ele sabia que a qualquer momento podia me procurar eu dei meus contatos mas aqui eu não dizia o que hoje é obrigatório dizer você pode desistir se você se sentir desconfortável se
qualquer coisa te incomodar é isso não tem nenhum prejuízo para você a qualquer problema desista me diga qual foi seu desconforto para eu saber né foi em 2013 bom então muito sustentamente esse é meu último slide desculpem me alonguei um pouquinho mais do que eu previa hoje eu diria que um grande nó nas pesquisas em ciências humanas e sociais é o tal do registro de consentimento livre e esclarecido quando pedi-lo quando ele pode ser dispensado né então isso tá lá no artigo 15 da resolução 510 aliás do quarto do artigo 4º ao artigo 17 há
uma série de previsões muito claramente colocadas não tá em Júlio de Cristo muito claramente colocada sobre a questão do consentimento do assentimento então eu peço que depois de lerem né a gente marca outros debates sobre isto mas eu acho que aqui reside um ponto bem delicado a ser conversado e eu agradeço imensamente a oportunidade a escuta e temos então 40 minutos ou mais se vocês quiserem nós começamos com 10 minutos de atrasos [Música] minutos para debate e para aqui então de compartilhar Obrigada Marina todo mundo vamos prosseguir debatendo eu quero agradecer não tenho palavras importantíssimo
que que a gente possa estar aqui conversando sobre isso e importantíssimo que esse que essa gravação seja compartilhada o quanto antes nos nossos em todos os canais possíveis Eu acho assim a gente realmente é urgente essa discussão então eu já vou passar a palavra Silvia que já E aí quem quiser tem que fazer perguntas pode levantando a mão e a gente vai seguindo a lista queria começar Te dando os parabéns por essa apresentação foi excelente é extremamente pertinente e oportuna eu acho que ela é de fato alguma coisa muito importante e que frequentemente Passa ao
Largo das nossas preocupações quero te dizer que nos anos 90 eu participei de um grupo de estudos é solicitado pela Fatec um grupo que deveria formular as diretrizes éticas de pesquisa envolvendo esse Gero termo envolvendo os seres humanos pesquisas que fossem financiadas pela eu participei desse grupo por mais de dois anos e era um grupo encabeçado como não poderia deixar de ser pelas pessoas da saúde pública docentes da faculdade de saúde pública então a Carolina Soares Guimarães Gabriel e Havia três não médicos a Irene Cardoso da Sociologia o Franklin de Oliveira da filosofia e eu
da antropologia e foi muito interessante observar a diferença entre médicos e não médicos é uma coisa gritante né então por exemplo a concepção de vida que eles têm já é diferente né os médicos fazem tal juramento de Hipócrates e para eles o importante é a vida e tanto faz a qualidade da vida e eles falam da vida a partir do rim a partir não o fígado tá funcionando muito bem não porque o coração olha o coração tá muito forte Bom Jesus caiu nesses fragmentos o outro problema é que para eles esse consentimento livre e esclarecido
é fundamental e a partir dele tá tudo resolvido as pessoas assinaram esse consentimento acabou E eu insistia tanto nisso Isso é coisa da sociedade do contrato isso inúmeras populações que não seguem a sociedade de encontrar e o papel e assinatura Isso não vale nada as pessoas participam de uma pesquisa e assinam porque daí também elas ganham alguns brindes em geral coisas são distribuídas e é muito fácil conseguir essa assinatura para grupos indígenas Então esse consentimento livre esclarecido não vale absolutamente nada então as nossas opções Isso olha anos 90 foram extremamente interessante e acho que foi
a partir desse grupo que caiu também essa exigência do consentimento livre e esclarecido e queria só sugerir tem um a gente fala muito do dos Horrores dos campos de concentração e aqui no Brasil a gente tem um conhecimento muito diferente daquele que se tem obviamente na Europa realmente a um filme que eu sugiro que as pessoas vejam Tá disponível no YouTube e que é muito impressionante é um filme que foi gravado quando terminou as guerras e os campos de concentração foram abertos e os aliados entraram e filmaram mas a coisa é tão impressionante mas tão
impressionante que nunca pode ser editado só foi editado muito em 2014 Porque a partir do final da segunda guerra muda a configuração geopolítica e o que acontece é que daí a Alemanha era aliada dos Estados Unidos na Guerra Fria contra os russos então todo aquele horror que os alemães nazistas perpetraram tinha que ser escondido então isso foi muito e o filme Eu sugiro que se veja vou colocar no chat só para você é um filme editado pelo André Singer é um outro André Singer que não é o nosso da ciência política e que se chama
nai do eu sou mas precisa preparar o estômago para ver esse filme porque ele é muito muito difícil mas dá uma outra consciência para nós do que foi esse período Parabéns Ana muito bom obrigada Silvia queria só agradecer vindo de você o elogio para mim é muito especial você sabe que você é uma das responsáveis por eu ser antropóloga né com a Luna de graduação enfim e eu só queria dizer que sim Desculpe ter me esquecido de mencionar Fapesp a Fapesp teve tem um papel muito importante né nesse sistema de ética em pesquisa é porque
ela também é uma Fundação que hoje exige muitos documentos de pesquisadores que submetem projetos de Mestrado doutorado pós-doc quer dizer por exemplo hoje um dos documentos que é fundamental ali para FAPESP quando a gente submete uma proposta de pesquisa é a descrição de como nós vamos garantir a guarda das nossas informações coisa que a gente não pensava como algo a ser formalizado né a gente pensar não vou guardar num HD aqui na minha casa não numa nuvem agora tem que formalizar aquilo e é uma espécie de contrato né Silvia com a Fapesp tem que estar
lá mas sim a Fapesp também e muita gente né se envolveu nessa discussão obrigada por lembrar acho que a hellou agora né Oi gente tá dando para me ouvir tá então quero parabenizar eu perdi uma parte porque eu tinha uma banca marcada há muito tempo então tive que ficar na banca e vim para cá mais para o final só mas como a banca era online eu dei umas espiadinhas antes mas enfim eu só queria de novo também parabenizar o trabalho da Ana Lúcia sobre isso eu acho que a gente tem vários dilemas né as dificuldades
de construir o termo de consentimento quando a gente consegue efetivamente né se houver usar ou não um termo de consentimento porque é uma questão né Realmente né Eu também penso nisso porque às vezes trabalhando com temas sensíveis as pessoas não querem assinar um documento não querem né embora elas possam chegar na minha sala e me contar um monte de coisa e chorar e contar muita intimidade de transformar isso num documento é outra coisa né mas eu pensei também dois dilemas que eu não sei se a gente tem resposta tá Ana só pensando assim coisas para
a gente pensar no nosso trabalho né um dilema que eu sinto com relação até o próprio código de ética da aba da antropologia né um é quando as pessoas querem ser citadas né quando elas querem então eu tive recentemente uma aluna shislene né que fez um trabalho com mulheres do feminismo na periferia da Zona Leste e elas queriam ser citadas elas eram na cabeça da Gislene também com autoras então citamos todos os nomes nomes sobrenome etc mas eu fiquei um pouco angustiada com isso porque a gente não sabe até onde a gente sem querer né
Mesmo que fosse um trabalho que não tinha não aparentemente não tivesse nada que pudesse prejudicar os limites disso e acho que o outro dilema que a gente tem um pouquinho é quando a gente pesquisa socialmente para cima com o código de ética the Bear fala muito disso né Não sei se você já pegou alguma fala dela sobre isso mas é exatamente isso né quando eu fui pesquisar sei lá os profissionais do IBOPE da televisão das empresas de mercado era gente tudo gente muito rica Tudo gente top que eu só consegui entrevistar por canais pessoais pessoas
conhecidas que foram me apresentando para elas né mas ao mesmo tempo se eu Contasse tudo o que que eu tava fazendo eu acho que eles não iam querer da entrevista assinatura de livro esclarecido ficando em segredo talvez eles até assinassem mas se eu contar assim eu era crítica né a eles na pesquisa não há eles como uma população exatamente né como tá no código de ética mas ao trabalho deles né então sei lá mostrava como a globo era racista né esse tipo de coisa assim então não dizendo que a gente tem uma resposta simples para
isso mas só levantar alguns dos dilemas que às vezes a gente tem né na nossa pesquisa Mas enfim muito importante que bom que vocês gravaram porque eu quero assistir tudo posso reagir Marina só fazendo Obrigada Helô Você sabe que eu penso muito também né nessa primeira nesse primeiro dilema que você colocou que tá enfim também no próprio código de ética da Aba quando as pessoas querem ser citadas porque tem um agravante aí né especialmente a resolução 510 ela prevê e precisa líderes que a qualquer momento as pessoas podem retirar o seu o seu consentimento ou
seja elas podem consentir num primeiro momento Digamos que seja uma tese de doutorado você publica vai para o banco de teses da USP aí a pessoa vai ler depois ou depois de uns anos ela vai ler a sua situação política mudou ela diz ah eu não quero mais que aquilo fique público como opinião minha você é obrigado a tirar as teses do banco de teses né então eu vou aqui compartilhar o que eu faço nessas situações como geralmente algumas pessoas querem ser citadas mas outras não eu adoto Como regra não se tá ninguém e eu
inclusive digo para as pessoas que querem ser citadas Olha eu vou adotar como padrão não citar ninguém e de modo muito transparente eu digo porque inclusive você pode mudar de opinião daqui algum tempo e este trabalho pode ser publicado pode inclusive ficar em livro e isso vai criar um grave problema para editoras para você mesmo porque isso já vai ter circulado então é outro o espaço para você divulgar seus valores políticos sociais né aqui é um espaço acadêmico E como você tem o direito de qualquer momento retirar seu consentimento é melhor que na academia a
gente não corra esse risco o que não não quer dizer que nós não possamos juntos escrever uma cartilha o seu nome junto com o meu entende Helô eu acho que tem uma diferença aí que a gente sabe que não é tão simples entre ciência política não são tão duas vocações assim como Max Weber eu gostaria né mas é bom Às vezes a gente tentar pontuar Agora eu tenho trabalhado muito o texto da Laura Neida estudar os de cima topondo aqui no chat o link eu não sei se vocês têm trabalhado esse texto dela especialmente a
Silvia que também como eu muitas vezes leciona e tá lecionando né Silvia pesquisa de campo em antropologia Eu acho esse texto especialmente importante ele tá traduzido para o português a maior parte da obra dela não a gente até tem um ótimo verbete na enciclopédia de Antropologia sobre ela que eu gostei muito Eu sinto muito esse texto é ótimo Elo para discutir essa questão eu acho que vale a pena divulgá-lo né tá lá na revista da UFF antropolítica eu não lembro quem levantou a mão primeiro se foi Julinho ou então é bom bom dia bom dia
quase Boa tarde já né para todos e todas Muito obrigado ano pela um excelente exposição não é muito informativa e bastante orientadora é eu pensei Ana se você poderia eu acho que você deve ter passado por isso sobre isso na sua exposição mas se você poderia sinteticamente né dizer especialmente para as dúvidas que tem Aparecido para os jovens o pessoal que a gente tá trabalhando né com os homens mestramos orientamos quando quer dizer eu acho que tem a pessoa quer sempre quando se o que condições é necessária imprescindível elaborar na verdade fazer esse recurso ao
fazer esse esforço de produzir os termos consequentemente esclarecido quando projeto sobre que condições para submeter um projeto a plataforma Brasil e sobretudo isso tudo Acho que você ressaltou isso enquanto isso tem que ser feito se essa decisão é imprescindível quantos tem que ser feito com antecedência não adianta você depois você tem que estudar é prévio a realização de uma pesquisa então não sei se você poderia talvez esses quando que sugestões que recomendações você passaria para especialmente pensando aqui que a gente tem os estudantes né quando que quem recomendações seria interessante para isso né um comentário
adicional sobre Faria que eu tenho tido experiência de pesquisa interdisciplinar com colegas da saúde coletiva e da Psicologia nós temos trabalhado com com jovens né adolescentes né E temos pesquisado questões delicadas né relacionadas a gêmeas sexualidade Mas uma coisa que quando foi teve recentemente conforme os debates mas que foi possível conseguir foi eliminar o consentimento de dos Pais que tem esse problema né quando você trabalha com pessoas menores de idade que você tem que também obter o conhecimento dos Pais para participar da pesquisa né e consegui que maiores em 16 anos pudessem responder por si
só só só tem na verdade o sentimento dos jovens sem a necessidade dos consentimentos dos Pais isso baseado um pouco na ideia de que os jovens de 16 anos motorista eles podem votar então é claro que isso tudo pode ser levado pensando agora aqui para aprender a dignidade né de diminuição da maioridade de responsabilidade legal desse jovem mas tem isso foi possível né conversar sobre questões e sexualidade de gênero e intimidade com os próprios jovens Obrigada Julinho não sei se Ana Cláudia quer já engatar mas eu queria fazer um destaque aqui que também tá conosco
a Iara Coelho Zito guerreiro que eu não sei se tem fim pode depois também dar alguma palavra aí Iara é uma das pessoas que também batalhou muito né no interior do sistema CEP conep do qual ela participou ativamente por muitos anos por essas por essa compreensão de sutilezas fundamentais para nós da ciências humanas e sociais então talvez a Iara possa até Julinho depois se pronunciar melhor sobre essa questão dos adolescentes que estão Entre 16 e 18 anos né porque a princípio o conceito de adolescente vai até 18 anos né pelo ECA e Criança até 12
anos então talvez a Iara saiba melhor esses detalhes ou o próprio Bruno que eu não sei se continua aqui com a gente mas enfim não sei Ana você quer Ana Cláudia você quer engatar e daí eu comento que que você acha ou prefere que eu responda ansiosamente porque eu acho que é um terreno que a gente não justamente me parece que você toca nesse problema das inúmeras sutilezas assim essas dificuldades que parece que trata de tradução de que seja ao mesmo tempo único mas a variação as especificidades das diferentes áreas de pesquisa e no interior
das áreas de pesquisa que são também variáveis então assim ainda eu ainda fico bastante incerta por pouco por conta dessas dessa fluidez desses modos diferentes de fazer pesquisa porque o termo de consentimento ele envolve alguma coisa parecida com entrevista e intenção muitos contextos de pesquisa em que você tá pesquisando sem estar entrevistando e às vezes você não precisa falar com cada interruptor Olha eu sou aqui pesquisador porque afinal de contas estou morando no lugar e todo mundo sabe de alguma maneira ou você supõe que sabe então isso tira um pouco vamos dizer de contabilidade da
interlocução que é de algum é tão apreciada né tão importante para para realização da pesquisa é preservar e proteger a intimidade os interesses interlocutores né É muito difícil esse equilíbrio eu acho que ele fica implícito e É explicitação parece que sempre torna enriquece nos modos engesse nos pratos né orientando supervisionada Juliana pede para fazer uma pesquisa imaginando um prazo mas própria desenvolvimento que implica que a coisa ltrapassa esse prazo previsto Mas aí tem o tempo do conect é o tempo que vão não se adequa o que a gente consegue né porque e a gente nem
sempre consegue presentear essa dificuldade uma outra questão que eu queria te colocar é se assim até que ponto Esses códigos resoluções eles estão em acordo ou assim atentos para outros Protocolos de outros países né também a gente tem se deparado com pessoas que têm pesquisas com financiamento normal é uma aprovação de ética né E às vezes os critérios que estão sendo adotados me parece que são distantes eu achei muito interessante que você que no código da Aba e é uma prescrição de também proteção aos próprios antropólogos porque eu vou tocar num ponto apenas mas eu
acho que ele eu acho que ele toca em uma questão mais Ampla que é propriedade intelectual né esse banco de dados de proteção de dados por exemplo nós estamos agora as obrigados a fazer Mas dependendo do financiador esses dados produzidos não nos pertence aos pesquisadores pode pertencer a outra e [Música] o código de ética de alguma maneira tem como proteger o pesquisador nas diferentes circunstâncias do ponto de vista ético levando em consideração eventualmente um conflito de interesses entre o código de ético e propriedade intelectual obrigada Ana eu acho que não tem ninguém com a mão
levantada mas eu queria comentar de qualquer forma que você e o Julinho trouxeram eu vou começar por você Ana eu acho que essa questão que você levanta do quanto nós mesmos como pesquisadores podemos estar em risco quando os dados que nós coletamos ficam sob a guarda de outras instituições as quais sobre as quais nós não temos poder isso é muito sério mais inclusive os nossos estudantes quando começam Inclusive a fazer pesquisa e que já assina indicaram contrato dizendo que eles não podem inclusive publicar nada daquilo que eles pesquisaram né que aqueles dados não são deles
quer dizer isso é muito sério Ana muito sério né quer dizer eu já li que com certeza a mais bancos de dados sobre vários temas referentes ao Brasil fora do Brasil instituições do exterior do que que são de responsabilidade dos nossos governos seja Federal estaduais ou municipais Seríssimo isso eu acho que é muito pouca a nossa possibilidade de fato fazer valer certos preceitos que estão lá no código de ética da Aba No Limite nós não deveríamos como a Silvia falou né já que estamos numa sociedade do contrato nós não deveríamos nos submeter a fazer pesquisas
que não nos garantir sem pelo menos que quando usassem dados por nós coletados nos consultasse sem que não soubéssemos o que está sendo usado e se as análises que nós fizemos são análises que estão sendo publicadas tal como nós achamos correto porque é o risco de editarem né O que a gente analisou o que a gente pesquisou Enfim então mas isso só tem entrevistas que a gente dá para na mídia né Lu a gente já conversou sobre isso às vezes você fala uma hora com um Jornalista ele publica uma frase de contextualizada do que você
disse e que pode distorcer O que você pensou e o que você quis transmitir Então eu acho que inclusive na área da nossa comunicação com a mídia que é uma área fundamental cada vez mais hoje em dia ainda mais em meio a tantas fake News e falta de ética né em geral isso é muito sério quando a gente vai falar sobre as nossas pesquisas enfim então isso agora eu acho Ana uma coisa que você não falou mas eu lembrei de cara até por conta da janela de ogenes de Aquino que hoje é professora da Federal
do Ceará não sei se se lembra ela foi orientando é do John né no doutorado a Silvia conheceu bem eu acho que também a Jane ela fez uma pesquisa tá publicada em livros em livros e tal e no banco de teses ela fez pesquisa com grandes assaltantes de banco no Ceará em Fortaleza e eu lembro que ela levou para banca de qualificação Távamos Lili e eu na banca a questão de como ela poderia reagir caso ela pesquisadora fosse procurada pela polícia por ter tido contato com grandes assaltantes de banco que estavam fugindo da polícia ela
Inclusive era levada vendada para algumas localidades em que eles estavam escondidos por familiares ali ela fazia entrevistas conversas com eles depois vendada ela ela era devolvida né na universidade onde quer que a tivessem dado carona e eu lembro que na banca eu reagi lembrando do Código de Ética dizendo Olha jânia eu acho que nós devemos como antropólogas antropólogos fazer valer o nosso código de ética da Aba Aliás com a palavra código nessa hora como se Valem os médicos né o jornalistas que diante de qualquer pressão geralmente de instituições do governo né exigem que a gente
dê informações sobre os nossos interlocutores não quer dizer e isso inclusive no exterior já resultou em vários processos judiciais em que pesquisadores tiveram que entregar cadernos de campo em que eles tinham registrados Confissões de crimes por parte de pessoas que estavam sendo procuradas pela polícia né mas eu acho que nós temos o direito e nossa Associação tem que nos dar suporte nessa hora nossa universidade né A Iara também tá aqui se colocando nós temos que dizer que aquilo que nós obtemos em campo encarar ter sigiloso nós não podemos divulgar para ninguém e pode ser alguma
mesmo que seja um órgãos da polícia do Sistema de Segurança Pública é um segredo na profissional Os médicos fazem isso eles não divulgam dados dos seus pacientes para ninguém né Eu não vi aqui oi padres também exato não é a Iara colocou aqui Iara você quer falar Oi Iara Que bom que você veio tudo bem Você Quer comentar isso por favor não eu acho isso muito sério ela muito obrigada viu por estar aqui eu tô adorando obrigada você na hora eu lembrei nessa discussão e alguns são poucos mas tem alguns antropólogos trabalha como assessores da
conepe são contratados via roupas com Esses contratos por produto e quando vai terminar o contrato oito meses é algo assim eles publicam eles elaboram relatório sobre os protocolos sobre o trabalho deles na conep agora eles são 74 assessores gente imagina fazendo isso a cada 8 meses ou uma vez por ano que seja nenhum desses relatórios se tornam um público e eles a gente eu como membros chegaram a pedir isso por exemplo me lembro de uma quera antropóloga que fazia os estudos sobre os protocolos que envolviam populações indígenas nossa quero ver esse relatório que maravilhoso não
pode propriedade do Ministério da Saúde é algo assim é uma coisa que ele preocupava muito porque afinal isso tudo é financiado com dinheiro público se já te preocupava em outras épocas imagina na época em que nós vivemos estando Ministério da Saúde nas mãos que está né quer dizer a preocupação atualmente então é muito complicado mesmo isso agora obrigada Iara Ana Cláudia a outra pergunta que você fez é sobre na pesquisas no exterior e protocolos como são esses sistemas no exterior depois e áreas se você puder me ajudar mas o sistema CEP Connect ele só avalia
protocolos cujas pesquisas vão ser realizadas pelo menos em parte no Brasil se a pesquisa mesmo sendo de um pesquisador ou pesquisador brasileiro que estava inculado a um programa de pós no Brasil por exemplo nosso PT gás se algum dos nossos Mestrando os doutoramos por fazer todo o seu campo em outro país o sistema CEP conecta não não tem nada a dizer a respeito porque a ideia é autonomia na Cláudia que daí o outro país segundo as suas regras e seu sistemas de ética em pesquisa e quem vai ter que avaliar né então agora realmente eu
eu desconheço talvez Iara não sei se Ângela Rita Bruno quem mais aqui é do CEP a própria Silvana se já existem textos comparando o nosso sistema com outro sistemas eu desconheço seria muito interessante a gente conhecer melhor isso porque cada vez mais a pesquisas internacionais né Ana Cláudia em que não só pessoas de fora vem fazer pesquisas aqui de caráter comparativo né enfim Angela você quer comentar isso obrigada por estar aqui viu anjo Imagina eu que agradeço eu te agradeço desculpa né de interromper ali no início não sei se você tinha falado junto naqueles minutinhos
que eu tinha saído desculpa peço desculpa eu hoje esse aparelho e minha voz ficou horrível Então essa questão da internacionalização é muito premente porque é um pedido que vem da Capes né em relação ao plano sempre como representante da pós-graduação então é uma questão da avaliação Caps a questão da internacionalização Só que não é não é muito regulamentado nada né então assim recomendado que eu digo no sentido não de colocar regras mas de a gente saber como agir nessa nessa internacionalização eu lembro sim coisa de 20 anos mais ou menos que a minha médica ela
era professora o ginecologista professora também né de Medicina na e ela ela falou que era muito comum vir Estagiários pessoas com pós-doutores para estudar fazer junto as pesquisas descobriram aquilo que tava sendo feito aqui no Brasil depois voltava para os seus países e como nos outros países é tudo muito mais flexível em relação a as pesquisas eles conseguiam criar muito rápido então quando a pesquisa aqui no Brasil terminava eles iam tentar patentear alguma coisa já tava patenteado E isso também acontecia com a população de indígenas Então vem é isso desde que você descobriu o Brasil
né que vem os europeus para cá e descobriram lá com os pajés né como pessoas como qual era o efeito de uma determinada planta e aí depois grandes Laboratórios já né então quando que o Brasil vai vai perceber isso já já foi então é essa é uma realidade que a gente vive há séculos né então a gente assim até fiquei pensando que seria um trabalho muito interessante do ponto de vista filogico a palavra antropologia né que a palavra antropologia existe há muito mais tempo do que a ciência antropologia como a gente conhece hoje então acho
que é uma coisa bem interessante Então antes eu terminar minha fala aqui a respeito da internação mas eu queria já tinha pensado uma pergunta eu vou ler a pergunta para não me atrapalhar aqui pensando na na aventura que a gente não aprendizagem de línguas né então nós temos o CEP também muitas nos projetos de pesquisa ali relacionados com seres humanos aprendizes né Então nesse contexto aí em relação qual tipo de pesquisa ensina aprendizagem de línguas quando os participantes podem ficar no anonimato Então não precisa ficar nomes mas estão inseridos numa população específica que seria um
curso específico e pesquisador mesmo oferece ou dentro de um curso né como os nossos cursos da graduação então é uma população específica pesquisador observa e coleta e coleta dados em relação à produção da língua está aprendendo Então essa pesquisa relacionada ao processo de ensino-aprendizagem é preciso fazer um termo né o Tale ou esse registro aí eu vi lá no slide você colocou no registro ao compromisso de sigilo identitário mas o próprio participante da pesquisa nesse exemplo de um curso Coloca no seu currículo se ele tá colocando esse curso Então se uma coisa relaciona com a
outra e na relação a internacionalização nós temos já como prática e metodologia projetos pelo Brasil pelo mundo inteiro é uma coisa que chama teletubb e tem também o virtual Exchange que o virtual é relacionado a várias áreas do conhecimento e trabalhamos então com alunos nossos brasileiros e alunos de universidades do exterior então como fazemos né Sempre relacionado a essa parte do aprendizado Obrigada Ângela eu vou responder Depois só para não perder o fio da meada e porque eu também não respondi o Julinho aí eu volto tá ainda em relação Ana Cláudia Com certeza né Ana
as muitas das nossas situações em campo elas estão longe de ser entrevistas antes das quais a gente se apresenta e de alguma forma registro consentimento a gente chega a gente começa a conviver a gente inclusive percebe com quem dá ou não dá para conviver né são situações enfim cujo cotidiano vai construindo o campo né e por isso mesmo eu acho que a resolução 510 dá essa brecha para dispensa né é o artigo 15 estou salvando dá 510 e que pode dizer Exatamente isso né você tem que a princípio se for seguir a regra na a
sério você tem que submeter o protocolo o projeto na plataforma Brasil descrever qual vai ser a situação de campo e por que você não vai pedir o consentimento pelo menos não num primeiro momento Isto é possível assim como é possível que o campo mude e que aquilo que foi informado num protocolo inicial de pesquisa seja informado numa emenda esse protocolo para o próprio sistema CEP conep quer dizer há também hoje em dia a abertura para que se as pesquisas vão mudando inclusive incluindo excluindo participantes que quem tá fazendo a pesquisa Envia essas mudanças para o
CEP acompanhar e dizer não tudo Ok continue conscientes né quer dizer tem algumas brechas ali mas este que é o problema Ana não tem um campo tem um formulário em que o projeto de pesquisa tem que ser resumido é um formulário muito assim engessado inclusive num dos últimos Campos do formulário tem lá a data para você colocar Quando vai começar o trabalho de campo e quando vai terminar O que é impossível para nós né porque enfim primeiro que a data de quando vai começar não pode ser anterior a da submissão da proposta na plataforma Brasil
isso é certo volta como uma pendência se isso acontecer e a gente sabe que na prática isso acontece né agora a data de término eu não vejo como um problema se você lança lá uma data qualquer e depois diz olha não foi bem essa terminou antes ou terminou depois o problema é que a gente de fato às vezes não sabe se vai conseguir começar sem contar que às vezes a gente começa sem ter previsto que ia começar às vezes um campo etnográfico começa assim que a gente tem a planejado numa situação inusitada né então é
uma saia justa a princípio aquilo que foi coletado antes não é da responsabilidade do CEP o CEP nem examina né agora já antes de chegar o Julinho e aliás chegando né O que o Julinho colocou que eu achei super importante quando submeteu no projeto a plataforma Brasil é o que eu disse eu você todos nós dessa Outra Geração Que hoje já tá avançada na docência a gente nunca fez pesquisa com protocolos agora cada vez mais eu me preocupo em segui-los tanto que lá em 2012 2013 eu fiz aquele termo de consentimento né E usei para
todos os que concederam entrevistas E desde então eu sempre uso mesmo que eu não se limita porque porque eu entendo que antes de qualquer formalidade de importa mesmo é a gente ter consciência do quanto as nossas pesquisas Podem sim oferecer riscos para as pessoas o quanto nós somos responsáveis por isso e o quanto nós temos que de preferência o quanto antes voltando Ana Cláudia fazer com que as pessoas inclusive entendam O que é o nosso campo de pesquisa porque eu acho Ana que aquela coisa de que ah é legal eu passei por jornalista fiz um
monte de entrevistas porque ninguém entende mesmo que é ser antropólogo eu não sei se isso é bom para a própria antropologia sabe que as pessoas não confundam com jornalistas e nos concedam entrevistas e a gente acha que tudo bem não dizer que não isso é uma pesquisa em antropologia porque em antropologia a gente que é muito ouvir o que as pessoas pensam do ponto de vista delas eu acho que às vezes o exercício da gente se apresentar e apresentar o que é um trabalho de campo etnográfico ele é um momento da gente também divulgar o
que a gente faz e a seriedade com que a gente faz e os compromissos que a gente tem né então eu acho que isso Julinho é que cada vez mais a gente tem que cultivar guardando aqui um paralelo com cultura da Paz eu acho que a gente tem que cultuar uma ética em pesquisa né cultivar princípios de ética em pesquisa ainda que eles passem a margem do sistema CEP conep por uma série de dificuldades de tempo eu acho que por exemplo iniciação científica é difícil mas a minha nova orientando de ser ela vai submeter o
projeto dela ela vai pesquisar mulheres que visitam seus parentes no sistema carcerário e eu achei legal que ela passe por essa experiência de apresentar o projeto ela vai coletar registros não vai ter nada escrito a gente trabalha com populações que são pouco letradas inclusive né vão ler um termo então eu acho legal a gente como docentes e pesquisadores cultivar essa princípiologia da ética em pesquisa mesmo que a gente não chega a formalidade a formalidade é uma consequência né então Julinho eu acho que é fundamental submeter os nossos projetos de pesquisa quando primeiro disso Depende a
gente poder fazer a pesquisa quando a fatesp exige quando outras agências de fomento exigem né quando isso é uma exigência para entrar em área indígena por exemplo por várias razões quer dizer aí a gente tem que diante mão antes muito antes até às vezes de Até entrar no mestrado no doutorado já começa a se preocupar porque o trâmite no sistema com sorte dura uns dois três meses quando dura pouco porque se tem Idas e Vindas e ajustes pode durar mais em média é isso né o Bruno depois quiser comentar ele quem tem essa visão também
bem geral né do quanto nós estamos levando de tempo Entre o recebimento dos protocolos e as respostas você gostaria de comentar Bruno por favor me ajudar nisso para dar um esclarecimento eu acho que essa essa média é por aí mesmo sempre tendo em conta que é uma média incluindo casos muito muito disso para dizer que isso depende depende bastante dos pesquisadores também ou seja chega a acontecer de ter tem protocolos que passam realmente vários meses não sei para pegar casas assim extremos mas não não tão raros 6 8 meses transitando mas isso é consequência de
depois do Poder o projeto chegar compendência do colegiado do CEP apontados pendências depois o pesquisador submeter alterações no protocolo de pesquisa que não resolvem as tendências e o colegiado do CEP emitir novo parecer indicando tendências e às vezes Pela terceira vez pesquisador submeter protocolo que de novo colegiado é considera que não resolvem as pendências e às vezes também pelo fato de que a resposta por parte de pesquisadores às vezes há uma indicação de tendência às vezes demora também dois três meses Então nesse tipo de situação chega a acontecer de ver as pesquisas protocolos ficarem com
avaliação trementando durante oito meses nove meses mas isso realmente não é um não é o normal e não é consequência não é uma demora assim dizer com o CEP inédito né o CEP sempre emite a cada submissão o certo sempre emite faz emitir uma avaliação da documentação em cada dia que depois disso um parecer em até 30 dias o certo também se reúne mensalmente como acho que a professora na Lúcia disse é mais no início então muitas vezes é necessário né um protocolo chega imediatamente antes de uma reunião não tem tempo hábil para ele entrar
na falta daquela reunião então ele vai ficar para reunião de dali a um mês então é esses essas são as construções logísticas de alguma forma que determinam os tempos da tramação mas em geral eu acho que essa né razoável pensar como uma média de dois três meses Obrigada Bruno eu vi que a Lúcia levantou a mão e só uma coisa que eu lembrei também em relação a questão que o Julinho trouxe né hoje em dia cada vez mais certas revistas especialmente internacionais Mas algumas nacionais também exigem para a publicação de artigos a comprovação de que
a pesquisa foi aprovada pelo sistema ou por um comitê de ética quer dizer até na reta final que é a publicação dos resultados Às vezes a esse filtro que impede Que pesquisas por exemplo que se valeram de entrevistas de conversas que contém trechos publicados de conversas só sejam publicadas se isto passou de fato por uma provação de um comitê de ética né isso está sendo cada vez mais corrente Tá mas acho que enfim só antes de passar a palavra para Lúcia ficou por responder ao Julinho se de Fato né Entre 16 e 18 anos é
possível dispensar que os responsáveis por esses adolescentes também tenham que assinar um termo de consentimento para que eles participem da pesquisa Eu sinceramente não sei tá talvez na área da saúde isso seja bem corrente né porque enfim mas fico devendo o Julinho pesquisar se alguém souber e quiser responder mas eu não sei Lúcia você quer perguntar eu acho que daí a gente já vai fechando por favor Olá boa tarde obrigada pelo oportunidade Obrigada pelo por essa reunião bastante esclarecedora eu sou da letras do do bpg letra tradução e eu tenho três duas perguntas A primeira
é o Bruno comentou sobre a perioce a periodicidade das reuniões do comitê de ética Qual é essa periodicidade quanto tempo eles têm de fila assim dos Doces que quanto tempo demora para se tratado a segunda pergunta em relação a minha pesquisa e é uma pergunta bastante eu não sei a minha pesquisa ela surgiu na verdade de uma ideia de um livro um livro sobre história é sobre a história dos Imigrantes e eu quando comecei a pensar nesse livro comecei já a fazer entrevista e foi posteriormente que eu ingressei na no mestrado então de lá do
do início do meu projeto de livro para o mestrado correram dois anos onde eu entrevistei várias pessoas então como eu trabalho com pessoas orientais que zelam muito pela pela privacidade e pelo pelo é pela pela descrição então desde o começo já ficou tá se tu entre a gente de que as informações que são concernentes essas pessoas não seriam eles não teriam existir em relação a identificação dessas pessoas e tanto que eu eu criei peguei no na internet um termo de responsabilidade minha com essas pessoas dizendo que eu me engajava a tratar das informações cedida somente
no âmbito do livro e da pesquisa posteriormente e que eles também Em contrapartida cediam as informações que foram dadas através dessas entrevistas e Então essa esse termo de responsabilidade já é assinado entre eu e os interlocutores já mesmo antes da do começo da minha da minha pesquisa formalmente início da pesquisa claro que essas informações entram hoje dentro da análise no relatório essas pessoas não são identificadas elas são identificadas como é como iniciais ou então ou eu vou criar uma legenda por exemplo família um vou chamar de Almeida dois Bastos enfim eu não eu vou criar
ou eu vou criar apelidos ou eu vou usar somente iniciais e para que Justamente esse sigilo porque essas pessoas são vivas e que enfim então a minha pergunta é hoje ouvindo é toda essa todo o debate hoje nessa reunião eu fico preocupada com a publicação do da minha dissertação com a minha dissertação que eu tô no mestrado hoje Se eu for submeter hoje esse álcool meter de ética o meu projeto ele já tá completamente do Avesso E aí bom eu preciso Será que usar o termo cedido pela interlocutor seria o suficiente sem identificação desse interlocutor
para talvez proteger essa essa identidade dele enquanto o tempo do comitê de ética corre porque Como disse acho que foi Ângela não sei se foi Ângela Ana Cláudia falou assim o tempo do pesquisador é o tempo dele ele foi Ana Cláudia que falou assim ele já tem um calendário e o a pesquisa tá correndo e às vezes são questões burocráticas que vem causar o empecilho e retardamento nesse nessa entrega do da pesquisa então eu fico muito preocupada com isso porque porque o meu engajamento com essas pessoas quando a gente começou as entrevistas é assim vocês
a identidade vocês vai ser sempre uma tendência gelo não haverá meio de de cruzar o seu depoimento por mais que ele esteja por extenso não vai ser possível cruzar com a sua pessoa Então esse foi o primeiro engajamento o segundo engajamento aqui Eles querem ver o livro então eu tô com pressa de terminar minha pesquisa de Mestrado para começar com o e eu pensei na pesquisa do mestrado para entre aspas Dar Um certificado de qualidade a essa é essas histórias orais né esses relatos de história oral para que não fique uma coisa muito romântica no
romântico no Patos né então foi por isso que eu fui para para o mestrado mas bom é um caso um pouco atípico obrigado a você Lúcia eu vou ter que responder rapidamente o que mereceria ser respondido bem mais vagarosamente tá bom primeiro o CEP se reúne como o Bruno falou uma vez o conselho do CEP reunindo todos os seus 19 membros se reúne uma vez por mês e o calendário está lá na página tá É só colocar CEP e Flash e o nosso calendário pelo menos até dezembro está lá nós vamos entrar em recesso em
janeiro Vamos retomar em fevereiro Por que que a gente põe o calendário Ju também pelo que o Bruno esclareceu porque a nossa regra interna é que tudo que chegar até no máximo 15 dias antes da reunião nós vamos tentar distribuir entre os membros do CEP para que os membros no dia da reunião tenham preparado o seu parecer tudo que chegar depois do intervalo de 15 dias que antecede uma reunião Pode ir para reunião não imediatamente seguinte mas do mês posterior já por falta de tempo hábil então por exemplo Quem Está apresentando hoje um formulário para
o CEP a nossa próxima reunião para vocês terem uma ideia vai ser no dia nove de novembro já ainda estamos dentro de um intervalo Mas quem submeter no dia sei lá primeiro de novembro provavelmente esse parecer só vai ser dado no dia 7 de Dezembro entende não há fila a princípio não há a gente tem dado conta do volume que chega e desse ritmo uma média de 17 a 20 protocolos por reunião mensal são avaliados se isto aumentar Talvez o CEP tenha que aumentar o número de reuniões para mim quinzenar isso não sei né porque
a gente Inclusive tem que obedecer um certo ritmo de resposta que não ultrapasse um mês da data de chegada da data da reunião tá a Ângela colocou Obrigada Ângela o link aqui do CEP então isso para responder sua primeira pergunta a outra que é bem mais complexa é o seguinte Lúcia o CEP não tem Como [Música] avaliar aquilo que já aconteceu o CEP se propõe a avaliar o que o pesquisador se propõe a fazer em termos futuros através dos documentos que ele apresenta do seu projeto de como ele pretende abordar então no teu caso você
já tem um banco de dados de entrevistas isto o CEP se você disser eu quero que isso seja autorizado o CEP vai te responder não isso já aconteceu não não tem como aprovar nada retroativamente uma solução seria você voltar a ter contato se é que é possível com esse grupo de pessoas que você entrevistou Caso seja viável não seja um número absurdo de pessoas e submeter ao CEP a proposta de que você vai entrar em contato com essas pessoas obter delas autorização para determinados conteúdos que você vai obter como se fossem conteúdos novos e que
daí de fato você vai entrar em contato com as pessoas retomar O que foi a sua entrevista e elas consentindo em que tudo isso seja de fato parte do seu mestrado Aí sim mas para o CEP tem que ser uma coisa nova até porque por exemplo no artigo primeiro dá 510 num dos incisos tá lá que dispensa né não precisa nem ser submetido ao CEP uma pesquisa por exemplo com bancos de dados cujas informações já estão agregadas em que não é possível identificar ninguém individualmente se o teu banco de dados Entrar nesta categoria já é
um banco de dados em que o sigilo das identidades é impossível de obter cairia neste caso o problema é que você é a detentora do banco de dados e você sabe a identidade das pessoas entende o que a resolução prevê é você acessando um banco de dados já existente em que já se perdeu por questão de sigilo o acesso às identidades das pessoas é por exemplo você consultando os dados do IBGE da fundação CEAD isso nem precisa pedir autorização porque são bancos públicos de dados já agregados de forma que não tem como chegar a identidade
de ninguém mas o teu caso é diferente né então acho que o Bruno colocou alguma coisa aqui né Dá uma olhadinha aqui Lúcia né o Bruno especificou exatamente algo que contempla o que você perguntou tá mas depois qualquer dúvida você pode nos consultar a gente tenta esclarecer melhor porque o tempo aqui é curto e a gente já passou da nossa hora muito obrigado mas já deu para esclarecer bastante obrigada gente imagina Marina acho que a gente pode encerrar né sim não queria voltar a agradecer a Ana foi realmente uma conversa excelente agradecer também a Ângela
Iara e Bruno né pelos esclarecimentos acho Como eu disse é uma conversa que eu acho que a gente ainda Precisa continuar e Mas vai ser importantíssimo também que ela divulgada para quem não pode estar aqui hoje e é isso Marina uma última coisa que eu anotei aqui que a Silvia falou ela até já precisou sair mas hoje em dia é totalmente proibido pelo sistema Sepe conep que haja Retribuição dos participantes de pesquisa de qualquer forma pelo pesquisador seja por brindes a Silvia falou em brindes seja por qualquer tipo de pagamento ou de enfim algum tipo
de favor isso é proibido inclusive na área da saúde se acontece é fora do sistema tá mas é bom deixar isso registrado e é isso Marina Obrigada Mais Uma Vez pelo espaço e obrigada a todo mundo que participou ficou aqui até agora e mesmo a quem já saiu por ter enriquecido muito o debate gente bom final de semana para todo mundo e até uma próxima