Unknown

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minha vida sempre foi uma montanha-russa de altos e baixos, mas nada me preparou para a reviravolta que estava prestes a acontecer. Meu nome é Luan e esta é a história de como perdi tudo, apenas para descobrir que tinha ganhado muito mais do que jamais imaginei. Desde criança, eu sempre fui o garoto sonhador da família.
Cresci em um bairro humilde de São Paulo, filho de pais trabalhadores que faziam o possível para colocar comida na mesa. Meu pai, José, era motorista de ônibus e minha mãe, Maria, costureira. Eles me ensinaram o valor do trabalho duro, mas também alimentaram meus sonhos de um futuro melhor.
Na escola, eu era aquele aluno mediano que se destacava mais pela criatividade do que pelas notas. Enquanto meus colegas sonhavam em ser médicos ou advogados, eu passava horas rabiscando ideias de negócios nos cantos dos meus cadernos. Minha professora do Ensino Fundamental, Dona Célia, foi a primeira a notar meu potencial empreendedor.
"Luan," ela me disse um dia, "você tem ideias que podem mudar o mundo; não deixe ninguém dizer o contrário. " Essas palavras ficaram gravadas em minha mente, especialmente nos momentos difíceis que viriam pela frente. E eles vieram cedo.
Aos 15 anos, perdi meu pai em um trágico acidente de trânsito. Foi um golpe devastador para nossa família. De repente, vi-me obrigado a crescer muito mais rápido do que esperava.
Comecei a trabalhar meio-período em uma lanchonete local para ajudar minha mãe com as contas. Não era o emprego dos sonhos, mas me ensinou valiosas lições sobre atendimento ao cliente e gestão de negócios. Nas horas vagas, continuava desenvolvendo minhas ideias, sonhando com o dia em que poderia torná-las realidade.
Foi nessa época que conheci Carlos, um colega de escola que se tornaria meu melhor amigo e futuro sócio. Compartilhávamos o mesmo espírito empreendedor e passávamos horas discutindo planos para o futuro. "Um dia," dizia Carlos, "vamos criar algo grande juntos.
" Apesar das dificuldades, consegui me formar no ensino médio e entrar na faculdade de administração. Foi lá que conheci Aline, a mulher que se tornaria minha esposa e minha maior decepção. Aline era bonita, inteligente e ambiciosa.
Nos primeiros anos, nosso relacionamento parecia perfeito; ela me apoiava em minhas ideias e sonhos. Ou pelo menos era o que eu pensava. Nos casamos logo após a formatura, cheios de planos para o futuro.
Consegui um emprego em uma empresa de marketing digital enquanto continuava trabalhando em meus projetos paralelos. Aline rapidamente subiu os degraus corporativos em uma grande empresa de consultoria. No início, éramos um casal de sucesso, pelo menos aos olhos dos outros.
Mas as coisas começaram a mudar com o passar do tempo. Aline se tornou cada vez mais crítica e controladora. Nada do que eu fazia parecia ser suficiente; meus projetos eram fantasias infantis, meu trabalho era medíocre e minhas ambições eram irrealistas.
"Quando você vai crescer e aceitar que não é feito para grandes coisas? " ela costumava dizer, suas palavras cortando fundo como uma lâmina. "Você precisa se contentar com o que tem e parar de sonhar.
" Eu tentava argumentar, explicar minha visão, mas ela sempre encontrava uma forma de me fazer sentir pequeno e insignificante. Com o tempo, comecei a duvidar de mim mesmo, talvez ela estivesse certa. Talvez eu fosse mesmo um fracassado.
Nossa vida em casa se tornou um campo de batalha; cada conversa era uma discussão, cada sonho compartilhado era motivo de zombaria. Aline usava minha insegurança como arma, manipulando-me emocionalmente para que eu desistisse de meus objetivos e me conformasse com uma vida que ela considerava adequada. Foi nessa época que reencontrei Carlos, meu antigo amigo de escola.
Ele havia se tornado um desenvolvedor de software de sucesso e estava trabalhando em uma startup promissora. Ao ver o brilho em meus olhos quando falava sobre tecnologia e inovação, Carlos me fez uma proposta que mudaria minha vida. "Luan, estou desenvolvendo um aplicativo revolucionário de inteligência artificial para otimização de processos empresariais.
Preciso de alguém com sua visão de negócios para ser meu sócio. O que me diz? " Fiquei extasiado com a oportunidade, mas hesitante.
Anos de críticas de Aline haviam corroído minha autoconfiança. Compartilhei a proposta com ela, esperando ingenuamente por algum apoio. A reação de Aline foi explosiva.
"Você deve estar brincando," ela gritou. "Largar um emprego estável para se aventurar em uma startup? Isso é loucura!
Você não tem competência para isso. Luan, vai fracassar como sempre. " Suas palavras me atingiram como um soco no estômago, mas pela primeira vez em muito tempo, algo dentro de mim se rebelou.
Tomei uma decisão que mudaria o rumo da minha vida: aceitei a proposta de Carlos. Os seguintes meses foram um inferno. Aline intensificou suas críticas e manipulações; ela ameaçava me deixar, dizia que eu estava arruinando nossas vidas.
Usava cada fracasso temporário como prova de que eu era um incompetente, mas eu persistia, trabalhando dia e noite no projeto com Carlos. Nossa startup, a Innovatec, começou pequena, operando em um escritório improvisado no apartamento de Carlos. Enfrentamos inúmeros desafios: escassez de recursos, problemas técnicos, rejeições de investidores.
Cada obstáculo parecia confirmar as previsões negativas de Aline. Mas algo estava mudando em mim; cada desafio superado, cada pequena vitória alimentava uma chama que há muito tempo estava adormecida. Comecei a recuperar minha autoconfiança e a acreditar novamente em meus sonhos.
Foi nesse momento que Aline decidiu dar o golpe final. Voltei para casa um dia e encontrei o apartamento vazio. Ela havia partido, levando consigo tudo o que pôde.
Na mesa da cozinha, um papel com duas palavras: "Estou saindo. " Fiquei arrasado, mas não surpreso; nossa relação já estava morta há muito tempo. O que me chocou foi o que veio a seguir.
Dias depois, recebi uma notificação judicial. Aline estava me processando por tudo que eu tinha, alegando que eu era um vagabundo sem futuro que a havia prejudicado emocional e financeiramente durante nosso casamento. O processo era uma coleção de mentiras e distorções; Aline pintava.
. . Um quadro de mim como um marido irresponsável e negligente, que desperdiçava dinheiro em projetos fracassados, enquanto ela carregava todo o peso financeiro do casamento.
Ela exigia metade de tudo que tínhamos construído juntos, incluindo minha parte na startup. Fiquei afastado. Não bastava ter perdido meu casamento; agora corria o risco de perder tudo pelo que havia lutado.
Mas o destino tinha outros planos. Duas semanas antes da data marcada para o julgamento, recebi uma ligação de Carlos; sua voz tremia de excitação. — Luan, conseguimos!
A Mega Corp quer comprar nossa tecnologia. Estão oferecendo milhões! Não podia acreditar no que estava ouvindo.
Nossa pequena startup, que Aline tanto desprezava, havia desenvolvido um sistema de IA que uma das maiores empresas de tecnologia do mundo queria adquirir. O contrato foi assinado em segredo, com uma cláusula de confidencialidade até o anúncio oficial. De repente, eu era milionário, mas mantive a informação em segredo, decidido a revelar a verdade no momento certo.
O dia do julgamento chegou; entrei no tribunal de cabeça erguida, vestindo o mesmo terno surrado que usava há anos. Aline estava lá, impecável em seu traje de grife, um sorriso confiante no rosto. Ao seu lado, seu advogado, um homem de expressão severa e pasta de couro.
O juiz, um senhor de meia idade com olhos perspicazes, deu início à sessão. O advogado de Aline começou sua apresentação, pintando-me como um fracassado e irresponsável que havia sugado a vida e os recursos de sua cliente. — Vossa Excelência — disse ele, com voz pomposa —, minha cliente suportou anos de negligência e estresse financeiro por parte do réu, enquanto ela construía uma carreira de sucesso.
Ele desperdiçava tempo e dinheiro em projetos fadados ao fracasso; é justo que ela receba compensação por seus anos de sofrimento e não reconhecido. Aline interpretava perfeitamente o papel de esposa magoada e injustiçada, com lágrimas nos olhos enquanto seu advogado falava. Observei tudo em silêncio, esperando minha vez de falar.
Quando chegou minha vez, levantei-me calmamente; não tinha advogado, havia decidido me representar. O juiz me olhou com uma mistura de curiosidade e ceticismo. — Senhor Luan — disse ele —, o senhor tem algo a dizer em sua defesa?
Respirei fundo e comecei: — Meritíssimo, venho diante desta corte não para negar as dificuldades do meu casamento, mas para apresentar uma perspectiva diferente da que foi pintada aqui. Contei minha história, não omitindo meus erros e fracassos, mas também destacando minha persistência e dedicação. Falei sobre as críticas constantes, a falta de apoio, as manipulações emocionais que sofri durante anos.
Continuei: — Fui levado a acreditar que era um fracassado, que meus sonhos eram tolos, mas continuei trabalhando, acreditando que um dia meus esforços dariam frutos. Vi Aline se mexer desconfortavelmente em sua cadeira. Seu advogado parecia impaciente, provavelmente pensando que meu discurso era apenas uma tentativa patética de ganhar simpatia.
Foi então que joguei minha carta na mesa. — Meritíssimo, gostaria de apresentar um documento — disse, entregando uma pasta ao oficial de justiça. — É um contrato assinado há duas semanas entre minha empresa, a Inovatec, e a Mega Corp.
O juiz examinou o documento, seus olhos se arregalando à medida que lia. Aline e seu advogado trocaram olhares confusos. — Este contrato — expliquei — representa a venda de uma tecnologia desenvolvida por minha empresa, por uma quantia de vários milhões de dólares.
A empresa que minha ex-esposa chamava de "projeto fracassado" acaba de se tornar um sucesso multimilionário. Um murmúrio percorreu a sala. Vi o rosto de Aline empalidecer; sua máscara de confiança desmoronou.
— Não estou aqui para me vingar ou para humilhar ninguém — continuei. — Estou aqui para defender a verdade e minha dignidade. Trabalhei duro por esse sucesso, enfrentando não apenas os desafios do mercado, mas também o descrédito constante dentro de minha própria casa.
O juiz ouviu atentamente, fazendo perguntas ocasionais para esclarecer alguns pontos. Após minha exposição, ele se virou para Aline e seu advogado, que pareciam ter perdido toda a confiança. — A senhora gostaria de fazer alguma declaração adicional?
— perguntou o juiz a Aline. Ela hesitou, claramente abalada pela reviravolta dos eventos. Seu advogado cochichou algo em seu ouvido, mas ela o ignorou.
— Eu. . .
eu não sabia — ela gaguejou. — Luan nunca me contou sobre esse contrato. — E por que eu contaria?
— respondi calmamente. — A senhora já havia decidido me deixar e me processar antes mesmo de saber o resultado do meu trabalho. O juiz considerou por alguns momentos antes de dar seu veredito.
Tendo ouvido ambas as partes e examinado as evidências apresentadas, ele começou: — É claro para esta corte que não há base para as alegações da requerente. O Sr. Luan demonstrou não apenas ter trabalhado diligentemente em seus empreendimentos, mas também ter alcançado um sucesso significativo.
Ele se virou para Aline. — Senhora, suas alegações de negligência financeira e emocional parecem infundadas à luz dos fatos apresentados. Este tribunal não pode recompensar alguém por abandonar um cônjuge no momento de dificuldade, apenas para tentar colher os frutos quando o sucesso finalmente chega.
O veredito final foi claro: o processo de Aline foi rejeitado. Não apenas isso, mas, devido à natureza frívola e potencialmente difamatória de suas alegações, ela foi ordenada a pagar minhas custas judiciais. Ao sair do tribunal, senti um misto de alívio e tristeza.
Havia vencido, mas a um custo emocional alto. Anos de um relacionamento tóxico haviam deixado cicatrizes profundas. Foi então que meu telefone vibrou.
Era uma mensagem de Aline: — Luan, eu sinto muito. Eu não sabia. Podemos conversar?
Por favor, me perdoe. Olhei para a mensagem por um longo tempo, sentimentos conflitantes se agitando dentro de mim. Parte de mim queria responder, talvez até considerar uma reconciliação.
Afinal, apesar de tudo, havíamos compartilhado anos de nossas vidas. Mas então me lembrei de todas as noites que passei acordado, duvidando de mim mesmo por causa de suas palavras cruéis. Lembrei-me das vezes em que quase desisti de meus sonhos devido às suas críticas constantes e percebi que o que Aline estava demonstrando não era arrependimento genuíno, mas remorso por ter perdido alguém que agora era bem-sucedido.
Decidi não responder. À mensagem, em vez disso, bloqueei seu número e deletei a conversa. Era hora de seguir em frente.
Nos meses que se seguiram, mergulhei de cabeça no trabalho; a Innovatec cresceu rapidamente, expandindo para novos mercados e desenvolvendo tecnologias ainda mais avançadas. Carlos e eu nos tornamos figuras respeitadas no mundo da tecnologia, frequentemente convidados para palestrar em conferências e universidades. Mas o sucesso profissional não preencheu o vazio emocional que sentia.
Percebi que precisava trabalhar em mim mesmo, curar as feridas do passado antes de poder realmente aproveitar minha nova vida. Comecei a fazer terapia, um passo que antes considerava desnecessário. Minha terapeuta, D.
Nata, me ajudou a entender os padrões tóxicos que havia permitido em minha vida e a desenvolver uma autoestima mais saudável. “Luan,” ela me disse em uma de nossas sessões, “o sucesso financeiro é apenas uma parte da equação; o verdadeiro desafio é crescer emocionalmente e aprender a se valorizar independentemente das circunstâncias externas. ” Suas palavras ressoaram profundamente em mim.
Percebi que, apesar do meu sucesso recente, ainda carregava muitas das inseguranças e dúvidas que Aline havia plantado em minha mente ao longo dos anos. Decidi tirar um tempo para mim, reduzi minha carga de trabalho na empresa, confiando mais responsabilidades a Carlos e nossa equipe crescente. Comecei a viajar, não apenas para fugir, mas para me reconectar comigo mesmo e com o mundo ao meu redor.
Foi durante uma dessas viagens, em uma pequena cidade no interior de Minas Gerais, que conheci Júlia. Ela era proprietária de uma pousada acolhedora onde me hospedei por algumas semanas. Diferente de Aline, Júlia tinha uma energia calma e acolhedora.
Nossas conversas fluíam naturalmente, sem julgamentos ou expectativas. Uma noite, sentados na varanda da pousada, compartilhei minha história com Júlia. Ela ouviu atentamente, seus olhos cheios de compaixão.
“Sabe, Luan,” ela disse após eu terminar, “às vezes precisamos perder tudo para descobrir quem realmente somos. Sua ex-mulher pode ter tentado te diminuir, mas no final, foi você quem cresceu através dessa experiência. ” Suas palavras tocaram algo profundo em mim; pela primeira vez em muito tempo, senti que estava sendo verdadeiramente visto e compreendido.
Nos meses que se seguiram, Júlia e eu desenvolvemos uma amizade profunda que lentamente evoluiu para algo mais. Diferente do meu relacionamento com Aline, construímos algo baseado em respeito mútuo, apoio e comunicação honesta. Enquanto isso, a Innovatec continuava a prosperar.
Carlos e eu expandimos nossa visão, não apenas focando em lucros, mas também em como nossa tecnologia poderia ser usada para melhorar a vida das pessoas. Implementamos políticas de trabalho mais humanas em nossa empresa, priorizando o bem-estar dos funcionários. Um dia, recebi um e-mail inesperado; era de Dona Célia, minha antiga professora do Ensino Fundamental.
Ela havia visto uma reportagem sobre a Innovatec e me reconheceu. “Luan, meu querido,” dizia o e-mail, “sempre soube que você faria grandes coisas. Estou tão orgulhosa de ver o homem que você se tornou.
” Suas palavras me emocionaram profundamente; decidi convidá-la para visitar nossa empresa. Quando ela chegou, seus olhos brilhavam de admiração ao ver o que havíamos construído. “Você conseguiu, Luan,” ela disse, segurando minhas mãos.
“Você transformou seus sonhos em realidade. ” Foi nesse momento que percebi o quanto havia crescido. Não era apenas o sucesso financeiro ou profissional que me definia, mas a jornada que havia percorrido, as lições que havia aprendido e a pessoa que havia me tornado.
Conforme os anos passavam, minha vida continuou a evoluir. Júlia e eu nos casamos em uma cerimônia íntima, rodeados por amigos verdadeiros e família. Carlos foi meu padrinho, sua amizade uma constante fonte de apoio ao longo dos anos.
A Innovatec se tornou uma das empresas líderes em tecnologia no Brasil, mas nunca perdi de vista as lições que aprendi em minha jornada. Implementamos programas de mentoria para jovens empreendedores, especialmente aqueles de origens menos privilegiadas, como a minha. Em uma dessas sessões de mentoria, conheci Miguel, um jovem brilhante de uma comunidade carente.
Ele me lembrava muito de mim mesmo na sua idade, cheio de ideias e sonhos, mas sem os recursos ou o apoio para realizá-los. “Miguel,” eu disse a ele, “nunca deixe ninguém te convencer de que seus sonhos são pequenos demais ou grandes demais. Acredite em si mesmo, trabalhe duro e esteja aberto para aprender com cada experiência, boa ou ruim.
” Ver o brilho nos olhos de Miguel me fez perceber que minha jornada não era apenas sobre sucesso pessoal, mas sobre usar minha experiência para inspirar e capacitar outros. Às vezes ainda penso em Aline e no nosso passado turbulento, não com raiva ou ressentimento, mas com uma espécie de gratidão distante. Aquela experiência dolorosa me ensinou lições valiosas sobre autoestima, perseverança e a importância de se cercar de pessoas que verdadeiramente apoiam seus sonhos.
Uma tarde, enquanto caminhava pelo parque com Júlia, vi Aline à distância. Ela estava sozinha, parecendo pensativa. Por um momento, nossos olhares se cruzaram.
Vi um misto de emoções em seus olhos; arrependimento, talvez, ou simplesmente reconhecimento do que poderia ter sido. Não houve palavras trocadas, apenas um breve aceno de cabeça, antes que cada um seguisse seu caminho. Aquele encontro foi muito solidificante em minha mente, o quanto eu havia crescido e mudado.
“Está tudo bem? ” Júlia perguntou, notando minha expressão pensativa. Sorri, apertando sua mão.
“Sim, está tudo ótimo. Só estou grato por onde a vida me trouxe. ” Ao refletir sobre minha jornada, percebo que a verdadeira vitória não foi o sucesso financeiro ou profissional, mas a força interior que desenvolvi.
Aprendi a confiar em mim mesmo, a persistir diante das adversidades e a valorizar as pessoas que realmente importam. Hoje, aos 45 anos, olho para trás com um misto de nostalgia e satisfação. A vida não foi um conto de fadas; houve altos e baixos, desafios e momentos de dúvida, mas cada experiência, cada obstáculo superado, me moldou na pessoa que sou hoje.
A Innovatec continua a crescer e inovar, mas meu foco agora é mais amplo. Dedico grande parte do meu. .
. Tempo a iniciativas educacionais e de empreendedorismo social, buscando criar oportunidades para jovens que, como eu, um dia têm grandes sonhos, mas poucos recursos. Júlia e eu construímos uma vida juntos, baseada em compreensão mútua e apoio.
Temos dois filhos: Lucas e Marina, e nos esforçamos para criar um ambiente familiar onde sonhos são encorajados e a autoestima é nutrida. Carlos continua sendo meu amigo e sócio mais próximo; nossa parceria evoluiu ao longo dos anos, e juntos enfrentamos os desafios do mundo corporativo, sem perder de vista nossos valores fundamentais. Às vezes, quando estou sozinho em meu escritório em casa, olho para uma foto moldurada na parede; é uma imagem antiga de quando eu era criança, sorrindo ao lado dos meus pais.
Lembro-me das lutas que enfrentamos, dos sacrifícios que eles fizeram, e sinto uma profunda gratidão. Penso também em todas as pessoas que fizeram parte da minha jornada: os que me apoiaram e até mesmo aqueles que duvidaram de mim. Cada um deles, à sua maneira, contribuiu para moldar o homem que me tornei.
A vida me ensinou que o sucesso não é medido apenas por conquistas materiais, mas pela capacidade de superar adversidades, manter a integridade e fazer a diferença na vida dos outros. Aprendi que a verdadeira força vem de dentro, nutrida pela autoconfiança e pelo apoio daqueles que realmente se importam. Minha história não é apenas sobre um contrato milionário ou uma vingança contra uma ex-esposa abusiva; é uma jornada de autodescoberta, crescimento pessoal e a realização de que nossos maiores obstáculos muitas vezes se tornam nossas maiores oportunidades de crescimento.
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