Freud e a Educação - Parte 2

e por que freud que não era nem pedagogo nem professor acabou influenciando a educação como vimos no primeiro vídeo sobre a psicanálise somos movidos por forças que a nossa consciência desconhece e que freud chamou de forças inconscientes a contribuição de freud para a educação não foi a de dizer como ensinar as crianças mas há-de compreender como essas pulsões nos movem em direção ao conhecimento freud é um dos pensadores que mais colaboram para entender por que desejamos aprender porque aprendemos com algumas pessoas e não com outras e no que consiste ocupar a posição de professor a

primeira pergunta por que desejamos aprender pode ser respondida com o conceito de sublimação freud defendeu que a busca por satisfação e amor assim como a tentativa de a dor eo desprazer são tudo que o move o ser humano se assim porque desejamos adquirir conhecimento por meios que muitas vezes são desconfortáveis porque muitas vezes sacrificamos os momentos de lazer de namoro de entretenimento ou de outras atividades prazerosas em função de estudar trabalhar ou assistir vídeos educativos no youtube fred pegou emprestado da física o termo sublimação usado para designar a passagem direta de um estado físico a

outro sem um estágio intermediário na psicanálise sublimação é a passagem do desejo a sua satisfação sem expressar na consciência seu conteúdo naturalmente erótico nesse caso é como se a dimensão de prazer e de satisfação física do desejo sublimado fosse desviada para algo não relacionado a libido de é realmente vistos como mais elevados o importantes tais como a arte o conhecimento a religião são em geral os mais eleitos para sublimação na segunda questão porque aprendemos com algumas pessoas e não com outras froid nos ajuda com dois princípios um deles é chamado de transferência e foi descoberto

por ele durante sua prática clínica quando percebeu que muitas pacientes acreditavam se apaixonar por ser o psicanalista freud se deu conta de que isso acontecia porque elas projetavam afetos infantis na figura do terapeuta o que isso tem a ver com educação é que da mesma maneira que para nos deixarmos analisar por um terapeuta é necessário um vínculo capaz de provocar afetos infantis em conscientes para que aprendamos com alguém muitas vezes é necessário termos uma crença inconsciente de que aquela quem sabe muito ou que pode nos ensinar algo ou seja que sem a sua ajuda não

conseguiríamos aprender esse tipo de crença é a mesma que a criança tem em relação aos pais eles sabem tudo e conhecem a verdade do mundo por isso que é um caráter infantil nesse afeto o segundo princípio da psicanálise que ajuda a responder essa questão é o da identificação esse conceito freud utilizou para explicar os fenômenos messiânicos que acontecem em grandes grupos ou seja quando uma multidão de pessoas passa se comportar de acordo com o que acham que um líder carismático gostaria neste caso muitos seguidores renunciam aos próprios prazeres em prol da vontade do líder só

que esse tipo de comportamento é incompatível com o princípio que já explicamos no vídeo anterior de que o sujeito age sempre para os desejos e evitar punições freud explica que este é um fenômeno inconsciente em que o sujeito se identifica com o líder como se fosse a melhor versão dele próprio uma ideal de eu muitas vezes algo semelhante acontece com os estudantes eles identificam com certos professores de tal maneira que querem fazer as tarefas que eles pedem como se satisfazê-los fosse satisfazer a si próprio podem até tentar copiar seu estilo e seu jeito de se

expressaram já no final da sua vida fraude começa a refletir sobre a sociedade ea permanência da violência e da guerra e também a se preocupar com o futuro da psicanálise e da sua continuação através da formação de novos psicanalistas nesse momento freud formulou a noção de transmissão este conceito explica a passagem de valores crenças e afeto uma das gerações freud teoriza que isso acontece de uma forma menos intencional e consciente e mais como uma insistência inconsciente que se repete através da história ou seja para entendermos a trajetória das sociedades não seria suficiente uma visão linear

da história mas teríamos que perceber os fenômenos que rompem de tempos em tempos sem causalidade aparente a transmissão é também em certo sentido aquilo que os professores fazem não são transmitidos apenas conteúdos ou ideias conscientes mas modos de vida formas de desejar ou posições éticas freud elaborou esses quatro conceitos para pensar a clínica psicanalítica mas podemos utilizá-los para refletir sobre a prática dos professores o psicanalista não deve tratar nenhum conteúdo como se fosse é só mais elevado ou melhor do que o satisfação erótica nem deve para escrever aos pacientes que busquem a sublimação através do

conhecimento da arte ou da religião essa conclusão deve ser individual da mesma forma não cabe ao professor a reproduzir valores hegemônicos culturalmente ou do treinar seus estudantes mas sim inspirar a partir da sua ética profissional que eles reflitam e avaliem da sua maneira os conhecimentos e práticas que existem no mundo também o psicanalista não pode corresponder aos afetos envolvidos na transferência como se ele fosse de fato o destinatário deles é apenas frustrando esses afetos que o sujeito pode vir a ter uma perspectiva mais madura sobre eles tão pouco professor pode se deixar confundir com figuras

afetivas como os pais tios ou menos com namorados ou amantes é uma direção ética importante para docência saber que não há uma assimetria política o cognitiva entre docentes e estudantes mas que existe uma assimetria afetiva outra indicação é que o psicanalista não deve aceitar ser um modelo ou uma figura inspiradora de seus pacientes o destino ideal de um psicanalista como de todo profissional da saúde é ser descartado tornar-se desnecessário um bom professor por sua vez também deve esperar que cada aluno seja capaz de abandoná-lo e superá-lo esse é o caminho do conhecimento superar as gerações

anteriores já transmissão permite que o psicanalista tem uma conduta - onipotente em relação ao seu paciente pois alguns sintomas tendem a retornar não importando o tempo ou a d e o tratamento e o objetivo seria então promover a capacidade de viver essas experiências que nos dizem respeito da maneira mais interessante da mesma forma não está inteiramente na mão dos professores a formação dos estudantes cada pessoa formas intelectualmente tanto em razão dos aspectos conscientes e intencionais da aprendizagem como dos aspectos inconscientes e fortuitos concluindo mesmo nunca tendo tomado a educação ou a escola como seu objeto

principal de interesse pode nos disse muito sobre como funcionam as relações humanas e toda a perspectiva que entende a educação como um processo relacional se beneficia muito de suas descobertas e aí