19ª Aula - O uso da Cannabis sativa L. na Medicina Veterinária - Dr. Bruno Perozzo

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► Para enviar a presença dessa aula acesse: https://forms.gle/pv4fVEX3Jqw5x95dA ► Para acessar o c...
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[Música] [Aplausos] [Risadas] [Risadas] Olá pessoal sejam bem-vindos a mais uma aula da nossa 11ª edição do curso sobre uso terapêutico da cannabis ativa hoje a gente encerra um bloco né o bloco das aplicações clínicas com uma aula que arrem com chave de ouro esse assunto durante todo esse período desse bloco de conhecimento a gente falou muito sobre metabolismo sobre aplicações clínicas sobre as patologias né E hoje a gente vai falar tudo isso resumidamente sobre os animais Então a gente vai falar sobre o uso da cannabis para medicina veterinária para essa aula a gente traz um
convidado que para mim é muito especial porque ele foi aluno do curso esteve com a gente várias vezes presencialmente ainda quando o curso acontecia eh na igreja do padre Ticão no salão né quando ele ainda era só presencial e e depois híbrido então é um prazer tê-lo aqui e para essa aula a gente vai ouvir o Dr Bruno peroso eh médico veterinário que se aprofundou muito ao longo dos anos aí no assunto e tenho certeza que vocês vão adorar a aula e a aproveito né para relembrar que a gente tá então encerrando um bloco e
indo pra reta final tem muito assunto ainda mas é importante reforçar aqui para vocês não deixarem paraa última hora as atividades de presença porque muita gente acaba ficando sem o certificado ou pedindo eh pra gente ampliar o prazo por conta de uma duas aulas então não deixa acumular não não esquece de curtir comentar compartilhar fazer Todas aquelas coisas que a gente sempre fala porque que ajuda bastante o projeto né a gente não monetiza o canal nem uns vídeos a ideia a gente divulgar informação de qualidade com respaldo científico e chegar no maior número de pessoas
eh possível mesmo com todo esses pequenos avanços e debates tem muito preconceito tem muita desinformação Então esse sempre foi o projeto de ter um canal aberto para que as pessoas pudessem pesquisar e que tem a respaldo científico que seja baseado em fatos reais e e e pesquisados enfim né aprofundados enfim já já tô falando baboseira então tem uma um ótimo final de semana a gente começa a semana que vem já com esse novo bloco e a gente se vê em breve Então até lá Olá pessoal boa noite bem-vindos a mais uma aula desse curso incrível
realizado pelo pessoal da MOV recan em parceria com a Unifesp eh primeiramente Quero Agradecer o convite já estive presente nesse curso ministrando uma aula também sobre o uso da cannabis na medicina veterinária há bom tempo atrás né lá em em Maio de 2020 a gente ainda tava naquele tempo meio Sombrio de pandemia e mas rolou tudo bem foi um curso super legal uma aula super bacana até hoje Hoje ainda receb elogias por ela e hoje eh tô aqui disposto a trazer eh mais conteúdo né conteúdos renovados Afinal 4 anos né um tempo considerável a gente
tem bastante eh eh estudos e e e alterações da dos protocolos que a gente tomava enfim eh e para mim é sempre um prazer poder falar desse tema Meu nome é Bruno perosa eu sou médico veterinário e a aula de hoje é sobre o uso da cannabis na medicina veterinária certo eh vou me apresentar né Tem um mini currículo aqui para vocês então sou médico veterinário de Formação com especialização lat sesso em anestesiologia veterinária hoje estou Mestrando na faculdade eh de ciências de ciências médicas da Unicamp no departamento de farmacologia e medicina translacional ã faço
parte do elcin do laboratório de ciências morfológicas e moleculares também presentes no departamento de medicina translacional Além disso eu sou professor eh junto de mais outros três colegas eh da disciplina MD 934 é a disciplina de farmacologia e toxicologia dos canabinoides É uma disciplina muito interessante a gente conseguiu incluir na grade curricular da da do curso de medicina da faculdade de Unicamp da Unicamp e foi muito legal a gente estava esperando entre 40 e 50 inscrições no final das contas tivemos mais de 200 foi um super sucesso ã também sou professor na equipe do Dr
Pet cannabis é um curso de formação de médicos veterinários escritores de cannabis medicinal a gente já ultrapassou aí os 2000 alunos eh formados e tem feito um trabalho muito interessante nessa área da Medicina cannábica ã e também sou diplomado em produção de de cannabis pela unal Universidade de Bogotá pois bem eh antes de tudo pessoal Gostaria de deixar claro eh algo que a gente sempre encontra né na rotina até mesmo com outros colegas sempre que a gente sugere um tratamento à base de canabinoides eh é é muito comum a gente ouvir Ah porque não tem
estudo Ah porque não tem registro gente eh sabe não dá mais pra gente aceitar isso eu trago aqui um print né do do do Google Acadêmico uma pesquisa de menos de 1 segundo eh utilizando as palavras chaves veterinary cannabis então vocês podem ver né mais de 23.000 resultados não só ele a gente tem o pubmed também fazendo uma seleção de 10 anos somente de 2014 até 2024 também utilizando veterinary cannabis a gente tem aí mais de 200 resultados certo ã aqui pessoal se a gente colocar endocanabinoide Animals endocanabinoide Dog Cat e Horse cb1 cb2 Horse
Dog Cat cara aí o Lex se abre amplamente Tá então não tem mais como a gente aceitar isso ah não tem evidência não tem por favor né além dessas pesquisas rápidas obviamente eu trago aqui alguns exemplares né o primeiro dele um guia inicial da cannabis na medicina veterinária feito pelo meu grande amigo João Lourenço né ele concluiu o mestrado dele H há poucos meses Talvez um ou dois meses lá pela Federal de Santa Catarina também trabalhando com cannabis e animais e cães na verdade anestesiados com propofol um trabalho incrível assim lindo demais a gente também
tem o livro do do Dr Tarcisio meu outro amigão aí lá do Rio Grande do Norte também específico para cães e gatos falando sobre o uso medicinal da cannabis e a gente tem uma publicação internacional aqui o cannabis therapy em veterinary medicine eh que conta com a participação de um outro grande amigo Eric Amazonas também lá da Federal de Santa Catarina então Eh pô fica aí um pequeno registro né pra gente eh não perder mais tempo ou não se desgastar não gastar energia com pessoas que não acreditam nessa ferramenta terapêutica tá quando você Ouvi falar
ah porque não tem estudo não tem evidência só dá um joinha Obrigado concordo contigo e bola pra frente né quem quer ficar parado no tempo que fique eu acho que a gente tem que caminhar sempre pra frente buscar sempre as melhores alternativas pros nossos pacientes né E sempre buscando aí uma qualidade de vida obviamente Bora lá então começar de fato Eh quero falar um pouco sobre o histórico da cannabis é muito interessante a gente saber onde e onde nós estamos posicionados e saber que isso não é uma coisa de 2 anos atrás né e obviamente
a a começou a se falar mais de uso medicinal da cannabis no Brasil lá pelo ano de 2014 né com as mãezinhas lutando pelo acesso ao tratamento eh para seus filhos na medicina veterinária a gente começou a ouvir mais lá para 2017 2018 E então veio essa avalanche de estudos essa avalanche de de de prescritores obviamente né Eh entendendo essa essa particularidade essa importância né da Alternativa terapêutica que são os canabinoides na nossa rotina clínica então eu começo aqui com com o Primeiro Registro eh na enciclopédia da exploração equestre ela foi descrita pelo orale né
ã é um cara que debate se uso histórico e ele relata que ah os long Riders né esses exploradores que faziam longas viagens eles sempre e portavam consigo um kit médico ã que tinha a cannabis ou óleo de cannabis incluso né então os cavalos eles faziam longas jornadas jornadas estressantes extenuantes Além disso se alimentavam mal ou ou ou ou da maneira de maneira inadequada né ocasionando cólicas e esses ã esses exploradores sempre tinham uma porção dessa medicina para poder oferecer e tratar os seus animais e aí a gente começa agora com datas lá em 1534
né o médico eh francês é o François Rabel ele ele descreve ã em seus livros ou na verdade no seu livro que o da cannabis ele era eficiente para aliviar a dor da Gota e curar a cólica dos equinos tá eh eh um pouquinho mais para frente aí Cerca de 80 anos a gente tem o registro do Eduard topsel que era um autor inglês então ele descreve esse livro né a a história das bestas de quatro patas antigamente todos os animais de grande porte né com eh quadrúpedes obviamente ã o cavalo ã bubalinos né os
os búfalos os bois enfim todos eles eram chamados de bestas né pelo tamanho e tal enfim ã e o eduward topsell nesse livro especificamente ele relata o uso da semente de cânhamo na ração desses animais de grande porte né desses animais de produção a fim do ganho de peso a gente sabe que a semente de cannabis Ela é Rica em proteína né ela tem ela é considerada um super alimento e para esses animais ela funciona muito bem isso falando de remp tá pessoal eh já quero puxar uma janelinha aí Vamos definir muito bem o que
é remp mar Guana né quando a gente fala de Ramp a gente tá falando de um produto eh com até 0.3% e de thc quando a gente fala de cannabis ou Marijuana né enfim da cannabis a gente tá falando de uma planta com conteúdo ilimitado de thc na grande maioria das vezes um alto conteúdo acima de 10 15 20% então é legal a gente ter essa noção na cabeça poder poder diferenciar e saber eh interpretar quando aparecem ess as expressões certo um pouquinho mais paraa frente cerca de 250 anos 230 anos aí começa a ficar
mais interessante essa história a gente tem a presença do William oson eh ele era um médico ã muito curioso né ele esteve na Índia executando alguns experimentos com diversas espécies animais tá dentre eles ratos coelhos gatos cavalos cachorros enfim e ele h administrava cannabis PR Esses animais e relatava né registrava O que ele observava e olha que interessante um dos registros dele eh eh dando 10 g de cannabis para um cão de porte médio porte médio a gente entende entre 10 né 15 a 20 kg né meia hora depois o animal ficou estúpido e sonolento
ã a sua cara ficou com aspecto de total e absoluta embriaguez esses sintomas duraram de uma a duas horas e depois foram desaparecendo gradualmente 6 horas depois o animal estava ativo e perfeitamente bem Então veja Que cara é meio malucão né Sempre tem os malucos que vão desbravando a história desbravando os caminhos e o oan era um desses então ele Possivelmente foi um dos primeiros a trazer essa terapia canábica pra medicina ocidental justamente extrapolando dados que ele via ou coletava e a partir dos testes em animais passando para os humanos então ele relata que o
uso da cannabis era seguro certo e a partir desses testes em animais ele começa a fazer experimentação experimentação em alguns humanos tanto em adultos quanto em crianças é muito interessante porque e nessa espécie de animal humano digamos assim ele sempre visava buscar aí o tratamento para Cólera reumatismo raiva tétano e também em pessoas portadoras de epilepsia né pessoas que convulsionava muito bem já 60 anos depois a gente tem a gente já parte ali pros oficiais de exército e específica especificamente o general William Carter ele era um oficial da cavalaria do dos Estados Unidos e no
livro que ele lançou né sobre eh ferraduras e e ferrages enfim ele recomenda a cannabis PR cólica ingestão aguda impactação e constipação então ele relata que alivia dor e a irritabilidade sem interferir nas secreções do estômago e dos intestinos Esse é o ponto interessante pessoal os cavalos eles são animais monogástricos eles possuem um um trato gastrointestinal eh eh bem bem Comprido bem grande e com várias particularidades né se eu não me engano tem em torno aí de 15 17 tipos de cólicas diferentes que podem acometer esse animal né essa espécie animal então Eh o cuidado
com alimentação e o tratamento ele deve ser eh bastante específico E olha que interessante mesmo sem muito conhecimento sem muito estudo ali no início do século do do do do ano de 1906 ele relata que a dose era de Meio a Um Gole né como que a gente eh Marca um gole 50 ml 100 ml 1 l uma colher de sopa uma colher de café uma colher de chá não sei definir isso Mas independente desse volume ainda eh trabalhava se com bastante segurança não tem relato de animal que morreu pelo uso de cannabis certo então
é muito interessante a partir disso desses malucos digamos assim a gente já consegue tem uma noção eh do quão poderoso e seguro é essa ferramenta terapêutica passando pra frente aí mais um pouco se anos à frente eh a gente já tem aí a Park Davis uma grande farmacêutica ela no no catálogo dela esse catalogo Zinho vermelho aqui do lado eh ela já apresentava um produto né e indicado principalmente paraa cólica flatulenta e espasmódica que era a base de Can eles chamavam de cannabis americana então aqui em cima a gente vê o rótulo né um um
um extrato fluido e era composto por 60% de álcool 12,5% de cannabis líquida e 25% de clorofórmio quando fala cannabis líquida Possivelmente diluída em algum veículo oleoso certo um azeite ou qualquer outro tipo de óleo óleo de milho Talvez para aquela época e olha que interessante sem mensurar eles também relatavam que uma dose já cura é novamente né O que é uma dose 10 ml 1 ml 1000 ml enfim mais uma vez comprovando a efetividade e a segurança dessaa já eh em 1914 a avma a American veterinary medicine Association ela começa a abrir relatórios de
discussão ela começa a partir eh para esse lado medicinal né Abrir discussões sobre o uso da cannabis em vários animais mas especificamente em equ E aí eles passam a relatar que ah as cólicas né o tratamento de cólica à base de cannabis é eficiente e a partir desse relatório o uso da cannabis pro tratamento da cólica ele passa a ser disseminado por todos os Estados Unidos toda a América do Norte bem dizer um um ano depois ainda no departamento de também no departamento de guerra dos Estados Unidos num livro intitulado manual para ferradores ferraduras celeiros
e carroceiros ã o autor também descreve que para cólica eh ele utiliza uma colher de chá de cannabis americana líquida da Park Davis essa que a gente viu no slide anterior misturada com uma colher de sopa de azeite Então ela gera líquida ele dilui nessa nessa colher de sopa de azeite para facilitar a administração e obviamente hoje a gente já sabe né para aumentar essa absorção a gente sabe que os canabinoides e eh são substâncias lipofílicas eles têm uma maior distribuição pelo corpo quando administrado junto de alimentos e nesse caso mesmo sem tantos estudos científicos
comprovações científicas ou evidências científicas Eles já faziam essa Associação com azeite né E aí em 1915 depois do do relatório do avma ah os veterinários dos Estados Unidos inserem essa ferramenta terapêutica e eh como rotineira na prescrição eh principalmente para as cólicas de equinos 20 anos depois mais ou menos pessoal eh e aí a gente começa de 1937 pra frente tá até a década de 90 mais ou menos veja que interessante 1937 é o ano que aconteceu o o Marijuana tax aquele imposto eh altíssimo né para evitar comércio enfim para tentar já começar a derrubar
a a a maconha do mercado né obviamente que haviam outros interesses por trás isso isso a gente pode falar numa próxima aula mas o fato é que a partir desse ano 36 37 começou eh de fato todo esse movimento proibicionista que ainda perdura até hoje né Principalmente no nosso país mas olha que interessante eh de 37 paraa frente eh lá na Índia eles utilizavam a cannabis eh para controlar diarré em bovino então a gente já sabe que a cannabis ela tem uma função interessante na motilidade e intestinal bem como um papel eh bactericida né ou
bacterios com controle e de bactérias ã eles também utilizavam para aumentar o fluxo de leite e apaziguar as vacas bem como aumentar a resistência E e trazer energia para os bovinos lá na França o óleo da semente era utilizado como laxante em bovinos e aqui vale um adendo o óleo de semente ele não contém canabinoides é só um óleo é como se fosse um azeite de oliva né como se fosse um óleo de soja então uma compressão das sementes que vai eliminar todo esse conteúdo oleoso é muito interessante né muito rico em ácidos gros essenciais
é um é um é um alimento de alto valor biológico e também utilizavam eh para tratamento dermatológico em cães mais para frente a gente vai falar sobre isso É bem interessante já na Escócia né ah terra do William oanes H já vinha ocasionando algum Impacto eh pela utilização nos humanos né como um potente analgésico e como atividade anti plas módica e também com atividade hipnótica e a partir desses dados em humanos os escoceses né os médicos veterinários escoceses extrapolaram esses dados pra medicina veterinária aumentando o uso na medicina veterinária e aí a gente tem na
Itália também e o uso da resina pura Possivelmente vocês já tiveram alguma aula de extração eh sabem né a resina é aquele material extraído da cannabis então a gente separa biomassa a gente separa a matéria vegetal e fica só com os constituintes farmacológicos que de fato interessam pra gente e na Itália principalmente utilizavam pro controle da cólica em equinos na Itália tem uma história bem interessante também tenho e dois uma amiga e um amigo que estão na Itália é Universidade de Bolonha esse amigo especificamente ele tem desenvolvido trabalhos super interessantes e um desses trabalhos foi
mapear os receptores canabinoides na no casco de equinos então muito interessante abriu aí um novo leque uma nova alternativa para terapia eh de laminite principalmente nesses animais continuando nossa vi viagem no tempo a gente tem também eh na Inglaterra a cannabis sendo utilizada pro tratamento de asma a gente sabe que o thc principalmente ele tem um efeito broncodilatador bem interessante né o tratamento e controle de convulsões PR tosse Cistite e tétano ã lá na África do Sul que recentemente eh legalizou né Eh Palmas aí pra África do Sul eles utilizavam pro controle da inflamação intestinal
mas também eh no controle de tosse Principalmente nos equinos né novamente ali o intestino né a parte uma das partes do trato gastrointestinal aí dos equinos bem sensível e também tosse os equinos são animais que T um comportamento eh de aerofagia bastante comum e e em algumas vezes ocasiona tosse e a cannabis vem para aliviar para diminuir esse estímulo de tosse e também utilizavam por controle de convulsão nos cães e na universidade de cornel aqui já pra década de 90 tá pessoal não lembro ao certo o ano mas pra frente de 1990 a Universidade de
cornel eh comprovou eficácia na azoemia e na rabdomiólise eh em equinos né Relembrando alguns termos aí azotemia é quando há um aumento dos níveis de ureia e compostos nitrogenados no sangue e a abdomi olise é a degradação da fibra muscular que vai liberar esses compostos pro sangue do paciente pulando alguns vários anos aí a gente chega em 2018 com um estudo bastante interessante né a gente tava no auge do debate eh principalmente trazendo né as informações das mãezinhas mas também vindo pra medicina veterinária Então a gente tem esse estudo né da da segurança da farmacocinética
e eficácia Clínica do cbd e aqui é o cbd isolado tá no tratamento de cães com osteoartrite E olha que interessante a conclusão dos autores nesse estudo clinicamente o inventário de dor canina mostrou uma diminuição significativa da dor com óleo de cbd nenhum efeito colateral foi relatado pelos proprietários Esse estudo farmacocinético e clínico sugere que 2 MG por kg de cbd duas vezes ao dia pode aumentar o conforto em cães com osteoartrite veja que interessante pessoal que ele tá falando de cbd isolado né ã obviamente a gente já teve as aulas aí sobre e o
efeito comitiva né o efeito entur RG o efeito sinérgico que todos os canabinoides terpenos e flavonoides ocasionam então aqui a gente tá falando de cbd isolado 2 MG kil uma dose baixa né Eh imagina se a gente faz um estudo desse utilizando um óleo full spectro então mesmo utilizando canabinoides isolados a gente tem um tratamento eficaz pro controle da dor em osteoartrite nos cães um ano depois a gente tem uma matéria publicada eh se eu não me engano pela Wall gatinha tetraplégica será a primeira a testar tratamento com cannab deol no Brasil então era uma
terapia experimental né que é o último recurso para tentar melhorar o quadro da gatinha que sofre com múltiplas doenças e dores crônicas lá em 2019 pessoal ela tava com 15 anos eh eu estive com essa gatinha né com a com a tutora dela Denise Agora em março desse ano a gente foi palestrar num evento aqui no interior de São Paulo na Wi Expo e ela tava com as gatinhas Então essa gatinha né 2019 para 2024 mais 5 anos então essa gatinha já tá com 20 anos continua bem né ela sofre com Artrite artrose herna de
disco bico de papagaio polirradiculite osteoporose hiperestesia e tem fratura de coluna também no entanto né deu para ver que ela tava bem ela não tinha uma expressão de dor ou de incômodo né a gente pode notar isso por posição de orelha posição de bigodinho eh ã posição de pupila também né se é uma pupila muito dilatada pode referenciar dor e ela tava lá super tranquila super bem com os seus canabinoides hoje full Spectrum de associação porque ela começou esse tratamento pela USP mas eh só conseguiu durante dois ou três meses né era um cbd isolado
manipulado por um laboratório e como a gente eh não tem a Como que eu posso dizer como a gente tá em uma uma insegurança jurídica a gente não tem uma regulamentação para uso de produto eh veterinário canábico ela teve de parar esse tratamento infelizmente ã em 2019 ainda a gente começa com a primeira edição do curso de formação de prescritores da Pet cannabis esse curso foi muito interessante ele foi presencial tinha entorno de 30 ou 40 pessoas né logo que lançou já teve uma procura Super Interessante ã também em 2019 em novembro a gente em
outubro perdão a gente teve esse Simpósio Internacional de medicina veterinária canabinoide então era uma watch Party né Global simultânea tava rolando eh tanto em no Colorado nos Estados Unidos Quanto em Florianópolis né na ufsk ã mediado pelo professor Eric Amazonas foi muito interessante bastante e conteúdo eh expressivo 3 anos depois dois por conta desse fomento da atividade né do número de veterinários prescritores buscando uma alternativa terapêutica eh eficiente eh a gente passa a discutir e criar grupos técnicos sobre o uso medicinal da cannabis dentro dos conselhos regionais de medicina veterinária Esse é um ponto muito
interessante porque nos fortalece a gente tá dentro de um conselho que serve para proteger e fiscalizar o médico veterinário então é um ponto muito positivo pra nossa pra nossa categoria paraa Nossa classe de profissionais né né E esses grupos eh técnicos dentro dos conselhos regionais originou em 2023 um grupo técnico dentro do Conselho Federal de Medicina Veterinária muito interessante também porque esse conselho eh esse grupo técnico dentro do Conselho Federal ele dialoga direto com Anvisa né para inserir o médico veterinário no mesmo rol que encontra-se hoje os médicos humanos digamos assim e os odontologistas né
eh de acordo com a portaria eh MV eh eh Secretaria de Vigilância em saúde do Ministério de Saúde na portaria 344 é aí aonde o médico veterinário deve eh ser inserido né a gente tá lutando para que seja inserido nessa mesma nesse mesmo rol né Enquanto isso o mapa ele fica responsável eh por registrar e legislar sobre os produtos que venham a ser produzidos dentro do nosso país ou importado de Fora especificamente pro uso veterinário aqui eu trago a a portaria né então portaria [Música] ssms 3498 somente podem prescrever produtos controlados de uso humano incluindo
produtos derivados de cannabis os profissionais devidamente inscritos no Conselho Regional de Medicina ou Conselho Regional de Odontologia tá então aqui deve-se Muito provavelmente aí num futuro próximo esperamos obviamente que o Conselho Regional de Medicina Veterinária também esteja incluído nessa portaria E aí falando de todo esse histórico eh de como se instalou o uso enfim a gente começa a falar um pouco algo muito rápido pelo sistema indoc canabinoide né ã vocês já tiveram uma aula Se não me engano com o professor eh Lauro uma aula incrível né linda o laurão sempre mandando muito bem nas aulas
e aqui eu quero falar um pouquinho eh da parte veterinária porque existem algumas diferenças eh e é interessante a gente saber né cada espécie tem suas particularidades isso é muito importante a gente e se atentar Ah eu gosto de fazer um comparativo para saber aonde a gente tá pisando Então veja só ó né ah a gente tá falando do de especificamente de sistema ind canabinoide mas olha que coisa doida na medicina eh lá em 1628 a gente já começou a falar de sistema circulatório identificou toda a bomba cardíaca né 1656 identificada a tiroide e toda
a questão eh e eh hormonais né que a circundam tão T3 T4 enfim já um pouquinho mais paraa frente 1898 a gente começa a falar e de sistema renina angiotensina né dessa questão eh de de de pressão arterial e questão renal enfim e sistem ID canabinoide a gente começa a falar especificamente dele em 1988 né o ano que ele foi relatado ou descoberto então a gente tá falando de um carinha aí pessoal de cerca de 40 anos 36 anos certo é é é muito pouco tempo pra nossa existência mas ao mesmo tempo é bastante tempo
né pro quanto a medicina evolui a gente tem muita coisa a descobrir a pesquisar dentro do sistema indoc canabinoide de animais humanos e não humanos mas ao mesmo tempo hoje o que a gente conhece dele já é suficiente para dar uma base para dar um alicerce e trabalhar com muita segurança e efetividade na prescrição certo e basicamente o sistema endocanabinoide ele é composto ele é composto né por três grupos sendo os canabinoides os receptores e as enzimas e as enzimas a gente precisa de uma enzima para produzir endocanabinoides e outra para degradar os endocanabinoides eu
vou tentar resumir de maneira muito rápida não perder tanto tempo aqui porque eu sei que vocês já tiveram essa aula então de canabinoides a gente tem especificamente os fitocanabinoides são os canab que a gente tem que que a gente consegue e obter a partir das plantas né da cannabis em si Então fitocanabinoides a gente tem o thc a gente tem o cbd que são os dois mais falados considerados canabinoides maiores ã os que a gente tem mais estudo no entanto a gente também já conhece em torno de 150 canabinoides dentre eles o CBG o CBC
o CBN né cannabigerol cannabic romeno canabinol que é degradação do thc além das suas formas ácidas e das suas formas varinas certo ainda nos canabinoides a gente tem os endocanabinoides então Endo né interior aquilo que a gente produz que o nosso corpo produz o corpo dos animais também produz que são especificamente a anandamida E olha que bonito né amida é substância química Ananda e oriundo do sânscrito significa Êxtase né prazer então a anandamida é a substância química do prazer e ela é na verdade ela não o thc é análogo a ela olha que bonito né
então a gente consegue Teoricamente sim suplementar a falta da anandamida ou suprir a necessidade da anandamida com thc e a gente tem o 2ag também que é o dois aracon e o glicerol cujo ah análogo dele é o cbd a gente também tem outros endocanabinoides considerados canab endocanabinoides menores no entanto e não menos importante do que a anandamida e o dois aracon glicerol então a gente tem a peia que é a palmitoiletanolamida a gente tem a OEA que é oleiletanolamida né e o nada que é o n aracil dopamina tá eh o nada eu não
tenho conhecimento sobre manipulação mas peia e OEA a gente já consegue manipular e em algumas farmácias e são produtos assim são são são são são substâncias super interessantes pra gente associar em alguns quadros né Principalmente de dor principalmente e animais atópicos né que tem aquela alergia que a gente não cura Então acho que vale a pena de repente a gente fazer uma aula só sobre esses outros endocanabinoides que eles também tem uma importância muito interessante e eles também fazem parte de todo efeito comitiva de todo aquele efeito sinérgico que a gente busca e a gente
tem também os canabinoides sintéticos tá Ah os de via sinal né de uso medicinal que a gente conhece é dronabinol nome comercial marinol e anabil Ona é o nome comercial Cesam todos eles eh eles T mais ou menos a mesma ação eles mimetizam a ação do thc tá e a gente tem também a as drogas k né ã que aí já são consideradas substâncias de abuso enfim algo muito particular é uma epidemia nos Estados Unidos tem chegado ao Brasil tá o pessoal do catx tem identificado algumas amostras com com presença eh de substância k né
de drogas k e K2 K9 scob e Spice enfim inúmeros os nomes mas ã a gente vai deixar ess esses dois carinhas pro lado confesso que na medicina veterinária na rotina clínica veterinária não se prescreve canabinoides ou pelo menos eu não tenho conhecimento da prescrição de canabinoides sintéticos né exceto pelo uso eh deles em pesquisas clínicas e Acho super interessante particularmente na clínica Eu acredito que a gente tenha de ter muita parcimônia no uso deles tá são são substâncias eh bem potentes pra gente ter uma ideia de comparativo ã começando dos endocanabinoides até passando pelos
fitos e pelos sintéticos então um fitocanabinoides pode ser de 4 a 20 vezes mais potente do que um endocanabinoide e um canabinoide sintético ele pode ser até 6.000 vezes mais potente do que um fitocanabinoides eh só desse comparativo a gente já tem noção da potência dessa substância e e de quanto eh de quanta precaução a gente tem de usá-las na rotina clínica veterinária na rotina Clínica humana eh ele é bastante utilizado a gente até pode falar um pouquinho mais lá paraa frente ã mas especificamente na veterinária Eu vou deixá-los meio apagadinho aqui tá então continuando
nossa aula ã os receptores a gente tem os dois maiores receptores na verdade os dois receptores é canabinoides né então conhecido o cb1 e o cb2 mas ã tanto fito quanto endocanabinoides não atuam só nesses dois grupos tá nesses dois receptores eles também vão atuar numa Gama muito complexa de receptores dentre eles os receptores acoplados à proteína G né então gpr55 gpr1 GPR 118 nos receptores vanilo também trpv1 2 3 4 nos proliferadores de o que seiss soma né os pepar Alfa Gama enfim também nos dicot e acetilcolina ã nos serotoninérgicos né 5 ht1 5
ht3 também nos receptores gaba principalmente na subunidade a né e nos receptores de glicina então Eh você vê que eh hoje a gente já se fala de de endocannabinoid que é a interação do sistema endocanabinoide com os demais sistemas demais receptores do organismo então é algo bastante eh massivo né a gente tem muito muita informação sobre isso E aí talvez dividir e em Pequenos Grupos fica mais fácil a compreensão partindo pras enzimas a gente tem as enzimas de síntese né de produção dos endocanabinoides Então a primeira delas é a nap é a fosfati dietanolamida fosfolipase
aí a gente tem também eh a diacilglicerol lipase pra degradação a gente tem a a fah que é a amida Hidrólise de ácido graxo e a magl que é a monocil glicerol lipase E olha que interessante a gente utiliza eh na verdade a gente conhece a gente sabe que a nap ela vai e sintetizar ela vai produzir a anandamida a partir de ácido aracdônico e a adil glicerol lipase vai produzir o 2ag também a partir do ácido araquidônico e e para degradar a amida Hidrólise de ácido graxo degrado anandamida e a monac glicerol lipase vai
degradar o 2ag pessoal ficou uma bagunça aqui um monte de escrito né aquela coisa feia mas é uma passada muito rápida só pra gente entender como funciona né do mesmo jeito que funciona nos humanos também funciona nos animais mas obviamente com suas particularidades então aqui eu trago uma fotinho basicamente receptores cb1 eles estão eh encontrados mais ou ou dispersos né ã distribuí mais em sistema nervoso e cérebro tá enquanto os receptores cb2 eles estão mais em órgãos periféricos ã e sistema imune então a gente pode falar que o cb1 ele é um neuromodulador e o
cb2 é um imunomodulador tá então cb1 a gente vai encontrar bastante em trato gastrointestinal ã no cérebro nos pulmões na musculatura nos órgãos reprodutivos e também em sistema vascular né Eh cb2 a gente encontra mais em Basso nos ossos nos pulmões na pele em algumas partes do cérebro e uma uma disseminação né uma misturinha aí entre cb1 e cb2 em fígado no pâncreas na bexiga na medula óssea e também no tronco encefálico Lembrando que tronco encefálico é aquela estrutura responsável pelo controle da frequência cardíaca e frequência respiratória aqui eu trago ã uma um relato muito
interessante né uma Como que eu posso dizer assim um resumo e feito pelo venso de Marzo né um pesquisador eh bem bastante de de grande referência na área de de pesquisa de cannabis que ele consegue eh reduzir né ou ou como que eu posso dizer eh Fechar o sistema ind canabinoide em cinco funções específicas pros organismos né Então a primeira delas é comer né Tá ingestão de alimentos enfim energia produção de energia né dormir relaxar esquecer e proteger você vê que são cinco funções e eh extremamente importantes para um funcionamento eh natural né E um
bom funcionamento um funcionamento ótimo do organismo né e obviamente que a soma de todas e assim como a o objetivo né ou a função principal do sistema ind canabinoide é trazer homeostasia trazer o equilíbrio para esses organismos Vale lembrar que é um sistema que já foi identificado desde os mamíferos até filos mais primitivos como o filo quin dária né são eh animais e bastante pré-histórico bastante antigos e que estão na terra ou na água tá E esse surgimento precoce nesses filos mais primitivos eh já traz pra gente importância desse sistema na evolução eh biológica de
todos esses organismos né na sua reprodução e sua perpetuação e de maneira muito saudável tá então ele já foi identificado em inúmeros vertebrados podemos dizer quase todos vertebrados já foi já foi identificado o sistem id canabinoide e também em alguns invertebrados tá tipo ício Mar sangue suga mexilhões nematoides se eu não me engano não foi identificado na apis melífera a aquela abelha é amarela e pretinha que faz o mel e também na drosófila melanogaster que é aquela mosquinha da banana a mosquinha bem pequenininha e muito chata por sinal né acho que é por isso que
ela é chata porque ela não tem um sistema induc canabinoide Mas enfim e aqui uma foto da Hidra que é um organismo do filo kidara bem primitivo né é um organismo Marinho e o sistema inoc canabinoide especificamente nessa espécie está relacionado à ingesta de alimentos produção de energia Então olha que legal né um carinha bastante simpático veja que não tem boca não tem olhos não tem ouvidos mas o sistema endocanabinoide nesse carinha especificamente modula a sua alimentação e aí pessoal a gente parte para uma parte eh bem importante né apesar de ser meio massiva eh
compreendo até peço desculpas mas Acho interessante a gente entender um pouco da farmacodinâmica né um pouco da F farmacocinética e tolerância né Então farmacocinética aí ah Ah o que acontece com a medicação né e administração absorção metabolização e excreção né Distribuição metabolização e excreção certo e aí a gente começa a falar um pouco sobre a farmacodinâmica E olha que interessante 1975 a gente não tinha descoberto o sistema indoc canabinoide mas a gente já tinha descoberto ah os fitocanabinoides e talvez os endocanabinoides Então olha que legal em 75 eh alguns pesquisadores demonstraram que o cb1 ele
tava bastante distribuído na região de cerebelo e de córtex cerebral e de cães tá então e nessas regiões né havia uma concentração muito maior na substância cinzenta em comparação com a substância Branca né E aí a gente lembrando um pouquinho aí de anatomia a substância cinzenta é onde a gente encontra corpos e celulares de neurônios né é axônios amielinizados e também células da glia e na parte na substância branca é onde a gente vai encontrar as fibras nervosas mais mielinizadas né a parte do axone Aquela aquele e aquele corpinho do do neurônio digamos assim tá
ã então perifericamente e em todos os órgãos e exceto oor vitrio a distribuição é muito próxima dos humanos né E olha que interessante exceto mor vitrio mas no humor acosa ela tá presente então eh a gente pode tentar controlar ou tratar o glaucoma utilizando também os canabinoides né uma concentração maior nas glândulas suprarrenais no fígado no coração no córtex renal e também no pâncreas mas nos cães a gente identificou uma menor concentração em gordura traqueia e testículos tá estudos mais recentes ah comprovam a também uma grande carga de receptores principalmente cb1 em células da parótida
e em glândulas salivares lembrando nos cães esse grande essa grande concentração de receptores no cerebelo eh pode trazer alguns problemas pra gente então em sinais de intoxicação o primeiro sinal que a gente vê é a taxia justamente por conta dessa desse grande número de cb1 em cerebelo né e o cerebelo é aquele aquela estrutura do cérebro responsável pelo controle motor pelo equilíbrio então e um cerebelo ã toxicado digamos assim e o animal ele vai apresentar eh como primeiro sinal a taxia né em coordenção desequilíbrio tá E essa distribuição cerebelar é única eh nos cães tá
as demais espécies em sistema nervoso central e periférico os cães se assemelham e muito tá exceto essa questão de cb1 em cerebelo e tronco encefálico certo ã cb1 e cb2 também foram bem demonstrados em epiderme e Derme de cães certo isso ã de maneira muito aumentada em cães atópicos eh O que traz pra gente um dado bastante curioso né Eh o sistema indoc canabinoide ele eh atua sobre demanda a gente sabe eh muito bem que o os neurotransmissores né a anandamida os ligantes digamos assim né os endocanabinoides a anandamida o doag eles são produzidos sob
demanda né diferente dos outros neurotransmissores são produzidos e armazenados em vesículas o os endocanabinoides eles são produzidos sobre demanda então pô tá acontecendo alguma coisa errada o organismo Ele já produz e já libera ali na frenda sináptica para executar a sua função né E nesse caso em cães atópicos foi observado um aumento de cb1 E cb2 então Muito provavelmente esses receptores eh atuam dessa mesma forma né são produzidos ou são aumentados sua expressão é aumentada sob demanda também Lembrando que nos o thc ele tem uma meia vida altíssima né E acima de 30 horas ou
mais ou menos 30 horas isso é tanto seu composto original Delta 9 tetrahidrocanabinol né o famoso thc quanto seus metabólitos então o thc ele ele produz se eu não me engano entre 7 e 11 metabólitos e são metabólitos ativos né o mais conhecido é o 11 hidróxi thc aí tem 11 carbox enfim tem uma infinidade de metabólitos que também vão executar funç certo de maneira um pouco mais Branda mais executa função isso corrobora para que tenha uma meia vida bastante longa né Lembrando que o thc e é uma substância que sofre ou ou passa por
uma circulação enterohepática e por isso tem a sua meia vida prolongada né Relembrando rapidamente aí a circulação Inter hepática Então e o fármaco a substância ela passa do fígado para bile né aí ela vai para intestino delgado no intestino delgado é absorvida pelos enterócitos que volta paraa fígado né e e se distribui aí o o o É metabolizado pelo corpo tá o cbd de 2 a 5 mg por kg intravenosa ele apresenta uma grande um grande volume de distribuição nos cães e a meia vida é curta né quando comparada com thc uma meia vida de
7 A 9 horas e ele parece não se acumular e no organismo ao longo do tempo diferente do thc o thc ele tem uma lipofilicidade muito alta né então ele se liga muito bem ele se atrai muito bem eh a gordura e aí por isso ele acaba se eh distribuindo bastante em gordura e corrobora para ter uma meia vida mais longa certo diferente do cbd ã nos gatos a gente já tem o cbd né estudos comprovando que o cbd por via oral durante 3 meses eh o cbd vai apresentar algo semelhante eh aos cães né
então ele tem em torno aí de 7 A 9 horas eh de meia vida e também não cumulativo ã esse trabalho os pesquisadores e notaram que em hemograma e bioquímica mensal e apenas um gato Apresentou um aumento de de enzimas hepáticas e se eu não me engano esse trabalho eles estavam utilizando 10 ou 20 gatinhos não lembra a certo tá pessoal e chegaram à conclusão que o cbd ele é melhor absorvido absorvido pela via oral e e emocionado né sempre junto de alguma gordurinha nos cães eh eles metabolizam os canabinoides de maneira bem diferente dos
humanos e aí é até hoje né até a atualidade a gente não compreende muito bem esses metabólitos se eles são ativos ou não né e a princípio a gente então lida como se fosse em humanos entendendo um pouco disso né mas o pouco de informação que a gente tem já é bastante importante por exemplo nos humanos a gente tem a formação de metabólitos como 11 carboxil hidróxi delta9 thc né enquanto nos cães a gente tem o oito carbox hidroxi delta9 thc né nos humanos a gente tem o 11 hidroxi delta9 thc nos cães a gente
tem o oito hidróxi delta9 thc isso é bastante importante por qu pessoal Num caso de intoxicação Num caso de sobredose se o animal chega na clínica e a gente faz um teste rápido eh com aqueles testes de urina Muito provavelmente eles não vão ser eficazes eles não vão mostrar pra gente o que deveriam mostrar porque esses testes de urina eles estão eh eles têm uma especificidade muito maior Pro 11 hidróxi 11 carboxi e não pro oito hidróxi ou oito carboxi então ele pode dar pra gente um resultado falso eh falso negativo certo então sempre muita
atenção muito cuidado sempre tentar juntar sinais clínicos com informações que o tutor passa pra gente em 2018 um grupo de pesquisadores executou um trabalho bem interessante Então eles utilizaram 30 cães dividindo em seis grupos né então seis GR grupos de cinco animais e cada grupo e esses animais receberam 10 mg por kg e ao dia ou 20 MG por kg ao dia de cbd broad Spectrum E aí quando a gente fala de broad Spectrum pessoal é um óleo que tem eh cbd ã terpenos flavonoides mas é isento de thc tá ele não tem nada de
thc ã as doses administradas foram de 75 mg de cbd a cada 12 horas ou 150 MG de CB a cada 12 horas então né sendo 10 mg por kg a gente sabe aí que os cães pesam aí entre 7 e 8 kg tá E durante as 12 horas seguintes a primeira fase a primeira dose perdão foram avaliadas as concentrações de eh plasmáticas do cbd né para determinar a meia vida relativa de três formulações especificamente um óleo rico em cbd eh um óleo micro encapsulado e um creme transd e aí eh pode notar que concentração
plasmática avaliada nas primeiras 12 horas nas na semana 2 4 e 6 eh houve um aumento né uma grande absorção ou retenção e pelo óleo rico em cbd né que era ã maior do que o óleo microencapsulado que era maior que o creme transdérmico certo e os cães que receberam eh 10 mg kg ao dia tiveram concentrações plasmáticas máximas de 649 n e o de 20 MG 903 nanog então você vê que mesmo dobrando a dose a gente não tem concentrações plasmáticas dobrando também né então isso mostra um pouco da limitação do organismo em metabolizar
ou transformar em algo em metabólitos realmente ativos eficazes eficientes aí pro tratamento ã eram executados hemogramas completos quinzenalmente né Bem como a bioquímica e análise urinária desses animais antes e depois da administração das doses de cbd tá depois de seis semanas eles avaliaram efeitos adversos E aí efeito adverso mais proeminente né mais observado era diarreia independentemente da dose e ela pode ser ocasionada pelo próprio cbd ou talvez pelo veículo que foi utilizado nesse caso ã TCM né triglicérides de cadeia média nos animais que fizeram uso do cbd transdérmico né do Pet transdérmico adesivinho na pele
a apresentaram eritemas eritemas Então aquela vermelhidão né um pouco de [Música] eh pelinha um pouco mais sensível né ã enfim a urinálise e o hemograma não não revelaram diferenças significativas e a bioquímica Apresentou um aumento de fosfatase alcalina em 36% dos cães né de 11 30 de 30 animais 11 apresentaram aumento de fosfatas alcalina ela pode estar relacionada eh com ã contaminação de thc né E mesmo que mínimas doses e Esse aumento de fa ele é adaptativo né com o tempo o organismo Ele chega num platz e passa a reduzir e quando você para o
tratamento a tendência é que a fosfatase alcalina volte aos seus valores eh padrões já falando um pouco da farmacocinética em felinos né em 2023 foi lançado um estudo para entender a biodisponible idade do cbd em animais em jejum e animais alimentados tá eh eles utilizaram a dose de 5 mg por kg de cbd também isolado nesses felinos né e um aumento de quase eh foi observado né um aumento de quase 11 vezes na biodisponibilidade do cbd para aquele grupo que era alimentado que era que o cbd era administrado depois da Ração comparando com o grupo
em jejum mais uma vez corroborando pros dados aí da lipossolubilidade dos canabinoides e a necessidade da gente fazê-lo sempre com animal de barriga cheia né bem alimentado não em jejum Olha que interessante a concentração máxima do cbd pro grupo em jejum foi de 269 Nan por ml enquanto do grupo que foi alimentado a concentração máxima de 465 n por ml né não chega a ser quase o dobro mas é algo bastante relevante né pessoal foi observada que a meia vida do cbd era de 4.1 horas no grupo em jejum e enquanto do grupo alimentado era
de Quase 6 horas muito interessante né isso permite indicar que a administração eh do cbd principalmente seja feita duas ou três vezes ao dia certo pra gente poder manter a concentração circulante eh nesse organismo né é muito melhor do que uma vez ao dia o gato a gente sabe que tem suas particularidades fisiológicas né é um animal deficiente em algumas enzimas né algumas medicações por exemplo a de pirona a gente indica que faça uma vez só né ao dia diferente dos canabinoides que nesse caso aqui os autores conseguiram comprovar que duas a três vezes ao
dia a gente tem uma eficácia muito maior no tratamento em 2021 também rolou um estudo muito interessante né E era um estudo específico sobre a segurança eh de doses crescentes nesses animais nessa espécie animal eh para cbd isolado eles conseguiram chegar até 30,5 MG por kg e thc isolado 41,5 MG por kg gente isso já dá uma base eh muito segura pra gente trabalhar tá eh quando foi feito dose combinada desses canabinoides né tanto cbd quanto thc a dose reduz bastante né Muito por consequência do efeito comitivo que a gente já conhece então Eh quando
utilizados de forma combinada eles conseguiram chegar até 8.4 MG por kg de cbd e 13 MG por kg de thc é um estudo que durou entre 6 e 7 semanas tá ã conseguiram relatar os metabólitos e nos felinos o sete carboxil hidroxi cbd e o 11 hidroxi thc veja que aqui os felinos eles têm um metabólito igual aos seres humanos né diferente dos cães os cães produzem o oito hidroxi né ã tanto o cbd quanto S carbox hidroxi atingem as concentrações plasmáticas máximas de 236 nanog por ml e 49 nanog por ml respectivamente enquanto o
thc e o 11 hidróxi thc e atingem 518 nanog e 6,8 nanog Então veja como o tgac El é muito mais absorvido a gente costuma dizer que os gatos são animais inflamados por natureza né E talvez essa inflamação e seja a chave deles eh suportarem né ou ou trabalharem com cargas tão altas de thc e não apresentar eh tantos efeitos colaterais como os cães então após 10ª e a 10ª e a 11ª dose né ao final das doses os dados foram coletados eles indicam que a concentração plasmática mais elevadas e dos canabinoides e dos metabólitos
foram alcançadas após a administração eh de cbd e thc combinados eh versus o os fármacos né o os canabinoides administrados de forma isolada então mais uma vez comprovando a necessidade do efeito comitivo né E esses efeitos adversos relatados eh Eles foram tidos como leves eh e transitórios resolvidos Sem intervenção médica e sem maiores preocupações mas um ponto super positivo mostrando a segurança dessa alternativa terapêutica né pessoal os sinais que eles apresentaram tinha muita relação com o trato gastrointestinal né e observad geralmente após administração do TCM do trigliceres de cadeia média então a gente sabe que
os gatos eles são animais eh bastante seletivos né Tem um Paladar bastante seletivo então é fato que quando a gente dá um volume grande Principalmente um veículo ol oso como TCM acaba eh aumentando a salivação né E às vezes até ocasionando uma pequena diarreia nesses animais né também foi observada a letargia hipotermia at taxia e ataxia perdão e protusão de membranas nictitantes né Eh isso com relação à administração de óleos contendo thc Então veja que são e sinais e de sistema nervoso né o thc é sempre esse carinha que vai atuar de maneira muito mais
forte em sistema nervoso tá pessoal e não foram observadas alterações nos nos parâmetros bioquímicos muito interessante também né mantém um animal estável é uma uma terapêutica segura e uma terapêutica bem eficiente agora nos cães né ã outros pesquisadores demonstraram eh já partindo saindo da farmacocinética partindo paraa tolerância tá pessoal eh os pesquisadores conseguiram demonstrar a tolerância nos cães frente ao th então eles induziram a taxia estática nesses cães né administrando de forma intravenosa 0,5 MG por kg de thc nesses cães e revertia a a taxia com o cbd tá E essa taxia nessa tolerância pro
thc tanto para induzir A taxia quanto do cbd para reverter a taxia foram observadas tá então sempre importante a gente acompanhar de perto nosso paciente e titular eh a dose que a gente tá administrando mais uma vez eh abro umas aspas aqui pessoal aqui esses pesquisadores estão falando de substâncias né de canabinoides isolados thc isolado cbd isolado muito Possivelmente quando a gente usa eh concomitante a gente tem o efeito eh entur Rage Possivelmente a gente eh não Observe de maneira tão Intensa como essa tá a gente vai observar mas com janelas maiores né mais espaçadas
essa tolerância no entanto essas tolerâncias elas reduzem elas regridem 7 dias após a o término da administração então a gente pode dizer que esses eh receptores eles acabam eh engur né entrando pra célula né e depois que a gente para a administração cerca de 7 a 10 dias eles voltam a se expressar nas células então é uma tolerância tá a dose intravenosa de tega ser necessária para induzir a taxia nos cães Então ela aumentou de 05 MG por kg para 161 MG kg após 80 dias de administração a cada 8 dias então Eh basicamente 10
aí né pouco mais de 10 administrações os cães também apresentaram essa tolerância sobre administração intravenosa de thc que ã foi demonstrada eh ainda 23 dias após a última dose e em humanos pessoal tem alguns trabalhos que relatam que 28 dias e sem uso de canabinoides a gente já tem Ah uma uma recomposição de todos esses receptores principalmente do cb1 tá então é sempre bom fazer essa desintoxicação né esse detox do uso e medicinal da cannabis também demonstra os efeitos analgésicos dentro de 8 dias em cães submetidos à dor de dente certo e E aí a
gente sai dessa parte de de farmacodinâmica farmacocinética e tolerância e parte pras indicações né como a gente pode utilizar ou e aonde né Nós vamos utilizar a cannabis na medicina veterinária de maneira muito eh rápida assim pessoal hoje pros sintomas clínicos mais comuns e o que tem mais evidência científica na medicina veterinária é o uso e como analgésico para osteoartrite canina e como anticonvulsivante para lepsia seja para cão ou para gato tá ponto Essas são as duas patologias que existem mais trabalhos na medicina veterinária no entanto tá em 2016 a gente faz um aglomerado né
os pesquisadores apresentam um aglomerado de situações de patologias que eles têm utilizado com sucesso nos animais Então veja aqui né a gente tem a questão de desordens cardiovascular né geralmente a gente utiliza eh eh canabinoides sintéticos nesse caso de pesquisa então aqui ó bloqueio do receptor cb1 com rimonabant rimonabant é um antagonista de cb1 né melhora as funções cardíacas depois de um infarto de miocardio né ã o endocanabinoide ele tonifica a supressão cardíaca né a contração cardíaca eh na hipertensão em ratos né tratamento com ronabar eh aumenta significativamente a disfunção cardíaca e protege contra a
C Cardi necessidade induzida pela doxorubicina né um um um anticancerigeno certo ã como câncer também alguns relatos né ã paraa dor mais 2 3 4 5 relatos para asma também é utilizado né Principalmente aqui thc como já foi mencionado né veja estudo de 2003 pessoal controle de vômito e náuseas também relacionado nos animais Então veja que ão eh existem bastante evidências né só que assim como todo estudo de Caná que você lê chega lá nas conclusões a gente sempre lê né faltam mais estudos pra gente eh trazer evidências concretas enfim eh é sempre interessante a
gente fazer esse esse essa pesquisa essa busca porque com certeza a gente vai achar alguma coisinha que pode nos ajudar na nossa rotina Clínica né ó eles relatam também a questão da diabete eh se eu não me engano dois acho que foi 201 ou 2020 não sei foi identificado mais um canabinoide é a can Bim vona que ela tem ou parece apresentar propriedades muito interessantes pra diabete né então talvez nos próximos anos aí a gente ten a gente ten canabinoides específicos pro controle pro tratamento da diabete também observado aqui na inflamação de retina e na
ingestão de alimentos e ganho de peso Mas na rotina Clínica a gente consegue aplicar em bastante patologia com sucesso né no caso dos cães para comportamento agressividade para ansiedade problemas de pele como a gente já falou o caso da atopia dor crônica epilepsia eh sinom né que é uma patologia endêmica da nossa região do nosso país eh é muito é é muito interessante como ela atua em sistema nervoso central geralmente quando o animal sobrevive da da sinomo perdão ele acaba eh desenvolvendo né algum algum alguns movimentos involuntários né a gente chama de Tic e a
cannabis ela vem dando ã um conforto né uma qualidade de vida e reduzindo significativamente esses movimentos involuntários da sinomo né ou da resquícios da da sinomo ã já nos gatos a gente pode trabalhar né ou atuar frente ao trato urinário lembra lá da da localização S anatômica de receptores em bexiga tá principalmente doenças infecciosas ou de Trato respiratório os gatos eles respondem muito bem ao tratamento quando a gente faz pela Via intranasal é muito interessante tá pessoal uma gotinha intranasal dos gatos ajuda demais eh quando a gente tá em tratamento né Lembrando que os gatos
eles são e bem particulares né É muito difícil da gente dar um comprimidinho ou até mesmo uma gotinha na boca do gato e aí pelo nariz pela Via nasal pode ser uma uma via muito interessante que facilita muito a aderência ao tratamento pelo tutor né problemas de pele ansiedade comportamento doenças odontológicas tem alguns relatos também de gengivite estomatite né aquela inflamação de língua e cavidade oral nos gatos então o animal ele saliva muito ele para de comer e com o uso do Óleo né a gente tem duas ações já tanto local quanto sistêmica e acaba
diminuindo bastante essa inflamação dando um suporte muito legal pra vida do do bichinho tá dor crônica e epilepsia também bem interessante e aí a gente começa a falar de alguns trabalhos específicos para algumas categorias por exemplo na dor né hoje a terapia de controle da dor veterinária ela também é baseada nas diretrizes eh para controle da dor em humanos né a gente entende que os animais são animais sencientes então uma premissa básica é Se dói em mim dói neles certo então Então a gente tem de levar em consideração isso e em 1974 alguns autores já
evidenciavam ação analgésica do thc né frente ao comportamento de dor em cães que tinham ã a polpa dentária cometida né De certa forma induzida uma lesão em poupa dentária para produzir dor em cães ainda na questão de dor né ã em outro trabalho os pesquisadores avaliaram a presença de endocanabinoides em líquido sinovial dos cães e eles notaram uma concentração maior eh do do 2ag do dois aract glicerol nos joelhos de cães que eram portadores de osteoartrite né isso h quando comparado com a articulação contralateral que não estava cometida com óreo Artrite tá muito interessante corrobora
para aquela ideia de que H os endocanabinoides e talvez os receptores canabinoides são eh acionado sob demanda né E existe uma e existência desses endocanabinoides em fluidos sinoviais e tecidos inflamados eh próximos a esse essa patologia aponta para um potencial muito alto da modulação da dor bem como a modulação é antiinflamatória desse quadro né a gente sabe que a cannabis ela é um potente antiinflamatório né cerca de duas vezes mais potente que o ácido acetil salicílico aliás duas vezes mais potente que a hidrocor zona e até 20 vezes mais potente que o ácido acetilsalicílico então
Eh ela ajuda e muito nessa questão antiinflamatória ainda na dor alguns autores fizeram ã uma pesquisa suplementando eh a ração de animais eh com câh né É aquele aquela maconha que tem até 0.3% de thc certo rica em cbd E aí eles observaram propriedades analgésicas que podem ser adjuvantes na terapia da osteoartrite então além da terapia com óleo pela via oral a gente também deve entrar com essa eh formulação né com esse suplemento de câh eh para os animais e essa suplementação adicional foi eh descrita pelos pesquisadores que permitiu uma redução ou uma eliminação do
uso da gaba pentina que é considerado também um analgésico é especificamente paraa dor neuropática Olha que interessante né pessoal a gente sempre fala muito aí da interação medicamentosa é um perigo é um perigo Claro mas quando a gente entende eh como as moléculas funcionam e como essas moléculas interagem talvez essa interação medicamentosa ela pode ser usada de maneira muito inteligente né a gente pode reduzir essa essa dose da gaba pentina inserir ã o óleo de cannabis porque a gente sabe que os canabinoides vão potencializar a gaba pentina Então a gente tem uma um resultados muito
maiores com doses muito mais baixas certo economia de tratamento né prevenção de efeitos colaterais enfim só tem a ganhar passando da dor PR epilepsia né a gente entende o cbd eh que o cbd atua como anticonvulsivante ao interagir com vários alvos e várias vias né Principalmente eh no bloqueio aí da entrada da captação de cálcio paraas células né que da motricidade enfim eh também atua em soidade zado dos receptores gaba que também é um receptor inibitório enfim a gente consegue modular muito bem esses sinais elétricos da epilepsia né eles chegam todos bagunçados e os canabinoides
acabam regulando para e tipo gente tá tudo bem calma a gente não precisa ficar tão acelerado assim as coisas vão ficar bem né eles funcionam como um um belo modulador e desse sinais desses impulsos nervosos e lembrar obviamente que a epilepsia é uma patologia crônica e na grande maioria das vezes o tratamento canabinoide e e o alopático também ele vai ser AD eterno né para toda a vida do animalzinho ah alguns pesquisadores né os pesquisadores fizeram um trabalho com cães Ah associando o extrato de câh ah a 2,5 MG por kg de cbd junto de
anticonvulsivantes convencionais né nesse caso o fenobarbital E aí eles observaram uma incidência de 33% na redução das convulsões eh quando comparado com o grupo controle certo isso é muito interessante tem muita relação com a interação medicamentosa que já foi falada né a gente sabe que os canabinoides potencializam o fenobarbital então a gente necessita de uma menor dose de fenobarbital quando utilizado concomitante com os canabinoides e a gente tem H efeitos muito interessantes né um controle muito interessante nesse caso os pesquisadores comprovaram aí 33% da eficácia do tratamento o extrato de cbd com ácido cbd mas
os medicamentos anticonvulsivantes também reduziram a frequência dos ataques epiléticos demonstrado por outro grupo de pesquisadores Então vê que a gente tem fonte né pessoal na rotina Clínica também a gente vê isso de maneira muito ã muito visível né ã É bem interessante ã Às vezes a gente e encontra alguns colegas trabalhando com altas doses de fenobarbital ou ela não se segura por completo As crises convulsivas ou quando segura o animal fica prostrado no chão né literalmente jogado ah cortou a crise convulsiva controlou cortou né controlou mas não é mais um animal né ele fica o
dia inteiro parecendo uma almofadinha ali só deitado cara isso é horrível e quando você entra com a cannabis você consegue trazer qualidade de vida para esse bicho né ã tem alguns casos que se não entrou com terapia alopática é é possível indicar como primeira escolha o o uso de canabinoides obviamente tem que ter um domínio eh da dessa Medicina né dessa ferramenta terapêutica e com muita parcimônia é possível mantê-lo só com óleo de cannabis né isso em alguns pequenos casos na grande maioria dos casos é interessante a gente fazer a terapia concomitante ou se já
está instalada a terapia com alopáticos vale a pena a gente tentar desmamar e reduzir essa dose até mesmo para prevenir uma sobrecarga hepática que é ocasionada eh na sua maioria pelo fenobarbital mas também eh é somada ao uso de canabinoides principalmente thc passando da epilepsia paraa atividade anti-inflamatória como a gente já mencionou Lembrando que a inflamação é uma resposta a diversos estímulos do nosso organismo e ela de certa forma ela serve para se para para nos defender né e manter o equilíbrio do organismo então atividade inflamatória né quando a gente tem algum eh desacerto no
organismo o nosso próprio organismo já manda algumas células para controlar né para tentar apagar esse incêndio obviamente quando ela passa a ser crônica né instalada há mais de TRS meses aí ela executa papel significativo na progressão e no desenvolvimento de diversas patologias o que obviamente não é interessante pros pacientes e aí os pesquisadores notaram que o cbd ele exerce uma atividade através de múltiplas vias nessa questão antiinflamatória então ele diminui a infiltração eh de células imunes né ele inibe a a liberação de citocinas pró-inflamatórias prostaglandina citoquininas enfim ã ele também estimula a proliferação de células
t regulatórias e bloqueia a proliferação de células T efetoras né as células que vão reconhecer os antígenos alimentos suplementados com cbd eh e oferecido a cães né esses cães apresentaram uma diminuição na coceira quando comparado aos cães que não foram alimentados com cbd e dessa forma não eh eh dessa forma administrada né não teve nenhum tipo eh de de diferença ou não afetou a atividade diária desses animais né eles não ficaram prostrados não ficaram apáticos enfim Então veja que de fato Como já foi falado né Essa essa esse enriquecimento eh cbd na ração dos animais
também passa a ser uma atividade bastante interessante ã outros autores relataram que o prurido associado à dermatite atópica ele é aliviado por terapia adjuvante de óleo de cannabis eh da mesma forma eh ou ou ou perdão um óleo eh produzido de maneira equilibrada entre cbd e ácido cbda Então como ah a gente já havia falado né ã animais que têm eles apresentam um recrutamento maior aí de de endocanabinoides de receptores canabinoides e quando a gente utiliza um óleo equilibrado em cbd e cbda a gente consegue observar um alívio na coceira né no prurido desses animais
atópicos passando aí da atividade antiinflamatória para modulação de comportamento certo então na questão de comportamento agressividade e idade eh a gente leva em consideração que o medo né vai gerar agressões e o medo ele tende a ser uma resposta fisiológica normal do nosso organismo mas quando ela é exacerbada ou quando o animal se sente eh muito ã eh como que eu posso dizer assim muito fechado ele acaba eh tendo como resposta a agressão Lembrando que os agentes estressores persistentes vão levar esse animal a uma ansiedade crônica o o que de fato é preocupante desequilibra e
todo o organismo né acaba gerando até mesmo um comportamento compulsivo nesses animais isso é muito observado principalmente em gatos tá e lembrar que o cbd ele atua em cb1 né é um agonista parcial de cb1 e ele vai aliviar o stress crônico eh e o uso eh contínuo vai melhorar muito a ansiedade e comportamento dos animais obviamente além dos dos dos receptores canabinoides cb1 e cb2 o cbd também atua modulando 5 ht1 a né um receptor serotoninérgico e os vaniles trpv1 né também ajudando auxiliando a reduzir a ansiedade e ã autores alguns pesquisadores executaram o
trabalho né utilizando cbd em cães de abrigo e relataram que o comportamento agressivo desses cães ele foi bastante reduzido frente aos humanos quando Eh esses animais receberam um óleo de cbd né e foram comparados a um grupo que não havia recebido óleo de cbd Então veja que é muito interessante é claro que não é não faz milagre né pessoal não adianta você ir lá né um animal de abrigo vai lá pinga uma gotinha Nossa olha tá bem não né existem eh além do Óleo a gente precisa eh enriquecer o ambiente a gente precisa trabalhar muito
bem onde esse animal tá inserido Porque toda toda essa abordagem eh multidisciplinar eh traz efeitos muito mais rápidos e duradouros ainda em comportamento e agressividade enfim um trabalho desse ano muito interessante né os pesquisadores eh quiseram determinar o impacto da dose diária de 4 mg por kg de cbd em cães que estavam submetidos ao stress repetido durante 24 semana então essa questão de stress e ansiedade eles avaliaram através de uma série de parâmetros fisiológicos e comportamentais depois eh de expor Esses animais repetidas vezes a um período né ou uma pequena viagem de carro a gente
sabe que não é não é da natureza normal do do cachorro ou do gato viajar né Possivelmente eles podem desenvolver uma cetose Aquela aquele mal-estar né pelo movimento enfim e aí os pesquisadores eh eh colocaram os animais né em stress e ansiedade por viagem de carro e aí fizeram a avaliação da diminuição ou controle desse stress com administração de cbd na dose de 4 mg por kg tá olha que interessante eh primeiro né o teste para induzir ao stress os resultados indicaram que foi com sucesso né Então essa viagem de carro de fato ocasionou estress
e ansiedade nesses cães certo e algumas medidas de stress foram significativamente influenciadas pela administração do cbd indicando que a essa dose di área de 4 mg por kg ela apresenta um efeito ansiolítico leve nos cães quando eles viajam de carro isso é muito legal tá pessoal a gente consegue trabalhar com uma substância eh que vai manter o animal de e eh muito estável hemodinamicamente né Sem alterar eh frequência cardíaca respiratória ou padrão de pressão tá bem diferente do que muito veterinário recomenda hoje o que eu acho posição particular tá pessoal acho um absurdo é é
tem veterinário que recomenda acepran né acepromazina pra pro tutor administrar no cachorro quando vai viajar eu acho isso daí um pouco doido né acepromazina Ele é um potente hipotensor eh eu acho que o uso dela deve ser sempre em ambiente hospitalar Clínico com animal monitorizado enfim óbvio né Cada um tem suas condutas particulares eu prefiro sempre no menos é mais eu acho que nesses casos definitivamente o cbd ele vai trazer efeitos de maneira muito mais segura quanto comparada com os fenotiazínicos E aí a gente já viu as indicações agora vale a pena a gente falar
um pouco também das contraindicações né importante para poder trabalhar com segurança a primeira contraindicação é sobre doença cardiovascular apesar da gente já ter visto alguns estudos ali atrás que tem sido utilizado com sucesso no caso de doença cardiovascular Principalmente as cardiomiopatias hipertróficas né que e tem um aumento então uma hipertrofia e dessas e da parede cardíaca a gente deve evitar por qu e espessamento de parede cardíaca a gente diminui a câmara cardíaca né por consequência diminui o volume de sangue que tem lá então a gente tem uma alteração eh pode ocasionar uma alteração de pressão
né levando a principalmente a síncope né ao desmaio Lembrando que o receptor cb1 ele e executa um efeito inotrópico negativo né inotrópico é a força de contração certo Existem os efeitos inotrópicos e efeitos cronotrópicos então inotrópico é força de contração cronotrópico frequência de contração certo ah então o cb1 principalmente ele atua como um inotrópico negativo então ele diminui a força de contração então diminuindo força de contração diminui o débito cardíaco tá débito cardíaco ele refere principalmente o volume de sangue que esse coração consegue ejetar pro organismo tá então diminui o volume de sangue há uma
hipotensão Possivelmente a gente pode ocasionar um desmaio tá ficar sempre esperto com patologias hepáticas sempre bom acompanhar esse fígado esse perfil hepático do animal Tá mas é possível entrar com segurança patologias renais também a gente tem que ter um pezinho atrás sempre avaliar a função renal desse rim eh desse paciente perdão mas Lembrando que a gente também eh tem bastante receptor em eh em em rim né em cápsula renal então de certa forma ele é interessante ele diminui inflamação insuficiência renal aguda eh Já li alguns relatos já vi alguns relatos que funciona de maneira bem
interessante né então acho que vale a pena a gente ter um pouco de atenção com relação a isso obviamente nos neonatos pra gente não interferir de maneira tão abrupta na questão eh da neurogênese desses animais da formação de novos neurônios e na sinaptogênese né na formação de novos sinapses ou conexões neuronais então sempre bom ter muito cuidado no uso de neonatos e outro quadro que a gente contraindica é nos casos de prenhez certo quando o animal está eh está prenha está grávida tá eh se eu não me engano cerca de 10% da concentração de canabinoides
da mãe passa pro feto né e isso é um ponto importante da gente tem em mente e aqui eu trago um estudo recente desse ano um estudo feito com 10 macacos resos tá eh divididos em dois grupos de cinco animais obviamente um grupo foi exposto ao thc e outro grupo não foi exposto ao thc então eram macacas que estavam prenhas tá eh lembrando os animais expostos ao thc o grupo de animais expostos ao thc ele comia eh e o os pesquisadores eh forneciam eles comestíveis contendo thc antes da Concepção E durante toda a gravidez né
e depois os pesquisadores realizaram exame de ressonância magnética para avaliar o desenvolvimento cerebral do feto certo lembrando aí que os macacos eles têm uma uma uma um período de 150 a 180 dias de gestação certo e essa ressonância foi realizada nos dias 85 110 135 e 155 da gestação no dia 155 Essas macacas foram eh eh foram expostas à cesárea pra coleta de líquido céfalo raquidiano e também de tecido cerebral dos feinhos os resultados né os autores relatam micro alterações cerebrais né o que resultou em mudanças nos tecidos cerebrais como um aumento das atividades das
células da glia e as células da glia basicamente Elas têm como função proteger nutrios neurônios mas também observaram desregulação cerebral certo foram encontrados dois micro rnas que estão Associados à orientação axonal desregulada e sinalização de netrin metrina é uma proteína do cérebro né relacionada aos disturbios e desenvolvimento de doença neurológica os resultados Então essa orientação acional ela tem relação com o desenvolvimento neural né então a gente vai ter possivelmente um atraso cognitivo né Essa presença de nitr é uma proteína que fortalece a sinaptogênese então na diminuição da netr a gente tem eh uma menor sinaptogênese
né sinaptogênese é a criação de novas conexões entre os neurônios e foi observado também distúrbios de desenvolvimento e possível doenças neurológicas certo a conclusão a curto prazo não houve anomalias ou alterações no cérebro no tamanho do cérebro do grupo dos animais que foram expostos ao thc contudo pessoal os autores alertam que os efeitos do thc eles podem se manifestar à medida que esse cérebro vai se desenvolvendo que ele vai se amadurecendo né E aí indica a necessidade de mais estudos pra gente poder entender completamente o risco e aqui eu abro eh mais um chamado que
é muito difícil né com relação ao comitê de ética obviamente é muito claro né como que a gente vai expor um animal eh a vida toda né desde a concepção até sua sua vida adulta a altas doses de thc de fato é algo muito complicado e acho que vale a pena a gente nessa questão em si a gente ter um posicionamento mais conservador né evitar de utilizar canabinoides em animais premis e aí falando do uso das indicações vale a pena a gente falar um pouquinho sobre intoxicação também né H Geralmente os quadros de intoxicação eles
estão relacionados ao thc né que é mais Evidente a sua função em sistema nervoso central e um ponto interessante é conforme o mercado ele vai se regulamentando ele vai crescendo aumenta o número de casos também isso é muito Evidente né e há registro disso tanto em Estados Unidos Quanto em Canadá conforme os estados foram regulando principalmente o uso Recreativo de cannabis eh por consequência o o o número de animais intoxicados por cannabis também foi aumentando nos centros de intoxicação animal né isso tem relação eh às vezes por vacilo do dono né que acaba tomando a
medicação dele e deixa no lugar que o animal eh tem acesso ou o cara sei lá compra dois três brigadeirinhos e o animal acaba comendo um então é sempre muito bom a gente ter eh conhecimento sobre essa questão de intoxicação para poder abordar e dar o tratamento adequado pro paciente e lembrar que ela não tá só relacion a ingestão de matéria vegetal sei lá às vezes o tutor do animal planta cannabis em casa e o animal tem acesso né acaba comendo essa planta ou o cara eh esquece um comestível ali e o animal come ou
até mesmo ã um veterinário que não sabe prescrever não domina a prescrição de canabinoides ou o tutor faz administração de uma dose errada e esse animal chega intoxicado na clínica também é interessante a gente saber como abordar e como tratar né Lembrando que historicamente os casos eh de intoxicação eles são maiores com matéria vegetal então ingestão de matéria vegetal eh segundo lugar ingestão de comestíveis e um bolinho um pirulito enfim um Gam né E por terceiro eh menos registrado questão de erro médico Lembrando que os cães né Eh são é é a espécie ã com
maior exposição relatada nos centros de controle de intoxica ação animal dados dos Estados Unidos isso aqui tá pessoal eu acredito que aqui no Brasil a gente já deve começar a desenvolver um trabalho frente a isso porque quando Ah regulamentar e legalizar o uso aqui no Brasil a gente vai eh Possivelmente acompanhar esse mesmo fenômeno que já aconteceu nos países que regulamentaram né os gatos e outros animais de companhia também são descritos são relatados nesses controles de nesses Centro de Controle de intoxicação animal mas em menor quantidade e lembrando que os cães eh de todas as
idades podem ser acometidos mas o que a gente vê mais são os jovens né ah por quê Porque os idosos eles têm um sistema endocanabinoide menos responsvel responsivo então eles precisam de doses muito maiores para apresentar ã efeitos colaterais ou sinais de intoxicação Lembrando que a dose letal mínima de thc ela é muito alta tá pessoal é maior é maior do que três an 9 g de matéria vegetal por quilo de animal então para um cachorro e de 10 Kg morrer por ingestão de cannabis ele precisa comer mais de 90 g de cannabis tá eu
acho bem difícil porque a partir ali a partir das primeiras gramas que ele comer e já meio que sentir o sabor e as vertigens ele vai parar de comer e já vai vomitar vai colocar para fora né e isso é muito Evidente porque a gente não tem registro de animal ou de óbito de animal pelo uso de cannabis tá a dl50 ainda não foi estabelecida dl50 é dosagem letal 50% então é a dose e de um fármaco e que vai ocasionar morte de 50% de um grupo de animais estudado tá e ah algo que eu
chamo atenção aqui é que a gente sempre deve observar a composição desse óleo né o conteúdo de thc desse óleo pra gente evitar ou minimizar a possibilidade de ocasionar efeitos colaterais aí nos pacientes e sem sombra de dúvida buscar por olhos de associações que tenham o coa né o certificado de análise isso dá pra gente uma segurança enorme e digo de olhos fechados que é possível né a partir de um óleo com coa é possível a gente instalar uma terapia canabinoide em animais de maneira muito segura sem observar efeitos colaterais porque a gente sabe o
que a gente tá administrando para esse animal né se V falar que em uma gota tem sei lá 5 0,5 MG de thc então naquela gota a gente sabe especificamente que tem 0,5 MG de thc isso é fundamental para que a gente tenha sucesso e que nosso tratamento seja eficiente tá pessoal sem Expor os animais a nenhum tipo de situação desagradável ou descontrolada Lembrando que os sinais clínicos depende muito muito da via de administração né quando pela Via digestória pela via oral eles têm início entre 30 e 120 minutos e quando pela Via inalatória em
torno de 5 minutos a gente já começa a observar os efeitos via inalatória por qu não é comum a gente fazer uma inalação de canabinoides em animais no entanto tem alguns tutores que são meio malandr né acabam fazendo a peruana aí no cachorro né ou no gato que é quando o cara puxa né ele dá uma tragada E aí ele solta no focinho do animal não recomendo não aconselho e não gosto de quem faz isso tá pessoal é desagradável é são animais exploradores pelo focinho Imagina a gente colocar uma né administrar uma substância muito quente
algo super irritante eh num órgão ou fa ativo desses animais então de fato a gente tá ocasionando um stress Grande para eles tá lembrando que o thc é eliminado pelas FZ né Grande a grande parte dele é eliminada pelas feses em torno de 60% e também sofre recirculação entre hepática como a gente já falou e por conta disso prolonga sua eliminação né trazendo uma meia vida muito mais longa e em casos de intoxicação a recuperação em torno de 12 24 horas mas há relatos né Há registro de casos que demorou até 96 horas para esse
animal voltar ah ao seu funcionamento normal digamos assim tá ter a recuperação totalmente estabelecida a ainda na intoxicação aqui eu apresento para vocês uma tabelinha com os sinais clínicos mais comuns observado em cães e gatos Então essas duas primeiras a gente fala dos cães na Coluninha da esquerda os mais comuns a taxia em coordenação justamente por conta do maior número de receptores cb1 em cerebelo e tronco encefálico letargia depressão balançar de cabeça geralmente o animal ele fica com a cabecinha bamboleando né tem um headshake midríase que é a a a pupila dilatada sem sensibilidade auditiva
bem como sensibilidade Luminosa porque obviamente ele tá com a pupila dilatada incontinência urinária em alguns casos salivação e também vômito menos comuns agitação e agressividade bradipneia hipotensão taquicardia nistagmo hipotermia hipertermia e convulsão também mas para chegar em convulsão precisa de uma dose extremamente alta tá pessoal no caso dos gatos os sinais que a gente acompanha de desorientação e episódios alternados de agitação e agressividade poliúria polidipsia polifagia e inapetência e também apresentação de saltos impossíveis né Ele parece que não tem muita noção de profundidade ele tenta saltar pra cama e não alcança o local eh desejado
lembrando novamente que não há um diagnóstico específico pra gente fechar eh o quadro de intoxicação nos cães né os cães eles possuem uma via eh adicional de beta oxidação que em vez de eh proporcionar né de trazer o 11 hidróxi delta9 thc ele vai apresentar o oit hidróxi delta9 thc o que vai ser eh o que vai ocasionar um teste falso negativo né nesses testes rápidos de farmácia né testes de urina Lembrando que para fechar o diagnóstico é sempre interessante a gente eh perceber sinais clínicos mais o histórico de contato e exposição desse animal frente
a essas substâncias né hã sempre diferenciar de outras substâncias depressoras do sistema nervoso central principalmente os alcoóis bens de azepic os relaxantes musculares e os opioides e pessoal lembrar que a cannabis é uma substância ilícita a abordagem ao tutor eh desse paciente ela deve ser sempre muito delicada né Sempre com jeitinho pra gente tirar o máximo de informação verdadeira e instalar a terapia mais adequada para esse paciente que tá em quadro de intox ação certo aqui eu trago um um um exemplo né de um cãozinho que eh era paciente meu à a tutora administrou o
óleo dele ã deixou em cima da mesa e foi tomar um banho quando viu o cachorro tinha subido na mesa e tomado cerca de 10 ml do Óleo era um óleo ah equilibrado né um para um cbd e thc e uma concentração de 6% então aproximadamente 3 MG de canabinoides totais eh por gota né 10 ml na pipeta desse frasquinho 1 ml tinha 20 gotas então 10 ml são aproximadamente 200 gotas se cada gota tem 3 MG ã vezes 200 Então esse cachorro ingeriu aproximadamente 600 MG de canabinoides totais certo era um animalzinho que pesava
12 kg então então 600 por 12 ele ingeriu aproximadamente uma dose de 50 mg por kg de canabinoides totais uma dose bem alta veja como que ele ficou ó Eita Por que que não tá passando o vídeo agora foi perdão pessoal então isso aqui mais ou menos eh 1 hora depois da ingestão do Óleo né ele com o headshake o balancer de cabeça meio desequilibrado Tá certo que ele tá numa superfície bem macia que é o colchão da cama né e tudo bem ele ficar por aí porque a tutora está com ele mas uma das
recomendações em casos de intoxicação é que o animal seja colocado no chão e que tenha seu ambiente e restringido para que ele evite quedas né E a gente tem grandes problemas Quando o animal tá nessa situação Dele tentar descer do sofá descer da cama descer da escada acaba caindo porque obviamente ele não tem controle dos seus movimentos E aí vem as lesões mais graves né aqui nesse caso ela tava com ele na cama e tá tudo bem sob supervisão não tem problema nenhum um outro videozinho para ver como ele tava desequilibrado você vê que a
carinha dele já mostra que não tem muita coisa certa né pupila bem dilatada as orelhinhas baixas né Ele é meio acuado veja que ele não consegue se equilibrar de maneira muito correta Então veja dose alta né a gente tá falando de 50 mg por kg é bastante coisa um animal de 12 kg e aqui isso era por volta das 8 horas da noite mais ou menos pessoal 2 horas da manhã a tutora me mandou uma mensagem ó Doutor tá tudo bem né o Animalzinho já tá bem e tal tranquilo como já fazia ela não tinha
eh certeza né do horário que esse animal havia ingerido então Eh nem pedi para ir pra clínica enfim dava para dar esse suporte só somente e com algum algumas recomendações básicas o o tratamento para intoxicação pessoal ele leva uma outra aula pra gente e debater sobre ele de repente a gente pode vir numa outra oportunidade de falar sobre isso aqui um outro quadro de intoxicação né uma tutora também eh mandou esse videozinho enfim era um cachorrinho de 4 kg aproximadamente 10 anos então você vê que já é um um animalzinho adulto né para para um
jovem Senhorzinho né um sistema ind canabinoide menos responsivo né E esse danado aqui acabou comendo uma unidade de um Gami né a tutora dele se tratava com games né era um Gam com 66 MG de cbd e 2 MG de thc Então esse cachorrinho comeu um Gama inteiro ã o que dá mais ou menos 16 MG por kg de cbd e 0,5 MG por kg de thc e ela e notou né ela acordava acorda cedo Vai para academia tal e ela notou que faltava um Gami era mais ou menos 8 horas da manhã e ele
já tava meio eh meio intoxicado digamos assim 10:30 ela mandou uma mensagem ele tá muito estranho ele não bebe água nem aceita O Petisco Favorito dele o olhar fica fixo ele só dorme né então passei algumas recomendações né aqui é um videozinho vê que ele meu esse daqui é o biscoitinho preferido dele ele não queria de jeito nenhum você vê que o o resto do corpo ele nem mexe né ele só evita ele quer ficar quietinho no canto dele e tal então passei algumas recomendações pra tutora mesmo esquema não tinha o que fazer não dava
pra gente induzir ao vômito não dava para fazer para fazer uma lavagem estomacal então passei as recomendações para ela e aí 6 horas da tarde ela mandou a Doutor reviveu tomou bastante água Comeu muita ração fez uma urina bem concentrada e já tá tudo bem você vê então que do momento de alerta né 10:30 até à 6:30 mais ou menos 8 horas aí paraa recuperação do animal coisa bem breve bem básica e Tranquilo bem seguro E aí pessoal quando a gente fala de maconha né de cannabis na medicina veterinária a gente não tem só uso
medicinal dela né a gente tá falando de uma ciência que faz e Grupo Faz parte né das ciências agrárias a gente tem e eh Associação também né associado também à zootecnia né ao cuidado a criação de outros animais então o uso da cannabis na medicina veterinária ele é muito extenso e eu trago aqui alguns outros exemplos de maneira bem rápida só para dar um start assim pra gente ver que a a maconha na medicina veterinária ela é muito mais do que medicinal ela pode trazer e eh eh algumas vias muito muito muito importante pra nossa
categoria de profissional bem como pro nosso país né já que o Brasil é o país do Agro então pô por que não favorecer essa agricultura né aqui é um trabalhinho do Rio de Janeiro Olha que interessante eu só não vou me lembrar se é da Federal Rural do Rio ou se é da da da da estadual do Rio eu acho que é da Federal da Federal Rural mas é a atividade inseticida né do óleo essencial de cannabis e frente a estágios imaturos e adultos da pulga queit Eno calid felis que é uma pulga restrita aos
gatos certo eles nesse caso utilizaram o óleo essencial eh um terpeno chamado gemeno tá E eles comprovaram que esse estudo mostra né o po inal do óleo essencial de cannabis como um inseticida Botânico e contra a Ceno fal de Félix fées né Principalmente durante os estágios de ovo e larva isso é muito interessante porque o controle de ectoparasitas né tanto de Pugo e carrapato ele movimenta um mercado de 15 bilhões anuais pessoal é muita coisa é muito dinheiro só para controle de pragas e lembrar que o controle de Praga de ectoparasita é feito a partir
de veneno e esse veneno ele vai contaminar lençol freático ele vai contaminar nosso solo e nada melhor do que a gente buscar alternativas eh eficazes e que tenham esse apelo eh ambiental certo então fica aqui um estudo pra gente ter noção do potencial da cannabis mais o um estudo que é o uso do Ramp né daquela daquela maconha que a gente já falou que tem até 0 3% de thc na dieta de animais mais né então os autores aqui eles relatam que o cbd e seus metabólitos né o sete hidroxi e cbd eles aumentam a
resistência da tíbia e diminuem a taxa de deformação em frangos de corte galinha poedeira isso é um ponto muito interessante os frangos de corte eles ganham peso de maneira muito rápida rápida perdão em alguns casos eles têm eh fratura de tíbia certo então o cbd acaba fortalecendo esse osso diminuindo a deformação né e a fratura ã ele também o remp também adicionado a ração animal ele aumenta a concentração de ácido linoleico e linolênico na carne e nos ovos de codorna então ele traz eh material ele traz produto com maior qualidade né mais rico em ácidos
essenciais também observa uma maior concentração de ômega-3 e ômega 6 no leite de cabra Olha que interessante e também o uso do Ramp diminui os biomarcadores de inflamação e estess em vacas holandesas E aí nesse caso especificamente eles chegaram a uma dose de 5,5 MG por kg de ácido canab dióico interessante né Vocês vem que tem e eh várias Fontes né vários eixos que a cannabis pode atuar não sendo de maneira medicinal mais um TR trabalhinho muito interessante né a influência da suplementação alimentar com cannabis ativa na qual idade de da carcaça de frangos de
corte e aqui eles dividiram pegaram 160 pintinhos né dividiram em em quatro grupos de 40 eh indivíduos ã E aí o grupo a eles deram a ração normal o grupo B com 5% e de cannabis o grupo C 10% e o grupo D com 20% e de ã pó de semente de cannabis né então eles chegam à conclusão que o pó de semente de cannabis adicionado a ração na na proporção de 20% tem um efeito positivo na qualidade da carcaça eh dos frangos de corte ele também diminui a idade do mercado e a taxa de
mortalidade o que por consequência acaba diminuindo o custo produtivo né elevando aí o lucro desses produtores e é muito legal que eh a adição dessa farinha de cannabis né a a alimentação desses frangos de corte eh Ela mostrou que no grupo grup que não tinha a a a farinha de cannabis adicionada ele comeu mais e ganhou menos peso comparado com o grupo D que tinha 20% de adição de farinha de cannabis na ração e os Animais comeram menos ração e engordaram muito mais né cerca de a cada a cada 14 não a cada 1% de
adição eles engordavam 14 G se eu não me engano isso é muito interessante isso é muito é é um volume muito grande né tendo em vista que um frango de corte ele é batido aí com 35 42 dias então é um período muito curto de ganho de massa que a cannabis pode ser uma alternativa muito viável para aumentar e esse ganho né Essa hipertrofia e aqui mais um trabalhinho muito interessante da Unesp de Jaboticabal né utilizando o cbd para aumentar o bem-estar de peixes especificamente de tilápias né é um peixe e bastante eh estressado né
Geralmente as criações eh são abarrotadas de tilápia E os autores mostraram que o uso de 10 mg por kg de cbd diminuiu a agressividade dos animais ao longo do tempo e que o uso de 20 MG por kg atenuou o estress desses animais né em ambas as doses foi apresentada uma diminuição do nível de cortisol O que é super interessante e um aumento desse índice gonod somático né No entanto tem um alerta que a adição tanto em 10 cont 20 MG diminuiu né reduziu a produção de espermatozóides Então a gente tem que ficar eh um
pouco atento com relação as matrizes tá então e eles relatam que nenhuma dose de cbd afetou qualquer variável da alimentação e de crescimento consequentemente demonstrando não alterar a a carne né a produção de carne desse animal Então vê que a gente consegue e diferente né dos outros dos pintinhos enfim e a gente não aumenta a hipertrofia dess anem mais a produção de carne no entanto a gente diminui a agressividade né controla o estress o cortisol trazendo uma carne de maior qualidade né então e fica o registro aí pessoal bastante interessante também o uso de R
E aqui ficam as referências eh eu gostaria de agradecer pelo oportunidade mais uma vez eu tenho um carinho enorme por essa galera da MOV recan foi minha casa por um bom tempo aí durante o ano de 2019 né Tive a felicidade de conviver um tempo com padre Ticão eh pô incrível eh ficam aqui meus contatos eh eu acho que minha câmera tá na frente aí do e-mail mas o e-mail é BR peroso @gmail.com tá Pessoal esse qrcode eh se vocês scanear eles ele vai levar para a literatura complementar para alguns outros trabalhos interessantes eh todos
esses trabalhos que eu passei nas referências eu tenho comigo se alguém tiver interesse em lê-los pode de entrar em contato comigo aí tanto por e-mail quanto pelo Instagram que eh É um prazer falar sobre isso e auxiliar na caminhada de vocês Muito obrigado novamente pessoal luz na jornada e um grande abraço nos vemos por aí valeu
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