[Música] Boa noite pessoal tá aqui nos acompanhando bom dia boa tarde por aqueles e aquelas que vão estar nos acompanhando em outros momentos em outros horários nós sabemos da dif de todos estarem aqui eh nesse horário né mas de anão nós já agradecemos em nome do Conselho Municipal de Educação em nome da secretaria de educação pela presença de todos e todas vocês aqui meu nome é Márcia Saraiva Presidente do Conselho Municipal de Educação como nós trouxemos anteriormente Hoje nós estamos trazendo novamente para eh somar né para estar conosco a professora Terezinha Professor Nil que vai
estar coordenando esse momento aqui eu só vou est fazendo uma abertura e tá repetindo o que já foi colocada da da outra vez também que nesse ano de 2024 nós estaremos efetuando atualização das nossas orientações curriculares né atualização do município da Serra orientação curricular da educação infantil e Ensino Fundamental articulando os saberes tecendo diálogos E aí o Conselho Municipal de Educação porque é o o órgão responsável pela normatização da política educacional do Município de Serra porque Serra é sistema de ensino por ser um sistema de ensino o órgão normatizador é o Conselho Municipal de Educação
o conselho é responsável pela normatização das políticas educacionais do Município de Serra então nós temos conosco mais uma vez nesse segundo momento a professora terzinha Maria schuer né que vai trazer hoje nesse segundo eh momento teorias o campo do currículo e aí eu já passo já agradeço Terezinha em nome do Conselho Municipal de Educação por você estar conosco não só por pela segunda vez já perdi as conas que Terezinha vem compor com o Município de Serra né então agradeço em nome do Conselho Municipal de Educação agradeço a secretaria de educação por essa parceria isso é
muito importante já passo pela Nils professora Nils Muito obrigado para ela estar fazendo aí eh iniciando os trabalhos junto à professora Terezinha obrigado e a todos uma ótima formação Obrigada Professora Márcia na condução aí dos trabalhos também né junto ao Conselho Municipal queremos agradecer ao Conselho Municipal de Educação né pela parceria por estarmos aqui nesse diálogo que é um diálogo que é uma essa composição né fortalecida no último encontro nós dizíamos né que os consensos eles nem sempre estão ali mas o debate se move para que a gente consiga produzir algo que tenha mesmo né
o caráter coletivo o caráter que de fato né haja uma discussão a favor de uma produção então queremos agradecer em nome da secretária Luciana em nome da subsecretária Giovana e toda a equipe também aqui da secretaria né por essa oportunidade por essa composição dialogar com a professora Terezinha é sempre o privilégio é sempre uma responsabilidade porque hoje conversávamos aqui professora a na secretaria e dizíamos né o quanto você afeta de modo muito positivo as os nossos percursos formativos aí assim cada um tem uma história para contar muito eh relativa também à trajetória profissional e acadêmica
quanto você contribuiu de modo muito positivo então é sempre muito bom compor e aprender aqui né com você nossa querida professora aqui companheira nessa militância dessa caminhada e hoje dialogar sobre as teorias do campo do currículo num diálogo que nos afeta em meio ao que vivemos hoje né dessa atualização né Para Além de tratar das teorias críticas pós-críticas aquelas que estão lá alinhadas né com a perspectiva que se distancia da nossa aposta né aquelas positivistas mecanicistas as que dialogam tão de perto às vezes com práticas né que não se aproximam da nossa abordagem mas sobretudo
dialogar sobre um currículo que conversa sim mas que envolva os meninos e as meninas nessas aprendizagens que é a favor delas deles da docência que nós trabalhamos né E buscamos todos os dias então assim vai ser uma conversa eu acredito né Terezinha que a gente possa fazer como da outra vez né você traz a a as considerações né os conteúdos e a gente volta depois trazendo também um pouco né de algumas perguntas se tiveram algumas problematizações muito obrigada Ok boa noite né a todos e todas eh que estão aqui junto com a gente nesse momento
né para continuarmos a conversa iniciada né há três semanas atrás né Eh onde nós discutimos tendências pedagógicas e e novamente eu falo né do prazer que é em estar junto né com o Conselho Municipal de Educação de serra junto com a secretaria eh e junto né de todos os profissionais desta deste sistema de ensino que para mim é é sempre né um grande prazer estar com vocês e num primeiro momento a gente achou melhor né a gente já iria trazer no nosso primeiro encontro teorias do campo do currículo e para quem estava né na na
última conversa que a gente teve nós achamos que seria melhor num primeiro momento eh traçar algumas questões Acerca das tendências pedagógicas eh para depois entrar especificamente nas teorias né do campo do currículo e no primeiro na primeira conversa que nós tivemos né eu apresentei eh um slide onde eu trazia né a classificação feita por demal saviani e por Libânio Acerca das tendências pedagógicas né e eu já adiantava que o Tomás Tadeu da Silva ele não não ele não vai fazer uma conceituação Acerca das tendências pedagógicas mas naquele primeiro momento eu já chamava a atenção né
para eh uma comparação que eu fiz né Eh o que tomá deu chama de teorias tradicionais teorias críticas e teorias pós-críticas eu relacionei né esses três grandes grupos esses três grandes grupos teóricos as tendências pedagógicas né que Savi e bano conceituado né E por que que eu achei que era importante nós Primeiro trazermos as questões do campo das tendências pedagógicas para depois entrar no campo das teorias curriculares né Eh porque Tomás Tadeu né E hoje eu assim baseio a minha fala muito em Tomás Tadeu né no livro dele documentos de identidad então Tomás Tadeu começa
esse livro eh se perguntando né e nos perguntando também o que o que é uma teoria do currículo Ele pergunta também eh quando se pode dizer que se tem uma teoria do currículo onde começa e como se desenvolve a história das teori do currículo então ele começa conversando sobre isso né fazendo essas essas indagações né para si e para todos nós E aí ele vai fazer várias problematizações sobre o conceito eh de teoria né O que que seria uma teoria aqui na aula na aula na aula não né no encontro passado a gente já conversava
sobre isso né A Teoria é é algo que dirige o nosso olhar né sobre a realidade é algo que orienta o nosso olhar sobre a realidade né e ele vai afirmar o seguinte né que todo Livro que se preza sobre currículo todo livro todo artigo né que se preza e que que vai tratar sobre currículo ele afirma assim né Eh normalmente esse livro esse artigo Eles começam com uma definição de currículo e geralmente uma definição que é muito conhecida por nós né do campo da educação aquela que vem né do latim currículum que significa segundo
Tomás Tadeu no livro né significa pista de corrida currículum Vit né é a corrida da nossa vida né é os caminhos pelos quais passamos e traçamos né em nossa vida isso é um currículum Vit e mas aí ele fala assim né Eh mas aquilo que é currículo ele vai dizer né Depende da forma como ele é definido pelos diferentes autores pelas diferentes teorias então ele vai dizer que uma definição ela não nos revela o que é cor uma missão ela nos revela o que é uma determinada o que uma determinada teoria pensa afirma sobre o
que é currículo então quando nós escrevemos um referencial teórico do nosso projeto político pedagógico da nossa escola quando um município eh como Márcia afirmava né que esse ano é um ano para fazer atualização das diretrizes curriculares do município então quando o município quando os profissionais daquele município quando a comunidade escolar daquele município eh vai discutir né Quais são as diretrizes Quais são os pressupostos os eixos orientadores que este documento deve conter né é importante que o sistema como um todo junto com os profissionais de educação e com todas né os segmentos que formam a comunidade
eh escolar tenham clareza sobre os fundamentos teóricos que dão base que sustentam o trabalho né então discutir sobre currículo buscar uma definição sobre currículo implica né exige que nós façamos uma discussão sobre as tendências pedagógicas e foi por isso que a gente achou que seria melhor num primeiro momento né trazer eh uma uma fala sobre as tendências pedagógicas por quê Porque a pedagogia ou a tendência tradicional tem uma definição de currículo a teoria crítica né ou as teorias críticas tem uma definição de currículo as teorias pós-críticas né vão também eh trazer várias diversas diferentes definições
de currículo então é por isso que a gente trouxe aqui num primeiro momento a questão das tendências pedagógicas né porque em cada uma daquelas tendências há uma definição de currículo né e o Tomás Tadeu ele vai nos dizer logo na introdução do seu livro né que provavelmente o termo o conceito currículo ele aparece como objeto de estudo como um campo específico de estudo né como uma área de pesquisa por volta dos anos de 1920 nos Estados Unidos da América né e ele surge em esse conceito surge em conexão com a intensificação da industrialização e dos
movimentos imigratórios que por sua vez impulsionaram a massificação da escolarização Então nesse contexto né de industrialização que ocorria né em escala mundial que no encontro passado a gente já falava sobre isso né Eh Nesse contexto também surge eh Márcia aí é da área de gestão né ela sabe muito bem que vai ser também Neste período início do século XX né nas primeiras décadas do Século XX que também surgem os primeiros escritos sobre a administração escolar né tendo eh tendo em vista racionalizar tornar mais objetivo e técnico os processos educacionais Isto é eh isso tem né
uma uma forte e próxima relação com os processos de construção desenvolvimento e testagem de currículos estas estas teorizações acerca do currículo né Eh vão ganhar expressão num livro de bobit chamado the curriculum né o currículo um um livro que foi escrito em publicado em 1918 em que bobet eh que usa né Eh a pela primeira vez essa expressão currículo ele vai definir currículo como um processo de racionalização de resultados educacionais rigorosamente especificados e medidos então currículo seria né o traçado de alguns objetivos de alguns resultados a serem atingidos que seriam né rigorosamente especificados quer dizer
rigorosamente listados para que pudessem ser medidos mensurados então a palavra chave Nesse contexto é eficiência ou seja junto com os escritos acerca da administração os escritos né também acerca de currículo vão trazer a ideia de que o sistema educacional Ele deveria ser tão eficiente quanto uma empresa e nessa nesse momento inicial a perspectiva o modelo de organização proposto foi o modelo né proposto por Frederick Taylor o taylorismo ou seja eh Há alguém que planeja o processo o processo ele é dividido né em sessões em funções cada um desempenha uma função para obter um resultado final
né então a escola ela passa a ser organizada a partir dos princípios da administração científica né que nos estudos das teorias da administração chama de Administração Científica o que que seria isso né uma administração centrada em princípios tais como racionalidade objetividade neutralidade eficiência né Isso era a ideia Administração Científica é você planejar é você estabelecer os fins você estabelecer os meios para atingir determinados fins tudo isso mimet tric calculado pensado né estabelecido então o currículo Neste contexto né da Administração Científica ele vai ser né A especificação precisa de objetivos procedimentos métodos para se obter resultados
que pudessem ser medidos então o sistema educacional Ele deveria ser capaz de especificar o que precisamente os resultados que se pretendia alcançar né então para Taylor eh em um dos seus escritos ele fala né Eh eu até na no outro encontro eu já mencionava isso né que o currículo ele é simplesmente uma mecânica e Taylor continua dizendo né que a educação tal como a usina de fabricação de aço é um processo de moldagem Então essa ideia de currículo né como aquilo que pode ser eh estabelecido previamente medido quantificado vai predominar nos primeiros escritos sobre currículo
Então essa vai ser a ideia predominante né que vai durante muito tempo prevalecer e que é o que fundamenta o que nós aqui chamamos no encontro passado de tendência tecnicista né que aqui no Brasil Bras vai ter uma grande influência vai ter uma predominância eh a partir da implementação né da ditadura militar a partir do golpe militar então a pedagogia tecnicista aqui no Brasil ela vai predominar até né final da década de 70 início de 80 então esses pressupostos né que pensam o currículo como uma I ificação precisa de objetivos de procedimentos para se obter
resultados né estabelecidos e que podem ser avaliados medidos é exatamente o que preconiza a tendência tecnicista né que a gente já no encontro passado falava que ela se fundamenta né em uma filosofia que é o positivismo né que no encontro passado a gente conversou bastante sobre isso Então essa ideia de currículo né fundamentado nessa perspectiva positivista ela se torna predominante Como eu disse né mas ela no início do século XX né no início do século XX ela vai concorrer com outras consideradas mais progressistas né que foi o que nós trabalhamos no encontro passado a pedagogia
nova ou a tendência humanista moderna como chamava savian né ou a pedagogia humanista trad eh humanista moderna de savian e essa perspectiva moderna né ela tem jil como um dos seus grandes representantes né e na no encontro passado a gente já conversava aqui por que que João Dil Apesar né da pedagogia nova ser considerada mais Progressista do que a a a tendência analítica ou tecnicista eh a gente já conversava sobre isso né e não temos tempo aqui para est voltando mas joh deil ele defendia né também um conhecimento que superasse um conhecimento a ser trabalhado
Na escola né que superasse o que a pedagogia humanista tradicional ela preconizava que era a filosofia antiga a literatura a retórica a gramática o estudo das línguas e deil defendia um conhecimento mais científico um conhecimento mais prático né ele defendia que os interesses dos Estudantes deveriam ser considerados no planejamento curricular Mas ele já dava uma ênfase também a um conhecimento científico né então tanto a pedagogia tecnicista ou como chamava saviane analítica quanto a humanista moderna ou a Renovada né Eh de acordo com o Libânio emergiram no século XX no início do século XX né então
a pedagogia tecnicista né que traz esse enfoque tradicional de currículo né base na Perspectiva positivista eh emerge no século XX 1920 1930 a gente tem uma grande influência da pedagogia nova né da pedagogia moderna ou da pedagogia renovada e ambas né tanto a tecnicista quanto a Renovada se constituíram como uma forma de reação àquela pedagogia humanista tradicional né aquela pedagogia eh Liberal tradicional que Libânio né conceituou E por quê né nessa perspectiva Como eu disse o currículo ele Adivinha de obras filosóficas literárias o estudo das línguas gramática da retórica né E esse conhecimento esse tipo
de currículo vai ser criticado né pelas pedagogias tecnicistas pela abstração utilidade dos conhecimentos que essas obras literárias filosóficas clássicas gregas de Latim traziam e as as pedagogias né Progressista ou a pedagogia Renovada faz uma crítica a esse modelo de currículo por seu distanciamento né dos interesses necessidades e experiências das crianças e dos jovens então a tendência eh essas tendências né tanto a tecnicista quanto a moderna o tomá Tadeu vai chamar de teorias tradicionais de currículo tanto a tecnicista fundamentada no positivismo quanto a moderna né Eh Ou Renovada como chamou Liban eh Tomás Tadeu com considera
todas elas né como teorias tradicionais de currículo então a tecnicista como se como eu disse ela se fundamenta né na filosofia positivista e nessa perspectiva o conhecimento ele é objetivo ele é neutro ele é científico né então o currículo nessa perspectiva é o que pode ser rigorosamente medido testado quantificado comprovado Isso é o que defende Bob Ralf Taylor né então uma outra perspectiva né que também sustenta as teorias tradicionais é como eu já disse o pragmatismo né de John de eh porque para os pragmatistas né a filosofia as experiências humanas deve ser constantemente reconstruída pelo
viés utilitário Ou seja a educação ela tem que atender às demandas da vida cotidiano então nessa perspectiva né Eh mais moderna mas que Tomás Tadeu considera tradicional conhecer é ir percebendo as conexões que ligam os objetos com um fim útil ou seja eles pensam na aplicabilidade do conhecimento à Vida Prática então o currículo né dentro de uma perspectiva moderna Renovada representada por deve estar vinculado aos problemas da existência humana né então ele n ele vai ser considerado né para quem não estava aqui no encontro passado né ele vai ser considerado por Tomás Tadeu como alguém
que representa as teorias tradicionais do currículo porque o liberalismo é uma outra corrente filosófica que também fundamenta o p né de D e D defendia eh por meio da da da educação adaptação do indivíduo a sociedade industrializada então a finalidade do do trabalho com o conhecimento a finalidade do currículo para né a pedagogia Renovada ou pedagogia moderna era ajustar adaptar os indivíduos à lógica da sociedade industrializada era atender à demandas da sociedade industrializada então tanto a tecnicista quanto a moderna né eh vão ser considerada por Tomás Tadeu por né como teorias tradicionais do currículo Exatamente
porque essas perspectivas tanto a tecnicista quanto a moderna elas vão se voltar né pra reprodução do status cor pra reprodução da Ordem Social política econômica e cultural né então ambas visavam atender as emergências das teorias da da sociedade industrializada né ou seja do capitalismo Nascente então por isso que Tomás Tadeu coloca a a o que nós né no encontro passado nomeamos de tendência tecnicista e moderna ele coloca ambas no mesmo grupo né que são as teorias tradicionais e as teorias críticas né Tomás Tadeu Faz uma pergunta assim né No segundo capítulo do livro dele onde
começa a crítica e ele mesmo vai responder né cría a essas perspectivas Elas começam eh na década de 1960 né e vários são os fatores que o Tomás Tadeu vai apresentar para o surgimento dessa crítica né foram fatores sociais políticos históricos econômicos culturais que vão contribuir para a renovação da teorização sobre o currículo né com nuances diferenciadas porque o tomá Tadeu tem um capítulo grande né o segundo capítulo grande onde ele trata das teorias críticas de currículo eh mas ele vai nos dizer que as várias perspectivas né ele apresenta umas deixa eu ver aqui no
índice aqui ele apresenta eh e ele vai apresentar olha 1 2 3 4 5 6 7 8 9 ele apresenta nove perspectivas teóricas né Eh E essas nove perspectivas teóricas que ele Abarca todas como teorias críticas né e savian chamaria isso de correntes né então tem uma tendência que ele chama de de teorias críticas e várias correntes nove correntes ele apresenta né então nessas nove correntes que ele apresenta ele vai falar de Paulo Freire Aé bordier passeron badel establ Michel J Henry Gir Michel pinar ou seja vários teóricos né que vão contribuir para a a
a renovação da teorização do campo do currículo né E todos esses autores todos esses autores eles desenvolvem teorias Gerais acerca da educação e que acabaram por influenciar no desenvolvimento das teorias né do currículo então esses autores que se fundamentam né No que na no encontro passado a gente né denominou aqui de materialismo dialético né Eh são autores que saviani englobou dentro de uma tendência que é a dialética né E que o Libânio chamou de Progressista então ao que saviani chamou de dialética ao que Libano chamou de tendências progressistas o Tomás Tadeu chamou de teorias críticas
do currículo e teorias críticas por quê no encontro passada a gente já falava né porque elas vão exatamente fazer uma crítica às teorias tradicionais sobre o currículo né então esses autores eles representam o que na sociologia da educação foi chamado de movimento de reconceptualização né movimento de reconceituação de todas as teorias ou nova sociologia da educação então esses autores né tô falando assim a grosso modo porque tem nuances tem aí especificidades né de cada um que a gente não tem tempo aqui de trabalhar mas esses autores assim a um grosso modo eles vão fazer uma
crítica a suposta neutralidade objetividade e cientificidade das teorias tradicionais tanto a tecnicista quanto a pedagogia nova né ambas Então as teorias críticas elas vêm no sentido de questionar o status cor né o caráter reprodutor das relações sociais econômicas né as teorias de aceitação ajuste e adaptação elas vêm exatamente para confrontar todas essas perspectivas que foram trazidas pelas teorias tradicionais né as teorias críticas o Tomás Tadeu a chama né de teorias da desconfiança da dúvida do questionamento né da transformação social e nessa perspectiva né nas teorias críticas o conhecimento ele não é neutro o conhecimento ele
não é objetivo muito pelo contrário essas perspectivas vão nos dizer que o conhecimento né que o currículo ele é histórico né Ele é processual o conhecimento segundo essas teorias elas são produto da ação da humanidade sobre a realidade ou seja o conhecimento é algo em constante transformação então nessa perspectiva não importa desenvolver técnicas de como fazer o currículo como queria as teorias tradicionais mas compreender o que o currículo faz o que o currículo é capaz de produzir né então com nuances diferenciadas esses autores vão desbravando né A as teorias do campo do currículo refutando O
que as pedagogias tradicionais O que as teorias tradicionais traziam no campo do currículo os críticos reprodutivistas por exemplo que eram né os franceses pateron bordier ista e os norte-americanos também bouis e gentes eles vão discutir as relações entre educação e ideologia a a educação como reprodutora das relações sociais políticas econômicas eles vão discutir a educação como aparelho ideológico do estado eles vão discutir como a escola reproduz comportamentos habilidades conhecimentos necessários ao mundo do trabalho né eles vão discutir a violência simbólica que é né n eh efetivada por meio da educação né então para eles para
os críticos reprodutivistas A escola está centrada no processo de reprodução cultural né A escola é é a instituição que reproduz a cultura dominante por isso um aparelho ideológico né só que os críticos reprodutivistas né eles vão ser criticados por esse determinismo eh quer dizer a escola só reproduz que sentido ela tem Senão a manutenção da ordem o Sabian no livro eh pedagogia histórico-crítica primeiras aproximações escolle democracia ele vai inclusive né Eh questionar se há uma dialética aí na teoria nas nas teorias críticos reprodutivistas né porque eles focavam muito na questão do determinismo econômico só que
nessa perspectiva como eu já falei né nas teorias críticas são várias correntes Esses são os franceses né os críticos reput vistas Mas como eu já disse tem também outros Paulo Freire né e Paulo Freire ele preconizava uma educação libertadora né a educação segundo Paulo Freire pode produzir conscientização o Paulo Freire ele faz uma crítica ferrenha às teorias tradicionais né que ele vai chamar inclusive de de uma de de de uma educação bancária né Nós temos então Paulo Paulo freira a educação poderia sim contribuir para conscientização né e o Thomás Tadeu também traz alguns autores dentro
das teorias críticas como Michel Apple Henry girou Michel yong né E esses autores eles també vão questionar a rigidez estrutural das teorizações dos críticos reprodutivistas né e vão trazer para o debate no no campo do currículo conceitos como Resistência emancipação né então para esses autores currículo não está simplesmente envolvido com a transmissão de fatos e conhecimentos objetivos eles vão dizer não por meio do currículo nós podemos produzir e criar significação social né eles vão dizer olha há no currículo uma processualidade uma historicidade e esses autores vão exatamente questionar o status responsabilizando né pelas desigualdades inç
sociais e aí isso não tá no no livro do Tomás Tadeu né Eh sou eu que trago aqui paraa conversa também eh uma contribuição muito grande de um né de Sabian para pras teorias críticas né do campo do currículo eh saviani ele escreve no livro eh escola e democracia que ele percebia que não não havia uma reflexão sistematizada né de caráter dialético sobre a questão Educacional e ele buscou produzir uma sistematização que ele denominou né como eu já disse aqui na nossa conversa do encontro passado que ele denominou de pedagogia histórico-crítica então no livro escola
e democracia saviani tem um capítulo que se chama né para além da pedagogia da essência e da existência ou seja ele tava falando assim né Para Além da pedagogia humanista tradicional que é a pedagogia da Essência né E para além da pedagogia da existência que era pedagogia nova então el queria teorizar alg para Além disso mas ele queria também teorizar algo para além do que as teorias críticas ou o que a tendência dialética havia trazido até então para o campo da educação para o campo do currículo né Eh para saliane né a pedagogia da essência
e da existência eh nessas pedagogias né está ausente a perspectiva his historici né falta alhe a falta paraessa as pedagogias né a a consciência dos condicionantes históricos e sociais da educação em relação às teorias críticos reprodutivistas né como eu já disse aqui savian acreditava que elas tinham desempenhado um papel importante um papel fundamental um papel imprescindível no debate né nas pesquisas sobre currículo eh por quê elas impulsionaram uma reflexão crítica sobre a pedagogia tecnicista e sobre a pedagogia nova mas elas não têm uma intervenção né uma proposta de uma intervenção prática então é onde ele
criticou né o determinismo das teorias crítico-reprodutivistas então ele falava assim as teorias críticos reprodutivistas acabaram por se limitar a constatar o caráter determinista das condições materiais sobre as condições de existência E aí saviane vai defender a luta eh pela transformação social ele achava que a educação ela não poderia ficar apenas na constatação do seu caráter reprodutor né Eh ele entendia e ele acreditava que aí educação poderia sim garantir né a igualdade real entre as pessoas né só que saviani dizia que essa igualdade real entre as pessoas eh ela só poderia ser efetivada por meio da
distribuição igualitária dos conhecimentos então savian via na escola não apenas o caráter reprodutor né mas com Paulo Freire que ele fala né que ele fundamentou até na no Livro de Paulo Freire eh como é que é a esqueci o nome do livro que ele fala do eh educação como prática da Liberdade né ele vai falar que ele vai se fundamentar em Paulo Freire Só que ele avança em relação a Paulo Freire para pensar uma pedagogia histórico crítica porque ele via na educação a possibilidade da transformação social então ele vai entender Ele vai defender melhor dizendo
né que eh que a escola ela tinha uma função social política pedagógica e cultural que era a garantia do da né da da socialização dos conhecimentos sistematizados pela humanidade né então ele vai dizer que tinha que se levar em conta o quê que não seria o conteúdo pelo conteúdo mas com que os conteúdos eles têm um caráter cultural e histórico e um caráter que poderia proporcionar né um um um processo revolucionário um processo de transformação por meio da educação então para o sadian a transformação da Igualdade formal tão defendida pelas por pelas teorias tradicionais tinha
que se transformar numa igualdade real e essa igualdade real ela devia estar associada à transformação dos conteúdos formais né trazidos lá pela pedagogia Tradicional em conteúdos reais dinâmicos Concretos e históricos então para savian né para pedagogia histórico-crítica currículo equivale ao conhecimento sistematizado pela humanidade E aí ele mesmo ele faz uma pergunta mas ao defender que currículo equivale ao conhecimento sistematizado pela humanidade eu não estaria me aproximando da pedagogia tradicional Ele mesmo vai responder não primeiro por quê primeiro por uma questão metodológica né a pedagogia tradicional ela trabalhava com a reprodução transmissão assimilação reprodução e sadian
propunha na sua pedagogia histórico crítica né Eh não a reprodução mas a apropriação crítica desses conteúdos né A a apropriação contextualizada desses conteúdos ou seja os conteúdos né como ele afirmou vivos concretos dinâmicos históricos e também contextualizados ou seja com sentido com significado né e né uma apropriação que se daria por meio da mediação né do professor então PR Savi em primeiro lugar tratava-se de uma questão metodológica não é reprodução mas ele defendia a apropriação crítica desses conteúdos pelos estudantes por meio da mediação do professor Mas ele também né ele quis trazer um diferencial para
que conteúdos ele estava defendendo né ele vai dizer trata--se também de delimitar né que conteúdos são esses que conteúdos deve a escola trabalhar aí ele vai chamar de a escola deve trabalhar como currículo o que savian denominou de Clássico O que que é clássico né O que que é uma obra clássica clássico é algo que é é algo que né é algo que é perene então para saviane clássico seriam as aprendizagens essenciais que todos os Estudantes têm direito de ter acesso então clássico é aquilo que deve ser considerado como um direito inalienável de todo o
estudante Class é aquilo que tem que ser considerado como imprescindível no sentido de garantir a Equidade social né então nessa perspectiva né na pedagogia histórico crítica o conhecimento é um elemento central do currículo né E a sua aprendizagem indispensável para que os conhecimentos socialmente produzidos possam ser apreendidos apropriados reconstruídos por todos os estudantes daí a importância de selecionar os conhecimentos né que ele chama de clássico que a gente enfatizaria aqui né que são conhecimentos relevantes significativos então daí PR savian o currículo tem um potencial muito grande né Porque por meio do currículo em que o
conhecimento é um elemento Central as pessoas são capazes de compreender a própria realidade bem como o papel que elas têm na mudança na transformação social né então nessa perspectiva também que eu disse que o conhecimento é um elemento Central eh essa perspectiva vai entender né o currículo de uma forma mais ampliada né e currículo como todas as experiências eh que se desdobram todo do trabalho com conhecimento na escola então o savian ele tenta né Por meio dessa formulação eh contribuir no debate acerca da função social da escola e a sua contribuição e a sua contribuição
para o processo né de transformação social E o que e o que Tomás Tadeu chama né de teorias pós-críticas e no quadrinho que eu apresentei no slide né não havia eh ao grupo que savian chama ao grupo que tomá Tadeu chama de teorias mais umcia por favor Tá vendo no grupo que Tomás Tadeu chama de teorias pós-críticas não há correspondência né Vian e Libânio até porque eles não né não na época que eles produziram essa essa conceituação essa categorização Ah nós não tínhamos né uma uma influência no pensamento pedagógico brasileiro que nós temos hoje né
da contribuição das teorias pós-críticas Como eu disse num conto passado a Alice Casimiro vai nos dizer em um dos artigos dela né eh que as teorias pós-críticas né que os teóricos pós-críticos eles começam a exercer uma influência no pensamento pedagógico brasileiro a partir dos anos 2000 né E essa teorização aí proposta por sadian libani são teorizações produzidas na década de 1980 né 1985 então não há uma correspondência aí em saviani e em libani mas Tomás no livro no livro eh documentos de identidade ele também apresenta né o terceiro grupo das teorias do campo do currículo
que é as teorias pós-críticas né e dentro das teorias pós-críticas ele apresenta também nove correntes nove correntes né Eh ele vai ele vai apresentar o currículo multical multiculturalista relações de gênero e a pedagogia feminista currículo como narrativa étnica e racial a teoria quir eh o pós-modernismo o pós-estruturalismo pós-colonialismo estudos culturais e a pedagogia como cultura e a cultura como pedagogia Então nesse livro né Tomás Tadeu apresenta essas essas nove correntes dentro das teorias pós-críticas né e a gente dizia no encontro passado que o que fundamenta essas perspectiv essas teorias né é o que a gente
vem chamando de filosofias das Diferenças né Eh e ah como eu disse né no encontro passado Alice Casimiro ela afirma que teorias pós-críticas é uma expressão vaga imprecisa né Não no sentido de de erro ou equívoco mas por ser um conjunto de teorias eh que são as que são que T diferentes nuances né como eu disse ali só o Tomás sadu apresenta ali nove perspectivas teóricas dentro né das teorias pós-críticas e são teorias que problematizam né o cenário que a gente vivencia hoje que alguns autores chamam de um cenário pós-moderno ou de pós-modernidade e cada
uma dessas correntes que o Tomás Tadeu apresenta vai focar em um aspecto diferenciado para formulação de uma teorização do currículo por exemplo o currículo multicultural vai discutir a questão do relativismo cultural né quer dizer a relatividade das culturas não há uma cultura Dada como única Universal verdadeira né Eh existem culturas né a pedagogia feminista ou a as relações de gênero né Elas vão discutir as estreitas conexões entre conhecimento gênero e poder o currículo como narrativa étnica racial vai discutir os mecanismos de construção das identidades nacionais raciais étnicas e as vinculações dessas né dessas narrativas né
com a questão de poder a teoria quir por exemplo ou né esta coisa estranha nos faz pensar que a diferença que pode fazer a diferença no currículo né E vai nos fazer pensar a questão da sexualidade as teorias pós colonialista de currículo elas analisam as complexas relações de poder entre as diferentes Nações bem como o e como né que o cânone ou a herança cultural europeia impregnou e porque não dizer né ainda impregna as formas de conhecimento e também problematizam né as várias formas de imperialismo que ainda existem hoje Então são várias nuances e no
fundo o que que essas perspectivas eh né dentro das teorias pós-críticas querem nos trazer eh interessa essas perspectivas né as diferenças sejam elas culturais étnicas raciais gênero sexualidade física religiosa quer dizer essas perspectivas elas se interessam como eu dizia né no contro passado pela multiplicidade e não a unidade então nessas perspectivas o currículo ele deve ser vetor né da produção de singularidades o currículo ele deve se constituir a partir das interconexões e dos Inter a igualdade tão preconizada pelas teorias tanto tradicionais quanto as teorias críticas né Essa Ideia de igualdade elas não podem ser obtidas
como eu já dizia aqui no encontro passado né por meio de um currículo hegemônico por meio de um currículo Universal essa forma essa forma de de currículo né Eh Universal ela tornou invisível as diferentes formas de conhecimento as diferentes formas de Cultura Então as teorias críticas né vieram para discutir os processos de dominação capitalista a partir da análise das relações da análise né com ênfase nas relações de classe no econômico as teorias pós-críticas né O Tomás Tadeu vai dizer elas já partiram da análise da dinâmica de de poder envolvida nas relações de gênero etnia sexualidade
cultura ou seja o foco dessas perspectivas são as diferenças né discutem também as relações de poder mas é um poder difuso né é um poder descentralizado então segundo Tomás Tadeu as eh da Silva a teoria pós crítica hoje ela deveria se combinar né com a teoria crítica para nos ajudar a compreender os processos pelos quais através de relações de poder e controle nós tornamos aquilo que nós somos então ele vai continua dizendo assim ambas nos ensinaram de diferentes formas que o currículo é uma questão de saber identidade e poder Então ele continua dizendo Tomás da
Silva né depois das teorias críticas e das teorias pós-críticas de currículo torna-se impossível pensar o currículo simplesmente através de conceitos técnicos como queriam né as teorias tradicionais ou de imagens táticas ou de uma grade curricular ou de uma lista de conteúdo né currículo é poder né currículo como ele afirma no seu livro né é identidade currículo é território currículo é produção de sentidos currículo é está muito além né Eh do que é eh O que preconizava as teorias tradicionais E aí eu peço licença para ler uma né um pequeno parágrafo aqui do Tomás deu em
que no finalzinho né do do livro dele ele diz assim né Depois das teorias críticas e pós-críticas nós não podemos mais olhar para o currículo com a mesma Inocência de antes o currículo tem significados que vão muito além daqueles aos Quais as teorias tradicionais nos confinaram o currículo é lugar e espaço território o currículo é relação de poder o currículo é trajetória viagem percurso currículo é autobiografia nossa vida currículum vida no currículo se forja Nossa identidade o currículo é texto é discurso documento currículo é documento de identidade ou seja nós né Nós imprimimos muito de
nós naquilo que a gente pratica na sala de aula né e isso é currículo né então eh essas são as perspectivas né que Tomás Tadeu vai trabalhar no seu livro né Eh e como ele mesmo diz né Ele acha que até é necessário que a gente busque um diálogo entre essas teorias pra gente eh entender né Eh de uma forma mais Ampla e complexa Quais são as relações que devem ser criadas né No momento de elaboração né de um currículo é isso gente que eu queria trazer para hoje para nossa conversa pois é Terezinha a
conversa que continuou né a gente está numa composição com a conversa anterior e eu queria assim Terezinha semana na última conversa né três semanas atrás a gente a Márcia terminou o encontro trazendo a questão das tendências pedagógicas e das teorias como você trouxe agora e nós estamos aí num diálogo atualíssimo né atualizando aí o documento curricular e uma das questões que tem assim balizado né e trazido pro debate eu sei que tem uma pergunta aqui da Luc daqui a pouquinho eu trago também mas é a questão da eh da compreensão quando você traz né as
teorias as correntes filosóficas as perspectivas filosóficas né Essa ess essa teoria maior maior não de importância né mas pensando no bojo dessa composição e esse link muito bem eh trabalhado aí por você das cendência pedagógicas né junto e existe às vezes uma compreensão que sobrepõe alguns conceitos né você mesmo trouxe que a escola crítica pensando nas teorias críticas ela tem lá as suas né aproximações entre as suas correntes mas também tem os seus licenciamentos e ali no entanto quando falamos de da pedagogia histórico-crítica de saviane nós estamos falando dessa aproximação né dessa complexa aproximação que
ele faz da pedagogia né junto à teoria crítica junto a esse bojo aí da teoria como você bem trouxe quando a gente traz a perspectiva histórico cultural que aí ela já está num movimento de conceituação aí também num escopo que às vezes as pessoas trazem como sinônimo e aí eu queria que você trouxesse né Essa contribuição no último encontro você falava da perspectiva sóo interacionista que também você já trouxe né alguém no final falou é a tendência ou é para além professora Terezinha da gente criar os rótulos da caixinha não mas é pensar nessa da
questão nessas pedagógicas em articulação né como se elas trouxessem essa sua força da teoria elas não estão soltas né Elas estão numa composição com a filosofia com a sociologia como você trouxe bem aí com os fundamentos aqueles que a gente né lá na formação Inicial os fundamentos da educação então assim você puder só tomar né rapidamente essa questão né da conceitualmente desses lugares mesmo que provisórios aí desses conceitos para que se alguém ainda tem né dúvida em relação a essa questão possa também trazer e a Luc trouxe aqui né uma uma questão até coloquei aqui
no nosso chat privado se você puder também né trazer ela coloca assim professora tem como um currículo igualar os estudantes filhos da classe trabalhadora com os filhos dos burgueses No sistema capitalista Então ela traz aí né uma uma questão eh que nos afeta também em termos de conjuntura né do sistema e como é que isso né no bojo da da relação escolar mesmo de Formação então Terezinha trazendo aqui né o grupo tá bem participante né tá aqui no no trazendo elementos que são importantes reafirmando o que você já traz mas por favor traga essa esse
nessas considerações sobre esses conceitos também por gentileza Ok só anotando aqui uhum bom eh vou começar pela questão da Luc porque Luc Essa foi a questão que Tad do Savi se debruçou durante décadas para chegar na formulação da pedagogia histórico-crítica né então hoje assim a gente aqui A gente acaba né tendo que ser muito sucinto e rápido né até por causa do tempo todo mundo trabalhou hoje o dia todo né E a gente tem pouco tempo aqui mas essa questão que a Luc traz foi a questão que né que todo todo mundo aí né viu
que ela pergunta né se tem como um currículo igualar Os estudantes filhos da classe trabalhadora com os filhos dos burgueses No sistema capitalista lci é a lce minha aluna é não é que trabalhou ali no Caíque Luc é né Deve ser né el é Luc né é ei saudade de você Uhum você sempre provocando né mas essa essa pergunta dela né da Luc ela foi o que saviane debruçou como eu disse durante décadas e ele achava que o que até né de 60 até início de 80 eh savian achava que as teorizações né das teorias
do que ele chamava de tendência dialética todas as teorizações não davam conta de pensar uma pedagogia capaz de contribuir para uma igualdade real isso que hoje Eu mencionei né savian dizia assim não dá pra gente ficar defendendo uma igualdade formal que as pedagogias tradicionais defendiam e ele achava que nós precisávamos defender uma igualdade real né Essa igualdade entre os filhos da classe trabalhadora e os filhos da classe burguesa só que ele ele entendia que não tinha como pensar nessa igualdade ele achava que a gente não podia continuar eh com as teorizações das teorias críticos eh
crítico reprodutivista porque elas apenas elas apenas criticavam o caráter reprodutor da educação né Eh bordier passeron establ eles vão fazer o debate avançar no campo do currículo Mas eles acabam focando eh no caráter determinante que as condições materiais tinham sobre a as condições de existência né eles diziam olha as condições materiais determinam as condições de existência e a escola só reproduz Então savian chegou inclus hoje eu tava relendo isso né o saviani ele chegou Inclusive a pensar que não poderia considerar os críticos reprodutivistas como teóricos dentro da teoria crítica dentro da teoria dialética porque para
ele eles acabavam negando o caráter dialético que a educação tem né o poder de transformação que a escola tem então foi aí que saviani se debruçou eh em teorizar em estudar em tentar avançar no sentido de uma teorização que focasse sim né Nas questões eh dos determinantes sociais que interferem na educação ele não negou isso mas ele entendia que era necessário pensar uma escola para além da reprodução né E para saviane né a pedagogia histórico-crítica daria conta disso para ele né ele defendia que a defende ainda né que a função social da escola a função
política da escola é a garantia de acesso ao conhecimento sistematizado né ele ele entendia ele eh tem uma uma frase C célebre dele né de que o ponto de partida pode ser diferente será diferente mas o ponto de chegada ele tem que ser igual né ele tem que o ponto de chegada tem que garantir um uma chegada econime para todos os estudantes então salian ele acreditava nesse caráter acredita né nesse caráter revolucionário que a educação tem né e eu também né eu acredito também nesse caráter revolucionário que a educação tem até porque a gente não
estaria aqui agora nesse momento conversando se a gente não acreditasse sobre isso né Eh para quem foi meu aluno acredito que deva ter alguns alunos aqui nessa sala hoje eh assim como a Lúcia em que a gente defendeu isso em sala de aula o tempo todo né a a educação para mim para minha pessoa né ela teve um caráter transformador eh né filha de da classe Popular né da classe trabalhadora de uma condição né de muita pobreza foi por meio da educação que a gente conseguiu transformar né a própria vida e acredito eu a vida
de muitas pessoas né por meio da educação então a Lu falando eu mesmo professora então assim eh eu acredito nesse esse caráter né revolucionário que a escola tem eh eu eu acho eu entendo que a gente precisa voltar a falar sobre o poder de transformação social que a escola tem que a educação tem a gente tá deixando isso meio que de lado né A gente tá deixando isso meio que de lado e e é isso né nesse processo que a a gente vive de desinstitucionalização eh de sucateamento das instituições públicas de desvalorização dos espaços públicos
né por essas políticas neoliberais imperialistas que a gente vem sofrendo suas consequências desde a década de 90 né junto a essas políticas de desvalorização da escola pública da educação pública a gente também foi deixando de falar do Poder de transformar que a escola tem e a gente precisa resgatar isso porque pros nossos estudantes pra maioria dos nossos estudantes a escola a educação ela tem tido uma eles têm deixado com que violência o tráfico né a a os meios a b não é não queria falar bandidagem né mas a o ganhar a vida por meio ilícito
né tem sido muitas vezes a única alternativa que os alunos das nossas escolas públicas tem né então eles vão buscar eh em meios ilícitos condições de sobrevivência então a gente precisa mostrar para esses meninos que a educação pode ser sim o caminho paraa vida delas a gente precisa resgatar isso dentro da gente porque eu acho que isso tá adormecido dentro da gente a gente tá deixando de acreditar no poder de de mudança que a escola tem E aí eu tenho que que eh eu tenho que eh concordar com savian né que essa transformação ela só
pode se efetivar fazendo com que nossos estudantes tenham acesso ao conhecimento sistematizado dentro da sala de aula né então Eh Acredito sim que a gente pode mudar muita vida né não igualar a ao ao ao os as condições de vida dos mais ricos Lúcia a gente não vai não né mas transformar condições de vida dos nossos estudantes nós podemos sim por meio da educação porque assim como eu acredito que muitos aqui nessa sala tiveram suas vidas transformadas por meio da educação e a gente precisa voltar a acreditar nisso né agora com relação a pedagogia histórico-crítica
né e as suas relações com a psicologia histórico cultural como eu já dizia né na na no último encontro rapidamente já no final muitas vezes a gente vê alguns projetos políticos né pedagógicos de algumas escolas eh falando que a referência teórica que fundamenta o projeto político daquela escola é a pedagogia histórico-cultural né E aí eu até chamava a atenção né que não se trata de uma tendência pedagógica né não se trata de uma pedagogia histórico-cultural mas de Psicologia histórico-cultural é uma corrente do campo da uma teoria do campo da Psicologia que estuda né o desenvolvimento
humano e mais precisamente o desenvolvimento infantil E como que se dá o desenvolvimento infantil né Eh e como que a criança ela aprende se desenvolve ela formula né a eh a fala ela se apropria da leitura e da escrita então foram teorias que contribuíram muito com o nosso trabalho de professoras alfabetizadoras né contribuiu muito porque nos fez entender Quais são os processos que acontecem durante a escrita eu encontrei com uma aluna eu eso jur de Fora semana passada eu encontrei com uma aluna minha do primeiro ano eu dei aula para ela no primeiro ano e
quando eu dei aula para ela né lá na década de 80 eu achava que eles começavam a ler era um era um Insight era um estalo que dava eu não entendia o que acontecia Somente depois lá na década de 90 quando eu fui fazer pedagogia que eu fui entender o que que acontecia e eu falei com essa menina né hoje ela é uma uma moça já tem uns 40 e tantos anos 50 Sei lá eu virei para ela e falei assim Ei tudo bom Eu fui sua professora minha irmã tava comigo eu fui sua professora
eh eu encontrava com ela todo dia de manhã quando eu fui caminhar lá aí quando eu tava com a minha irmã eu resolvi conversar com ela aí eu falei eu fui sua professora Aí ela falou para mim assim foi não falei fui Fi Sou professora no primeiro ano lá no Tancredo nep a escola chamava Tancredo nep aí ela virava ela virou para mim e falou assim não foi minha professora não não foi você não a minha professora no primeiro ano se chamava Terezinha eu falei sou eu ela falou não é não não é não falei
não sou eu sim ela falou não não não é não falei você não tá lembrando que eu era eu era jovem eu era uma menina na época e você é muito pequenininha por isso você não lembro você não foi minha professora minha professora foi a Terezinha e temou quer dizer ela tá ela no Imaginário da ela né ela ficou imaginando aquela aquela loira toda descabelada aquele cabelo desse tamanho né e temou comigo que não era mas por que que eu lembrei dela agora exatamente né porque essa menina quando ela começou a ler quando ela começou
a ler eu cheguei a pular de alegria porque eu não entendia né Eu queria muito pela Luz eu queria muito pela Lu era uma condição muito pobre uma situação de pobreza extrema e essa menina ela aprendeu a ler né na na minha sala de aula aprendeu não né ela se apropriou da leitura e da escrita na sala de aula comigo e para mim era um insite né era um estalo era assim a gente não entendia o que acontecia mas hoje a psicologia histórico e cultural nos mostra né a toda as todas as hipóteses que a
criança vai criando acerca da língua escrita né e a psicologia histórico-cultural ela nos ensina que por meio de práticas de mediação nós podemos favorecer né esse processo de desenvolvimento então trata--se né de uma eh de uma teoria da psicologia que nos fez entender Quais são os mecanismos que acontecem no processo né de alfabetização no processo de desenvolvimento dessa criança agora é o que eu falava podemos conciliar a psicologia histórico-crítica com a a psicologia histórico-cultural com a pedagogia histórico-crítica Claro O Newton duar Newton Duarte é um dos de Campinas né é um dos maiores estudiosos de
vigot no Brasil da Psicologia histó histórico cultural da Psicologia histórico cultural e é quem escreve vários artigos com savian né Por qu o que que a gente dizia no encontro passado ambas se fundamentam no materialismo dialético Elas têm uma mesma um mesmo fundamento teórico né Elas se aproximam né professor aproximam aproximam nessa at trazem elementos que são eh comuns ali no no propósito desculpa Terezinha eu te cortar mas a Paula colocou que uma a gente fica aqui né pensando no tempo e na ação mas assim é tão importante ouvir né a professora Paula coloca aqui
precisamos entender o currículo como pertencimento como conversar com professores da educação se a garantia do concurso público e políticas públicas pensada da parte dos direito das Crianças estudantes que tem a ver com o debate que você tem trazido agora né da questão acesso ao conhecimento né então ela também traz isso como esse essa problematização frente à realidade né que que tá posta também relativa à docência né Mesmo que o município que Serra tem encaminhado né no sentido da realização do concurso e nós sabemos como que isso é importante né para a a também a cons
ação de um não apenas de um ensino né mas pensando num docência né nessa implicação com o currículo eu dizia semana passada que currículo e docência né eles estão ali né nesse nesse afeto mútuo ali né dessa dessa ação eu acho que diz muito do que você tem trazido agora né nessa fala massa a gente já volta para para você eu sei que quando você aparece Já está na hora né das das considerações mas eu se for possível né se você concordar a gente só ouv a Terezinha nesse aspecto desse fechamento e a gente retorna
não com certeza né eh Paula tem toda razão né Sempre trazendo também problematizações fecundas necessárias né pro pro debate realmente não tem como avançar né em eh e eu acho que ela vai né até além do que Tomás Tadeu fala né de currículo como documento de identidade para pensar em currículo né como um pertencimento coletivo né E realmente você escrever um documento curricular para um município eh é escrever né um pouco da história de cada um nesse documento né imprimir um pouquinho de cada um nesse documento para que eles para que ele se torne um
documento tivo né de fato eh do município né dos profissionais das famílias dos Estudantes enfim de toda a comunidade escolar e currículo É sim Paula com toda a certeza aquilo que nos faz ter pertencimento né a este sistema Municipal né a e cada um na escola em que está lotado eh e o fato f de estar aqui Paula eh conversando com vocês né e é exatamente Por acreditar que um documento desse ele só se efetiva e ele só se se consolida e se materializa na sala de aula né como um elemento imprescindível e fundamental para
São dos professores se ele for acompanhado de políticas né de valorização dos profissionais de política de de valorização eh da educação né de políticas eh de formação continuada de políticas de de de garantia né de condições de infraestrutura de trabalho para todos nós né então assim eh acreditamos piamente né que um documento como esse só vai se materializar se ele tiver em conjunto né com as outras políticas com outras ações né E isso assim eu acho que é um campo de luta constante eh que a gente infelizmente né infelizmente ou felizmente não sei que a
gente não pode em nenhum momento né deixar de buscar e e querer atingir N é isso mas eu acho que a luta Ela também tem que se consolidar em outros espaços né em outros espaços acho que os espaços são importantes né e as lutas T que ser serem efetivadas em várias frentes né Essa aqui é uma frente exatamente tem que ter outras tem que ter outras nós precisamos ocupar né os diferentes tempos espaços dessa luta e assim queria agradecer também Teresinha dizer que segunda-feira ah queria agradecer o Conselho Municipal também né seguido aí o a
cópia nós vamos estar com a eec né o debate estamos aqui falando do coletivo e é um outro espaço que a gente precisa ocupar né e ampliar que é o espaço formativo na próxima segunda todas as unidades de educação da Serra estarão dialogando debatendo o currículo a partir da composição da teoria com o nosso vídeo da do nosso encontro passado né então nós vamos estar eh garantindo Nós já tínhamos encaminhado pra escola mas é importante garantir né um debate ali coletivo então a gente quer novamente agradecer né ao conselho nessa composição e dizer que esse
MOV momento né que tá posto e a gente sabe que os desafios né eles são inúmeros a questão do concurso público é uma uma bandeira que a gente reafirma né como urgente necessária e tem tido né um movimento para que ele aconteça eh no entanto Como como o Terezinha não entanto não né E como a Terezinha trouxe são diferentes tempos e espaços que precisamos ocupar então eu já queria assim também eh már já despedindo aqui que eu sei que já nosso tempo já deu mas agradecer novamente professora Terezinha e agradecer ao grupo de professoras e
professores que eu vi aqui né a gente fica acompanhando aqui no chat né trazendo aí eh esse diálogo agradecer também a secretaria de educação aqui né nesse movimento de diálogo e todo o grupo de professoras e professores aqui presentes né não E também o grupo que não é da docência mas que também está aqui agradecer eh não esqueçam né de assinar a lista de presença né Mar que você acabou de colocar aqui e terzinha Então ess essa conversa continua não apenas no V segunda que vai est sendo debatido lá nas escolas mas também outros tempos
espaços com nooe que nós temos aind né de tê por perí nesso obg Eu que agradeço então quando fal em espaços de luta fal da ância doel do Conselho né somando aí nessa luta pela pela atualização do nosso documento da importância de participação de todos os profissionais lá nas unidades de ensino nas aex né para um um documento ser construído por várias mãos por várias cabeças pensando então é chamar os profissionais que estejam de fato aproveitando esses momentos que são oportunizados com muita dificuldade a gente sabe como é que tem sido a questão da formação
os espaços formativos aec é um espaço formativo e um espaço formativo esse ano nós estamos utilizando para reformulação desse documento então assim vamos valorizar esses espaços vamos aproveitar esses espaços que nós estamos tentando criar o Conselho Municipal de Educação da sua maneira né E lá dentro das unidades de ensino está chamando aqui Atenção para isso não esqueça na lista de presença né vocês quem acompanhou agora né Eh vai ser certificado terzinha depois nós vamos estar encaminhando a sua declaração não sei se encerra por aqui né a gente não pode dar um adeus né é só
um até logo daqui a pouco eh e dizer assim e eh gratidão mesmo que a gente tem todos os momentos que o conselho Não só conselho em outros momentos nós precisamos e você sempre esteve disposto a colaborar com esse município e eu sei do seu amor por esse município né Isso você eu também sou mineira e tem um amor não sai dessa Serra né Tem um amor eh eh muito grande por esse município luto e vendo esse município principalmente a educação pública do Município de Serra então assim tem muitos agradecimentos as pessoas você você ama
Serra e você é muito amada né pelos profissionais da rede Municipal de Ensino a gente vê pelo chat né O carimho que as pessoas dem muito afeto envolvido é muito afeto mesmo então se Muito obrigado muito obrigado Neil a Neil mesmo eu não vou ficar porque a Neil é minha amiga também né então deixa um pouquinho de lado ali a a gente puxa a orelha uma da outra de vez em quando mas a nossa amizade é eh nós somos da da da favela Terezinha eu Nil e Paula somos do mesmo buraco do mesmo tempo e
espaço do mesmo Do mesmo do mesmo né Nós éramos de cantim do céu que hoje é Jardim Tropical é Paula eu Neil Charles que tá aqui também gente olha Jardim Tropical produziu muita coisa tá Neil Charles que tá aqui hum muit chieta ali também estamos ali eu sempre brinco com Paulo Pa mesas Nossa Paul a c também a Cibele tá aqui também tem que falar cib tá acompanhando o chat aqui també Paula falou eu quero ela vai pedi o link aqui pra direito de fala ali ela colocou no chat mas eh é muito importante Isso
são pessoas que cresceram lá você vê que a a quando você traz aquela questão de virar protag na mudança social uhum não são não somos eu creio que eu sou grande coisa sin nanil que você é grande coisa mas o que educação e eu falo que no meu caso educação fez a minha vida né sou fruto do Manel caros de Miranda Paula também também estudamos ali tem um amor enorme Então somos fruto da educação pública do Município de Serra isso é muito importante os exemplos estão aqui eu luto Pela Educação públ do mun Município de
Serra eu luto por esse município e sei o seu carinho então muito obrigada muito obrigada a todos e todas que estão aqui presentes até esse horário né a esse esse esse documento que isso é um documento vai ficar disponibilizado no canal do Conselho Municipal de Educação é um material riquíssimo para pesquisas né E para estudos então muito obrigado Teresinha para encerrar Obrigado aqui a secretária educação esqueci de falar Geovana subsecretária pedagógica acompanhou todo o processo tá aqui tá então assim só agradecer mesmo a comissão de educação infantil e a comissão de Ensino Fundamental que estão
acompanhando também que são as proponentes eh eh de desses momentos aqui então muito obrigado mesmo só tem agradecer eles todos acompanhando aqui Terezinha com você para encerrar você tem que encerrar esse momento e até logo isso aí tá Não Eu que agradeço né como você já falou realmente né aqui é o espaço que eu escolhi morar e Fico muito grata por estar sempre entre pessoas assim que eu tenho tanto carinho né que eu tenho tanta tanto afeto né Como nilceia disse envolvido nilceia foi uma das a paraa nilceia ela foi uma das eh as primeiras
turmas que eu trabalhei na UFS né nsia foi minha aluna foi a primeira Teresinha fo é é as primeiras turmas que eu trabalhei já fui professor de nusia e foi quando eu comecei a escutar sobre a serra né então assim é é muito afeto envolvido é muitas décadas né É muita muito afeto mesmo e eu só tenho agradecer tá bom um beijo para vocês boa noite boa noite boa noite a todos e todas e até a próxima tchau tchau tchau boa noite tau boa noite l