nós não temos durante a expansão uma ilha de emprego capitalista cercada de um vasto mar de trabalhadores de subsistência mas sim certo número de ilhas diminutas deste tipo isso é muito típico nos países que se encontram nas primeiras fases de desenvolvimento esse trecho é do artigo de 1954 chamado o desenvolvimento econômico com oferta ilimitada de mão de obra cujo autor é o arthur lewis ea sobre o ato os livros que eu vou falar no vídeo de hoje o arthur lewis é um economista nascido em santa lúcia no ano de 1915 e falecido em 1991 o
ato livros compõem o grupo dos nove clássicos desenvolvimento econômico que eu discuto no meu livro partindo da perspectiva de economia a música o lewis constrói o seu modelo teórico analítico desde a perspectiva de uma sociedade constituída por três classes principais que seria a classe dos capitalistas a classe dos trabalhadores ea classe daqueles que estão proprietários de terra a inovação que ele o strass para o seu modelo analítico é trabalhar com a hipótese da existência de oferta e limitada de mão-de-obra não-qualificada quando ele entrou dus essa hipótese no seu modelo as conclusões a que ele vai
chegar são conclusões diferentes e portanto também mais adequadas ao contexto do chamados países subdesenvolvidos polios definir a oferta ilimitada de mão de obra justamente nos contextos em que se observa que há muita mão-de-obra comparativamente ao capital ea os recursos como os recursos naturais e essa abundância de mão de obra leva a uma situação em que se observa produtividade marginal zero ou quase zero em determinados setores produtivos dessas economias como é que nós podemos exemplificar essa situação de produtividade marginal zero ou quase zero em determinados setores significa que se você retirar um trabalhador daquele setor produtivo
o impacto sobre a produção daquele setor será irrisório e ao fazer isso livro e se chama a atenção para uma situação específica no caso do emprego dos países subdesenvolvidos que a situação de sub emprego ao identificar o sub-emprego como uma condição constante no caso dos países subdesenvolvidos dotado de uma oferta ilimitada de mão de obra o livro então vai destacar que nem a microeconomia convencional e tem a macroeconomia keynesiana dariam com a lidar com os problemas específicos apresentados pelos países subdesenvolvidos e por que que a macroeconomia keynesiana não daria conta de lidar com a especificidade
dos problemas as economias subdesenvolvidas justamente porque a macroeconomia keynesiana ela lida com a situação de desemprego involuntário e não com a situação de sub emprego porque no caso o sub-emprego ele não é visto não é ele não é encarado como uma situação de desemprego ele é uma situação de emprego mas é um emprego encontrado numa situação de baixíssima produtividade ou seja de produtividade marginal zero ou quase zero né raciocinando de uma outra forma essa significaria o que né que se esse trabalhadores tivesse empregado em outra atividade produtiva a sua capacidade de contribuição para o produto
dessa economia para o crescimento dessa economia portanto poderia ser melhor aproveitado dessa condição observada por lewis a partir da sua hipótese eu vou ficar aqui limitada de mão de obra e portanto da identificação da condição de sub emprego o livros vai então definir que as economias subdesenvolvidas são caracterizadas pela chamada dualidade estrutural e o que significa a dualidade estrutural significa que no mesmo sistema econômico se observam os setores com diferenças de produtividade muito significativas em geral essas diferenças de produtividade serão por exemplo vistas nas atividades que se voltam para a subsistência e para o abastecimento
no mercado interno e as atividades voltadas para a exportação e é por isso então que eu li os vai definir a condição inicial dessas economias subdesenvolvidas como ilhas de modernidade no mar de atraso que foi justamente a maneira como eu comecei o vídeo de hoje com o trecho do seu artigos de 1954 o que é importante também observar nessa perspectiva de ilhas the modern o número de atraso e que exemplifica essa condição ge dualidade estrutural sendo as ilhas aquelas em que se encontram os setores de mais alta produtividade nessas economias e o mar justamente o
setor que é predominante e que se enxergam as atividades de baixíssima produtividade também interessante observar que essas ilhas a demais e serem muitas espalhados elas não estão interconectados o que demonstra a fragilidade da conexão da estrutura produtiva dessas economias subdesenvolvidas e como é que faz para romper com esta lógica de ilhas de modernidade no mar de atraso com a condição de dualidade estrutural tão características das economias subdesenvolvidas a equilíbrios vai discutir a necessidade de permitir de intensificar a acumulação de capital nas suas economias e para incrementar a acumulação de capital e permitir que essas ilhas
se expandam esse interconnect tem e a se tornar a situação dominante permitindo resgatar as pessoas que estão vinculadas ao setor de subsistência e portanto numa condição de sub emprego segundo essa perspectiva do arthur lewis a maneira de fazer isso seria incrementar a acumulação de capital e como fazer para incrementar a acumulação de capital ea e quilos então faz a discussão calcada na perspectiva clássica de que seria necessário mexer na distribuição funcional da renda tem como seria feito diminuindo a parcela de renda da terra e incrementando a parcela de lucros ou seja redistribuindo a renda do
setor capitalista improdutivo para o chamado setor capitalista produtivo nem vocês podem perguntar porque não mexer na taxa de salários da massa salarial porque tendo em vista a existência dessa oferta ilimitada de mão de obra é só própria condição fazia com que a taxa de salário nessas economias e excitável então não fazia sentido né tirar parte desse excedente dos trabalhadores para então transferir para os capitalistas fazia mais sentido da perspectiva do arthur livros mexer com a parcela da renda da terra e aumentar a parcela dos lucros o que se esperava com isso que esses lucros incrementados
funcionassem como um combustível para que houvesse mais investimento na capacidade produtiva e que portanto estas ilhas de modernidade se tornassem a situação dominante ao expandir essas ilhas de modernidade por sua vez seria então possível absorver esse fator tão abundante nessas economias que o fator mão de obra recolocando reentregando essas pessoas inicialmente em situações disso emprego em empregos com maior produtividade associada a essas atividades e também portanto a uma taxa de salário mais adequada mais interessante para a dinâmica econômica tão lindo ele e dessa observação e da inclusão da oferta e limitadas de mão de obra
como componente do seu modelo teórico de análise da condição específica do desenvolvimento no contexto do subdesenvolvimento ele ainda levanta a crítica de que ao não considerar as especificidades do contexto dos países subdesenvolvidos isso levou a um aconselhamento inadequado no que se refere as estratégias para crescimento e desenvolvimento no contexto desses países subdesenvolvidos que são caracterizadas pela condição inicial de dualidade estrutural esse aconselhamento errôneo e aqui o livro se aproxima os outros pioneiros no desenvolvimento econômico é justamente e se manter fiel a teoria das vantagens comparativas recado de ana ea especialização produtiva que ela implicava então
olhos vai dizer que além da necessidade de mexer com a distribuição funcional da renda seria necessário ainda garantir políticas protecionistas que viabilizassem a industrialização no contexto desses países que aqueles coloca a importância de ter um estado que coordene e que planeja esse processo e aí para finalizar o vídeo de hoje sobre o arthur livros e aí dá faço duas observações finais relacionadas a importância das instituições e também do papel do estado como já vinha falando antes olives ele vai ser bastante enfático em dizer que subir desenvolvimento ele tem pelo menos três características que se inter-relacionam
que é primeiro a tecnologia atrasado né e aí se combina com a condição é discutida com base no prédio da condições periferia e não autonomia na geração do progresso tecnológico o fato de existirem instituições ainda desfavoráveis ao investimento produtivo ea necessidade então de provocar mudanças institucionais que incentivem a expansão desse investimento e aqui também é importante observar que o setor capitalista em cima de lewis ele não se restringe tão somente a iniciativa privada mas também alvo estado capitalista e também abaixo a dotação de capital e é por isso que livros então vai destacar a necessidade
de modificar a maneira como é feita a distribuição funcional da renda favorecendo então a parcela de lucros em detrimento da parcela da renda da terra e todas essas questões por sua vez são importantes para dizer que ter a disponibilidade de capital e portanto iniciar o processo de acumulação de capital é uma condição necessária mas não suficiente para garantir um processo sustentável de crescimento e desenvolvimento daí novamente deriva sem a necessidade de ter um planejamento no estado atlante que coordene esses investimentos aquele os também se aproxima isso é importante dizer de autores como rosenstein-rodan e ragnar
nurix porque o livros vai ser bastante enfático em destacar a necessidade de que diversos e da economia cresçam ao mesmo tempo e que portanto não se intensifique apenas um investimento em um único setor então essa perspectivas de crescimento equilibrado inaugurada com o sem está em rhodan nós também enxergamos na perspectiva teórica do arthur livros e aí por fim o estado aparece com papel bastante estratégico e aqui o livros ele é bastante keynesiano no seguinte sentido porque ele vai falar que o estado ou o tamanho desse estado determinada economia depende muito das condições iniciais dessas economias
e dos problemas que são necessários de serem enfrentados tô nesse sentido o liso vai dizer o seguinte o governo não deve gastar vem pouco nem muito nem controlar muito nem pouco nem tomar iniciativa de mais nem de menos não deve desencorajar os estrangeiros nem caíres das mãos não deve permitir a exploração de classes nem promover a luta de classes e assim por diante então o que pode pá a posição até um pouco em cima do muro por parte do arthur news nada mais é do que um destaque de que a medida da intervenção do estado
vai variar muito de contexto a contexto mas isso também não quer dizer que o estado tem que ser sobrepujar a iniciativa privada mas antes trazer a iniciativa privada como uma parceira para promover esse processo de crescimento desenvolvimento e esse trecho que eu acabei de citar é do livro do arthur lewis que a teoria do desenvolvimento econômico com a sua tradução em português e a versão em inglês como teoria do crescimento econômico e aí por fim vale ainda destacar uma última reflexão que destaco no capítulo do livro dedicado ao arthur lewis que ele vai fazer no
início da década de 80 falando sobre a maneira como os autores desenvolvimentistas como ele encararam o estado ele diz o seguinte com relação a isso nós se referindo a todos os autores desenvolvimentista também superestimamos a ciência esperada dos novos governos e do seu comprometimento em melhorar as condições dos pobres então com essa observação eu termino o vídeo de hoje deixo aí essa interrogação final a respeito da questão do papel do estado dentro da perspectiva desenvolvimentista e certamente isso será um objeto para um outro vídeo é isso gente até a próxima