Neste vídeo eu quero mexer num assunto que tem se tornado um tanto quanto polêmico ou às vezes ignorado no meio cristão que diz respeito ao sábado ou se A ordenança sobre a guarda, a observância do sábado como dia de descanso é para hoje. Dentro do judaísmo isso segue irretocável como de acordo com o ensino da Lei de Moisés, mas, mesmo no meio cristão, onde pregamos o que eu abordei nos dois vídeos anteriores sobre mudança de lei e se você chegou aqui interessado no assunto sem ter assistido os vídeos sobre mudança de lei, eu gostaria te encorajar. Temos a parte um e a parte dois, porque ali nós estabelecemos toda uma construção e um fundamento para chegar aqui e continuar aqui a partir de agora.
Então fica o meu encorajamento para que você acesse o link na descrição. Se possível, veja esses vídeos antes de assistir esse. Bom, quando falamos a respeito do sábado, mesmo no meio cristão, onde se entende mudança de lei e declarações como o fim da lei é Cristo, onde há mudança de sacerdócio, há mudança de lei e que, nesse processo de reforma, já estabelecemos uma visão de que a lei de Moisés tinha caráter temporário, o prazo de validade se dava ao seu caráter profético, Cristo diz: "Eu não vim revogar, eu vim cumprir", com todo esse fundamento dos outros vídeos ainda assim, eu tenho visto cristãos que se debatem.
Há igrejas que se dizem evangélicas cristãs, professando a fé da Nova Aliança, mas se declaram sabatistas. Outros preferem não tocar no assunto, mas quando são atacados, não têm argumento nenhum para responder. Então, acredito que isso sim precisa ser parte das nossas discussões sobre os fundamentos doutrinários.
Eu quero começar em primeiro lugar, destacando a instituição divina sobre o sábado. Vamos começar do começo. Em Gênesis, no capítulo dois, nos versos 1 a 3, nós lemos: "Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e tudo o que neles há.
E, havendo Deus terminado no sétimo dia, a sua obra, que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que tinha feito. E Deus abençoou o sétimo dia e o santificou: porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, tinha feito. " Nós temos aqui o final do relato da criação, emendando com o fato de que Deus abençoou, que Deus santificou o dia de sábado.
Particularmente, não creio que quando a Bíblia fala dos dias da criação, esteja falando de dias de 24 horas. Até porque nos primeiros três dias nós não temos sol e lua para determinar o ciclo. E o último dia, o sétimo, que Deus descansou, o livro de Hebreus ainda fala sobre entrar no descanso de Deus, como se esse dia não cessou.
Então, se pelo menos quatro dos sete não são de 24 horas, eu não tenho nenhum motivo para acreditar que os demais sejam. Agora, independente disso, o Deus que apresentou sete períodos de tempo e santificou o sétimo, aplicou isso para o dia de 24 horas da semana do seu povo, a nação de Israel. Então nós temos, quando Moisés está relatando a criação, ele vai lá na criação e diz que foi lá que Deus santificou o dia do sábado.
Somente por ocasião dos Dez Mandamentos, quando o povo já saiu do Egito, é que o sábado é claramente instituído no sentido de ordenança. Na verdade, nós temos uma menção primeiro em Êxodo 16, por ocasião das instruções que Deus dá sobre recolher o maná, e ele diz que no sábado não era para recolher, que na sexta eles poderiam pegar o dobro, mas no sábado não poderiam. Mas depois, em Êxodo 20 de 8 a 11, nós lemos: "Lembre se do dia de sábado para o santificar.
Seis dias você trabalhará e fará toda a sua obra, mas o sétimo dia é o sábado dedicado ao Senhor, seu Deus. Não façam nenhum trabalho nesse dia, nem você, nem seu filho, nem sua filha, nem seu servo, nem sua serva, nem o seu animal, nem o estrangeiro das suas portas para dentro. Porque em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou.
" Então, aqui nós vemos uma relação na aplicação prática sobre o que Deus fez que um sábado semanal de dias de 24 horas deveria ser guardado. A lei contemplava também, como vou falar daqui a pouco, anos sabáticos. Seis anos se trabalhava, no sétimo, descansava.
O que de novo reforça a ideia que eu apresento sobre a criação de que o princípio do "sabat" não se limita somente a dias de 24 horas, mas a períodos, mas o seu princípio está lá e a sua aplicação, feita no dia da semana, é indiscutível. Isso foi apresentado não apenas como mandamento, mas também como um sinal. Êxodo 31.
13 diz: "Fale aos filhos de Israel e diga-lhes o seguinte: Certamente vocês guardarão os meus sábados, pois é sinal entre mim e vocês de geração em geração, para que vocês saibam que eu sou o Senhor, que os santifica. " A sua observação, ou seja, a capacidade de guardar o sábado, foi chamada em Isaías 56, tanto no verso quatro como no verso seis, de "guardar a aliança do Senhor". A repetição da ordenança de guardar o sábado, além de constar no Decálogo, é digna de nota.
Alguns dos textos para quem quiser estudar Êxodo 16. 23 a 30, Êxodo 23. 12, Êxodo 31.
12 a 17, Êxodo 34. 21, Êxodo 35. 2 a 3, Levítico 23.
3 e Deuteronômio 5. 15. Quando temos muita repetição, nós saímos do nível de informação para ênfase.
É indiscutível a importância do sábado ao longo de toda a velha aliança, principalmente quando você avalia a cobrança feita por Deus por meio dos profetas. gente como Isaías, Jeremias, Ezequiel, enfim, a cobrança do povo pecando ao não observar a guarda do sábado. Inclua-se a isso também a determinação de Deus de anos, e não apenas dias sabáticos.
Levítico 25. 2 a 4 diz: "Fale aos filhos de Israel e diga-lhes: Quando entrarem na terra que eu lhes dou, a própria terra, guardarão um sábado dedicado ao Senhor. Durante seis anos vocês semearão os seus campos, e durante seis anos vocês podarão as suas vinhas e colherão os frutos delas.
Porém, no sétimo ano, haverá um sábado de descanso solene para a terra, um sábado dedicado ao Senhor; não semeiem seus campos, nem façam a poda suas vinhas. " Durante o ano inteiro. Deus advertiu sobre a quebra da guarda do ano sabático e as suas consequências.
Levítico 26. 34 a 35: "Então a terra celebrará nos seus sábados, todos os dias da sua assolação, e vocês estarão na terra dos seus inimigos; nesse tempo, a terra descansará e observará os seus sábados. Durante todos os dias da assolação a terra descansará, porque não descansou nos sábados de vocês, quando vocês moravam nela.
" Isso é o que vai acontecer futuramente, quando o povo está no exílio de Babilônia. O cumprimento dessa palavra, a terra cobrando os sábados que não foram descansados. E vemos também em Daniel no capítulo nove, no verso 24, quando o anjo diz a Daniel: "Setenta semanas estão determinadas sobre o seu povo.
" A palavra traduzida ali "semana" é "shabuwa", é sete, mas ele não usa a especificação de dia, "yowm", então entendemos que são semanas de anos e todo o contexto lá sugere isso. Considerando a clareza desse mandamento, da sua instituição, da sua cobrança o que é que eu e você podemos entender quando, estudando o que estudamos nos últimos vídeos sobre mudança de lei, como lidamos com a ideia de que houve ajustes na Nova Aliança ou não? Então precisamos, em segundo lugar, compreender o que a Nova Aliança apresenta, o que ela propõe a respeito do assunto do sábado.
Então, em primeiro lugar, eu gostaria que nós observássemos o que o próprio Jesus falou e também o que Ele fez em relação ao sábado. Lucas, capítulo seis, de 1 a 5 relata o seguinte: "Aconteceu que, num sábado, Jesus passava pelas searas, e os seus discípulos colhiam e comiam espigas, debulhando-as com as mãos. Alguns dos fariseus lhes disseram: Por que vocês fazem o que não é lícito aos sábados?
Jesus tomou a palavra e disse: Vocês nem ao menos leram o que Davi fez quando teve fome, ele e os seus companheiros? Como entrou na casa de Deus e, pegando os pães da proposição, comeu e deu também aos que estavam com ele, pães que não lhes era lícito comer, mas exclusivamente aos sacerdotes? Então Jesus lhes disse: O Filho do homem é senhor do sábado.
" Nesse mesmo relato de Marcos dois, no verso 27, nós temos um outro detalhe apresentado Jesus mostra que o sábado foi feito por causa do homem e não o inverso. "E Jesus acrescentou: O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. " A continuação desse texto de Lucas 6 agora segue, a gente leu de 1 a 5, vou ler do 6 ao 11, com a abordagem de obras sendo feitas no sábado.
O texto diz: "Aconteceu que, em outro sábado, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. Estava ali um homem que tinha a mão direita ressequida. Os escribas e os fariseus observavam Jesus, procurando ver se ele faria uma cura no sábado, a fim de acharem de que o acusar.
" Eles não estavam esperando essa cura à toa. Jesus repetia isso com frequência. "Mas Jesus, conhecendo os pensamentos deles, disse ao homem da mão ressequida: Levante-se e venha para o meio.
E ele, levantando-se, ficou em pé. Então Jesus disse a eles: Vou fazer uma pergunta a vocês: É lícito no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixar que se perca?
Então Jesus, olhando para todos que estavam ao seu redor, disse ao homem: Estenda a mão! Ele assim o fez, e a mão lhe foi restaurada. Mas eles se encheram de furor e discutiam entre si quanto ao que fariam com Jesus.
" Nos dois casos, nós vemos Jesus usando respostas bíblicas para violar o sábado, mas não sustentando a observação do sábado. No primeiro, Jesus usa um exemplo e diz: "Olha na lei, o próprio Davi comeu o que não podia e saiu impune. " Nós olhamos para a lei e percebemos nela vários anúncios do que viria na graça.
Por exemplo, de acordo com a lei de Moisés, Davi, pelo pecado do adultério com Bate-Seba e do homicídio de Urias, tinha que morrer. Mas o Senhor diz: "o seu pecado foi perdoado, e você não vai morrer. " Nós temos uma sinalização das mudanças futuras e vindouras da graça.
Eu creio que Jesus, ao citar o texto Davi, ele não está criando nenhuma ideia, nenhum senso de contradição, mas mostrando sinais que estavam lá. E ele diz: "O Filho do homem é Senhor do sábado. " Naquele momento, Jesus está dizendo: "Não sou eu que devo obediência ao sábado, o sábado ele se curva diante de mim.
" No entanto, não há como negar que Jesus obedeceu à lei. Até quando? Até que ela deixasse de estar em vigor, como abordamos nos outros vídeos.
Quando Jesus se recusa a apedrejar, em João oito, aquela mulher apanhado em flagrante adultério, ele não está desobedecendo a lei, porque ele pode olhar para uma lei que deixou de estar em vigor, e mudança de lei é o ponto de partida da sustentação do que estamos falando aqui, e agir como quem diz: "Eu não devo obediência a ela. " O que não significa que anteriormente Jesus, ao longo de toda a sua caminhada, não tenha respeitado todos os preceitos da lei. De novo, nós vemos a repetição do que está acontecendo aqui.
Agora, olhando para os textos bíblicos, nós percebemos uma abordagem onde Jesus deixa claro que outros além dele, que é o senhor do sábado, além dos seus discípulos que estavam colhendo para comer no sábado, poderiam violar o sábado. Isso está em João, capítulo cinco, de 8 a 18. Estou apresentando todos esses textos para mostrar que não só Jesus não ensinou absolutamente nada sobre a guarda do sábado, como, na verdade, ele questionou isso.
Mas não chegue a nenhuma conclusão antes de colocarmos todas as peças do quebra cabeça, vamos lá. Em João cinco, de 8 a 18, nós lemos: "Então Jesus lhe disse", ao paralítico que Ele havia acabado de curar no tanque de Betesda, "Levante-se, pegue o seu leito e ande. Imediatamente o homem se viu curado e, pegando o leito, começou a andar.
" Mas o texto diz: "E aquele dia era sábado. Por isso os judeus disseram ao que tinha sido curado: É sábado, e neste dia, você não tem permissão para carregar seu leito. " O próprio profeta Jeremias especifica, o que a lei de Moisés só dizia sobre não trabalhar e falar sobre não carregar cargas.
E eles dizem: "Você não pode carregar o seu leito. Ao que ele lhes respondeu: O mesmo que me curou me disse: Pegue o seu leito e ande. " Ele está dizendo.
: "Por que é que vocês vão me dizer que é proibido, se o que me curou me mandou fazer isso? " "Perguntaram-lhe: Quem é o homem que disse a você: Pegue o seu leito e ande? Aquele homem que tinha sido curado não soube responder, porque Jesus tinha se retirado, por haver muita gente naquele lugar.
Mais tarde, Jesus o encontrou no templo e lhe disse: Olhe, você foi curado. Não peque mais, para que não lhe aconteça coisa pior. " Vamos fazer uma pausa aqui.
Jesus adverte o homem: "Se você volta a pecar, você vai piorar o estado em que você estava. " Mas ainda assim, Jesus manda o homem carregar o que não podia carregar no sábado, mesmo demonstrando preocupação de que ele não pode pecar. Será que Jesus está tratando a não observação daqueles preceitos do sábado como pecado?
Evidente que não! Agora vamos ler. "O homem se retirou e disse aos judeus que tinha sido Jesus quem o havia curado, e por isso os judeus perseguiam Jesus, porque fazia essas coisas no sábado.
Mas Jesus lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Por isso, os judeus cada vez mais queriam matá-lo, porque além de desrespeitar o sábado, também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. Então Jesus não tenta dizer aqui que curar não é trabalhar.
Ele diz: "Meu Pai trabalha, eu também trabalho. " Ele não tenta dizer que carregar o leito não era trabalho. Mas ele diz: "Eu estou mandando você fazer isso no sábado.
" Tudo isso seria absolutamente contraditório se Jesus estivesse olhando para o sábado como um mandamento a ser preservado na Nova Aliança e na nova lei que ele veio instituir, inclusive a declaração para o homem sobre não pecar. Temos outros textos, como João 9. 16, que nos mostra o que diziam sobre Jesus.
"Por isso, alguns dos fariseus diziam: Esse homem não é de Deus, porque não guarda o sábado. " Essa é a forma como tratavam Jesus. "Mas outros diziam: Como pode um homem pecador fazer sinais como estes?
E houve divisão entre eles. " Bom, Jesus não falou absolutamente nada sobre a guarda do sábado e coloca ele em xeque todos esses comportamentos e declarações. Vamos avançar.
Concílio de Jerusalém em Atos 15. Apóstolos e presbíteros se reúnem para discutir uma questão doutrinária. Uma igreja dos gentios, que é a igreja de Antioquia, foi visitada por judeus convertidos porém judaizantes, que queriam impor a prática da lei de Moisés a eles, entre eles exigindo a circuncisão literal.
A Bíblia diz que Paulo e Barnabé, que era o pastor daquela igreja, Paulo, estava servindo lá, debate com eles. A confusão e discussão foi tão intensa que eles resolvem subir a Jerusalém para discutir a questão, como quem diz: "A Igreja precisa de um posicionamento claro a todos os gentios que estão se convertendo. " Posteriormente, nós vamos ver Paulo escrevendo aos romanos e aos gálatas e falando da não necessidade da circuncisão literal, da circuncisão do coração, mas quando sobem para discutir aquilo, eles chegam a uma conclusão, Atos 15, 28 e 29: "Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós", eles não estão só dizendo: "Olha o que a gente acha, o que a gente imagina", eles reconhecem a direção do Espírito Santo naquele processo e o próprio fato de constar nas Escrituras nos faz entender que ela, que é inspirada por Deus, guiada pelo Espírito Santo, foi de fato sustentada como tal.
Então o texto diz: "Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não impor a vocês maior encargo além dessas coisas essenciais: que vocês se abstenham das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e da imoralidade sexual; se evitarem essas coisas, farão bem. Passem bem. As únicas exigências daquilo que se determinava na lei que foi passado para a Igreja dos gentios, para os santos da Nova Aliança, não incluem a guarda do sábado.
O que é que foi apresentado para eles? "Vocês têm que se guardar da idolatria. " Isso é sustentado no Novo Testamento.
Eles dizem também: "Vocês têm que se abster do sangue e da carne sufocada. " Parecem dois mandamentos mas, na verdade, os dois são um. O segundo é um desdobramento do primeiro.
A carne sufocada era o animal que era morto sem o derramamento de sangue. Ou seja, o consumo do sangue está implícito ali e isso é sustentado na Nova Aliança. O que nos vídeos passados já explicamos, não é tudo da Lei de Moisés se joga fora.
Precisamos entender o que foi reformado, precisamos entender o que foi ampliado. Precisamos entender o que teve cumprimento. Precisamos entender o que houve ajustes e precisamos entender aquilo que se preserva e continua.
E aqui no Concílio de Jerusalém, nós temos essas coisas que preservam, inclusive o guardar-se da imoralidade sexual. Mas não há absolutamente nenhuma orientação a respeito do sábado. Dito isso, vamos avançar na discussão e ver o que Paulo falou a respeito do sábado nas suas epístolas.
Bom, escrevendo aos romanos, aqui não temos Paulo falando diretamente sobre o sábado, mas sobre a questão de observar um dia diferente do outro. Em Romanos, no capítulo 14, dos versos 1 a 6, nós lemos: "Acolham quem é fraco na fé, não, porém, para discutir opiniões. Um crê que pode comer de tudo, mas quem é fraco na fé come legumes.
Quem come de tudo não deve desprezar o que não come; e o que não come não deve julgar o que come de tudo, porque Deus o acolheu. Quem é você para julgar o servo alheio? Para o seu próprio dono é que ele está em pé ou cai; mas ficará em pé, porque o Senhor é poderoso para o manter de pé.
Antes de continuar a leitura, vamos avaliar. Ele está falando de opiniões diferentes. Um crê que pode comer de tudo, o outro acredita que não pode comer de tudo, só legumes.
Eu lógico que Paulo já tomou partido quando diz que esse que acredita só pode comer legumes é fraco na fé, é débil na fé. Então Paulo já tomou um posicionamento. Não existe restrições alimentares no Novo Testamento, ou seja, esses preceitos da lei não passaram.
Mas ele está dizendo: "dá para deixar os dois conviverem com pensamentos diferentes, com paciência para com o que é débil na fé. " Agora segue o raciocínio. Na sequência, ele emenda: "Alguns pensam que certos dias são mais importantes do que os demais".
Estou lendo na Nova Almeida Atualizada uma tradução por equivalência, não por literalidade, mas outra, diz: "E alguns fazem diferença entre dia e dia. Outros julgam iguais todos os dias. Então, se um faz diferença, outro julga igual, o que faz diferença, porque entende que é especial.
" Aqui nós temos uma interpretação com explicação. "Alguns pensam que certos dias são mais importantes do que os demais, mas outros pensam que todos os dias são iguais. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente.
Quem pensa que certos dias são mais importantes faz isso para o Senhor. . Quem come de tudo faz isso o Senhor, porque dá graças a Deus.
Quem não come de tudo é para o Senhor que não come e dá graças a Deus. " Embora ele não falou, está pontuado implicitamente que quem não faz diferença também está tudo bem. Vamos parar e pensar aqui.
Se Paulo acreditasse que o sábado era um mandamento a ser preservado, ele simplesmente diria: "Gente, se praticar tá legal, se não praticar, está tudo bem. Defina aí o que você quer. " Ainda que ele reconheça que você tenha aqui maduro e débil na fé, ele está dizendo: "Não há violação na forma diferente de cada um pensar e praticar.
" Então ele diz: "Ponha a diferença de pensamento entre quem julga igual", todos os dias, encoraja o convívio com as diferenças sem um julgar o outro. Agora, se o apóstolo acreditasse que o sábado era um mandamento atual, ele simplesmente ia dizer: "Fique à vontade para pensar diferente? " Se ele deixa aberta a possibilidade também de que alguém trate um dia como sendo diferente, não significa que observar um dia de descanso por semana seja proibido na Nova Aliança, mas significa que ele não é mandatório, que ele não é obrigatório.
Em Gálatas quatro, de 9 a 11, nós lemos: "Mas agora que vocês conhecem a Deus, ou melhor, agora que vocês são conhecidos por Deus, como é que vocês estão voltando outra vez aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, querem servir como escravos? Vocês guardam dias, meses, tempos e anos. Receio que o meu trabalho por vocês tenha sido em vão.
Paulo fala de que eles estão vivendo um retrocesso na fé, voltando a rudimentos fracos e pobres, ou seja, aos preceitos da lei e ele fala que observar dias, inclusive meses, tempos, anos, estações e tudo aquilo que a lei determinava, os levaria ao lugar onde Paulo está dizendo: "Meu trabalho por vocês foi em vão. " Como alguém que reconhece que o sábado é um mandamento que ultrapassa os limites da Velha para a Nova Aliança, simplesmente chamaria a preocupação com observar um dia desse de retrocesso? Estou dizendo isso porque algumas discussões sobre o sábado e as pessoas dizem: "Não, não quer dizer que ele terminou, o sábado.
Ele tem que ser guardado ou ele mudou". Daqui a pouco nós vamos chegar lá. Primeiro, nós estamos desconstruindo a possibilidade de encontrar qualquer resquício ou sinalização de que é um mandamento.
Não é apresentado assim aos romanos, não é assim aos gálatas. Agora vamos ver o que Paulo declara aos colossenses. Colossenses 2.
16 e 17: "Portanto, que ninguém julgue vocês por causa de comida, bebida ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém, o corpo é de Cristo. " Já falei nos vídeos anteriores sobre mudança de lei que a ótica da Nova Aliança sobre os ritos da Lei de Moisés é: não passam de ordenanças da carne baseada em comidas, bebidas, mas ele também, além de falar de comida e bebida, fala de abluções, ritos de purificação aqui ele está falando: "Ninguém julgue vocês por causa de comida e bebida", esses ritos, mas aqui ele inclui dia de festa, lua nova, que eram observados, mas ele inclui sábados. Há preocupação com os sábados, seja os sábados semanais, seja os sábados, por exemplo, tinham dias fixos de datas ao longo do ano, que eram sábados independente do dia que caía na semana, seja os sábados anuais, todo o pacote deles.
Já vi gente dizer: "Não, sábados no plural, não é aquele sábado da semana. " Não, não limita-se a ele, mas não o exclui de forma alguma. Não há nada que dê indício de que Paulo está tratando dos demais sábados mas não do semanal.
Ele bota tudo no bolo e diz: "São sombras de coisas que haviam de vir. " Ou seja, como o apóstolo Paulo está tratando a questão do sábado? Naquela categoria de um símbolo do Antigo Testamento que tem cumprimento no Novo Testamento.
Ele diz: "Ninguém julgue vocês. " Gente, se isso é um mandamento, como ele vai dizer: "Não deixe alguém julgar você a respeito do assunto se você guarda ou não guarda. Se é um mandamento tem que guardar.
Se é um mandamento, não está guardando, está errado e tem que ser confrontado. " Como que ele simplesmente diria: "Não deixem julgar vocês? " Ele sabia da pressão dos judaizantes, do quanto todo mundo queria impor os preceitos da lei sem esse filtro de entendimento da mudança de lei e ele está tentando proteger a igreja.
Agora, a sombra de quê? É interessante como o sábado está relacionado com a graça de Deus. Por isso, a figura de não trabalhar.
Então a Bíblia diz: "Pela graça sois salvos mediante a fé e isso não vem de vós, é um dom de Deus, não vem das obras. Você pega, por exemplo, o dia da Expiação. Era um sábado.
Ele tinha a data fixa no mês, mas o dia em que caísse era dia de descanso. Você pega, por exemplo, o ano do Jubileu. Ele era um ano sabático.
Sempre o sábado está relacionado às questões da redenção. Lá atrás, Deus diz: "É sinal da aliança", mas ele também diria lá atrás que Ele faria uma nova aliança. Isso significa que nós não estaríamos presos.
E quando usa a expressão "sinal" assim, quando eles colocar o sangue no umbral da porta, na celebração da primeira Páscoa e a Bíblia diz: "o sangue será por sinal", nós estamos falando de algo que profetizava a respeito dos bens vindouros que seriam concretizados em Cristo. Então, depois de ver o que Jesus falou do silêncio do Concílio de Jerusalém, o que Paulo falou, nos resta um último texto no Novo Testamento sobre o sábado que está no livro de Hebreus. Em Hebreus no capítulo quatro, eu quero ler o verso 1 ao 11, o texto é grande, mas merece atenção.
Diz assim: "Portanto, visto que nos foi deixada a promessa de entrar no descanso de Deus". Aí você vai entender as declarações, já no Velho Testamento, Deus dizendo: "não entrarão no meu descanso", está dizendo: "Tem gente que não entra por agir errado. Tem aqueles que, por agir correto, entram.
" Ele faz um paralelo de como os israelitas, por incredulidade, não entraram em Canaã e agora ele segue com esse paralelo, dizendo: "visto que nos foi deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, tenhamos cuidado para não parecer que algum de vocês deixou de alcançá-la. Porque também a nós foram anunciadas as boas novas, exatamente como aconteceu a ele, a geração que saiu do Egito, que é uma figura da nossa redenção. "Mas a palavra que eles ouviram não lhes trouxe proveito, porque não foram unidos por meio da fé com aqueles que a ouviram.
" Outra tradução diz que a "palavra não foi unida de fé no coração deles. " Mas ele afirma: "Nós, porém, que cremos", agora é nós, porém, os da Nova Aliança, "entramos no descanso, conforme Deus disse: Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso. Ele disse isso, mesmo que as obras já estivessem concluídas desde a fundação do mundo.
Porque, em certo lugar, assim disse a respeito do sétimo dia", e vem a citação de Gênesis: "No sétimo dia, Deus descansou de todas as obras tinha feito. E, novamente, no mesmo lugar: Não entrarão no meu descanso", na lei. "Visto, portanto, que resta entrarem em alguns naquele descanso", ou seja, não é que não entraram porque ninguém vai entrar.
Ele está dizendo: "Resta entrarem alguns naquele descanso de Deus e que, por causa da desobediência, não entraram aqueles aos quais anteriormente foram anunciadas as boas novas, de novo, determina certo dia, hoje, falando por Davi, muito tempo depois, segundo antes tinha sido declarado: Hoje, se ouvirem a sua voz, não endureçam o coração. Ora, se Josué lhes tivesse dado descanso", falando de Canaã, "não falaria, posteriormente, a respeito de outro dia. Portanto, resta um repouso sabático para o povo de Deus.
" Algumas versões bíblicas só usam "resta um repouso", mas a palavra traduzida é o "repouso sabático", é o sabatismo. ". .
. resta um repouso sabático para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus descansou das suas.
" Há aqui uma referência a Cristo. "Portanto, esforcemo-nos por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo aquele exemplo de obediência. " Aqui o sábado é apresentado como a manifestação plena da obra da graça nas nossas vidas, mas não como mandamento a respeito de um dia semanal a ser observado.
Eu tenho visto algumas argumentações para o sábado e eu queria deixar as devidas respostas. Em primeiro lugar, tenho visto gente dizendo: "Não, você tem que fazer a distinção da lei cerimonial e dos Dez Mandamentos. " E a minha pergunta às pessoas é: Que distinção é essa que ninguém, nem no Antigo Testamento, nunca reconheceu?
Nós temos ritos cerimoniais? Sim. Ritos que cessaram porque era uma figura?
Sim, e nós temos valores morais que continuaram? Sim, e não só os que estão nos Dez Mandamentos. Nós temos, por exemplo, a continuidade da não ingestão de sangue que não era parte dos Dez Mandamentos.
Então a gente não pode dizer que lei moral são só os Dez Mandamentos. Tem outras coisas que não estão nos dez e que passaram. O que determina o que passa e o que não passa, não é a nossa escolha de um rótulo.
"Essa lei é isso, é aquela. " É o que o Novo Testamento sustenta. E o Novo Testamento trata o sábado como a sombra de um bem vindouro e não um mandamento literal.
Outro dia alguém me disse: "Ah, mas me pregaram os Dez Mandamentos para me tirar da idolatria. " Eu falei: "Se usaram os Dez Mandamentos para te pregar isso antes da conversão é outra conversa. A gente não pratica idolatria não é por causa de uma declaração da lei de Moisés.
É porque o Concílio de Jerusalém, é porque as epístolas determinam que não é para praticar idolatria. " Outras pessoas dizem: "Não, os gentios convertidos foram liberados do sábado no Concílio de Jerusalém, mas não judeus. " Eu digo: "Ah é?
Então agora Deus tem dois povos distintos, quando a Bíblia está dizendo que não tem mais gentio nem judeu, mas que ele fez um só corpo, uniu numa só carne. Não, nós estamos imaginando que agora tem dois povos distintos e duas leis, uma pra cada um? Então Jesus não veio mudar.
Jesus só veio aumentar uma lei para outro povo e deixar uma anterior com aquele? " Gente, vamos parar de inventar moda e forçar a barra. O Novo Testamento não ensina a guarda do sábado.
Para terminar, a pergunta é: Houve substituição pelo domingo? E eu vou te dizer: também não. Eu sei que em Apocalipse 1, no verso dez, João diz lá: "Achei-me em espírito no dia do Senhor".
Alguns discutem que a expressão "o dia do Senhor", que aparece várias vezes no Novo Testamento como evento escatológico, tanto lá em 1ª Coríntios 1. 8, "no dia do Senhor Jesus". 1º Tessalonicenses 5.
2, "O dia do Senhor vem como ladrão". 2ª Tessalonicenses 2. 2 falando da vinda de Jesus ele diz: "Ninguém faça vocês entenderem que esse dia já chegou" e é sempre o evento final da vinda de Cristo.
"O dia do Senhor virá como ladrão", de 2º Pedro. 3. 10.
"Naquele dia os céus passarão com um grande estrondo, é a consumação de todas as coisas". Um grupo defende João, está dizendo: "Achei-me em espírito no dia do Senhor", na revelação do final. Faz sentido com todo o apocalipse, porém, a descrição de como ele apresenta "dia do Senhor" é apresentado por muitos, dizendo: "Não, aqui ele está falando de dia semanal, tem um contexto diferente.
" Ainda que seja, João teria feito um comentário e não teria estabelecido uma determinação da substituição do sábado pelo domingo, porque não há nada na Bíblia falando a respeito de fazer distinção entre uma coisa e outra. "Ah, pastor, mas cultos foram registrados sendo praticados no domingo. " É verdade.
Atos 20. 7 e 8 diz: "No primeiro dia da semana nós nos reunimos a fim de partir o pão. Paulo, que pretendia viajar no dia seguinte, falava aos irmãos e prolongou a mensagem até a meia noite", você conhece o texto, ali em Trôade, uma igreja de gentios.
Mas em Atos 16. 13, a Bíblia mostra que há registros de reuniões nos sábados também entre gentios convertidos em Filipos. O texto diz, Atos 16.
13: "No sábado, saímos da cidade para a beira do rio, onde nos pareceu haver um lugar de oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que estavam ali se reunindo. " Então nós temos menção das duas coisas. É fato que os cristãos passaram a tratar o dia da ressurreição, porque o domingo foi dia que Jesus ressuscitou, como o dia do Senhor?
Sim. É fato que começaram a migrar os cultos para o domingo? Sim.
A pergunta é: Há uma exigência de que o domingo seja observado ou de que o sábado foi trocado pelo domingo? E a resposta é: não. Na minha opinião, tentar fazer uma mudança do sábado para o domingo é mais incoerente ainda do que guardar o sábado, porque não há nenhuma clareza disso.
Chamá-lo de "dia do Senhor" não significa que as coisas que eram aplicadas ao sábado foram transferidas para ele. Então, de qualquer forma, quando falamos sobre a guarda do sábado, não há uma continuidade literal. Porém, eu encerro dizendo; no mínimo, nós temos um princípio de descanso.
O corpo precisa de uma pausa do trabalho, a mente também, nosso coração deveria ter pelo menos um dia por semana dedicado ao Senhor. Se você pode fazer isso como a maioria das igrejas que tem os seus cultos principais no domingo, ótimo. Se você é alguém que precisa trabalhar no domingo e tem um outro sabat para o seu corpo, que não é exigência da lei, mas é um bom princípio a ser observado, você não está quebrando a lei.
E se alguém, por alguma razão diz: "Ah, mas se eu quiser observar o sábado só porque eu quero". Eu digo: "Faça isso, mas não imponha sobre lei para os outros. " Acredito que essa é a visão a respeito do sábado que nós devemos ter.
Uma ordenança estabelecida por Deus, que na Nova Aliança é visto como uma sombra de algo futuro que ainda nos aguarda e não se cumpriu. E agora que as sombras começaram a se cumprir, nós não temos uma exigência da observação prática, mas temos um chamado a considerar com esperança tudo aquilo que ele projeta, a manifestação plena da graça. Eu espero que isso elucide, ajude você a viver a vida cristã de uma forma simples e prática e, de fato, fundamentado no que a Bíblia diz e não no que os outros gostariam que ela dissesse.