Aula Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae - UFRJ Macaé

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Fernanda Cavalcante
Aula assíncrona sobre meningites bacterianas causadas por meningococos e Haemophilus influenzae.
Video Transcript:
Oi pessoal tudo bom então a gente vai começar agora com a nossa aula de Néria tá essa é uma aula junto com a aula de hemófilos influenza que eu acho assim fico até com pena da gente não fazer essa aula presencialmente porque eu acho que esse assunto Men indit bacterianas é muito importante para vocês então prestem atenção e tirem dúvidas depois eu vou deixar um uma revisão porque eu eu acho que meningit a gente nunca consegue falar tudo então eu vou deixar uma revisão para vocês com os exercícios no final e aí na próxima aula
a gente conversa melhor sobre esse assunto tá bom eh neé é um assunto que engloba duas bactérias super importantes clinicamente que é nem séria mening tiddes o meningococo nem séria Goni que é o gonococo tá Mas pra gente ficar na linha de meningites bacterianas eu vou falar primeiro de Néria meningitides e hemófilos influenza que são duas bactérias que causam essas infecções no sistema nervoso central e depois eu volto pra gente falar do gonococo tá bom eh ne séria aqui deixa eu passar então o gênero Néria né Eh que envolve várias espécies eles são ele normalmente
é composto por bactérias que são muito muito encontradas no organismo humano né bactérias comensais só que a gente tem duas espécies que são patógenos por Excelência O que que significa serem patógenos por Excelência significa que são bactérias que quando estão presentes elas são perigosas são características de um processo infeccioso tá essas duas bactérias é a neé meningitides como eu já falei para vocês que é a principal agente de bening bacteriana por isso a gente chama de meningococo e a neera Goni que é o gonococo tá elas são eh todas as bactérias né Não só essas
duas espécies mas todas as do gênero ne séria são cocos Gran negativos que estão sempre em encontrados aos pares tá conforme eles vão se essas bactérias vão se dividindo elas vão ficando juntas e então Eh elas sempre formam Esse aspecto de rim porque elas ficam achatadinha tá as neas a gente vê que elas têm essas essas fimbrias em volta então e E isso não são flagelos não são estruturas que estão associadas a mobilidade dessa bactéria a gente vai ver que elas eh essas essas fímbrias estão eh relacionadas ao processo de adesão nas mucosas então elas
não são móveis tá elas são bactérias Imóveis não formam os poros e elas são organismos muito fastidiosos tá as n sérias são muito difíceis de cultivar em laboratório elas são elas requerem vários eh vários nutrientes no meio de Cultura você precisa inclusive estar com a placa já aquecida porque senão a Néria não cresce Então ela tem uma série de especificidades que dificultam o seu cultivo dentro do laboratório as n sérias tanto meningococo quanto gonococo elas têm uma série de fatores de virulência por isso que elas são patógenos né por isso que eh especialmente o gonococo
a gente não consegue e a gente não não encontra uma um gonococo como um colonizador por exemplo se ele tá presente na mucosa do trato genital ele está causando uma infecção tá porque ele tem muitos fatores de virulência que favorecem esse processo então só pra gente falar de alguns que são eh muito importantes fimbrias né como eu já mostrei para vocês aqueles aqueles pelinhos que revestem a célula vou voltar aqui para vocês verem esses aqui nessa célula roxa essas fimbrias elas são o que permite essa bactéria se aderir no epitélio Além disso as fimbrias elas
vão ser essenciais pro processo de invasão das células conforme a gente vai ver nos próximos slides as nées elas chegam nas mucosas e elas conseguem invadir a célula elas conseguem atravessar a membrana citoplasmática das células eucarióticas para elas eh iniciarem um processo infeccioso né Além disso elas sofrem um processo ch chamado variação de fase e variação antigênica que depois eu até posso explicar para vocês melhor mas é um processo no qual essas fimbrias elas mudam a sua estrutura o tempo inteiro de forma que o sistema imune nunca consegue reconhecer Porque conforme os anticorpos são gerados
contra as aquelas fimbrias elas se reorganizam elas mudam de formato mudam na sua composição e aí o anticorpo não se liga mais aquelas estruturas então elas têm toda uma organização tem Tod tem vários artifícios para escapar do nosso sistema imune Além disso as necas elas possuem iG protease né Vocês já devem ter visto em imuno que é iga imunoglobulina a são os anticorpos que protegem as mucosas Então as neas além delas terem fímbrias que favorecem a adesão ao epitélio que promovem a invasão das células e que trabalham o tempo inteiro para escapar o sistema imune
essas bactérias também possuem enzimas que clivam as imunoglobulinas que patrulham as mucosas então elas estão um tempo inteiro fugindo do sistema imune as neras têm também e isso aqui é muito importante no caso eh no caso da do meningococo e do gonococo as proteínas de membrana externa que é por a e por b e Opa e opc essa essas quatro proteínas também vão ser fundamentais pro processo de invasão tá bom elas fazem com que essa bactéria consiga invadir a a a as células eucarióticas e é isso que vai fazer por exemplo que os meningococos sejam
as únicas bactérias que que tenham como como característica principal a capacidade de invadir de atravessar a barreira hematoencefálica outro bactérias também podem invadir a barreira hematoencefálica mas a gente vai ver que eles normalmente precisam de um processo infeccioso antes eles precisam que a pessoa tenha desenvolvido uma sinusite o otite ou que haja uma debilidade do sistema imune na série Menendes não ela através dessas proteínas de membrana externa e também das fimbrias ela consegue a partir do zero causar uma infecção invadir o organismo e atravessar a barreira himat encefálica porque ela tem Fer entas para isso
tá E além disso O que é importantíssimo também faz parte desse arsenal de fatores de virulência é a cápsula um meningococo sem cápsula não causa infecção porque ele não consegue ele não consegue sobreviver no sangue para poder atravessar a barreira hematoencefálica e causar meningite se ele não tiver cápsula tá então esses fatores de virulência esse conjunto de fatores de virulência o que permite as ne sérias sobreviver no organismo e causar o processo infeccioso e o Curioso é que esses fatores de virulência praticamente todos para falar a verdade de todos os que estão listados aqui as
fimas as ge protease as proteínas de membrana externa e a cápsula eles são importantes tanto PR Néria meningitides quanto pra Néria gonor Então você tem duas espécies que tem os os mesmos fatores de virulência mas uma vai ser especializada em causar meningite bacteriana e a outra causar agon norreia que vão ser infecções completamente diferentes como a gente vai ver já já E para completar só para eu não deixar essa ponta solta eh Um dos fatores de virulência mais importantes também das ne sérias é o Lipo oligossacarídeo Se vocês forem lá voltar na aula de morfos
etologia a primeira aula que vocês tiveram a gente vai perceber que as bactérias Gran negativas elas possuem uma membrana externa Onde estão presentes lipopolissacarídeos né E lipopolissacarídeos são aquelas estruturas que são exclusiva exclusivas das bactérias Gran negativas e são extremamente imunogênicas né considerado uma endotoxina o LPS quando ele cai na corrente sanguínea ele pode desencadear um processo uma resposta imunológica que leva inclusive ao choque as neas elas possuem também uma membrana externa e possuem também um LPS né que é aquela estrutura onde você tem o lipídio a né e ligado a esse lipídio a várias
cadeias de polissacarídeo A diferença é que nas n sérias esse LPS esse lipopolissacarídeo não tem ramificações laterais né como vocês podem ver nessa molécula aqui direita não tem ramificações não tem açúcares não tem cadeias laterais de açúcares como a gente tem na ecle por exemplo então isso faz com que eh essa molécula Por incrível que pareça tenha uma capacidade imunogênica maior do que o próprio LPS então a gente diz que ela é uma endotoxina muito mais potente ela é capaz de causar uma resposta imunológica e ele levar ao choque mais rápido do que o LPS
aqui tá até errado e e por toxina Então vamos entrar no assunto neé meningitides né a neer meningitides da meningococo principal agente etiológico de meningite bacteriana em criança maior de 3 meses tá Por que em criança maior de 3 meses porque normalmente a criança menor de 3 meses ela primeiro que ela vai est protegida a maior parte das vezes pelos anticorpos maternos né então se a mãe tiver imunidade a neic séria meningitides A criança até os primeiros meses ela vai ficar também nem que seja parcialmente protegida E também porque a gente vai ver mais paraa
frente que as crianças menores de TR meses elas Normalmente quando adquirem alguma meningite ela é causada pelo streptococos a galact lembra que eu falei para vocês quando eu fiz aquela revisão de streptococos que os streptococos da galáctica oos streptococos do grupo B ele normalmente ele coloniza a mucosa vaginal é muito comum nas mulheres grávidas então Eh existe uma incidência muito grande de meningite por streptococos da galact em crianças recém-nascidas né então Eh quando você sai dessa faixa etária as princip as principais bactérias que vão causar meningit passam a ser passa a ser nem Sé meningitides
E aí em segundo e terceiro lugar o streptococus pneumoni e o hemófilos influenza o que que é meningite né meningite a gente fala muito mas que que que é exatamente né então a meningite ela nada mais é do que um processo inflamatório das membranas que revestem o cérebro né meninges né duramáter aracnoide piamater né Então essas essas membranas vão estar inflamadas vão estar extremamente e sensíveis elas vão perder a capacidade né a barreira hematoencefálica ela perde a capacidade de ser tão seletiva quanto ela naturalmente é é um processo muito grave tá a nessar mentides é
altamente contagiosa ela é uma bactéria que ela passa muito facilmente existe um risco altíssimo eh numa sala de aula ou num ambiente fechado se uma pessoa tiver meningite há uma chance muito alta de que todos venham a ter Então a gente vai ver também que quando tem um caso de meningite numa escola todas as crianças têm que ser vacinadas Todas têm que ser tratadas porque é uma bactéria que passa muito rápido né E outra coisa importante a neicer meningitides ela é a única espécie que é capaz de causar grandes surtos de meningite streptococos pneum e
hemófilos influenza também são bactérias que causam meningite mas eles não têm todo o Arsenal de fatores de virulência que a Néria tem então eles não são capazes de pegar um hospedeiro plenamente saudável e desenvolver uma meningite a partir do zero nessas pessoas Então é muito difícil você ter surtos de de de meningite por streptococos pneumonite uma pneumonia existe todo todo um processo né que é requerido para que essas duas bactérias o estp e o hemófilos venham a desenvolver meningite no caso da ne séria não uma pessoa que nunca teve nada que tá com a sua
imunidade em dia e que apenas esbarrou com uma pessoa que teve está com meningite essa pessoa pode vir a desencadear uma meningite por meningococo tá Por quê Porque ela tem todos aquias fatores virulentas Então isso é uma coisa importante que vocês precisam fixar bem como é que funciona então a meningite Por meningococo que é a gente como a gente chama meningite meningococo ele vive apenas no ser humano tá ele não está em animais ele não está em ambiente ele é encontrado apenas na mucosa da nasofaringe de seres humanos e a transmissão é pessoa a pessoa
via gotículas ou aerossóis muitas pessoas possuem normalmente ne meningitides nas suas naof faringes sem nunca ver ir a causar nenhum problema por algum motivo essas bactérias ficam ali e não causam infecção nessa pessoa mas se essas pessoas começam a estar numa aglomeração conversa com um conversa com outro numa creche muito cheia presídios alojamentos dormitórios locais onde as pessoas ficam muito muito juntas essa bactéria pode passar para um passar para outro e aí através de uma transmissão via gotículas uma outra pessoa adquire essa bactéria essa bactéria inicialmente vai fazer fazer a mesma coisa que ela fez
no outro hospedeiro ou seja colonizar na azof faringe mas nesse hospedeiro por algum motivo ela começa a iniciar o seu processo de invasão antes do processo de invasão é preciso que ela comece através das fimbrias a aderir naquela mucosa então ela vai utilizar suas fimbrias para isso para agarrar na mucosa né Na superfície das células epiteliais e essa adesão nas células epiteliais mediada pelas fimbrias ela vai chamar iga imunoglobulina a o teu organismo vai mandar imunoglobulina a para fora para combater aquela colonização mas quando essas imunoglobulinas a chegam aqui elas acabam encontrando uma bactéria que
degrada imunoglobulina a porque tem G protease E assim a bactéria não é clivada por esse anticorpo ela se protege desse anticorpo então uma vez que ela se estabeleceu ali e evitou que o sistema imune eh destrua aquela colonização ela vai então iniciar um processo de invasão e o processo de invasão ele é até simples pra bactéria ela tem proteínas na sua membrana que começam a estimular que aquelas células que aquelas células epiteliais englobem aquela bactéria né não diria fagocitar Porque não são células fagocíticas mas a célula epitelial ela começa a a ela começa a emitir
os pseudópodos e engole coloca para dentro de si as células eh bacterianas da Néria meningitides E essas esses mesmos fatores de invasão que são essas essas proteínas membrana externa além delas estimularem esse englobamento elas também fazem com que a bactéria sobreviva dentro dessas células dessas células epiteliais e aí elas sobrevivem e elas vão também sendo enviadas pra parte mais basal da célula epitelial até que ela sai lá do outro lado e cai na corrente sanguínea então a bactéria tem todo um processo de chegar no hospedeiro aderina mucosa via fimbrias resistir A fagocitose resistir a a
clivagem por anticorpos via g protease e através das proteínas de membrana externa elas são capturadas pelas células epitel da mucosa e são atravessam essas células e vão cair lá na corrente sanguínea do outro lado tá um outro mecanismo que também que pode acontecer elas serem fagocitadas ainda nessa parte eh nessa superfície da mucosa elas podem ser fagocitadas por macrófagos mesmo células fagocíticas neutrófilos essas células Retornam pro vaso sanguíneo e quando chega no vaso sanguíneo a bactéria sai da célula fagocítica ela não é ída E aí ela mais uma vez cai na corrente sanguínea e inicia
o processo já está iniciado o processo de invasão bom então ela usou a fima para derina mucosa a a protease para não ser clivado pelo anticorpo ela usou as proteínas de membrana externa para atravessar a célula epitelial sobreviver ali dentro e chegar na corrente sanguínea ou sobreviver A fagocitose e chegar na corrente sanguínea e ela sobrevive no sangue porque ela possui cápsula Porque se ela não possui cápsula se ela não não tivesse estrutura quando ela chegar na corrente sanguínea ela vai ser fagocitada então ela precisa da cápsula e é por isso que eu falei lá
no outro slide que uma neicer meningiti sem cápsula não não é não é patogênica não é infecciosa então essa cápsula ela vai impedir que o sistema imune reconheça esses in cocos e ela caiu no sangue ela fica circulando ela vai circular por todo todos os toda a corrente sanguínea até o momento em que ela vai passar pela região onde está a barreira hematoencefálica né O que que é a barreira hematoencefálica a gente tem a ideia de que é um uma estrutura especial de fato é uma estrutura muito especial mas ela é uma um na verdade
um um um vaso sanguíneo onde você tem uma grande eh é um grande controle de tudo que entra e tudo que sai Então nada passa pela barreira hematoencefálica que não seja o o que o que que está sendo finamente controlado pelo sistema nervoso central então uma célula bacteriana não vai atravessar barreira hematoencefálica não vai né proteína glicose só atravessa Na quantidade que o sistema nervoso central pede então a bactéria jamais atravessaria ali várias bactérias passam pela nossa corrente sanguínea e podem causar choque podem causar infecções graves mas não tem o potencial de atravessar a barreira
hematoencefálica mas Néri Menin de Tides tem e faz isso muito bem é é é o a profissão dela é atravessar a barreira hematoencefálica ela faz isso de duas formas A primeira é através da fima Então ela vem ela vem navegando na corrente sanguínea até que Ela gruda através das suas fimbres as mesmas fibras que ela utilizou para ligar se ligar lá na mucosa Ela utiliza para aderir naquela parede do vaso né na parede da barreira hematoencefálica E aí ela vai causar uma uma a simples presença dela nessa região vai causar uma pequena inflamação que vai
desestabilizar as junções entre as células epiteliais então com isso vai haver um esgarçamento e Ela utiliza esse espaço que é aberto para atravessar atravessar e cair dentro da atravessar a barreira hematoencefálica tá o a outro mecanismo que ela tem que também é b é bem é bem estabelecido é mais uma vez se utilizar das proteínas de membrana externa Então se essas proteínas de membrana externa foram úteis para ela lá na mucosa na danas faringe para atravessar as células epiteliais ela agora vai ser útil também para atravessar as células endoteliais que compoem a barreira hematoencefálica Então
ela também mais uma vez estimula que essa célula endotelial englobe né a bactéria ela sobrevive ali dentro e ela atravessa pro outro lado caindo lá na região onde você tem o o líquido calor radano e um outro mecanismo também que é bem parecido com aquilo que ela fez também lá na mucosa é estimular uma fagocitose por um neutrófilo que estreia no sangue esse neutrófilo fagocita essa essa bactéria essa neé então o neutrófilo atravessa a barreira mato encefálica porque os neutrófilos conseguem atravessar a no momento em que ele atravessa ele leva a neera junto com ele
ela sobrevive nesse neutrófilo e quando ele chega lá ela sai mais uma vez da célula fagocítica E aí ela consegue estabelecer um um processo infeccioso porque ela chegou nas meninges tá então ela tem três formas na verdade de atravessar barreira hematoencefálica uma pelas fimbrias que vão causando uma inflamação e aí ela atrapa através das células eh endoteliais não seriam epiteliais seriam endoteliais tá gente a outra é pela sobrevivência pela ã não seria fagocitose né no caso aqui seria pela ou a segunda é pela fagocitose através um neutrófilo por exemplo e ela atravessa junto com esse
neutrófilo entre as células endoteliais sobrevive nessa célula fagocítica e depois ela sai dessa célula e a terceira é sobrevivendo na célula endotelial atravessa essa célula todinha e vai sair do outro lado e fica livre no líquor então vocês percebem que ela tem da mesma forma que ela conseguiu atravessar as células da mucosa ela consegue então atravessar as células que compõem a barreira hematoencefálica quando isso acontece você tem então uma bactéria que chega no líquor né que é um sítio estéril então o sangue ele é altamente patrulhado gente o sangue tem sistema complemento o sangue tem
anticorpos o sangue tem um monte de células linfócitos monócitos macrófitos que estão o tempo inteiro circulando e prontos para fagocitar detectar e fagocitar e destruir qualquer invasor o licor já não é assim o licor é muito rico em nutrientes Mas ele também não tem essa estrutura de defesa que o sangue tem então quando a Néria entra nessa região ela começa a se multiplicar se multiplica se multiplica intensamente E aí você começa a ter os sintomas da a multiplicação bacteriana no líquor que afeta que começa a inflamar as menines tá os principais sinais e sintomas que
essa multiplicação bacteriana nas meninges e no licor vão causar primeiro é a febre muito alta que é o primeiro sinal né que é disparado quando você tem aquele monte de de de Grã negativo e Grã positivo também mas aqui no caso você vai ter muita liberação de lipol ligo sacarídeo de vários vários antígenos né então a a febre dispara é uma febre muito alta uma febre que passa de 40º dor de cabeça muito intensa O que é bastante óbvio Porque você tá com uma inflamação nas meninas a dor de cabeça vai ser muito intensa vômitos
em jato e fotofobia são extremamente comuns né e tanto o vômito em jato quanto a fotofobia eles são indicadores bem clássicos de de que há alguma perturbação neurológica naquele paciente tá eh o vômito em já ele é diferente de um vômito comum né que porque a pessoa ficou enjoada e vomitou não é isso vômito em jato é como se de repente do nada o paciente dispara um vômito que tem uma um um acionamento neurológico não é um problema gástrico gastrointestinal tá eh e uma coisa que aparece também que é um um sinal patognomônico né de
meningite é a rigidez na nuca né Por qu asas meninges ficam muito inflamadas o licor fica cheio de bactéria então com isso a a a criança no caso ou qualquer qualquer paciente ele não consegue encostar o queixo não consegue abar abaixar a cabeça de forma que o queixo vai em direção ao peito ele não consegue fazer esse movimento porque o pescoço fica muito rígido porque dói quando faz esse processo porque toda essa região tá muito inflamada tá então esses são o que a gente chama de sinais de irritação meningea tá a irritação mening ela também
bem é composta de ela começa com a rigidez na nuca né mas e e existem três três testes que se faz né na principalmente na criança que é o sinal de Kern que é quando você deita a criança né Bota a criança assim com as costas na na maca por exemplo e tenta levantar uma perna né uma uma perna fica deitada e a outra levanta isso é muito doloroso porque quando você tá com toda aquela região que que que compreende de que que o Lor atinge inflamada esse movimento é muito doloroso e é o sinal
o sinal de Kern positivo é quando você tenta fazer esse movimento e a criança não permite porque ela reclama de dor o outro sinal é o sinal de brudzinski o sinal de bruin que também quando ele é positivo é que se você com a criança deitada Se você mexer no no se você tentar mexer no pescoço dela pra frente a perna automaticamente vai se contrair porque ela está com essa toda essa região das costas vai doer porque é onde está a inflamação né onde o licor percorre vai tá muito dolorido e inflamado e em bebês
bebê muito pequeno Você tem o opistótono né opistótono é quando vocês forem aprender o tétano Vocês também vão ouvir essa expressão a posição opot que é quando a criança fica como como se fosse um gancho para trás né ela fica toda encurvada para trás mais uma a coluna vai ficar rígida E mais uma vez é causado por essa dor que que que vem junto com a inflamação das meninges tá então esses são os sinais de irritação meníngea e isso aqui não é da neé meningiti tá qualquer meningite bacteriana principalmente ela causa esses sinais agora uma
coisa importante eh de da gente falar é que então eu comecei a falando com vocês da da Néria chegando no novo hospedeiro atravessa a ela se coloniza né a nasofaringe ela atravessa as células ela chega no sangue percorre o sangue durante um tempo quando ela chega na região da barreira hematoencefálica ela se liga ali e ela através de vários mecanismos ela consegue atravessar essas células e chegar nas menines certo então esse é o processo agora quando essa célul Quando essas células bacterianas elas e chegam no sangue nesse processo entre atravessar a mucosa da nasofaringe e
atravessar a barreira imato encefálica nesse tempo nesse curto espaço do de tempo que ela fica no sangue ela existe uma disseminação bacteriana ali que normalmente é exagerada mas pode ser muito exagerada que a gente chama de meningo emia né mening coco semia porque tem a ver com a presença no sangue né E o principal sinal Clínico dessa multiplicação bactéria nag gerada no sangue é o aparecimento de petéquias que podem ser em número reduzido ou podem estar completamente disseminadas tá quase sempre a meningite ela quando ela se apresenta ela vem junto com a meningococcemia essas imagens
bem tristes que eu coloco aqui para vocês elas são imagens bem bem exageradas né Eh a criança pode ficar assim ou pior tá dependendo do nível de de multiplicação bacteriana no sangue mas às vezes pode ser podem ser petéquias bem discretas tá então isso é causado pela multiplicação bacteriana lá ela as bactérias se multiplicam muito intensamente porque elas têm cápsula e por terem cápsula elas não estão sendo adequadamente detectadas pela Resposta imune mas ao mesmo tempo que você tem muita bactéria você acaba tendo muita liberação de restos bacterianos no sangue e como a gente já
conversou o Lipo oligo sacarídeo ele é muito mais tóxico do que o LPS Então quando você começa a ter muita bactéria muito lipóico sacarídeo no sangue você inicia então uma cascata de citocinas uma liberação muito intensa isso vai levar coagulação intravascular disseminada né E essas petéquias dependendo da extensão elas podem levar a necrose se for extremidades mãos pernas braços dedos vai ocorrer perda dessas extremidades porque tem que amputar senão a pessoa morre eh e se isso não for contido a pessoa evolui a choque e a óbito tá então qualquer criança que chegue com febre com
sinais de irritação meninge ou seja vômito em jato fotofobia se apresentar rigidez de Nuca qualquer sinal de irritação mening é positivo tem que procurar no corpo da criança por petéquia por menor que seja pontinhos roxos que vão se apresentando nas mãos nos dedos nos pés para verificar se ela tá evoluindo para uma meningococcemia tá e como eu falei normalmente a meningite ela se apresenta junto da meningococcemia em maior ou menor grau e a gente chama esse conjunto de de de sintomas né sintomas não esse conjunto de de quadros clínicos a meningite a meningococcemia de doença
meningocócica gente fala da vacina para meningite é a vacina que previne a doença meningocócica tá muitas vezes a criança eu falo criança porque é o principal o principal grupo né afetado a criança ela vem a óbito em decorrência da mening emia antes da meningite Começar a se manifestar tá pode ser que isso aconteça devido essa liberação de essa multiplicação bacteriana muito exagerada no sangue bom eh por que que eu falo criança né Sempre falei criança por quê Porque como vocês podem ver aqui entre a partir dos 3 meses nem série mening de Tides é uma
das principais e dos principais agentes causadores de meningite né streptococos pneumônica que aqui eu botei 40% mas assim vem caindo pouco a pouco as taxas de meningites Por streptococos pneumônica Ela vem sendo aplicada e ela tem tem gerado na na população uma imunidade eh bastante satisfatória a Néria mingi tiddes ela ainda é muito prevalente no Brasil tá nós temos vacina contra a neera meningiti só que a nossa vacina ela é Ela é disponibilizada contra um único sorotipo né quer dizer no momento no Brasil no Programa Nacional de imunizações a gente tem a vacina contra o
sorotipo C tá eh em alguns locais a prefeitura do Rio por exemplo ela já tá oferecendo a vacina AC ela tá oferecendo a vacina né que protege contra os serotipos a c y e w35 né então assim ela já tá oferecendo numa uma um um um uma proteção maior e alguns municípios também né Acho que Macaia também tá já tá oferecendo mas aí eles não oferecem PR criança pequena já oferecem para acho que acima de 10 anos né que é quando a necessria Menin de Tides fica mais mais prevalente também no Brasil hoje a gente
tem os estereotipos a b c y e w né então sendo que o mais comum como era o c Por isso que o SUS faz a vacina aplica a vacina pro c e a gente tem essas aqui também né que como eu falei alguns municípios estão oferecendo vacina só que a gente tem um problema sorotipo b sorotipo b eh é o seguinte o que que é o que que o o o que que define o sorotipo da Néria meningitides né O que define a cápsula então se você olhar a cápsula das neisserias meningitides você vai
ver que a composição da cápsula varia de grupo para grupo e a gente tem 13 tipos de cápsulas né que são essas aqui que são os sorotipos eh o sorotipo cada uma tem a sua composição de carboidratos né o serotipo b é o mais difícil da gente construir uma vacina porque o sorotipo b tem cápsula de ácido ciá Lico e ácido ciá Lico é um carboidrato que você encontra em qualquer célula humana então é muito difícil fazer uma vacina e ainda por cima uma vacina assim eficaz contra o o sorotipo b então Eh dos tipos
circulantes no Brasil a gente tem uma proteção boa hoje oferecida pelo SUS contra o sorotipo C eh existem vacinas já na rede partic lá em alguns locais oferecendo no setor público também contra o a c yw mas o seror tipo B ainda é muito difícil né E como o sorotipo C já tá com uma vacinação assim já bem Ampla a tendência é que o sorotipo c caia e o serotipo b a ma gente pelo serotipo B começa a ficar cada vez mais comum tá são vacinas muito caras eh a vacinação pro sorotipo B ela sai
mais ou menos R 1.500 as doras as doses necessárias Então não é um investimento eh barato mas e também a meningite não é uma doença muito comum talvez na vida profissional de vocês vocês vejam sei lá três ou quatro casos de meningite bacteriana porque é muito raro mas é aquela coisa né é o raro mas a gente for ver em do só em 2015 a 5 anos atrás a gente teve 1300 casos no Brasil sendo que foram 280 óbitos Então isso é muito uma letalidade muito grande né os meus filhos não tomaram eu tô assim
eu tô assim sofrendo porque eu vou ter que gastar mas eu vou vou vou fazer ess essa esse investimento porque se a gente pensa a a o desfecho da meningite mesmo sendo sendo de uma doença 1300 casos no Brasil é muito pouco né mas quando é quando quando quando você pensa na taxa de letalidade a gente pensa dois vezes então Eh enfim essa é a epidemiologia da nerri meningi Tides né e a profilaxia existe mas ela tem esse porém né a falta de eh uma vacina num preço justo para o serotipo b certo bom como
é que a gente faz o diagnóstico Laboratorial da ner meningitides eh não só da ncer meningitides mas de qualquer meningite tá qualquer meningite bacteriana e tem que ser tem que fazer uma coleta do Lor tá tem que fazer eh você pode fazer exames de imagem pode fazer pode fazer exames de sangue pode mas você precisa fazer o quanto antes a coleta do líquor inclusive existem artigos que dizem que ficar pedindo tomografia raio x ressonância em caso de suspeita de meningite não é adequado porque você atrasa o diagnóstico então suspeita de meningite já faz uma coleta
do lor o licor não vai ser cultivado em laboratório A análise microbiológica ele é feita a partir de um gran diretamente do do licor tá e o que que isso vai revelar bom Primeiro só de você coletar o licor a própria coleta ela já te dá umaas algumas respostas porque na hora que você coloca a na hora que você faz a punção muitas vezes quando aquela quando aquele líquor tá cheio de bactéria quando existe ali uma menite bacteriana o já o líquor vem com pressão porque aquela região tá muito tá muito cheia de bactéria de
neutrófilo e tudo mais então você quando você faz a punção você sente a pressão do líquor saindo que é uma coisa que não é para acontecer segundo o líquido fica Turvo porque ele tá cheio de neutrófilo e cheio de bactéria ele tem que ser cristalino como água né Quando você puxa ele vem Turvo leitoso é porque existe uma uma proliferação bacteriana ali a a meningite viral por exemplo não faz essa idez no líquor eh levou o líquor pro laboratório não vai fazer cultivo porque não dá tempo de você esperar a bactéria crescer né a a
meningite bacteriana ela mata muito rápido então o Grã é feito diretamente né você pinga uma gotinha do líquor numa lâmina faz a coloração de gram e vê no microscópio E aí ali na lâmina você tem que visualizar e tem que não né no caso de men bacteriana você visualiza cocos Gran positivos né diplococos Gran negativos que estão normalmente dentro dos neutrófilos né ou às vezes fora a A análise bioquímica desse líquor vai indicar uma um número grande de proteínas tá esse número grande de proteínas ele é causado pelos esgarçamento da barreira hematoencefálica que começa a
perder a catividade deixa as proteínas do sangue atravessar uma coisa que não acontece na na n em situações normais você vê encontra muito polimorfo nuclear que também não é normal só você só tem muito polimorfo nuclear porque aquele líquor está e vivendo um processo infeccioso e a glicose cai muito né a glicose cai no líc porque as bactérias estão comendo aquela glicose isso ficando isso aqui diagnostica fecha um um diagnóstico de meningite bacteriana o is o tratamento é imediato de preferência com eh cefalosporina de terceira geração tá de preferência c traxona o paciente tem que
ser isolado não pode entrar em contato com outras pessoas porque ele está transmitindo uma bactéria que tem o potencial de causar esse mesmo quadro de meningite em quem entrar em contato com ele Então os contatos próximos têm que ser tratados com antibiótico Inclusive a equipe que atende a equipe médica a equipe de enfermagem pessoal de laboratório que rece reber a a a amostra para analisar tem que ser tratado eh se aquela pessoa ficou no na sala de espera do Hospital do ambulatório aquela sala tem que ser fechada e tem que ser limpa porque é muito
é muito Contagioso tá E além de ser muito Contagioso ela tem uma letalidade muito alta Sem tratamento Praticamente todo mundo morre e quem não morre fica com sequelas tá essas sequelas vão de problemas neurológicos né como surdez paralisia ou podem ser resultado da meningococcemia no caso das amputações de extremidad e aqui eu acabei falando do diagnóstico de qualquer meningite tá tirando pelo fato de você encontrar na meningite de ploco Gran negativos que não é o que você encontra no caso do hemófilos E no caso do streptococos Esse é o processo né o o o o
a coleta do líc análise Laboratorial o o tratamento ele é muito ele é muito comum para todas as as causas de meningite bacteriana eu vou colocar aqui pra gente continuar nessa aula de de meningite um pouquinho sobre hemófilos influenza o hemófilos ele acabou ficando um pouco eh de lado porque com a vacinação que começou na década de 90 o hemófilos que era a principal causa de meningite junto com com o ne ele perdeu um pouco de espaço né ainda bem o hemófilos também é um coco Gran negativo é um um coco GR negativo mas a
gente chama ele de coco bacilo porque ele tem um formato ele é uma bolinha levemente achatada né nas nas nas extremidades então ele tem um formato de um coco bacilo também e ele não fica em dupla como o como a Néria então ele você encontra ele não necessariamente encontra ele aos pares eles também são bem fastidiosos assim como as neic sérias e assim como a neic séria também coloniza a nasofaring só que enquanto a neic séria ela no momento a partir do momento que ela causa que ela coloniza se ela for causar uma infecção vai
ser um processo de invasão para chegar no sangue e para causar meningite o hemófilos ele já é diferente ele coloniza Nazo faringe e a partir dali ele normalmente vai causar um quadro de sinusite e otite a principal causa de sinusite né que a gente fica com aquela dor de cabeça que normalmente vem depois de um resfriado você fica com aquela dor de cabeça muito intensa aqui frontal normalmente é hemófilos tá só que ele também tem o potencial de ser invasivo dependendo da cepa de hemófilos que a gente tá falando então o hemófilos ele também tem
fimbrias gente toda a bactéria que vai colonizar nasofaring tem que ter fima tá porque senão ela não fica parada na sua mucosa Além disso ela tem iga protease toda bactéria que coloniza tem que ter iga protease porque senão as imunoglobulinas a que patrul na mucosa vão destruir essas bactérias então assim como ne séria ela também além de fibras tem iG protease também tem proteínas de membrana externa mas nesse caso a proteína de membrana externa não é tão especializada em fazer invasão nesse caso aqui do hemófilos é uma proteína que leva mais a adesão ao muco
por isso que ela é um ela é uma das principais causas de Sin it e ela também eh possui cápsula e a cápsula mais uma vez é isso que vai favorecer a invasão da corrente sanguínea e vai permitir que essa bactéria chegue na nas menines tá no caso do hemófilos influenza O que faz o que favorece o a o o atravessamento da barreira hematoencefálica não são as proteínas de membrana externa que as que as ne sérias têm mas sim neuromin bases que vão degradando as e que vai degradando a estrutura da barreira hematoencefálica bom o
hemófilos influenza ele pode ser existem dois tipos tá de hemófilos influenza os capsulados e os não capsulados hemófilos influenza Não capsulados não são invasivos porque eles não conseguem sobreviver na corrente sanguínea é o mesmo problema da Néria se não tiver cápsula não sobrevive na corrente sanguínea então eles vão causar ões locais principalmente a sinusite e a otite médio porque são é uma região que tá toda conectada né nozo faringe os seios nasais e o ovido médio já os serotipos capsulados eh aí você tem diversos serotipos do a ao F sendo que o a c d
e e f a embora capsulados eles TM um potencial de também causar infecções locais agora a gente tem um problema que é o sorotipo b o sorotipo b Aí sim ele causa uma infecção invasiva ele a bactéria consegue a partir da nasofaringe causar um processo invasivo e vira causar principalmente primeiro ele causa principalmente meningite Mas a partir da da principalmente pneumonia Mas a partir da pneumonia pode vira desenvolver uma cepse e a partir da cepse a meningite tá uma outra coisa que ele pode de causar é epiglotite que é o fechamento da glote né Eh
se a gente for olhar todas as infecções invasivas para hemófilos influenza que a chama de Hi elas são causadas pelo serotipo b então a gente vai ver que a vacina que tá disponibilizada hoje não só no Brasil mas é considerada uma vacina prioritária pelo OMS é a vacina contra hemófilos influenza do serotipo b então falando um pouquinho aqui da p Gênese das infecções pelo hemófilos vamos dividir né entre capsulados ou capsulados não B ou então o sorotipo B que é o Rib né os sorotipos não capsulados eles vão ficar na naso faringe né começa essa
colonização ainda na infância e a partir daí sempre que você tem uma gripe um processo alérgico um resfriado alguma coisa que comece a Gerar aquele catarro aquele aumento de muco nesse lugar nessa nesse local onde você tá tendo Esse aumento de MCO que não foi causado pela bactéria foi causado por uma outra infecção ou por um processo alérgico lembra o hemófilos adora muco o hemófilos tem fatores de virulência que fazem com que ele se grude no muco que ele se multiplique no muco Então quando você tem uma infecção prévia normalmente uma infecção viral um processo
alérgico esse processo leva um aumento de muco e o hemófilos começa a se multiplicar naquele muco então isso vai levar a uma inflamação da mucosa ainda maior porque agora você então tem o hemófilos influenza se multiplicando ali e a partir daí você começa a ter a sinusite bacteriana otite bacteriana conjuntivite ou se houver um processo de aspiração essa bactéria vai pro pulmão E aí você tem uma pneumonia mas uma pneumonia por aspiração não é porque a bactéria foi invasiva Tá agora quando a gente tá falando de um sorotipo capsulado do sorotipo B que é o
Rib aí a coisa diferente porque a bactéria ela ativamente vai levar a uma lesão do tecido ciliado né ela vai ela vai induzir um processo invasivo ela não vai simplesmente se aproveitar de um de uma infecção prévia ela começa a invadir o te ela começa a destruir o tecido ciliado ela começa a tentar atravessar a mucosa chega na corrente sanguínea e a partir daí ela vai causar a bacteremia e a miningite no Brasil eh a gente já sabe vários estudos já mostram que a criança ela entra em contato com hemófilos influenza bem pequena né antes
de completar do anos e mais uma vez assim como como neé meningitides e assim como qualquer bactéria e qualquer vírus que é transmitido por gotículas né a aglomeração favorece transmissão então creche escola orfanatos eh ambientes em que as crianças ficam muito juntas todos eles favorecem a transmissão então todas as crianças daquele lugar acabam tendo eh colonização por essas bactérias então Eh antes da vacina antes antes da vacina conjugada ser aplicada na década de 90 a gente tinha uma prevalência muito grande de infecção invasiva por hemófilos do grupo B né era assim e eh 40% dos
casos de meningite era causado por hemófilos era pau a pau com a meningite min inoc cós então em alguns locais em algumas eh estatísticas a o o hemófilos que é esse aqui né esse Quad esse triângulo essa linha aqui ele chegava a ser eh mais mais prevalente do que a própria né meningi tiddes que é esses retângulos aqui embaixo então havia uma necessidade muito grande de iniciar a vacinação e isso foi iniciado no final da década de 90 90 e 99 mais ou menos e aí a gente rapidamente teve uma inversão né o hemófilos influenza
passa a ser o o os casos de de meningite por hemófilos caíram muito passa a ser hoje 2% dos casos de meningite e na série meningitides continua alta Porque como a gente já discutiu você tem vários serotipos circulantes e você não tem vacina para todos tá eh aqui só para ilustrar né como a então foi 99 que a vacina contra hemófilos começou a sedada e os números caíram muito e a gente ainda tem muito caso de de de meningites por crianças que não são vacinadas né Por incrível que pareça eh a vacina tá aí mas
a criança não é vacinada eh aqui o diagnóstico né como é que a gente faz o diagnóstico bom se for um caso de meningite suspeitas meningit por hemófilos é exatamente o mesmo processo da da diagnóstico da meningite meningocóccica lâmina eh e aí você vai avaliar vai identificar a a presença de meningite pela pelas características e pela presença de bactéria e pela alta de proteínas alta de polimorfonucleares E baixa de glicose né fora os sinais clínicos né que eu nem tô nem comentei aqui mas os sinais clínicos são os mesmos agora se você quiser fazer uma
análise microbiológica do hemófilos né começa com a bacterioscopia né E você vai visualizar ali no meio dos polimorfonucleares vários coco bacilos Gran negativos e você pode também eh fazer a cultura em Agar chocolate né ele não cresce em Agar sangue tão bem assim porque ele prefere o Agar chocolate porque o Agar chocolate ele que que é o Agar chocolate eu não sei se Vocês já viram vocês viram isso no no bloco um mas o Agar chocolate não tem chocolate ele é ele tem essa cor que ele é nada mais nada mais nada menos do que
o Agar sangue lisado as hemácias do sangue são lisadas e quando você Lisa as hemácias você expõe os nutrientes das hemácias especialmente ferro e vários outros fatores então ele o o meio fica mais rico né então como é uma bactéria fastidiosa ele o hemófilos influenza cresce melhor no Agar chocolate que é o o Agar sangue lisado né E você pode fazer outros testes para provar a necessidade que essa bactéria tem de determinados fatores que é uma característica própria do hemófilos influenza o tratamento eh bom varia né se a gente tiver falando de otite de uma
sinusite você pode tentar tratar com uma penicilina normalmente funciona no caso de infecções mais graves né a meningite por exemplo ou a pneumonia cefalosporina de terceira geração que é a cfra exona principalmente em casos mais graves meningite o clon fenicol mas o clon fenicol tem que ser administrado com muito cuidado porque ele é bastante tóxico especialmente paraa criança tá para menor de 2 anos não pode tomar clan fenicol de jeito nenhum e você tem a vacinação né a vacinação com julgada que é a vacina contra o Rib né e o que acontece essa vacina ela
é é como toda vacina que é direcionada eh para cápsulas né cápsulas polissacarídicas vocês devem ter visto isso em imuno polissacarídeos não geram resposta duradora né Não de jeito nenhum então Você precisa de uma proteína aí na história porque contra proteína você consegue desenvolver uma uma boa Resposta imune Então você conjuga a cápsula que é o pobos e o fosfato que é o o constituinte da cápsula com toxoides bacterianos né Sei lá toxoides eu acho que toxoides tetânico alguma coisa assim e aí você combina essa O toxoide que é uma uma proteína ele vai vai
favorecer ele vai assim incrementar A Resposta imune vai fazer com que haja uma resposta contra a cápsula e o esquema de vacinação né Ele é dada junto com ela é dada junto com a vacina pentavalente né então a criança em aos dois qu e se meses ela toma um monte de vacina né contra Tríplice bacteriana que é tetano difterico que luch hemófilos influenza hepatite B bem então gente aqui eu falei para vocês sobre as meningites tá eh eu não vou falar sobre a meningite por estreptococos que é meningite pneum mocós porque a gente você já
tiveram duas aulas de de pneumococo né com a com a Dani lá no início no presencial e depois eu fiz aquela revisão mas o que muda é muito a o diagnóstico porque você vai ter ou Gran positivo ou Gran negativo né e alguns manejos clínicos Tá mas para isso eu vou deixar para vocês um vou colocar na Av uma uma revisão inha com exercícios tá depois eu a gente para vocês fazerem mesmo não vale ponto mas depois na próxima aula na quinta-feira a gente discute os eh eu resolvo com vocês os exercícios tá bom é
bem tranquilo de fazer lendo a revisão e e prestando atenção lá vocês vão conseguir vão conseguir resolver Tá bem então eu vou dar uma parada aqui e depois eu vou continuar com a aula de gonorreia que é uma aula bem Menorzinha
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