E é só disse por aí que existe passado presente e futuro e sobretudo os gramáticos e você sabe que Agostinho era professor de é o que a gente chamaria hoje de linguística e literatura é lá onde ele nasceu na Argélia e antes do momento em que ele quis virar santo e largou a família para ir para Roma a Estranha santidade É mas o pensamento é magnífico o passado presente e futuro é só o que o passado não é nada é no passado passado não tem existência material ou passado não é nada o passado não existe
o passado não é e o futuro é um pouco nada existe no futuro futuro não tem existência material o futuro não é só sobrou nos o presente o mais estranho presente o que também não é é porque se fosse permaneceria e seria ternidade em Esteio o presente que para ser tempo precisa deixar de ser e transformar-se em passado E aí E aí e eu fico fascinado e eu fico fascinado e olha que eu Já ensinei isso algumas centenas de vezes e cada vez que eu explico o meu olho brilha é porque perceba para que o
ser seja não pode deixar de ser se o presente é tem que continuar presente se for presente que continua presente é um instante que não sai dali É eternidade portanto para que o presente possa ser tempo ele precisa não ser o ou deixar de ser virar passado portanto estamos na mão de um presente que não é porque está na sua índole temporal tornar-se passado e aí Agostinho vira para Deus e disse percebeu velho não tem saída porque eu sou temporal o tempo tem que ser é o quadro material da minha existência infinita então o tempo
tem que ser o que é o tempo o passado não é futuro é o presente não é bom então Agostinho viridis Bom de qualquer maneira e o presente pode virar passado mas isso me permite de certa forma aceitá-lo como um deixar de ser e isso já me basta Oi e a partir desse presente que deixa de ser o que eu vou criar três novas categorias de tempo Esse é o passado presente ficado que deixa de ser o presente presente ficado que deixa de ser e o futuro presentificado que deixa de ser o professor não sei
se eu entendi bom então é simples o que é o passado e o passado é uma forma particular de presente e o passado é o presente quando lembramos dele o passado o passado portanto é uma reconstrução da memória operada no presente o passado portanto é mais é tão presente quanto qualquer presente e o passado é o presente quando reconstrói ocorrências experienciadas no passado o passado portanto é memória a memória é produção intelectual no presente Porque a memória é se é é presente presente que deixa de ser o meu futuro e o futuro é presente como
qualquer outro o futuro é presente Quando pensamos sobre ele o futuro é presente quando Antecipamos o futuro é presente quando projetamos o futuro portanto é um presente como qualquer outro o futuro portanto é presente é futuro presentificado que deixa de ser portanto veja só Passado presentificado Presente Presente ficado e futuro Presidente ficado ou se você preferir passado no presente presente no presente futuro no presente e nós estamos melhorando A reflexão E aí Agostinho e continua e o problema é todo e é que esses três tempos só existem a hora nosso É porque no mundo não
tem nada disso e no mundo só tem a mais estrita instantaneidade do real o e portanto essa temporalidade que acabo de descrever não é a temporalidade do mundo mas é a temporalidade da alma ó e aqui Agostinho propõe uma divisão que não sai mais do cardápio do pensamento tempo no mundo tempo da Alma perceba que o tempo do mundo e entre outras coisas se caracteriza pela impossibilidade radical de qualquer duração e no mundo nada dura e o tempo do mundo é o tempo do relógio é o tempo do cronômetro é o tempo do Tic Tac
é o tempo do já foi já foi já foi já foi do papagaio de Edgar Allan pohl é o tempo do deixar de serem é Implacável e agora o tempo da alma é um tempo regido por uma lógica que não é do mundo mas é uma lógica que nos é absolutamente própria e no tempo da Alma as coisas duram Oi sa ninguém aqui assistir a minha aula né 48 49 50 tem um de doido por quê Porque quando você está aqui na minha aula pelo menos eu espero firmemente a aula dura não existe uma duração
da Alma nas e uma duração da aula na sua alma que não encontra correspondência no mundo da própria aula que é uma sucessão encadeada de palavras sem absoluta sem absolutamente nenhuma possibilidade de duração Então eu acho que você percebeu que existe uma fronteira radical entre duas temporalidades a temporalidade negros oravn eu do mundo do Devir EA atemporalidade da Alma que é uma temporalidade absolutamente cheia de avanços recuos acelerações é retardamentos durações e assim por diante portanto nós temos a condição de controlar a chave do tempo segundo uma lógica que é muito mais nossa do que
do mundo e aqui o pensamento de Agostinho encontra digamos é pelo menos nas suas ideias centrais o seu fim E aí [Música] E aí [Música] E aí