Bauman: diálogo da segurança e do efêmero, com o historiador Leandro Karnal

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Café Filosófico CPFL
Gravado em 2018 A partir da aceleração do mundo, facilitada pelas mudanças tecnológicas, o encontro...
Video Transcript:
[Música] Imagine sua história como uma linha do tempo quantos altos e baixos já viveu alegrias dores superações obstáculos a verdade é que essa linha não é assim tão linear inúmeros fatores internos e externos influenciam o tempo todo nossas jornadas e as tornam únicas e complexas Mas e se pudéssemos ser responsáveis por um pequeno estímulo capaz de impactar de forma positiva uma vida inteira e se criasse umaos opes de Minimizar vulnerabilidades e de alguma for mudemos uma trajetória acreditamos que sim isso é possível e por isso desde 2003 apoiamos projetos inspiradores com objetivo de incentivar o
protagonismo social acreditamos que podemos gerar o impacto hoje para que versões cada vez mais felizes dessas histórias possam ser escritas no futuro próximo Instituto CPFL energia que transforma realidades [Aplausos] funcionando boa noite gente muito boa noite é um imenso prazer estar aqui com vocês por vários motivos óbvios primeiro que eu fiz parte muitas vezes desse Café Filosófico é um café que ajudou a definir uma parte da minha carreira é um serviço extraordinário da CPFL fazer pessoas em larga escala discutirem temas é uma noite especial de comemoração dos 15 anos também porque essa noite ocorre aqui
onde uma grande parte da minha felicidade Como morador dessa cidade já ocorreu desde o primeiro concerto nessa sala eu venho regular E todas as vezes que posso eu sou muito feliz aqui é uma noite especial por isso é uma noite também especial porque obviamente Hoje é aniversário de Shakespeare e de nascimento e morte e é uma experiência de vida essa experiência de público isso é assédio obrigado é uma experiência muito boa e muito bonita que abertos os tickets eles esgotaram tão rapidamente eu volto ao dizer o que eu disse ontem em São José dos Campos
uma plateia de 5.000 pessoas em uma praça o Brasil que lota uma sala para ouvir um professor falar de outro professor eu falando de um grande Pensador que é o bman é um Brasil que vale a pena é um Brasil que eu acredito é um Brasil que tem futuro quando uma noite de segunda da feira em um lugar lindo Mas cercado de cenas um pouco menos bonitas o as pessoas lotam essa sala não para aquilo que tradicionalmente se Lota e que é bom também cantores e outros mas lotam uma sala para ouvirem ideias em uma
noite de segunda-feira Então tudo isso converge para que eu repita a frase do Fausto para mefisto esse é o momento que pode parar esse é o momento que eu sinto perfeito esse é o momento que eu sou sou feliz dando aula 37 anos estando em São Paulo há 31 anos Este é o modelo que realmente me enche de esperança de novo né De novo não tem limites aqui e este é o momento especial e eu preciso agradecer antes de passar a fala a muitas pessoas primeiro a CPFL que foi extremamente Generosa comigo desde o início
valorizou eh investiu em mim em vários sentidos a TV Cultura da qual sou também apresentador de jornal e que penso muito sobre o modelo da TV Cultura especialmente o jornalismo plural múltiplo agradecer ao meu amigo aqui presente Professor José Alves curador desse módulo com tantas pessoas tão importantes agradecer a minha equipe que está por detrás disso a equipe da Kratos Igor Luciana Patrícia e Fabiana que são o poder organizador por detrás da minha presença aqui acima de tudo e do do fundo do coração agradecer a vocês que lotam essa sala agradecer a vocês que acreditam
na possibilidade do debate que escaparam da polarização quase obsessiva que nós vivemos que decidiram estar presentes pensar e que tem dúvidas plausíveis dúvidas possíveis vocês vieram aqui e eu gostaria de oferecer exatamente o que eu posso oferecer uma visão parcial de alguém que leu alguma coisa e não leu outras uma visão subjetiva e para que vocês ao saírem daqui digo essa ideia eu adorei ou digam essa ideia eu acho um pouco complicada ou outros digam essa ideia é um horror eu acho um absurdo é isso que eu quero eu não quero Minions eu não quero
gente seguindo um guru eu não sou Meu Malvado Favorito eu não quero ninguém seguindo ou simplesmente foi aqui foi-se o som alô foi-se Voltou não pronto voltou a um pronto testado dezenas de vezes antes se chama Lady Murphy Não ainda não voltou bem acima de tudo é impossível não amar o que eu tenho o privilégio de ter à minha frente a sala São Paulo um espaço tão Nobre espaço tão extraordinário dessa cidade com tão poucos espaços que sejam acolhedores de Cultura a sala São Paulo aqui lotada nessa noite não me deixa desanimar não me deixa
deixar de pensar que este país talvez não vha a pena pelos seus dirigentes mas certamente vale a pena pelo seu público pelo seu povo pelas pessoas dessa sociedade que como eu e como vocês trabalham a cedo trabalham E no fim do mês vão entregar imposto de renda com uma raiva profunda no fim desse mês estes somos nós o diálogo que eu discuti com meu colega e curador José Alves era o diálogo da segurança e do efêmero era um diálogo voltado a uma reflexão sobre um autor que desde muito cedo eu acompanhei o polonês Sigmund bman
polonês nascido em 1925 e falecido há pouco tempo em 2017 com 92 anos incompletos completaria só em novembro morreu em janeiro mas um homem que Manteve até o final uma Lucidez extraordinária um homem que não teve perda de memória atravessou tragédias de câncer da esposa problemas de saúde da filha e um homem que atravessou tragédias históricas do século XX por exemplo o holocausto judaico o totalitarismo soviético no qual ele esteve engajado Durante algum tempo e finalmente chegou a acompanhar a revolução da internet e ao contrário de todas pessoas maduras como eu Sigmund balman sempre foi
atualizado crítico da internet mas nunca deixou de explorar Instagram nunca deixou de explorar Face e ele acompanhou tudo isso em alguns livros ele cita o MSN em alguns livros ele cita o Orkut e lentamente especialmente já no século XX ele cita aquelas referências que nos caracterizam hoje balma tem uma trajetória interessante porque ele começa como militante da Resistência contra o fascismo luta no exército polonês de resistência à barbárie nazista e por muito tempo considera que a presença Soviética é uma presença Libertadora lentamente ele foi percebendo que o abandono da ditadura nazista e a chegada da
União Soviética não tinha sido Libertadora enfrentou essa trajetória quase clássica de um intelectual de Esquerda do século XX começou socialista Apesar dele ter dito até o fim da vida que era socialista mas começou socialista e pró-soviético foi se afastando da União Soviética à medida que fatos como a rebelião polonesa e Húngara de 56 à medida que em 68 houve um espurgo Universitário na Polônia à medida que em 68 houve a Primavera de Praga e acima de tudo uma experiência muito dolorosa para ele o pai dele se aproximou da Embaixada de Israel em Varsóvia e foi
preso e ele também por ter tentado emigrar para Israel o pai dele ele nunca fez essa trajetória logo é um homem que foi revendo a ideia do socialismo histórico e chegou a acompanhar pela sua longa vida Chegou a acompanhar a queda do muro de Berlim a glasnost a perestroica e toda a transformação do socialismo histórico entre 53 e 66 ele lanou uma vasta quantidade de obras que eu confesso a vocês com vergonha e humildade que eu não li nenhuma porque todas essas obras durante 13 anos foram escritas em polonês língua que eu não domino então
eu sempre Imagino que ali esteja um tesouro extraordinário e que um dia eu poderia ler mas não li nenhum visitou Israel brevemente e emigrou para leads na Inglaterra e lá em leads a partir de 73 ele passou a produzir exclusivamente em inglês com exceção de um artigo e de um texto já na década de 90 e foi se afastando da experiência do socialismo histórico foi se afastando da sua própria Polônia a quem voltou apenas algumas vezes e foi se tornando cada vez mais crítico e amparado em um sucesso cada vez maior há um traço interessante
porque ele é um sociólogo formal ele é um sociólogo de linguagem formal de linguagem científica mas desde um livro de 64 que já confessei a vocês eu não li pertence ao período de 13 anos de obras em polonês ele lançou um texto chamado sociologia cotidiana esse texto fala para os poloneses como eles devem ver as coisas da sociedade ao andar na rua uma espécie de experiência socrática de uma sociologia real uma espécie de contato com as pessoas para que elas pudessem pensar a partir do Real pensar a partir dessa experiência sem nunca ter perdido a
característica do Rigor conceitual que é próprio de um sociólogo Bauman queria desde o início ser entendido por mais gente e desde o primeiro texto que eu li de bman há quase 10 anos eu fiz uma pergunta por ter muitos textos dele que talvez seja hoje um pouco especular um pouco de reflexo meu o que se ganha e o que se perde quando você se torna famoso o que se ganha e o que se perde quando os holofes estão sobre você o que se ganha o que se pede quando você Abandona o Rigor acadêmico e parte
para uma linguagem mais fácil que não é errada e não é contraditória nem superficial Mas ela é mais plana ela é mais próxima do grande público 1997 bman chegou à idade de 72 anos idade em que a maioria dos professores eu inclusive pensamos diretamente obsessivamente na aposentadoria aos 72 anos olhamos já at amos o Cabo da Boa Esperança olhamos calicute à frente e sentimos que estamos no fim esse é o momento que balman deu uma guinada importantíssima vinha lançando livros que o tornaram inclusive conhecido no meio acadêmico primeiro texto que eu li dele extraordinário modernidade
holocausto no qual ela faz uma reflexão muito bonita Bauman começa a tocar em um texto que a maioria dos sociólogos não toca pega um livro de 19 de Freud mal-estar na civilização também traduzido às vezes para ser mais fiel ao alemão mal-estar na cultura ou a civilização e seus descontentes Como é o título em inglês ele pega esse texto em que Freud analisa a cultura a civilização e Junta um texto de 1927 futuro de uma ilusão dois textos freudianos e começa a pensar o que eu poderia escrever passados tantos anos entre a escrita de Freud
e a minha escrita atual 1927 30 e 1997 Por que essa proximidade Freud bman são de origem Judaica Freud balman tiveram que abandonar seu lar por causa do nazismo Freud bman tinha interesse por arte Freud bman tinha pesquisa na área de filosofia talvez tudo isso os tenha aproximado Mas acima de tudo ele se interessou por esse conflito freudiano entre civilização que domestica que rebaixa que ordena que pede a você que não seja impulsivo que não seja emotivo demais e acima de tudo que não seja publicamente sexuado com a vontade do indivíduo livre cheio de impulsos
inclusive vontades que Freud vai chamar de pulsão de morte vontades de eliminação das pessoas a civilização para o austríaco era reprimir os sentidos quanto mais eu reprimisse mais eu estudaria O que é mais ou menos Óbvio quanto mais repressor for uma sociedade repressora quanto mais repressor for um estado mais se produz filosofia línguas e assim por diante porque para Freud Eu só estudo quando eu não estou exercitando a Sexualidade essa é uma teoria freudiana a renúncia ao instinto causa uma tensão incontornável entre o indivíduo o estado e a sociedade e assim fica uma questão mais
ou menos pendente e eu vou fazer como bman dar um exemplo concreto O que impede que algumas pessoas especialmente as que estão mais à frente realizem o desejo mais profundo da humanidade neste momento o desejo mais institucional e sagrado o desejo acima de todos os desejos que é fazer uma selfie O que impede que as pessoas mais próximas tendo uma escada aqui não se atirem no palco e venham fazer uma selfie máximo da civilização ponto máximo do desenvolvimento humano que é a selfie Exatamente porque Se vocês fizerem isso o grupo vai condená-los os amigos vão
se envergonhar haverá repressão e eu como pessoa educada vou reprimir esse instinto esse choque entre o que eu desejo e o que a sociedade deseja é a mentar e atenção básica axial que move toda a cultura e toda a sociedade a cultura é um ato repressivo os alemães usam muito cultur em alemão os franceses usam muito Civilization a cultura é um ato repressivo a ideia pessimista de Freud é uma reflexão importante e precisamos retomar Então o texto de 27 quando Freud traça uma fascinante correspondência que vale sempre a pena ler com seu amigo francês rolan
um especialista em Literatura poesia e Mística que viria ganhar o prêmio Nobel inclusive ele traça com rolan um debate ele Freud ateu com rolão quase Místico e o interesse deles por conhecimento faz com que surja um conceito que Freud atribui ao amigo apesar de não dizer o nome já que Freud diz copiei esse conceito de um amigo mas o conceito é de rolan e o conceito se chama sentimento Oceânico sentimento Oceânico é fundamental em Freud significa o meu eu diluído no todo o grande sonho de todas as pessoas encontrarem uma religião encontrarem um time de
futebol encontrarem uma torcida encontrarem o seu eu diluído no todo para que eu resolva de vez essa tensão entre o indivíduo e o grupo entre o meu desejo e o desejo dos outros sentir-se um com universo diluir-se como uma gota no oceano Esse é o grande sonho dos m Esse é o grande sonho que Freud Analisa como um processo no qual eu necessariamente quero perder a minha individualidade para evitar o atrito entre minha individualidade e o todo o sentimento Oceânico para Freud a separação entre mim e o mundo é o nosso grande tema o medo
que nasce quando bebê segundo Freud totalmente coerente comsa Santo Agostinho e muito diferente de balman Agostinho e Freud dizem a mesma coisa quando o bebê pela primeira vez percebe que o seio da mãe não é parte dele e isto é o primeiro trauma de um ser humano o seio não funciona como ele ele não controla o seio segundo Freud está nascendo aqui a individuação está na aqui o afastamento impossível de eu controlar que é o afastamento entre mim e o outro ora todos nós somos indivíduos todos nós sentimos mas ninguém sente o que eu sinto
quando eu dou uma topada em uma pedra todos meus amigos podem ser solidários Mas é uma solidariedade retórica porque eles não estão sentindo a dor ora essa questão para Freud como Agostinho tinha notado a inveja de uma criança de 2 anos com um irmão de se meses sendo amamentado essa questão Freud Roland prossegue e a riqueza desse bate É extraordinário e Freud ilustrado por um amigo muito culto Como o próprio Freud Freud começa a pensar como se recupera esse sentimento Oceânico como é que eu volto a ser um como eu supero a divisão mas abandonemos
Freud e voltemos ao nosso foco bman Eu havia dito que em 1997 bman está naquela fase em que quase todos Nós pensamos na aposentadoria encerrar a carreira mas bman é um clássico intelectual bman é um clássico Pensador Como Um clássico artista como um artista de verdade balman não interpreta que seja possível que um dia ele pare de pensar e pare de produzir como michelângelo como Rafael ele quer produzir até a morte até seu último dia que foi o acontec aconteceu Ele morreu poucos dias depois de ter terminado de revisar seu texto próximo pró seu preço
pimo que se chama retrotopia Ou seja a barbárie nazista que atingiu aos dois fez com que ambos balman e Freud pensassem muito muito na violência humana na morte na divisão entre as pessoas o polonês notava algo distinto do austríaco a inflexão do mundo para Freud era o desejo Oceânico ou a repressão sexual ou a Sexualidade que se espraiava por toda a consciência do indivíduo balman introduz uma coisa estranha ao mundo de Freud no seu livro de 97 o mal-estar da pós-modernidade obviamente uma referência ao texto de 1930 confessada logo ao primeiro parágrafo o polonês diz
umaa completamente diferente não é a Sexualidade que nos frustra ou não exatamente ou apenas a Sexualidade o que nos frustra é uma característica da nossa sociedade chamada consumo o que me torna um cidadão é o consumo o axioma da minha liberdade é baseado na ansiedade para a o consumo o axioma mais importante da virada balana é o definidor de que eu só sou seu consumir e que a nossa sociedade produz párias produz DTS produz pessoas afastadas do todo que são as que não consomem em reportagem recente nesse domingo eu descobri que São Paulo tinha 20.000
pessoas morando nas ruas é um número assustador é uma pequena cidade ou até maior que muitas cidades pequenas e porque essas pessoas não causam comoção causam apenas alguma reportagem Porque não são consumidores e não sendo consumidores são afastados da condição da existência para bman o conceito de pós-modernidade que ele passa a usar é obviamente uma citação de lotar e bodar obviamente tanto lotar como bodar haviam pensado nesse conceito antes e um crítico muito importante hoje esquecido no Brasil Mário Pedrosa que em 66 fez um texto sobre hsc e comentou que a arte de Hélio ocic
pela primeira vez em português o texto apareceu que já havia em francês e inglês a arte de hé ocic Era uma arte pós tudo Inclusive pós-moderno a partir de pensadores brasileiros e franceses surgia um significado que bman vai desenvolver o que é pós-modernidade isso daria 15 dias de aula mas um professor tem que aprender a ser breve a pós-modernidade em primeiro lugar significa a falência das meta narrativas amplas o que significa isso as meta narrativas são aquelas narrativas vastas Gerais que dão sentido a todas as coisas que eu posso entender exemplo clássico a Bíblia explica
tudo de onde veio tudo como está e Tudo Para onde vamos a Bíblia não explica a história do povo Judeu ou a história dos primeiros cristãos a Bíblia diz No princípio Deus criou o céu e a terra não a minha terra não a terra dos judeus mas essa que nós habitamos e no final no Apocalipse último livro do Novo Testamento a Bíblia encerra isso e essas metanarrativas bíblicas tiveram concorrentes a partir do século 1 xi o Iluminismo a partir do século X o Marxismo e a partir do século XIX e 20 o idealismo todas essas
meta narrativas são universais e nós passamos a viver o fim das narrativas de tipo meta narrativa não há mais explicações Gerais faliram as narrativas que excedem as pessoas as narrativas passam a ser curtas tópicas só tem valor para mim surge o indivíduo que rejeita a Bíblia Eida Odisseia sigge o indivíduo que rejeita Shakespeare e diz nada disso vale eu penso diferente característica da pós-modernidade a minha opinião é constituidora de sentido o colapso da modernidade é o colapso da razão e a ascensão dessa manipulação dos signos dessa capacidade de deslocar sentidos para o indivíduo cada vez
mais passageiras cada vez mais curtas e um livro que eu li na década de 80 dando aula um pequeno livro da coleção primeiros passos da Brasiliense Jair Ferreira dos Santos Faz Um textinho pequeno mas extraordinário em densidade no qual logo conta uma pequena piada que talvez faça entender naquela época o que vinha a ser pós-modernidade naturalmente é piada de intelectual naturalmente não tem graça nenhuma mas é importante contar para Ferreira dos Santos no livro O que é pós-moderna editora Brasiliense Ele conta que uma mãe empurra um carrinho pela calçada e outra vem na mesma situação
e elogia o bebê como manda a etiqueta e diz como é lindo seu filho e a mãe diz precisa ver a foto dele em cores ora no momento que eu estabeleço que a foto dele em cores o simulacro aquilo que está no lugar de o signo manipulado é superior a o bebê real nesse momento estou entrando na pós-modernidade o abandono do concreto do Objetivo científico e geral e o surgimento do simulacro o fato que eu já notei dezenas de vezes que se vocês estivessem aqui na minha frente e houvesse dois telões voltados a vocês na
minha experiência a maior parte das pessoas olharia para o telão nós Vamos a um show para ver o telão porque a pessoa concreta está muito inatingível nós cuidamos mais da foto do que do Prazer da viagem perdemos horas para que a foto fique perfeita e menos horas para aproveitar a viagem porque está nascendo aqui o pós-moderno na condição pós-moderna a vida não é mais um problema a ser resolvido mas experiências em séries todas destinadas ao Devir ao se fazer algo inacabável os consumidores eram os clássicos seres da pós-modernidade por isso a pós-modernidade é chamada em
vários textos principalmente lotar como a lógica cultural do capitalismo tardio a pós-modernidade foi criticada como uma lógica Cultural de um capitalismo que está esgotando as possibilidades estruturais e tradicionais e passando para outro Campo Bauman ao usar esse conceito se apropria de uma ideia bastante conhecida não é original nele no livro o mau estar da pós-modernidade ele amplia a versão e vai introduzir aquilo que Freud não falou que o projeto tradicional o projeto anterior à pós-modernidade é o projeto de controle do estado é o projeto da Eugenia os grandes estados do século XX praticaram eugenia a
União Soviética afastando os chamados reacionários burgueses cxs etc Alemanha nazista mandando matar judeus ciganos testemunhas Jeová homossexuais negros comunistas o projeto tradicional do grande estado era a Eugenia eu de bom guenos Nascimento origem de afastar os indesejáveis o projeto da pós-modernidade não é mais de Eugenia o projeto da pós-modernidade é a quem não pode consumir quem não se insere na lógica do consumo substituímos campos de concentração por shopping centers com a mesma lógica segundo balma dizer quem pode e quem não pode quem tem acesso ou não tem acesso quem é feliz ou quem é infeliz
quem está fora da cadeia de consumo perde a própria humanidade quem está fora da cadeia de consumo se torna alguém Paria como eu já tinha dito no caso a redenção é dada pela aquisição de de bens e aí se nota a diferença entre bman e Freud Freud nunca foi socialista bman vem de uma tradição socialista Freud nunca introduziu uma crítica às classes sociais Bauman introduziu duramente desde o início uma percepção de uma sociedade montada so classes excludentes e Rivais ora o não consumidor é o não ser mais do que apenas consumo citando bman essa Cultura
a nós tem pavor a solidão chamada Liberdade o desejo é manchado de medo Nossa cultura tem pavor a solidão chamada liberdade nossa cultura gosta do acompanhamento do tutorial da internet e assim por diante posteriormente ele afirmaria não nessa obra porque ainda não era muito comum que redes sociais celulares e era a necessidade premente imperativa de vencer a solidão sem pagar o ônus do contato físico retomando a ligação com Freud de que nós temos horror ao contato e temos que reprimi-lo assim agora no nosso novo mundo no Admirável Mundo Novo pós-moderno citando o título de Huxley
a partir de Shakespeare nesse Admirável Mundo Novo O mais importante é que eu consiga ter contato com todos sem ter o ônus de ninguém porque agora eu posso entrar na internet e xingar alguém agora eu posso entrar na internet e entrar na página de um grande filósofo entrar na página de um grande Historiador entrar na página de qualquer pessoa que se dedica a 30 40 50 anos ao tema e dizer aos meus 18 anos você tá completamente errado é uma maravilha e mais eu posso lhe chamar de babaca sem medo de reação física porque eu
não estou lá como Leandro eu estou como Tigrão 72 e a partir desse momento eu ganho um empoderamento que afasta todo e qualquer risco de contato físico ou de risco qualquer está resolvido segundo balman o dilema freudiano não preciso mais me isolar para ser livre porque a internet proporcionou a mais complexa dialética e complicada forma de isolamento já inventado por ser humano eu tenho 50.000 amigos porque eu não tenho nenhum eu tenho 10.000 seguidores porque ninguém me segue eu mostro foto para muita gente mas ninguém vai guardá-la só vão dar likes em busca do seu
like achamos a forma perfeita no Face e no Instagram de mascarar a solidão buscar aprovação social sem os riscos de qualquer problema se tudo está desconstruído e o mundo caiu comenta balman no livro de 1997 que chegaria a vez dos parias Por que a vez dos excluídos porque os excluídos odeiam as estruturas dominantes os excluídos querem derrubar as estruturas dominantes mas agora graças à internet os excluídos têm essa chance ó surpresa o paria contemporâneo pode se tornar até uma revista alguém que chega ao sistema de consumo mas nunca será Perdoado pela sua origem ou por
ser a revista a internet não eliminou as distâncias e eu vou voltar ao tema que Bauman volta a internet reforçou e Bauman volta isso em dois textos especialmente no último texto dele a internet reforçou algo que supúnhamos morto a internet recriou reinventou o tribalismo o fechamento em torno de um grupo eu sei que é difícil de vocês imaginarem mas a polarização na internet pelo mundo eu sei É complicado supor mas o mundo está muito polarizado também a mudança permanente agora dá margem a emersão de coisas que supúnhamos eliminadas no século X nacionalismo xenofobia tribalismo porque
exatamente a desconstrução foi uma desconstrução técnica mas não social bem meu objetivo essa noite de forma alguma meu objetivo não é sintetizar o mal-estar da pós-modernidade mas a inflexão de 1997 bman continua sendo um extraordinário sociólogo às vezes chamado de filosofia pelo seu filósofo pelo seu grande conhecimento de Filosofia mas algo mudou na sua simpática casa em leads na Inglaterra na sua simpática casa ele começa a receber jornais começa a receber entrevistas começa a falar na na televisão é convidado para escrever para jornais estrangeiros como o italiano corriere de La Serra é convidado a dar
palestras ele odea avião isso impediu Talvez uma presença mais constante começaram a tratar o sociólogo de origem polonesa como o papa da pós-modernidade e ele descobriu uma coisa que o desagradou muito da qual ele reclamou dezenas de vezes ele não escreveu sobre a pós-modernidade por ser adepto dela ele escreveu sobre a pós-modernidade porque ele é crítico da pós-modernidade ele abomina a pós-modernidade mas todo mundo dizia Vamos agora falar com o Papa da pós-modernidade e ele começou a se incomodar de tal forma de tal jeito que ele abandonou para sempre o conceito de pós-moderno esse livro
Extraordinário de 97 nunca mais ele utilizou como centro de análise pós-modernidade porque Ele cansou e a partir de 2000 ele achou o termo que substituía pós-modernidade conceito bodri aresco conceito típico de pós estruturalistas e utilizou um conceito novo este sim de inteira Lavra dele passou a utilizar o conceito de líquido e ele achou um novo caminho líquido parecia mais neutro a expressão era forte metáfora Clara da falta de forma da falta de Fronteira da Transparência sem molduras que é a metáfora da água bman decidiu ingressar no mundo líquido a a liquidez inou tudo em 2013
ele lança um dos seus maiores bestsellers amor líquido um dos livros mais lidos de bal uma reflexão sobre relações pessoais o tema relações pessoais atra muita gente era uma tentativa similar ao que Luk Fer fazia na França de uma reflexão como Luk Fer fez em tantas obras bman descobriu que o amor líquido vendia muito então ele lançou em 2005 e 2006 a vida líquida medo líquido e no mesmo ano tempos líquidos passou a exagerar na liquidez seus livros diminuíram de tamanho Porque o mercado pressupunha livros que pudessem ser mais bem vendidos pressupunha livros que não
fossem tão grossos como mal-estar da pós-modernidade ou modernidade e holocausto que é um tijolo ele passou a vender muito e aí lançou também apesar de não usar no título lançou uma das minhas obras preferidas que eu dou quase todos os alunos que é a arte da vida de 2008 ele não usa líquido no título mas inunda o texto de liquidez as pessoas responderam a um bordão a um argão elas responderam a uma frase que identificou balman e isso do ponto de vista do marketing é muito bom ele passou a estar associado a uma ideia e
o seu último livro seus últimos 10 anos apesar de não usar mais o termo líquido seu último livro ainda fala de liquidez ele não usa mais no título quem não lê de fato balman quem não esgotou sua obra ou não se adenou em cinco ou seis livros vai cometer uma injustiça brutal muito frequente daquelas pessoas que dizem que balman inventou o termo liquidez e isso resume todos seus mais de 40 livros Isso é uma bobagem absoluta balman é um autor erudit simo como Marx e como Freud balman é um homem poliglota balman dialoga com a
televisão com literatura francesa dialoga com o Russo que ele lê dialoga com todos os grandes autores ocidentais de orientais seus livros são inundados de exemplos de análises sofisticadas mas as pessoas passaram a criticá-lo ele é o homem da liquidez tirando liquidez balma não se sustenta é preciso entender que o problema de balma não foi o conceito de liquidez o problema de Sigmund bman foi ter feito sucesso intelectuais perdoam tudo intelectuais perdoam falta de caráter intelectuais perdoam alguém que roube desde que seja da sua mesma orientação política intelectuais perdoam absolutamente qualquer coisa menos o sucesso o
sucesso é uma irritação profunda e a melhor maneira de eu atacar o sucesso é sempre dizer ele é superficial ele é bobinho não Leiam Leiam a mim a inveja eu sei que é sempre uma surpresa é muito forte no meio acadêmico talvez porque a gente não ganhe muito nos resta apenas a inja das pessoas porque também A inveja existe entre políticos também A inveja existe entre artistas mas ali se lida com mais dinheiro então a inveja atenuada pela vida boa os intelectuais dirigem grande parte da sua energia Criar e uma parte da sua energia invejar
Quem criou mais ou fez mais sucesso bem texto elegante com muito conhecimento ele acaba reproduzindo uma análise que ele vai desenvolver um verdadeiro projeto que nele vai grudar como vida líquida as pessoas de nível médio as pessoas medianas vão dizer exatamente o que elas sempre dizem aquilo que uma pessoa que lê pouco vai dizer Robs ao homem ao lobo do homem Maquiavel os fins justificam os meios que aliás Maquiavel nunca escreveu isso Rousseau o homem em estado natural é bom as pessoas vão passar a julgar o bordão Porque de fato elas não leram O Leviatã
ou o príncipe não leram o contrato social e ficam repetindo bordões e acusam bman de ser apenas um bordão todas as pessoas que se dedicarem a ler cinco ou seis de bman vão entender que ele não repete os mesmos argumentos argumentos que ele não volta aos mesmos argumentos que ele usa uma conceituação Clara sólida e muito fundamentada e acima de tudo ele consegue dar exemplo muito cotidianos e muito interessantes como se fosse um novo Sócrates andando pela Ágora e fazendo perguntas aos atenienses É essa a questão a mais o mundo líquido acabou vitimando balman no
meio acadêmico considerado um divulgador de ideias Um Jornalista e não um Pensador de primeira grandeza não aquele homem sólido capaz de dizer que a verdadeira heurística ontológica da hermenêutica Contemporânea ess São as afirmações epidídimo sólido já que ser entendido é o principal medo da academia Freud inventou a angústia associada à sexualidade e civilização bman acrescentou a questão de classe de consumo e a liquidez se soma todo esse repertório Evidente ele passou a escrever muito mais juntando suas crônicas ao corriere de La Serra ele lançou um livro simples de pequenos textos repetindo o que Humberto Eco
fazia na Itália pequenas crônicas sendo acusado da mesma forma que bman ele passou a escrever 44 cartas do Mundo líquido dizendo coisas muito Claras muito diretas mas muito lineares a minha preferida do texto é quando ele diz farmácias não são mais farmácias lojas agora são farmácias porque as lojas vendem remédio para depressão se você está mal compre uma bolsa se você está deprimido renove o guarda-roupa se você não tem mais sentido na sua vida gaste que o sentido virá automaticamente as farmácias deveriam emitir talão de receitas elas se transformaram não no ponto de consumo porque
o consumidor a ilusão de ser sujeito ao comprar diz ele no texto se torna objeto de consumo que ele transforma seu próprio corpo em outdoor de marcas seu corpo passa a ser uma marca que ele exibe feliz aumentando cada vez mais os registros de marca da sua roupa tudo aquilo que bman tenta é atingir as pessoas a ponte ele escrever sobre educação de crianças a ponte de escrever sobre todas as atividades humanas simplificando a linguagem sem eliminar a complexidade do pensamento talvez de quando em vez arrependido desse espírito mais amplo ele lança livros como ensaio
sobre o conceito de cultura em 2012 em que o leitor de amor líquido ou de vida líquida vai ler para Oba mais um livro do balman e emperra no primeiro parágrafo bman com raiva faz um livro técnico absolutamente sofisticado quase legível pra maioria das pessoas Acho que era um recado Eu também sei pensar difícil eu também sei ser hermético apesar de ser um livro extraordinário os entrevistadores acorriam a eram hipnotizadas pelas suas sobrancelhas imensas e brancas de taturana despenteada pela sua calma em explicar o termo liquidez conheceu grande fortuna crítica e quando ele chegou aos
82 anos sua década final de vida bman conheceu o sucesso pessoal financeiro e social coisa que ele nunca havia experimentado antes convidado a receber um prêmio na Câmara europeia de estrasburgo perguntaram tem que tocar o hino do seu país ele pensou a Polônia Me expulsou a Inglaterra não é o meu país que que eu toco ele mandou tocar o hino da Europa ou seja o movimento de betoven da nona sinfonia o óo e alegria que é o hino da Europa para ele ele era um europeu não um polonês e não um inglês só para dar
um exemplo de como ele dava entrevistas para o jornal O Globo aqui do Brasil ele disse a jornalista Carla Monteiro uma frase absolutamente linear e fascinante estamos constantemente correndo atrás o que ninguém sabe é correndo atrás de quê quase que descreve a nós em São Paulo todos apressados todos atrasados todos tendo que correr para o nada e chegando lá tendo que correr para outra coisa todas as pessoas entendem essa frase no qual ele mostra que o esvaziamento de sentido de Vetor de teleologia é uma das características da pós-modernidade eu tenho que parecer ocupado sempre teclando
sempre digitando sempre mandando coisas mas eu não tenho nada absolutamente nada dessa importância ora habilidade do Anglo polonês comha frase de penetração mediática por estratégia ou por talento próprio ele escrevia línguas acadêmicas e era bilíngue escrevia línguas para o grande público ao analisar os famosos motins de 2011 que toda a imprensa estava tratando em Londres como uma nova revolta Como Um Novo Movimento cartista como um novo Domingo Sangrento como uma um ressuscitar da luta de classes bman se opôs a todas as análises e diz que os motins de Londres de 2008 não queria redefinir classes
sociais mas queria incluir consumidores excluídos no processo de consumo A questão não era política não era liberdade igualdade Fraternidade não eram as barricadas de 1830 em Paris ou de 1848 ele nota que o principal alvo dos motins era quebrar vitrines e pegar e comenta um texto extraordinário que as coisas que mais foram roubadas foram carregadores e fontes de celular que a gente nunca tem né eles são um mistério a prova de que o sa existe n Bauman ao invés de pensar como luta de classes como sua formação inclinar ele fala de acordo com o seu
conceito traduzido em 97 no livro que eu citei como uma nova forma de inclusão no consumo se o antigo conceito de pós-modernidade era cultura própria do capitalismo tardio a base nova era Apple o novo mundo tem uma maçã mordida o desejo das pessoas é esse os jovens não são mais revolucionários os jovens são ários os jovens não querem mais um mundo famélico como vor hug descreveu nos Miseráveis não roubo mais como Jean valj uma coisa para comer eu roubo uma coisa para me conectar os crimes passam a ser de status e eu te roubo Não
exatamente dos seus bens mas do seu tênis importado e do seu celular esse é meu objeto são crimes de status não mais crimes famélicos era um motim capitalista dentro do capitalismo não eram mais os brioches mas os smartphones Essa é a novidade de balman bman não não lança o movimento nação a isso ele não fala de ter uma geração melhor ou mais profunda frase típica de quem está envelhecendo no meu tempo pelo contrário ele comenta que em Paris ouviu de Sartre Sartre morreu em 80 balman já era um homem idoso ele ouviu em Paris uma
conferência de satre em que o filósofo existencialista dizia que vocês têm que desenvolver um projeto de vida que siga toda a sua vida a partir de valores que vocês tenham desse Dido como corretos e ele diz não há mais projeto de vida ninguém planeja a vida além de um semestre nenhum jovem fica no emprego mais por 40 anos a geração que Bauman conheceu a geração z é uma geração que pensa Médio prazo amanhã e longo prazo Maio E aí vai aquela ideia que a minha geração teve eu sou o último ano de Baby boomer aquela
geração que entrava no emprego e tratava o emprego como um projeto de vida lá eu queria morrer lá eu queria entrar e morrer aquilo que o modelo Toyota consagrou no Japão a fidelidade a uma empresa isso não existe mais há um aluno que anuncia balman que o tivera 500 amigos em um só dia balman comenta eu tenho 90 anos e eu consegui cinco amigos mas balma não julga o aluno apenas comenta que ele e a aquele jovem tinham duas noções distintas do que era amizade ele e aquele jovem pensavam diferente mas voltemos ao tema título
desse módulo medo a epígrafe da obra medo líquido ela é fascinante é uma epígrafe tirada de outro gênio literato que é servantes que ao lançar em 1605 a primeira parte do seu quichote escreve o medo tem muitos olhos e enxerga coisas no subterrâneo ora o medo não é exclusivo dos humanos porque os animais também tem medo logo o medo não é exclusivamente cultural o medo também é instintivo ele é biológico não é uma invenção apenas da sociedade a novidade da pós-modernidade é que ao invés do Medo direto do século X da peste ou do fim
do mundo ao invés do Medo direto de 1939 do flagelo da Guerra agora nós temos os medos que enxergam nos subterrâneos medos plasma medos sem forma medos sem limite a internet colabora para isso talvez alguns aqui já nem lembrem então Ouçam o tio em 200000 a internet divulgou o bug do milênio o mundo iria acabar porque ao chegar a zer zer os computadores voltariam a 1900 incapaz de distinguir já que os computadores usavam apenas dois dígitos para registrar o ano os aviões cairiam os bancos zeraram todas as contas você perderia seus depósitos sua aposentadoria iríamos
todos pras cavernas de novo Imprima seu estrato na noite de 31 de dezembro retire seu dinheiro do banco Não ande de avião no reveon porque a meia-noite o mundo terminará todos aqui que como eu já eram adultos e maduros em sabem que não ocorreu nada absolutamente nada O Mundo Continua tão tedioso quanto no ano anterior mas a internet passou a criar uma possibilidade de divulgar como um vírus um medo impreciso um medo que atinge a todos a internet tornou coletiva a percepção de uma tragédia como a experiência terrível do furacão Katrina em agosto de 2005
faz séculos que o Caribe e o sul dos Estados Unidos são atingidos por furacões mas a televisão a internet os tablets e os celulares passaram a mostrar em 2005 Katrina se aproximando Katrina está chegando não sabemos se ele vai paraa Flórida ou pro Texas alguma cidade vai ser destruída o Katrina Vem vindo e todas as pessoas fugiram de todos os lugares ele acabou atingindo só nova orlean e foi trágico a casca da civilização diz bman é frágil e a internet explora esses limites debaixo do meu verniz de educação existe o cão selvagem diz bman vamos
dar um exemplo aqui a 15500 pessoas educadas simpáticas e tranquilas para fins de cálculo aqui há 1500 pessoas silenciosas confortáveis que fizeram ao menos uma refeição hoje alguns duas alguns três ou quatro aqui há pessoas que estão bem sentadas sem nenhuma dor notável somos o melhor da espécie humana educados ordenados entramos aqui sem brigar sairemos em ordem essa é a situação humana não fechem essas portas diminua o oxigênio anuncie que ficaremos aqui um mês e apenas um danoninho sobre a mesa e Eis que Robes Ian vai voltar ao estado da guerra de todos contra todos
porque eu sou simpático a você e você é simpático a mim porque não disputamos a mesma fonte de alimento ou o mesmo ar no momento que eu colocar em confronto pelo instinto do cérebro reptiliano mais profundo que nós temos o cão selvagem a flora é aquilo que já havia sido denunciado em um livro fabuloso que virou um filme ordinário O Senhor das Moscas The Lord of the flies que é belzebu o demônio que é Senhor das Moscas pegue alunos simpáticos com faces rosadas de gravatinha com no Windsor na Inglaterra faç esse avião cair numa ilha
faz eles passarem fome e aquele inglês fleumático de um colégio interno vira um monstrinho surge em cada um um Gremlin Um Bebê de Rosemary que nós não sabíamos que tí a civilização é uma casca a civilização é uma pequena pátina que pode ser eliminada A qualquer momento o grande medo para balma vem de outra fonte o grande medo vem da fonte de ser excluído e como ele estava escrevendo esse livro no apogeu de um Reality Show na Inglaterra ele diz que o reality show é a Catarse em que eu posso ao invés de ser excluído
nosso grande medo eu posso excluir telefonando eu quero que ele seja eliminado isso me dá um poder de transferir meu medo da exclusão para a televisão ele aprofunda a ideia do reality show porque na Inglaterra havia também e a Big Brother o que leva tanta gente a dizer que não vai votar na Inglaterra Já que é optativo voto lá o que leva tanta gente a dizer não exercerei meu meu direito Cívico mas eu votarei no big brother como nos chegamos a esse ponto em que alguém não omite seu desejo de participar do Big Brother mas
não quer participar das eleições do Parlamento como nós chegamos a esse ponto para ele faz parte de um processo um mistério ele não usa a expressão eu usaria dessa nova Psicose dessa nova neurose melhor dizendo que se chama fomo que é o f de medo de ficar de fora Missing out o o medo de ficar de fora já é uma doença classificada nos Estados Unidos a fomo vem ao lado da nomofobia a nomofobia o medo de ficar sem o seu telefone conectado à Internet e uma terceira doença ainda não classificada mas já detectada o medo
de meu celular não ter mais Bateria ele provoca palpitação taquicardia nas pessoas tudo isso já lembrava que o nosso medo é que Termine o meu mundo não exatamente o mundo a liquidez atual reforçou o caráter temporário da vida os limites do mundo foram quebrados completamente porque surgiram novos players que sempre estiveram lá mas agora reivindicam a reinvenção social surgem movimentos de orgulho gay surgem movimentos feministas surgem movimentos de lésbicas de orgulho negro movimentos que querem um espaço onde antes não tinha e eu estou cada vez mais cercado em Londres por colegas islâmicos nos Estados Unidos
por latinos e em Roraima por venezuelanos os Mundos dos bárbaros estão chegando e aumenta o meu medo enormemente o aumento do Medo no mundo líquido que bman descreve É o aumento exatamente da fragilidade e da minha incapacidade de pensar Grandes projetos que garantam alguma segurança parte do Iluminismo fundou toda a ideia de combate ao medo na ideia de tecnologia e razão para controlar a enciclopédia se prentendia a enciclopédia almejava ser uma explicação do mundo inteiro volta escreveu sobre o Terremoto de Lisboa e comentou como seria bom ter tecnologia para prever é curioso que que toda
a racionalidade que os iluministas anunciavam chega no século XX a um projeto assassino e racional chamado Auschwitz Ou seja a racionalidade esbarra nessa pulsão de morte e facilita Os Assassinos essa pulsão de morte quem nos protege no mundo de hoje que proteção cada um e cada uma que de vocês tem a proteção dos Senhores das armas atômicas somos protegidos por trump e pelo presidente Daia do Norte terrvel minha segurança depende trump o mundo não vai terminar se o presidente da Coreia do Norte não perder a cabeça são eles que meol o medo é muito profundo
E para piorar apesar das tragédias naturais serem universais existe o medo da pobreza porque um terremoto de 7.3 no Japão há 3 anos causou 25 mortos um terremoto de 7.0 Escala Richter no Haiti causou 316.000 mortos os terremotos ocorrem em todos os lugares onde há falhas geológicas mas os ricos sentem a tragédia diferente dos Pobres vem uma outra questão importante a chuva que eu admiro é diferente para quem vive à beira de um córrego não coberto o terror Global aumentou muito esses medos se a tecnologia produziu aviões cada vez mais seguros cada vez menos com
risco de acidente o medo líquido produziu a necessidade de eu examinar se meu vizinho tem estereótipo de algum terrorista se meu vizinho tiver esse estereótipo estiver usando o computador em uma língua que pareça terrorista eu começo a assustar E aí vem uma grande questão para balman que é o extraordinário qual é o problema do medo gente se ele é histórico se ele é inerente à espécie humana se os homens das cavernas tinham medo se os homens medievais tinham medo o problema do Medo atual é que sendo ele subterrâneo generalizado como lembra cantes na epígrafe faz
com que eu abra a mão da minha liberdade para fugir do Medo Eu aceito que me examinem muito antes de entrar um avião porque afinal aterrorizo eu aceito viver em condomínios fechados eu aceito viver atrás de grades eu aceito que o estado coloque câmaras como em Londres em todos os lugares e essas câmaras filmam todos eliminando a intimidade eliminando a individualidade mas porque eu aceito essa barbaridade porque é isso ou o terror é isso ou o ataque e aí é muito interessante porque ele cita no seu livro que a nossa capacidade de entregar a nossa
liberdade atinge um caso muito específico que todos aqui lembram do brasileiro que foi assassinado no metrô de Londres pela polícia Londrina não sendo um elemento perigoso não estando armado e como se sabe sequer tendo corrido naquele momento a polícia o executou em nome do Medo do terror já que londes acabara de viver um terrível atentado e os londrinos lamentaram nos jornais os londrinos escreveram que era preciso mais treinamento pra polícia mas ninguém protestou apenas alguns brasileiros estrangeiros porque os londrinos diziam foi uma tragédia mas antes isso do que outra bomba no metrô o medo nos
tornou profundamente covardes a confiança no estado aumentou porque nós queremos ser feliz a Qualquer Custo Queremos ser felizes e seguros a Qualquer Custo fomos levados a crer que a felicidade está acessível a todas as pessoas diferente do século X por exemplo Queremos ser felizes inclusive invenção burguesa do X Queremos ser felizes no casamento É extraordinário é uma invenção burguesa do 19 desconhecida para aristocracia francesa do 18 desconhecida no Império Romano eu devo amar a pessoa com quem eu estabeleci um contrato matrimonial e para sempre e cada dia mais ora quem deixará de fornecer a um
banco todos os seus dados privados se isso vai protegê-lo de um hacker ou de um ladrão o banco pede que vocês deem tudo para protegê-lo de um invasor da sua conta quem deixará de dar o sua digital para aumentar a segurança e aí uma coisa extraordinária para refletir que não é de bman mas nasce da ideia dele o caso de Zuckerberg e Facebook que balman não acompanhou é um caso interessante todos ofereceram ao Face todas as informações todos deram ao Face onde andam com quem andam o que comem todos deram na sua rede social tudo
e agora dizem Z Quebec não está usando direito esses dados não é uma defesa de Marx zuber mas é um pensamento que antes dele manipular dados nós voluntariamente entregamos todos esses dados eu registro o que compro registro onde vou registro informo em São Paulo o meu CPF para o governo informo tudo comunico a todos depois diz o governo tá muito invasivo da minha vida privada é isso que é uma das marcas contemporâneas quando bman lembrou o famoso inverno do descontentamento 78 79 citação do quando os ingleses fizeram muitas greves isso possibilitou a ascensão de uma
conservadora Margaret tcher ele lembrou que os ingleses estavam insatisfeitos com os salários e o resultado levaram ao poder uma mulher que desmontou o sindicato que defendia os salários ou seja voluntariamente eu faço isso voluntariamente eu penso exatamente nessa questão no mundo líquido para bman em nome da Morte Jean Charles de Menezes é o sinal criminoso que nós perdemos toda a humanidade em função do Medo toda solidariedade em função do Medo deixamos de ser seres autônomos porque o medo nos domina e pensamos antes segurança depois Direitos Humanos quando eu passo a selecionar Quem tem direito a
Direitos Humanos eu já cometo um erro brutal porque é Óbvio se a palavra diz Direitos Humanos qualquer pessoa que seja humana tem direito a ela todos tem inclusive um senador da República todos são no fundo bem no fundo mais fundo ainda seres humanos os direitos humanos são para nós para quem incorre no crime para quem trafica Para Quem comete um assassinato porque não é a defesa do crime mas é a defesa da individualidade a defesa de um direito fundamental para Bauman outra coisa que está provocando tudo isso é que os intelectuais pararam de se engajar
politicamente na busca de uma sociedade mais livre mas respeitadora dos direitos humanos e passaram a apresentar apenas propostas políticas ou de engajamento político e não mais de reflexão citando Hegel a famosa frase que também aparece no final Blade hunner a versão original quando o replicante salva vida de Harrison Ford ele diz citando o heg o diálogo do Senhor do escravo viver com medo é ser escravo e para bman nós nos tornamos voluntariamente escravos do nosso pavor aceitando sermos prisioneiros nas nossas casas aceitando o toque de recolher nas ruas aceitando fechar os vidros subir Muros e
contratar guardas aceitando voltar à Idade Média que as invasões bárbaras estão ali e aceitando que isso dê um lucro extraordinário para muita gente porque há muita gente vivendo da indústria do Medo junto à indústria de drogas a indústria de armas é uma das mais prósperas do mundo eu Para ser salvo a metáfora de balman é minha Para ser salvo eu aceito qualquer salvo conduto Inclusive a ponta do chicote para sair do buraco da insegurança eu pego que me jogarem Inclusive a ponta do chicote aceitando o controle em nome da segurança Oscar Wild havia dito que
o progresso é a realização de utopias mas bman diz que o nosso tempo é um tempo de fim de utopias nós não usamos mais como desde o século X Thomas mor havia instituído o progresso de uma sociedade instituída como um modelo que deve corrigir modelo que deve corrigir o presente ao invés da social Deb e coletiva instituímos espos de competição individual apropriados a retrotopia título do seu livro póstumo nasce e provoca quatro questões que eu apenas indicarei porque não é o nosso objetivo primeiro voltamos a Robs e a crença no caráter destrutivo do projeto social
a guerra permanente não há mais um Leviatã mas centenas de pequenos lãs autoritários não há mais um grande Leviatã uma grande ditadura Mundial arriscando o mundo como nazismo mas há a empresa a escola o condomínio e todos os lugares onde as regras do Leviatã são aceitas pelas pessoas tudo isso é complementado por uma expressão dele muito interessante que além do estado do Leviatã queremos a volta ao útero que é o isolamento em tablets e celulares a satisfação que é a regra atual a liberdade é apenas individual o útero cria zonas de conforto Câmara de ecos
viés de confirmação e sala de espelhos quatro expressões que o balman usa mas que não são deles zona de conforto onde eu só escuto pessoas que concordam comigo viés de confirmação porque todo mundo diz no meu grupo que determinado política a salvação do Brasil Câmara de eco porque eu digo viva fulana e as pessoas dizem viva então eu entendo que é coletivo e acima de tudo o viés do espelho onde eu só olho a mim narcisico que é a volta ao útero redes sociais são por Excelência volta ao útero o medo é perder a única
coisa que parece a valer no mundo líquido a individualidade nossa liberdade nossa promessa de felicidade que se realiza na reconstrução nostálgica de um mundo que jamais existiu infelizmente construção desse passado retró para bman não é a fantasia de blindagem diante o Real mas é o processo de impedir um avanço e uma solução mais Ampla a retrotopia é uma nostalgia deletéria danosa que impede que eu sonhe com o futuro idealiza o passado que não voltava quando na minha infância todos eram gentis quando numa infância ninguém jamais foi assaltado quando na minha infância não tinha essa sacanagem
quando na minha infância todos andavam por São Paulo com cestas de morango distribuindo as pessoas felizes absolutamente felizes nosso hábito de reinventar o passado como um espaço utópico negando A Utopia de futuro faz com que bman cite a frase de um homem certamente mais à direita do que ele apesar de ser do partido Democrata ele cita o discurso de posse de Roosevelt só devemos temer o próprio medo porque ele acha que rusel tocou no ponto Qual é a única coisa que pode te destruir Qual é o único processo que pode te afastar da sua liberdade
é o teu medo é o teu medo quando eu fico mais enfático eu uso o tu de novo do Rio Grande do Sul É é quase um ato reflexo só o teu medo é teu inimigo porque só o teu medo é a barreira diante da Felicidade da liberdade e da entrega ao outro as retrotopia o medo como meta O isolamento do útero e as câmaras de eco só devemos temer nosso medo voltando a Roosevelt só podemos ser impedidos por nós mesmos só podemos vencer a nossa sociedade frases de balman adjetivos balmani anos desigual violenta racista
misógina homofóbica excludente pela Superação do Medo só sairemos da caverna platônica reatualizado uma metáfora de Platão só sairemos do fundo da caverna onde vemos projeções no fundo onde vemos imagens fantasiosas não temos nenhuma clareza de olhar se nós pudermos novamente sair à luz do dia novamente reconhecer em cada um uma parte indispensável da humanidade com iguais direitos a mim saímos das câmaras de eco saímos dos vieses de confirmação saímos das bolhas epistêmicas que reforçam tudo aquilo que eu penso saímos dessa caverna retró que incapaz de pensar o futuro reconstrói o passado incapaz de estabelecer laços
sociais sólidos se refugia nas redes sociais incapaz de abraçar manda coraçõezinhos Cafona para todas as pessoas incapaz de ter um contato pessoal inunda o mundo de um bom dia antipático onipresente inútil e gelado só sairemos dessa caverna retrotec platônica Essa é boa para guardar só sairemos dessa caverna retrotv platônica Se tivermos a coragem que Platão incita em todos que querem pensar sai a luz Perceba o mundo e perceba que não adianta nem nós aqui nessa sala extraordinariamente bonita com acústica perfeita com cadeiras confortáveis cercados pelos novos bárbaros pela Cracolândia pelo mundo que está cercando essas
ilhas de estabilidade que eu faço questão de não notar que eu faço questão de passar rápido que eu faço questão de não perceber na esperança inútil que se eu não olhar para eles eles nunca chegarão até mim historicamente todo movimento de Bárbaros entre aspas como lembra cavafis o poeta grego todo movimento de Bárbaros tende a eliminar a segurança dos civilizados Quando eu conseguir sair da caverna retró Quando eu conseguir corrigir e finalmente Deixaremos de olhar para trás e começaremos a olhar paraa frente começaremos a seguir para frente a maior lição de bman não são apenas
os livros a maior lição de bman está na vida que ele levou em meio a experiências trágicas de holocausto perseguição de um governo totalitário polonês e soviético perseguindo sempre o que ele acreditava voltado aos seus valores Human e éticos profundamente ligado à sua família dizendo até a véspera da sua morte com mais de 91 anos no ano que completaria 92 bman disse a vida é fascinante vale a pena viver eu estou aqui e eu sou humano a vida dele foi fascinante a obra dele é extraordinária mas o exemplo de vida foi aquilo que gand disse
na Índia a maior lição que eu deixo é minha fia o resto é secundário se a gente tivesse essa coragem se eu tivesse essa coragem se eu seguisse essa coragem balmani eu tenho certeza que eu seria melhor o mundo seria melhor e as pessoas seriam melhores era isso que eu queria dizer nessa linda noite emocionante nessa sala São Paulo na qual pela primeira vez eu ocupo esse palco e não a plateia onde eu fui feliz tantas vezes Muito obrigado pela atenção de vocês muito obrigado mesmo do fundo do coração obrigado obrigado obrigado muito obrigado obrigado
muito obrigado Café Filosófico é filmado então eu não posso levantar porque eu tenho eu sou um professor que não gosta de ficar parado não e só que aqui por causa das regras de câmera e de marcação de cena eu não posso levantar gostaria de estar andando gostaria de descer Opá gostaria de estar mais presente mas hoje estou fixo aqui como um Relicário para ser homenageado e não tocado temos agora um momento de perguntas e está então com a palavra quem vai perguntar por favor Obrigado carnal eh a gente tá transmitindo ao vivo agora tanto no
site do Instituto quanto no aplicativo no YouTube também no Facebook tivemos um alcance de cerca de 50.000 pessoas que passaram para dar uma olhada na palestra de vários lugares não só do Brasil do mundo inteiro aqui pessoas que nos acompanham Estados Unidos República Dominicana Uruguai Inglaterra Alemanha México Portugal e até no Japão amanhã já estão vendo essa palestra ao vivo agora e alguns elogios Também aqui só para repassar da Graciele falou que adora te ouvir sincero e consistente a Ana diz que você é brilhante como sempre e a Liliane falou que você literalmente resumiu a
vida dela com essa palestra nossa vida longa e Próspera né gente Obrigado eh para começar a primeira pergunta vai vir do curador vou chamar ele aqui pediu até um palmas para ele pro José Alves e Freitas Neto por favor obrigado obrigado bom Leandro parabéns pela palestra realmente era o que esperávamos né Afinal de contas discutir os grandes intérpretes para questões do Século XXI não poderia deixar de tratar de bman que talvez esse ciclo todo seja o nome que mais tenha Impacto nesse início de Século XXI mas a minha pergunta Ela é bem direta e é
a seguinte eh ao falarmos tanto de Mundo líquido na maneira como o balman trata Será que nós não estamos num universo que talvez 20 anos depois tenhamos espaços para mais dramas sólidos do que líquidos considerando fanatismos sectarismos e toda a ordem eh de ismos e de segurança de certas pessoas será que de fato existe um projeto para o mundo líquido é uma questão fascinante obrigado pela pergunta José Alves é uma questão fascinante porque bman quando diz líquido não quer dizer pelo contrário é quase uma obsessão dele que nossos problemas foram resolvidos balman escreve sobre o
fanatismo balman escreve sobre a violência balman escreve sobre a pobreza só que o que ele quer dizer é que se antes nós cultivável durante 700 anos cristãos e mouros se enfrentaram na península ibérica a guerra da reconquista Hoje os nossos ódios são muito passageiros Hoje os nossos odios vão mudando o que não quer dizer que nossos problemas não continuam extraordinariamente pungentes balman chama atenção o tempo todo sobre a pobreza balman chama atenção sobre o escândalo da desnutrição especialmente infantil balman toma partido em função dos mais desfavorecidos claramente revelando sua origem de pensamento socialista mas revelando
uma sensibilidade de sociólogo muito importante então quando fala em líquido não se quer dizer que nós resolvemos os problemas e nem de que os problemas deixaram surgir no livro medo líquido ele Cita uma frase conhecida que somos a primeira geração da história que pode cometer suicídio planetário se antes gisc podia devastar a Ásia seu neto kublik podia dirigir um império gigantesco hoje um aperto de botão pode extinguir a vida como a conhecemos no planeta ou seja não é que o problema seja Menor Mas a nossa questão de foco em relação aos problemas é absolutamente oscilante
O que é como eu já disse em várias palestras para ser breve que muita gente quer perguntar o que é o mundo sólido de alguma forma é o mundo que me formou por ter nascido no interior do Rio Grande do Sul eu pertenço a uma geração que aqui em São Paulo seria alguém de mais de 70 anos porque o Rio Grande do Sul tem uma paralaxe com São Paulo de uns 20 a 25 anos então eu vivi uma experiência que aqui um Paulistano uma paulistana talvez tenha vivido Uma Geração à frente da minha minha mãe
me batia e não tinha dúvida alguma que isso me faria uma pessoa melhor seguia o velho axioma criança é chantilly bate que cresce nossos professores nos castigavam eu vivi em uma família muito mas com práticas autoritárias como quase todas as famílias eu vivi em uma escola autoritária e um país autoritário o Brasil era uma ditadura minha escola era uma ditadura e minha família era uma ditadura o argumento se resumia a não pode por quê Qual parte do não você não entendeu Esse é o mundo sólido acima de tudo um mundo onde as pessoas não tinham
dúvida apesar dos problemas serem os mesmos de hoje fome assassinato pedofilia violência contra as mulheres são os mesmos de hoje só tem a questão você quer colocar seu filho numa escola construtivista ou enfatizando o conteúdo ninguém tem resposta uma pessoa um pouco mais distante dos polos vai dizer tanto faz vai dar errado de qualquer jeito sinta-se livre a questão do mundo sólido é exatamente a questão que não duvida e talvez por isso a violência nazista seja tão notável para nós mas aí o que adverte bma não sobre problemas menores hoje mas ele adverte uma vez
um texto muito bonito há duas maneiras de eu impedir que vocês tenham acesso à verdade a primeira maneira é censurar como fazem todas as ditaduras de direita ou de esquerda eu censuro e você não tem acesso à verdade a segunda maneira é atual afogá-los em dados jogar tanta coisa na internet tantas fake News tanta variedade que você não tenha mais a mínima ideia do que é certo e o errado é uma forma sofisticada democrática aberta capilarizada atomizada de fazer com que ninguém mais pense a falta tradição de ditadura o excesso tradição de estado de direito
ou seja somos quase uma ditadura perfeita sofisticada no qual o grande irmão já existe e as pessoas são controladas não mais por teletelas como na obra do orwell mas por telas de celular pelas quais as pessoas morrem ao dirigir e morrem ao andar na paulista e são assaltadas ou atropeladas que é mais importante olhar a tela do celular do que preservar a vida esse é o mundo líquido mas não que os problemas tenham diminuído obviamente balman reconhece que eles são iguais ou maiores que no passado outra questão por gentileza é são duas perguntas que vieram
na internet obrig que ele diz já que o dilema da liberdade e segurança para bman é insolucionável como seria interpretado a volta do pensamento conservador e pronto para para abrir mão das liberdades e a outra é da Eliana Sodré tá relacionada que é qual seria o grande medo atual seria o medo de perder a liberdade se eu seguir bman pegando Pela Última Questão nós não temos medo de perder a liberdade temos medo de perder a segurança vou acrescentar a balma num texto Extraordinário de draus Varela Volume 3 da sua trilogia prisional chamado prisioneiras especialista em
sistema prisional drausio Varela nos diz os presos e as presas que eu conheci jamais pensaram no conceito Liberdade presos e presas pensam apenas uma coisa sobreviver eles não sonham com a liberdade não olham pela janela como Conde de Monte Cristo no castelo de não suspiram na janela Ah se eu fosse livre eles suspiram para preservar a liberdade e pegando o exemplo do drausio Varela uma facção criminosa ao dominar os presídios oferece a segurança que o estado antes não oferecia oferece a ordem e os presos estão felizes grosso modo inseridos nessa ordem autoritária mas uma ordem
que preserva a vida das pessoas pessoas logo não é liberdade o grande drama humano mas é sobrevivência então voltando a ideia de que o grande medo atual talvez não seja ou certamente não é que eu seja menos livre mas eu ficar de fora eu ficar sem acesso e ficando de fora e sem acesso não conseguir existir as pessoas entregam sua liberdade com relativa facilidade Não há nada mais expressivo e poético que o brilhante filme de almodovar ata especialmente o momento em que a mulher que está sendo sequestrada e mantida refém diz com certa síndrome de
Estocolmo ao seu agressor ata-me eu quero eu quero Exatamente isso porque aí não se enganem por mais que a gente Escreva sobre liberdade o grande sonho humano é segurança liberdade é um desejo importante muito mais teórico do que prático O que explica a ascensão de parte desse novo conservadorismo perguntem à pessoas se elas querem abias corpos liberdade de imprensa pluripartidarismo ou querem cesta básica eu posso dizer que não quero cesta básica porque não dependo dela mas se eu tivesse que escolher entre comida e abias corpos Eu preferiria comida Então quem garante certa Liberdade individual que
é o Projeto conservador original que não haja um estado controlador é uma pessoa que promete a um liberdade a um segurança e a todos que vai exercer seu papel policial reprimindo e isso torna Carrasco e verdugo em meu nome eu não preciso mais sujar as mãos não preciso mais ser eu Carrasco e verdugo que o estado assume essa posição repressora Então essa sedução é muito fácil de entender e ela não é brasileira ela é hoje Mundial absolutamente Mundial é um risco toda posição extrema em política é um risco um risco pra liberdade e pra democracia
outra questão é uma questão que veio aqui do público da Marissol Cordeiro e ela te pergunta quais são as alternativas para manter-se lúcido e são na pós-modernidade se excluir totalmente da civilização Quais são as alternativas é muito complicado responder a isso mas eu diria que uma das questões mais importantes é você saber que custo você pagará pela inclusão que custo você pagará por publicar fotos em redes sociais que custo você pagará pela abertura da sua individualidade e da sua liberdade que custo você pagará a permitir ser fotografado em qualquer situação inclusive íntima não interpretando corretamente
como seria que uma vez que a a imagem entrou na internet não sai mais então que custo você paga em nome dos seus valores que custo você está disposto a enfrentar em nome daquilo que você realmente acredita o que eu acho é que aquilo que nós Recebemos troca do Mundo Chamado líquido é muito pouco comparado com aquilo que abrimos mão aquilo que entregamos para preservar a segurança é pouco comparado com aquilo que recebemos a paga é pouco logo eu tenho que perguntar abertamente Qual é de fato a minha intenção meu objetivo e meu valor respondendo
isso eu posso saber que várias coisas merecem os sacrifício várias lutas merecem um grande sacrifício mas as lutas expressivas a luta contra o racismo a luta contra a violência contra as mulheres jamais a luta de trito jamais o bateboca de internet com quem você está discutindo quando discute na sua rede social o que você ganha trocando acusações petral e cochinho recomendação que eu fiz aos meus alunos Toda vez que você for insultado Leia um conto de Machado de Assis chegará ao final do ano você estará culto e sólido e o outro estará babando no seu
ódio é necessário que eu beba para que algo seja venenoso voltando a uma frase que eu uso muito não toca em Tambor para maluco dançar tenham valores Claros entendam que o ódio da pessoa pertence a ela e é um direito dela e é um sinal Claro voltando a Freud que a realização sexual dela está muito reduzida e está concentrada na rede social não que a minha esteja ótima mas pelo menos eu não quero que isso seja o objetivo né que isso seja o meu foco estabeleçam valores substantivos afastem-se dos valores adjetivos evitem o ódio a
Qualquer Custo porque ele não constrói absolutamente nada engajem abertamente em lutas que valem a pena essas lutas pela educação pela alfabetização pela defesa da fãs essas valem a pena o trabalho serviço o empenho as outras são ódios de irresolução pessoais a próxima veio também aqui do público diz assim bman alertou sobre as redes sociais como uma armadilha e mas de qual armadilha ele se refere a da exposição a da necessidade de exposição a da falta de vida fora da rede social como eu tenho mais idade bman mais do que eu tenho ao falecer Nós consideramos
por formação que o contato Real é superior ao contato virtual eu não tenho certeza se isso é verdade eu já fui testemunha de adolescentes namorando um de frente para o outro através do WhatsApp um de frente para o outro ocupando as mãos de forma diferente que eu ocupava na mesma idade para mim um absurdo o fato de que quando eu sento com alguém para comer quando eu sento com alguém para conversar e a pessoa olho no celular eu fico irritado e me sinto ofendido que significa isso que eu estou mais velho que eu tenho outro
padrão não que isso seja ruim A grande questão não é saber se o contato Real é diferente do contato virtual Talvez para uma pessoa seja Talvez para outra não mas o que de fato eu quero e se o contato virtual não é simplesmente reflexão Bal maniana uma maneira de eu me proteger dos riscos da relação uma maneira de eu impedir a agressão e de controlar porque a todo instante eu posso bloquear sair dizer um palavrão ou mandar um coraçãozinho o meu controle é total em uma relação ao vivo meu controle não é total eu sou
obrigado a negociar mais então H que saber se a minha presença virtual não é uma presença que nasce exclusivamente da minha incapacidade de negociar meu Narciso da minha incapacidade de negociar a diversidade da minha incapacidade de sair da minha câmara de segurança da minha câmara de eco do meu viés confirmativo aí nesse caso abertamente eu diria que o contato virtual não é fruto de uma nova geração ou de uma nova percepção mas é fruto de um tipo específico de covardia hoje que é a Covardia De não enfrentar adversidade e o drama de fazer negociação com
as pessoas existir é negociar viver em família e negociar ter amigos esposa marido namorados é negociar é engolir sapo diariamente vomitar alguns engolir outros no dia seguinte e tentar chegar a um ponto em que a conversa pode ocorrer na rede social é deletado excluído logo após um palavrão E aí deleta e a pessoa assume outro perfil e volta Eu deleto novamente se é esse o ponto eu diria que o contato ao vivo desafia mais e faz eu crescer mais o contato virtual desafia menos mas é óbvio que essas regras mudam e quando eu era adolescente
não se podia mandar uma carta datilografada para alguém porque era uma falta de educação tinha que escrever a mão ninguém hoje acha que é uma falta de educação mandar um WhatsApp de aniversário há alguns anos se achava que era importante ligar mas o WhatsApp vai substituir esse contato e todos Estamos correndo lembra balma não se sabe para onde logo é melhor o WhatsApp que aquela ligação oia seu aniversário eu tô ligando para dar os parabéns tô dirigindo então então parabéns muitos anos eu tô no trânsito então então vou ser breve assim ó eh E aí
eu prefiro o WhatsApp rápido que eu possa ver depois bem tudo isso é pra gente refletir que não há um padrão voltando a satre que a essência não precede a existência primeiro existência depois Essência que uma pessoa pode ser feliz através de uma rede social agora qual é o ponto do mundo pós-moderno que está representando um equívoco são aqueles jovens especialmente no Japão que não conseguem mais sair do quarto é um tipo de água fobia é um tipo de medo aou ambiente externo ficam trancados no quarto sem conseguir sair conectados à internet esse talvez seja
o risco maior de um futuro que ninguém mais se desafie no contato pessoal esse é o grande o grande risco das coisas temos invertido que na minha infância minha mãe mandava voltar Porque estávamos na rua o dia inteiro e agora as mães têm que pedir pelo amor de Deus vai brincar na rua você está aí com o seu tablet o dia inteiro Esse é um um risco atual e infelizmente a gente tem tempo só para mais uma pergunta a gente vai juntar duas perguntas aqui na verdade da uma que veio pela internet e uma que
veio pelo público a Ana Paula Souza ela ela quer que você fale um pouco da questão da espiritualidade no mundo líquido e o David Guedes aqui do público ele fala que segundo dokin qualquer um que se baseie sua moral na religião seria preso algum dia você acha que o mundo líquido atual Tem algum tipo de moralidade Universal e imutável bom se ele é mundo líquido por definição ele não pode ser Universal nem imutável isso representa o que em filosofia chamamos de um oxímoro uma contradição de termos na frase contradição estrutural de termos então h espiritualidades
no segundo semestre eu vou discutir com vários colegas em Café Filosófico se a fama a exposição a presença mediática não seriam novas formas de Mística de achar um sentido externo a vida no qual likes substituem orações e no qual minha imagem é uma verdadeira imagem Sagrada correndo o mundo nós vamos ter que pensar que nem as religiões tradicionais do Mundo Chamado sólido eram universais a maior religião do planeta o cristianismo tem hoje 2 bilhões de pessoas logo ela é em relação aos 7 bilhões e meio das pessoas ela é minoritária apesar de ser majoritária como
religião as outras religiões tem 1 bilhão tem 1 bilhão 400 ou tem alguns milhares Então nem as religiões antigas eram explicações universais mas eram explicações suficientes para grupos fechados na sua própria bolha tudo isso é para eu refletir que a ética a moral e a busca de guias para o comportamento podem vir da filosofia podem vir das religiões podem vir de uma reflexão pessoal ser religioso não significa ser ético ser ateu não significa ser ético ser filósofo não significa ser ético sei que é uma surpresa mas precisa saber disso a ética não tem uma fonte
única e sua vertente religiosa que é moral não tem uma vertente única desde o século XIX que niet continuou insinuando e pensando que talvez o último Cristão tenha morrido na cruz mas no mundo líquido deveria haver uma vantagem eu não acho mais que exista um discurso totalizador que necessariamente é um discurso autoritário já que ele não pressupõe divergência heresia heterodoxia mas apenas ortodoxia então é essa A grande questão A grande questão atual não é exatamente religiosa ainda que em países como Estados Unidos e Brasil a religião tenha muito mais importância do que em países da
Europa por exemplo mas A grande questão é achar qualquer referência válida comunicável objetiva direta que convença mais pessoas todas as ficções são parte do mundo líquido e são reduzidas na discussão a seguinte frase é sua opinião posso eu expressar 200.000 argumentos e a pessoa me diz bom é sua opinião a água ferve a 100 graus cados ao nível do mar é sua opinião simplesmente porque o eu emergiu e domina o eu está aqui e o eu é uma dificuldade paraa comunicação sempre foi mas agora é uma dificuldade muito específico como vai ser o futuro nunca
perguntem isso a um Historiador com muita sorte e muito esforço a gente tem alguma intuição sobre o passado o historiador não sabe o dia seguinte o historiador não sabe de nada sobre o futuro futuro será aquilo que nós fizermos a tendência atual é que esse futuro ainda radicalize essa individuação líquida através de redes sociais e talvez pela tradição histórica o movimento pendular se incline para outro lado ou seja nós vamos voltar a valorizar toque conhecimento abraço beijo carta manuscrita e datada tudo pode acontecer será o que nós fizemos o futuro pertence a agentes históricos que
fazem história mas como lemra um alemão não fazem como gostariam mas fazem história depende exclusivamente da nossa ação e com isso terminamos gente acabou digam a Aha agora eu posso levantar posso levantar obrigado obrigado muito obrigado
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