Olá pessoal Olá hoje aqui com o Dr Rodrigo Silveira psiquiatra também especialista em infância e adolescência que vai falar para gente um pouco sobre Toddy não existe ou existe e essas crianças que desobedecem desafiam provocam que tiram a pai e a mãe e os cuidadores do sério conta um pouco para gente [Música] então o que que acontece esse título é uma provocação né para chamar atenção das pessoas é uma espécie de provocação é claro que o Toddy existe ele existe inclusive como um diagnóstico formal que pode ser feito isoladamente pelo dsm5 se de tudo mais
né agora uma coisa que a gente não vê que talvez não exista é um Toddy de uma forma pura e isso é um ponto que eu gostaria de trabalhar aqui que é o seguinte essa coisa assim de ser provocador isso é uma faceta que muitas pessoas têm coisa boa por exemplo um professor né que é provocador e que tira o aluno da zona de conforto e que desestabiliza um pouco e ajuda o aluno a enxergar as coisas por exemplo de uma maneira diferente né Coisa boa por exemplo um repórter um repórter vai ser um bom
jornalista né ele precisa ser provocador até um dos Meus programas favoritos aí da televisão não existe não sei se existe ainda era um programa chamado provocações que tem o álbujam aí vários vídeos muito legais aqui no YouTube então a o fato de provocar por si só de de ter esse perfil provocador Isso não é um transtorno Isso não é um problema agora veja um seguinte que quando esse perfil de quanto esse traço de personalidade de gostar de provocar venha acompanhado de um outro transtorno do neuro desenvolvimento aí isso vira um problema como por exemplo no
caso do transtorno deste atenção e hiperatividade mais o Toddy como no caso do autismo mais o Toddy ver por exemplo assim essa questão transtorno deste atenção hiperatividade que a parte aqui do córtex pré frontal não funciona tão bem quando poderia tem uma neurodiversidade Digamos um funcionamento um pouquinho menos do que precisava ser e isso influencia muito dessa criança dessa pessoa por exemplo ter controle de impulsos ter uma auto regulação de saber esperar sua vez de conseguir se regular então quando tu junta o fato da pessoa ter um perfil provocador mais uma dificuldade de controlar os
impulsos aí Isso sim é um problema entendo então ser desafiador ser provocador pode ter seus lados positivos o problema é que quando associado com dificuldade desse controle de impulsos a criança o adolescente perde a mão ele acaba recebendo um feedback do ambiente e vai irritando as pessoas que aí ele não consegue parar e ele vai num ciclo de provocações provocações e acaba gerando muito comportamentos inadequados em si e no outro também e acaba desregulando todo o ambiente e tendo um monte de prejuízos e não sabendo direito depois como lidar com isso né a gente vê
bem isso na prática quando se busca ajuda é um adolescente que muitas vezes ele ele não sabe como sair dessa uma família que também não sabe como sair dessa é Imagina assim ó quando a gente junta além dessa dificuldade de controle de impulsos muito comum no TDH imagina que junto com isso também essa pessoa tenha pelo temperamento dela pela natureza dela uma raiva mais alta seja uma pessoa que tem temperamento mais raivoso então Junta um perfil opositor né que gosta de provocar com uma dificuldade de controlar impulsos e com uma raiva intrínseca muito alta e
aí de fato isso é um problemão porque aí são crianças são adolescentes que acabam sendo violentos que acabam não conseguindo segurar essa raiva acabam depois ficando muito tempo ruminando pensando em questões de Vingança E isso se não tratado isso pode ter um desfecho muito complicado lá na vida adulta então o que que é importante entender assim que a gente precisa muito três coisas a primeira delas a gente precisa tratar o TDH dessa criança desse adolescente para que ele consiga fazer o córtex pré-frontal dele funcionar bem para que ele consiga colocar o pé no freio e
segurar os impulsos dele consiga segurar aquele ímpeto dele quando for necessário de ser um provocador e acabar não entrando numa situação difícil para isso que a gente precisa dos psicos estimulantes importante lembrar de que o nosso córtex pré-frontal funciona muito a base de dopamina então a liberação de dopamina nessa região aqui do cérebro vai fazer com que esse cara consiga controlar os impulsos dele Além disso quando a gente junta esse perfil com uma raiva muito alta a gente precisa diminuir o drive dessa raiva e aí que entram os antipsicóticos como é o caso da risperidona
do aripiprazol agora essa é a parte fácil né a maneira porque o mais difícil e parece que é o grande problema no caso do Toddy a gente precisa de tratamento comportamental e precisa com que as famílias façam coaching parental e aprendam a lidar com essa criança porque muitas vezes as pessoas acabam desde pequenininho reforçando aquele comportamento negativo e não permitindo com que essa criança desenvolva repertório de agir de outra maneira e nem de aprender a gozar essa tendência de ser um provocador de uma forma que seja assim boa para aquela pessoa que seja funcional digamos
assim então esse seria a segunda coisa que tem que se fazer um treinamento das famílias e dos cuidadores você falou primeiro em medicação depois treinamento isso pode psicoterápico para família é que eu falei ó medicação para o transtorno de Déficit de Atenção de atividade para a gente conseguir com que essa parte do cérebro funcione bem para que ele consiga aprenda a pisar no freio quando necessário a gente diminuir esse drive da raiva essa raiva intrínseca muito forte dessa criança Essa é a segunda coisa e depois a mais importante de todos que tu aí a nossa
mestra é no tratamento comportamental e é também no treinamento e na capacitação dessas famílias para lidar com essa criança e muito importante ser dito na Inglaterra Existem muitos estudos assim a respeito de custo efetividade dos tratamentos porque a saúde lá basicamente é toda pública né e o que que os caras identificaram quando a gente tá falando do Toddy com TDH e que essa criança não recebe tratamento farmacológico não recebe tratamento comportamental ela vai acabar gerando muito mais problemas comportamentais e tendo custos com justiça com dificuldades com polícia então é muito importante entender a importância de
tratar isso né É porque é uma bola de neve que vai crescendo esse vídeo nós fizemos muitas pesquisas e Lemos muitos artigos ultimamente inspirado numa discussão que nós tivemos com uma das coordenadoras da nossa clínica que a Iara que trouxe esse assunto em Pauta e o quanto nós estamos pensando nisso Porque precisamos tratar sintomas que são ainda sutis quando a criança é pequena com sintomas o positivo desafiadores porque depois na vida adulta esse sintomas da infância são precursores de um possível transtorno de conduta E aí isso é muito sério e muito grave para a sociedade
principalmente para essa família com certeza e o que que acontece da mesma forma que uma árvore de um tronco simples vão ramificando Galhos e vão ramificando cada vez mais e mais galinhas mais finos dentro do nosso cérebro a gente também parte de construções mais simples para construções mais complexas no nosso circuito e isso reflete gente no nosso comportamento porque os comportamentos básicos que a gente adquire na infância eles vão servir de modelo onde vão se estruturar todos os outros então se o único reforçador social que uma pessoa desenvolve na infância é a provocação e é
uma provocação vazia que não tem um objetivo maior por exemplo como do professor que eu citei lá no início ou do repórter é uma provocação pela provocação e essa criança não desenvolve outros repertórios para isso isso tende a se desenhar de uma forma muito difícil na adolescência e na vida adulta então o tratamento medicamentoso para Cuidar dessa raiva desse drive tratamento medicamentoso e comportamental para tratar logo frontal controle de impulsos e tratamento comportamental para família e para essas crianças e adolescentes conseguirem se proteger de pioras desse quadro no momento e no futuro também certo com
certeza aproveitando acho que é uma coisa interessante de dizer que eu vejo que tu fala no canal às vezes que é o seguinte que é o custo de não tratar quando a gente fala por exemplo da necessidade do tratamento e principalmente do tratamento farmacológico por uma criança que os pais se debatem muito com a questão remédio não vou dar remédio mas tem efeitos colaterais Pois então não dá também tem um custo muito grande e no Toddy com deste atenção hiperatividade e isso fica muito evidente que o custo a longo prazo é gigantesco Então acho que
esse vídeo é um vídeo interessante de as pessoas compartilharem de né com certeza mandarem para famílias que estão precisando de ajuda e também dá um joinha porque assim o alcance desse vídeo no YouTube fica maior e mandem suas dúvidas nos comentários porque nós vamos responder com outros vídeos certo aqui no canal e se quiser me seguir no Instagram lá também fique à vontade @dr Rodrigo Silveira legal abre umas lives lá para conversar com o pessoal sobre isso com certeza legal Muito obrigada Rodrigo e tchau tchau pessoal até o próximo vídeo tchau tchau [Música]