Temporada aberta em homenagem ao falecimento do diretor Antonio Bento Mancio
Documentário que traça...
Video Transcript:
e aí eu tinha um sujeito que foi fazer uma medida de terreno munido de usar equipamentos e tal e aí o trabalhador rural que estava ali para carregar o equipamento né pois é doutor mas como é que o show vai fazer as marcas não vou tirar uma fita aqui que eu vou passar uma estrada e tá então fica mais se fizer assim vai ficar uma área e muito de glicose em uma área de baixada muito grande então eu abro minha sorte qualquer pergunta como é que você faria se e amarrar yale umas latas no rabo do burro só tava ele lá em cima e o caminho dele tem dias eu de menor desnível das curvas de nível que estão esse é o traçado das vias com menos esforço né o engenheiro se assusta com aquele é mas isso se eu não tivesse um burro se você não tivesse um burro então eu contratar um engenheiro ah ah ah ah e aí e desde o princípio se quis afirmar essa neutralidade essa imparcialidade do saber ah mas isso é meramente um mito e o conhecimento científico no momento em que ele surge na esteira do racionalismo no século 17 ele surge exatamente colado ao advento do mercantilismo e do capitalismo que se apropriou muito facilmente disso e hoje e depois de o próprio conhecimento científico se hiper especializou-se aprofundou e viu precisa estabelecer diálogos com outras formas de saber tanto os saberes internos ao próprio conhecimento universitário quanto outros saberes da tradição e é nesse caminho que vem decidir não é o pensamento agroecológico o pensamento ecológico pensamento ambiental fazendo com que não mais se possa estabelecer um conhecimento exclusivamente técnico sobre alguma dimensão da realidade e aí e aí e para mim a ecologia é uma ciência a ciência da gestão do manejo do desenho dos agroecossistemas buscando a sustentabilidade agroecologia enquanto ciência busca nas práticas das comunidades tradicionais no conhecimento das comunidades tradicionais seus princípios e seus ensinamentos urgia eu aplicação dos princípios ecológicos a produção para mim eu já tenho é uma frase amor à vida e você quer viver você tem que parar de carga economia a entender que eu posso utilizar a terra para o meu sustento para minha moradia o mais levando em consideração que eu não sou o único ser vivo que estou nesta nesta terra existem outros que eu acho que agroecologia ela vem da prática vem da prática ancestral tradicional da agricultura no brasil e no mundo tem uma visão integral de como a humanidade pode se relacionar a mesa de uma forma diferente mais respeitosa por ser uma uma ciência e uma prática contra-hegemônica na sociedade e uma ciência que não se coloca como a ciência neutra ela também é se posiciona como um movimento social então ela tem uma potencialidade de transformação né como movimento social que ela tem uma dimensão política forte a ecologia vida eu levo lá para você ver vida até aí tem água ecologia tipos de explicar a e aí g1 e ir para mim aqui na entrada do sítio de ser um pouquinho da entrada do sítio à direita é a gente tem um um pratinho de água que eu posto que a gente fez ao lado da estrada e os lados da estrada todinha assim é a árvore banana e café dos dois lados ainda estão aqui na casa a gente vai descer passar pela essa pontizinha vai descer passar na horta né a horta like de pneu a nova horta e vai descer passar no chiqueiro e vai entrar na roça emílio v sistema de plantio de milho lá na agroecologia [Música] há quatro anos nós trabalhavam ali no primeiro sítio nós começamos a observar a dificuldade que eu já estava tendo no trabalho convencional já pensou o que fazer como fazer o quê que adubo caro a gente comprar não tava dando certo chegar no final do ano a gente não ia ficava no vermelho a gente vai mexer com café mas o café ele te dá e tira um ano e te dá no outro e tira fale mais isso não tá dando certo com ele vai fazer só para trabalhar nós precisamos tanto de ver se ficar propriedade para podermos não dependermos só do café aí foi que a gente começou a nossa transição começamos a mudar vemos que o café convencional todo anos a gente come tudo que você faz por que você tem que devolver para ele a du falei assim não tá dando não fiz essa experiência né que eram todo matéria-prima tiramos o adubo tiro tudo da propriedade e começamos um trabalho muito muito é como é difícil porque no no início a lavoura a tomada e com adubo e foi difícil um corte foi quando tirasse um remédio de pressão do ser humano e ele dava um colapso então foi assim tão passando mais uns anos é em dificuldade porque tava em transmissão sítio e até chegar nesse ponto que nós estamos aqui hoje e aí eu tô falando mal que vai primeiro e essa roça de milho da ela não tem um fertilizante mesmo somente com a com a matéria orgânica que tem no chão a folha folha de banana folha de árvore para o poder que cai só o que tem no chão e não tem não deve nem um pouquinho a roça que que é convencional plantada com fertilizantes não deve estar gratuita para gente graça porque o sistema agroecológico você não tem muito trabalho a roça não é capina é só roçada de inchada por cima chega um pouquinho de terra não tem matéria-prima vinda em um de fora o milho é meu a folha do mato então tá quase engraçada gente nós não compramos tempo não comprou nem calcário nome fogão nem banho natural nós vamos aqui no sítio nós não joga calda nenhuma frente em casa mas não tivemos nada nós vivemos decanato mesas e se você pensar e o tempo que sugere cultura peles dias atuais quiser o período que cabe essa agricultura industrial é mínimo né apesar de ter transformado aqui com todo mundo inteiro e ter mudado tudo mundo quer ver as pessoas foram capazes de produzir e de se relacionar com a natureza para produzir as suas necessidades durante milênios é isso não quer dizer que o conhecimento científico não é importante ela é importante só que ele foi desenvolvido numa lógica que a lógica da acumulação do capital não é de resolver os problemas né a partir da loja das necessidades humanas do levando em consideração né o equilíbrio do próprio planeta no brasil a agroecologia é muito mais é desde a década de 80 e ela surge enquanto agricultura alternativa e enquanto agricultura alternativa ela surge para uma movimento em contraposição a um modelo da revolução verde e aí o século 20 houve uma mudança muito radical no sistemas alimentares não só na produção mas também não processamento na distribuição eo consumo de alimentos é onde a indústria né e a produção em série ela passa a predominar né então é cada vez mais a agricultura vai se desconectando da ecologia né dos diferentes lugares onde a agricultura é feito e a própria alimento se desvincula da cultura local na cultura alimentar local então é a agricultura ela passa aí assumindo uma lógica de produção industrial quanto é que você fala muito na agricultura industrial e eu fui pensionista convencional é o ajudei a começar a revolução verde no rio grande do sul né então nosso trabalho era modernizar o campo né eu tinha orgulho dele que eu tava trabalhando para modernizar o campo para salvar os agricultores do atraso nem um pouco era essa ideia né nossa população cresce muito a cada ano assim também cresce a necessidade de produzir alimentos e a 15 milhões de brasileiros cuidam da agricultura a um grande esforço para ajudá-los a mecanização a armazéns transportes créditos 1 e se criar um centros internacionais de pesquisa para desenvolver as chamadas variedades de alto rendimento com apoio internacional especialmente apoio do banco mundial da fao de várias instituições daí você clica que se chama o pacote tecnológico da revolução verde né e elas variedades de alto rendimento eram os pesticidas e os os fertilizantes químicos pacote tem muitas consequências uma das consequências é que com a monocultura e aqui na região uma das monoculturas principais é o café o que é dito é não perca tempo produzindo muitas coisas produz uma só o café vende-se café e compra os produtos que você precisa você quebra com a segurança alimentar que os agricultores tem os agricultores passam ficar dependente de mercado para produção de alimentos e é um capricho de mau gosto da natureza passa o que a presença de certas árvores indique a terra favorável ao café sendo necessário abater florestas inteiras a fim de se desbastar o terreno e aí e aí o processo nada aconselhável a queima é praticamente impossível de ser evitada no trato das terras para uma largura excessivamente onerosa a e a plantas que se bastão com que até a realidade graça mas o café precisa de muito zoado três modalidades de adubação são usadas nos cafezais brasileiros a verde a química e orgânica havido de azoto fósforo e potassa é o cafeeiro e [Aplausos] as máquinas para vencer a quinta coluna constituída de insetos insidiosos as pragas do café ameaças permanentes de destruição e de miséria são com batidas a qualquer preço qual foi o grande argumento para convencer os políticos para implantar o modelo da revolução verde que ele ia acabar com a forma do mundo e se for uma mentira em alguns lugares até produzir mais alimentos e até aumentou certa em certos lugares o a produção de alimentos mas isso não acabou com a fome do mundo e em uma crítica grande esse modelo da revolução verde porque a gente já observava grandes impactos por exemplo e erosão do solo né nós chegamos até 20 toneladas de perda anual por hectare de solo a quantidade de água já contaminadas pelos agrotóxicos né então mortandade de peixes e coisas assim que eram observados não precisa fazer nenhuma pesquisa científica para chegar a conclusões e que os agrotóxicos tava causando problema só resistência à modernização da agricultura isso vem desde sempre desde sempre desde que se percebeu e os agricultores perceberam primeiro da que as políticas públicas não venham por favor dos agricultores e possivelmente os agricultores familiares dos camponeses do mundo inteiro mas se enviam para aumentar a produtividade para criar todo o mercado de fornecimento de bens inclusive por mim da comum bem né fala que ele tivesse dinheiro para pagar agroecologia quando surge ela vai exatamente é sujo compreendendo a racionalidade ecológica econômica tradicional então vai buscar nessa racionalidade nessa forma de produzir de se relacionar com a natureza se relacionar na própria sociedade que vem da agricultura indígena dos povos tradicionais da agricultura camponesa é e aportando conhecimento científico e e aí e aqui nessa aí já é pegando de baixo né que nós passamos pelo curral para que a cinco tudo aqui depois a gente vai um triste mas isso aqui tudo é na pasta então aí né tem um braquiária ainda tem ainda o braquiária aí a gente entrou plantando bananeira né tomo conduzindo ela para não torcerá muito mas a gente observou também que o bloquear não gosta de sombra ele vai raleando aí de vez em quando a gente ou a gente é paga alguns companheiros junto com turma vai pelo menos limpando em volta das bananeiras e no meio a gente roça foi isso aqui deve ter uns 3 ou 4 anos né é 33 anos e pouco né essa bananeira ela demorou até ficar nesse ponto e esse ano agora como um mês de novembro choveu bem dezembro aí ela deu uma puxada boa porque ela já tem 3 anos que nós plantamos ela né mas nós não o usa no vou por isa no adubo nem orgânico é do jeito que a natureza deu thai no caso das bananeiras assim esse café que tá no meio das bananeiras aí também a mesma coisa já estão ali com um tempo atrás não tinha nem quê larga letra é tava seco é claro que tem um outro embaixo ali tem o outro lá e tenho ali em cima que já tá correndo a água no coisa ali a modernização com as tecnologias da revolução vezes chegam para salvar o latifúndio no brasil acentuando os programas sociais é um processo de migratório muito grande e é exatamente nesse período da ditadura que a partir das comunidades eclesiais de base é suja processo de resistência é que tem muito a ver com a defesa das formas de produção da agricultura camponesa da autonomia tecnológica as palavras de tecnologias nessa nessa época de sementes de casa de farinha são mais as práticas né ea necessidade de defender a terra autonomia são e sabes na liberdade palavra-chave estava muito presente e fazer a parte da pedagogia inclusiva das comunidades eclesiais de base método de ver julgar e agir coisa tudo isso eu digo eu gosto de dizer que aí está o embrião do campo da agroecologia no brasil e [Aplausos] e aí a terra prometida a partir do final dos anos 60 surgiram grupos bíblicos que procuraram ligar a fé cristã com a vida com exceção com compromisso de mudar a sociedade e aí é recebe surgiram disso no final dos anos 60 e começo dos anos 70 e se espalharam pelo brasil com essa característica não são somente pequenas comunidades são pequenos comunidades inseridas na luta do povo o que trabalham para mudar sociedade foi um espaço onde o povo começou a se reunir a discutir não só a religião em si mas também os seus problemas as suas vitórias as suas conquistas e assistir esses e espaço e se tornou aí para mim é um canteiro fértil para que os movimentos sociais pudesse abraçar essa causa a partir do momento que as famílias começaram a se reunir e discutir os seus problemas entre elas começam a aparecer as soluções que muitas pessoas que tava dentro desse trabalho a comunidade de base começou a entender o que que significa realmente essa tal de comunidades de base né porque ele não é somente rezar né tem que colocar algumas coisas em prática não tem que levar os trabalhos sem ação oito anos de idade e o que fazia essa mistura dos venenos então isso espécie marcou muito para que lá na frente eu pudesse mudar a forma de produzi-los e naquele o mau cheiro que nem o agradável é sebs ajudou a lestar toda essa questão da luta de classe toda a questão da importância da organização toda questão importante dos direitos dos homens e mulheres né e também do modelo da agricultura ele acaba vindo também eu tenho direito ao produzirem veneno eu não quero morrer de câncer entendeu eu não quero ter exposto a uma um sumo uma tecnologia que vai roubar minha saúde vários dos sindicatos de trabalhadores rurais né associações e uma série de outras organizações foram criadas a partir desse movimento que vem das comunidades eclesiais de base da igreja católica por isso então que começa desde o nascedouro agroecologia no brasil conhece esse movimento forte entre a discussão mais técnica abre da questão da produção de alimentos mais articulada com a questão social essa é a base da agroecologia e aí e esse a área que por exemplo algumas das áreas aqui aquela mais ou menos uma área aqui de um hectare mais ou menos que era passa o que tá tudo e mato que eu tô que era está voltando que era antigamente um a agricultura chamada alternativa que floresceu no brasil nos anos 70 basicamente ela mas é a principal característica dela é que ela era fragmentada tinha várias experiências em várias partes do país só que em algum momento esses movimentos se deram conta que eles lutavam contra um tipo de um outro modelo que estava ameaçando a todos eles de forma diferenciada e [Música] e o movimento realizou quatro grandes encontros nacionais né o zebras e a partir destes encontros e construiu toda uma estratégia né ver junto com os agricultores e construindo a agricultura as alternativas sem agrotóxicos sem fertilizante químico essa ideia geral é e aí aí eu encontro com você tinha na verdade muito estudante eu passei no segundo aqui em petrópolis tinha quase quatro mil pessoas participaram de cuiabá que ele quase 5. 000 o de petrópolis não se contava nos dedos os agricultores que tava ali fora os atributos de classe média orgânicos não sei o que tal agricultor camponês propriamente dito vai procurar pode lupa porque não tinha muito mas é uma estudantada poeta de muito crítico em relação à questão ambiental começando a também a pipocar poetas daquela altura então e motivações era um pouco por aí ó g1 e aí e aí e a rede ppa ela foi constituída a partir de um projeto na fase que é uma organização do itaú antiga aqui no brasil que trabalhava com educação popular direitos humanos desde o início aí da ditadura ela ser de um projeto que foi iniciado com pessoas que foram exilados no brasil durante a ditadura que quando eles vão taram eles montaram esse projeto que era um projeto basicamente de sistematizar o que existir no brasil posso função era promover um desenvolvimento de uma coisa bem genérica na nossa cabeça a gente uma ambição extrema senhora desde o começo a gente trabalhava coisa nós tem que mudar grito do brasil nós temos um primeiro passo para chutar essa dessa direção mano não era ideia de resolver problemas locais para nos locais existiam com exemplos para ser utilizados para o que poderia ser feito no nível macro e a gente a necessidade de fazer os processos reais desenvolvimento local seja em que dimensão fosse no começo uma coisa muito pequena vamos comunidade portal o 23 comunidade e que essas coisas que pudessem efetivamente se demonstrar que você quiser de que a proposta da agroecologia é capaz de melhorar as condições de vida de produção da economia presidente da da inclusive da da organização dos próprios agricultores para poderem fazer essas coisas de uma maneira não para produzir coletivamente mas preferia esses processos desenvolvimento coletivamente um pouco tempo essa essa esse centro de tecnologia alternativa foram ganhando autonomia se transformar em um lg independentes e aí se formou essa rede chamada rede pentear que era essa rede que inicialmente articulava essas organizações que tiveram origem no projeto pentear muitas dessas do lg que são lg é hoje de referência ainda no movimento agroecológico de e são que fazem trabalhos muito muito reconhecidos e muito consolidade tem essa origem na rede pentear o e aí e o termo agroecologia começa a se ser mais conhecido e função do trabalho que a sbt a fazia no brasil então uma das coisas que eles fizeram foi traduzir os e publicar os textos do miguel altieri du do griezmann que eram textos que usavam a expressão agroecologia então todo mundo começou a a reconhecer que aquele termo agroecologia podia significar o que cada um estava lutando que a agroecologia te espaço era um norte que poderia ser que unificasse todos esses movimentos inclusive os movimentos de consumidores havia muito descontentamento do uso da palavra do termo né de agricultura alternativa todo mundo que trabalhava com isso tinha um pouco de eu sou alternativo entendi eu sou apenas nenhuma quem sabe a gente não consegue alguma coisa demais em paqu e o termo agroecologia começou a pegar e começou a entrar para os agricultores de uma maneira um pouco mais e selecione doutor ecológico e sobre agroecológico nas redes começou a ser algo macia academia fala que isso existe consciência então eu vou usar o termo que é um termo científico né na nas questões de políticas públicas assim por diante né as pessoas não posso dizer que a sua um agrônomo alternativo mas então eu sou um agrônomo agrikolage e aí a coisa começou a avançar e a fixar a palavra o termo no brasil de agroecologia e [Aplausos] e todo dia é já chegou o momento isso era final da década de 90 em que se percebeu dentro da rede pentear que ela era uma rede muito o suficiente assim que o movimento agroecológico já era muito mais amplo no brasil havia muitas outras iniciativas inclusive outras iniciativas que também e se articularam em rede e que as organizações precisavam se conectar de uma forma mais ampla né de forma que se pudesse haver também uma expressão mais nacional de agroecologia do movimento agroecológico a ideia foi fazer um mapeamento de experiência de agroecologia que existiam já em todas as regiões do brasil então teve um trabalho descentralizado muito amplo de identificação e sistematização de experiências e se organizou um encontro com a ideia de trazer essas diferenças para para se conhecer para gente entender o que que era o movimento o que que é a agroecologia naquela época no sim bom e se encontra não teve uma um caráter bem importante porque pela primeira vez a gente fez um contra o grande de massa onde a participação era a partir das diferenças agroecológicas e também já com caráter diferente onde trinta por cento só de técnicas e setenta por cento de agricultores e agricultoras né então foi pela primeira vez que a gente experiências em agroecologia estavam reunidas no mesmo espaço no grande intercâmbio né que foi o primeiro encontro nacional de agroecologia a partir desse encontro é a gente percebe aqui de bom a gente precisava criar uma articulação a gente precisava criar de fato organizar de fato esse movimento agroecológico e a em 2012 na articulação nacional de agroecologia que tinha ali né acho que duas maneiras de você né de se organizar e se articular que ele através dos grupos de trabalho e através das articulações regionais em e aí e aí oi ana não é o som espaço de energia isso embora a sua igreja tem assim digamos quase com protagonismo sentido de ser propositora de iniciativas e tal mas os movimentos sociais são muito ativos e movimentos sociais eles têm suas próprias formas de organização né no brasil é autônomo mas é que tem diferentes veículos com as dinâmicas da ana mais participam tá melhorando né toda e a a tem que ter da sua capacidade de convocação né e de articulação inclusive movimentos que não tinham alianças inicialmente passaram a ter em torno da região da agroecologia e é o primeiro congresso de agroecologia aqui juntou celular três quatro mil pessoas que foi um sucesso mesma coisa assim impressionante né o interesse gente vende tudo quanto é lugar fora do brasil né mostrou que era realmente um uma necessidade de um lado nós tínhamos os seminários e o similar já estavam ocorrendo no brasil em vários lugares mas os seminários muitas vezes não atraíram da mesma forma né tanto os acadêmicos mas professores pesquisadores como muitos estudantes que querem apresentar os seus trabalhos e querem dizer o que estão fazendo foi o mesmo certinho fundamental está sendo uma iniciativa fundamental para a consolidação da agroecologia no brasil mas ele tem uma outra já outra função que foi exatamente essa de articular um campo acadêmico e o campo acadêmico com as experiências concretas com os agricultores também né o campo do netflix pra que agroecologia se consolide enquanto enquanto ciência né dentro da academia ela também precisa de né conquistar alguns passos então é a publicação de trabalhos no congresso daí vem a criação da revista brasileira de agroecologia que vai dar não é é possibilidade para tu né france publicas coisas e é uma uma força importante também mas é diferente do encontro nacional que comprei muito mais esse papel de articulação mais aberta com os movimentos à medida que o congresso avançou e paula garantir a continuidade do congresso foi preciso também fundar a associação e naquela época né eu me dispus a cadeia assumindo a presidência da associação brasileira de metrologia e fazendo né toda a procedimentos todas as as tratativas para que a gente pudesse sair do rio grande do sul com o congresso e que o brasil é [Música] e aí [Música] e posteriormente quando já na década de 2000 o tema da segurança alimentar ela ganha uma grande relevância na agenda pública com programa fome zero é isso ganha uma uma presença agroecologia ganha uma presença na agenda oficial nível federal é muito grande na quer dizer a ideia de que a agricultura familiar ela é assim é produtora de alimentos e pode ser produtora de alimentos grande qualidade uma coisa que o agronegócio não faz logo o negócio ele produz commodities para boa parte da alimentação de gado e não tem o foco é a lucratividade da atividade econômica não o foco na produção do alimento e o clique em pedir outro dia nós cortamos 10 caixas de banana ir para escola encontra eu coloquei em as eu pegava de um adorador da casa lá em cima eu pegava as bananas levava no ponto fraco como pegar e quando eu ia lá e voltar eu tinha que chamar o rodolfo ficou aqui tá no instagram nas casas bahia eu espancada eu voltar lá e tava lá nas bananas estragando as bananas e estragando caixa de banana também bonito fora mas um dia que que nós vemos eu mando assim eu descemos aqui no sítio aqui pouco e perto que nós vimos prática vulcano buraco de formiga tanajura que estava furando eles foram e comer na formiga você tá vendo o resultado ele fazendo pop o contorno para você imitando que você joga veneno propriedade a forminha e gastar dinheiro com fornecida e nós temos oito quilos de milho plantado aqui não dá medo de 3. 000 4.
000 kg de milho não falei muito aqui fazer arma que você está no lugar aqui pedir realizado porque a terra tudo fértil não era fácil de boi já puxei trilhados o cadu focado é o próprio sistema que faz ficar desse jeito não é muito rendoso ó e aí e aí e a ana ela surge justamente no período em que se abre muitas possibilidades no campo democrático e a gente conseguiu abrir portas do diálogo a gente conseguiu abrir espaço de participação a gente ocupou muito ativamente e com muito empenho esses espaços de participação e conseguiu através dessas possibilidades de diálogo entre a sociedade civil o estado influenciar e a criação eo aprimoramento de programas e políticas públicas de apoio à agricultura familiar e pela promoção da agroecologia então daí para frente a gente teve um grande leque de possibilidades que incluíram é a criação por exemplo do programa de aquisição de alimentos que que promovia compra de alimentos diretamente da agricultura familiar para a distribuição para instituições de assistência social os serviços de assistência técnica e extensão rural executados em parceria com a sociedade civil são avanços que tem origem nesse nessa caminhada de diálogo entre o estado ea sociedade civil e conseguiu quiser um resultado muito importante dessa dessa desse todo esse esforço de incidência na política pública que foi a criação em 2012 da lei da política nacional de agroecologia e produção orgânica com intuito de articular e dá um sentido lógico e coerente para um conjunto grande de ações de apoio à agricultura familiar área e povos e comunidades tradicionais para a promoção da agroecologia e aí a ana e a aba tiveram um papel fundamental né de contribuir na construção dessa política e esse foi um processo bastante rico para a própria articulação nacional de agroecologia é plana porque a gente quer dizer possibilitou que as organizações que já trabalhava há anos com isso pessoal então tá bom do ponto de vista de política pouco que a gente acha que precisa ter né então nós não não não nos colocamos as amarras fizemos cinco seminários um em cada região do brasil é e botamos tudo que a gente achava que era necessário né e inclusive questão centrais que é por exemplo a questão do da posse da terra e dos direitos territoriais e que não entrou na política nacional de agroecologia porque era um tema e a gente sentiu isso num momento que tava namorando calha né o agronegócio e da é poderoso e a poderoso dentro desse governo que realmente se você pega o governo você ver o tanto que cresceu os recursos investidos na agricultura familiar o pronaf no cinema é um indicador de saiu lá de dois bilhões que eram lado na época do fernando henrique para 20 milhões né então foi a cada ano ea crescendo muito mais um financiamento do agronegócio também gigantesco o governo do lula foi um cover de contradições pesadas ele tinha duas caras na área da agricultura elite ministério da agricultura que no ministério das empresas de agronegócio com atendedor sobre todas as empresas de sementes e 300 de o duque mandar e desmandar o com roberto rodrigues pontes da sua frente e o mda sobretudo o primeiro governo lula com e já que o nome dele o tortelli não não tô até o rocheto eu vou excelente ministro da agricultura e do desenvolvimento agrário dizer aqui então puxando reforma agrária puxando assistência técnica puxando crédito mas as modalidades como fazer essas coisas assim o governo deu de mão cheia para o agronegócio deu depitada pode temperatura familiar e deu de peteleco para zoologia deus as coisas vão decrescendo quando a gente defende uma política de agroecologia a gente diz nossa nossa política é baseada no princípio constitucional da função social da terra até a tem uma função social e ambiental que tá na constituição e o estado não assegura não garante que essas funções sejam então é necessário fazer reforma agrária é necessário tem uma outra lógica de apropriação dos recursos naturais com base na sustentabilidade bom e que isso é essa é a questão estruturante da agroecologia e e aí e aí e aí e o acesso a terra é um fator fundamental para que a agroecologia desse país possa é esse deslanchar porque sem o acesso à terra as pessoas não tem liberdade para poder plantar para poder produzir aqueles que ele quer ir e o início do movimento nós lutava pelas pela terra terra para trabalhar que era inclusive um uma consigna que a cpt passou a terra trouxe das lutas históricas américa latina da revolução mexicana que a terra para quem é e a trabalhar mais uma medida que foi desenvolvendo a produção não se dando conta não bastava a terra era preciso desenvolver a produção é de uma nova forma e aí nós somos debater do incorporando é uma nova visão de como organizar a produção no início nós achava que passava desenvolver a cooperação agrícola que era então comprar máquinas e conjunto organizar uma cooperativa em vez de entregar o leite in natura para nestlé colocar o nossa própria laticínio e de fato isso melhorava a renda e as condições de vidas mas ainda assim era insuficiente o e de uns 15 anos para cá seja da metade da vida do movimento para cá é que eu acho que começou e aí a ficha por muitas influências que houveram sobre os assentamentos de que haveria necessidade de nozes envolver uma nova matriz de produção o que não fosse dependente do capital estrangeiro que não utilizasse venenos e que tivesse uma outra visão outra concepção em relação a natureza nós somos devagarinho incorporando no movimento por vários caminhos é mas todos os cano mesmo objetivo que era a construir uma matriz tecnológica que aumentasse a produtividade do trabalho que aumentasse a produtividade da lavoura em equilíbrio com a natureza e tanto aqui no arroz orgânico se não nós produzimos 600. 000 sacas por ano nós saímos é de 10 hectares em dom em 1998 né para 4.