O conceito de INDIVÍDUO na Antropologia

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Leitura ObrigaHISTÓRIA
Salve, espectadores do canal! Como conciliar a noção de indivíduo em relação à sociedade? Aliás, pró...
Video Transcript:
este vídeo é um oferecimento de nossos colaboradores não apoia acesse o site e confira oi gente tudo bem com vocês quanto tempo né estava até com saudade bem preciso dizer que meu sumiço foi por uma boa causa eu agora sou oficialmente doutor em antropologia social pela universidade de são paulo digo que o momento de defesa foi um momento muito legal e esses períodos assim de defesa de qualificação eles são muito importantes na vida de qualquer acadêmico mais sobre defesas teses dissertações e momentos de qualificação a gente pode falar um pouco mais em outros vídeos se
vocês quiserem no vídeo de hoje a gente vai falar sobre a história de pessoa individual sociedade eu só peço para vocês se atentar em um ponto muito específico eu sou antropólogas eu não desse quadro fiel entrou por lógica logo eu vou falar sobre o que eles mesmo sobre as teorias da antropologia que diz respeito ao indivíduo à sociedade pessoas e gente assim eu amo ler mas não eu não consigo dar conta de todos os livros teses dissertações que são publicadas no brasil e fora dele nessa temática né então nesse vídeo aqui eu vou falar de
alguns alguns autores que eu acho que são mais importantes para um aluno ou para o aluno das ciências sociais ou da antropologia conhecer você que não é também de nenhuma dessas áreas pode continuar assistindo esse vídeo porque aqui a gente gosta de quase todo mundo quase viu e não exclui ninguém quase ninguém [Música] a gente pode começar dizendo que a noção de pessoa na antropologia social é um ótimo ponto de partida para a gente se tu a alguns debates da clássica dicotomia entre indivíduo e sociedade pra quem não sabe de economia é a divisão de
um elemento em duas partes em geral contrárias por exemplo e enviam gui de noite preto e branco céu inferno pra quem acredita as duas economias estão presentes na antropologia então a gente pode dizer inclusive que essas economias é que movem a constituição do saber antropólogo desde ok muito tempo assim como a dicotomia cultura e natureza e se você quiser saber mais sobre o conceito de cultura assistir nosso vídeo aqui está mostrado aqui que aqui a dicotomia de indivíduos sociedade é recorrente em diversas discussões teóricas na antropologia ela aparece muitas vezes sobre o que eu vou
chamar aqui diz face como por exemplo os conceitos parentesco descendência do spitzer os conceitos de descendência e filiação complementar do fortis os conceitos de estrutura e comunitárias do victor santana e os conceitos de estrutura social e organização social do forte mas como que antropólogos e antropólogos podem utilizar a noção de pessoa pra pensar a dicotomia indivíduo e sociedade primeiro vamos recorrer a um texto clássico do nosso querido marcel moça antropólogos francês que publicou um ano de 1938 o texto chamado uma categoria do espírito humano a noção de pessoa a noção de eu é a partir
da seguinte pergunta que marcel moura orienta toda a construção do texto dois pontos de que maneira ao longo dos séculos e através de numerosas sociedades elaborou lentamente não o senso de eu mas a noção de que os homens de diversas épocas criaram seu respeito é através de vários exemplos em diferentes sociedades que marcel moura nos mostra que a noção de pessoa aparece enquanto categoria do espírito humano ou seja ela não é nata ou mesmo pré determinada pelo contrário a noção de pessoa é fluida é delicada é preciosa e é possível de elaboração segundo marcel mons
todo ser humano tem um senso não apenas do seu próprio corpo mas também da sua individualidade espiritual e corporal ao mesmo tempo para marcel moça tem a noção de que a construção do conceito de pessoa é um processo histórico sistemático a gente passa a compreender então com maior precisão os processos de construção e elaboração da sociedade como vocês podem ver a noção de indivíduos sociedade estão em conflito desde os primórdios da antropologia uma influência outra e uma serve para explicar a outra para saber mais sobre os exemplos que o marcel mauss utiliza você pode conferir
o livro sociologia antropologia bem um outro antropólogos que também fala disso é o luís do montante em francês discípulo aluno do mar seu moço ele estudou o sistema de castas na índia eo individualismo na sociedade moderna as principais obras do monção omo hierárquicos o sistema de castas em suas implicações publicado no ano de 1966 o individualismo uma perspectiva antropológica da ideologia moderna publicado no ano de 1985 o que a gente vai falar aqui é um resumo bem resume dinho das principais ideias dessas duas obras bem já que todo mundo trabalhou com a indy ea sociedade
moderna nada mais óbvio que ele tenha usado como método de trabalho o método comparativo ou seja ele comparou contrapondo duas características de duas sociedades uma outra mas não necessariamente ele colocou uma em sobreposição a outra dizendo que uma era melhor ou pior do que a outra o objetivo era apenas mostrar as diferenças e pensar como que essas diferenças atuam sobre a formação de sujeitos sociedades e culturas diferentes mas afinal quais são os conceitos que ele chegou dessa maneira comparativa para do mon falar de um indivíduo é falar de duas coisas ao mesmo tempo um objeto
que está fora de nós e um valor pra ele se por um lado existe um jeito empírico que fala que pense que quer e isso é uma mostra individual da espécie humana que encontramos em todas as sociedades de outro lado existe um ser moral independente autônomo logo para do mon existiriam duas formas de sociedade aquela equipe de vida é o valor supremo e nesse caso temos o que ele chama de individualismo e aquela em que o valor se encontra na sociedade chamando então esse tipo de configuração de organismo a pergunta que orienta a maioria dos
trabalhos do mon é a seguinte é possível então que existe uma transição da sociedade paulista para a sociedade individualista já que essas duas idéias parecem tão inconciliáveis entre si a gente sabe que a sociedade indiana é uma sociedade de castas você não sabe provavelmente assistiu o filme quem quer ser um milionário o caso ouviu a novela caminho das índias se você não assistiu vá assistir porque tem um monte de coisa legal que você pode aprender com essas duas obras de arte que era o meu jabá globo mas mariana ainda não entende o que é uma
casta beleza eu explico na índia os indivíduos ele possui interdependência estreita ou seja uma casta depende de uma outra carta que seria tipo quase um conselho de classe mas não é classe está então não façam confusão da classe mas é como se fosse resumindo na índia as pessoas podem ser divididas em aproximadamente 5 castas são elas os brâmanes que são os sacerdotes e os letrados que nasceram da cabeça de brahman os chakras que são os guerreiros que não ser um dos braços de grama os baixas que são os comerciantes e que nasceram das pernas de
brahman os sudras que são os servos camponeses e artesãos e operários que nasceram dos pés de brahma e os párias que estão à margem desse sistema a gente branca não é a cerveja está é um deus indiano notem que essas pessoas na índia forma o tecido social ou seja um corpo que é composto por cabeça braço perna e pé e cada parte desse corpo possui sua função e não se pode pensar num corpo que funciona em harmonia sem a cabeça sem os braços sem as pernas os seus pés e eu não quero ser capaz cientista
que ok eu só estou usando o exemplo que o do montado dando então vou brigar com alguém brinca com ele não briga comigo a renúncia esse modo de vida de castas permitiria portanto o indivíduo uma independência individual própria e se renunciante no caso passaria então a se preocupar consigo próprio e não se encaixaria mais desse formato funcionalista onde cada pessoa cada grupo social tem uma função muito específica na sociedade e o seu pensamento por fim tornaria-se semelhante ao do indivíduo moderno segundo domon ainda o renunciante de ano assemelharia seus sacerdotes budistas ou mesmo os monges
cristãos que se recolhem nos mosteiros contudo existe uma diferença essencial entre o renunciante indiano e os monges budistas por exemplo enquanto os monges budistas e os sacerdotes cristãos mesmo que reclusos ainda vivem no nosso mundo social o renunciante indiano vive completamente fora desse mundo o renunciante de ano então é um indivíduo fora do mundo vez que ele está completamente fora da sociedade e ele não pertence mais a esse tecido social onde cada pessoa e cada grupo possui uma função muito específica para o funcionamento do todo mas o que é que todo mundo então concluída essa
comparação toda ele conclui que na sociedade moderna ocidental nós você e eu somos então compreendidos enquanto indivíduos no mundo indivíduos ocidentais seriam exógenos por existirem antes da sociedade e seriam individualistas uma vez que a sua existência ou não não implica necessariamente no perfeito funcionamento da sociedade já o indivíduo na índia é compreendido enquanto endógeno porque ele surge da sociedade ea sua existência é um pré-requisito para a ordenação e o bom funcionamento do todo e agora para terminar vamos falar também de uma dupla de antropólogos pensam e escrevem sobre as teorias de pessoa indivíduo e sociedade
a primeira antropólogos que eu trago dessa dupla então é antropóloga francesa nossa dama mere shopping a estréia também realiza objeções em relação ao conceito de sociedade segundo a autora quando a gente pensa o conceito de sociedade o conceito de indivíduo a gente cria entidades que entrariam em contato de forma autônoma ea gente corre o risco de pensar em relação no conceito de relação ao invés do conceito de relacionar idade ao invés de sociedade segundo a sata nós antropólogos e antropólogos deveremos pensar em sociabilidade uma vez que esse conceito nos permite pensar de maneira mais precisa
que as pessoas como geral como um todo estão não tornasse contínuo através das relações sociais o que ela quer dizer é que nós somos quem somos e nos tornamos sujeito a partir das relações que estabelecemos ao longo da vida ou seja gente ninguém está pronto finalizado pelo contrário nós estamos em um constante processo de elaboração de nós mesmos ao longo de toda a nossa vida então guarda essa informação e o que é meio estranho está dizendo por que eu vou votar nela daqui a pouco a gente tem por fim então o último antropólogos que eu
trago aqui nesse vídeo pra vocês que é o wagner autor temido por 10 entre cada dez alunos de antropologia o rei wagner tem um texto maravilhoso escrito e publicado no ano de 1991 chamado a pessoa fractal então o wagner e antropólogos desconstruíram quem é critica fortemente a dicotomia conceitual entre sociedade indivíduo de economia clássica da antropologia o cara vai lá ó não funciona pra ele essa dicotomia não serve para explicar nem sociedade e nem indivíduo ea partir da etnografia entre os detalhes que desenvolve e aprofunda essa crítica o wagner nos fala portanto sobre a impossibilidade
de distinguir parte e todo pra ele a dicotomia entre sociedade e indivíduo apareceria na ideologia ocidental como sendo uma idéia de mônica ou seja uma verdade que não está sujeita a questionamentos nesse ponto ele ea raiz schattan concordam é na relação com outras pessoas e com o meio em que se vive que as pessoas tornam-se quem são da mesma maneira o social ea pessoa são colocados em relação ao vagner então empresta da mera estratégia o conceito de pessoa e constrói a sua idéia de pessoas fractal mas antes de compreender o conceito de pessoa fractal é
preciso que a gente entenda o que é o diabo fractal objeto fractal é uma figura da geometria não euclidiana uma pequena parte dessa segura em menor escala represento todo o exemplo mais bobinho e simples que eu consigo dar pra vocês é um exemplo do brócolis romanista a estrutura dele vai se repetindo repetindo repetindo em uma pequena parte desse brócolis consegue replicar a sua totalidade para wagner ao pensarmos nos conceitos de pessoas sociedade a totalidade então não é nem um indivíduo pessoa nem grupo sociedade mas sim a pessoa falar que tal pessoa fractal portanto nunca é
a unidade em relação a um agregado mas sempre uma entidade cujas relações estão integralmente picadas ou seja é uma entidade cujas relações estão com os outros que são externas e que são partes integrantes desse portanto internas bem gente era isso por hoje o assunto é complexo e rende um semestre inteiro de discussões o que eu tentei trazer aqui pra vocês é na verdade um pequeno esboço bem introdutório do tema com algumas idéias e conceitos de alguns autores mais conhecidos na antropologia que falam sobre isso vocês que assistem esse vídeo podem ter o conhecimento de outros
autores e autoras ou mesmo outras vertentes que pensam estudam o conceito de indivíduo sociedade e pessoa mas aqui a gente priorizou sobretudo os autores e as autoras da antropologia e eu de verdade espero que vocês tenham gostado mas não gostaram também paciência era o que tinha pra hoje caso tenha ficado alguma dúvida você pode escrever aqui embaixo na caixa de comentários que eu tento responder porque eu sei que essa questão e esse assunto é bastante complicado não se esqueçam de daun joinha no vídeo de se inscrever no canal e de acessar o site apoia se
pra dar aquela forcinha pra gente beijo e até a próxima
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