as estruturas neurais responsáveis pela visão são complexas e são importantíssimas de serem analisadas em muitas doenças que afetam o sistema nervoso humano esse é o nosso vídeo sobre o nervo óptico a visão e as vias óticas eu sou Eduardo Jucá e nós estamos em conexão neural Então esse é o nosso segundo vídeo da série sobre os nervos cranianos nós já temos aqui no canal vídeos que falam sobre as generalidades dos livros cranianos sobre os doze nervos cranianos em conjunto mas nós nos propusemos a detalhar um pouco mais e a fazer um episódio sobre cada um
dos 12 nós já temos no mês passado sobre o nervo olfatório E hoje nós vamos nos concentrar sobre o segundo nervo craniano que é o nervo óptico só Relembrando a nossa lista aqui estão os 12 nervos cranianos um dos assuntos mais importantes da neuroanatomia da neurociência muito importante para os profissionais de saúde em todas as etapas da formação e hoje a gente vai conversar um pouco sobre visão esse sentido tão importante e que nos permite por exemplo apreciar uma paisagem como essa que é a Pedra Furada da Praia de Jericoacoara e o sol se pondo
exatamente dentro do furo aí da Pedra Furada a gente só consegue divisar essa paisagem tão linda por conta da nossa visão intacta e dentro daquele esquema geral dos nervos cranianos em que a gente ofereceu um esquema em que os nervos cranianos têm um núcleo geralmente no tronco cerebral um trajeto intracraniano um forame quer dizer um orifício no crânio por onde ele sai ou por onde ele entra dependendo da direção do impulso e um órgão receptor ou efetuador a dependência ou motor dentro desse esquema como é que a gente poderia incluir o nervo ótico E aí
eu relembro algo que a gente também já falou em outros vídeos o primeiro e o segundo nervos cranianos eles são exceção ao esquema Então a gente vai ter que ter um pouco de paciência com o nosso quando tentar encaixar tanto nervo olfatório quanto o nervo ótico porque na verdade se a gente for analisar ao pé da letra as suas características o olfatório e o ótico nem nervo são eles não têm uma composição microscópica de nervo periférico assim como os outros 10 mas eles são na verdade brotamentos eles são continuação do sistema nervoso central Mais especificamente
do dia encéfalo mas por tradição Por uma questão histórica Eles foram incluídos nos nervos cranianos e a gente continua colocando a estrutura deles dentro dessas doze mas a gente sabe o olfatório ótico não são nervos periféricos eles têm uma série de exceção com relação aos outros negros por exemplo eles não fazem conexão no tronco cerebral assim com os outros 10 então eles não têm um núcleo no tronco cerebral detalhando um pouco mais o nervo ótico a gente tem o olho que é o nosso órgão da Visão Mais especificamente a retina que é a camada interna
mais posterior dentro do globo ocular e da parte posterior da parte de trás do olho sai então esse nervo em meio a musculatura da órbita musculatura ocular extrínseca que é a responsável pela movimentação dos olhos esse nervo então adentra o crânio pelo Canal ótico que é o forame do nervo ótico e vai fazer então um trajeto bem complexo dentro do crânio dentro da cavidade craniana como a gente vai ver agora então aquele esquema proposto de núcleo origem aparente trajeto e forame vamos trazer sessões que contemplam o nervo óptico ele não tem um núcleo no tronco
assim como a maioria dos negros cranianos por núcleo tá aqui entre aspas mas a conexão dele com o de encéfalo seria uma primeira etapa uma primeira escala do trajeto no corpo ginecolado lateral a origem aparente do nervo a gente poderia aproximar como sendo no kiasmo ótico a gente vai ver direitinho o que é essa estrutura importante o trajeto do nervo chegando ao que asma ótico uma parte das fibras se cruzam no que asma e a partir daí você tem os pratos óticos o forame pelo qual o nervo sai da retina e penetra no crânio é
o canal ótico o órgão receptor é a retina ele é exclusivamente sensitivo então o esquema aqui para a gente entender melhor a gente tem a retina na parte de trás do globo ocular e o globo ocular esférico Guarda bem essa informação Óbvio porque isso vai importar muito na questão dos Campos visuais a retina com a células especializadas os cones e os bastonetes para ter a visão em preto e branco a visão colorida e a partir do nervo óptico os impulsos seguem então para fazer a sua conexão neural com o cérebro e aí vai haver o
cruzamento de uma parte das fibras de cada nervo de cada lado no que asma ótico a partir do que as uma ótico essas fibras seguem para trás nos tratos óticos dos tratos óticos vai ter então a conexão com os corpos geniculados laterais no dia encéfalo e a partir daí por meio das radiações óticas que é a parte onde as vias óticas estão mais dispersas menos compactadas os impulsos vão Seguir para a área visual primária no córtex cerebral e onde se localiza no lobo occipital na parte de trás do cérebro esse de lobo occipital que é
conhecido por ter sua função dedicada à visão e a área visual primária que é aquela que primeiro capta os impulsos visuais que vieram desde lá a retina tá lá na parte de trás do cérebro no lombo occipital a área visual primária área 17 de brodman tá lá na parte de trás do cérebro vendo a parte óssea por onde acontece o tráfego trânsito desses impulsos é pelo Canal ótico que o nervo vai sair de dentro da órbita e vai penetrar então no crânio aqui a gente tá vendo o Assoalho da fossa anterior que é em boa
parte o teto da órbita aqui embaixo está o globo ocular e agora pessoal vai ser necessária a maior concentração de atenção para a gente entender de uma maneira Global às vezes óticas e como os campos visuais se comportam como a gente já tinha adiantado retina na parte de trás dos globos oculares nervos óticos e eles vão se encontrar nessa região que é o que asma ótico uma estrutura que fica bem próximo a célula túrcica bem próximo a hipófise por isso que em tumores de hipófise o tumor pode crescer e comprimir o que é uma ótica
por baixo a partir do que asma se continua como tratos óticos então o trato óptico faz uma conexão com o corpo geniculado lateral no dia encéfalo que por sua vez vai se conectar com os folículos superiores no mesmo encéfalo lá na placa quadrigêmea e a partir do dia encéfalo tem então a partir das radiações ópticas que nada mais é do que as vias óticas pouco compactadas dentro da substância Branca central do cérebro até o córtex do lobo occipital que é a área visual primária a partir daí a visão começa a ser capta pelo cérebro e
vai ser interpretada em etapas posteriores Então esse é o caminho do impulso nervoso da retina até o cérebro Mas vamos estudar direitinho como se comporta os campos visuais porque Quais são as fibras que cruzam no que asma ótico são as fibras que saem da retina nasal ou retina medial da parte de dentro e as fibras que saem da retina temporal ou retina lateral elas não cruzam elas continuam direto no trato ótico do nervo óptico para o trato ótico atravessando que asma sem se cruzar isso é muito importante porque Acompanha comigo o olho é uma estrutura
esférica então a retina lateral ou temporal ela enxerga o lado de dentro do campo visual de dentro do mundo é visto pelo lado de fora do olho a parte externa do olho enxerga a parte interna do campo visual porque porque o olho é uma esfera Então guarda essa informação do modo oposto a retina nasal ou a parte de dentro do olho enxerga o lado de fora do campo visual Isso vai ser muito importante quando a gente for estudar os defeitos de campo visual Então como é que a gente avalia as vias óticas as vias visuais
fazendo por exemplo o exame do fundo de olho Isso vai nos dar informações importantes sobre o estado do nervo ótico inclusive se há hipertensão intracraniana por exemplo a medida da acuidade Visual quem faz isso com mais precisão é oftalmologista no seu consultório aquele teste famoso que a gente faz vendo as letrinhas na avaliação dos defeitos do campo visual e também na avaliação dos reflexos nos comentários Por exemplo quando eu jogo a luz no olho do paciente na pupila essa pupila ela se constinge ela diminui a sua amplitude E aí quando eu tiro a luz a
pupila dilata novamente porque porque o efeito visual que traz o impulso luminoso pelo nervo ótico vai responder esse reflexo por fibras que acompanham o nervo óculomotor fechando a pupila quando tem muita luz quando tem pouca luz pelo contrário a pupila se dilata para captar a pouca luz que tem no ambiente então isso também é uma forma de avaliar a integridade das veias óticas as vias óticas tem com relação com várias doenças a perda visual a cegueira é uma doença muito grave que compromete muito a vida das pessoas a qualidade de vida mas felizmente Hoje em
dia a gente tem muitas políticas de inclusão da pessoa com cegueira da pessoa com deficiência visual e trabalho precisa continuar de maneira cada vez mais intensa para que esse paciente seja incluídos na vida em família em comunidade em sociedade tumores de vias óticas que Quando acontecem precisam ser retirados cirurgicamente com muita precisão com muita delicadeza justamente para não piorar a perda visual e alguns desses tumores nem são passíveis nem é possível fazer a retirada cirúrgica a esclerose múltipla que essa inflamação do sistema nervoso central pode dar inflamação também nos nervos óticos mas uma prova de
que o nervo óptico é parte do sistema nervoso central não é um nervo periférico tanto é que ele é atacado na esclerose múltipla que é uma doença do sistema nervoso central e na hipertensão intracraniana a visão fica prejudicada então daí a necessidade de combater cedo para que tenha o mínimo possível de sequela visual a gente citou o exame do fundo de olho e aqui uma figura só para mostrar como é que ele é obtido normalmente existe um aparelho chamado oftalmoscópio que o médico pode examinar de maneira direta mas mais recentemente as máquinas mais modernas para
avaliar o fundo do olho conseguem colocando uma câmera próxima ao olho do paciente sem o contato muito próximo do médico com o paciente já mostrar uma imagem bonita como essa então a gente vê a papila do nervo ótico e ela deve estar com seus contornos bem definidos se não há por exemplo hipertensão intercraniana a gente vê a vascularização a mácula Então tudo isso dá uma ideia da saúde do nervo ótico é um exame bastante prático agora vamos ver a questão dos déficit de campo visual e a gente vai precisar resgatar agora aquela explicação de que
a retina da parte temporal vê o campo nasal e vice-versa porque por exemplo quando eu tenho uma lesão do nervo como um todo do nervo ótico de maneira completa eu vou ter uma perda visual monocular completa OK aí fácil de entender mas quando eu tenho uma lesão no que asma ótico por exemplo com um tumor de hipófise que cresce e comprime o que asma de baixo para cima porque ele tá muito próximo ali da célula turística eu vou ter uma lesão do lado de fora da visão dos Campos externos dos Campos laterais ou temporais e
isso vai dar o que eu chamo de visão em corredor por quê Porque no que asma cruzam aquelas fibras que vem do lado interno de cada lado então se essas fibras vão ser lesadas as fibras que vem da retina nasal de cada lado quem é que elas enxergam o campo visual externo temporal de cada lado por Eu quero explicação é tão importante e a parte interna ela é enxergada pelas fibras que vem da retina Temporal da retina externa e elas não cruzam no que asma Lembra que eu falei que elas passam direto pelo que asma
indo já para os pratos óticos por conta dessa especificidade neuroanatômica quando eu tenho uma lesão do quiasma eu perco a visão externa mais permanência com visão interna agora se eu tenho uma lesão do trato ótico ou então das radiações nas radiações vai variar Bastante mas uma lesão do trato óptico eu voltei uma perda visual do mesmo lado do mesmo campo ou seja o campo esquerdo de um lado campo esquerdo do outro lado mesmo que ele seja externo para um olho interno para outro porque porque no trato óptico eu terei as fibras que vieram a retina
temporal de um lado que enxerga parte de dentro e da retina nasal do outro lado que enxerga a parte de fora então como é que eu chamo isso técnicamente no caso de uma lesão do trato eu terei uma minoxia homônima porque ou será direita e direita de um olho e do outro ou esquerda no olho e do outro então lesão do trato ótico em minoxia homônima e como é o nome da lesão do que asma é uma minoxia heterônima porque eu vou ter lado direito de um olho lado esquerdo do outro olho ou posso chamar
também de uma hemenopsia temporal Esse é o termo que a gente usa correntemente entre os profissionais da Saúde um minoxia bem temporal porque é dos dois Campos temporais então é muito importante a gente ter essa atenção porque o exame dos Campos visuais vai dar para a gente um pista muito grande de onde se situa a lesão E o acompanhamento da lesão também vai nos dar informação sobre a gravidade de um eventual compressão do que asma por um tumor por exemplo a gente pode medir grosseiramente o campo visual com o paciente no consultório pode mas o
exame de campimetria ele é realizado de maneira mais precisa pelo oftalmologista no seu consultório em um aparelho especial então Essas eram algumas das informações mais importantes sobre a neurociência da visão a visão que é esse sentido tão importante para a gente para nossa relação com o meio ambiente e com as outras pessoas que já foi aproveitada bastante pela literatura tratada em poemas tratada em histórias e eu sinto aqui o Ensaio Sobre a Cegueira do Saramago em que ele descreve uma situação Dizem que as pessoas perdem a visão de uma hora para outra e uma só
pessoa mantém a visão e como é que ela vai se situar nesse meio recomendo bastante a leitura assim como a gente fez no vídeo do nervofatório mostrando aqui uma obra literária também que tem a ver com o nosso assunto e se você gostou dessas informações Deixa que o seu comentário compartilhe as suas impressões E compartilhe o vídeo com quem você acha que também vai gostar deixe o seu comentário também nas nossas outras redes sociais e vamos nos encontrar sempre aqui todas as semanas em conexão neural [Música]