A História do Estado de Israel: O Conflito de Israel e Palestina

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Impérios AD
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Salve meus cavaleiros, Thiago aqui, sejam muito bem-vindos ao Impérios AD. Tem uma lei na física chamada de Princípio de Exclusão que a ideia é muito simples: dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço. E ninguém provou tanto essa lei durante as décadas quanto Israelenses e Palestinos.
De um lado, estão os judeus que se consideram os verdadeiros herdeiros divinos da Terra, e que foram expulsos injustamente de um lugar conquistado pelos seus ancestrais. E doo outro lado tem os palestinos, que ao longo de séculos passaram a dominar a região, e que agora se sentem donos da terra por direito. Então, quando dois corpos bem diferentes tentam ocupar o mesmo lugar, coisas não muito boas acontecem.
E por mais que a fé deles seja muito diferente uma da outra, na verdade o motivo pelo conflito vai muito além de religião. O combustível desse conflito é o mesmo combustível que inflamou todos as tretas da história da humanidade até hoje: terra! De baixo de guerra o Estado de Israel foi criado, e de baixo de Guerra, israelenses e palestinos vivem até hoje.
Mas o início do caos começa aqui, Europa no final do século XIX, aqui, no Império Austro-Húngaro. O Império tava quebradasso, com umas dez nações querendo independência, e um movimento nacionalista bitolado tomando conta de todas elas. E no meio desse nacionalismo frenético surge ele, o macho-alfa húngaro-judeu, o mensageiro do caos na Terra Santa, o guardião semita, Theodor Herzl.
Ele queria mudanças para o povo judeu: Então, Herzl só vê uma saída para tantos maus-tratos: a criação de um Estado Judeu, mas não aqui, AQUI, e ele cria um conceito nacionalista que seria o norte dos judeus nessa jornada até lá: o Sionismo Mas no final do século XIX quem mandava aqui, no que hoje é a Palestina, era o quase todo-poderoso, Império Otomano. O Império Otomano era muçulmano, por isso quase 90% da população que morava lá era muçulmana, os outros quase 10% eram cristãos e quase nenhum % era judeu. E o Império Otomano crescia, aumentava, dominava e prosperava até que: Toc Toc, Durante a Primeira Guerra Mundial os britânicos fizeram algumas promessas bem realistas em troca de alguns favores.
Os ingleses eram tão bons em promessas que prometerama mesma coisa, pra eles, pros judeus e pros árabes. Não tinha como dar errado! Mas os ingleses cumpriram a promessa aos Judeus na Declaração de Balfour: de apenas 3% da população da Palestina no final do século XIX, os judeus passaram a 30% nos anos 40.
Nesse período, a região ficou sob o domínio britânico, que tentou colocar ordem na bagunça criando regras bem diferentes pra cada povo, o que não ajudou nada nas tensões entre eles. A Palestina ainda não era um país, e até hoje talvez ainda não seja um país, depende pra quem você pergunta. Então, aquela divisão entre cristãos, judeus e árabes fez surgir um senso nacionalista entre árabes que levou a Grande Revolta de 1936 contra os britânicos, querendo independência.
Com a ajuda de milícias judaicas, os britânicos trucidam os árabes em 1939. Agora os judeus estavam rindo à toa: derrotaram os árabes, ajudaram os britânicos, e iriam conquistar ainda mais terras, certo? Com a criação do Livro Branco em 1939 Reino Unido esperava diminuir as tensões entre judeus e palestinos equilibrando suas populações, limitando as compras de terras pelos judeus e por fim criando um Estado Independente para os dois povos coexistindo pacificamente.
Isso não seria o máximo? É. .
. até o Reino Unido já teve seu momento de fantasia. Mas essa limitação toda deixou os judeus muito.
. . magoados!
E pra piorar ainda mais, a Segunda Guerra Mundial começa e pra fugir do nazismo milhares de judeus migram para a Palestina, aumentando ainda mais as tensões entre os dois povos. Mas como o mandato do Reino Unido no Oriente Médio já tava acabando mesmo, os britânicos de saco cheio resolvem entregar a Palestina e todas as tretas de presente para a recém-criada Nações Unidas que dividiria o território entre palestinos e judeus, e tiraria Jerusalém das mãos deles pra evitar mais treta. E o presidente da Assembleia Geral responsável por essa sétima maravilha da cartografia moderna foi ninguém menos que um brasileiro: Oswaldo Aranha.
Mas é claro que mesmo esse labirinto não podia dar errado, afinal de contas a ONU tem o poder de unir nações, certo? O Plano de Partilha de 1947 foi uma bosta mole que tanto judeus como árabes pisaram com tudo. Mas não tema, se a situação entre judeus e israelenses já estava ruim, ela ia ficar muito pior.
Algumas horas antes do Reino Unido sair oficialmente, os Judeus declaram oficialmente a independência de Israel e cria o Estado de Israel em 14/05/1948 Os árabes revoltados com essa divisão da ONU e ainda mais revoltados com a criação do novo Estado de Israel, declaram guerra contra os israelenses e no dia seguinte à independência de Israel Egito, Jordânia, Iraque, Siria, Líbano, Arábia Saudita e Yemen Mas contra todas as expectativas Israel consegue levantar um exército impressionante e derrota a Liga Árabe na Guerra Árabe-Israelense de 1948. A derrota foi tão esmagadora para a liga árabe que depois esse período de guerras passou a chamado pelos próprios palestinos como “A Catástrofe”. Eles assinam o armistício em 1949, e no final das contas Israel acabou ocupando ainda mais territórios do que a resolução original da ONU.
700 mil palestinos deixaram suas casas e começaram a buscar abrigo em outras regiões da Palestina deixando os árabes amargando uma derrota e fazendo crescer um desejo de vingança que duraria 20 anos depois; mas como diz o ditado: “a vingança é um prato que se come frio,” mas no caso dos palestinos eles comeram gelado. Em 1967, de novo, uma coalizão de nações árabes invadem o território onde Israel ocupava na Palestina: para acabar de uma vez por todas com os israelenses. E de novo Israel lutaria sozinho!
Mas o rolo compressor Israelense tava sem freio. A Guerra dos 6 dias foi uma derrota humilhante para os muçulmanos e uma vitória decisiva para os Israelenses que a partir de agora conquistariam ainda mais território: da Colina de Golã até a península do Sinai, até Jerusalém; Era tudo de Israel agora! Israel tinha uma máquina de guerra que ninguém do mundo árabe parecia capaz de parar.
Mas os muçulmanos tentaram de novo e dessa vez no dia mais sagrado de Israel, o Yom Kippur (Dia do Perdão) Com quase o dobro de soldados, o Egito com o apoio da Síria, Iraque, Cuba e União Soviética atacam Israel, apoiado pelos Estados Unidos. Mas no fim e de novo Israel tem os melhores resultados na Guerra do Yom Kippur. Mas os ânimos começaram melhorar à partir de 1979 com o acordo de paz entre Israel e Egito, com a mão do Tio Sam, é claro.
Israel devolve a península do Sinai para o Egito E o Egito em troca reconhece oficialmente o Estado de Israel. Israel estava feliz, o Egito, estava feliz, todo mundo estava feliz até que ele chega: Yasser Arafat. O desejo de vingança continuava acesso nos palestinos e nos mulçumanos e ele levaria novamente a luta até Israel durante os anos 70 e 80.
Mas Israel contra atacou violentamente e destruiu as bases militares no Líbano. E para revidar esse ataque de Israel, grupos de guerrilheiros mulçumanos criaram o Hezbollah, Que é visto pelos palestinos e mulçumanos como um grupo legítimo contra Israel mas como terroristas por boa parte do mundo Ocidental e pela própria Liga Árabe. E mesmo assim Israel continuou a expandir seu território criando comunidades judaicas na Cisjordânia e Gaza, o que acabou levando a uma série de revoltas da população e ficou conhecidas como as de Intifadas.
E nesse caos surge o Hamas, um grupo que queria a libertação dos palestinos, o fim de Israel, mas que era contra A Organização de Libertação da Palestina. As coisas começaram a mudar com negociações entre Israel e a OLP de Arafat, com uma mãozinha do Tio Sam novamente o que levou ao Acordo de Oslo. Nesse acordo, A OLP reconhecia o Estado de Israel e o Estado de Israel passaria a reconhecer a OLP como a soberana da Palestina.
Um ano depois, foi a vez da Jordânia aceitar a soberania de Israel. Mas a partir de 1995 o caos volta a reinar na localidade; Só que a partir de 1995 o Hamas começou uma série de ataques contra civis Israelenses, o que gerou uma resposta agressiva de Israel, acabando o período de paz na região. E esses eventos levaram a Segunda Intifada que acabou matando milhares de judeus e palestinos, e pra proteger os judeus desses ataques do Hamas o primeiro ministro começa a criar o muro na Cisjordania que eram onde ficavam esses comunidades judaicas mas os palestinos acabaram acusando os israelenses de invadir seu território na construção desse muro.
Então, quando Arafat morre em 2005, o Hamas passa a controlar o governo palestino, aumentando ainda mais a tensão entre os dois povos. Nos últimos 15 anos o Hamas lança foguetes e ataques pesados contra Israel e Israel por sua vez responde violentamente aos ataques. E no meio de tudo isso, quem mais sofre, é e sempre será o povo inocente.
E enquanto muitos perdem horas discutindo quem é o culpado de tudo isso, quem começou esse conflito, o povo sofre, o povo morre. O povo não está esperando que alguém vá até lá e assuma a culpa por seus erros, o povo está esperando que alguém vá até lá e traga a paz que eles tanto sonham, e isso que eles querem, e no fim é isso o que todos nós queremos e ansiamos, onde quer que a gente esteja! E fechamos aqui meus cavaleiros, e como sempre muito obrigado por tudo, em especial aos meus cavaleiros apoiadores que financiam e investem em meu trabalho para que eu possa continuar produzindo um conteúdo 100% original com o máximo de qualidade possível.
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