História da África I - A Cultura da Cabeça de Leopardo

e no começo da década de 1930 um fazendeiro chamado vanzan encontrou ouro no topo de um morro que era conhecido como mapungubwe que fica na fronteira Tríplice entre a África do Sul o zimbábue e o botsuana o ouro fazia parte de uma tumba de uma civilização antiga e entre os achados havia a pequena figura de um rinoceronte de Ouro o rinoceronte de ouro de mapungubwe logo foi Guardado na universidade de Pretória e pouco se falou sobre ele nas décadas seguintes porque ele era um achado arqueológico incômodo para política oficial da África do Sul o pequeno

rinoceronte provava que havia uma antiga civilização na região mas a ideologia oficial da África do Sul a segurava que os holandeses haviam chegado na região antes dos africanos essa tese da terra vazia era um argumento historiográfico para um regime racista que a partir de 1948 seguir i a crítica oficial de segregação racial o Apartheid Eu sou Professor Otávio e hoje a gente vai conversar sobre as pouco conhecidas culturas pré-modernas do sul da África e como elas foram vítimas de uma historiografia que por muito tempo esteja a serviço do imperialismo e e ao contrário do que

a ideologia dos colonizadores europeus afirmava a parte sul do continente africano nunca foi uma terra vazia por milênios a região foi habitada por grupos indígenas popularmente chamados de quais são os quais são são formados por uma variedade de etnias e desde pelo menos o final do primeiro Milênio antes da era comum fazendeiros bantul da Bacia do Congo e do sudeste africano passaram a se expandir em direção ao sul a expansão das áreas de pasto em cultivo dos bantos empurrou os conheceu para Oeste em direção as terras mais áreas do Kalahari esses movimentos do Sul incluíram

grupos que hoje são chamados de Soto swanna une e chorona que a partir da evidência arqueológica a gente acha que assentamentos banco maiores em especial na região ao Norte do Rio de um corpo isso é no Vale do Zambeze começaram a se formar Por volta do terceiro ou quarto século da nossa era esses assentamentos não foi as cidades mais complexas em termos de estratificação social e talvez a partir do século 6º ao 7º a zenix que se formam entre essas sociedades começam a buscar novos espaços para demarcar seu poder e elas encontram esses espaços no

topo de pequenos morros que na língua africâner são chamados de coque que significa cabeça uma dessas moradas de Elite é conhecida como leopardos Copie o cabeça de leopardo Leopardo de coco e fica nas proximidades da cidade de bulawayo zimbábue e parece ter sido ocupada a partir do século 19 a cultura de deu para desculpe produzir um tipo de cerâmica chamada de ISO que encontrada por toda a região sul do zimbábue eim partes do norte da África do Sul o que mostra pra gente que esse assentamentos faziam parte de um grupo cultural muito mais amplo em

pouco tempo essa cultura presente no meu para Desculpe se desenvolve uma maneira bastante peculiar as elites construíram as e os morados em terrenos mais altos e fora desses assentamentos em terreno mais baixo morava o resto da sociedade arqueologia ponta que essa forma de assentamento com divisões muito bem demarcadas mostrava que a cultura do meu partes COC possui uma forte ideologia de distinção de classes sociais e de governo sacralizado em que provavelmente o líder ele era tido como um condutor de forças metafísicas essa forma de cultura estratificada começa a ser vista também em sítios um pouco

posteriores a leopard copia como por exemplo uma péla e Bambam de Analu e depois no morro de mapungubwe onde foi encontrado o nosso rinoceronte de ouro a ocupação de uma cumbubo é datada do século 10 ou 11 e parece ter seguido até o século treze neste espaço temporal que vai do século 19 o século 13 e nesse espaço geográfico que inclui leu participou aqui na tela Bambam de análise e macumbaue Oi gente também encontra uma série de contas de vidro e os produtos entre aspas importados Isso significa que na virada do primeiro para o segundo

Milênio a cultura de deu para Desculpe era coesao suficiente para se expandir territorialmente para desenvolver técnicas de ourivesaria e de construção muito semelhantes umas às outras e para medir a algum nível de comércio com a costa a sua ele já que as contas de vidro chegavam de fora da África pelo Leste E aí a partir do século 13 um novo assentamento mais ao norte começa a se destacar era o grande zimbábue o temos embabue vem da palavra Zimbabwe Zimbabwe quem língua shona ou queixona significa Casa de Pedra Rio Grande sem Babá e faz jus ao

nome por conta das enormes construções e fortificações em pedra elas eram tão chamativas que no século 16 o português João de Barros disse que de acordo com as tradições locais o sim Eu já comi chamava a região foi construída por demônios que os africanos da região não seriam capazes de construir algo tão impressionante a ignorância de João de Barros é provada pelo fato de que entre botsuana zimbábue e Moçambique e África do Sul centenas de ruínas como essas do grande zimbábue e podem ser vistas até hoje temos sido construídas em são maioria entre os séculos

14 e 17 Ou seja a técnica de construção não só sobreviveu desde os tempos de uma péla e mapungubwe como se espalhou por todo o Vale do Zambeze o que a gente sabe sobre o grande zimbábue é que entre os séculos 13 e 15 ele é o Polo que controlava o comércio entre os assentamentos do interior africano EA Costa sua ele dali saía o ouro o Marfim As peles de leopardo e todos os outros materiais que seguiam para a cidade sua ilha de Shin Bueno e só fala e que o aqui Silvane quando a gente

ó o Japão sul da cultura de deu partes coque e para as centenas de ruínas dos ambesi é possível argumentar que havia uma sociedade uma Confederação e sociedades ou mesmo Império que ocupava o sul eo sudeste da África em uma magnitude que a fotografia imperialista jamais aceitou considerar essa magnitude era tanta que se a gente olhar para o grande zimbábue a partir de uma perspectiva de história Global por exemplo a gente vai perceber que até o comércio do Oceano Índico dependia dele e do Ouro que era extraído ali do Zambeze esse apagamento Ou melhor essa

Na Vontade historiográfica Fica ainda mais explícita quando a gente olha para um achado do grande zimbábue que foi tão significativo quanto o rinoceronte de ouro de uma pungo as águias de pedra as fortalezas do grande zimbábue eram adornadas com aves esculpidas em Pedra Sabão quando os primeiros europeus efetivamente alcançaram as ruínas no final do século 19 eles imediatamente e eram os avisos os habitantes locais que falaram que as fortalezas eram sagradas e espoliaram as aves das 5 que foram roubadas quatro delas foram retornados ao zimbábue e somente entre 1981 e2003 uma delas ainda tá em

grosso e chur a mansão na África do Sul que pertenceu acesse Worlds assim como o rinoceronte de Ouro as áreas de pedra podem ser evidência de ir aqui a política de forma de poder de concepções religiosas ou mesmo de heranças étnicas não é à toa então que durante boa parte do século 20 esses dois símbolos ficaram esquecidos que representavam uma tradição Em um passado distante que não podia ser admitido pelo regime de Apartheid esses dois achados arqueológicos se tornavam então o símbolo material de um passado disputado e da resistência da história africana por isso o

rinoceronte de ouro se torna um símbolo da África do Sul no final do século 21 em 1968 a águia de pedra a dorna a bandeira do Zimbabwe que era chamado de Rodésia até 1980 voltando para o contexto histórico a gente pode ver que de maneira geral o desenvolvimento e o avanço da cultura de deu para Scoop é dividido em fases a fase um corresponde aos sítios da própria leopards copie e o sítio de Band análogo a fase 2 corresponde a mapungubwe na tela e alguns outros assentamentos que ainda não foram estudados e a fase 3

é a cultura do grande zimbábue e dos seus sucessores políticos o poder político EA influência do grande zimbábue tinham diminuído no final do século 15 e no século 16 E aí a gente tem a ascensão de outras sociedades como a demo tapa e também é conhecida como o império do monomotapa a de cá me e a de Butiá algumas dessas sociedades possuem estruturas políticas que seguiram até o século 19 bom então o que significa significa que isso que a gente chama de Cultura de deu para desculpe o cultura do grande zimbábue não é simplesmente uma

cultura arqueológica é uma esfera social que gera centenas de cidades e que dura centenas de anos é efetivamente o modelo civilizacional típico da região do Vale do Zambeze essa afirmação contraria quase toda a fotografia tradicional que por muito tempo ignorou a existência de sociedades complexas anteriores ao século 16 no sul e no Sudeste da África ou então atribuiu a construção das Ruínas a outros povos como por exemplo os árabes os egípcios os fenícios e até mesmo e sumérios mesmo depois que essas teorias caíram por terra as o grafia tende a tratar o período que vai

até o século 15 comum distante Horizonte Arqueológico desconectado da vida atual da Store as tradições do zimbábue na África do Sul e do bolso na isso deixa Evidente uma política de memória e como a gente viu em vídeos anteriores subalternizar a história da África e diminui o impacto EA relevância das suas civilizações em especial aos conectá-las do presente e das pessoas do presente Afinal a gente sempre tem que se lembrar que as tradições orais são fontes tão importantes para as sociedades africanas Por que de uma certa maneira a história pré-moderna da África não é marcada

por rupturas bruscas mas por continuidade às dinâmicas essa discussão foi centrada no desenvolvimento histórico de Deus para desculpe até o grande zimbábue com o objetivo de evidenciar as políticas de memória e as ideologias e historiográficas que afetam a nossa compreensão da história da África para moderna por mais objetivas e científicas que ela se pareçam o Isaac e lógicas antropológicas e históricas estão sempre inseridas em uma lógica decolonialidad imperialismo e africanista se a gente não tiver o cuidado de olhar para essa tradição de forma crítica a gente corre o risco de Reproduzir uma narrativa que impede

uma boa compreensão do passado africano a bibliografia usada nessa discussão tá na tela e também vai estar disponível no Padre tá nossa disciplina Muito obrigado e bons estudos e