Novas territorialidades - Rogério Haesbaert da Costa

585 views11186 WordsCopy TextShare
UBS Pinheirinho
Uma detalhada descrição do conceito de desterritorialização a partir de quatro perspectivas conceitu...
Video Transcript:
presencialmente Agradecer o convite do espaço cultural CPFL e ao professor Antônio Carlos Moraes que organiza esse módulo inicialmente dizer a vocês que a temática com essa palavra que Deus guitarrista chamavam de palavra Bárbara desse territorialização na verdade matemática bastante difundida pelo menos nos últimos 10 anos não só na Geografia mas também fora da nossa área específica de trabalho e eu particularmente tenho trabalhado com esse tema desse territorialização pelo menos desde 94/95 quando eu tava fazendo a minha tese de doutorado analisando a migração dos Gaúchos pelo interior do Brasil no que eu chamei da rede Regional
Gaúcha no interior brasileiro é uma ligação muito importante né porque eles difundiram do Brasil ele continua difundindo uma série de não só a parte de inovação tecnológica principalmente a partir da cultura da soja mas também toda uma relação cultural e política né com os locais onde ele se situam o que faz com que se diga que é um grupo imigrante não desse territorializado né É um grupo que na verdade constrói novas territorialidades a partir desse empírico né dessa base concreta que eu trabalhei com a migração sulista no interior do Brasil e até fora do Brasil
também depois eu expandir no final dos anos 90 esse trabalho para Os migrantes folistas no Paraguai na Argentina e no Uruguai os vizinhos aqui do Mercosul tentando ver também as consequências desse movimento migratório para essas áreas E na verdade a partir daí começou a se expandir meu interesse pelo tema eu comecei a tentar fazer um levantamento principalmente para autores fora da geografia de como que eles trabalhavam com o tema e utilizavam o termo desse territorialização mas na maioria das vezes sem discutir o conceito de território que ficava por trás né a base teórica sobre o
conceito e território o qual estava utilizando a falar de espiritualização Então se percebe que é um movimento dentro da Ciências Sociais a partir dos anos 90 para cá de trabalhar muito com a expressão desse territorialização mas sem uma certa consistência teórica na medida em que não há uma discussão sobre o que o conceito de territórios autores estão se referindo então nosso trabalho ele foi muito em cima de uma análise crítica dessa desse movimento nada disso territorialização e na verdade falar mais da construção de novas sexualidades que é o que a gente acredita e não tanto
um movimento simples né unilateral de destruição de territórios mas dialética então que se estabelece entre o movimento de destruição de territórios e de reconstrução deles então o que eu trago para vocês para a gente debater se estrutura numa primeira parte uma visão mais teórica né um pouco árida sobre a temática da desterctualização que eu coloquei aí problemática e proposição o conceito de território a partir do qual a gente tem que analisar o processo de destruição ou não é territórios o que eu chamei de rompendo as dicotomias que muitos desses discursos que falam de que o
homem tá perdendo hoje a sua base territorial eles têm como de fundo uma série de dicotomias entre elas a dicotomia do espaço e tempo né como seu território fosse fixação e mobilidade e a rede ou esse processo que domina o mundo contemporâneo fosse um processo então de mobilidade Extrema e portanto deste territorialização existe um outro debate interessante A partir dessa reconstrução do conceito de território naquilo que eu tô denominando de território zona e territórios redes uma distinção entre os dois para mostrar que a gente na verdade tá passando uma sociedade cuja base era a construção
em cima do que a gente chama de território zona e a proposta hoje então a gente entendeu o mundo a partir da ideia de territórios rede e não de uma dicotomia território de um lado e rede de outro como alguns autores propõe a ideia então é discutir um conceito chamado multi territorialidade que eu acho que dá conta melhor da realidade que a gente tá vivendo hoje do que o processo de desterritorialização dois exemplos que vão aparecer aí de uma maneira algum tanto rápido porque o tempo também não vai permitir uma análise mais aprofundada mas eu
escolhi aí o terrorismo né as redes principalmente da al-qaeda das redes de terrores globalizado e principalmente as diásporas que eu acho que é um tema que eu posso falar um pouco mais sobre ele Porque trabalhei também na época essa migração dos turistas pelo interior do Brasil e nos vizinhos da Mercosul eu chamei de aço para Gaúcha só que eu tive que usar entre aspas porque na verdade não configura exatamente um adiato e a gente vai ver porque depois quando chegar nessa exemplificação e por fim então o que que sobraria para desse territorialização né tentativa que
eu faço é dar associar ao invés de chamar autorização eu chamo de territorialização precária e paralelo a esse processo né de precarização do territórios humanos nós teríamos também um processo concomitante do que eu tô chamando de reclusão territorial só que não vai dar muito tempo pra gente comentar eu vou colocar mais como matemática para ser depois na medida que é uma pesquisa também que eu tô iniciando e coloquei não concluindo ficar conclusão realmente vai ficar na gente vai ficar devendo para vocês alguns e deixar mais algumas questões do que propriamente respostas então inicialmente quando se
fala né de desse territorialização o que muitos autores denominam desse territorialização em visões muitas vezes dicotômicas na verdade se refere a criação de novos tipos de território os quais podemos denominar territórios rede ou redes que reúnem múltiplos territórios e de forma mais complexa a intensificação do fenômeno do que a gente chama então de muitos territorialidade essa vivência né ao mesmo tempo concomitantemente ou consecutivamente a gente vai ver depois duas formas de realizar essa multi territorialidade no mundo contemporâneo ao mesmo tempo não devemos esquecer que se intensificam os processos de precarização e ou de reclusão territorial
de fechamento também né a formas territoriais de fechar novos muros que estão sendo construídos mundo afora o que mostra que há uma uma concomitante retomada desses princípios mais tradicionais e territorialização através da reclusão que eu chamo de velhas estratégias de controle territorial o mais adequado portanto seria utilizado o termo desse territorialização nunca dissociado de territorialização numa dialética entre os dois relacionado a um conteúdo social ou seja os processos de precarização entre aspas aí já que esse tema é muito polêmico esse termo é muito polêmica exclusão territorial então inicialmente a parte mais teórica do nosso debate
acho que é importante começar falando da importância né dessa utilização do termo desse territorialização no mundo contemporâneo para entender os processos sociais que estão se desencadeando E aí eu tentei fazer um levantamento obviamente não exaustivo mas um levantamento que percorreu vários autores grande parte deles fora da área da geografia que utilizam o termo e aí a gente se pergunta sempre né Qual é o conceito de território que está por trás desses discursos deles sobre a desse territorialização E aí eu identifiquei pelo menos quatro grandes proposições uma de base mais econômica uma de base mais política
outra de base mais cultural e finalmente uma perspectiva filosófica que é dos dois autores Iguatemi que são aqueles que mais desdobraram né uma discussão teórica filosófica do tema eleitoralização então iniciando pela dessectorização numa perspectiva Econômica a gente pode citar por exemplo o Sérgio latuxa esse autor sociólogo francês em que ele uma noção muito Ampla de desse territorialização Ele disse que a própria modernidade capitalista né o próprio processo de modernização que o capitalismo impõe é um processo essencialmente desse territorializador Portanto o mundo moderno e mais ainda o mundo globalizado Hoje seria praticamente sinônimo globalização de texto
territorialização outros autores colocam em Mais especificamente para o momento contemporâneo do capitalismo né um momento da espiritualização ligado ao capitalismo dito pós-fordista ou capitalismo de acumulação flexível E aí vem autores inclusive da própria geografia o Michael Stop desse geógrafo ele definetização associada muito com a questão das empresas de como elas têm uma mobilidade muito grande no mundo contemporâneo e aquilo que outros autores chamam de deslocalização as empresas estar iam deslocalizadas ou teriam localização muitíssimo flexível no Mapa Mundi poderiam sair e entrar num país com uma rapidez incrivel chama isso num processo de detectorização muito ligado
ao caso específico das grandes empresas um outro autor interessante o PR Levy vocês devem conhecer do trabalho dele o que é virtual sebercultura vários livros que ele escreveu sobre ligados né A questão do chamado siberia espaço e ele usa o tempo inteiro o termo desse territorialização muito ligado a essa virtualização do mundo contemporâneo e que outros autores também vão ligar a própria esfera né o tele trabalho né que seria um trabalho com desenvolvido uma forma deste territorializada não tem mais a necessidade do Trabalhador ficar dentro da firma dentro da empresa trabalhando pode trabalhar em casa
e o trabalho é todo feito né através do computador então isso aí também seria uma evidência de um processo de detectorização para essa visão né desses autores já outros que venha desse autorização priorizando na Perspectiva mais política como o Detran que é um sociólogo francês e o Mike é um guru aí da globalização eles vão dizer que o estado hoje está se debilitando né tá entrando em crise e as fronteiras não tem mais o peso né que elas tinham no passado e com isso o discurso do fim do Estado nação e do fim das Fronteiras
ou pretenso né enfim a gente tá cheio de discursos aí dos fins seria uma evidência territorialização contemporânea a gente vai ver depois tá muito ligado uma visão bastante restrita de território que associa a ideia de território sempre ao estado nação né como se o único território existente fosse território do Estado outros autores vão dizer que o mundo hoje é uma sociedade em rede né o castelos eu talvez o principal autor Manoel castelos dessa linha de pensamento né E que dominada pelas redes pelo espaço de fluxos não haveria mais fixação é uma certa estabilidade territorial no
mundo e portanto haveria um processo também de desse territorialização por fim o nega e o Hart no livro deles Império né trabalho também aí já com a perspectiva associando com o deleuso guatari dizendo que a ideia do império contemporâneo que não é exatamente ligado ele era imperialismo aliás imperialismo seria ainda essa base territorial forte né o domínio de estados de zonas é ao longo do planeta a ideia do império para ele seria claramente né ligado a ideia deste territorialização não teria mais uma base territorial Clara definida a terceira perspectiva perspectiva cultural a detectação pode ser
vista com o produto hibridismo cultural o canclínio é um autor tem o livro dele culturas híbridas né onde ele propõe essa ideia de que o mundo estaria Então culturalmente se desse territorializando haveriam mais identidades claramente definidas né com fronteiras que você pode identificar essa base territorial então ficaria em segundo plano então ele é socibra de uso cultural com desse territorialização como se não se pudesse reterritorializar no próprio hibridismo cultural né quando a gente lembra a América Latina e a construção da nossa identidade ou pretende essa identidade latino-americana se vê uma série de elementos né híbridos
aí presentes e formas também de se construir territórios a partir desse livro o apa durar também uma pessoa cultural e fala usa o termo translocalização como sinônimo de desterritorialização o mundo hoje não teria mais locais específicos construção aí da de reprodução das grupos sociais seriam translocalidades né localidades que estão abertas ou a globalização e que ele denomina de translatoridades por fim desse autorização uma pessoa filosófica a visão do deleuze do guatari em que eles associam muito a regionalização muito mais do âmbito específico da filosofia Né associam desde autorização com linha de fuga como esse movimento
de saída né do território e de que eles associam também com a ideia do Devir do aparecimento do novo do efetivamente novo né como o momento da desse territorialização só que depois eles logo acrescento de que sempre todo movimento de detectorização leva concomitantemente a um movimento de rede territorialização e aí a gente vai tomar como base alguns elementos para construir a nossa ideia do que seria a desse territorialização agora fazendo contraponto né tendo então a problemática da tectualização delineada nós como é que ficariam os conceitos e Território que a gente pode identificar por trás desses
discursos da desse territorialização e o que eu chamei do território um conceito múltiplo né as múltiplas Vertentes de definição do território depois no final a gente vai fazer uma proposta para ver como é que a gente poderia trabalhar hoje com a ideia de território eu identifiquei nesse momento pelo menos depois mais adiante eu vou identificar um terceiro duas formas então duas linhas principais de construção do conceito de território uma que eu chamei ele perspectivas mais materialistas e outra perspectivas mais idealistas obviamente que vão predominar as perspectivas mais materialistas o elemento material é imprescindível quando você
fala em território lembra sempre dessa base material que ele corresponde aí nós teríamos pelo menos duas visões uma aquela mais simples do território como um espaço material mesmo sinônimo de materialidade do mundo ou substrato né físico e aquilo que é fixo a maternidade do mundo o território como sinônimo da materialidade do mundo levaria a pensar numa desterritoralização como Aquela do Pr Levi né que associa com o domínio hoje do mundo virtual e mundo ou do siberia espaço né onde não haveria a necessidade dessa base material O que é já de sair de um grande problema
né porque você não pode pensar no siberia espaço que paira né além ou paralelo ao mundo material né a gente tem que discutir sempre uma ideia de que ele tá sempre ligado né uma dimensão material Em algum momento você vai ter que ter essa relação com o mundo né material então portanto já de saída né a gente não vai fazer essa visão de cotomica que separa vamos subir espaço uma comunidade primeiramente virtual e outra comunidade entre aspas real Outra ideia também de território é que associa simplesmente pra distância física né se vê também esses discursos
e aí a desterctualização é o discurso do fim das distâncias uma jornalista não me lembro bem a formação dela do que trabalhando de economista aquela revista inglês foi traduzido para o português e chamou o fim das distâncias E aí eu associei também com o termo do nosso geógrafo David harvem da compressão do tempo espaço né que as distâncias físicas não teriam mais importância na medida em que você pode através de toda Parafernalha tecnológica acessar o outro lado do mundo instantaneamente portanto fator se o território é distância né ela teria se relativizado bastante e por fim
aquele mais tradicional de todos o território como recurso natural o abrigo aí vem toda uma linha que vem da própria biologia que trabalha também com o conceito e território e que propõe o território a partir da própria territorialidade dos animais né como se o homem também carregasse instintivamente essa necessidade de ter um território no sentido da própria base natural onde ele se reproduz uma outra linha essa jamais ligada uma ideia relacional né já envolvendo de uma maneira mais efetiva as relações sociais que estão aí dentro para construir o território e não território como alguma coisa
que paira né como se fosse um plano de fundo um Palco para ir à sociedade em cima dele se reproduzir mas como elemento que constituidor efetivo da sociedade como elemento que não pode né nenhuma sociedade para ser construída sem essa base territorial como elemento constituinte da sociedade uma primeira visão mais simples né aquela que fala do território como localização Econômica dependência de condições locais né Toda uma rede de relações que as empresas por exemplo necessitam para se reproduzir antes da deslocalização vejam que no quadro anterior né me baseei nele para construir essa sistematização dos conceitos
e território Talvez o mais difundido de todos os conceitos de território até hoje tenha sido esse de espaço de dominação política né ou Como diz um autor americano Robert espaço de acesso controlado né Todo o espaço que tiver um acesso controlado e por isso está controlando o processos na dinâmicas sociais se transforma num território né E por Excelência o território do Estado nação seria na no mundo moderno esse grande né território como espaço de acesso controlado E aí obviamente desse autorização vai aparecer com esse discurso né do fim do Estado e das Fronteiras de uma
terceira perspectiva essa de base mais cultural que eu chamei de território em perspectivas mais idealistas o território como espaço simbólico espaço de referência identitária valor né alguns autores não são muitos mais falam e priorizam essa dimensão cultural do território como um valor um espaço de referência identitária aí a descrita cultural do desenho enraizamento ou de um espaço Então o que tá por trás desses discursos né o grande problema eu acho grande dilema teórico para nós é percebi que muitas dessas concepções de território elas são construídas em cima de dicotomias né e que não demonstra essa
interação entre elementos que nós ponto de vista tem que aparecer juntos como por exemplo fixação e mobilidade né aí a ideia do que o território também pode ser construído um oi pelo movimento acrescentar esse elemento da mobilidade que hoje é tão importante com um elemento também constituidor dos territórios e não naquela dicotomia que seria o plano de fundo desse discurso né que coloca como contraponto a fixação a mobilidade o espaço e o tempo como se o espaço fosse o estático imóvel né o tempo dinâmico móvel um espaço estável imutável o tempo instável e por aí
vai né abstrato do outro objetos e fixos por espaço e ações e fluxos aqui aparece muitas vezes com plano de fundo desses discursos da desse territorialização para nós então espaço e tempo não só são indissociáveis né Isso já tá mais do que demonstrado a teoria da relatividade colocando a ideia né do tempo como a quarta dimensão do espaço como também eles são múltiplos né o próprio tempo e o espaço em seção ou como que é o night esse geógrafo inglês ele usa não usa nem hífen ele usa uma palavrinha só para dizer né a relação
espaço-tempo e ele destaca essa essa visão de que você tem que entender sempre o espaço tempo como múltiplo né nessa multiplicidade de ritmos que o espaço do tempo uma outra dicotomia que aparece muito também nesses conceitos é aquela que separa a ideia de um espaço contínuo né um território como se fosse um espaço sempre contínuo da continuidade e o espaço da descontinidade que seria então o espaço da rede o mundo contemporâneo que a gente vive não queria mais essa característica da continuidade espacial a nossa vida tá toda fragmentada espacialmente e a gente vai amarrar essa
nossa vida em termos uma rede né amarrando determinados territórios então a ideia seria de não colocar simplesmente o território de um lado e a rede do outro né mais uma vez caindo naquela dicotomia do movimento para rede né da fixação para o território da delimitação pro território da ruptura de limites para a rede tem enraizamento para um do desenraizamento para o outro né Mas trabalhar numa ideia de conjugação dos dois porque a gente vai chamar então de território rede uma outra forma de você construir o território no mundo contemporâneo que incorporaria a própria ideia do
movimento né da mobilidade na nossa construção territorial por fim a dicotomia do que eu chamo do funcionário e do simbólico né um território que carrega não só uma importância funcional mas também uma dimensão simbólica aí presente e isso a gente encontra nos próprios clássicos que trabalharam com o tema do território né começando pelo próprio rato celular no final do século XIX quando ele se referia muito ao território estatal né que era o território por excelência na leitura que ele fazia no final do século XIX e não é sem explicação né porque ele vivia num Alemanha
que tava em processo de unificação e necessitava dessa unidade territorial para a construção do Estado alemão Unificado mas ele falava também de uma certa dimensão espiritual que esse território incorporava né da necessidade de você conjugar ao mesmo tempo essa dimensão mais material e funcional dele com uma dimensão que ele chamava de espiritual que também tinha uma importância grande depois Houve um tempo em que o conceito território não aparece com grande força na geografia Vai ser retomado lá pelos anos 50 do século 20 principalmente com Jango ótimo e aí ele fala e deixa que o território
é não é só sistemas de movimento materiais mas incorpora também o que lhe chamava numa visão que hoje a gente pode fazer uma uma crítica também a isso sistemas de resistência ao movimento que era uma característica muito mais simbólica a identidade que você tem com uma determinada em determinado espaço né você constrói aí uma um sistema de resistência ao movimento que ele chamava por essa identificação que você tem esse caráter simbólico né que o território carrega e por fim o deleu-se iguataria em uma visão mais contemporânea né que eles dizem que todo território é funcional
e expressivo ao mesmo tempo portanto incorporando as duas dimensões do funcionário e do simbólico e é interessante que procurando nos dicionários etimológicos eu fui ver que a própria origem etimológica da palavra território ela já carrega ela já traz essa ambiguidade né entre a dimensão simbólica e a dimensão mais funcional e material território vem tanto de território terra né com essa dimensão concreta pedaço de chão se apropria né como era utilizado o império romano sinônimo de determinado jurisdões que haviam dentro do império como também ele se refere a um outro radical que é térreo Território que
está relacionado com o verbo aterrorizado aquele que aterroriza né que que curte medo e a gente pode fazer uma uma extrapolaçãozinha aí e pensar que o território também ao você delimitar o criar uma cerca por exemplo é um muro né dizer isso é meu você tá criando medo naquele ficar ligado do acesso né a esse território ao mesmo tempo que incutiu uma identidade naquele que tá né vivenciando efetivamente esse território então é interessante que desde a origem é o território carrega essa bivalência de uma dimensão mais simbólica e uma dimensão mais física e concreta o
que aparece então agora com uma terceira possibilidade de construir o conceito de território que a gente vai tentar desdobrar para efeito do nosso trabalho é que eu tô chamando aí de perspectivas entre aspas totalizadores termo É muito problemático né hoje falar em totalização preferiu falar integradora né uma perspectiva mais integradora do território o próprio Milton Santos né o nosso grande geógrafo e ele definia território como um sistema de objetos e um sistema de ações né na ligação entre fixos e fluxos mostrando que não há essa dicotomia entre a mobilidade e a imobilidade os riscos e
os fluxos sistema de ações uma autora francesa também geógrafo ela propõe o território como experiência total do espaço total do espaço aí ela acrescenta o seguinte que hoje você não tem mais como ter essa experiência total do espaço no espaço contínuo e que se Conjugue a sua vida política tua vida cultural tua vida Econômica no mesmo espaço né nossa vida às vezes tá fragmentada em termos de eh espaços né que correspondem a uma perspectiva mais econômica mais político mais cultural da nossa na nossa vida e ela diz então que aí que tá o problema né
que o território hoje estaria nessa enfraquecendo porque não há mais a possibilidade de você ter essa experiência total do espaço Ou seja no mesmo espaço contínuo né ela fala o território é uma espécie a experiência total do espaço que faz conjugar-se no mesmo lugar os diversos componentes da vida social espaço bem circunscrito pelo limite entre anterior e exterior entre outros semelhante Então essa ideia de território né Na continuidade Que você realiza todas as dimensões da vida no mesmo espaço estaria em crise a contribuição para nós é que você pode construir o território também no movimento
né quando eles falam que ao repetir um determinado movimento no próprio cotidiano né você tá construindo também um território na mobilidade acho que uma ideia bem interessante que você vai articular em rede na determinadas parcelas do espaço determinados espaços descontins articulando em rede Você tá criando uma nova forma né uma nova constituição vai funcionar o expressivo que pode ser construído pela própria repetição do movimento e aí o deleuso acrescenta que não há Território Sem o vetor de saída do território mostrando que o tempo inteiro você tá se desterritorializando o território é visto como um movimento
constante não como algo fixo fechado né então é um processo acho que essa ideia é muito interessante um território que é processo né que é dinâmica né que são relações sociais são constantemente reconstruídas não há Território Sem o vetor sair do território e não há saída do território ou seja desde territorialização sem ao mesmo tempo um esforço para se reterritorializar em outra parte a proposta então que a gente faz de trabalhar né com o território vendo essa ideia de processo como a ideia fundamental o território seria um produto do movimento combinado de territorialização desse territorialização
do espaço Isto é de relações de poder e é importante né resgatar essa ideia de que há um elemento né que perdura através de Todas aquelas concepções de território é o que se refere a relação de poder mediadas pelo espaço construídas não e com o espaço tanto de poder no sentido de dominação que é mais concreta quanto ele apropriação que é mais simbólica eu tô pegando aqui os termos do lefero propõe distinguir Dominação e apropriação né A Dominação mais ligada a essa dimensão mais concreta e a apropriação a uma dimensão mais simbólica a questão central
Então seria que as relações de poder mediadas pelo espaço é que eu tô tomando um colega nosso da frj Marcelo de Souza que ele define né o território como relações de poder mediadas pelo espaço Mas como a concepção mais Ampla de poder que inclui a força hoje do que a gente chama de poder simbólico né esse poder que a gente não tem muita clareza da onde que ele tá mas justamente por não ter essa essa clareza dele que ele é eficaz Então acho que na construção território também passa por aí é essa força né do
Poder simbólico hoje não apenas nesse poder mais material ou poder colocar um muro uma cerca e tentar controlar processos sociais por aí você pode estar fazendo referências também a território simbolicamente com isso né mobilizar as pessoas e também não Território que fica só no macro poder do estado mas também ligados meio que poderes né a leitura do foco é interessante pra gente entender né desde os espaços disciplinares né do cotidiano até o estado nação o território aparece múltiplas escalas então Os territórios podem ser mais funcionais ou mais simbólicos num contínuo aí você pode dizer que
vai do território mais eminentemente funcional até os mais simbólicos claro que no extremo se você falar de um território que existe meramente na concepção né na Imaginário das pessoas você vai ter só territorialidade a gente pode dizer e não território no sentido né efetivo né então pode haver nessa perspectiva territorialidade sem território né o povo Judeu por exemplo durante muito tempo pode ser dizer que era é vivia em função de uma territorialidade né do Imaginário territorial que mobilizava eles mas sem efetivamente no sentido concreto né esse território um elemento agora muito importante para nós aliás
elementos do território são muito importantes né Para nós identificar esses elementos porque aí que a gente vai ver o que que mudou nesse mundo globalizado né se a gente levar em conta que o território é constituído sempre por pelo menos três elementos que o raciosa chama de malhas nós e redes a gente vai perceber que ao longo do tempo um desses elementos se coloca como o elemento mais importante e se a gente fizer uma história né da sociedade vai se ver que o homem tem táticas na estratégias territoriais diferentes ao longo do tempo e que
a medida que a globalização vai ser efetivando agora o elemento rede vai se tornando um elemento mais importante do território só que aqui a gente não tá vendo naquela separação naquela dicotomia né território de um lado e rígido do outro a rede é um elemento constituidor do território Ora se coloca como um elemento menos importante Ora como um elemento mais relevante daí a identificação de duas lógicas territoriais de controle uma lógicazonal que a gente faz chamada e controle de áreas né lógica reticular o controle de redes que hoje seria muito mais importante o controle simplesmente
de áreas né a lógica do Estado nação é uma lógica de controle de áreas né você tem que criar uma legislação né que vale para todo um território e toda uma área né bem definida com fronteiras também bem definidas o que a gente tá chamando de lógica reticular é na verdade né a importância aí do controle dos fluxos e do controle dos polos de conexão então hoje uma outra forma de territorialização se realizar através do que a gente tá chamando de territórios rede o Bonnie Mason que é um autor um jovem francês ele vai dizer
que um território antes de ser uma fronteira é primeiro um conjunto de lugares conectados a uma rede de itinerários a territorialização engloba ao mesmo tempo aquilo que é fixação enraizamento e aquilo que é mobilidade em outras palavras tantos itinerários quanto os lugares Portanto ele não tá fazendo a dicotomia né Essas duas dimensões E aí a gente pode identificar primeiro em relação aos territórios território zona mais tradicionais e territórios zona modernos né na sociedade tradicionais se encontra também uma lógica masonal de Constituição de territórios esses territórios Ona seriam partiriam né do controle de processos sociais dos
processos sociais através do controle de zonas e limites ou fronteiras domínio elementos onuária né e não elemento rede prioridade a estabilidade identidade por exemplo a fixação e enraizamento pode ser mais funcionais mais simbólicos o exemplo clássico o território estatal moderno Os territórios redes têm vários autores aí que trabalham né com o conceito o burdan fala que sempre houve territórios descontínuos os Comerciantes os das peregrinações e das suas igrejas de romarias territórios rede que hoje dominam dando um outro significado aos recortes tradicionais sobretudo aos recortes políticos o território rede seria por tanto né um território descontinho
marcado pela mobilidade predomina o elemento rede ou seja o controle dos fluxos pelo controle das redes ou dos pontos de conexão o Marcelo de Souza ele faz uma análise interessante do narcotráfico por exemplo do Rio de Janeiro né ele coloca como exemplo típico de território rede o território do narcotráfico dentro da cidade do Rio de Janeiro você tem ao mesmo tempo uma lógica de controle de áreas né um determinado uma determinado facção do narcotráfico controla a área de uma favela inteira né Rocinha por exemplo Sul e uma outra lá na Zona Norte do Rio mas
Ele amarra isso em rede e o ponto né de conexão principal pode estar lá dentro do presídio de Bangu né onde ele controla né através do celular por exemplo né grande parte desse território rede então eu vejo como se torna complexa né Essa territorialidade na forma de domínio concomitante de áreas e de redes né conjugando esses elementos que a gente tá chamando território rede eles podem ser portanto território zona uma favela por exemplo articulado em rede né É uma questão de escala né se você olhar a favela em cima um território zona né Às vezes
até com muro lá no casal assim um muro que separa da flo da Tijuca né O que separa do Vidigal aquela área quando tem a rixa entre os grupos as facções do narcotráfico e se você olhar numa outra escala escala do município do Rio de Janeiro inteiro você vai encontrar ali o território rede né constituído como muito mais Evidente por isso que eu chamei uma questão de escala né Você mudando a escala você vai estar mudando também a percepção do tipo de território que está sendo articulado E aí tem vários exemplos hoje as empresas transnacionais
se organizam na forma de territórios redes podem dizer existe Os territórios redes não narcotráficos os terrorismo globalizado e Os territórios redes que a gente vai ver depois com mais detalhe das diásporas de imigrantes um exemplo Esse eu não trabalhei muito mais alguns elementos eu trago para vocês para a gente pelo menos visualizar um pouco né O que seria o território rede do terrorismo globalizado vejam que eu já coloco aí né uma distinção entre o que eu tô chamando de músculos territórios uma multiplicidade de formas territoriais se manifesta no mundo contemporâneo desde aquela mais tradicionais passando
pelo território moderno por excelência que é o território do Estado nós estamos chegando esses territórios redes mais flexíveis né e é interessante que o terrorismo globalizado e talvez por isso que ele seja tão eficaz né ele faz uso de toda essa multiplicidade de formas territoriais que o mundo contemporâneo manifesta desde a caverna na montanha né do Afeganistão que seria talvez o território mais né entre aspas primitivo do homem a caverna como abrigo só que é claro não é uma caverna qualquer uma caverna ligada na internet né altamente conectada ali na no circuito da globalização e
ao mesmo tempo né ele tem lá os campos de Treinamento que são território zona né que ele tem que ter um domínio sobre uma área para fazer ali o campo do treinamento tem células né da rede da da al-qaeda em casa de classe média de grandes metrópoles né territórios que você olhando né não tem a menor ideia de que tem aquela função território faz portanto não específicos em determinado uso e também o próprio estado nação ainda que seja um estado fragilizados né que são estados em conflito né e relativamente fragmentados mas utiliza também né da
Estratégia moldada e dos benefícios né que pode ser oferecidos por esse território do Estado nação veja que a articulação extremamente complexa de muitos tipos de território para formar aquilo que a gente pode denominada do território rede né do terrorismo globalizado que a gente falou antes então aí o que eu tô chamando de muitos territorialidade seria essa articulação né simultânea ou sucessiva de múltiplos territórios criando outros territórios redes através de redes de informação via internet por exemplo no caso da do terrorismo o capital com investimentos em bolsa né de mercadorias investimentos no tráfico de diamantes também
particulado com o grupo da al-qaeda já tem já tá aprovado e no fundo então territórios altamente flexíveis né que são retrabalhados na forma de território rede o tempo inteiro alguns até preferem nem usar o termo rede né preferem prefere usar o termo rizoma né que é um termo que o deles também gosta muito que é aquele né porque a rede ela sempre passa um pouco a ideia pra gente numa certa hierarquia já o rizoma não tem hierarquia pode brotar em qualquer canto né aquela raiz que vai por baixo da terra e Brota aqui Brota lá
e al-qaeda é um pouco isso né ela tem um funcionamento meio isomático aí na superfície do planeta então aí vem o conceito que a gente tá propondo né de territorialidade aquilo que muitos então chama de desse territorialização a gente prefere denominada e muitos territorialidade a vivência concomitante né de múltiplos territórios mais do que sobre a desterritorialização o mundo vive hoje sobre o domínio de novas formas de territorialização como Os territórios rede e da combinação de uma multiplicidade de territórios que permite falar na vivência de uma multidãoidade a possibilidade que sempre existiu mas nunca nos níveis
atuais especialmente com a compressão do espaço tempo né nessa visão que o harve coloca para nós de experimentar simultânea ou sucessivamente diferentes territórios reconstruindo constantemente o nosso mais à frente eu vou colocar algumas formas Então dessa multiterritorialidade também se manifestar que é um trabalho que eu ainda tô ainda tô desdobrando aqui um exemplo né dessa última territorialidade no sentido mais tradicional seria uma multi territorialidade por encaixe né que dentro da lógica do Estado nação Da Lógica territorial moderna você tem né Obrigatoriamente você vivencia né ao mesmo tempo múltiplos territórios no sentido que você está dentro
de um pequeno território ali por exemplo de uma propriedade privada dentro do território Municipal do controle do município do estado da federação do Estado nação e hoje até era uma escala mais Ampla da no caso da União Europeia né uma escala Sul para Nacional então são território zona encaixados especialidade diferencial em diferentes escalas né vão ser articulando e só que nesse caso aqui claramente encaixados eu coloquei aqui um exemplo que colocam complicador na medida em que esse encaixe também não é assim tão não é mesmo que você trabalha só com a lógica do território zoando
não é assim tão claro por exemplo essas fazendas na fronteira seca né entre Brasília e o Paraguai vocês têm aí um proprietário grande proprietário de soja que tem a mesma propriedade dos dois lados só aquele marca ali da Fronteira Então você tem dois territórios nacionais e a mesma propriedade dos dois lados embaixo um dos maiores áreas do Mato Grosso do Sul perto Ponta Porã que também tem um lado no Paraguai e outro lado no Mato Grosso do Sul no Uruguai no Paraguai você tem exemplos né dessas grandes fazendas sistemas da Fronteira aqui um exemplo interessante
que é como que alguns grupos eles recorrem As certas estratégias né para irem além ou reconstruir uma lógica que é imposta para eles o caso dos índios é muito interessante na na área de Fronteira porque é imposto para eles pela lógica do Estado nação o tipo de reserva fechada né um território zona com limite claramente definido eles têm que ficar ali dentro né só que a lógica né territorial do indígena é outra e muitas vezes a mobilidade é um elemento Central para eles muito são nômades ou era um nômades Então como é que eles vão
conseguir ficar fechados numa territorialidade imposta pela lógica nesse Natal desses territórios que a gente está falando então o que que eles fazem eles constrói em redes isso constrói o território rede deles né ligando por exemplo uma reserva no Mato Grosso do Sul com uma reserva no Paraguai então eles caminham passam dois três meses no Paraguai dois três meses no Brasília mesmo no grupo étnico né que ficam passando a fronteira o tempo inteiro né convivendo com seus semelhante sair dos dois lados da Fronteira ignorando então a fronteira Nacional claro que isso aí vai gerar uma série
de problemas porque eles vão ter que vão ser também utilizados né pelo narcotráfico por várias outras né contrabando aí na fronteira porque eles fazem esse percurso sem né maiores problemas e aí vocês vem só tem uma grande reserva lá no Pantanal acho que é dos índios Cadiveu aquela grande que aparece mais ao norte né que tem uma área bem mais extensa as demais são muito pequenas só coloquei o triângulo ali porque não dava nem se fosse colocar o território efetivo que eles tenham muito pequeno e a gente sabe de toda problemática né que tá envolvida
nessa área recentemente uma outra dimensão da morte territorialidade é aquela que a gente pode associar com que alguns autores chamam né do hibridismo cultural contemporânea essa mescla de Identidade do mundo contemporâneo nos permite né claro que aí você pode ter músculos culturais né convivendo em bairros distintos como é o caso aqui da cidade dourados no Mato Grosso do Sul uma cidade que não é muito grande mas que já manifesta a diversidade étnico cultural importante então Mesquita ali de muçulmanos né no bairro da cidade e logo adiante tem um bairro Paraguai muitos imigrantes paraguaios que vivem
nesse bairro criaram essa Praça que aparece embaixo tem a capela da padroeira do Paraguai Nossa Senhora de carcupê e esse monumento né que fica a bandeira do Paraguai ali colocada é interessante que os paraguaios nessas áreas de migração para dentro do Brasil eles são meio que ignorados a gente chegou lá na prefeitura de Dourados nesse trabalho que a gente fez e a gente indagava né pela presença dos paraguaios do lado de cá eu tinha o primeiro trabalhado com os brasileiros do outro lado da Fronteira e tava interessado em saber o filme dos contrário também como
é que se dava né e na prefeitura nenhuma secretaria disse pra nós que não existia paraguaias na cidade né como se eles fossem por pertencerem né indígenas e serem visto sempre de uma maneira né preconceituosa muito negativo né são meio que obscurecidos aí dentro da da sociedade da região então mais ou menos tempo é uma presença importante que mostra que há essa multiplicidade né de territórios ou de territorialidades dentro de cidades médias e que permite construir então a um potencial aí para se construir uma multa territorialidade no sentido cultural não quer dizer que ela efetivamente
exista né mas existe essa multiplicidade de territorialidades que né para aquele que tem uma abertura para vivenciar essas multiplicaridade pode construir em cima eu coloquei o monumento na entrada de Ponta Porã né que tem o tereré e o chimarrão ali conjugados como a identidade da cidade bom um exemplo interessante para a gente pensar essa ideia né da Multi territorialidade é o movimento das diásporas né hoje no planeta e eu achei interessante esse exemplo porque eu encontrei uma série de autores que diziam que o Imigrante de aspara é um imigrante desse territorializado usavam muito o termo
desse territualização para identificar né o movimento a diástora com o movimento desse territorializado e eu acho que é um verdadeiro laboratório hoje para a gente entender e isso que a gente tá chamando as novas territorializações em curso no mundo contemporâneo as diásporas na definição né no termo de ácido que vem do grego espelho que significa dispersão o elemento né da dispersão espacial essa característica é extremamente importante por isso que ela vem associada com debate sobre territórios rede que eu acho que é bastante interessante para a gente é uma pessoa geográfica fazer uma leitura de ásperas
né os autores dizem que para ser uma diáspora do Imigrantes tem que ter uma origem a partir de conflitos ou crises agudas Então não é qualquer imigração internacional que vai automaticamente se transformar Muitos dizem que o brasileiro por exemplo hoje migrando pelo mundo não configura ainda uma diáspora por exemplo não existe essa longa duração dos vínculos na dispersão Deve existir também uma forte organização em rede dos grupos dispersos com rica vida associativa né política econômica e cultural uma forte consciência identitária étnica ou transnacional é aquilo que o site chama de geografias imaginárias aí você tem
uma referência simbólica sempre um território de origem mesmo que a tua relação primeiro não seja com ele isso é outra característica importante também da diáspora né o caráter multipolar da diáspora você tem às vezes veio da Índia né O veio da China o grupo Imigrante mas não vi que é com a China ou com a índia o principal laço que esses grupos mantém às vezes é mais com o migrante que já tá há muito tempo na Europa né se ele tá nos Estados Unidos a relação maior pode ser com migrante está na Europa e não
com a própria Angel com a China isso é outra característica que né colocada pela maioria dos autores na definição de teatro o caráter multipolar e contatos reais vão imaginários com esse território de origem Imaginário eu tô colocando aqui no sentido de fazer referência né simbólica a essa origem aonde ele saiu há muito territualidade então poderia ser né um elemento a ser considerado para entender a diáspora na medida em que elas têm um caráter multi escalar uma multiplicidade de poderes desde o nível local domínio de um bairro por exemplo uma grande metrópole Mundial ao mesmo tempo
que tá articulado né com o estado nação aonde Os migrantes estão localizados né tem uma relação com o país de origem com outros países onde o Imigrante também tá localizado no mesmo grupo étnico cultural e poderia se dizer né que existe uma consciência Global também da diáspora na própria escala Global Ela também tem às vezes muito mais na Imaginário do grupo essa perspectiva essa ideia de que você pertence né a um grupo que está efetivamente difundido no mundo inteiro na globalizado então existiria também essa consciência Global nem que alguns já estão falando que poderia desencadear
né uma ideia a partir dos grupos de imigrantes entre aspas né de uma futura cidadania global e a Índia por exemplo é um país que já se alertou para isso né e criou a figura do indiano não residente dando uma série de direitos né para esse indianos da diáspora claro que aí com o objetivo também de trazer investimentos são grupos bastante grande parte deles bastante ricos trazer esse dinheiro também para ser investido na Índia sem problemas mas de qualquer forma criando essa figura aí em outros países também então já discutindo essa possibilidade de construir essa
figura do cidadão né não residente no país e elevada a conectividade né que a gente chama de coesão na dispersão conexões espaciais efetivas e potenciais entre os diferentes espaços do grupo Imigrante essa multipolaridade então da de Astro o fato ela tem múltiplos polos né na superfície do planeta faz com que a gente fale em espaços que tem uma certa equivalência entre si e que se transformam a ideia muito interessante do jovem francês uma Mangue que ele fala em trufos espaciais do Imigrante entre aspora se ele tem um problema no país onde ele está localizado ele
pode recorrer ao seu semelhante aí que tá num outro país em que não tá em crise né então ele tem um trufa espacial na mão na medida que ele pode recorrer a grupos em países diferentes dependendo do momento e da circunstância que ele tá vivenciando espacial E também o caráter que por envolver essa multiplicidade de espaços né que pode aparecer aí na nas comunidades entre aspas a partir desse exemplo então e dos outros que a gente já tinha visto dá para perceber que se identificam aí algumas diferenciações nesse processo de construção da multite territorialidade o
primeiro que eu chamei de sobreposição de território e zona né através do encaixe desses territórios lembrando aquela ideia da especialidade diferencial do Lacoste mas que seria talvez não fosse tão adequado utilizar o termo de territualidade para essa essa esse exemplo né talvez fosse mais interessante efetivamente utilizar o termo para isso que a gente tá chamando e muitos texturidade por articulação de território zona em territórios redes seja de maneira simultânea sucessiva simultânea na medida em que você hoje né pode agir a distância né o fenômeno da tela é ação né E com isso construir territórios através
dessa né possibilidade de intervenção à distância eu acho que é um elemento que a gente tem que começar a pensar nesse tipo de articulação territorial possível né como por exemplo empresários que podem exercer uma parte do controle das suas empresas é mesmo não residindo na área em que ela está localizada e o outro fenômeno que talvez seja tão importante quanto esse né a possibilidade com essa mobilidade intensa né das pessoas do mundo contemporâneo reconstruir também uma muito territorialidade no sentido de articular esses territórios redes de uma maneira sucessiva né intensificação da mobilidade física então um
exemplo que eu coloquei aí é o do que o rickback chama de topoigamia que é um termo muito curioso né você casar com vários lugares né o polígono seria aquele que tá casado com vários lugares ele dá o exemplo de uma alemã que ela tem duas residências ao longo do ano ela passa seis meses na no Quênia e seis meses na Alemanha né a vida dela se constitui dessa dupla né especialidade e elas se sente né identificada e tem relações muito fortes tanto no espaço quanto no outro ele tá denominando isso matou poligamia seria então
um exemplo é muito territualidade para uma unidade física do deslocamento efetivo e aquilo também chama de turistas né no mundo contemporâneo aqueles que estão em constante mobilidade e que tem um controle efetivo sobre essa mobilidade quer dizer não vão para qualquer lugar também ah não é uma mobilidade para qualquer lugar quer dizer constrói um território rede na medida que eu tô sempre frequentando os espaços né um globo tratorização hoje pode ser que um grande executivo né tá sempre frequentando os mesmos restaurantes menos hotéis em vários lugares do mundo mas constrói aí então uma certa forma
né poder dizer um território rede a nível global eu coloquei aí então esse exemplo né do que eu chamei do usufrute territórios comuns o funcional simbolicamente semelhantes a burguesia global e usufrute múltiplos territórios funcional simbolicamente distintos como exemplo néctarismo e alguns membros de aí eu coloquei agora já encaminhando para uma uma conclusão e problematizando né algumas coisas alguns elementos aí que ficaram retomando a própria ideia desse territualização que a gente colocou no início também é importante perguntar para quem é essa multi territorialidade né contemporânea que com tantos grupos sociais lutando pelo território mínimo pode ser
assim né não tem nem o território mínimo um territóriozinho para a sua sobrevivência cotidiano né coloquei os exemplos indígenas os gases iguais sem terra e mais um exemplo aí nessa área que eu fiz um trabalho na área de Fronteira e que eu coloquei ali desse territorializados entre aspas né porque na verdade nenhum ser humano é completamente desse territorializado sempre algum território você tem que ter né até o sem teto né naquela noite ele tá defendendo aquela Marquise aquela ponte ali para né como seu território naquela noite então acho que não há como você imaginou a
situação de você ficar completamente né Desse territorializado a territorialização com movimento sempre né concomitante e eu vou chamar isso de territorialização precária acho que um termo que a gente pode utilizar ao invés de Deus territorialização a precarização né da territorialização humana hoje talvez seja um processo um nome né uma denominação mais interessante pra gente entender e aí eu puxei o José de Souza Martins Quando ele fala que rigorosamente falando Não existe exclusão existe contradição existem vítimas de processos sociais políticos e econômicos excludentes existe o conflito pelo qual a vítima dos processos excludentes proclama formismo e
sua reivindicação corrosivo rigorosamente falando portanto não existe desse territorialização porque simplesmente não há homem sem território mas diversas formas extremamente precárias de territorialização e são os precáriamente territorializados que vem sendo objeto cada vez mais também de processos de reclusão territorial Ou seja pode se estar detectorizado tanto na mobilidade na extrema quanto na imobilidade né o que importa aí Quem é que tá controlando esse território você enclausurar pessoas né dentro de um gueto por exemplo que efetivamente na verdade exercer o controle sobre isso não é quem tá lá dentro de situações extremamente precária Então acho que
é interessante pensar também que você pode desse territualizar na própria imobilidade não simplesmente como hoje é muito invoca nos discurso tem que a mobilidade que é o elemento desse territualizador e claro que sempre vai ter que se associar isso com o grupo né ao qual você está se referindo a classe social o grupo cultural eu coloquei no final né A passagem ainda pensamento também um pouquinho Positivo né da detectorização as multi territorializações alternativas territórios alternativos na globalização a efetiva a apropriação dos espaços territorialidade mundialmente articulada Eu acho que o movimento do sem terra também um
exemplo dessa possibilidade articular em múltiplas escalas né ou numa territualidade mais múltipla usar patistas também no México não exemplo que a gente pode colocar dessa e finalmente aí o deleus e colocando essa afirmação que eu acho extremamente importante é verdade que o capitalismo teve como constante é extrema miséria de três partes da humanidade pobres demais para endividamento numerosos demais para o confinamento aí aquela questão da reclusão territorial da dificuldade hoje de você imaginar né o mundo com essa massa de entre aspas excluídos você controlando a mobilidade a expansão desses grupos pelo planeta ele fala o
controle não só terá que enfrentar a dissipação das Fronteiras mas também a explosão dos guetos e das favelas E aí para não Concluir e fazer um propaganda também do meu livro O medo territorialização territorialização E deste territorialização como território e rede espaço e tempo não podem ser dissociados A grande questão Hoje não é a desterritorialização mas o reforço lado a lado da efetiva muito territorialidade para Uns poucos a elite globalizado por exemplo a reclusão territorial para outros e a territorialização precária e luta pelo território mínimo para tantos Muito obrigado eu queria dizer para vocês também
que eu toquei aqui em vários temas né tentei fazer uma síntese de um trabalho que é extremamente grande esse livro aí tem não trabalho de muito tempo que eu desdobrei vários temas ainda tô em início de trabalho essa reclusão territorial que eu tô começando agora e são quase 400 páginas de trabalho que tentei fazer uma ciência muito rápido alguns pontos aí para você Oi boa noite meu nome é Rafael Você tocou em diversos grupos na sua apresentação e mostrou basicamente alguns grupos que poderiam ser considerados como minorias e a questão de território tocando algumas minorias
os exemplos práticos indígenas os brasiguaios e a dúvida que ficou para mim é eu fiquei pensando em mim mesmo como indivíduo aí eu não entendi direito se eu sou um nó da rede ou se de fato o meu espaço é aquilo que eu tô caminhando mas eu como uma pessoa assim numa cidade grande vivendo numa cidade grande com basicamente nenhum identidade de grupo eu não me encaixo nenhuma minoria não sei se eu faço parte da maioria tão pouco então eu fico meio como indivíduo eu fico meio perdido nessa história de território eu não sei qual
é o meu território efetivamente eu sei que eu tenho a liberdade como eu já fiz de morar em outro país demorar em outro lugar e depois você tem aquela ideia de voltar para casa e voltar para aquele lugar de onde você veio Onde você nasceu basicamente Mas o que eu queria levantar essa questão do papel da participação do indivíduo dentro dessa ideia de território a relação do indivíduo e não de um grupo com o território Rafael Você tocou no ponto muito importante que eu acho que é necessário a gente fazer uma distinção entre o nível
individual da territorialização e o nível mais entre aspas social de grupo né e com certeza aí tem uma distinção muito importante que os psicólogos por exemplo tem uma um papel importante em trabalhar e tentar articular essa ideia do território individual eu participei há pouco tempo numa mesa redonda lá na uf com o pessoal da psicologia e eles têm vários grupos hoje trabalhando tem inclusive um grupo de de pesquisa intitulado território e tá ligado isso tudo nas prisões E aí o indivíduo é um elemento Central né claro que também estão trabalhando com minorias no presidiário nos
manicômios né um pouco no trabalho do espaço Centenários do focou que passa muita Essa Ideia de um território individualizado a necessidade do mundo moderno e criar territórios individualizados né o território o espaço é por Excelência no território individualizado né Cada indivíduo no seu né no seu local né uma classificação que um controle que se dá a nível de cada indivíduo Mas é óbvio que para um indivíduo como você né o eu me colocando né nessa história mesmo assim Acho que dá para a gente fazer algumas especulações e eu fiz um pouco isso quando eu morei
Há dois anos atrás em Londres e no livro eu faço um pouco esse relato também determinado momento de como que eu construí o meu mundo território poderia ser assim né dentro de uma cidade globalizada como Londres e como que algumas pessoas não constroem essa música territorialidade mesmo tendo essa possibilidade né numa cidade extremamente diversificada Talvez uma das mais globalizadas em termos étnicos né culturais Como como é Londres então o fato que eu tinha comentado aqui também naquele exemplo do Mato Grosso o fato de uma cidade oferecer essa diversidade territorial não quer dizer que as pessoas
que estão ali vão vivenciar essa multiplicidade muitos até o contrário por ter essa multiplicidade do seu lado se fecham tem muitos Ingleses saindo de Londres hoje porque eles dizem não é mais uma cidade inglesa beleza aí vamos preferir morar ou na área que era né porque antigamente uma área rural pequena cidade do interior Então acho que a nível de Vitória a gente vai construir um território a partir de vários referenciais que a gente traz né todo nosso legado e e é interessante que você pode mapear isso né a gente pode pode parecer que você falou
que não tinha território mas eu acho que você pegar e colocar num mapa né pode ser um mapa mental mesmo não precisa ter nenhuma Rigor cartográfico Mas você colocar no mapa eu faço isso às vezes com meus alunos até no primeiro dia de aula em algumas disciplinas eu eu peço para eles fazerem esse mapeamento do percurso cotidiano que eles desdobram um pouco naquela linha que Deus fala do território construído na repetição do movimento né então qual é esse espaço que você repete né esse cotidiano essa circulação cotidiana que você repete isso é uma forma de
territorialização né Mesmo que você não se identifica com esse território mas tem um território meramente funcional você tá se deslocando né um território para você sair de um ponto e chegar E aí você constrói essa essa o que eu chamo da Integração de territórios através das redes né você teria possibilidade de identificar a tua casa né E a universidade Onde você trabalha o estudo ou o teu trabalho lá do outro lado alguns do Rio de Janeiro faz deslocamento 50 né 60 km no dia a dia para construir esse território rede digamos assim então acho que
é possível né Por Aí começar a pensar o que seria um território a nível individual que com certeza vai ser sempre um território rede né se até os indígenas naquela visão mais tradicional né acaba construindo sendo obrigados a construir um território rede né num mundo que a gente vive na cidade né mas globalizado que a gente vive com certeza essa ideia também vai estar vai estar presente eu acho que você pode pegar da tua experiência pessoal mesmo e fazer essa essa articulação né vendo Quais são esses territórios que você repete né no cotidiano que vai
sendo articulado na forma de diferentes redes que vão sendo partilhados alguns de ordem mais estritamente econômica né funcional e outros mais da ordem depois como pessoa porque é impossível você não ter identificação com algum espaço mesmo que você odeia a sua casa vai ter um outro espaço que você vai no barzinho lá que você frequenta que é o teu território de certa forma né que você se identifica com ele com seus amigos que estão ali né é um espaço de referência né para tua identidade então Acho que todos nós temos né temos que ter espaços
de referência para construir as nossas identidades não há nenhuma identidade né que Fire completamente acima dessa base territorial que a gente constrói por isso que eu sempre tô enfatizando essa necessidade de se trabalhar né com uma ideia de território que envolva né Sempre as relações sociais nenhuma relação social alienada fora dessa dimensão territorial Professor Boa noite me chamo Claudenir e eu estive pensando se não é um pouco contraditório você dizer de território frágil né no caso de e depois você colocar espaços físicos como as favelas do Rio e ser controlado pela rede ou seja de
uma para outra ou do próprio presídio e você sabe que não é aí que termina ou que está de fato o tráfico eles são só laranjas né E aí eu dei como exemplo uma determinada pode ser assim fase ou escala né de organização do narcotráfico obviamente que não se restringe essas escalas que eu me referi né Foi só como exemplo para mostrar como que se articulam a nível por exemplo da cidade do Rio de Janeiro um livro Municipal e um livro local com a favela né mas é óbvio que as articulações são a nível Global
né você tem n grupos né interferindo e o tráfico de armas e toda uma outra série de redes que vão estar aí se compondo para você entender essa essa multiplicidade dessa organização territorial do territórios rede né do narcotráfico Tá mas ninguém pode ser alguma eu me restringir a pena reconheceria né quando acontece se organiza só nessas escalas e pode ser alguma Ah então acho que para fazer um estudo efetivo eu não fiz mas tô tomando Com referência que fizeram né o próprio trabalho do Marcelo de Souza esse autor que eu citei que não sei se
você conhece um trabalho dele ele faz uma análise interessantíssima Deus do nível local da favela até a articulação ao nível Global né com todos os agentes que intervém com todas as formas de articulação né E pode ser alguma fica restrito só né a essa isso é outra característica né da da territorialização Contemporânea você nunca pode numa delimitação Estreita né entender todo o processo porque ele tá sempre articulado no nível mais ou menos né um nível Global Então acho que essa passagem né de uma escala para outro tempo inteiro é fundamental para entender os processos então
se você buscar na Revolução Industrial formação capitalista foi uma desterritorialização simbólica política cultural que deu origem a que uma minoria se beneficiasse de uma maioria completamente desidentificada né Sai do campo é jogado nas em quartos nas fábricas nas fábricas que começam né e como a gente continua numa sociedade cada vez um capitalismo mais selvagem eu me preocupo um pouco se nós não estamos fazendo uma confusão entre território desenraizamento do próprio corpo entendeu e quantas pessoas tem a possibilidade de ter uma compreensão como os poucos que estamos aqui e onde fica essa maioria que tá se
perdendo em horas em games onde ela acha que ela não tem mais corpo que ela virou né nós tivemos Ivan capelato aqui outro dia que é uma Juventude sem identidade Nós estamos vendo ele perguntar da identidade dele então eu acho um assunto ligeiramente perigoso né Onde fica tudo isso dentro de um capitalismo selvagem e se essa minoria não vai realmente virar cada vez minoria minoria né e o resto em guetos tribos sendo que o bem comum onde fica se levantou uma uma questão extremamente importante eu coloco desde o início do meu livro no primeiro capítulo
né uma alusão a trechos do Marques em que ele coloca claramente não usa o termo obviamente naquela época né Desse territorialização mas é o primeiro grande movimento né Talvez o mais radical né de desse territualização e ao mesmo tempo reconstrução do território em outras bases né Foi esse momento da liberação né do Trabalhador do campo indo como simplesmente vender a sua força de trabalho na cidade então acho que esse é um momento chave né Para se entender esse processo que se radicaliza hoje com essa maciça na exclusão exclusão entre aspas aí fica como inclusão precária
mas é sempre alguma inclusão sempre algum laço né social ainda permanece e com certeza esse é um longo caminho né dos processos reteriorização Nossa inclusive ambiguidade do próprio Estado nessa construção de destruição e reconstrução de territórios né ele atua como um Agente desse territualizador e reterritorizador ao mesmo tempo né aliado com toda a força do capitalismo o problema hoje é que você tem não tem mais essa base né estatal com a força que ela tinha no passado e a grande empresa transacional cada vez mais dando as regras mundo afora né E aí fica esse grande
GAP entre uma organização territorial em rede que é da empresa e que atua globalmente e inclusive faz leis a nível Global né porque ela já tem formas de gestão né planetarizadas e a lógica do Estado nação que ainda funciona naquela forma do Amazonas específica de uma área e tenta controlar ainda processo ali dentro né então acho que essa grande contradição entre a lógica territorial da empresa é do estado jogam aí uma uma reação fundamental agora se acrescentou aí a tua questão abre para uma série de outras debates né A questão do próprio corpo né que
eu não usaria entrar aqui porque não é muito Ameaça é área mas o pegando de novo o dela tá Ri e eles dizem que o primeiro território do corpo né quer dizer eles fazem uma uma amplitude tão grande né para o conceito de território que o próprio corpo pode ser um território né então você teria aí essa discussão toda né e que tá sendo desse territorializado também né as formas que você tem de ir perdendo é e a questão da identidade né territorial hoje a construção dela que você não tem aqui na próxima no próximo
encontro vai ter essa discussão específica né da identidade cultural e do multiculturalismo com certeza vão aprofundar esse esse debate né você pode dizer hoje efetivamente que há uma um processo de não sei se daria para falar assim mas entre aspas identificação né dentro da sociedade e tem um processo interessante que eu acho que vale a pena lembrar que é o fato de que Como o estado nação que era o grande referência né territorial para você construir a identidade né durante um longo
Copyright © 2024. Made with ♥ in London by YTScribe.com