O QUE É A SÍNDROME DE BURNOUT E O QUE FAZER COM ELA?

O seu trabalho pode ser uma fonte de realização pessoal, mas também de uma completa exaustão. Eu sou o André, tenho um doutorado em psicologia e hoje falaremos sobre o burnout, cuja tradução literal significa "esgotamento". Antes de falarmos sobre o burnout, queria que você conhecesse o jogo que está patrocinando o vídeo de hoje, o World of Warships.

Ele é um jogo para computador gratuito, excelente e ainda por cima apoia canais de educação como o nosso. Você vai ter a chance de controlar mais de 300 tipos de barcos de guerra para derrotar seus inimigos. Esses barcos realmente existiram e foram usados durante as guerras mundiais.

Alguns dos principais tipos de barcos são os contratorpedeiros, os encouraçados, os cruzadores e os porta-aviões. Em breve, também serão incluidos os submarinos. Se quiser dar uma força para gente, vá até o seu computador e clique no link que está aqui embaixo, na descrição do vídeo, para baixar o World of Warships gratuitamente no seu pc.

E aqui vai um presentinho nosso para quem fizer o download do jogo: use o código promocional READY4BATTLE2020 ao se registrar no jogo que você ganhará logo de cara 700 Dobrões, 7 Dias de Conta Premium, 1. 000. 000 de Créditos, o Barco USS Charleston com camuflagem da bandeira dos Estados Unidos e o Barco Premium Japonês Ishizuchi.

A síndrome de burnout é o que pode surgir quando alguém vivencia o estresse de forma crônica no seu ambiente de trabalho e não é bem sucedido ao tentar manejá-lo. Essa é com frequência a razão de vários acidentes no trabalho, afastamentos e do abuso de substâncias. Ela é composta por 3 características principais: a exaustão, o negativismo, cinismo ou distanciamento mental em relação ao trabalho e uma piora considerável no desempenho profissional.

Essa foi a definição adotada pela Organização Mundial da Saúde em 2019, a qual estará presente na nova versão da Classificação Internacional de Doenças, mais conhecida como CID no Brasil. Essa nova versão do CID, o CID-11, ainda será lançada em algum momento dos próximos anos pela OMS. Nem sempre o conceito de burnout foi muito claro.

A própria OMS só reconheceu essa condição como uma síndrome em 2019, demonstrando uma maior preocupação em legitimar os graves impactos que o ambiente de trabalho vem gerando na saúde mental de muitas pessoas. A definição da OMS restringe a síndrome de burnout ao ambiente de trabalho e propõe que ela seja vista não como uma condição médica, mas sim como uma condição ocupacional, ou seja, que está ligada ao trabalho e não a uma disfunção da pessoa. Alguns pesquisadores também discutem a presença do burnout em outros contextos, como o parental, por exemplo.

Aqui, falaremos exclusivamente da síndrome de burnout conforme definida pela OMS. Em diferentes profissões e países, existem pelo menos 6 fatores de risco no ambiente de trabalho que podem contribuir para o desenvolvimento do burnout: a carga de trabalho, o reconhecimento, a autonomia, os relacionamentos entre colegas de trabalho, a percepção de estar sendo tratado de forma justa e de que os seus valores condizem com os da instituição. Quanto maior a insatisfação ou o desequilíbrio em qualquer um desses quesitos, maior é chance de que a pessoa se estresse regularmente e possa desenvolver a síndrome.

Agora vamos te dar 3 dicas do que fazer a respeito dela. Dica número 1: se você acredita que pode ter essa síndrome, procure um psicólogo que possa avaliar a sua situação. Um problema comum com o burnout é que muitas pessoas não percebem que algo grave vem acontecendo com elas ou não relacionam isso com o trabalho.

Alguns sinais de que algo não está indo bem entre você e o seu trabalho são: má qualidade do sono, desânimo ao acordar antes de ir trabalhar, irritabilidade com os outros, cansaço constante, pensamentos intrusivos sobre o trabalho, dores de cabeça ou outras reações corporais fora do comum. Dica número 2: se você lidera outras pessoas no seu trabalho, promova saúde mental entre os seus subordinados. Fique atento a sinais de estresse, de conflitos entre colegas, demonstre flexibilidade, apoio, solicite e ouça feedbacks de forma aberta e tome cuidado com cobranças inadequadas, como as que ocorrem fora do expediente.

Uma liderança preocupada não apenas com a produtividade das pessoas, mas também com o bem-estar e a realização pessoal delas, pode fazer toda a diferença para a qualidade do trabalho que os seus subordinados realizarão e para a saúde mental deles. Dica número 3: previna o burnout garantindo que haja momentos no seu dia nos quais você não fará nada relacionado ao seu trabalho ou que gere estresse. Durante o expediente, faça pequenos intervalos ou exercícios de respiração controlada, por exemplo.

Fora do experiente, faça qualquer coisa que possa lhe propocionar um momento de relaxamento, como assistir um filme, meditar, jogar um jogo ou simplesmente relaxar na sua cama. Para que isso realmente ajude, é necessário pensar com cuidado no que você fará nesses momentos. Usar o celular pode ser uma cilada, já que a distância entre o trabalho e a vida pessoal no seu aparelho pode ser bem curta.

Conversar com amigos pode ser ótimo, mas especialmente se o assunto que dominar o papo entre vocês não for reclamar do trabalho. Esses momentos devem despertar bons sentimentos em vez de aumentar a sua carga de estresse diária, pois é exatamente ai que reside um dos principais problemas. Se for necessário, desative notificações de alguns aplicativos do seu celular, desligue a sua internet ou o próprio celular.

Existem outras dicas que já demos antes e que servem não só para lidar com o estresse, mas com várias outras coisas, tais como garantir uma boa qualidade de sono, meditar, praticar atividades físicas regulares, manter boas relações e uma alimentação saudável. Em culturas como a nossa, o perfeccionismo, a eficácia e a dedicação ao trabalho são muito incentivadas. Não há algo de necessariamente errado com isso, mas a sobrecarga constante de estresse que muitas vezes acompanha essas coisas costuma trazer consequências problemáticas para o nosso organismo.

O estresse em si não é um problema como já explicamos em outro vídeo, ele é uma resposta natural e geralmente adaptativa que pode nos ajudar a sobreviver. Já quando você é mantido sob um estresse constante, isso costuma fazer mal e pode ser difícil sair dessa situação sozinho. Se esse for o seu caso, não hesite em procurar um psicólogo.

Se gostou do vídeo, clique no joinha, inscreva-se no canal e clique no sininho para acompanhar nossos vídeos. Se esse assunto te interessou, assista o nosso vídeo sobre perfeccionismo.