Majestade, querer fazer algum bem a essa gente, faça vir muitos padres, para que os batizem. A carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei Dom Manuel I de Portugal, na ocasião do descobrimento do Brasil, foi com estas palavras: que, no dia 22 de abril de 1500, o Brasil católico surgiu no horizonte da história. Mas o que poucos sabem é que, antes de qualquer bandeira ser fincada no solo desta terra, o primeiro símbolo a ser erguido foi uma cruz; o primeiro monumento a ser erigido foi um altar; e a primeira Autoridade a ser saudada nesta terra chamada de Santa Cruz foi nosso Senhor Jesus Cristo, presente no Santíssimo Sacramento, durante a celebração da primeira missa no Brasil.
A carta de Pero Vaz de Caminha não apenas relatava o descobrimento desta terra, mas também o nascimento de um propósito: a evangelização de um novo mundo. Hoje vivemos uma época de incertezas; há uma batalha sendo travada contra a verdade. A história da Igreja no Brasil tem sido distorcida, apagada, reinventada, reescrita, para atender às narrativas que querem nos afastar das nossas raízes.
Muitos já não sabem quem foram os Gigantes da fé que nos precederam. Perdemos a conexão com aqueles que, há séculos, defenderam a verdade, ensinaram, edificaram catedrais, construíram hospitais, fizeram escolas, salvaram as almas; enfim, forjaram o nosso povo. A pergunta que fica é a seguinte: se não conhecemos a nossa própria história, como poderemos defender aquilo em que, ou pelo menos, imaginamos acreditar profundamente?
A boa notícia é que a verdade está ao nosso alcance e é por isso que estamos aqui. A jornada da história da Igreja no Brasil será um marco. Durante este evento, você terá acesso a uma narrativa que foi esquecida por muitos, mas que nunca deixou de existir.
A nossa proposta é retornar às fontes. Estamos num tempo, sobretudo com o advento das redes sociais e da internet, onde lemos muitas coisas que parecem ter uma lógica, parecem ser verdade, mas, na realidade, não passam de recortes dos principais acontecimentos históricos que tocam a história da Igreja no Brasil. A nossa proposta é retornar às fontes, dar voz àqueles que nos precederam, sem distorções, sem omissões: a verdade, a verdade documentada, comprovada, enraizada nos próprios registros deixados pelos missionários, nos relatos dos mártires de tantos brasileiros que derramaram seu sangue pela fé, nas vidas dos nossos santos, nos relatos de tantos leigos que construíram a identidade católica do Brasil.
Se você sente que algo está errado, que falta clareza, que precisamos nos reconectar com as nossas raízes, então este evento foi feito para você. Você já deve ter ouvido falar sobre os Jesuítas que cruzaram o Atlântico, por exemplo, para catequizar os nossos indígenas. Alguns dirão que fizeram isso apenas para instrumentalizar os povos originários do Brasil, facilitando assim a dominação, a colonização.
Mas, quando olhamos para os relatos históricos dos próprios Jesuítas, veremos que, assim que chegaram ao Brasil, uma semana depois, já haviam inaugurado a sua primeira escola, educando essas populações originárias, trazendo para elas o acesso à cultura que já era conhecida no mundo europeu. Quando olhamos para as fontes primárias, começamos a ver uma história que talvez não tenha sido apresentada ou, se foi apresentada para nós, não foi apresentada de modo tão profundo, tão detalhado. Você também já deve ter ouvido falar de alguma coisa a respeito dos mártires, os mártires brasileiros que derramaram seu sangue para manter acesa a chama da fé em tempos de perseguição e também já deve ter ouvido falar sobre a devoção mariana que uniu o nosso povo e forjou a nossa identidade católica.
Você sabia, por exemplo, que, mesmo antes de existir o nosso país chamado Brasil, já havia aqui uma igreja pulsante, missionária, viva? O Brasil tem muitos santos; alguns já canonizados, outros beatificados, e outros tantos estão sendo investigados pela Igreja e futuramente podem vir a ser declarados santos: homens, mulheres, crianças, bispos, religiosos, religiosas, gente de todas as classes, de todos os lugares, de todas as condições que deram suas vidas pela causa do Evangelho. Mas nesse caminho da história da Igreja no Brasil, nós temos luzes e sombras; nem tudo foi como deveria ser: omissões, injustiças, incoerências; mas ações por parte daqueles que deveriam dar exemplo, submissão do poder religioso ao poder civil, influência descarada de sociedades secretas anticlericais, contrárias à Igreja, mas que agiram desde dentro da Igreja.
No entanto, entre luzes e sombras, na história da Igreja no Brasil, a verdade do Evangelho sempre venceu, sempre resplandeceu. De São José de Anchieta até Irmã Dulce dos Pobres, que é mais recente, o Brasil contou com muitas vidas heroicas que poderiam nos inspirar e ajudar, com seus exemplos, as novas gerações de católicos. E por isso não acontece.
Acontece que muitas destas vidas seguem desconhecidas do grande público, seja porque aprendemos a história do Brasil e especialmente a história da Igreja no Brasil de forma depreciativa, ou simplesmente porque olham para os santos como pessoas notáveis, mas que estão presas num passado distante que nada tem a ver com o tempo presente. Se essas histórias não fazem parte daquilo que você aprendeu, então está na hora de conhecê-las; e se você já aprendeu sobre elas, está na hora de se aprofundar nesse campo tão importante. Essa é uma jornada que você não pode perder.
Essa é a sua história, essa é a nossa Igreja. Nos próximos dias, vamos juntos percorrer o caminho que nos trouxe até aqui. Vamos aprender, nos fortalecer e, acima de tudo, nos preparar para defender e propagar a verdade.
A história da Igreja no Brasil não pode ser esquecida e também não pode ser apreendida de qualquer jeito. E agora você tem a chance de ser parte desse resgate. Clique no link abaixo, inscreva-se na nossa jornada e venha conosco para se aprofundar um pouco mais.
O evento será online, totalmente gratuito, e a jornada da história da Igreja. No Brasil, começa agora. Muito bem, meus caros.
Bom dia a vocês! Sejam bem-vindos. Não estranhem o fato de termos começado hoje com este vídeo, né?
É que foi proposital, né? Justamente para que vocês conheçam a jornada da história da Igreja no Brasil, que é um evento que nós teremos na semana que vem. Então, primeiro, eu coloquei a gravação e agora nós entramos já na nossa meditação, tá bom?
Peçamos a Deus a sua bênção sobre nós. Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Pai Nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
Amém. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte.
Amém. O Senhor Todo-Poderoso nos abençoe, nos guarde, nos livre de todo o mal. Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém. No dia de hoje, seguimos aqui pelo Capítulo 23 do Caminho de Perfeição. Vamos seguir a sequência, né, do que Santa Teresa nos disse até ontem, seguindo.
Outra razão é que o demônio fica com o seu poder para tentar enfraquecer. Aqui, ela fala em relação às almas que se decidiram a rezar. Ele tem tão grande medo de almas determinadas, pois já tem a experiência de que elas lhe fazem grande dano.
Que aquilo que ordena para fazê-las se perder acaba trazendo-lhes proveito e aos outros, e aos outros, ficando o inimigo com o prejuízo. Mas não devemos nos descuidar nem confiar nisso, porque tratamos com pessoas traidoras. O demônio não ousa remeter contra quem está alerta, por ser muito covarde.
Se, no entanto, perceber um descuido, provocaria grandes perdas. E se sabe que alguém é inconstante e não está consolidado no bem, sequer com uma enorme determinação de perseverar, ele não o deixa em paz, de dia nem de noite, suscitando-lhe medos e mostrando-lhe convenientes que nunca se acabam. Sei disso muito bem por experiência e assim eu soube explicar; afirmo que ninguém sabe quão importante é isso.
A outra razão muito relevante é que a alma luta com mais ânimo, pois já sabe que, aconteça o que acontecer, não vai voltar atrás. É como alguém que está numa batalha e sabe que, se for vencido, não lhe perdoarão a vida, e que, se não morrer no combate, morrerá depois. Assim, peleja com maior determinação, querendo vender caro a sua vida, como se diz, sem temer tantos golpes, porque tem em mente que o importante é a vitória, pois dela depende a sua vida.
Também é necessário começarmos seguras de que se não nos deixarmos vencer, vamos nos sair bem, sem nenhuma dúvida, porque, por menor que seja o lucro que obtivermos, ainda ficaremos muito ricas. Não tenhais medo de que o Senhor que nos chama a beber dessa fonte vos deixe morrer de sede. Eu já disse isso e queria repeti-lo muitas vezes, porque esse temor acovarda muito as pessoas que ainda não conhecem toda a bondade do Senhor, por experiência, se bem que a conheçam pela fé.
Mas é grande coisa ter experimentado o prazer e a amizade com que Ele trata quem segue por este caminho, bem como o modo como faz quase tudo às suas custas. Quanto aos que não o experimentaram, não me causa espanto que desejem segurança, a segurança do lucro a ser obtido. Pois já sabeis que ele é de 100 por um ainda nessa vida e que o Senhor disse: “Pedi e vos será dado.
” Se não acreditais em Sua Majestade nas partes do Evangelho que asseguram isso, pouco proveito há. Pouco proveito há, irmãs, em quebrar a cabeça para vos dizer. Contudo, digo a quem tiver alguma dúvida que pouco se pede em experimentá-lo, pois isso tem de bom: essa viagem recebe-se mais do que se pede e até do que se poderia desejar.
Isso é infalível; eu o sei e aquelas de vós que o sabem por experiência, pela bondade do Senhor, eu posso apresentar como testemunhas. Então, aqui encerramos o Capítulo 23 do Caminho de Perfeição. Amanhã já entramos no Capítulo 24.
Então, aqui Santa Teresa reforça um ponto importante: o demônio é covarde e, diante de almas determinadas a se dar a Cristo, a se entregar à oração, o demônio pode muito pouco. E ele sabe que pode muito pouco onde luta, onde sabe que a sua investida tem mais eficácia. Então, se vivemos no meio das distrações — e isso hoje em dia, no nosso mundo, no nosso tempo, é muito comum — e não tomamos uma decisão pelas coisas de Deus, se não tomamos uma decisão de rezar, de amá-lo, de servi-lo, de conhecê-lo, então fica mais fácil para o mal nos levar ao desânimo, por exemplo, é o que acontece com a maioria das pessoas que começam a rezar.
Começam bem e depois desanimam. Então, para combater esse desânimo, o primeiro passo é o quê? Uma determinação!
Eu preciso determinar: eu farei! Ah, mas vai me custar muito; vai ser muito difícil; vai ser complicado? Sim, mas eu farei, né?
Então, essa é a grande ideia, né, que Santa Teresa aqui nos ensina. É um movimento interior, é uma decisão, né, da própria alma, do próprio espírito. Eu farei!
Então, se nós tomamos essa decisão de fazer as coisas, né, de rezar, de conhecer a doutrina da Igreja, de ler para alimentar a nossa alma, se tomamos essa decisão, por mais que tenhamos dificuldades, contratempos. . .
Que não consigamos nos concentrar, que não tenhamos atenção para Deus, é isso que importa: a decisão por Ele e não o resultado. Então, as almas determinadas são almas que agradam a Deus; esse é o primeiro passo, o primeiro ponto. Santa Teresa, aqui no final, deixa algo da sua experiência: ela garante às suas irmãs que quem se colocar no caminho da oração receberá muito de Deus, não morrerá de sede; muito pelo contrário: receberá mais do que merece.
E ela diz: “Eu o digo por experiência”, né? Porque esse foi o caminho de Santa Teresa, que foi um caminho de dureza, uma aridez, uma divisão do seu coração entre as coisas da vida religiosa e o mundo. Quando ela estava no Mosteiro da Encarnação, ela gostava de ser visitada, né?
Gostava que as pessoas fossem até lá; estava dentro do convento, mas ficava pensando nos parentes que estavam fora. Então, a vida dela era uma vida muito dividida, e ela ficava preocupada se era estimada ou não, se as pessoas a consideravam. Então, ela usou muito tempo desse status, digamos assim, da vida religiosa para ser vista, para ser lembrada, para ser reverenciada, e viveu nisso.
Isso a perturbava, não a deixava rezar direito, não a deixava viver direito. Embora ela tentasse, ela não tinha uma vontade firme e decidida. Então, às vezes, ela rezava bem; ela vivia bem, mas dali a pouco ela perdia tudo isso.
Então, ela descobriu o caminho. Qual é o caminho? A determinação.
O demônio teme as almas determinadas, aquelas que dizem: “Eu vou fazer, e faço”. Então, esse é o caminho: a determinação. E, nesse caminho, não podemos ter medo de rezar; não podemos cair na tentação de achar que quem reza demais vai ficar louco, vai ficar desligado da realidade.
Não devemos rezar sempre, do modo que pudermos, com o melhor que tivermos para oferecer a Deus. Tomando essa decisão, Deus nos retribuirá muito mais. Então peçamos à Nossa Senhora que nos ajude a entrar nesse caminho.
A vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos. Ó Virgem Gloriosa e Bendita, amém. Que o Senhor Todo-Poderoso nos abençoe e nos guarde: em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém.
Muito bem, meus caros, quem acompanhou aqui desde o início assistiu ao vídeo pequeno, né? A propaganda e a introdução da jornada de história da Igreja no Brasil. Essa jornada começa na semana que vem: segunda, terça e quarta.
Fica aqui o meu convite: se você não se inscreveu, faça sua inscrição. O link de inscrição está em todos os vídeos anteriores; eu vou colocar nesse vídeo de hoje assim que acabar a transmissão. Então, faça a sua inscrição!
Se você tiver com muita pressa, olha no vídeo de ontem que está lá fixado no topo, o link para a inscrição na jornada, né? E vou colocar aqui hoje também. Quem ainda não fez, faça a sua inscrição.
Serão três dias de aulas sobre a história da Igreja aqui no Brasil. Vai ser um prazer ter vocês lá comigo também, né? Especialmente vocês que já estão todos os dias aqui comigo nas meditações diárias.
Tá bom? Deus abençoe! Tchau, tchau!
Fiquem com Deus.