Unknown

0 views13899 WordsCopy TextShare
Unknown
Video Transcript:
gostaria de agradecer a presença de todos vocês aqui é uma grande satisfação poder tá aqui pra debater exatamente esse tipo de questão não dentro de um módulo sobre pensadores e os desafios do século 21 e não deixa de ser sintomático que dentre esses pensadores aparece o nome do segundo floyd eu gostei de inicialmente lembrar que não foram poucos aqueles que responderiam a questão é se fred é ou não relevante para o século 21 responderam com uma negativa vocês devem conhecer vários momentos no interior da história do século 20 e não foram poucos os momentos em
que há não só o nome frontera mas aquilo que ele ao qual ele foi associado seja o advento da psicanálise foi visto como algo completamente obsoleto de suas teorias e obsoletas sua teoria da mente seria obsoleta suas teorias clínicas seriam obsoletas ela já não nos diriam mais respeito ela já não poderiam mais falar alguma coisa sobre os desafios das sociedades contemporâneas é muito marcada por um horizonte ligado a uma certa moral vitoriano e aos seus impasses ligados a quadros clínicos que já se quer existiriam mais anseia por lembrar porque a princípio se nós levarmos em
conta o estágio atual do saber psiquiátrico aos quadros clínicos com os quais fraude lhe davam sejam neurose seria obsessiva ele já não não existiriam mais teriam sido quadros muito muito amplos e muito genéricos que não dariam conta mesmo de uma uma orientação mais segura para a actividade clínica então em todo esse horizonte vocês percebem de fraude apareceria como alguém do passado um pouco lá mark a no campo da biologia ou seja alguém é interessante ser lido no pódio histórico mas que já não resolvia não só os presentes é claro que se eu tô aqui a
debater esse assunto com vocês na porque de fato essa não é a minha leitura e existiria que há uma uma consciência cada vez mais clara de que a experiência intelectual freudiano ela não tem apenas um interesse clínico embora é sempre bom lembrar que em ter um interesse clínico nunca é exatamente apenas o interesse clínico tanto porque a maneira com que uma sociedade define o que é a distinção entre saúde e doença está intimamente associado a uma série de outros valores a valores como saúde doença não são meramente valores descritivos né até porque já a própria
colocação já diz muito esses são valores não podem ser exatamente descritivos porque eles implicam uma perspectiva de valoração e essa valoração no caso do humano ela está longe de ser alguma coisa dada pura e simplesmente pela equalização de certos marcadores biológicos essa valoração ela está profundamente embutida de uma idéia do que significa uma vida bem sucedida humanos sofrem quando tem a consciência tácita de que não foram capazes de alcançar uma vida bem sucedida vocês podem imaginar o que significa com complexo quanto à produção social histórica está presente num conceito como uma vida bem sucedida o
ponto conflito eu diria certo quanto à instabilidade está presentes e é óbvio que tudo isso entra no interior do campo da reflexão clínica tanto não é por acaso se vocês pensarem mais detidamente que muitos dos marcadores dos orientadores do saber clínico eles não são exatamente valores produzidos no campo da clínica são valores exteriores que vêm de outros campos da cultura e que aparece no interior da clínica por exemplo todos vocês sabem né isso é o que nos acompanham menos desde os gregos como equilíbrio é um valor clínico importante na definição mesma da distinção de saúde
doença em muitos casos o equilíbrio é um valor estético ligado à simetria ligada à proporção como proporção desde os gregos é um elemento fundamental para a definição de saúde saber medir fazer as coisas com uma boa medida vocês percebem como nós estamos falando na verdade muito mais de valores estéticos saber se controlar por exemplo saber ordenar sua vontade saber estabelecer uma hierarquia da sua vontade muitas vezes aparece a nós como elementos fundamentais não só em uma espécie de saber fazer com nossas práticas cotidianas mas saber conservar a saúde mas vejam como ordem hierarquia controle só
exatamente marcadores clínicos são valores políticos que a clínica absorve o seu campo e não poderia ser diferente as modalidades do sofrimento psíquico tão profundamente enraizadas em um horizonte de ação social que faz com que seres humanos lidem com um campo amplo de circulação de valores em vários em várias dimensões [Música] tá bom agora tudo bem tá grávida também retomando a o que estava dizendo a vocês eu insistiria aqui se há alguém que compreendeu isso de maneira muito própria e clara e fred por isso que a sua clínica é tão o sua reflexão clínica é tão
singular imaginem vocês um médico viena um médico especializado em neuroses seja realizado em problemas neurótico de neuroses histéricas ou que chegou mesmo a criar um 11 categorias obsessiva que escreve não só sobre casos clínicos não só sobre conceitos próprios ao campo da clínica mas vai escrever vai fazer análise de romãs dostoievski o pai decidiu gradiva de ensino que vai falar sobre autogênico da vida social totem tabu ou vai escrever textos sociológico claramente sociológico no futuro de uma ilusão como um mal estar na civilização ou textos de reflexão sobre a psicologia política como por exemplo psicologia
das massas e análise do eu eles percebem a peculiaridade dessa produção textual consegue imaginar hoje um clínico ou um psiquiatra tanto que têm esse tipo de abordagem ou descrita na boa questão é por que esta escrita porque era o espírito interessado em tudo o que tocava em tudo ou porque de fato seu problema exige esse tipo de abordagem a sua reflexão exige esse tipo de abordagem o que nos coloca diante de uma questão muito interessante que é que tipo de reflexão é essa qual é o seu objeto qual é de fato seu problema vão partir
do seguinte pressuposto parte do pressuposto que para floyd é impossível no sentido forte do termo fazer uma distinção entre o indivíduo ea sociedade ela não é operacional no seu pensamento não há nenhum sentido em fazer essa distinção próxima e última instância não é muito difícil dizer para fred o indivíduo no sentido forte do terreno não existe eu queria mostrar pra vocês como isso tem uma conseqüência muito interessante dentro de um tipo de reflexão sobre um problema que pra nós é decisivo para nós é fundamental para que nós possamos mesmo ter finir para nós mesmos o
que é uma vida bem sucedida que o problema da liberdade e pode parecer porque esse termo fra e haydn né o alemão não aparece muito no front não tem textos específicos sobre o problema da liberdade no entanto gostaria de insistir toda sua reflexão é marcada por esta questão em que condições é possível falar em liberdade emancipação foi mais uma vez são termos que não estão muito presentes vocês procurarem textualmente eles vão achar no entanto o problema está lá estava exposto de uma maneira completamente inusual também não se possa dizer né porque é claro todos nós
conhecemos freud como teórico do dos processos de condicionamento sou condicionado pela minha história sou condicionado pelos conflitos familiares pelas repetições vinculadas ao núcleo familiar cansou condicionado entre outras coisas pela dinâmica inconsciente do desejo a há toda uma teoria da determinação de como se como como sujeitos são determinados então dentro de um horizonte dessa natureza parece difícil pensar em liberdade da mesma forma se nós nos voltarmos aquilo que normalmente se faz se chama dos textos sociológico fraude nos quais fraude discutir a estrutura da vida social a estrutura da experiência política a estrutura da experiência religiosa volto
mais uma vez extinto atenta books hoje é das massas uma sensibilização e futuro na visão desses 43 fundamento mas quer que sentássemos também ao final moisés monoteísmo que é um texto decisivo de um texto conjunto não nós pensarmos desses textos parece que o fred está muito mais preocupado não exatamente com a liberdade mas com a servidão para se perguntar é todo momento como que esta e esta questão eu diria fundamental é a questão que realmente instaura o que nós podemos entender a filosofia política moderna né nós admitimos que um momento fundamental da sua instauração se
dá por exemplo o titular boa e se com uma questão decisiva que é porque sequer a servidão da servidão existe mas por que se deseja servidão essa questão decisiva para toda e qualquer reflexão filosófica sobre o fenômeno político e vejam como essa questão ela nos coloca dentro de um de um eixo de reflexão muito preciso porque trata-se de se perguntar em que o sujeito são cúmplices da sua própria sujeição em que condições os sujeitos desejam a sua própria sujeição e por que não seja se esta pergunta é uma pergunta que nós podemos dizer instaura a
própria dimensão da filosofia política em suas expectativas de emancipação é porque ela ela é animada pela crença de que a reflexão sobre a servidão é condição primeira da liberdade seja a reflexão sobre por que a liberdade não se realizou ainda é a condição primeira para sua efetivação e nesse ponto nós podemos dizer com toda segurança fred é um dos autores decisivo do século 20 sobre essa questão não só pela força da sua influência poderia lembrar exemplo em frança não se dá só no campo psicanalítico é impossível materialmente impossível pensar e algumas das experiências intelectuais mais
importantes do século 20 no que diz respeito à reflexão sobre os fenômenos sociais e políticos sem passar por freud não se pensa escola de franco o orador no rebote marcos maxur cai mesmo walter benjamin menor grau sem passar pelo pensamento freudiano não se pensa todo o horizonte possa estruturar a lista francês por mais que eles têm uma relação muito muito tensa com também não se pensa sem sem olho sem o campo foi aberto pelo professor fred não se pensa doa guatarri não se pensando em votar nos pés de lidar você pensa ficou sem que nós
possui entendamos que tipo de problema psicanálise colocou saci freudiano com o fred colocou se é verdade então voltemos a nossa questão fundamental porque o sujeito desejam sua sujeição em que condições sujeito desejam a sua sujeição essa porta existe é a questão fundamental dos textos sociológicos fry de anos essa questão ela não vai ser só uma questão política é uma questão ética maior decisiva e é coisa interessante é fred à sua maneira disse o sujeito que desejam sua sujeição porque eles foram produzidos para desejar sua sujeição a maneira com que os sujeitos são constituídos que há
uma constituição a maneira com que eles são socializados maneira então com que o aparelho só para a pepsico é ele ele se conforma ele é conformado tanto ele é feito de uma maneira tal como como por porque trata-se na verdade o resultado de um processo de sujeição social ou seja a sujeição social ela está presente no interior da nossa vida psíquica a maneira com que a nossa vida psíquica que se estrutura é resultado na verdade de um impacto social de disciplina e de controle então a nossa vida psíquica é como jogador de um sistema de
cicatrizes então o sistema de cicatrizes que expressam o desconforto o mal está o sofrimento com uma forma de sujeição social nós trazemos a marca da sua sujeição na esplana nossa própria estrutura psíquica mas nós trazemos também a marca da nossa revolta em relação à sua versão e por isso o sujeito foi de ano ele é antes de qualquer coisa um sujeito que levado um sujeito dividido entre a sua adesão à sua própria sujeição a sua revolta ela essa divisão traz mar ela marca mas mal sentindo forte do tempo ela divide o aparelho psíquico em várias
instâncias entre o eu super eu com isso são termos que o fred utiliza para falar qual impacto da internalização de princípios sociais de conduta se é verdade que a idéia fundamental do mal estar na civilização muito bem expressa por uma frase do beija minha não há documento desse vídeo a ação que não seja um documento de barbáries essa é uma idéia vocês podem encontrar muito claramente nesse texto seminal do frágil se é verdade que não há documento não há processo civilizatório que não seja também um documento de barbárie é porque o preço pago para nós
sermos reconhecidos como sujeitos sociais é marcado é cobrado através do nosso sofrimento psíquico as formas de sofrimento psíquico nossas neuroses nossas experiências nossas teorias nossas obsessões essas formas elas trazem não só uma moda do sofrimento ela também tem um conteúdo de verdade e essa é uma questão muito importante ou seja elas não podem ser completamente curadas porque elas trazem um conteúdo de verdade elas trazem a nossa inadequação a nossa insatisfação com as possibilidades inscritas no interior da vida social através do corpo da histérica através das observações neurótico que se que algo fala no sujeito insistindo
que a uma vida que não se realizou que talvez não consiga realizar no interior das expectativas sociais tocados como elas se configuraram esse é um dado me parece absolutamente decisivo em toda santa foi de ano e não é por outra razão seu sujeito a um sujeito privado ele é tão privado mas tão privado que fred vai ser aquele que de uma certa forma dirá para se falar de um sujeito não é possível usar apenas um pronome nós temos de dois produtos o eu eo isso um pronome pessoal da primeira pessoa e um pronome indeterminado o
sujeito é algo que que vive entre dois pronomes contrariamente à ideia então de uma substância alta idêntica à que é um legado de uma certa tradição da filosofia moderna o fred vai insistir um sujeito não substância ao tridente ele é um processo de residente ele é um processo de residentes que dividido isso tem uma conseqüência social e política fundamental é importante dizer isto porque isso significa entre outras coisas que a conformação não foi total que há algo nos sujeitos que exige procurar um pronome indeterminado para se expressar como quem diz mas eu não tenho pessoa
mas não algo em mim que não se conforma forma de uma pessoa e este algo em mim e não conforme a forma de uma pessoa talvez o que eu tenho de mais verdadeiro que eu tenho de mais decisivo e aí vem uma questão bastante interessante é mais ou menos assim a gente pode começar a entrar nosso debate sobre liberdade poderia mostrar de contas em que condições um pensamento como foi decisiva para que nós possamos reconstruir nosso conceito de liberdade resistiria muito nesse verbo reconstruir porque talvez só seja possível para nós pensar a liberdade a condição
de procurar reconstruir seu conceito ou seja o conceito de liberdade tal como ele nos chega é um conceito multi lado é um conceito que na verdade é o operador de uma intervenção de uma reversão o gosto de liberdade se transforma em conceito de dominação seja é um dado existe uma espécie de dinâmica no interior da maneira com que os modernos pensaram liberdade a liberdade ela só pode tal como um setor fundamental do pensamento moderno compreendeu só pode mesmo se realizar como sujeição ou seja há um problema no conceito de liberdade é só um pouco frágil
é só deus é uma consequência do pensamento freudiano se nós devemos pensar liberdade nós precisamos repetir saci o conceito vocês podem perguntar mas afinal de contas qual é esse conceito hegemônico de liberdade tal como nós nos teria sido negado plataforma há várias maneiras de responder essa pergunta eu gostaria de apresentar ao menos uma delas quem insistir para nós a liberdade está profundamente vinculado à noção de autonomia para nós é difícil pensar uma liberdade que não seja o exercício da autonomia e por isso talvez um pensamento como freud ano seja tão singular porque essa articulação não
existe do frágil e nem poderia existir o que coloca na contramão a indicam que toda uma uma maneira de mônica de pensar o que significa ser livre então vão primeiro tentar compreender um pouco nem que seja de maneira operacional essa noção liberdade como autonomia você sabe o que significa autonomia é autonomía moss a play própria própria lei e dar a si mesmo a sua própria lei o som já dizia não o que é a líbia quer ser livre se lhe se ele vai dar para si mesmo sua própria lei uma conceituação que chega de maneira
decisiva o pensamento kantiano que a gente vai dar então a sua formulação a fundamental da noção de autonomia através de uma discussão sobre a autonomia moral só que essa discussão sobre a autonomia moral não é só uma discussão sobre moralidade uma discussão fundamental para o campo social e político tanto que há é um dado muito interessante só um parente se percebam como conceder autonomia é tão decisivo para nossas formas de vida com nossas formas de vida são tão conformados a nossa economia o advento mesmo da psiquiatria moderna ela ela veio de uma distinção entre outras
coisas de uma distinção entre dois tipos de vontade à vontade alienada e durante muito tempo alienado era uma descrição para onde o entrar alguém que nós entendíamos como sendo doente mental ea vontade autônoma aquela vontade que se encontra em um outro aquela vontade que eu assumo como minha no campo da estética a idéia mesmo da existência de um julgamento estético distinto de toda outra forma de julgamento social seja a própria existência da arte enquanto arte foi ligado entre outras coisas a idéia de que num determinado momento a está o campus de 7 ganhou sua própria
autonomia [Música] autonomia significa nesse no sentido de que bem o fundamento estética não está submetido a um julgamento moral então submetido ao julgamento econômico não está submetido a um julgamento estratégico ele é autônomo ligado entre outras coisas a própria dinâmica interna da configuração das obras está sobre o processo de fruição no campo político nós sabemos fazer como conceito de autonomia de autonomia tão central não só para os autonomistas italianos mas daw o elemento fundo a idéia de que a cooperação dos indivíduos livres e que tomou pra si só a legislação só com suas próprias vidas
não se apercebendo na dispersão de uso do conceito a uma unidade vinculada afinal de contas qual é o exercício da liberdade em todos esses campos que condição arte é um exercício de liberdade em que condição a a liberdade centrava ano interior dos nossos processos de sofrimento e de doença mental e que deve se ele é tão liberado mais uma vez que quando são campo sobre política pode realizar sua liberdade todas essas situações o conselho autonomia parece que percebam que coisa interessante a idéia de dar para si mesmo a sua própria lei como exercício fundamental da
autonomia e como exercício fundamental da liberdade pressupõe então que eu seja o meu auto legislador legisla mim mesmo pressupõe um auto-governo eu posso me governar eu me go verno e aí vem uma questão interessante quem é seu e como ele se constrói como ele se constitui como ele é produzido em que condições ele é reconhecido todas essas questões podem imaginar não são questões exatamente simples mas a são decisivas a nossa discussão porque se esse este é o fato então há também no conceito de autonomia uma certa divisão há uma certa clivagem este eu que legisla
si mesmo ele é animado por uma vontade que não sai de si uma vontade que não é a expressão de um perdesse mas não é expressão de um e instaurasse um conformar a uma identidade fundamental entre eu ea minha vontade é um dado importante ou seja essa imagem nem ciência faz com que eu possa ser a causa de mim mesmo só a causa sui em situações de liberdade por isso alguém como kant tinha que falar existe uma causalidade específica qualidade nós conhecemos a causalidade natural que essas causalidades mecânicas vinculado aos fenômenos naturais há algo disso
no humano porque o homem o ser humano também é um corpo submetido às leis da natureza ele também tem os seus seus impulsos suas inclinações seus apetites como os animais têm os impulsos as inclinações seus apetites submetidos também a causalidade da natureza então nós também estão submetidos um pouco essa causa da natureza mas existe ou tv ou ou é sempre possível afirmar que existe uma outra causalidade que é causada pela liberdade ele instaura um tipo específico de causalidade e se com esse tipo de perfil falso casualidade quais sua especificidade ela não é uma causalidade exterior
ela não é algo que me causa de fora como a autora natureza me causa de fora por isso eu me solto a princípio me submeter o único exclusivamente à causalidade natural eu vou estar em situação de alienação porque a natureza que define em mim as condições do exercício da minha prova das minhas próprias ações bem se existe uma causalidade pela natureza então essa causa não é exterior ela me é imanente por isso era a causa sui causa própria veja que coisa interessante esses atributos ser causa desse mesmo não será afetado pelo que apurou que é
exterior são atributos de deus deus é causa de si mesmo de uma certa forma o eu tal como nós compreendemos ele é ele traz ele porta em si um horizonte teológico sua psicologia é marcada por uma certa teologia é uma imagem e semelhança divina a sua forma a constituir a psicologia do sujeito moderno uma teologia na base da tap psicologia do centro moderno podemos enfim insiste isso marcada nas telas por essa maneira então o que faz a ação vinculada à vontade livre da vontade e decisão vontade e ação vontade de ato essa imagem nem sempre
vontade ato é só pode aparecer inicialmente como um atributo divino e depois vocês secularizado bem sendo assim o que nós temos então não só de autonomia voltando à primeira divisão aquilo que adora da natureza ou da animale traz de um lado aquilo que é da ordem de 1 mantas aquilo que adora uma vontade pura tua vontade que se exerce em nome da lei a vontade que se exerce como amor a lei é o que fundamenta a minha autonomia por outro lado esta divisão ela vai produzir uma espécie de naturalização da noção de livre arbítrio como
exercício fundamental da liberdade isso nos é extremamente próprios nós tendemos a pensar liberdade como o livre arbítrio o que significa essa liberdade com o livre arbítrio posso pegar um dvd várias possibilidades descrição a lembrar o filósofo norte-americano foto harry frankfurt cedeu um modelo mais ou menos muito pedagógico sobre sobre essa idéia é o seguinte o que diferencia a diferenciaria o ser humano do animal é muito engraçado e sempre defendeu a liberdade tem de uma certa maneira explicar porque nós estamos um passo for de natureza porque é essa o grande fantasma né o pensamento moderno do
século 19 que ficou no século 20 a natureza é o eixo fundamental da servidão ao para a liberdade natureza z é claro das quadras por um ataque que mas que imagem de natureza é essa de onde ela veio e se ela ainda se sustenta essa é uma outra questão que são bastante interessante mas é bom perceber como isso nos ficou até hoje mesmo nos debates por exemplo sobre o sobre questões de gênero z a ideia é mesmo de que algo seja natural é imediatamente percebido como algo extremamente normativo decididamente normativo por isso por isso o
bloqueio desses nossa liberdade a uma questão interessante ser colocado aí esse tipo de visão da natureza s tudo bem mas antes já não entram nessa questão sobre a insistir sendo assim entendo então essa essa distinção tam entre procuradores o que é o ser humano e animal o que for vai dizer existem desejo de primeiro nível desejo segundo nível que não deseja primeiro nível por exemplo eu posso aqui ter o desejo de fumar eu posso mesmo pensar em animais que têm desejo de primeiro nível desejo de beber água desejo de de de atacar outro animal também
só que existem também desejo segundo nível por exemplo eu posso não eu posso ter o desejo de não ter o desejo de fumar eu posso mesmo querendo atacar o animal ter o desejo de não ter o desejo de querer neste momento atacar esse animal este elemento profundamente humano porque porque ele pescou uma distância em relação às inclinações né e um processo de possível de avaliação de conduta e de viver be true eu posso arbitrar posso dizer não mas eu não quero ter esse desejo mesmo que eu tenho eu não gostaria de ter um outro desejo
posso trabalhar para ter um outro desejo não se pode tentar não dar certo mas mas é como com como dia assim como com 11 esses laboratórios não pode aceitar a idéia mas o fato interessante vocês percebem que fazer o que o que nós temos aqui uma distância uma divisão que pressupõe então o exercício da liberdade através de um descolamento em relação aquilo que seria às nossas inclinações nossas inclinações nossas pulsões nossos desejos isso seria um elemento fundamental do governo disse do controle de si poderia terminar utilizar todo o resto na sua conferência e insistindo como
esse horizonte constituiu nossa idéia de liberdade através de um fantasmas estão percebendo o fantasma é o fantasma de que bem aquilo que agora os nossos desejos estão as inclinações nossas pulsões é uma mecânica meio animal interna nós mesmos é o que há de animal em nós e com e como nós vivemos em uma edição o time está física no qual o animal é um é uma figura degradada da existência humana é uma figura superior então bem isso é algo que que se ouvido única e exclusivamente dos degradada é claro que essa não é nunca foi
nunca poderia ser a reflexão que nós encontramos nos textos frade anos e aí vem a coisa interessante primeiro porque porque se nós perguntaram sobre as pulsões freud riba o que elas são resíduos de uma animalidade não socializa dá a dimensão do doing voluntário porque o em governável nós e que deve ser quebrado como um exercício fundamental do nosso controle sobre nós mesmos ou é outra coisa porque talvez o que fred tem tentado mostrar aqui nós somos constituídos por uma dimensão histórica que não aparece só na nossa forma de pensar ou na nossa forma de de
reta de organizar fatos através da memória nós vamos construir uma maneira histórica de tal forma que essa história parece no nosso corpo aparece nas nossas inclinações ela aparece nas nossas nossas pulsões ela aparece nos nossos sintomas ela aparece em várias outras dimensões a nossa corporeidade que nos parece tão natural do tão imediata ela é constituída de tecidos e tecidos camadas e camadas de uma profunda experiência histórica que nós poderemos mesmo de escrever utilizando um belíssimo termo de posse de alexandre rogério é uma história muito específica é uma história dos desejos desejados nosso corpo é feito
da história dos desejos desejados que foram desejados antes de nós e que nunca foram esquecidos mas que eles foram país constituíram marcas caminhos que haja em nós muitas vezes em que nós possamos sequer entender se quer perceber se estão lá presentes os conceitos fred anos de pulsão das pulsões estão profundamente imbuídos dessa dimensão seja a dimensão de uma espécie de de experiência histórica que não se dá sob a forma da memória voluntária não falar sobre a forma da memória que eu recupero voluntariamente a instalar na dimensão da do do involuntário em nós e do que
nunca poderia ser completamente voluntário o que nunca poderia ser completamente objeto de uma representação da consciência por isso é inconsciente e aí uma questão muito interessante que é inconsciente aqui nesse contexto porque nós podemos imaginar o inconsciente uma espécie de caixa de pandora né você tem laços com todos censurados na consciência você tem as funções são socializados tem de se abrir a caixa de pandora e elas e elas aparecem ou você pode imaginar né na verdade como por exemplo estruturalistas imaginavam nesse ponto até de uma certa maneira bem mais próximo do que foi útil um
pouco no seu horizonte consciente como sistema de normas e regras de leis que organiza a forma do nosso pensamento e que está é anterior a falar ele determina a forma do pensamento na estrutura do nosso pensar aqui no caso fred não tem uma dimensão muito importante além das que é interior o inconsciente é todo o processo genético e sujeito toda gênero sujeitá-la todas as toda a estrutura dos desenhos que o determinaram constelação de desejo que que o precedeu que no entanto eles inseriu que não poderia ter feito de outra forma e que age nele essa
dimensão dessas peças foi por isso por exemplo o fred pensa nisso porque esse é essa tecnologia da sua época na maneira como ele podia pensar isso na sua época sempre pensa falando a distinção de um dos gênios e filogênio quando falar tem uma dimensão filogenética fundamental do comportamento humano filogenética seja a história da espécie do gênero história do indivíduo fala olha não dá pra entender a história do indivíduo sem perceber e entender como a história da espécie se repete nele a história da espécie a sua forma ela se contrai se repete mais uma vez por
exemplo quando vai falar sobre totem e tabu vai partir dessa dessa idéia de que o bem existe um processo então de constituição da própria do próprio vínculo social baseado sobre o sentimento de culpa vai falar o sentimento de culpa fundo lá social isso é o seu limite e esse é um elemento fundamental da sua a nossa servidão é fazer com que o sentimento de culpa ou opere dessa forma ele vai lembrar bem sentimento de culpa vem do que o sujeito agem como se tivessem matado o próprio pai seja com o independente do que ele de
fato fizeram fala porque isso é uma herança filogenético porque a própria maneira com que a sociedade se constitui ela se constitui a partir da idéia de que existe um poder soberano aí ele cria esse mito agiu como se fosse um pai primeiro não existe um poder soberano esse poder soberano ele ele é marcado por uma violência essa violência exige uma contra a violência só que essa contra a violência não abre a possibilidade de uma nova forma de vida social porque porque o sujeito tem uma relação melancólica com aquilo que eles perderam essa melancolia internalizada eles
entram na vida social melancolia usados como se tivessem perdido o objeto que eles com 41 corpos se identificavam a possibilidade de uma força soberana e eles esperam essa força soberana todo momento por isso que tem e por isso vou fazer por isso que nas sociedades modernas são marcadas por uma tendência brutal de regressão social ele é o fred é que ele vai dizer nós nossas sociedades não estão livres de regressões sociais não é por acaso que as piores agressões sociais não foram feitas saber naquilo que para um certo modo de pensamento seriam sociedades arcaicas sei
lá a tribos africanas ocorrer das 13 horas nazis não apareceu lá aliás apareceu nas sociedades mais mais modernas mais avançadas porque porque o próprio processo de modernização é marcado por uma tendência brutal de regressão que o próprio processo de modernização constitui sujeito através de um vínculo melancólico ao poder eles o poder melancolia sujeito ea melancolia localizar o sujeito porque porque no fundo ele eu o poder de dos iguais se constitui a partir da perda da identificação com uma figura que parece uma força o soberano é incomensurável só que ela não estava presente mas ela tá
mas bem não está presente em muitas vezes a pior maneira de estar presente está ausente na sua presença está presente na sua ausência já está presente nessa maneira como sujeito nostalgicamente se relacionam a ela exatamente por nostalgicamente relacionar ela a todo momento em que a vida de iguais parece não funcionar a imagem dessa força soberana que pode voltar reacende nos sujeitos imediatamente recente do sujeito que foram constituídos dessa forma ele foi constituído pedindo amparo procurando amparo são os conteúdos esperando amparo do amparo de uma figura que ao mesmo tempo eles desejam eles detestam eles desejam
e eles odeiam como toda a figura de fato constitutivo no processo identificatório sendo assim se percebe se essa então é só descreve isso muitas vezes não pode escrever isso mas ele descreve como se de fato tivesse ocorrido de fato em algum momento do processo histórico ocorreu que você tinha as sociedades organizadas em pequenas hordas né aonde tinha um macho mais forte que detinha toda posso todas as mulheres está tudo bem que é um pouco como a sociedade sã em animais é próprio dos macacos um tipo de coisa que seria mais ou menos dessa mesma forma
que eu só acontece com os humanos só que num dado momento a transposição é quando se mata essa figura fundamental mas se mata para se conservar né há várias maneiras de matar pa uma delas é conservando como imagem sublimada então o que acontece se ele vai escrever como se fosse um processo histórico para dizer o que fazer mesmo que o sujeito hoje não tenho nada não tenho feito nada disso essa história pessoa porque a história da espécie que é a sua filosofia génese ela está lá pois conceitos haja até hoje da mesma forma o que
é interessante dentro dessa discussão vocês percebem como fraudes é se essa fantasia social marca uma história que internalizada no sujeito sujeito nunca estão completamente no presente eles nunca vivem completamente no presente eles vivem a todo momento vi dando com uma profunda dimensão espectral eles são constituídos de uma dimensão espectral essa dimensão espectral por incrível que pareça a dimensão mais real porque é ela que realmente determina o sentido das nossas ações que expressa que espreme qual o sentido das nossas ações só que o que é interessante no caso do fred é que essa essa estrutura espectral
ela tá lá onde até então outros viam como a pura e simples a animalidade ou naturalidade do mano ela está nas funções nas inclinações ela está nas fantasias e esse é um dado decisivo eu só pra dar um fechou um pouco nossa reflexão porque posso começar nosso debate não existiria o que se faz com isso caso frágil o que se faz com essa dimensão espectral do humano o que se faz o que quer se aloja no encontro daquilo que ele chama de inconsciente e aqui é sempre bom lembrar que o inconsciente do freud ele não
é uma um estado ele é uma instância é importante entender a diferença entre os dois só falam que eu estou em estado de inconsciência significa que aqui há representações e com a minha consciência não consegue ter acesso mas por um certo trabalho que ana milesi de interpretação ela cede e ela recupera nessa nesse horizonte não é inconsciente no sentido forte do termo no máximo pré consciência é um pouco eu diria é o conceito hitchcockiano de inconsciente hitchcock dia leu fraude à sua maneira é que não é bem tudo bem à maneira de um cinema não
- disse à afp a cineasta que lêem muito bem mas não é o caso não era somente vai tudo bem deixa claro se ele era um bom cineasta isso é o que importa né só que o presente pelo é sempre observações podem lembrar de um fim com morte e confissões de uma ladra onde você tem a uma mulher que é cleptomaníaca né e aí num dado momento do filme aparece assim uma integração aparece um galã que ao mesmo tempo se eu não me engano ao mesmo tempo faz o papel do detetive e psicanalista que ele
vai descobrir que no fundo ela é lá ela teve uma um trauma na sua infância ela viu a sua a sua mãe assassinar uma pessoa e ela ela e ela ela esqueceu completamente sensor completamente recebimento da sua consciência isso impacta muito na maneira com que ela vai agir tão ele faz uma aberração e faz ela repetir a cena mais uma vez repetir a cena se liberta quase um pouco a lógica ação reação é uma reação de ferida num que não pode pode ter ocorrido naquele momento vai ser corrido do tempo depois graças ao grande amor
que ela vai ter para expor esse detetive psicanalista o galã de cinema só que resolve todas a sua situação não se percebe mas o que é interessante nisso é não é inconsciente aqui não é inconsciente o que você tem é são conteúdos recalcados que vão a uma outra cena que podem ser através de um processo bem sucedido recuperados só que no caso do fred o que acontece é inconsciente não é só uma dimensão desses conteúdos que vão desaparecer por um certo momento horizonte não se da apropriação da consciência verdade o inconsciente é uma outra forma
de pensar completamente estranha consciência outra forma de pensar de articular que é completamente estranho com ser submetido a outros processos que faziam a presença do processo primário e que faz então com que de uma certa forma bem talvez aí está falando de cinema então talvez uma das melhores representações do que de fato inconsciente foi de ano vem de outro cineasta vende o david cronenberg é um filme que é nec do land que num dado momento do filme ele há um protagonista aqui que ele fala mas ele fala como se fosse uma segunda fala por baixo
que vai subindo vai aparecendo então se imagina que tem uma segunda faca em uma outra língua e que não tem tradução as duas línguas mas a outra insiste a todo momento e só um pouco eu gosto de frade ano não significa que há uma outra forma da experiência essa forma da experiência no caso ela é trânsito devido ao não se submete ao horizonte de interesse do do indivíduo é trânsito devido ao ela ela constitui objeto de outra forma e mais ela age nós de forma involuntária ela ela pode ser o horizonte do de um desejo
que é nosso mas aí vem a coisa interessante porque isso demonstra como o nosso desejo de um som completamente nossos eles não não seria possível ter uma relação de propriedade ela só super como se eu falasse é a minha propriedade o meu desejo vocês não são completamente nós mas essa coisa interessante a possibilidade de entender que nosso desejo não sou completamente nós pode abrir uma outra forma de relacionar idade a outra forma de estar em relação a uma outra forma de saber atravessado por outros e diz saber de uma certa maneira em um processo de
ressonância contínua em relação a outros mas isso muda radicalmente aqui eu queria chegar isso muda radicalmente o que significa uma nação livre se percebe mas são livres não será uma ação que é feita como se eu pudesse então a minha própria lei como se eu então estabelecer se o meu próprio domínio como se eu então fornecesse horizon do que minha próprio setor na verdade é uma ação livre é aquela que implica um certo regime de abertura ao que eu não controlo completamente ao que não me é próprio completamente ao que não se submete por inteiro
a forma de um eu mas que de uma certa maneira a ge em nós como a ressonância de processos de desejos desejados que nos constituíram de centrando o horizonte da ação de centrando lócus da agência abrindo esse lócus a um tipo de relacioná-lo da di que tem uma forte conotação política porque porque nós eu terminar um pouco aqui nós tendemos a pensar a vida política como uma um jogo de tensão em relação a associações e reconhecimentos nós somos indivíduos cada um tem os seus sistemas de interesse e de identidades suposta nós pecamos nos fazer reconhecer
da vida social e para isso nós precisamos de uma negociação há coisas que nós podemos fazer reconhecer outras que não se arrastem nós tencionamos horizonte mas se percebe é é esse só um pouco dinâmica própria uma sociedade pensada com a associação de indivíduos que estão em contínua e continua a tensão a respeito do do revestimento seu próprio seus próprios interesses um pouco proprietários que têm uma cada um tem o seu pedaço de terra e cada um vai tentando acertar afinal de contas onde vai a cerca de 100 o que é interessante no modelo freudiano é
que esse é que essa visão da vida social desaparece ela não ela perde completamente o sentido ela perde completamente o sentido porque não há mais indivíduos no sentido forte do tempo o indivíduo existe quando você descobre que afinal de contas seu desejo sua forma de desejar horizonte da sua forma de vida ele é a ressonância contínua de uma multiplicidade de desejo de experiências que precederam e da qual você não não não não tem uma representação consciente adequada então elas emergem vôos em vários momentos que tipo de eu é esse se percebe z e o que
qual o sentido em falar por isso que eu fui falar com 162 pronomes eu num só não basta que tipo de que princípio é esse dilma então se nós existe de fato essa esse fundo de spectra lidade a uma sociabilidade que se constitui a partir da ressonância desses processos que de despersonalização sujeito que criam horizonte comum inapropriado inapropriável mais comum fazendo então com que a amiga relação a outros se modifique porquê porque a opacidade do outro em relação a mim mesmo é da mesma distância que a minha capacidade em relação a mim mesmo à distância
que eu tenho em relação ao outro é a mesma distância eu tenho em relação a mim o que não significa submeter o outro a mim mas fazer com que a relação a mim o si mesmo ganha uma dimensão ideal de alteridade radical esse é no final das contas por mais incrível que pareça um dos maiores exercícios de liberdade que nós podemos ter e é isso que o fred nos ensinou para isso muito obrigado a igreja agradecemos essa palestra do rendimento ea fato é sobre liberdade em que no mínimo poderíamos considerar como extremamente sedutora um mínimo
mas passamos agora então para o público às perguntas do público então é primeira primeira pergunta será do nosso curador quem quiser fazer perguntas por escrito por favor o faça e encaminha as nossas ao nosso pessoal de produção quem quiser se manifestar pessoalmente por favor o faça também indica que levante a mão mas procurem se limitar às perguntas ness em grandes depoimentos perguntas com pontos de interrupção no fim então passamos a pergunta as armas agora a palavra ao nosso curador primeiramente parabéns excelente participação grande exposição eu gostei retomar um pouco a idéia de civilização afinal de
contas parece me que a liberdade está muito atrelada a essa noção de de civilização e aí eu gostaria também de fazer um por uma provocação no sentido de que a civilização ainda é um conceito para poder falar do eu e se voluntariamente os indivíduos ainda desejam utilizar se de uma questão eu poderia levar à maneira de responder a essa dívida é mais ou menos o seguinte nós podemos admitir que planos pra nós o processo civilizatório não só o processo de constituição de um modelo de vida social onde a violência não seja um elemento decisivo porque
se foi isso a gente sabe muito bem que o processo licitatório foi um fracasso retumbante né eu sempre fui o melhor do que isso nunca a violência teve a ausência de violência nos artefatos horizonte a questão é bem que tipo de violência se aceita ou não e até poderia dizer nada mais é mesmo nosso concelho democracia ele admite mesmo admite claramente a noção de violência existe uma coisa é uma violência política que é o que é decisivo o conceito de democracia porque você democracia não confunde justiça direito exatamente admite que a dimensão de justiça que
pode não estar expressa no direito então por isso para a vida social presente ela aparece com uma violência só que essa violência muitas vezes o processo necessário para universalização de direitos em um caso clássico é o próprio ação de greve em 1930 até mesmo ele tendo esse país greve era um crime e hoje voltou a ser uma certa forma isso é que a gente dão tudo o que é integrar é interessante observou os exemplos históricos sempre são por exemplo do presente mas de qualquer forma foi graças a um crime como esse que direitos foram universalizados
então simplesmente um parêntese seis lojas demitimos então o processo civilizatório ele visa constituir uma forma de sujeito esse é o seu horizonte responder uma pergunta que é quem nós queremos ser esse é o verdadeiro horizonte do processo de civilização tão é claro que há uma dimensão disciplinar fundamental nesse processo tal como foi vivenciado até hoje só que essa dimensão de se disciplinar ela não ela ela convive com as com seus outros como se fosse uma mãe teve que conviver com uma com três temas o processo civilizatório não é um processo ele é de uma certa
maneira o movimento de uma de uma de uma multiplicidade de alternativas sendo uma delas hegemônica mas várias em conflito existe uma conflitualidade própria do processo licitatório é isso um bom é isso um pouco do freddy shepherd aposta sua forma ou seja não vai fazer uma aposta antes civilizatório até porque porque não faz o menor sentido não conheço nenhum pensador foi antes civilizatório é russo o senador tornou naturalismo isso não tem nada diante civilizatório era simplesmente uma crítica que usa a reificação própria uma certa há uma certa instauração do que nós entendemos por modernidade na verdade
o que o faz faz um pouco lembra existe uma multiplicidade de dentro desse processo essa multiplicidade ela ela nos lembra entre outras coisas que o 1 essa pergunta quem nós queremos ser não é uma pergunta simples respondida ela não só não é a pergunta simples e respondido como ela muda em determinados com processos históricos e talvez do nosso processo histórico ela será respondida maneira mais ou menos a seguinte forma nós não queremos ser apenas um erro nós podemos sofrer por não conseguirmos ser um eu por não conseguirmos realizar uma individualidade suposta mas nós podemos sofrer
também por sermos apenas um erro e essa me parece uma questão muito importante possa pôr fraude então nesse sentido se o sujeito não querem a civilização eles têm não tem razão tem uma dimensão quase tem razão de fato é necessário não querê la mais pra que ela possa ser realizada porque porque a maneira como ela se realizou até agora é a maneira inversa às suas próprias promessas é necessário traí la para realizá la boa noite olá aqui né na internet do outro lado do outro lado nós estamos transmitindo ao vivo café pelo facebook pelo youtube
pelo epp também tom eles fica o aviso para todo mundo que está aqui que todas as palestras com disponíveis lá no ep também tem só o áudio som mais 600 palestras já a a disponíveis e até o momento mais de 12 mil pessoas tiveram foram alcançados pela transmissão algumas cidades que se manifestaram aqui foram feira de santana são paulo recife guarulhos tem um pessoal que nos assiste da universidade federal do sul e sudeste do pará direto de são félix do xingu a aaa classe de psicologia da universidade do contestado também em santa catarina o instituto
de psicologia desenvolvimento de londrina tem uma fã da eslovênia que também sempre assistir é de londres e portugal hoje tem gente também acompanhando algumas perguntas que chegaram aqui são a complementares então acho que vale a pena fazer essas 31 do fernando que pergunta que tipo de reflexão podemos fazer em relação aos que pedem mais intervenções mais controles mais armamentos e mais o regime vigilância é mais controles mais armamentos mais vigilância um desejo de se sujeitar a um desejo de destruir o outro roselaine pergunta assim seria possível fazer uma associação entre violência crescente no século 21
e o desejo de se sujeitar e elvira fala se liberdade e segurança concorrem se complementam o é possível ver as duas de maneira equilibrada olha há uma maneira de responder essas questões à la carte uma metáfora me parece muito sugestiva a respeito do eu com uma fortaleza ou seja com um sistema defensivo que estabelecer fronteiras estava definir seus limites que operava sob a forma do território na definição do seu próprio território e é claro esse modo de organização psíquica e ao mesmo tempo sustenta e e e reverbera um modo de organização social onde a própria
idéia de identidade o elemento constitutivo da nossa noção de segurança estamos seguros lá onde e quando nos encontramos nossa própria identidade nos sentimos assegurados reconhecidos lá onde encontramos a nossa própria identidade é óbvio que esse modelo ele parte de um certo tipo de afeto que o afeto de que veja se nós definimos o a existência o existir porque é disso que se trata enquanto sujeito a partir da forma de reconhecer certas fronteiras é porque em última instância nós estamos sentindo a todo momento que a permeabilidade em relação ao outro é uma violência imaginamos que a
personalidade em relação à outra uma violência é porque em última instância o outro aquele que produz medo ou seja o afeto central da vida social aparece como medo afeta central da vida social como medo faz com que o time e esse é um evento que parece decisivo e faz com que todas nossas reações sejam defensivas toda nossa dinâmica sejam defensivas ea própria violência de todas das demandas de intervenção de segurança elas são diminuídos pelo fato de que nós acreditamos que se não houver intervenção se não houver controle então a violência vai ser muito maior porque
eu já disse algumas vezes esse é um modelo muito interessante porque o modelo dia justificação da existência do estado da sua força da força soberana do estado que no fundo ele é justificado pelo fato do estado aparecer como o bombeiro e piromaníaco da vida social ele é o bombeiro que ele falou olha se eu não estiver aqui se vê a força policial não estiver aqui se a minha força militar não tiver aqui podem saber saber de uma coisa é o caos o caos nossa casa vão levar tudo vão sobrar nada certo tudo que é sua
propriedade você vai ser você vai ter a mesma disposição generalizada mas ele deve permanecer porque porque vai dizer se eu não tiver que é o caos ou seja a mesma proposição seja vai dizer é importante se é pra ele vai ser importante sempre lembrar que o caos à espreita que a violência brutal da vida social está à espreita bem isso é uma fantasia uma fantasia no sentido forte do termo são fantasmas social que é o elemento fundamental de justificação de um certo modo de governo no setor de governabilidade que é na verdade um certo circuito
de afetos um certo modo circulação social de afeto um certo modo de constituição de sociedades que é baseado antes exclusivamente de uma a partir de um certo tipo de infecção muito clara que todos nós conhecemos bem que a demanda de segurança ea produção continua do medo bem é claro extremamente claro que nós entramos com os dois pés nesta forma de vida social e esta forma de vida social ela mostra afinal de contas o que ela pode produzir agora temos mais uma questão da internet na verdade são várias manifestações online e alguns presenciais marielly presente várias
pessoas se manifestaram e aí uma das questões que chega como ler esse trágico assassinato que já produz execução a allos da conversa que temos tido e à luz da conversa teve fazer uns um processo de mediações que é no limite do desonesto mas a questão ela ela tem o seu interesse de outra forma porque é muito claro que uma sociedade como a brasileira que ela se constituiu através do medo como o feto central uma sociedade de um país que nunca foi um país que não existe nós ocupamos o mesmo território mas não existe um que
não existe nada parecido a uma coesão social mínima é um país que vê o seu sonoros inimigos como só para a população dizer é um país onde isso foi escrito nos jornais há semanas atrás para justificar por exemplo a intervenção militar dizendo bem mas é essas regiões são como outros países que estão submetidas a outros poderes professor dos governos eu consigo imaginar nada mais brutal do que falar que uma parte da sua população é como é como estrangeiros no seu próprio país não só porque está submetido a outro poder porque se ela está submetido a
outro poder estava também em última instância você justifica que elas sejam tratados como inimigos que o que elas estão sendo tratados como inimigos com pessoas podem ser fechadas com pessoas podem ser julgadas podem ser submetidos ao pior tipo de discricionalidade o pior tipo de autoritarismo levando ainda em conta que nós sabemos muito bem que a sociedade brasileira é uma sociedade de castas e essa essa estrutura de casta ela ainda ela ainda toca de uma maneira muito mais brutal muito mais profunda certo certas certas determinações de raça e de gênero que não sabe muito bem quais
são e levando tudo isso em conta fica a única mas fica fácil entender que a única maneira de governar o brasil é produzido continuamente o medo dessa maneira de produzir continuamente o medo ela implica entre outras coisas que nós vamos aceitar um grau de violência indescritível contra a própria população usamos naturalizar um grau de violência indescritível conta própria população isso é assim que se governa o país o estado brasileiro ele é na verdade o maior carrasco contra os setores fundamentais sua própria população que ele vê como o setor matar vel' um setor que eu seja
amar mata-se 100 com os 100 maiores consequências face desaparecer sem maiores conseqüências das pessoas submetidas a um processo de cessão contínuo dizer um assassinato como aconteceu essa é só mais um elemento dentro dessa lógica só mais um elemento dentro dessa lógica só que é uma loja que foi aplaudida de uma certa forma os setores fundamentais da população que virão de uma certa maneira como a abertura digamos a da do modelo de de de administração da nossa sociedade como uma através de uma militarização cada vez mais brutal e perversa como algo necessário tal for necessário ou
seja não era necessário se perguntar em última instância como que se chegou a uma sociedade que é a que tem um grau profundo de violência interna um grau profundo de violência policial de violência estatal tanto a ponto é sempre bom lembrar a polícia militar brasileira há três anos atrás ela é bem as organizações das nações unidas elas propuseram a extinção pura e simples da polícia militar do brasil que já é sempre bom lembrar o brasil é um dos pouquíssimos países do mundo que a polícia militar que em qualquer outro lugar do mundo uma polícia militar
quando existe é a polícia que policia fronteira quartel é esse é o seu lugar o brasil é um dos pouquíssimos países do mundo onde a polícia militar polícia tudo pois eu espero urbana completa há de se pensar o que isso significa há de se pensar o coco isso e só uma expressão muito clara do que a nossa sociedade ou seja ela visa uma grande fronteira onde a ponte onde há uma polícia que o que organiza suas ações a partir da lógica em amigo inimigo pode policiar as áreas urbanas ou seja tratar a população policiar a
população tão a esse 111 assassinato como aconteceu nesses últimos dias ele apenas explicita um processo brutal de dia no divino de ausência de governo mas de expressão do que é realmente governar o brasil porque o brasil antes de mais nada é uma forma de violência é o nome que nós damos uma forma de violência também já não conseguiu perceber isso ainda a gente vai perceber isso muito rápido boa noite eu queria eu queria fazer um paralelo vou perguntar mas eu queria fazer um paralelo sobre essa questão da violência social e nessa questão da marina que
foi executada recentemente é com relação à doença do indivíduo a doença psicopatologia fred foi alguém que trabalhou com o sofrimento humano aí você falou muito da questão do sofrimento coletivo eu queria que você falasse um pouco a minha pergunta é qual é a expressão atual a gente fala que não tá numa época de muita depressão mas quando a expressão atual da nossa patologia individual é que se relaciona com essa com a violência e eu me escuta muito foi que a violência a violência cesse a violência social também é uma patologia com essa correlação entre essa
violência coletiva e à violência e à patologia não é que o indivíduo sofre então olha há uma maneira de responder isso da seguinte forma a no momento em que o fla desenvolver sua clínica o quadro fundamental das patologias suas neuroses porque para nós é uma patologia da lei do proibido e do permitido então quer dizer o sujeito ele ele tem um investimento amigo em relação à lei ele deseja lei e ele a ao mesmo tempo rejeita a lei da maneira como as relações de identificação todas são sempre marcados por essa ambivalência sujeito a deseja ea
rejeita o que acontece nesse caso se ele produz um certo modo vínculo de relação à lei que é o mesmo que é marcado pelo respeito pela transgressão e essa duplicidade ela exige uma divisão subjetiva então aquilo que eu adoro da transgressão à lei ela vai ocupar constituindo uma outra cena que produzem entre outras coisas uma possibilidade uma tensão que pode ser mesmo uma tensão criativa em relação ao exercício da lei este modelo ela produzindo uma espécie de de duplicidade no qual uma uma dimensão da vida psíquica acaba servindo como elemento fundamental de crítica da vida
social essa essa dimensão da transgressão elas instaurando da vida psíquica ela acaba fornecendo uma um impulso fundamental para a crítica da vida social só que de uma certa forma nós entramos em uma era onde o modelo de gestão social se aprimorou tanto que não é mais possível permitir um dos sujeitos desenvolve esse tipo de clivagem desde a escola de franco já se falava de mim isso é apropriação japão apropriação imediata do inconsciente existe um conceito de sublimação repressiva é isso é que é um conceito que visava exatamente tentar entender esse processos em que condições você
não teria mais uma espécie de de de processo repressivo que acaba produzindo como um seu saldo necessário uma espécie de dinâmica de revolta mas vai ter um processo de desmobilização da revolta sobre a forma de uma sociedade onde a repressão não desempenhar mais um papel fundamental não vai ter mais uma tão decisivo porque o povo modelo de gestão é um modelo de incitação imediata aquilo que seria em última instância a resistam elemento de resistência à integração social então todos os elementos que antes eram dentro dos estádios repressiva é não integráveis da sexualidade a violência e
por aí vai vão sendo elementos que na verdade vão funcionar como stay o verdadeiro adapta da integração só que isso vai trazer também uma outra forma de sofrimento muito muito peculiar porque é neste momento já não tem mais uma instância psíquica que estabelece o permitido proibido não têm mais resistência psíquica que vai funcionar nesse nesse registo você vai ter uma infância psíquica que vai funcionar através da incitação contínua e essa excitação por outro lado ela vai ser uma forma fundamental de desmobilização da ação porque ela consiste nas mãos de deus em uma situação onde só
tem você tem que lidar com um proibido se você não consegue alcançar o que você quer bem o culpado tatá configurado thaís internalizado é quente é quente reprimiu uma situação onde isso aparentemente não existe mais quem é o culpado você já teve força suficiente se não teve ímpeto suficiente só performance foi baixa você tinha todas as condições mas não conseguiu amigo anos inovou sobis e reciclar se flexibilize flexibilizou mal então você ficou lá preso naquele horizonte talvez não teve não teve o ímpeto da da inovação é culpa sua mas ninguém vai tudo as costas então
com o resultado a depressão se transformar num dos mundos é fundamental o sofrimento psíquico porque ela já não é mais uma modelo do sofrimento marcado por essa dinâmica transgressão respeito à lei ela é um modelo marcado pela possível eo impossível dizer seja a possibilidade de impossibilidade mas é uma possibilidade e possibilidade marca que que é caracterizada pela pela potência dos indivíduos que é muito diferente em relação à lei que há um conflito com a norma social são interessantes deixa o conflito não social sai do horizonte lá a histérica quando ela quando ela fazia o seu
corpo falar só pela sexualidade que eu não conseguia fazer reconhecer ela tinha dimensão fundamental de crítica da vida social onde ela dizia bem mas a oi estrutura nova social impede impede de me expressar me faz me coloca numa posição de uma feminilidade caricata teatral teatralizada que é completamente vinculado mas não é patriarcal então o que me resta é é de uma certa forma a expressar a impossibilidade radical de se relacionar a norma é essa dimensão um sofrimento psíquico como uma problematização relação à norma desaparece quando aparece é porque já não é norma que está time
pedindo se realizar sua própria força a equipe do a sua própria dinâmica por isso que é um sociólogo como alan rosenberg vai conseguir uma boa formulação sobre o que é a depressão de pensar um pouco o cansaço de si mesmo é uma a uma decomposição da da capacidade de ação nesse sentido então é isso ou seja mais uma vez mostrando como as modificações nos padrões de gestão social implica necessariamente notificações nos regimes de sofrimento psíquico porque é um modelo sócio-econômico não é só o modelo só seu nome é um modelo também de gestão do sofrimento
psíquico temos mais duas questões aqui uma do público e uma da internet é as duas se complementam também o victor que está aqui diz assim você afirmou se entende que o processo de identidade envolve simultaneamente amor e ódio isso seria restrito as identificações políticas ou vale para a vida em geral não é possível pensar em amor sem ódio sem amor ea deborah que nos assiste aqui online aqui de campinas mesmo pergunta sobre as redes sociais se esse bombardeio de opiniões as pessoas estão preparadas para isso e se as relações na atual modernidade líquida estão permeados
de violência veja os processos identificatórios eles são processos que de fato mobilizam a rivalidade e identificação por isso eles se dão em vários níveis né eles são eles mobilizam bem resolvidas uma certa identidade produção de identidade e uma rivalidade porque essa identidade da verdade é uma conformação larga medida a todo o elenco todo o processo de construção de identidade tem uma dimensão fundamental de conformação então o que coloca também uma uma discussão bastante a meu ver apropriada importante sobre o que significa utilizar a identidade como elemento político central de identidade ela pressupõe uma gramática pressupõe
uma uma recorrência pessoa foi uma repetição tal pressupõe um circuito de reconhecimento e cinco de reconhecimento ele perceber um certo tipo de conformação ele pressupõe um certo tipo de está de estar em determinado lugar de organizar lugares de definir os lugares de estabelecer distinções diferenças e estabelecer de divisões e resistência ou seja todas todos os processos são e são preenchidos consequências políticas e muitas delas bastante problemáticas então é importante lembrar dessa dimensão que parece sobre a questão das redes sociais eu insistir ano seguinte am as redes sociais simplesmente expressão mostrou dois elementos decisivos primeiro as
relações sociais são para o som são marcadas por distinções muito evidentes se fala muito na impossibilidade de diálogo atualmente como se ela tivesse existido algum momento acho engraçado isso um sítio fato em algum momento tivessem investido diálogo não é aquela coisa do surreal até porque desculpa em política não há diálogo nunca houve e nunca haverá enquanto você se esperar a política seja esse campo vai ser de desconhecer o que é de fato um fenômeno político porque a falar que a política é uma questão de diálogo pressupõe uma ilusão uma uma ingenuidade do ministro é mais
ou menos o seguinte tudo se passa como se se você tem outra opinião é porque não entendeu bem a mim entender ou seja a gente pode se eu falar devagar ea auto se é um turista americano sabe vou falar alto devagar você vai entender a minha opinião você vai você vai chegar racionalmente a gente vai chegar racionalmente um consenso seja como se percebe como se tudo na verdade fosse uma questão de reconhecer como se nós tivéssemos entre nós uma gramática não problematizada de argumentação e nós pudéssemos sem maiores problemas e encontrar o melhor argumento então
você vai falar mas você não viu muito bem esse aspecto eu sugiro fácil em casa pega um sujeito do outro aspecto da vida e começa a tentar explicar não mas vejo esse aspecto aqui não mas veja bem esse dado não mas olha o número resulta então você tenta em casa vejo acontecer a possibilidade de não acontecer nada eu diria 99,9 por cento onde o que acontece nada se você simplesmente foi com ramais raiva você percebe que pelo diálogo não adianta você vai começar a fazer um pouco como como como o livro tony o finado tony
blair quando resolveu explodiu afeganistão ajudar o bush júnior a jogar bombas afeganistão ele falava sobre os talebans justificando não há justificativa que era fantástica agora não dá pra conversar com esse pessoal achava faixas dando pra conversar você joga bomba então você vai lá explodisse pá que tenta ficar imaginando inglês chegando lá tentando conversar são império ameaçar não entendo a principal de uma bomba ou seja isso demonstra todas as coisas a desculpa maneira maneira um pouco inadequadas de toda forma porque realmente a colocação ela está longe de ser de ser suportável isso demonstra muito claramente em
tantas coisas que não se trata de diálogo em política porque na sociedade são radicalmente antagônicas elas organizam formas de vida radicalmente antagônicas nós não queremos a mesma coisa nós não não analisamos da mesma forma nós sequer damos o mesmo sentido a mesma as mesmas palavras certo quando nós falamos de liberdade quando outros falam de liberdade nós não estamos falando sobre a mesma coisa e não há nenhuma possibilidade mais absurda nenhuma possibilidade que nós consigamos encontrar um terceiro elemento de nós vamos encontrar de alguma forma porque não há uma gramática comum entre nós nunca houve e
nunca haverá e um dos problemas deste país até a dificuldade cabal orgânica de se reconhecer dividida orgânica tem medo mas o medo atávico de compreender de uma vez por todas que a vida social produzido pelo descenso esse dissenso é absolutamente estrutural ele é radical tanto ele vem de experiências de vidas completamente distinta de horizontes de realização do que significa vida social completamente radicalmente distintos nós poderíamos começar a fazer alguma coisa se nós começássemos a reconhecer isto que nós não falamos a mesma língua e que não há uma terceira língua que possa traduzir as duas talvez
a gente poder começar a fazer alguma coisa mas isso é impossível para o brasil é impossível porque parece que afinal de contas é isso um convite de imediato porque há há há uma degradação absoluta de relações que nunca existiram que sempre foram degradados a uma violência absoluta de votos sempre foram violentas não mas elas sempre foram violentas em outras coisas por isso porque é como se não aceitam descenso fundamental então o outro só pode ser um completo irracional como se não aceita que não há de fato uma possibilidade mínima de de consenso então tem quem
está fora do horizonte o consenso está formatando santa razão então eu sentiria um pouco nesse aspecto para dizer na verdade que a polícia não é uma uma dinâmica de diálogo é uma dinâmica de reconstituição de afetos o que é uma coisa completamente diferente z existem dynamis circuito de afetos distintos e o que nós podemos fazer é desarticular certos afectos e isso passa por outras estratégias que não as da argumentação e acho que esse é um evento importante a se entender então a última instância a que o para que o país se mostra como um país
completamente dividido está longe de ser um problema acho que até mesmo o começo de um mínimo de realismo de aceitar de uma vez por todas vejam só fala de um país que sequer foi capaz sequer foi capaz de criar um consenso mínimo sobre o seu passado recente e violento nós não temos nem consenso elementar sobre a ditadura militar sobre o que ela representou e sobre o fato de que há certas coisas que nunca podem ser poderão ser repetidos o contrário você tem você tem forças armadas até hoje que se auto louvam como se tivessem salvar
o país de alguma coisa que eles entendiam se fosse o o risco iminente do perigo vermelho qualquer coisa parecida perto seja você tem você tem até hoje a um país que foi incapaz é o único país da américa latina de nenhum torturador foi preso ou seja a sociedade sequer foi capaz de ter um consenso dizendo tortura de estado algo inaceitável nunca será mais aceitável independente se você liberal se você é comunista revolucionário seu direito de pessoas é conservador independente disso tem situações que não são assim não só as etapas em hipótese alguma nem isso conseguiu
é o que se chama chama isso de um país boa noite aqui é o tablet pode me planejar todos é voltando o conceito de liberdade talvez num sentido filosófico é algo que eu me questiono muito já faz anos é considerando a memória histórica que você menciona é família igreja governo e todas as relações de sujeições elas relacionadas é o conceito de liberdade ele pode ser exercido de maneira plena ou ele beira de certa forma um sonho idealizado com ele nossas formas de vida são organizadas a partir de certos valores dentre eles o conselho liberdade a
ponto de que para nós que a ausência de conceito do conceito de liberdade como com um concerto que tem exercício é é ao mesmo tempo a compreensão de uma vida malograda perguntar o que é uma vida malograda para nós uma vida na qual liberdade não se realiza uma ou seja uma vida bem sucedida para nós não pode ser uma vida que não contém a liberdade claro dito isso aí vem um novo segunda questão interessante que há vários conceitos de liberdade em circulação na nossa vida social eo volta a insistir que são muitas vezes até mesmo
antagônicos o que demonstra uma certa maneira como mais uma vez o processo histórico funcional ele não é monolítica pode ser demolido mas não é monolítico ele tem várias vozes que andam 1 ao mesmo tempo criando horizonte idade a valores muito distintos entre si mas não existiria o conceito de liberdade não pode ser um consumo um horizonte utópico porque é a sua inexistência sua não realidade esvaziar completamente o horizonte de justificação da vida social nós podemos dizer coisa que o que a liberdade não se realizou mas entendo que significa dizer a verdade não pode se realizar
são duas colocações muito distintos afirmava a liberdade ainda não se realizou significa bem até agora aquilo que nós entendemos como fundamental não pode ganhar concretude o que justifica as nossas lutas o que vai justificar as lutas dos conflitos sociais que em última instância eles vão ser sempre conflitos por liberdade mesmo quando você tem lutas por por redistribuição por melhores condições econômicas essas melhores condições econômicas estão inseridas em uma dinâmica mais ampla que a de realização das condições materiais e liberdade porque pra uns setores fundamentais das nossas populações nós entendemos que não há liberdade na pobreza
não é possível ser livre pobre não se tudo ok se você for um estóico você pode falar com o epíteto eu sou escravo mas o livre porque em última instância a meu pensamento é meu pensamento não há nada que possa realmente imitá-lo se você foi ganhando você dizer só epíteto mas você está errado então por que não é por si uma liberdade que não se efetiva socialmente é uma quimera é uma ilusão uma liberdade que não permite que ela socialmente se realize que ela ela agora não pode realizar num ano nos conjuntamente os grilhões então
se nós aceitarmos isso então nós podemos dizer às lutas sociais elas são fundamentalmente lutas pela liberdade sempre foram esse é o elemento fundamental decisivo elas organizam dessa forma mesmo que elas têm um ano mesmo que elas tenham um tópico êêê aço e demandas específicas fazer mais específicas elas elas podem a todo momento se reordenar dentro de um horizonte mais mais global de uma demanda de transformação social tendo em vista a realização material do conselho liberdade sendo isso tam em insistir porque que não se tratam de horizonte utópico trata se de uma de uma de um
de uma do elemento de pressão pelo movimento nossa sociedade estão em movimento exatamente por causa disso elas vivem são sociedades em movimentos não são estáticas por causa disso elas procuram as condições materiais sociais realização do concerto liberdade dentro de um horizonte de dissenso sobre o que é o conceito temos mais duas do público aqui sobre liberdade ainda há uma delas a do guilherme diz o seguinte na sociedade moderna eu se o ideal de que a realização plena do sujeito significa alcançar sua liberdade de forma plena e autônoma somente nesse conceito de viva o seu sonho
esse objetivo realmente é possível mediante as limitações do euro foi de ano ea outra há também um pouco nessa linha mas há mais direto assim como como você pensaria a liberdade no conceito de se andar do contexto do neoliberalismo então já achar uma maneira de tentar se explicar de outra forma de dizer ela falou uma frase muito interessante liberdade com vivo seu sonho poderia dizer mais ou menos o seguinte é uma coisa que foi a de mostrar que o sol nunca é seu ou seja é o que o que muda muito radicalmente a ideia que
deixa é muito mais interessante também não quer dizer significa que viver esse sonho que ocorre em você não significa rever a o que é seu significa na verdade compreender como se para você só faz sentido viver é assumir algo se algo possa ser submetido à condição de seu saulo possa ser submetido à condição de de algo que aparece como como propriedade minha no sentido forte do termo então você nunca vai conseguir entender o que é um sonho então só nunca vai ter sentido porque o sonho na verdade aquilo que diz entramos porque ele é a
ressonância de vários outros sonhos ele é a dimensão fundamental de uma experiência que não é uma experiência individual não se sonha individualmente não a um indivíduo que sonha porque aquilo que é da ordem da produção única e um sentido isso não é um sentido metafórico o dia no sentido mais mais concreto do termo indivíduos não sonho né porque aquilo que adora da produção única é a ressonância de uma memória social que age nos indivíduos e essa condição para que os dois sejam minimamente compreensíveis por isso que você eles não dizem respeito à sua experiência despesas
que você nunca teve índice de desrespeito à sua perda diz respeito apenas que você nunca teve ou não diz respeito ao seu horizonte realização mas hoje a geração você que nunca apareceu e como aqui e como isso é possível é um tipo de profissional de arquétipo ou através de uma certa ressonância de uma compreensão de que os sonhos são os setores fundamentais da memória social os sonhos são um duas dimensões 2d edições mesmos sonhos você ou você você tem quando você dorme à noite normalmente ou seja é porque ela tem sonhos tem tem dezenas de
urubus também as sessões são setores fundamentais de uma memória social partilhada e essa é é a sociedade sonha nos indivíduos não são os indivíduos que sonho a sociedade sonho dos indivíduos o próximo é o processo histórico sonha nos indivíduos e é acho importante insistir nesse aspecto seja é uma outra dimensão de uma outra concepção de um sujeito que é necessário desenvolver nesse aspecto você fala sobre a última pergunta sobre sobre o neoliberalismo pode repensar repetir um pouco do neoliberalismo sim essa é uma questão não é interessante até que ela tem aparecido aqui pela também daria
à muito tempo de discussão porque a princípio o neoliberalismo e liberalismo se colocam entre tantas coisas como como modelo de vida social no qual liberdades é um é um elemento decisivo fundamental uma liberdade que é conjugado sob a forma da liberdade individual que aparentemente para nós ou para um setor fundamental button aparece como a única liberdade possível como única forma de liberdade possível bem essa liberdade individual eu queria lembrar vocês algumas características dela esse conceito de liberdade individual que nasce com o liberalismo clássico do loc por exemplo que vai chegar que mais aparecer à sua
maneira com um ano no histórico do neoliberalismo ela tem um elemento entre tantas outras coisas o elemento muito interessante logo no segundo tratar do governo 2 - seguinte disse que os indivíduos eles têm a propriedade da sua própria pessoa isso isso define que são proprietários da sua própria pessoa ok existe uma dimensão política da idéia que consiste em dizer mas no seguinte e coloque dizendo entre outras coisas para dizer bem eu não sou propriedade de outro não são propriedade do estado proprietário de mim mesmo então eu limita o poder do outro que limita o poder
das instituições sobre mim então eu ganha autonomia só quem é interessante essa autonomia ela se baseia em uma forma de liberdade como auto pertencimento pertence a mim mesmo só que esse alto pertencimento por sua vez é baseado na idéia de auto propriedade não sou proprietário de mim mesmo e só parece muito claramente o debate do inglês do século 17 você pega por exemplo os levem flores né reveladores que eram que é um dos primeiros nas figuras de uma democracia mais radical você pega um exemplo alguém como richard hoover tom que num conflito vai definir é
eu sou proprietário de mim mesmo ninguém pode ser me submeter eu não posso ser sujeito possa ser sujeitado a nada porque eu tenho eu tenho a garantia da propriedade missão direito natural resolver tom só quer ver uma coisa interessante você pode perguntar que tipo de liberdade essa que se realiza e que só consegue realizar quando eu submeto a mim mesmo a situação de propriedade porque por exemplo poderia ser lido aqui lembrar pra vocês da famosa genética do soro do escravo do escravo rebeldes uma coisa muito muito muito importantes mas é o seguinte eu me relaciono
ao outro como propriedade e se o código se a mim mesmo porque a 0 sobre o chelsea também tem uma 11 uma das figuras de uma duplicação da consciência duas senhores carro eu relacionei mesmo como se fosse propriedade de mim mesmo me relacionar com o propriedade não significaria me colocar na posição de coisa porque a propriedade é o que eu tenho em relação a coisas quando um sujeito a proprietário é um escravo ele a propriedade é um escravo ele se reduz à condição de coisa é como posso de uma certa maneira realizar na condição de
sujeito submetendo minha coisa só de coisa para mim mesmo não é um paradoxo desemprego disse imagine um senhor que precisa de um escravo e que todo o trabalho que tem que fazer um escravo que faz e acontece o senhor modifica-se a partir do escravo porque o que ele deseja como um escravo que ele deseja aquilo que escrevo produz o desejar como um escravo ele se submete a propriedade ao invés de simplesmente submeter à propriedade a si mesmo ou seja ele se auto rei fica então é quanto se passa no seu faz pensar a idéia de
liberdade com propriedade de se submeter ao regime de uma retificação interna é é é desejar como uma propriedade é agir como uma propriedade é existir como uma propriedade o que significa existir com a propriedade isso é uma forma de liberdade ou é a pior de todas as patologias e imagináveis no tema da vida social ou é a mais há a mais absurda de todas as construções ou a má maior perversão da propriedade liberdade imagina que existência como propriedade é uma afirmação da liberdade se pediria esse é o resultado do pensamento liberal e do só versão
mais radical neoliberalismo com terminamos então depois essa brilhante palestra do vladimir safatle lembramos que a partir de agora temos o livro só mais um esforço que está à venda hoje aqui pela livraria leitura ele será autor poder autografar os exemplares então por favor quem quiser adquiri lo lembramos também que na sexta feira que vem continuando o módulo o psicanalista cristiano nunca tratará do tema lacan uma linguagem para o real agradecemos então mais uma vez o nosso convidado de hoje administra fato leigos gostaríamos que vocês e agradecer 100 com um aplauso muito generoso obrigado [Aplausos]
Related Videos
Freud hoje: repensar a liberdade depois do inconsciente | Vladimir Safatle
50:53
Freud hoje: repensar a liberdade depois do...
Café Filosófico CPFL
146,708 views
Por um colapso do indivíduo e de seus afetos | Vladimir Safatle
50:13
Por um colapso do indivíduo e de seus afet...
Café Filosófico CPFL
113,206 views
O Inconsciente Freudiano: Onde mora o desejo (Daniel Omar Perez)
2:00:15
O Inconsciente Freudiano: Onde mora o dese...
Instituto ESPE
18,526 views
Lançamento do livro Em um com o impulso: experiência estética e emancipação social
1:11:17
Lançamento do livro Em um com o impulso: e...
Vladimir Safatle
7,260 views
A Psicanálise e a Consciência | Vladimir Safatle
1:29:30
A Psicanálise e a Consciência | Vladimir S...
Instituto ESPE
29,310 views
O amor na Psicanálise com Ana Suy
1:12:24
O amor na Psicanálise com Ana Suy
ESPEcast
18,287 views
Melancolia do poder / Maria Rita Kehl e Vladimir Safatle
1:00:21
Melancolia do poder / Maria Rita Kehl e Vl...
TV Boitempo
56,172 views
Freud e a Psicanálise: Uma Introdução com Pedro de Santi | Casa do Saber
59:19
Freud e a Psicanálise: Uma Introdução com ...
Casa do Saber
30,348 views
VLADIMIR SAFATLE: JUNHO 2013: INSURGÊNCIA OU CONTRARREVOLUÇÃO? - Programa 20 Minutos
1:03:47
VLADIMIR SAFATLE: JUNHO 2013: INSURGÊNCIA ...
Opera Mundi
39,097 views
QUEM SOMOS NÓS | Nova Direita por Vladimir Safatle
1:37:35
QUEM SOMOS NÓS | Nova Direita por Vladimir...
Quem Somos Nós?
372,404 views
Zygmunt Bauman e a Pós-Modernidade
44:13
Zygmunt Bauman e a Pós-Modernidade
yuri silva
367,200 views
Qual é a diferença entre INCONSCIENTE e SUBCONSCIENTE? | Christian Dunker | Falando nIsso
45:02
Qual é a diferença entre INCONSCIENTE e SU...
Christian Dunker
18,789 views
Subjetividade artificial - a tecnologia que vive a vida no meu lugar, com Alfredo Simonetti #aovivo
2:03:50
Subjetividade artificial - a tecnologia qu...
Café Filosófico CPFL
7,844 views
Mundo está diante do maior conjunto e crises da história, com Vladimir Safatle
41:44
Mundo está diante do maior conjunto e cris...
Rede TVT
22,847 views
O surrealismo de Kafka é a realidade do Brasil de hoje?
45:08
O surrealismo de Kafka é a realidade do Br...
Folha de S.Paulo
1,118 views
Maquiavel por Renato Janine Ribeiro
1:30:47
Maquiavel por Renato Janine Ribeiro
Território Conhecimento
171,373 views
A psicanálise nos espaços públicos #3 | Christian Dunker e Vladimir Safatle
1:20:02
A psicanálise nos espaços públicos #3 | Ch...
Christian Dunker
13,110 views
LACAN E KIERKEGAARD: A REFERÊNCIA FILOSÓFICA DO CONCEITO DE REPETIÇÃO, com VLADIMIR SAFATLE
2:05:17
LACAN E KIERKEGAARD: A REFERÊNCIA FILOSÓFI...
Contraponto 55
7,474 views
falar de si mesmo lá onde não há mais si mesmo   vladimir safatle MP4 480p MPEG4
1:38:29
falar de si mesmo lá onde não há mais si m...
andre deak
13,576 views
Freud: a sociopatologia da vida cotidiana | Renato Mezan
50:24
Freud: a sociopatologia da vida cotidiana ...
Café Filosófico CPFL
224,294 views
Copyright © 2024. Made with ♥ in London by YTScribe.com