São Paulo Freire Paulo reglus Neves Freire pessoa especial especial no sentido da importância da relevância daquilo que é inspirador um filósofo da educação da contemporaneidade que nasceu no dia Dezenove de setembro de 1921 e faleceu no dia dois de Maio de 1997 Paulo Freire alguém que como qualquer ser humano mas o caso dele de modo mais intenso é insubstituível naquilo que pode fazer um Democrata alguém que tinha a possibilidade inclusive de acolher aqueles Ou aquelas que como ele não pensasse ele não entendia isso como ofensa quando colocado de modo respeitoso de modo argumentado ele teria
como uma contribuição para que Ele pudesse melhorar aquilo que pensava e fazia Paulo Freire muita gente se lembra dele pensando em método mas Paulo Freire lhe dou muito mais com metodologia Isto é com uma filosofia a todos e contribuiu e contribui imensamente não é com educação na contemporaneidade não só no Brasil onde ele também é como em alguns outros lugares né Bem acolhido bem lembrado Em alguns momentos até objetado E como eu disse ele não acharia isso de modo algum que algo inadmissível ao final o diálogo não é a concordância forçada o diálogo EA possibilidade
da diversidade de percepções vir à tona e a busca de um consenso que ao ser construído ele significa uma elevação da condição melhor para ambas as pessoas ou Todas aquelas que esteja ali no diálogo envolvido os políticos no ano em que Paulo Freyre faleceu em 1997 na ele fez em maio Como eu disse no mês de outubro no dia do professor Quinze de Outubro de 1997 Lembrando que Paulo Freire é o patrono da educação brasileira mas em 1997 no dia quinze de outubro é uma reflexão junto com colegas da área de educação pública e essa
reflexão ao lidar com teoria do conhecimento epistemologia para usar o termo técnico trouxe à tona toda a contribuição de Paulo Freire não apenas aquilo que ele escreveu mas aquilo que ele expirou aquilo que ele moveu a amorosidade que ele trouxe à tona a humildade que foi capaz de fazer por isso quando a gente lembra Paulo Freire não lembro apenas alguém que é o nome na área de educação mais uma pessoa que a gente precisa colocar dentro da nossa reflexão nem sempre para concordar muitas vezes para crescer na o tempo todo para pensar uma pessoa que
faz falta mas essa falta evidentemente ela acaba sendo preenchida exatamente pelo tanto é o imenso legado que ele carregou muita gente pergunta e Paulo Freire na tua vida bom eu convivi com Paulo Freire pessoa e por 18 anos mas eu conheço e Paulo Freire como alguém que inspirou ideias em 1973 ele ainda estava no exílio ainda estava fora do Brasil e eu estava no primeiro ano da universidade e ao fazer o curso de Filosofia um dos primeiros textos que eu pude ler da ele foi exatamente um texto sobre conscientização depois no ano de 1979 eu
era para ver só da PUC São Paulo ele voltou do exílio por um tempo foi aclamado por milhares de pessoas na porta do Tuca do teatro da Universidade Católica e eu lá estava também quem diria aqui nos anos subsequentes privaria com ele de uma amizade que foi trazida por amigos também comuns amigas que me apresentaram a ele quando ele voltou ao Brasil em 1980 ele passou também a ser professora da PUC São Paulo e ficou de 1980 até 1997 em 1988 ele foi escolhido ainda antes de tomar e pela prefeita Luiza erundina para ser o
secretário de educação da cidade de São Paulo e eu fui chamado para compor a equipe de Paulo Freire por isso convive de modo intenso também com ele nesse período mas há uma boa coincidência ele encontra ela secretário também ela meu orientador de doutorado nos dez anos finais da vida de Paulo Freire ele não tinha mais nenhum orientando de Mestrado do outro lado é certo eu e Paulo Freire por tanto para mim alegria foi meu orientador de doutorado ver um amigo alguém com que eu pude compartilhar muitas coisas e com o qual trabalhar Aliás ele foi
na meu chefe no dia que Paulo Freyre faleceu no dia dois de Maio Eu desabei né eu chorei muito não apenas porque havia ali perdido um amigo mas porque nós Deixaremos de ter alguém não é com todo tipo de legado que ele acabou trazendo e ele neste ponto da existência era alguém que jovem ainda nascido em em 1997 ele estava com uma idade em que seguiria fortemente com outras compreensões mas há algo que parece até colocado agora menos impactante mas ele faleceu o Paulo Freire uma semana antes da data da minha defesa não é a
data e as do outro lado e portanto evidentemente isso é um impacto no campo pessoal também muito forte ele durante quatro anos e meio orientou-me a tese de doutorado e essa tese quando já marcada defesa ele faleceu nós aguardamos um tempo durante um mês produzem fazemos em relação entre a liturgia acadêmica e eu especialmente para poder ter condição não é de ir ali fazer a defesa e aí chamei para o lugar que ele ocupava né dentro da banca examinadora de 5 pessoas a sua viúva A Professora Doutora Ana Maria Araújo Freire também sendo da área
de educação não é poderia como fez a cola branca e é claro minha defesa doutorado no mês de junho de 1997 ela foi muito mais do que um ato acadêmica foi um ato amoroso um ato afetivo aí que fez com que a gente eu tivesse ali presente conosco por isso a cada momento que é o caminho nas coisas que faço cada momento que eu faço uma conferência uma palestra Claro que ele comigo está né não de modo esotéricos Sobrenatural mas aqui não é dentro do afeto dentro da formação dentro da compreensão e mais do que
tudo com aquela risada especial também né que ele tinha Paulo Ferreira discreto no riso ele não gargalha vá ele Riva lá salvar a cabeça um pouco devagarinho e disso sim aí o saudade grande mas sem não é que a presença dele ela se faz mais forte do que ausência Boa noite a todos e a todos elas Oi bença Você está conversando com vou sair no nosso dia eu de maneira geral costumo brincar que o dia do professor não vai hoje Quinze de Outubro aliás todas as pessoas que me cumprimentaram hoje eu disse olha agradeço mas
hoje não é o nosso dia nosso dia a dia 1º de novembro Dia de Todos os Santos E aí [Música] [Aplausos] e às vezes quando a gente vê um espetáculo como isso que a gente viu quando a gente vê essa alegria que a cultura brasileira capaz de produzir e nós dentro dela a gente atentado a dizer assim será que eu consigo falar depois disso Claro é depois disso que a gente consegue falar e aliás eu depois disso que a gente consegue viver e é por causa disso que a gente consegue ser é por causa da
Alegria por causa do Prazer por causa do nossa luta continua para ir enfrentar o dia a dia por causa da beleza o que nós vimos aqui até o momento são situações e beleza a emoção da Selma ao pelo seu primeiro congresso de educação com o conjunto dos educadores das educadoras com a sua equipe a emoção da Anitta da Ana Maria Freire que aqui chorava' o seu professor o nosso também é mas dela muito mais Oi Celso Daniel o homem que vem e põe aqui uma equipe para trabalhar que é professor também Anitta professora Selma Professor
Celso da minha professor e eu sou professor o Flávia que diria as crianças é professor é bem pressão às vezes e que nós chamamos uma grande comunidade afetiva é bem para são as vezes até que nós somos importantes e todo ano no dia do professor a televisão mostra a gente sempre tem uma coleguinha Nossa que provavelmente já foi no ar nos jornais essa hora que vende banana lá no interior do Ceará EA professora e todo ano Aliás não precisava fazer uma reportagem todo ano era só tirar do arquivo e todo ano vem a banda a
gente no dia quinze e a gente fica em dúvida fica em dúvida se a gente comemora suja não comemora a nossa identidade sindicais a minha ao simples é de São Paulo as nossas entidades sindicais fica em dúvida se publicam nos jornais que a gente tem que comemorar ou que não tem que comemorar só tem uma coisa a gente quer comemorar a gente tem direito de comemorar a gente tem o dever de comemorar e quando eu vejo essas crianças quando eu vejo um professor como Flávio produzir beleza junto com elas eu fico pensando que a gente
tem que comemorar mesmo e a gente tem que comemorar por uma razão é quando a gente comemora que a gente se fortalece e o que é que significa comemorar a palavra mesmo explica comemorar lembrar junto com comemorar mesmo horário de memória o que que nós fazemos aqui hoje na abertura desse congresso o que que nós fazemos todo dia nós comemoramos Nós lembramos juntos lembramos juntos o quê o que a vida vale que a vida tem que valer como dizem algumas religiões eu quero vida e vida em abundância é a vida vale e eu tava conversando
com ela como é que eu falo de teoria do conhecimento lá e depois disso fica uma coisa tão esquizofrênica a falar da escola e as teorias do conhecimento nós estavam vendo teoria do conhecimento aqui eu tava olhando e pensando assim olhando principalmente para vocês todas e todos que dão aula na educação infantil que trabalha com educação de jovens e adultos se já imaginaram se os nossos alunos tal como os que estavam atrás dessa tá padeira se eles fossem tão disciplinados como ele estava aqui no palco se eles fossem tão aplicados como eles estavam aqui se
eles fossem tão organizados como ele estava aqui os nossos alunos não são sempre assim bom e sabe por quê que eles não são sempre assim porque a gente talvez ainda não saiba como capturá-los e sabe por quê que eles aqui no palco junto ao Flávio os outros mestres que estão com ele porque que eles estavam disciplinados atentos não erraram a obedecer a marcação viram sambaram brincaram e sabe por quê Porque isso tem a ver com eles é porque eles gostam disso o e às vezes a gente esquece que se a gente só consegue ensinar direito
se a gente lhe dar a partir do que eles gostam e quando a gente ensina o que eles não gostam eles reagem claro nós não podemos ensinar só o que eles gostam mas sem dúvida alguma isso a teoria do conhecimento nós temos que partido que eles gostam nós temos que partir da realidade deles se aqui ao invés de frevo samba Maracatu eles tivessem tocado é uma valsa Pode ser que ele não gostasse entanto embora muitos de nós gostaríamos Pode ser que se tivesse tocado aqui um ritmo que não fizesse parte da Cultura o que eles
não ficar sentado disciplinados nós em sala de aula não são poucas as vezes em que a gente atravessa o samba e com eles Claro não é questão de culpa isso é a questão de como é que nós os compreendemos já imaginaram se vocês ainda não tem mais muitos aqui tem na rede estadual eo todos vocês ainda não tem alunos maiores anunciou os jovens e adultos Mas se vocês tiverem é de 1ª a 4ª série sem falar na emenda 14 horas tá se vocês tiverem de 1ª a 4ª Série o e aqueles que já tem saber
disso já imaginar como uma coisa é a escola é gostosa com ele Oi gente sair essa criançada não gosta da escola e não é verdade eles adoram a escola o que eles não gostam muito das nossas aulas e eles adora escola se amanhã cedo tivesse aula não tem né Por causa do congresso né mas tem na rede estadual não também não tem algumas escolas algumas é a minha filha tá numa escola estadual amanhã não tem aula né para ver que combinaram né Não pera aí ele não sei mas veja só o melhor ainda nós temos
que que a gente comemora em vários lugares uma aqui outra lá outra dentro da sala as crianças não gosta da escola Boston elas não gostam muito da nossa aula sabe porque amanhã por exemplo sete horas da manhã é aquela correria ele chegando na escola aquela alegria todos brincando rindo aí toca o sinal vai tudo quietinho a sala de aula o centro ali fica hora você tadinha cadeira de madeira certo aí toca o sinal para o intervalo agora lá sabe aquela alegria vamos brincar todo que a gente tem que pôr o gente para tomar conta deles
tá E aí toca o sinal de novo eles vêm tudo quietinha termina aula eles vão alegres e não vão embora para casa você tem que mandar embora se aula termina mais cedo eles ficam ali na escola porque é porque eles adoram conviver na escola agora legenda nossas aulas e às vezes isso no primeiro grau e até o situações pegar o primeiro grau Eles não gostam muito e a gente acha que eles são todos né eles deveriam adorar as coisas que eu te faço ele estava ali com 13 14 anos de idade com os hormônios fervendo
e tem gente que confunde o hormônio com um demônio aí eles estão com os hormônios fervendo os hormônios estão fervendo e sabe o que que eles querem na vida e eles querem coisas horrorosas eles querem dançar eles querem ficar namorar xaveca eles querem brincar eles querem passear eles não entendem nada da vida e não entenda sabe que ele tinha que gostar ele tinha que gostar de entrar em sala de aula ficar 4horas quieto sem poder se mexer direito tá com os hormônios ali e com a gente ensinando para eles coisas fundamentais que eles tem que
apreciar Qual é a diferença entre um adjunto adnominal e complemento nominal Qual é o nome dos sete primeiros Reis de Roma os quatro latinos e os três etruscos Qual é o nome das marginais dos afluentes do Amazonas a mais esquerda direita Qual é a capital da Tanzânia vai como é que você calcula a raiz do Delta em matemática e para culminar a gente manda eles ler em amor de perdição de Camilo Castelo Branco II E se eles não querem e eles reagem a isso e sabe o que é que elas reagem e talvez e isso
é teoria do conhecimento talvez porque a gente tem a teoria sobre o conhecimento mas não talvez sobre o conhecimento deles Oi e a gente precisa ter a gente precisa saber o que é que eles sabem a gente só saber também onde é que eles estão para gente ir até lá pegar os e trazê-los para o mundo do conhecimento que a gente quer também se nós não sabemos onde eles estão como é que nós vamos buscá-los para trazê-los e eu não digo que não se Deva dar Camilo Castelo Branco aliás é ótimo não se deve ensinar
adjunto e complemento nominal e nem o nome dos sete meses Reis de Roma a questão é que muita gente em educação Começa por aí sem partir da realidade deles e aí eles ficam disciplinados quando é que uma classe 170 e aqui estava ficam fervorosos animados quando tá se lhe dando a partir das coisas que eles querem o que disse o Flávio aqui pra nós que eles ensinam português matemática ensino música ensino cidadania fazem cidadania tudo por meio da música já imaginaram se começar a sair se na cidadania uma menina uma menina não ficar na rua
não consumir droga né Eu não caí na marginalidade se começasse isso dando aula sobre o que é marginalidade o que é droga e teatro não se pá e eles têm para chegar onde a gente acha que é necessário que eles estejam também e eu não vou fazer uma exposição sobre teorias do conhecimento que eu ia fazer é o que ela avançar no outro tema dentro disso a propósito de falar disso e vou até aquela tá para vocês uma história que é muito bem contada pela professora Stela graciani da PUC querida muito com meninos e meninas
de rua a Aliás a lançar um livro A semana passada João da pedagogia social da rua uma coisa interessante cima e a Estela Graciele conta uma história que eu vou recontar rapidamente tem muito a ver com o teoria do conhecimento e com a gente a Estela os 10 12 anos ela decidiu educado alfabetizar aliás meninos e meninas de rua ali da Praça da Sé em São Paulo naquela época era muito perigoso trabalhar com crianças de rua porque havia uma perseguição policial ainda é né porque a sociedade brasileira acha que a criança Marginal nasci assim vocês
se lembro alguns anos quando havia aqueles arrastões no Rio de Janeiro lá na praia sucesso assistindo televisão você teria início da sensação que aquela criança ela saía de dentro da água é porque a TV certo vai mostrar ela saindo só em nome do dia que elas vinham no morro que ela saía do Morro que ali ela não tinha educação não tinha comida como se ela sair sem da água e elas são nossas elas são crianças meninos e meninas de rua porque na rua elas estão Mas elas pertencem a nós EA responsabilidade é Nossa também nossa
da sociedade e a Estela Conta as histórias a 10 12 anos isso ela não podia chegar e começar a dar aula para eles porque eles são desconfiados como do adulto afinal de contas eles estão lá daquele jeito por nossa causa oi e ela começou a cercá-los só convivendo com ele era um grupo de 12 e 15 Meninos e Meninas entre 10 e 16 anos de idade começou a conviver com eles uma semana duas na terceira semana que ela tava ali só convivendo ela uma professora da Universidade né ali na convivência um dia eles já cercaram
e disseram para o seguinte em função da diferença de idade falar assim ou veia que que você quer aqui e ela falou eu queria dar aula para você aí eles falaram ah a gente não quer não a gente já foi para escola a escola não tem nada a ver com a gente a gente vai para escola fica quatro horas sentado em uma sala fechada com a mulher gritando com a gente lá dentro lá aí quando a gente sai da sala fica outra mulher gritando agenda do lado de fora tá E aí fica uma mulher lá
na frente e quando a gente ficar quieto e a gente fica quieta e a mulher senta e fica falando com a gente assim a pata nada e a pata nada o velha a gente sabe que apatar nada a gente não vai à escola para saber que a pata nada bom então nós vamos escola escola não tem a ver com a gente E aí ela for é e continua convivendo com eles a Estela Gracyanne Depois de alguns dias eles acercar de falar assim ou velha a gente achou ser legal a gente queria que você me ensinasse
a gente a ler e escrever Oi e aí ela disse uma frase maravilhosa que todo educador demora para aprender a dizer ela disse eu não sei e eu não sei eu não sei ensinar vocês isso eu só sei ensina a menininha menininha bonitinho que toma banho todo dia que tem família que tem livrinho aqueles que eu apaguei as vezes no curso de pedagogia eu não sei da aula para vocês aí eles eram para mim a frase que eu queria até que seus guardados na cabeça não sei anotar Porque para mim ela é a síntese da
teoria do conhecimento em educação eles era para ela assim o velha não esquenta a cabeça vamos fazer o seguinte a gente te ensina como que a gente consegue aprender aí você aprende e ensina para Gente o que a gente tem que saber e a gente olha olha é isso a teoria do conhecimento a gente te ensina como que a gente consegue aprender você aprende e ensina para gente que a gente tem que saber Ah e eles aprender ela e ela ensinou e ela aprendeu e eles ensinaram e Eles não queriam ter aula em sala de
aula descrever o ter aula ali no Parque Dom Pedro para quem conhece debaixo dos viadutos pegavam papéis na 25 de Março pregava tudo nas paredes e tinha aula em círculo e ela começou todos ainda tem pelo menos do grupo que ela conta tem uns três quatro que estão vivos ainda mas faz uns 12 anos e um dia ela tava sentada em círculo dando aula para ele depois de ter aprendido com eles como é que eles aprendiam E aí de repente todos correndo todo sair correndo e ela ficou não sabia o que era mas quando ela
olhou para lá e da Polícia Militar que vinha vindo na época de uma forma o povo agressiva e baixando o e ela Doutora ou não da Universidade saiu correndo Claro tá saiu correndo quebrou o salto do sapato aí certo uma hora depois ela estava ofegante foi até o local onde eles se escondiam e eles estavam todos lá um tempão lá sossegado e ela chegou esbaforida Suada com o vestido da suja e falou assim vocês me sacanear é o fim da picada mas vocês faz uma coisa dessa mas como é que vocês correm ninguém me avisa
e disseram senhor velha você é tão estudada mas é tão tonta velha tá que que adiantou se a estudar tanto você não sabe quando a Polícia Vem vindo eu e mais velha você já falou da onde você dá aula já mostrou a livro que você escreveu não adianta nada isso velha na na hora de correr velho a gente tem que correr em zig-zag que o que vai reto é a bala G1 e isso é trágico e é engraçado e vale mais velha você tem que correr separada você correu atrás da gente a gente tem correr
separado que quem corre junto e a polícia e é a hora veja só é um grupo de meninos e meninas que vivem na maior cidade da América Latina e na maior concentração da América Latina é um grupo de meninos e meninas que não tem ninguém para puxar a cobertinha dele a noite e perguntar tá com frio já fez a tarefa abandonado um grupo de meninos e meninas que não tem ninguém para dizer já Escovou o dente antes de dormir estudou para prova e amanhã como é que tá a sua dorzinha de barriga é um grupo
de meninos e meninas o que não tem comida que se quiser comer tem que roubar se quiser comer tem que enfiar um caco de vidro no meu pescoço no semáforo senão eu não do é um grupo de meninos e meninas que sabe quando a Polícia Vem vindos telemóvel é um grupo de meninos e meninas que tem que saber qual é separado cidade móveis um grupo de meninos e meninas que tem que saber que a bala vai reta na ele morre eu ponho em uma sala de aula e fala para ele assim a pata nada apatar
nada ele fica na escola não ele sai de quem é a culpa dele vagabundo não quer estudar a sociedade deu a chance não aproveitou o governo montou a escola e você não foi bandido Marginal lugar de bandidos na cadeia ou no cemitério E é assim que muita gente trata e por trás tem uma questão de teoria do conhecimento em contraste a questão política por trás tem uma questão ética e eu fui Alfabetizado uma cartilha que muitos de vocês fora também que foi a Caminho Suave O Caminho Suave é uma boa cartilha como qualquer livro não
é bom sempre em qualquer lugar para qualquer pessoa a tampa é boa que eu fui Alfabetizado nela Só serve para todo mundo em qualquer lugar qualquer tempo jamais e na Caminho Suave eu sou de Londrina no Paraná uma cidade agrícola de 1960 quando eu fui alfabetizados eu nem era nascida em 1960 quando eu fui Alfabetizado em Londrina na minha cartilha vovó via uvas Oi e eu Mário Sérgio também viúvas não era só vovó que as vias é porque uma fazer a sentido para mim ela fazer a parte da minha realidade é a questão é que
1960 em Caicó no sertão do Seridó também se usava A Caminho Suave e 1960 e Caicó no sertão do Seridó Rio Grande do Norte na cartilha vovô via uvas e lá de um menininho da mesma idade que é o chamado Cícero vovô viúvas e sincero não via o Uber eats driver Sabe qual foi o resultado Ele não aprendeu quando chegou no fim do ano sincero foi reprovado o mano seguinte ele fez de novo a primeira série usado de novo com ele e o vovô vendo uvas e eles eram continuou sendo viúvas quando chegou no final
do ano ele foi reprovar de novo eu fiz a terceira vez usar as luvas ele foi reprovado outra vez aí ele saiu da escola o pai dele gelado da escola com o argumento meu filho não dá para o estudo ele vai trabalhar ou Cícero saiu convicto que ele era burro porque as outras Algumas crianças aprendiam ele não não precisava ser A Caminho Suave podia ser um outro a cartilha é muito usada em muitos locais que ela cartilha do Sodré uma boa cartilha usado em Minas e várias regiões mas como qualquer livro não é bom sempre
em qualquer lugar por qualquer pessoa a partir do Sodré Por exemplo quando ensinar encontro consonantal encontro de consoantes que é uma coisa difícil a criança aprender para ensinar o encontro da consoante de com a consoante r a palavra o desenho falar prender ela durou medalho tem uma coisa o nosso dia a dia né as nossas crianças estão habituadas a encontrar uma medalha aí pela cidade e quando ela início na diga na for dígrafo que é parece o encontro consonantal e não é estrangeiro da Polo dessa altura para prender dígrafo dígrafo LH que é difícil para
criança aprender que alfabetiza aqui sabe isso tá a palavra o desenho falar para ele é o dinheiro foi LH ela me ama que a outra coisa o nosso dia a dia mas você tá por aqui sótão delas descem dos anos vem passear aqui entra nossa quem sabe qual é o resultado sabe qual é e em 1997 e a um resultado em 1960 helmar Sérgio podia nunca ter dado de frente com um valer ama o Dromedário mas meu meus pais eram alfabetizados minha mãe era professora meu para bancário em casa tinha livro A gente viajava que
é o meio de aprendizado e ao cinema e ao zoológico portanto se eu tivesse visto ao vivo diretamente o Valeu uma outra medalha para mim tanto fazia É mas não pô Cícero aí ele foi fatal sabe qual é a consequência nós estamos aqui agora no Teatro Municipal de Santo André e de repente Olha lá na ponta e vejo o Cícero lá fora com a vassoura lá na mão EA cabeça baixa e levar o Cícero entra aqui senta aqui hoje é dia do professor Nós estamos comemorando Esse é uma coisa da cidade é coisa sua também
você também é daqui vem aqui nós estamos falando de educação isso também é para você verem sincero e aí ele pra ver de cabeça baixa vai dizer o professor Obrigado isso não é para mim não isso é para gente como vocês Olá eu sou burro Eu não aprendo nada A professora falou que eu era burro ela inclusive me pôs de castigo algumas vezes meu pai falou que era burra tinha Os menininho aprende a eu não aprendi então eu sou burro então Obrigado Professor eu só sei trabalhar com a mão por isso quando você terminar sua
fala a sua aula o senhor me chama que eu vim aqui varrer a sala que isso eu sei fazer direito e tem milhares de Cícero pelo país afora milhares alguns a elite cria alguns a elite política cria alguns a exclusão cria outros Nós criamos e independe da Elite independe da política independe da economia alguns Nós criamos quando a gente e não reflete sobre a teoria do conhecimento que a gente tá usando quando a gente não pensa nas consequências políticas da nossa atividade pedagógica quando a gente acha que usar um texto o texto é bom a
gente usa sem lembrar das consequências pedagógicas que isso tem querem ver outro exemplo nas áreas periféricas das nossas cidades grandes livro de estudos sociais Pode ser na educação infantil de primeira a quarta é uma tarefa no livro que é o seguinte tá lá escrita e pergunte ao seu pai como ela cidade quando ele nasceu ótima tarefa tarefa para levantar a memória Imagine a seguinte cena sexta-feira sexta-feira a menininha sai da escola com essa tarefa da Periferia e vai para casa com essa tarefa Pergunte ao seu pai como ela cidade quando ele nasceu ótima tarefa levantar
estudos sociais é só tem um problema a quarenta por cento das famílias nas áreas periféricas só tem a mãe a quarenta por cento das famílias na periferia das cidades tem três quatro filhos de pais diferentes a quarenta por cento das crianças nas áreas periféricas não conhece o pai que a família só tem a mãe como chefia que fica fora de casa o dia todo se a criança vai para casa hein vergonhada porque ela não pode fazer a tarefa como ela é pequena ela se sente culpada por aquilo sabe qual o resultado na segunda-feira ela não
vai à escola porque ela tem vergonha do até porque ela não fez como se fosse um problema dela ou ela vai mas vai assim ó Vocês já viram antes de cabecinha baixa e naquele dia sentar lá no fundo e quando a aula começa um de nós há uma de nós dando aula ali com a nossa capacidade persecutória a a gente vai vai direta se a você leia sua resposta eu não fiz professor que que foi eu não fiz para você fala alto que eu não tô ouvindo eu não fiz para a pessoa vagabundo eu já
falei se eu não estuda Por que que você não se aplica se você não estudar sabe que você vai ser na vida você vai ser faxineira que é o que a mãe da menina é e você vai ser empregada doméstica que é o que a mãe daquela criança é a produção de excluídos o final de inglês atenção as elites brasileiras a elite política a gente Econômica ela é predatória na história ela é predatória 497 anos de hemorragia do sangue um dos excluídos é mas ela não é a única responsável pela explosão Nós também somos É
Nós também somos no nosso dia a dia quando a gente não pensa que por trás uma tarefa tem uma realidade e que eu posso dar aquela tarefa que eu posso desde que eu penso na realidade existente E mude até o termo da tarefa e ao mudar eu escrevo assim Pergunte a um adulto como era a cidade quando ele nasceu É porque quando eu pergunto por pai por mãe às vezes eu não tô falando da Periferia Mas eu posso com ele de bater de frente com a criança que a filha de pais separados e com a
criança que a orfã teto precisa pensar nisso isso aí termologia ou seja a teoria do conhecimento é e é política também e eu queria amarrando essas idéias levantando com vocês a principal questão política da nossa atividade teoria do conhecimento que é o seguinte o porquê que nós somos professores E porque é que nós somos professores e professoras e nós somos tudo aqui para ver só de carreira ou seja a gente tá na carreira o dia inteiro corre pra lá corre pra cá corre aqui para ele é essa é a carreira nossa e a a 21
e 40 de uma quarta-feira nós estamos dando auditório antes abanando suando um pouco eu tava olhando essa molecada deliciosa dançando e pulando e eu olhava para ele já fazem mais que a energia que eles têm tá nós também olha que a gente pula o dia inteiro tansa Guiné estava dançando vai para lá vem para cá faz isso faz aquilo' pergunto eu por que é que nós somos os educadores e educadoras e para que a gente ganha mal Corre que nem louco trabalha o tempo todo a multa para fazer o trabalho que faz come só café
e bolacha o dia inteiro é o nosso alimento básico é café e bolacha o corpo docente é alimentado por café e bolacha tá se você somar nesta sala ver se o auditório o culto nós Já comemos de bolacha já tomamos café dava para encher o estádio aqui ele só dobra e tem gente aqui cujo alimento hoje foi café e bolacha em vários locais e quando chegou aqui café e bolacha É muita gente chegar se tivesse um sanduichinho a gente olhar e falou assim eu tem alguma coisa estranha tá Por quê que nós somos educadores e
educadoras é todo dia que a gente quer largar a profissão todo dia você chega em casa secretária também não é só professora também faz isso eu sei porque eu fui secretário tá se você chega em casa 11 horas da noite é senta no escuro você quer ficar no escuro 15 minutos nessa hora quem vive com você se ele chegar perto ele leva você quer ficar no escuro aqui você não aguenta mais humanos só não pode ver mais humanos você quer ficar 15 minutos a ver Aí 60 para me fala assim e eu vou largar essa
bosta eu não aguento mais isso e eu vou criar galinha vou vender sanduíche natural eu vou montar uma barraquinha de cachorro-quente a você do guerreiro mas vou largar isso e chega suado não tomou banho às vezes vai dormir sem tomar banho tá com tanta fome que às vezes você vai esquentar comida esquenta tudo Numa vez só na panela faz um vestido assim tá o ovo de colher Ah e ainda Acontece uma coisa que você já viu várias vezes às vezes você tá ali pensando nisso e de repente houve uma vozinha assim mãe você olha fazer
mãe que é mãe amanhã eu tenho prova de geografia se eu não podia tomar de mim e esse tomar dá uma ideia mas dá uma ideia E aí e você falou não porque que você não sobrou aqui que não passou de estudante você problema da sua professora eu já estou por aqui e eu vou largar esse negócio e no outro dia sete e dez da manhã tá na escola lá e faz isso cinco anos 10 anos 30 anos aposenta e volta É nesse auditório nesse auditório a professoras que eu conheço e professores que aposentaram e
voltaram em vários porque em porque nós ganhamos mal sim mas nós não somos a produção que ganha pior embora a gente ganha muito mal né não somos eu tô falando no geral do nosso país é que a gente não consegue ficar fora é porque outros profissionais também aposento eu só aposentadoria na tão alta e nem sempre eles voltam Nós voltamos volta porquê o ponto por quê Por quê que nós somos educadores e educadoras eu tenho uma suspeita e nós somos educadores e educadoras e por paixão a paixão pelo que a paixão por ganha mal para
ocorrer muito por participar de atividades por ter que enfrentar essa molecada vou passar o dia para lá e para cá a comer café com bolacha paixão pelo que eu não tenho dúvida de uma coisa educador e Educadora de verdade tem paixão pela vida em qual paixão a paixão por uma ideia desse tamanho a ideia de que gente foi feita para ser feliz Oi e esse é o nosso trabalho um país que nós existimos e não é que nós vamos sejamos profissionais Mas a nossa profissão Como dizia Paulo Freire é amorosa nós somos amadores a gente
ama e por isso é amador e a gente tá aprendendo sempre por isso a gente amadora e como toda a paixão nós somos cheios de som e Fúria de Zeus Shakespeare que nós somos sessões foram a fazer muito barulho nós brigamos demais nossa é muita risada seja o que fosse um encontro de médico dentista tava um silêncio tá nós vamos fazer um barulho Infernal nós rimos muito rimos todas as humorada ainda risada tá alguém que não é da nossa área olha e fala assim mais ruim do que lá e a gente ri ele brinca e
antes de começar a atividade tava todo mundo rindo hora que terminar as pessoas continuam induzindo o quê o nosso fazer muito barulho nós brigamos tem reunião de conselho de escola no fim do ano em algumas escolas que tem professor que quase pulando no pescoço do outro na conselho de classe é porque a gente tem Fúria paixão é movido a fura reunião Nossa a gente agora fazer reunião a gente adora se encontrar na zona vamos encontrar para gente aqui que eu já tive em vindo em outro congresso está aqui no primeiro vai estar no segundo no
terceiro aí você vai em outro lugar ele vai a gente adora ser encontrar a gente não aguenta a gente o dia todo mas gente adora gente se nós já não estaria nessa atividade e eu tenho admiração profunda professora de educação infantil para o Zé para o trabalho na em creches porque ela tem o trabalho mais difícil eu dar aula eu Mário Sérgio é muito mais tranquila ela trabalha com adultos é que certas tem autonomia agora vamos fazer Educação Infantil fazer uma voz na creche ela lida com afeto tem aquela criancinha que você tá passando perto
dela é de 5 anos 4 anos e ela tá de cabecinha abaixo e aí você vai põe a mão na cabeça dela e fala assim que foi tá tristinha a agência o único adulto que põe a mão nela e ela gruda em você e gruda afetivamente e onde você vai ela vai junto Que lugar de você tia tia tia tia e é dona de lá com isso porque você sabe que você pode ser a única pessoa que daí ela um pouco de carinho ou que perguntou para ela o que que ela tava sentindo E é
difícil porque é que nós somos educadores reunião nossas reuniões o momento dura uma hora e meia tá na primeira meia hora a gente fica falando mal de quem não veio é assim porque esse povo não vem assim não dá esse é um negócio impossível como é que a gente faz uma coisa dessa etc na segunda meia hora a gente fica falando bem de quem veio a não mas nós estamos aqui não vou levar essa luta essa é uma coisa importante e na terceira meia hora a gente fica tentando achar o horário para marcar outra reunião
lá ele vai e nós vamos Vivenda e reunião de café com bolacha de discussão de emoção emoção emoção [Música] e eles dançam a gente chora a Anitta fala a gente chora a criança gruda a gente chora oi alguém fala a gente se emociona nós lidamos com paixão a paixão pelo que por essa ideia a de que gente foi feita no ser feliz o porquê que nós rimos tanto aqui tem uma coisa que tem gente que não lembra nós somos uma profissão uma profissão em que nós sempre lidamos com o futuro Ah tá sempre aberta para
nosso quero ver tem gente nessa sala que começou a dar aula com 16 anos e os seus alunos tinham sete aí você fez 17 eles tinham sete você fez 20 eles tinham sete você fez 30 eles tinham sete você fez 40 eles tinham sete cada um e cada uma de nós tem contato com o que há de mais novo na vida humana é por isso que é um absurdo um professor imaginar que quanto mais ele vive mais velho ele fica porque essa ideia não vale para humanos essa frase que diz que eu quanto mais vivo
mais velho fico não vale para humanos isso vale para coisas para que alguém quanto mais viver assim mais velho ficasse teria que ter nascido pronto e isso e gastando E isso acontece com sapato fogão geladeira seres humanos não nascem prontos vão-se gastando não sei não prontos vão-se fazendo eu Mário Sérgio 1997 sou a minha mais nova edição a revista um pouco ampliada mas a minha mais nova edição Olá eu sou mais novo de mim fica claro essa ideia eu não sou mais velho se o critério de velhice ao tempo o Mário Sérgio mais velho tá
no passado eu sou Mário Sérgio mais novo como cada um de nós é por isso que absurdo a ideia de algumas pessoas que acha que não tem que mudar vida mudança é processo e nós somos a única profissão eu e o Leonardo televisão aqui é um professores jornalista do Estadão diz estão bem nós somos a única profissão a única que alguém atravessa a rua para cumprimentar você tá passando o final de semana nas férias onde for de repente assim chorar aí você olha lá vem um deles tá atravessa a rua Ninguém fazendo isso com padeiro
com dentista dentista Claro padeiro conosco vem atravessa a rua faz um gesto venha até Nossa às vezes já cresceu às vezes gruda na gente olha para a gente faz uma pergunta dificílima para Nossa é assim você lembra de mim Oi e a gente tem tantas e tantos conosco que nem sempre a gente lembra e aí eles dizem uma frase todo mundo aqui já ouviu isso eles uma frase que é Fortíssimo às vezes assim um dia professor Você disse uma coisa que mudou a minha vida e às vezes eles dizem um dia você falar uma frase
que mudou minha vida e a gente já pensar que tipo de frase a gente fala e para onde que a gente muda a vida deles quando muda e isso é política O que é pedagogia também e às vezes eles fazem uma coisa pior já aconteceu comigo novamente com vocês também chega e fala assim a senhora sabe de uma coisa ou pessoa sabe de uma coisa hoje eu sou professor por sua causa é nessa hora eu fico as pernas bambas por duas razões uma e afetiva Adoro essa ideia é quando eu digo assim eu sou professor
por sua causa porque foi o senhor que causou Acho ótimo mas tem uma outra interpretação da frase que eu gosto mais ainda que assim eu sou professor por sua causa Ou seja a nossa causa é a mesma e nós temos a mesma causa e qual é a nossa causa gente pessoas igualdade nós somos antes de tudo e conheceu queria amarrando A reflexão nós somos antes de tudo inconformados a criança pedindo esmola a gente não quer Oi gente morrendo em hospital na porta a gente não o que é Oi gente com o estômago doendo de fome
A gente não quer criança na bandidagem adulto na bandidagem a gente não quer e como é que a gente diz o nosso não na sala de aula no trabalho na discussão se vocês sabiam que a primeira palavra que um ser humano aprende a dizer ah não é isso que nos define não é mamãe mas amanhã segunda que a mãe treinar criança para falar mamãe depois é papai porque a mãe perguntou na consciência ensinando a falar também mas a primeira palavra que o ser humano aprende a falar é não e você vai com a mamadeira ela
diz você enfia uma dela gospel e você se você segura ela solta o corpo que achei dela dizer não para pesar para você você diz não ela chora que é o jeito dela dizer não O que define humano é ou não se eu perguntaram cão e ele pudesse me entender ele pudesse responder Se eu perguntasse é um cal o que você vai ser quando crescer ele dirá cão eu pergunto eu humano uma criança o que você vai ser quando crescer ela diz a eu vou ser pedreiro você médica você Engenheiro Porque se ela responder a
você gente eu vou perguntar para ela que tipo de gente porque isso é possível qual humanos não há só um jeito de ser humano embora já só um jeito de ser cão dentro da raça mas há muitos jeitos de ser humano fora não não é que e nós somos capazes de dizer não a ditadura dos fatos a atenção e eu sempre conta a história que ele vai contar para vocês tem muita gente que tá em educação e precisa repensar muito se quer continuar a educação ou se deve continuar a e tem gente que da educação
inspirada não no Paulo Freire não é Mila Ferreira no vigotski Maurício Teixeira e tem gente que para educação inspirada no Cristóvão Colombo eu levo isto Cristóvão Colombo Colombo quando partiu não sabe onde ia chegar e quando chegou não sabia onde estava E aí e a gente que tá na atividade Educacional politicamente desconhecendo o resultado que faz e o efeito como Colombo parte sem saber onde chegar lá e quando chega no sabe onde tá eu proponho em vários lugares da poesia em outra cidade vou por aqui também a gente substitui esse patrono da educação por um
outro que é Mem de Sá e lembre-se domingo só um dia de uma professora do estado do Brasil dando aula como a Selma que a professora de história do Brasil também uma versão da história do Brasil dado aos outros governos Gerais e ela falou sobre Tomé de Souza falou sobre o Duarte da Costa quando eu tava falando sobre mim de sala viu que tinha um aluno distraído lá no fundo ela virou e falou assim Pedro o que fez Mendes a ele disse fez o que pôde tá e para mim essa tem que ser o patrono
da nossa educação e agora atenção eu quero e concluindo com isso e eu não estou pegando a acomodação sabe por quê Porque a frase é eu faço o que posso mas essa frase pode ser dita de dois jeitos é a mesma frase um jeito é o jeito desarmado entregue derrotado e humilhado que é eu faço o que eu posso gente tem criança que tá fora da nossa escola eu faço o que eu posso gente tem colega que não tá conseguindo se integrar no projeto eu faço o que eu posso gente nós precisamos ver organizar os
adultos não pode ficar sem alfabetização eu faço o que eu posso não é disso que eu tô falando eu tô falando de outro jeito de dizer a mesma frase que é eu faço o que eu posso ou seja eu não deixo de fazer o que pode ser feito e fica claro a diferença su1 é eu faço o que eu posso o outro é eu faço o que eu posso ou seja não deixe de fazer o que pode ser feito e Paulo Freguesia muito bem se você não fizer hoje o que hoje pode ser feito dificilmente
falar amanhã o que hoje deixou de fazer porque as condições se alteram se você não fizer hoje o que hoje pode ser feito dificilmente falar amanhã o que hoje deixou de fazer e eu faço o que eu posso a diferença atenção nisso a diferença entre uma frase e outra não é uma questão de Tom vocálico dizer eu faço o que eu posso ou eu faço o que eu posso não é um problema de voz é um problema de convicção política O que é um problema de não quer que você acredita não é programa partidário partida
problema das pessoas elas querem ter ou não alguns tem outros não é o mais que a política é sempre alguns variar eu me meto em política já se meteu ao dizer essa frase que quando você acha que não se mete em política você queiram não fica ao lado de quem está vencendo E aí como você olhar uma criança de 14 e brigar com uma de três e diz eu não vou me meter os o neutro é óbvio que o de 14 vai mas aquela outro e aí você já se meteu omitir-se ia ficar ao lado
de quem vai vencer os objetos ia ficar ao lado do mais forte e nem sempre o mais forte aquele que merece vencer ou que deve vencer as vezes ele é só uma Esporte e não correto e bora porque é que nós somos educadores em alguns irem lá eu gosto de educador que eu queria ser livre livre como um pássaro os pássaros não são livres pássaros voa sem saber para onde vou pássaros não podem não voar humanos são livres podem escolher pode dizer não e só quem pode dizer não pode ser assim a hora se você
já viste uma criança um gato se ele passar perto de uma tomada de luz aqui encostar o dedo na tomada dos tomar um choque o gato nunca mais pode na tomada uma criança vem enfia o dedo e toma um choque você fala tá vendo isso aí dá choque ela vai no outro dia pode de novo precisa Olha aí velho depois de novo você vai para um protetor de tomada ela vai Hum que envia outra vez humanos são livres desse ponto humano se recusam a ditadura dos fatos humanos se recusa a aceitar as coisas sob o
argumento de que elas são assim e educador antes de mais nada aquele que de fato de fato quando vê área diferença social a exclusão a tua a falta de trabalho a falta de escola a falta de comida a falta de lazer olha e quando alguém diz aqui assim diz não é por enquanto mas não vai ser é por isso que eu sou educador é por isso que eu sou Educadora e é por isso que nós estamos juntos Tem um ditado que circula por aí que diz a minha liberdade acaba quando começa o do outro'' mentira
esse ditado é excludente é a minha liberdade acaba quando acaba do outro se algum ser humano não é livre nenhum ser humano é livre e se alguma criança não foi livro da Fome ninguém é livre da forma se alguma criança não foi livre da falta de escola ninguém é livre da falta de escola Se alguma mulher não foi livro da discriminação nenhum homem nenhuma mulher são livres a minha liberdade não acaba quando começa do outro a minha liberdade acaba quando acaba do outro ser humano é ser junto e eu queria concluir lembrando uma coisa o
que é mais importante para nós porque é que nós comemoramos por quê Que Nós pensamos o dia de hoje porque é que nós estamos reunidos e na idade média na Idade Média a tripulação de um barco a tripulação do barco se chamava acompanha a campanha o nome da tripulação de um barco sabe de onde vem essa expressão de uma expressão em latim que ela kumpan ia ou seja repartiu o pão e daí vem a palavra companheiro ou companheira ou companheiro a companheira independente vende conotações de natureza do parte da área que hoje podem ter representa
uma expansão repartem o mesmo pão a partilha uma mesa que estão juntos para produzir a vida pois bem eu adoro essa ideia por uma razão É porque ela lembra muito para mim um ditado chinês que é o que vocês estarão fazendo nesse congresso que é a nossa atividade educativa os chineses dizem o seguinte se dou as pessoas vem andando por uma estrada cada um carregando um pão quando ela se encontram se elas trocarem os pães cada um vai embora com um pão é mas se duas pessoas vem andando por uma estrada Cada uma com uma
ideia quando ela se encontram se elas trocarem as ideias cada um vai embora com duas essa é a nossa tarefa trocar ideias para todos terem pão eu queria concluir Lembrando que de vez em quando sempre conta sua história para concluir esse tipo de fala de vez em quando a gente quer desistir e de vez em quando a gente perde um pouco a esperança e Como dizia Paulo Freire a esperança que a gente tem que ter não é Esperança da espera é Esperança do esperançar que tem gente que tem esperança Da espera e assim eu espero
que mude eu espero que resolva eu espero que acabe a esperança de que falava Paulo Freire EA Esperança do esperançado esperando senhora ir atrás é buscar é esse cavalo é não se conformar São Paulo Freire dizia esses dois anos tem hora que a gente quer desistir precisa eu tô educação já cinco anos 10 anos não dá certo essas coisas não funcionam E aí nessa hora mesmo de uma pessoa eu sempre com Deus quiser recontar aqui para quem já ouviu e para quem não houve o contato eu lembro de uma pessoa que eu conheci 1991 quando
era secretário de educação em São Paulo uma das maiores honras que eu tive na minha vida foi Nelson Mandela Nélson Mandela veio ao Brasil e eu pude também receber ela quando eu me defrontei com aquele homem de 1,90 70 anos de idade cabelos brancos e um negro alto bonito digno que eu Estiquei a mão para ele que ele apertou a minha mão as minhas pernas bambearam na hora porque eu não tava apertando a mão do homem eu tava apertando a mão da Esperança o Nelson Mandela ficou 27 anos preso 27 não foi uma semana um
ano aos cinco 18 na solitária na África do Sul não foi em Miami 18 anos na solitária na África do Sul em nome de uma ideia desse tamanho o que as pessoas não são diferentes causa da cor da pele 27 anos na cadeia e não desistiu Eu já imaginava depois de um tempo as pessoas foram visitar eles eram Nelson larga disso assim no documento a gente não vai vencer você tá aqui há cinco anos larga nisso ele não largo o Nelson faz 15 anos que você tá aqui abre mão das suas ideias um dia vai
acabar o Apartheid Eu espero que você vai acabar nós não vamos vencê-los desista Ele não desistiu Nelson faz 20 anos que você tá preso larga disso eles são mais fortes eles são os donos das leis eles são os donos das fábricas eles são os donos do dinheiro nós vamos ver ser espera um dia vem alguém ir e ele não desistiu Nelson faz 25 anos que você tá preso um quarto de século para com isso deixa já tá velho outro virar ele não desistir ele ficou 27 anos preso hoje ele apresenta a África do Sul e
começou um processo de extirpar de arrancar de esmagar um dos maiores nojos da história humana que a discriminação racial e a nossa tarefa na vida manda ela sair mandelando mandar ela aqui manda ela ali mandar ela lá vai mandar ela não desiste na nossa tarefa manda lá só porque nós somos educadores e educadoras porque a gente Mandela que a gente vive mandalando por isso que a gente tem que comemorar assim o dia quinze de outubro que Quinze de Outubro é um sinal da nossa Mandela ação mas os outros dias também São Paulo Freire tem que
ser homenageado que Paulo feliz nunca desistiu e ele foi preso e exilado tirar o cortaram Puxaram e ele seguiu o poucos versos aquela música né que é o nosso lema também eles cortam verso a gente escreve outro se eles me pegam vivo a escapo morto Paulo Freire Pedagogia da esperança a esperança do esperançado Ele não desistiu é por isso que ele não morreu Oi Albert Schweitzer o grande médico austríaco que aos 20 anos foi para a África tinha uma carreira brilhante na Europa foi para a África e na África ficou 50 anos trabalhando com os
pobres lá ele tem uma fava frase que eu acho que você aplica imensamente a Paulo Freire ele dizia Albert Watson a tragédia não é quando um homem morre a tragédia o que morre dentro de um homem enquanto ele ainda está vivo e a tragédia não é quando um homem morre a tragédia o que morre dentro de um homem enquanto ele ainda está vivo que a esperança Paulo Freire morreu não morreu o corpo dele mas Teresa de Calcutá morreu Martin Luther King morreu Jesus de Nazaré morreu Sócrates morreu Frei Caneca morreu o Zumbi dos Palmares morreu
e não onde eles estão em nós e nós não vamos desistir e eles não vão nos vencer e eles querem e aqueles que no nosso dia no dia do professor querem que a gente fique meio Alegre meio triste a gente não quer sua metade a gente quer pôr inteiro e a gente não vai ficar meio Alegre meio triste hoje nós vamos ficar muito alegre e a nossa tristeza nós vamos transformar em luta política em combate contra miséria nós vamos ficar tristes magoados e e eles não vão nos vencer Tem muita gente que desiste de educação
outra importância outros vem nós somos muitos somos muitos inconformados aqui nesse auditório Tem gente com 19 com 25 com 50 com 60 anos eles não vão nos vencer eles querem e todos aqueles na nossa sociedade nossa vida que queiram esmagada dignidade humana que queiram mostrar que um ser humano vale mais que o outro porque ele tem mais dinheiro que queiram achar que só porque alguém tem uma classe social diferença diferente que ele não tem o direito de comer ele não tem o direito de trabalhar que ele não tem direito de frequentar uma boa escola e
eles não vamos vencer e eles não venceram Paulo Freire eles não venceram Nelson Mandela eles vão vencer os nossos colegas as nossas colegas que nos últimos 10 20 40 anos morreram na profissão e eles não vão nos vencer e eles não vão nos vencer porque quem se foi não se foi está em nós educação uma corrida de bastão a gente corre até um ponto alguém pega e leva adiante e eles não vão nos vencer e com Isso inclui por uma razão é porque nós temos paixão é porque a gente gosta de gente porque a gente
tem esperança do esperançar eles não vão nos vencedo é porque a gente comemora hoje e a gente comemora sempre o comemorar é o lembrar juntos eles não venceram repito para concluir de fato Paulo Freire São Paulo feira está vivo e nós as ideias de Paulo Freire estão vivas os ideais de Paulo Freire estão vivos nós estamos vivos Paulo Freire vive em nós nós vivemos nos nossos alunos os nossos alunos vivem as suas esperanças desejos e a escola e as teorias do conhecimento eu acho que a moto teoria do conhecimento de a pensar é o conhecimento
sobre nós mesmos e mesmas é pensar porque é que nós somos educadores e educadoras nós somos educadores e educadoras por uma razão banal é porque a gente tem que ser feliz e esse é o nosso trabalho a gente gosta desse repartir e distribuir se multiplicar se juntar se agregar O que é que eu desejo que vocês tenham esses dias de Congresso com essa ideia também desejo o que que nesses dias de Congresso cada um e cada uma de nós Mandelli bastante Paulo Frei bastante Madre Teresa de Calcutá tem bastante porque essas pessoas Paulo Freire Mandela
Madre Tereza de Calcutá não são só pessoas elas são verbos porque elas são ação eu tenho que mandar Lar eu tenho que frear eu tenho que calcular é porque esse é o exercício da Esperança da dignidade da Liberdade da igualdade e do amor na história por isso nós somos professores para mandá-la Freire ar cálculo tear nós somos professores e professoras e a gente tem que ter orgulho do nosso dia por uma razão e a gente não quer o mal a gente pode até fazê-lo mas ele não é intencional mas para que a gente não o
faça nós temos que pensar sobre a nossa prática se não mesmo sem querer nós o fazemos e é um desastre transformar uma bela intenção no resultado negativo Porque aqui nós somos professores porque a gente ama Eu amo outro ama as coisas a minha vida só podia Selma e agradeço imensamente o convite só podia ter feito esses desenhos uma criança chamada Amanda é Amanda não é o di anda lá não é onde anda não é não gostando não é invejando a é Amanda é só podia olha aqui geração Belíssima quem tem crianças brancas tem crianças negras
tem crianças até quase Rosa e tem gente cor-de-rosa tem criança de todo jeito é Amanda a educação educador vale a pena eu fico imensamente feliz de ter compartilhado com vocês um pedaço dessa noite com os meus colegas e as minhas colegas que gostam Como eu como gosta Paulo Freire como gostam outros como gosta será uma amiga minha a pessoa que trabalhou comigo que eu respeito imensamente parte da equipe da Selma que eu conheço diretamente mas sei da competência da outra parte de pessoas que aqui estão minhas colegas de trabalho Olá meus colegas de trabalho vem
para cá vem para cá vem para cá e às vezes eles dizem para nós eles sai para lá sai para lá sai para lá mas a gente vem minhas colegas meus colegas é uma alegria imensa partilhar com vocês um pouco dessa noite é uma alegria imensa comemorar com vocês o dia do professor é uma alegria imensa que junto conosco em cada momento em cada fala esteja Paulo Freire aqui presente é uma alegria imensa que no dia do professor nós ainda ou sejamos que no dia do professor nós sejamos professores e professoras e por fim é
uma alegria imensa que a gente possa repartir ideias para todos ter então obrigado E aí E aí