[Música] FL [Música] salve salve família bem-vindos a mais um Flow eu sou o Igor e hoje vou conversar com o lucelma e com a Andreia Obrigado por virem aqui a gente vai falar basicamente sobre autismo que é uma parada [ __ ] que já ouvi falar que vocês manjam muito me falaram que você é uma enciclopédia sobre o assunto então vamos ver se você é uma enciclopédia mesmo lucelmo e a Andreia que tem eh bom eu te falei né A primeira quando tava rolando aquela parada de dos planos cancelarem eh pessoas com autismo não sei
o qu o plano de pessoas com autismo plano de saúde que eu vi que que que eu era algo assim para você muito sério e eu vi você se engajando de verdade na internet eu ouvi sobre você na na rádio e tudo eu falei [ __ ] que legal legal mas pô Obrigado pelo tempo de vocês aqui hoje e bom deixa eu ver o emblema aí G Olha esse aí são vocês ó legal legal obrigado bom você que tá assistindo aí você pode resgatar esse emblema e só entrar em nv99.com.br B resgatar e usar o
código autismo tá bom e você tem 24 horas para fazer isso depois a gente para de emitir e só vai ter acesso quem resgatou nesse período beleza quiser mandar mensagem pra gente alguma dúvida qualquer coisa O link tá fixado aí nos comentários da Live Tá bom ô Andreia você tá tá de frente de uma parada lá que é para cuidar das pessoas com deficiência não é isso como é o nome é uma comissão é isso né a comissão dos direitos das pessoas com deficiência na alesp que é Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo tá
E e assim eh qual que é o qual que é a razão de ser dessa comissão assim por que que ela por que que ela foi alguém pensou e criou essa comissão bom quando qualquer projeto de lei vai tramitar dentro da alesp ele precisa passar por algumas comissões que são temáticas Então se tem um projeto de lei que ele é sobre educação ele passa na comissão de educação depois ele passa na de constituição e justiça para ver se tem alguma inconstitucionalidade e a gente não tinha uma comissão específica sobre pessoas com deficiência então projetos que
tinham a ver com pessoas com deficiência passava na se tinha mais a ver com saúde passava na de saúde passava na de educação mas assim que eu fui Eleita eu percebi que não fazia sentido não ter essa comissão porque é muito importante a gente tem no lá na Câmara dos Deputados em Brasília tem até na própria Câmara dos Vereadores na cidade de São Paulo e a gente não tinha na lespe ainda aí eu comecei a fazer essa provocação mesmo antes de eu tomar na posse e a gente conseguiu que fosse instalada essa comissão então agora
todos os projetos que são relacionados à pessoa com deficiência tramitam lá na nossa comissão entendi e lucelmo eh eh a gente quando a gente fala eh autismo é uma deficiência Essa é a melhor maneira de definir a coisa para todos os fins legais sim tem uma lei de 2012 que é a lei berenis spiana que ela ela diz o seguinte para todos os fins legais a pessoa com autismo é pessoa com deficiência Tá bom agora o conceito de deficiência é um conceito que que tá na convenção de direito das pessoas com deficiência que eh qualquer
pessoa que couber naquele naquele conceito é classificado como uma pessoa com deficiência então no Brasil embora isso não se aplica em todos os países no Brasil toda pessoa com autismo é pessoa com deficiência na prática se faz alguma diferença muita diferença por ah Existem algumas legislações específicas como essa que eu tô dizendo que é a lei berenis Piana Então ela tá falando de pessoas autistas agora a maior parte da legislação ela não fala de nenhum grupo especificamente ela por exemplo a convenção de direitos da das pessoas com deficiência é a lei brasileira de inclusão que
trata das pessoas com deficiência então a maioria da legislação ela tem esse título ela se estende para todas as pessoas que estão nessa condição incluindo as pessoas autistas entendi e na vida de vocês e essa atenção para esse assunto tem começa em casa não é Pelo que eu entendi aqui sim nos dois casos né quando nasceu o filho no meu caso T que nasceu e começou a se desenvolver de uma forma aparentemente típica começou a adquirir aquilo que bebê adquire né né balbuciar com 5 meses sentou no tempo certo cantava musiquinhas eraa muito sorridente só
que ele foi chegando perto do primeiro aninho ele começou a perder habilidades parecia que ele tinha esquecido como batia a palminha como fazia as coisas mas a gente achava que era personalidade né porque PIS de primeira viagem hoje eu tenho até outra hipótese falar a verdade eu acho que assim muitas características do t e comportamento dele a gente não achava nada demais porque não tem ninguém não neurodivergente ali em casa né No final das contas mas quando ele entrou pra escolinha com do anos aí as professoras que tem um olhar muito mais Atento e que
estão acostumadas a lidar com muitas já viram várias vezes né sim elas bateram o olho ali Elas falaram não tem algumas coisas aqui que não estão de acordo com o que é esperado para a idade nos mandaram um relatório com várias características que a gente sabia que ele tinha mas nunca ninguém tinha listado num lugar só né colocaram assim que ele não fazia contato visual acho importante a gente falar para quem tá ouvindo até não faz contato visual prefere objetos a pessoas não olha quando é chamado pelo nome não segue instruções verbais age como se
fosse surdo tem fixação por objetos que giram ele pegava carrinho Virava para cima e ficava rodando a rodinha do carrinho né Eh apresenta risos fora de contexto coisas assim e meu marido é que pegou esse relatório na escola já voltou muito preocupado me ligou eu tava no trabalho falou assim ó tem um relatório muito preocupante aqui sobre o té na hora que ele leu Aquilo é muito estranho porque eu não sabia nada sobre autismo mas eu falei para ele assim eles estão insinuando que o Té é autista insinuando Você quis dizer que parecia algo terrível
sim porque professora não não dar diagnóstico né na verdade elas fizeram aquela lista e falaram ó recomendamos que vocês procurem um neurologista tá bom ah mas naquele momento me caiu a ficha que tudo aquilo que eu achava que era personalidade Na verdade era outra coisa Tá e veio o diagnóstico dele já na primeira consulta com o neuropediatra e foi como se o chão sumisse dos meus pés porque eu realmente foi uma gravidez muito planejada muito desejada o primeiro Neto dos dois lados da família eu lembro que eu ficava assim quando veio o diagnóstico mas nós
dois somos saudáveis e hoje em dia eu falo isso rindo porque não tem nada a ver com ser saudável ou não eu fui diagnosticada com autismo no ano passado também então assim naquela época eu ficava meu Deus por eu ó universo gente faz muito sentido não tinha como nascer um neurotípico na minha casa não n nessa assim no teu caso eh o t ele eu não sei direito mas assim eh existem níveis de de pessoas com autismo tipo tem o cara com que é muito acentuado e tem muitas características e um cara que é menos
acentuado é assim que funciona é um espectro né mas a gente divide a gente não na verdade a sociedade médica divide em três níveis de suporte né o nível um que eu e lucelmo estamos nesse nível que precisa de menos suporte é importante a gente ressaltar que não existe nível zero de suporte né você sempre para ser diagnosticado você precisa ter algum prejuízo nível dois e o nível TRS que precisa de mais suporte o meu filho T que agora tá com 15 anos é nível TR ele não fala né e o que é muito interessante
porque quando ele era bebê ele cantava músicas inteiras mas ele perdeu isso tudo ele tem deficiência intelectual ele precisa de muito suporte PR as atividades do dia a dia tem dificuldade de aprendizado então ele tá no nível que precisa de mais suporte entendi agora interessante início é que se você pegar por exemplo Eh 100 pessoas que estão no autismo no nível um de suporte colocá-las num ambiente e for ali entender essas pessoas você vai ver que cada uma tem uma necessidade diferente uma da outra né então o que define o nível é a quantidade de
ajuda que o indivíduo precisa então por exemplo eu preciso de uma sessão de terapia semanal que eu faço fiz hoje inclusive eu preciso de uma maior compreensão e certas adaptações em casa da família Então é isso então Eh em termos de quantidade agora por exemplo por que que eu trabalho com meu terapeuta eu lucelmo eu trabalho habilidades sociais basicamente habilidades sociais conjugais e regulação emocional e se eu tiver essas 100 pessoas na sala cada uma vai dizer que trabalha uma coisa diferente precisa de uma um apoio diferente se eu tiver com nível do a mesma
coisa e o nível três é a mesma coisa eu me lembro de est com meu filho na Praia Meu filho é o Benício ele tem hoje 16 anos e o diagnóstico dele foi com 3 anos e meio aproximadamente a mesma coisa né Eh a gente foi a vários médicos porque ele tava atrasado e os médicos diziam coisas como olha Eh cada criança tem seu tempo menino é mais lento mesmo é só aguardar a nós ficamos temp Mas lucelmo é ela ela tá falando que a rapidamente teve um diagnóstico né no teu caso o diagnóstico demora
porque os as características são menos acentuadas não não foi por isso foi porque e e ela teve muita sorte de passar de cara num médico bacana que tinha a formação o Google não era maravilhoso naquela época mas já funcionou para indicar pra gente um médico que era referência então mas é importante notar que a gente levou primeiro na pediatra e ela falou que não tinha nada que ele era um menino esperto curioso que ela tinha uma paciente autista que sentava no cantinho ficava balançando e ele não era assim e sugeriu que era falta de estímulo
ou seja me culpou como mãe Mas eu sabia que não era falta de estímulo eu inclusive fui demitida depois da licença maternidade entrei pra estatística e resolvi ficar o primeiro ano dele inteirinho com ele estimulando então aquela culpa não grudou em mim e por isso a gente foi nesse cara depois que era a referência que a gente já descobriu Então eu acho que a sorte foi essa foi a gente achar esse cara e nele entendi porque eu não tive a mesma sorte eu passei vários médicos se lá uns 10 Tod dizendo não menina assim mesmo
só só aguardar e aí o que que te dizia que tu devia ir no próximo médico é porque ele não falava e a fala é assim a a André listou coisas importantes né todas essas características estavam presentes ele ele não sustentava o contato visual ele parecia que era surdo porque quando a gente chamava ele não olhava ele não não trazia coisas que eram do interesse ele tinha comportamentos repetitivos eh risadas fora da hora tudo isso só que eh como a gente não é especialista não era especialista não entendia da coisa o que mais chamava atenção
é que ele não falou na hora que tinha que falar Então imagina o menino tem 1 ano 1 ano e meio 2 anos 2 anos e meio não falaa gritante pros pais né E aí a gente ia em vários médicos e às vezes ia também por outros motivos ia perguntando até que um médico que era pediatra eh que é um um médico alemão chamado Dr Tim muito bom ele falou eu acho que esse menino é autista E aí ele indicou para um especialista Mas o que eu quero dizer é o seguinte depois de um certo
tempo eu lembro de levá-lo na praia eh e lá tem vários estudantes autistas que eles estavam na pai de nível três E aí quando você olhava para ele e os outros se fosse uma pessoa leiga ela ia dizer bom cada um aqui é um diagnóstico porque era um completamente distintos entre si Então os níveis eles servem para agrupar do ponto de vista do planejamento mas não de fato para você oferecer você imaginar que eles são parecidos significa então que eh esses tratamentos eles sempre são eh bastante personalizados os bons atendimentos exatamente e que mulher também
manifesta diferente de homem Né um dos motivos que mulheres demoram mais a ter o diagnóstico e para você ter uma noção Quando Meu filho foi diagnosticado se falava que era cinco meninos autistas para cada menina a hoje essa estatística já baixou acho que para três para um né lucelmo porque mulheres TM um subdiagnóstico muito grande porque as meninas TM essa característica de disfarçar Elas têm habilidades sociais quando elas são pequenas que os meninos não têm então às vezes elas percebem que elas têm essas dificuldades de interação de comunicação e elas acham aquela coleguinha que é
meio Popular assim e começam a copiar essa coleguinha no jeito de vestir no jeito de falar decoram scripts inteiros de falas E aí vão passando vão passando a um custo psicológico enor enorme né às vezes na adolescência vem depressão transtorno de ansiedade generalizada transtorno alimentar recebem 1 milhão de Diagnósticos errados durante a vida então é muito comum você pegar a mulher autista que foi diagnosticada na vida adulta e que fala nossa eu fui diagnosticada com TDH com bipolaridade com um monte de coisa que não era e muito mais tarde eu descobri que na verdade eu
era autista então tem a mulher tem essas características que dificultam também o diagnóstico até porque e toda a questão dos estudos sobre diagnóstico foram feitos pensando em meninos que manifestam de formas diferentes né interessante e também a gente já passamos por esse assunto rapidamente mas a gente estava falando antes sobre e o ponto de vista de Educar essas crianças né eh como é que tá sendo feito hoje eu já eu eu já dei aula de inglês eu dava aula de inglês na Cultura Inglesa e lá e eu tô falando de última aula que eu dei
foi em 2016 então lá cara a gente tinha um um um certo cuidado eh mas ele era um cuidado muito mais pra avaliação do que pro pro pra Construção da aula sabe assim não não é que não tinha um direcionamento a gente quando quando rolava de por exemplo uma turma que a gente sabe que tem uma pessoa que tem autismo uma criança um cara de 13 anos sei lá eh e aí a gente nós professores ali a gente já conversando entre si não sei o que ver o que que funciona pá mas não era feito
para aquilo sabe E aí eu fico pensando dava pro pai a a gente qual que é o caminho a gente esperar que a que um curso de inglês tenha aulas exclusivas para pessoas com autismo por exemplo ou ou procurar lugares que saibam lidar com com com essas pessoas eu acho que ainda não tem lugares pelo menos específicos falando de curso de idiomas que sejam muito especializados nisso né O problema é que assim a gente precisa se especializar porque essas crianças estão aí né teve uma a política nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação inclusive
em 2008 que determinou que essas crianças têm que estar na escola regular inclusive depois vem a lei brasileira de inclusão que tornou você recusar a matrícula por exemplo ela é um ato de discriminação contra a pessoa com deficiência então a gente já tem muito tempo aí eh para que essas instituições se planejem para trabalhar com crianças com deficiência não só autistas Mas com todo tipo de deficiência O problema é que muitas vezes não vai né por vários motivos Por às vezes está se baseando em coisas que não são baseadas em ciência e aí não vai
ter aquele resultado que a gente espera que tenha com as crianças autistas ou com outras deficiências por economia mesmo porque é óbvio que você dá uma formação continuada para professores que seja baseada em ciência ela vai ser mais cara do que uma formação continuada que fale qualquer coisa eh Às vezes você contratar o acompanhante para aquele aluno que tá também previsto em lei também gera um custo então muitas vezes o estado e também as entidades particulares vão empurrando isso com a barriga porque custa dinheiro só que está na lei é direito da pessoa com deficiência
tá nesses lugares e ela precisa ser atendida de acordo com as suas especificidades agora quando a gente fala de Educação Especial ela é uma modalidade que a gente chama de transversal significa que ela tem que atravessar todas as experiências educacionais por exemplo curso de inglês ele não pode dizer assim não aqui o meu modelo eu optei por não ser inclusive ele não pode pela legislação brasileira mas tem uma diferença aí porque o curso de inglês é o seguinte ele ele ele ele pode abrir você pode não abrir você pode eh você tem uma uma demanda
que é uma demanda que é um percentual muito pequeno que tem a ver com com o perfil do curso é diferente da escola comum porque da escola comum todo mundo tá indo Uhum E a experiência eu não tenho portanto não posso falar É Então na escola é diferente porque eh veja ela não pode recusar a matrícula de ninguém quer dizer que tem a pessoa nvel um que vai lá na Cultura Inglesa ou que vai em qualquer lugar e e que tem um cognitivo preservado que pode acompanhar ali e tem um indivíduo nível dois nível três
todo mundo então imagina você receber não seria o caso mas imagina se você recebesse um aluno não verbal então nós temos 25% dos alunos autistas que são não verbais que que significa ele não fala e ele não fala não é por um problema motor ou neurológico ele não fala porque ele não tem linguagem ele não entende a linguagem como é que você tem um aluno que não tem a linguagem porque o surdo Ele tem a linguagem a língua brasileira de sinais esse eu tô falando que não tem linguagem Então como é que você tá com
esse camarada dentro da sala exige do ponto de vista técnico uma preparação que é extraordinária então a escola ela não pode eh optar por dizer não nós não vamos fazer ou vamos fazer ela tem que ser se preparar para receber esses indivíduos Então hoje nós estamos falando de uma cada 36 alunos portanto é uma quantidade muito grande quando você olha paraas escolas particulares elas de modo geral elas fazem de tudo pros alunos Saírem de lá então quase quase nunca eles são nas escolas particulares então na escola pública a proporção é mais do que 1 Car
36 Talvez seja do cinco alunos por sala pelo menos eu já recebi comentário no meu perfil de a professora que falou que tem oito autistas na sala dela é comum é bem comum e aí você tem que se virar então o nós temos como vocês estão dizendo eles são bem diferentes uns dos outros em O que precisa para desenvolver para para sei lá se desenvolver Então e se eles são diferentes um do outro como é que eu faço eu não posso criar uma política para autista um procedimento para autista eu preciso criar um procedimento que
ele comece com a avaliação daquele indivíduo e o delineamento de um plano educacional individualizado um pei sem isso não há de se falar em educação inclusiva se sem isso a gente tá mentindo a gente tá enganando as famílias e prejudicando o futuro dessas crianças Então à medida que eu reconheço que o indivíduo precisa eu desenho que ela precisa vou te dar um exemplo te dar um exemplo eh de extremos eu eu tive o diagnóstico já adulto Mas Digamos que eu tivesse diagnóstico criança bom e mesmo assim mesmo sem o diagnóstico eu deveria ter tido apoio
porque o apoio é pela necessidade não pelo diagnóstico eh eu não teria necessidade nenhuma de adaptação curricular de não aprender a matéria sempre fui um melhor aluno e tal mas do ponto de vista social eu precisava de muito apoio eu sofri muito bullying muito grave mas muito grave assim mesmo é uma é um trauma profundo então eu precisava de ajuda social o meu filho é não verbal ele tem 16 anos ele tá eh só na sua área que você fez português e inglês né ele tá numa série que é o 9º ano que tem a
matéria que é o seguinte Como distinguir oração coordenada subordinada sindética e assindética eu entendi que para ele isso nem faz sentido menor sentido entende e é porque algumas coisas precisam de pré-requisito né E se ele não tem o pré-requisito como é que ele vai aprender isso tá não verbal não Alfabetizado como é que ele tá numa sala de e alguém diz assim não não tem que adaptar ele tem que aprender Se ele quiser ele aprende então o o o nível do debate na educação inclusiva é nós estamos dizendo isso aqui que tem que delinear o
plano Educacional individualizado e a galera que manda diz o seguinte não se ele quiser ele aprende é ele que tem que querer e tu como pai e aí como é que como é que funciona essa dinâmica aí eh para você sendo um pai olhando o que tá acontecendo é é é muito é muito difícil é muito viceral assim pra gente sendo pai essa disputa essa essa luta política né eh e e esse debate veja quando você tá na Esfera acadêmica só no meu caso tá na Esfera acadêmica e pessoal na Esfera acadêmica ele tem um
certo nível de digamos assim de eh eh emocionalmente ele não te afeta distân distanciamento al distanci óio e eh e eu eu tô ela tava falando né que a gente ia fazer o rio lá embaixo Ela falou Já sei do que você vai falar que você tá IMP focado que você só fala não posso falar nada eu também tô então É isso aí porque é é muito profundo cara é uma coisa que me me indigna muito porque nós estamos falando de coisas que são óbvias eu assisti o podcast seu com Weslen e com o Jan
Ah e aí você dizia assim desculpa vocês estão falando para mim parece obviedade e é obviedade cara é bom senso era para ser pelo menos né era para ser e nós estamos discutindo como se fosse assim será que temos que fazer isto ou aquilo será que temos que ensinar oração coordenada subordinada sindética é sindética pro menino não verbal e não Alfabetizado [ __ ] esse debate não tinha que acontecer é igual você tentar convencer pessoas que a terra não é plana eu me sinto assim às vezes sabe e no meu caso meu filho tá na
escola pública eu não sei de outra deputada que tem um filho na escola pública eu tenho eh o té teve uma experiência de ficar em classes especiais inclusive quando a gente morou fora do Brasil para ele especificamente não foi bacana E aí a gente mudou pro interior de São Paulo para Vinhedo na na pandemia e eu matriculei ele na escola municipal pela primeira vez morrendo de medo ele entrou no sexto ano com 12 anos e meio sem tá Alfabetizado contando sei lá até 10 quer dizer ele não tinha vários pré-requisitos ali porém a rede Municipal
de Vinhedo é inclusiva e tinha uma professora de educação especial que tem essa formação baseada em ciência e fez toda a diferença na vida dele ela fez adaptação do currículo adaptação do material Porque de fato não fazia sentido ele ver sei lá integral e derivada sendo que ele contava até 10 e o t pela primeira vez começou a se desenvolver ser Alfabetizado tem um vídeo dele que é uma coisa tão linda que eu até o governador chorou quando eu mostrei para ele Governador Tarcísio meu filho tá apresentando um trabalho pra turma sem falar uma palavra
porque a acompanhante dele botou na lousa eh umas tiras de velcro E aí ela ia colando dava para ele as figurinhas de palavra que ele não sabe ler palavra que ele sabe ler e a palavra inteira e aí ele ia colando ali e ela ia lendo pra turma então você vê que é possível e acho que é isso que me move porque eu vi que foi possível com o meu filho que é uma criança que muita gente falaria que não deveria est na escola regular porque é um autista grau três com deficiência intelectual eh que
tava com um atraso grande com relação aos colegas e de fato ele só começou a aprender a ali na formatura dele ele fez um discurso em comunicação alternativa do nono ano então a gente vê que é possível mas é possível Em certas condições se você tem professores com uma formação continuada que é baseada em ciência se o aluno que tem direito a um acompanhante pode ter esse acompanhante dentro da sala de aula e infelizmente e é o que o lucelmo Falou às vezes a gente fica repetindo coisas que parece que você tá falando pra pessoa
que a terra não é plana sabe porque a gente tá falando de ciência a gente tá falando de coisa que funciona e que poderia fazer a diferença na vida de tanta gente mas Mas infelizmente não acontece eh em Vinhedo que que tem essa escola que você falou isso daí é só em Vinhedo que onde mais que a gente tem isso então eh olha eu adoraria que fosse em mais lugares às vezes eu recebo relatos isolados sabe Ah minha filha tá numa escola o meu filho tá numa escola que inclusiva sempre por acaso não é uma
não é uma uma política Clara eu acho que é questão de vontade política tá porque nós temos uma questão aqui que é eh a maioria das secretarias da educação tanto municipais quanto estaduais seguem a política de Educação Especial de 2008 do MEC que foi muito importante naquela época porque garantiu matrícula falou que essas crianças tinham que estar na escola e tudo porém em 2008 foi quando Meu filho nasceu não tinha autista como ele na escola então essa essa política tá carecendo de atualizações inclusive para falar do acompanhante especializado que tá previsto na lei de 2012
que veio 4 anos depois dessa política que o autista tem direito eh os os suportes que tem na lei brasileira de inclusão de 2015 que é a maior lei sobre pessoas com deficiência se bobear do mundo e fala lá de adaptações razoáveis que podem ser feitas que devem ser feitas inclusive mas quando as prefeituras e os estados se bazi na política de 2008 que infelizmente ainda Precisa de atualização aí a gente fica passando esse tipo de aperto porque tem suportes que autistas de nível dois e TR precisam dentro da escola mas eles não estão tendo
esses suportes Então quando você vê acontecer é por causa de vontade política de um prefeito de um secretário de educação de algum lugar mas não é uma coisa generalizada infelizmente é porque no Brasil eh eh o sistema educacional a gente chama de competência concorrente significa que não é Federação que manda no estado que manda no município cada um tem autonomia Então você tem vários municípios que tem eh políticas similares AD Vinhedo né eu vou citando aqui eu já vi coisas legais em em Limeira em Telêmaco Borba eh em outras cidades várias outras cidades em Rezende
no Rio de Janeiro tem algumas cidad que tem algumas coisas bem legais acontecendo mas ainda é muito esparso justamente porque não é essa orientação eh eh coletiva né a gente tá falando de pei aqui só para você ter uma ideia o pei é obrigatório nos Estados Unidos desde 1973 e práticas baseadas em evidências é obrigatório nos Estados Unidos desde 2001 é uma lei chamada nenhuma criança deixada para trás né no child left behind que inclusive foi fruto da dos Pais de autistas que lutaram lá então nós estamos falando no mínimo aqui de 20 anos se
a gente for bodar o pe 50 anos de atraso e aí no Brasil hoje qual que é o status do debate né Eh o Conselho Nacional de Educação que é um órgão vinculado ao ministério da educação um órgão de estado aprovou um uma orientações para inclusão escolar de autistas né chamado parecer 50 o parecer do autismo uhum e eh e aí tem a descrição do plano Educacional individualizado da participação da família tem a a descrição de que tem que usar práticas baseadas em evidências né e o e a formação dos professores não é Diretriz não
é nenhuma direz são orientações somente não é para mudar os autistas é para de fato usar prática com evidência Isto foi pro Ministério né pro Ministério da Educação pro Camilo Santana já houve alguns debates mas a luta é muito grande por isso que eu vim com essa camiseta aqui homologa a Camilo que é justamente o pedido para que a gente fez a hashtag para que o ministro da educação Camilo Santana homologue cara a experiência dele no Ceará é extraordinária de educação a professora da cela é uma pessoa que trabalha com prática baseada em evidência mas
no mec na parte de Educação Especial não é isso que tá acontecendo a gente tá propondo alguma coisa que tá alinhado com a história deles mas é entregue para um grupo que é isso que a gente tá falando o terraplanismo Educacional completo eu eu eu vou dizer assim é tão é tão é tão atrasado que não é terra é ter roquismo entendeu é um nível abaixo a discussão Então essa campanha vem nesse sentido de esclarecer e de pedir pro Ministro para para para homologar esse parecer para gente começar a discutir porque a gente sabe que
é um processo longo é uma orientação não é dir atualização da política né porque ele ele meio que preenche algumas lacunas porque a política quando você lê ela ela tem acho que 17 páginas mas a política mesmo é metade disso você vê que falta muito sopor para autista porque uma coisa é você dar acessibilidade para uma pessoa que tem uma deficiência física Às vezes você colocando uma rampa você dando uma tecnologia assistiva você já tá resolvendo o problema ali agora quando a deficiência da pessoa está no cérebro Às vezes você pode modificar o ambiente inteiro
que a gente fala remover Barreiras do ambiente remover Barreiras atitudinais que é a pessoa que não quer incluir eu eu costumo dar a seguinte analogia né Tem pessoas que falam assim ah mas pro autista não entrar em crise porque às vezes um autista entra em crise numa sala de aula Se ele entra em crise ele pode se machucar pode machucar um coleguinha eh Por que que ele entra em crise não é só porque a sala tá cheia tá barulhenta ou porque tá calor ou porque a professora não quer incluir ele então tem uma barreira atitudinal
tá dentro do cérebro dele a deficiência então se ele foi pra escola sem comer porque não tinha comida na casa dele ele já tá mais propenso a ter uma crise se na noite anterior ele viu o pai dele bater na mãe dele ele tá mais propenso a ter uma crise se ele dormiu mal porque ele teve muito pesadelo ele tá propenso a ter uma crise então a gente nunca vai conseguir controlar 100% das variáveis que podem gerar crise num autista por isso que era importante que os professores que os acompanhantes especializados quando eles estiverem dentro
da escola né é o meu sonho que eles tenham uma formação que ensine para eles o que fazer esse tipo de circunstância ou como até precaver prevenir ajudar essa criança que tem um comportamento aut lesivo para que ela tenha faça esse escape sensorial de uma forma que seja mais saudável para ela e pros outros então é isso que a gente precisa porque a realidade atualmente é que só no ano passado no primeiro ano de Mandato foram 600 denúncias de falta de acessibilidade escolar no meu gabinete 600 e coisas muito graves que inclusive D estupro de
criança aparece no gabinete criança sofrendo violência e professor é importante a gente falar que não é culpa deles os professores estão com Burnout porque as salas estão lotadas Às vezes tem cinco alunos autistas ali você imagina um professor que não sabe o que fazer que não tem ideia do que fazer e aí entra os cinco em crise de uma vez o que que vai acontecer naquela sala então a gente tem exemplos de escolas que quando aluno autista entra em crise chama GCM a gente teve algumas denúncias assim no gabinete precisa disso de verdade né óbvio
que a gente tem um problema estrutural na educação precisa diminuir número de alunos em sala mas para isso você precisa construir escolas contratar professores ou seja precisa de muito dinheiro não vai ser fácil conseguir isso a gente luta mas não vai ser fácil o que que dá para fazer agora para melhorar a vida dos professores e desses alunos que estão dentro da sala então eu brinco assim que eu sou uma resolvedora de problemas chega 70 problemas por dia no meu gabinete em forma de denúncia a gente precisa ver o que que dá para fazer né
que que dá para fazer agora porque tem criança fora da escola agora entendi quando você tava falando aqui antes que você tá você era pesquisador de uma outra parada e se tornou um pesquisador de sobre autismo é isso né E você falou também que quando você virou um pesquisador mesmo você descobriu que várias paradas Você viu no Google ali tavam não eram verdade né cara eh a gente já falou várias vezes aqui em ciência e tal em como lidar mas assim tem um monte de coisa que eu Suponho que tem um monte de Mito e
absurdos e e coisas que também Talvez fosse bom que que as pessoas soubessem que não é bem assim que funciona uma das coisas que me ó vamos começar pelo seguinte eh Quais são as evid assim Quais são as razões pelas quais se é que se é que tem alguma coisa mapeada nesse sentido para uma criança nascer com autismo quando a gente olha para uma pessoa autista ela tem uma causação multifatorial ou seja não é uma coisa só normalmente E aí eh é difícil a gente distinguir no caso individual Qual é essa causação tá hoje tem
eh nós trabalhamos principalmente com uma pesquisa de 2019 muito grande envolveu cinco países mais de 2 milhões de pessoas pra gente entender a probabilidade a composição a composição é mais ou menos a seguinte 81% dessa causação em geral ela é de natureza genética hereditária Ou seja você vê o indivíduo você tem genes que tem alterações e esses essas alterações ou tá no pai ou tá na mãe ou tá um pouco cada um cerca de 18% é de causação de mutações que não estão no pai ou seja é genético mas não é hereditário não tá nem
no pai nem na mãe significa que essas são mutações do próprio indivíduo tá que tem a ver com o que você falou que é a gente sabe que não precisa ter o pai e a mãe ser autista para nascer um autista não pode ser o pai bipolar a mãe TDH variedade mas nesse caso ainda assim est falando da composição hereditária agora a composição não Ária ela é aleatória todo mundo você tem milhares de mutações e eu também o que que altera na verdade essas mutações é a idade do pai a partir de 35 anos começa
a aumentar a probabilidade desse tipo de mutação mas não precisa necessariamente ter isso todos têm mutações se a se o a idade do Pai for acima de 35 40 vai aumentando cada vez mais aumenta esse risco então 18% a composição não hereditária genética não hereditária no tem que ver eu meu irmão e meus irmãos porque meu pai já era velho quando eu nasci e era bem velho quando meu irmão n é Mas como isso é só 18% Provavelmente por não ter as outras bases genética hereditária isso não foi suficiente né é meu marido tinha 26
anos quando eu engravidei Pois é só que aí a questão lá em casa é outra questão eu sempre falo assim aliás tem uma pessoa da minha equipe que está sentada ali que diz isso pé de jaca não dá manga toda vez que você olha um autista você começa a observar o pai e a mãe Sabe às vezes eu dava palestra foram 10 anos dando palestra antes de ir pra política e Às vezes as pessoas vinham falar comigo queria que eu assinasse um livro aí eu vi a pessoa tava na ponta do pé a pessoa tava
balançando a mão a pessoa não olhava no meu olho aí eu falava meu Deus do céu será que ele sabe Será que ela sabe não não tô diagnosticando mas tem alguns sinais que são muito claros né nas pessoas e e a coisa que tá ficando mais comum ultimamente inclusive é pai e ou mãe ser diagnosticada depois do filho que foi o que aconteceu com o lucelmo foi o que aconteceu comigo né É bem comum e aí 0.4 a 1.2% é de composição posição de fatores que são intrauterinos veja nada é depois que nasce mas intrauterino
tem três fatores que a gente sabe um é consumo de ácido valpróico que é um anticonvulsivante quando a gente quer fazer modelo animal por exemplo eh por exemplo de rato com autismo a gente pega a ratinha injeta ácido valpróico na barriga né a outra coisa é o consumo de maconha durante a gravidez e a terceira coisa são inflamações graves que levam a internação os dados que a gente tem São desse disso então em geral quando eu ol olha para uma pessoa 81% de genética herdada 18% genética não herdada e 0.4 a 1.2% ambiental agora claro
que isso pode variar de indivíduo para indivíduo Esta é a média né desta composição do autismo atenção pro fato que assim toda essa composição que você falou é antes de nascer antes de nascer ISO ísimo porque um dos maiores mitos sobre autismo e que Fez um estrago danado e que todo movimento antivacina veio disto foi quando um pesquisador fraudou uma pesquisa o Andrew wakefield falando que a vacina tríplice viral causava autismo isso causou um estrago que a gente não conseguiu reverter e eu acho que nunca vai conseguir reverter e não existe isso foi uma pesquisa
fraldada ele perdeu acho que a licença dele depois a pesquisa que ele foi retirada eh não existe isso a pessoa já nasce autista até o caso do meu filho que eu falei que ele se desenvolvia de forma aparentemente normal e regrediu hoje em dia quando eu pego os vídeos dele tinha coisinhas ali a atenção dele era muito curta ele fugia do olho da gente tinha coisinhas né é que o desenvolvimento dele foi um pouco atípico do do padrão autista que normalmente já é não ter contato visual desde bebezinho essa coisa toda mas ninguém fica autista
Depois que nasce isso é importante porque muitos telas agora estão nessa de falar que telas causa autismo e a verdade é que autis tela celular televisão essas coisas né e e tem uma coisa que é Inclusive a própria pediatra que a gente levou o tel falou ele vê muito DVD que na época tinha um DVD portátil não tinha tablet né ele vê muito a televisão aí na hora que eu falei que sim aí já foi é isso é falta de estímulo e na verdade autista se atrai mais por tela é meio que o contrário né
não é coisa asso do estímulo social né É porque é muito mais confortável para ele ficar olhando para uma tela do que olhar pro rosto de uma pessoa e ter que entender se a sobrancelha levantou porque a pessoa tá brava tá triste tá chateada qualquer coisa dessas né por isso que ele se atraem mais por esse tipo de coisa é óbvio que exposição a Telas quando ela é muito grande para uma criança pequena principal isso causa prejuízos pode atrasar um pouco a linguagem pode dificultar a interação social dela mas isso não causa o autismo isso
pode piorar algumas características né e é isso mas eu te interrompi É não e eu tava eh só dizendo isso que eh essa essa composição ela é multifatorial e eh a gente tem portanto cerca de 99% que é composição genética né veja o caso do meu filho por exemplo meu filho a gente tem o exame genético dele e meu ele tem alteração em um gene chamado de Five os genes são classificados assim no autismo tá tem uma grande plataforma internacional chamada sfar que foi criada por dois pais de autistas e financiada por eles que lá
eles classificam os genes em termos de número Gene nível um é aquele que sabe que tá diretamente ligado ao autismo causa autismo o dois tá um pouco ligado ponom multio e até o seis o seis aparecer uma outra pesquisa ele tem dois genes nível um o meu filho um chama set de Five as pessoas que TM alteração nesse Gene normalmente tem autismo deficiência intelectual e tal nos casos severos e ele tem tem esse aí também e e e esse Gene não é eh ele não não tá em mim então é é dele é a montação
dele e tem um gene chamado act de for que esse Gene tá relacionado a ao autismo mas casos mais leves que ele tá em mim então eu tenho esse Gene que também é nível um que eu passei para ele e ele tem um gene individual que é a mutação dele portanto você tem duas coisas que se somam então em geral Você não tem uma causa única Você tem uma composição multifatorial na causação entendi e você consegue lembrar de alguma dessas paradas que você viu no Google e que depois Descobriu que era muitas é essa da
vacina acho que é clássica né porque ela é muito importante porque ela é uma desafio à saúde pública mas você tem por exemplo uma delas que eu acho que é bem importante desmistificar que é a ideia de que é alimentação são os agrotóxicos que causam autismo is uma uma pesquisadora americana chamada Claire senf que divulgou isso que ela ela é do Mit E aí fica parecendo que é uma pesquisa do Mit nada a ver ela é pesquisador de for informática e aí ela se meteu a falar disso e ela falou um monte de groselia ela
é antivacina esse tipo assim bem conspiracionista e aí ela disse o seguinte ela pegou o gráfico de aumento de pessoas com autismo E aí pegou um outro gráfico de aumento do glifosato que é um um agrotóxico e ela disse assim Olha esses gráficos aqui são muito parecido então um tá causando o outro né E aí como assim é é porque qu quem aceitou isso pois é Tod mas muita gente isso viralizou que às vezes chega gente para mim é verdade que em 2025 um em cada duas pessoas será autista ISS é veio disso e toda
a hora e várias grandes órgãos do Brasil publicaram isso porque não tem curadoria científica sendo que correlação não é causa né Tem até aquele site famoso dos Estados Unidos dos filmes do chama spurious correlation esse site é muito legal é eu recomendo a todo mundo olhar é é um site que ele ele pega cois faz cor relação absurda é então por exemplo os filmes eh estrelados pelo Nicolas Cage e a morte de pessoas por afogamento é o mesmo gráfico fuo Nicolas kade Pare de fazer filmes que pessoas estão morrendo afogada que foi o que ela
fez né exatamente ela fez uma correlação espúria Então veja ó ninguém tá dizendo E aí é importante dizer quando você fala aí se a pessoa tá dizendo tá a favor da indústria da agrotox ninguém tá dizendo que agrotóxico faz bem não faça cara não que é assim mesmo assim impressionado com isso daí para mim eu eu eu acho isso de uma desonestidade intelectual Nossa brutal ve falta de às vezes é falta de compreensão mesmo sabe eh Então veja ninguém tá dizendo que a faz bem ele faz mal pode causar um monte de problema mas entre
eles não está autismo não há nenhuma demonstração disso tá então eh eh isso por exemplo é uma cura de autismo Luciel você não Você não tem o que mais tem na internet inclusive teve uma há uns anos atrás que eu fui parar no fantas por causa dessa foi porque é é olha é uma história tão louca que se eu te falar você não acredito é um americano chamado Jean humble que diz ele que ele vinha de Andrômeda tá acho queria até mor recent pera aí é um Deus Universal da galáxia and tá E aí segundo
ele ele tava na Amazônia e aí ele os coleg dele pegaram malária e aí ele pegou um alvejante Industrial diluiu deu PR as pessoas curou E aí ele abriu nos Estados Unidos uma igreja chamada Gênesis 2 para poder dar isso para as pessoas como se fosse um Sacramento liberdade religiosa tá só que esse troço começou a se espalhar no mundo inteiro e eles falavam assim que cura malária aides câncer qualquer coisa que o seu passarinho tiver o gato autismo né E aí aqui no Brasil as pessoas que vendiam isso começaram a se infiltrar em grupos
de pais no Facebook na época e aí toda vez que entrava uma mãe falava ai meu filho é autista grau três ele se agride ele não usa fralda ainda aí aparecia essa pessoa e falava Olha eu descobri um negócio que cura o meu filho começou a falar o meu filho Lou a fralda o meu filho tudo isso foi um terror que naquela época eu ainda era ativista e tudo eu me infiltrei nesses grupos e eles ensinavam a dar esse alvejante diluído pros filhos mas como o troço tem cheiro tem cheiro de cândida eu comprei uma
vez para fazer o teste em casa não bebendo né mas assim para botar para ter um cheiro forte eles orientavam os pais a botar isso nos filhos via enema que é tipo pelo anos direto no intestino Então as mães postavam foto das Fraldas dos filhos com sangue no grupo eu entrei em depressão aquela época porque era uma coisa horrível eu consegui na época com uma deputada que a Anvisa fosse notificada para que o Mercado Livre mesmo tirasse aquilo da de circulação porque vendia em todos os lugares livros ensinando como fazer isso né e o problema
desse tipo de prática é que que pode até aparecer alguém falando que fez bem mas aí você tem tem que sempre lembrar que assim a pessoa sabe que tá fazendo um troço arriscado então tem o viés de confirmação que isso tem que tá fazendo bem com meu filho outra essas crianças Sempre fazem um monte de terapia juntos agora os mortos não falam e a gente ficava sabendo de caso de criança que tinha morrido mas que os pais ficavam quietinhos porque estava morrendo de medo porque tinham feito uma coisa muito errada né ser preso isso até
hoje ainda aparece na internet eu já consegui agora como deputada que algumas plataformas tirassem esse livro que promove isso da e e o próprio produto mas de vez em quando a gente tem que começar a ficar de olho esses dias uma pessoa da minha equipe falou ó a ideia surge de um cara que é o Deus de Andrômeda universal de Andrômeda e e e tem gente que acredita mas ó pera aí vamos vamos vamos esclarecer duas coisas importantes a primeira é a divulgação de pessoas que são relevantes no país por exemplo no Brasil quem divulgou
Isso foi um médico chamado Lair Ribeiro que é um cara que vende milhões é um cara super conhecido e é médico então o médico tá falando a gente tinha um monte de Congresso Essa é uma das coisas que eu vi no Google que as pessoas os médicos indicavam isso tem vídeo dele no YouTube até hoje é claro que nós estamos falando de médico que não tem formação que tem compromisso com outros valores que não a saúde e a ciência mas tinha e tinha uma outra coisa que é um é é um é uma argumentação ardilosa
deles que é o seguinte eles diziam o seguinte que o autismo era causado por vermes secretos escondidos pela ciência e que se você dese isso aí e esses vermes iam aparecer nas feses e você ia ver a comprovação E aí depois de alguns dias a o intestino começa a se descamar se despedaçar e você vê a massa e aí aí a pessoa tá dizendo aqui tá vendo aqui os verbes tá direto tinha nos grupos monte de fotos os verbes estão mortos meu filho tá na caminho da cura e não era era o intestino se despedaçando
Então veja criança teve perfuração intestinal é uma série de de artimanhas que eles utilizam para enganar essas famílias entendeu Esse é um caso bizarro agora sabe qual o problema quando o caso não é tão bizarro quando ele parece mais realidade eu vou te dar um exemplo aqui e até achei que André fosse falar disso porque é um dos casos mais grotescos que é a visão da psicanálise de que o autismo ele é causado pela relação com a mãe pela relação com a família é emocional então durante muito tempo nós tivemos a figura da mãe geladeira
o o psicanalista que inventou isso chama Bruno bettelheim ele comparava as mães comparação simples tranquila com soldados nazistas então que as mães odiavam os filhos você tá sendo irônico né autista desculpa é é então assim eh com os soldados nazistas que queriam a morte das pessoas que queriam eh tudo de mal para eles e eles se encapsulam dentro do autismo né E aí eh eh esse esse movimento essa perspectiva porque parece que é só a gente falando cada um tem a sua opinião tá tudo certo mas não é porque essa perspectiva ela levava a dois
problemas que era o seguinte bom se isto é verdade o que que eu tenho que fazer primeiro eu tenho que institucionalizar os aías então eles eram todos todos institucionalizados para afastar da mãe que quing que a morte del mãe mã depr suicídio que foi um horror exatamente Então isto foi a política institucional dos Estados Unidos por décadas hoje a psicanálise ela tem uma galera essa galera do Betel heim que diz que é mãe geladeira tem a galera do lacant que é mãe crocodilo que é a mãe que engole a criança impede a Constituição do sujeito
e tem um monte de eufemismo se você pega isso tudo hoje 2024 tem um monte de eufemismo mas no final das contas é a mesma coisa é a causa é uma falha na relação emocional então não vou dizer que é mãe geladeira é falha no vínculo teve um probleminha uma dificuldade a Constituição do self então é tudo eufemismo no final das contas essa essa é ainda uma visão atual 2024 nós estamos falando que tem universidade pública no Brasil produzindo isso entende isso sendo divulgado em um monte de lugar então é muito nefasto porque só que
este nós estamos falando de uma coisa que tá na universidade que tá no no poder público que tá em vários lugares portanto parece Mas é uma coisa séria não é uma coisa tão bizarra tem um livro chamado outra sintonia que fala da história do autismo desde o primeiro diagnóstico até os dias atuais e tem lá a história de uma mãe ela contando que quando perceberam que o filho dela Possivelmente era autista aí meteram ela num grupo de mães e era a terapia lá que era psicanálise e ela tinha eles ficavam forçando ela a lembrar em
qual momento da vida do bebê que ela desejou que ele morresse ou que ele não nascesse porque foi nesse momento em que ele virou autista e ela ficava pensando será que foi quando ele nasceu eu olhei pra cara dele Achei que ele parecia com um pinto de galinha eh E ela ficou meu Deus deve ter sido isso deve ser por isso que meu filho ficou autista então então você imagina o sofrimento mental que isso impôs a mães naquela época e até por essa coisa de tem que tratar é a mãe não é o filho né
quantas vidas Que se perderam nesse caminho quantas oportunidades de entender melhor eh o que a gente já sabe hoje por exemplo né entendi cara essa parada do então talvez essa daí seja a principal batalha né fazer com que as pessoas assim pelo menos para quem não sabe o que do que que a gente tá falando eh que autismo Não não é causado por uma coisa que vem depois que você já nasceu né e é interessante você o segundo cara que vem aqui e me fala eu você não falou isso mas que psicanálise [ __ ]
não devia estar na universidade Mas se for esse o problema eu falo a psicanálise é uma pseudociência né cara é uma coisa que eh não utiliza o método científico veja eles podem eventualmente virar ciência não é o problema não é esse Mas hoje ela não não segue o método científico isso isso não é uma não é uma coisa única da psicanálise né um problema crônico nós temos por exemplo a psicanálise temos a homeopatia no caso da Medicina no caso da educação nós temos essa corrente que é a inclusão total que também uma pseudociência que diz
que alunos não precisam de apoio que é só respeitar ele aprende então as pseudociências elas estão presentes na universidade de uma de uma maneira importante a psicanálise específicamente ela tem a ver com todas essas coisas que a gente tá falando porque ela ela ela cria um discurso político que tem que que que parece fazer sentido para as pessoas porque ela tem ela tem um apelo narrativo né carit utiliza mitologia grega e e assim hoje você tem Brasil Argentina e França basicamente que tem psicanálise né forte assim e isso traz um problema muito grande por quê
E porque isso tem impacto em política pública dia 2 de Abril agora foi publicado pelo Ministério da Educação um Ministério da Saúde Desculpa um um uma postagem sobre autismo e tá dizendo o seguinte só pode fazer o diagnóstico depois de de 3 anos Cara isso não existe isso isso é uma coisa que é combatida por tudo que todo mundo que fala de ciência no mundo inteiro o meu filho em 2010 foi diagnosticado com dois Pois é a os estudos mostram eh estudos principalmente da da Universidade da Califórnia Campus de San Diego uma pesquisadora chamada caring
Pierce eu tive a oportunidade de de de entrevistá-la lá eh Ela demonstrou o seguinte uma pesquisa longitudinal durante o tempo que você consegue fazer um diagnóstico com estabilidade com um ano e 2 meses e cara eh você tem um monte de estudo que compara quando você faz a intervenção pequenininho e quando você faz intervenção depois dos 3 anos é brutal a diferença é brutal portanto Inclusive tem estudos com irmãos de autistas né que porque a tendência é se você tem um filho autista você tem muito mais chance de ter um segundo filho autista por por
essas questões genéticas Então já dáa já tem alguns estudos sobre sinais de autismo em bebês que obviamente você não vai fechar o diagnóstico num bebê muito pequenininho mas dá para você fazer algumas intervenções para não gerar já aquela cascata de prejuízos Porque o bebê não olha no rosto se ele não olha no rosto ele não vai aprender como que ele vai aprender a falar se ele não olhar pra mamãe ou papai mexendo a boca que ele vai aprender a imitar Então esse tipo de coisa gera uma cascata de prejuízos depois Já tem alguns estudos sobre
isso e até intervenções para serem feitas em bebês mesmo que não haja diagnóstico Mas se tiver sinal de atraso do desenvolvimento você já pode agir ali exatamente entendi eh e Suponho que sejam assim são coisas que dá para fazer sem caso não não seja um bebê autista também no causo prj entãoo tem Não fazerum exatamente mas aí tem esse discurso que é muito corrente de ai mas tudo agora está patologizado até falar tá patologizado rotulando as crianças gente na verdade quando você não identifica que existe um atraso no desenvolvimento e você não age você está
roubando daquele bebê a oportunidade de ter mais autonomia no futuro isso é criminoso na verdade né Então deveria est em todas as Universidades esse tipo de estudo mesmo de bebês porque é o que você falou mal não vai fazer são intervenções lúdicas tem uma pessoa que é minha amiga Poliana do Instagram meu bebê o autismo que ela fala muito sobre isso mestrado dela é sobre isso doutorado dela é sobre isso e ela mostra as intervenções que ela faz com o bebezinho dela porque ela já tem filhos autistas eh é é lúdico coisas para atrair o
olhar do bebê pro seu rosto pintar o nariz de palhaço fazer brincadeiras fazer muita cara muita boca aquela coisa toda então são coisas que se todos os pais pudessem receber um treinamento no Sistema Único de Saúde ia ter um impacto futuro enorme mas infelizmente o nosso país ainda não sabe essa coisa de política pensando em longo prazo né isso não existe aqui ainda né É um sonho meu inclusive você por exemplo você é professor de inglês você pega um um bebê e fala para ensinar inglês para moleque de 1 ano 2 anos cara em uma
semana ele aprende mais do que eu velho se eu ficar um ano nos Estados Unidos uma semana duas semanas é impressionante cara agora você imagina se eu pegar um autista e eu vou fazer estimulação vou ensinar para ele e eu vou pegar um um menino já mais velho a diferença é brutal é assim a plasticidade cerebral é uma coisa que todos temos certo agora a plasticidade cerebral de um bebê e de alguém maior É como se eu comparar uma piscina pro oceano os dois TM água mas são duas coisas completamente distintas totalmente distintas e quando
a gente e quando a gente diz assim não temos que diagnosticar Só depois dos 3 anos que é o que disse o Ministério da Saúde eh a gente a gente perdeu um tempão mas e por que isso porque a perspectiva da psicanálise o Ministério da Saúde Tá cheia de gente com esta linha é de que o autismo é causado nesta relação Então você tem que esperar porque essa relação tá sendo constituída né Não dá para fazer muito precoce e que isso é uma medicalização uma coisa assim e aí você tá perdendo a a a a
faixa mais crítica desse processo de apoio os estudos comparativos eles são gritantes né em termos de qual o efeito que você tem e se você tem efeitos diferentes esse efeito não resolve para você esticar mais a intervenção é assim você perdeu a oportunidade acabou e aí nós estamos falando inclusive do ponto de vista de custos você tá dizendo bom se eu fizer a intervenção antes eu tenho muito mais e eh e redução de custo porque eu tenho menos necessidade de apoio pessoa vai ter mais autonomia vai depender menos de benefício do governo vai poder ter
um emprego né até o meu próprio filho eu fico pensando porque a gente foi num médico bom na época mas assim não se tinha tanta noção sobre intervenções aquela coisa eh é inevitável né eu fiz o que era possível com o que eu sabia naquela época mas eu não sei como teria sido o desenvolvimento dele se eu tivesse o nível de informação que eu tenho hoje né então é a obrigação da gente fazer com que as pessoas tenham esse tipo de informação para que não percam tempo mesmo nesse desenvolvimento da criança que é tão importante
então então é no que que os pais deviam estar prestando atenção assim vamos dizer que eh eu sou um pai que de primeira viagem que tem um filho que tem um ano e se meses mas eu não vi nada também sabe eu não sei se que que devia estar procurando se eu devia estar procurando alguma coisa tem tem alguma cois algum jeito da gente olhar para esse para essa questão para quem não faz ideia do que tá procurando bom para começar a caderneta de vacinação do SUS tem ali os Marcos do desenvolvimento que dão uma
dica já para quem quiser dar uma olhada outra coisa é um bebê de 1 ano e 6 meses ele precisa olhar quando você chama ele pelo nome quer dizer que é autista Se não olhar não pode ser um problema de audição Mas tem alguma coisa ele tem que olhar quando você chama ele pelo nome tem que imitar dar tchauzinho mandar beijinho bater palminha essas coisas as crianças fazem tem que falar e isso é o mais importante porque o que a gente mais escuta e eu lembro que na época que o té foi diagnosticado eu participava
de uns grupos de mães no Facebook e era um tal de mãe aparecer e falar ai meu filho tem 2 anos e meio e não fala Mas o pediatra falou que cada criança tem seu tempo que o lucelmo falou aqui antes isso é uma coisa uma uma frase que é espalhada no meio da da Pediatria em muitos profissionais e que atrasa o o diagnóstico da Criança e portanto vai atrasar o desenvolvimento dela porque a verdade é que criança de 1 ano já tem que est falando palavrinha uma palavrinha Com intenção comunicativa papai mamãe água porque
o meu filho cantava músicas do Cocoricó inteiras mas ele não me chamava mamãe não pedia água né menina principalmente menina com atraso de fala é mais grave ainda porque menina costuma falar antes dos meninos até então atraso de fala não é normal e às vezes eu até fico rindo porque eu vejo pessoas que falam assim ah eu vi o lucelmo falando isso outro dia poxa mas meu filho demorou a falar mas eu também Demorei muito a falar eu também era assim minha mãe fala que eu era igualzinho Ops né na verdade você vai descobrir que
não é que o seu filho não tem nada é que você também porque a gente está falando de uma condição genética então tem algumas coisas que são muito marcantes criança tem que compartilhar interesse trazer um brinquedinho que ela gostou para te mostrar te mostrar alguma coisa apontar se você aponta ela tem que olhar Então são sinais bem clássicos que com essa idade assim você já consegue perceber entendi tá e vamos dizer que não percebeu ou qualquer ou era ou era alguma coisa assim ainda mais leve e tal quais são o que que eu tenho que
estar olhando numa criança um pouco mais velha ali já chegando nos 10 anos com 10 anos você já tem eh tem muitos indivíduos que tem um diagnóstico por essa idade esses indivíduos de um modo geral São indivíduos que tem a fala preservada e que tem a cognição preservada né antigamente o autismo ele era dividido em tipos você tinha uma categoria chamada transtorno Global do desenvolvimento aí você tinha transtorno desintegrativo da infância transtornos globais do desenvolvimento sem outra especificação autismo e uma categoria chamada síndrome de aseg tá então ela não existe mais mas ela existiu até
2013 essa categoria provavelmente é desse indivíduo que chegou a 10 anos eh sem eh sem o diagnóstico que é o nosso caso por exemplo aqui né esses indivíduos Apesar deles terem a fala preservada Eles não têm a comunicação social preservada que é muito mais complexo E à medida que ele vai crescendo as demandas sociais vão crescendo começa a ficar mais mais clara essa esse prejuízo né então você tem por exemplo indivíduos que tem dificuldade em iniciar e manter relações que é uma das das categorias lá ele não consegue interagir no grupo ele não consegue entender
eh falas que T eh figuras de linguagem como metáfora como sarcasmo piadas e aí principalmente quando vai chegando na adolescência vai ficando mais brutal porque os adolescentes eles são cruéis né então ele não consegue interagir e ele eh tem outras características comportamentais que tem a ver com a fixação numa coisa né rituais muito esposo né só quer falar daquilo que é o hiperfoco Ou até eu faço isso E aí socialmente isso vira um problema porque assim o hiperfoco eh quando nós estamos falando de de indivíduos como os nossos filhos o hiperfoco tem mais a ver
com objeto Então meu filho gosta da textura mas quando é esse nível um né esse antigo ASP tem mais a ver com tema Então vou vou te dar imaginar o seguinte Olha vou me imaginar um um amigo que ele gosta muito de tecnologia um uma filho de uma amiga e aí diz assim pô legal esse moleque que gosta de tecnologia legal só que é o seguinte e eles gostam de falar que que é melhor iPhone ou Android Eles não gostam de falar é assim qual que é a peça do da IBM de 78 de que
compunha entende é um nível de aprofundamento muito grande se a gente for falar de videogame eh todo mundo gosta de videogame né agora ninguém quer saber qual foi o primeiro videogame quem foram as pessoas que fizeram e qual era o conceito do primeiro videogame etc e tal então mesmo que seja um tema comum esse tema no no quando a gente fala de hiperfoco é num nível que traz prejuízo pro indivíduo então eh a gente vai observar assim qual é o nível das relações sociais desse indivíduo Quais são os comportamentos repetitivos estereotipados desse indivíduo e e
principalmente neste nível da da socialização é que por volta dessa idade a gente vai ter o diagnóstico Qual que é o problema você pode assim mas e pode você pode ter a compreensão como pode ser a personalidade ele é mais retraído ele é mais alguma coisa O problema é que o adolescente ele é um bicho social ele não quer saber de pai mãe não presta só os amigos que presta e olha que na nossa época não tinha rede social né não tinha é imagina agora então ele tá sempre voltado para o outro e aí como
ele é socialmente mais incompetente ele não consegue interagir tem muito bullying e a relação é muito ruim isso começa a fazer o seguinte começa a ter uma contradição que é a seguinte bom toda vez que eu interajo eu não consigo interagir eu tento não consigo eu sou punido alguém tira sarro de mim me xinga etc e tal então eu me sinto mal toda vez que eu vou fal falar com outro que eu vou interagir só que eu tenho uma pulsão poderosa para falar com o outro olha a contradição eu tô sentindo o dia inteiro o
dia a vontade de interagir e a vontade de interagir me produz sofrimento aí você tem quadros de depressão ansiedade e deação suicida e dessa por exemplo suicídio é de quatro a nove vezes mais comum entre pessoas com autismo nível um em mulheres é mais alto do que em homens inclusive Provavelmente por causa dessa coisa do mascaramento que a gente fala né das mulheres eh e assim Existe alguma existe alguma relação do autismo com outras características como por exemplo superdotação existe um fenômeno que nós chamamos de dupla excepcionalidade que é quando você tem o autismo junto
com a superdotação no entanto se você olha as pessoas com superdotação o percentual de pessoas autistas é o mesmo percentual da população comum então ele não é um traço especial Tá mas eh ele acontece na mesma proporção Mas acontece agora um outro fenômeno diferente que pode confundir é o fenômeno dos savantismo a síndrome do sábio ou síndrome de savan que é um indivíduo autista em geral esses casos não t superdotação tem deficiência intelectual que ele tem uma habilidade que a gente chama de uma ilha de habilidade que é uma habilidade extraordinária Então vou dar um
exemplo aqui que você deve se lembrar lá do filme do Rain Man e que era aquele lá era baseado num personagem real que é o kimak se caísse um conjunto de palitos assim qualquer quantidade ele sabia imediatamente a quantidade ele não precisava contar como a gente precisa ele decorou 13.000 livros se perguntasse assim Bíblia página tal ele falava da primeira letra A Última só que ele não entendia nenhuma ele não entendia nenhum livro ele decorava mas não entendia tem outros indivíduos que eles saem eh na rua e eles podem lembrar todas as pessoas todos os
andares todas as roupas de todos os andares de todos os prédios de de tudo que ele vi todas as placas sa falar né Tem um autista que eu conheci que ele ele perguntou assim para mim ele e era uma fixação dele também que dia qual que é a sua data de nascimento aí eu falei 30 de novembro de 75 aí ele falou foi um domingo é assim e ele fazia isso para todo mundo assim sabe é é super impressionante Isso mesmo tem algum que você fala tem alguns que você fala qualquer conta qualquer uma ele
fala imediatamente esse mesmo indivíduo pode ter dificuldade para ir no banheiro para amarrar o porque a gente não sabe direito o que que causa o savantismo né a gente sabe que é um número bem pequeno em torno de 10% dos indivíduos com deficiência intelectual Mas provavelmente o que acontece é o seguinte quando a gente nasce a gente tem uma certa quantidade de neurônios e sinapses e a gente vai podar e por volta de 1 ano e 2is meses a três anos metade todo mundo faz isso tá E é pra gente tirar e neurônios e sinapses
de má qualidade e tal ou que não são estimulados não faz sentido para alguém eh e aí em indivíduos autistas essa poda ela pode ser problemática você tem cerca de 17% que poda menos e fica com a cabeça um pouco maior você tem outros que podam e coisas que não são importantes e esse é o caso quando meu filho perdeu a fala inclus os autismo regressivo em geral por contra de o que ele cantava as musiquinhas que ele cantava ele perdeu tudo entendi ou seja aqueles neurônios aquelas sinapses que que eram importantes que faziam parte
do seu desenvolvimento foram podadas e às vezes aí que entra né por isso que é raro às vezes eh processos sinápticos que são que não são importantes não são funcionais não contribuem na qualidade de vida do indivíduo ficam ligadas como por exemplo decorar todas as placas que o cara vê todos os livros que o cara vê a aí Veja ao mesmo tempo aqueles processos para entender o livro ficaram desligados né então é um erro na poda neural a gente não sabe porque acontece mas a gente sabe que tem uma vinculação genética direta entendi ah Bom
basicamente você me falou que o cara se é ncer com autismo não necessariamente coloca não não dá ele mais chances de ser superdotado dá dá menos chance Ó tem muito autista com deficiência intelectual por exemplo no último número do CDC apontou que tem uma cada 36 crianças que são autistas certo nesse mesmo nesse mesmo paper né no mesmo artigo ele diz o seguinte cerca de 31% tem deficiência e cerca de 25% porque a deficiência intelectual é o seguinte você tem o q médio 100 aí abaixo de 70 que é dois desvio padrão né Aí você
tem a questão do do do comportamento adaptativo agora quando você tem um desvio padrão abaixo 70 a 85 você também tem uma deficiência cognitiva mas ela não chega da ser deficiência intelectual Então 25% tá ali tá E só 44% que tem inteligência preservada portanto a ideia de que autistas T mais inteligência que os outros não tá correto 44% tem a inteligência preservada e uma parte deles superior mas a maioria tem ou deficiência intelectual ou um prejuízo cognitivo significativo entendi tá eh essas fixações que vocês estão falando aí eh que que o autista pode ter ela
pode vir de qualquer fonte por exemplo assistiu um filme e um determinado assunto um determinado personagem ou como é que é isso seade de uma maneira mais profunda precisa de um envolvimento maior como é que como é que acontece eu acho que eu não sei se tem um padrão não assim é engraçado que o meu filho justamente porque ele não é um autista e que fala e ele tem deficiência intelectual ele tem esse padrão que o lucelmo falou dos objetos né e é muito engraçado porque tem uma coisa que a gente não falou até agora
que é eh autistas em geral t o que a gente chama de transtorno de processamento sensorial né que as informações que você recebe pelos sentidos pela visão pelo olfato pelo Paladar chegam no cérebro desmod então às vezes vai forte demais às vezes vai fraco por isso que tem autista que se incomoda R com barulho eu sou uma dessas essa luz branca aqui mesmo é uma coisa que às vezes dá uma confusão visual sabe é porque é uma luz no meu gabinete a gente trocou tudo por luz amarela inclusive porque é cheio de autista no meu
gabinete né e por causa desse sensorial diferente eles se interessam por coisas que crianças típicas às vezes não se interessam sabe um sei lá garrafa PET coisas assim oot já dormiu abraçado com batata saquinho de clu social garrafa PET tudo menos ursinho era umas coisas que você olhava falava de onde veio o interesse assim né eles se interessam por coisas às vezes pelo aspecto sensorial porque é aspero Zinho ele gosta de passar a mão ou porque é geladinho ou porque e até interessante que às vezes eu via quando ele era pequeno assim ele tinha uma
coisa quando ele tinha lá os seus 4ro anos de idade que ele deitava encostadinho na parede com o rosto virado pra parede ficava lá quietinho assim e aí eu olhava ele eu falava eu sei porque que ele tá fazendo isso é porque é geladinho porque eu também fazia isso quando eu era criança então é muito interessante que depois que veio o meu diagnóstico é que eu comecei a lembrar dessas coisas como que eu via umas coisas que o té fazia coisas que ele se interessava e eu falava eu sei porque que ele tá fazendo isso
porque eu quando era criança fazia igual também sabe que tô lembrando uma coisa engraçada aqui né E a minha mulher ela é analista do comportamento ela trabalha com criança autismo há mais de 30 anos né E aí ela tem vários casos engraçados mas tem um caso que é muito legal tinha uma criança que gostava de tirar assim o rótulo né então ela tirava isentão vendo ele não pode ver rótulo que tira aí fica olhando essa aqui que que eu vou contar aí ele toda vez ele tirava o meu filho também gosta de fazer isso aí
ela ela ia trabalhar e ela tinha um histórico já e ela disse o seguinte ele foi num psicólogo um psicanalista e aí ele falou o seguinte você não tá percebendo o que que esse menino tá dizendo ele quer tirar os rótulos da sociedade é complicado né cara ele é contra os rótulos da sociedade é um protesto que ele tá fazendo esse tipo de de coisa que a gente vê no dia a dia que coisa cara mas tem uma coisa engraçada que assim tem a Eu já vi autista que gosta de todo tipo de coisa que
você imaginar eh inseto carro to todo tipo de coisa mas é É é incrível como é comum dinossauro né nossa dinossauro é impressionante É sim inclusive teve um caso de um menino acho que que ele corrigiu uma informação que tinha sobre um dinossauro lá no Museu de História Natural de Londres e ele tinha 9 anos ele viu que a placa tava lá falando alguma coisa tá errado tá errado chama aí o gerente que tem tá errado e e é assim quando é um hiperfoco você fica bravo entendeu se alguém fala um asneiras de neurodiversidade perto
de mim eu tenho que me segurar porque eu quero corrigir na hora às vezes eu passo uns apertos e é assim o menino chamou o gerente de do do museu lá e eles foram ver e tava errado mesmo a informação sensacional e e vem cá e vamos lá eh autistas adultos eh eles têm alguma eles têm como é que funciona o cérebro deles em resposta com por exemplo Vícios e abuso de substância como álcool maconha qualquer coisa assim vícios em geral é a gente tem uma presença muito grande de comportamentos repetitivos né então Eh esse
esses dados eles não são eh no caso de vícios especificamente não esses dados não tão bem consolidados tem pesquisas que encontram uma maior quantidade isso é mais comum no TDH agora o que precisa entender que entre as pessoas autistas existem aquilo que a gente nós chamamos de comorbidades que são condições que vem junto que tem alguma associação se ela não tiver nenhuma Associação a gente chama só de condição co ocorrente que é só Paralela no caso do TDH não existe superposição genética Tem várias coisas é tem tem estudo que fala até 86% eu ten autismo
Então veja é difícil você distinguir que se você pega os autistas você vai ver uma quantiade de maior de Visto mas você não sabe exatamente por se é por conta do autismo ou se é por conta do TDH Então essa Associação ela ainda ela ela tá um pouco em suspenso entendi Eh agora nós temos comportamentos repetitivos o comportamento repetitivo ritualizado que é é uma é uma é uma repetição também é um padrão mas ele não é não é um vício por exemplo eu vou imaginar que eu posso ir eh no banheiro e posso fazer uma
sempre a coisa na mesma sequência eu vou no certo lugar e faço a coisa sempre na mesma sequência é é é uma característica do autismo esse comportamento ritualizado né e é interessante já que a gente falando de outras relações aqui que ele é diferente do do toque que muitas pessoas confundem né o toque é o transtorno obsessivo compulsivo E aí você tem aquelas pessoas que só usa tal cor que só pisa em tal lugar que é muito similar Qual que é a diferença no caso do toque a pessoa tem uma ideia de fundo Então ela
diz assim o fone não pode est assim ele tem que estar aqui de lado por quê Porque senão minha mãe vai morrer você fal bom mas não tem nada a ver sua mãe vai morr acontece alguma coisa ruim se a pessoa não CONSEG é tipo assim mas que que que tem a ver sua mãe vai não eu sei que não tem nada a ver mas eu tenho a impressão que ela vai morrer então eu vou vou colocar aqui então eu vou fazer uma adesão a um ritual Porque tem uma ideia de fundo que é uma
ideia meio catastrófica no caso do autismo não tem isso eu tenho o ritual por quê Porque sim se você desfizer o ritual ele ele fica bravo ele diz não porque tem que ser assim não porque assim eu quero assim porque eu gosto assim né então tem muito mais a ver com eh a uma questão até sensorial e de inflexibilidade psicológica Então cara olha aí tá vendo Eita lá falo nada mas ó esse esses apontamentos assim é que a pessoa da minha equipe tá ali rindo para mim porque ela foi grande responsável por eu ter meu
diagnóstico porque Teve uma época você falou de plano de saúde né 2022 a gente ia pra Brasília toda hora porque o STJ basicamente definiu que os planos de saúde Só tinham que cobrir o que tava no rol da NS e isso deixava tudo de fora praticamente gente com câncer precisava de home care um monte de coisa E aí a gente começou a fazer protestos várias mães do país inteiro a gente se acorrentou na frente do STJ e depois 2022 tá e depois a gente começou a se mobilizar dentro do congresso nacional para aprovar uma lei
que derrubasse né essa decisão do STJ porque lei fica acima de de decisão do STJ e eu tô dizendo isso para dizer que a gente ia para Brasília quase toda semana e aí essa pessoa que tá sentada ali que é da minha equipe começou a me provocar né hoje ela é da minha equipe na época era só minha amiga eh Deia você é autista Imagina eu tenho TDH eu já era diagnosticada no TDH isso aí é do TDH aí ela não isso não é do TDH mais já passou do TDH você sempre quer sentar na
mesma cadeira do avião você fica no mesmo hotel você quer comer no mesmo restaurante você pede o mesmo prato isso é autismo isso não é TDH E aí é engraçado porque a gente não percebe certas coisas né Depois que ela falou que eu falei Opa mas é que eu gosto muito daquele hotel e eu gosto de sentar tem uma explicação racional né Eu gosto de sentar na frente na cadeira do Canto Porque isso isso isso isso Deia vai avaliar e a aí foram tantas provocações nesse sentido da da repetição né que eu falei tá bom
tá bom tá bom Vou procurar uma avaliação né que demorou se meses porém estamos aí então às vezes a gente mesmo não percebe na nossa cabeça é uma coisa que faz muito sentido eu vou sentar sempre aqui porque sim eu gosto daqui eu vou comer esse aqui porque eu gosto muito e eu cardápio com muita coisa me confunde enfim mas às vezes quem observa de fora é que acaba percebendo essas coisas muito mais que a gente mas você sabe que uma vez no episódio você falou assim eu acho que o Monark ele é meio autista
assim V Monark tava aqui ainda e eu lembro eu falei ass eu ia fazer um vídeo acabei não fazendo [ __ ] cara ão faz É acho que é boa ideia mas o que eu vou que eu vou explicar eu eu vou explicar aqui agora que eu acho que faz sentido que é importante porque muitas dasas coisas que a gente tá falando eventualmente as pessoas estão se identificando e não quer dizer que elas sejam alías é gente é um conjunto de coisas para é um conjunto de coisas né então eh tem um um pesquisador americano
Ah Inglês chamado Simon Baron corren que é hoje talvez o maior pesquisador Ele criou uma escala chamado autism Spectrum quocient São 50 traços E aí como você tem quatro gradações em cada um pode dar muitos traços diferentes ele pegou essa escala e aplicou na população típica pegou um lugar aplicou E aí qual é a média de traços da população típica tem de traços autísticos 25 quer dizer é uma curva Normal normal assim e para quem entende né É É o sino né a curva normal estatisticamente distribuído quer dizer que todas as pessoas têm traços autísticos
ou quase todas e a maioria tem a média O que define se você é ou não uma pessoa autista é a quantidade desses traços e o quanto que isso afeta a sua qualidade de vida mas se você tem essas todas as características que a gente tá falando se a qualidade de vida tá ótima não precisa de apoio beleza tá tudo certo não precisa porque o diagnóstico ele é um documento da sociedade da maneira que a gente organizou para prover apoio então por exemplo quando você olha para as pessoas autistas elas vão ter desses 50 30
31 32 33 traços E aí você é claro que você tem aí os indivíduos que vão ter mais traços aí fica mais óbvia a relação então ela não é uma condição e é por isso que você não tem eh a exames que vão te dizer positivo ou negativo que você ou tem aqueles traços ou você não tem né Eh você tem na quantidade eh o o dsm que é o manual estatístico de diagnóstico de transtornos mentais diz é é uma questão Dimensional você tem numa dimensão que tá trazendo prejuízo pra sua qualidade de vida aí
faz sentido você procurar um processo de avaliação e se esse diagnóstico fechar então a sociedade supostamente teria instrumentos para te apoiar para você poder ter a qualidade de vida melhor é supostamente é a parte triste né É porque tem um apagão n em termos de de de apoio né mas deveria ter mas é claro que eh tem certos direitos e aí certas eh certas outras possibilidades que você tem com o diagnóstico eu digo assim ó mesmo que você não se sirva de de serviço público as pessoas autistas adultas que tiveram diagnóstico di o que eu
conheço a grande maioria usa a mesma palavra para dizer eh O que aconteceu com elas elas diz assim foi Libertador exatamente essa essa é a palavra que praticamente todos falam porque te ajuda a olhar pro seu passado entendê-lo melhor a a se perdoar de muitas coisas que você acreditava eu me lembro que quando eu eu decidi fazer a minha avaliação eu falei PR minha mulher falei olha eu acho que eu tenho uns traços aí de autismo de eger tal e aí ela riu e eu fiquei muito muito chateado com isso cara fiquei assim foi eu
fiquei abalado porque eu achei que ela tivesse menosprezando e tal e assim eu fiquei e muito tempo falei com meu terapeuta mil vezes mais de ano fiz o processo de avaliação diagnóstico e depois fui tipo assim diz PR ela tá vendo eu falei que era E aí eu falei para ela e disse que eu tinha ficado chateado e aí ela ela me explicou que ela riu Por outro motivo ela riu porque ela ela achou que eu tivesse brincando que era tão Óbvio Ah o autismo era tão Óbvio Eh que que não fazia sentido eu falar
que tinha alguns traços ela falou tem alguns traços né E aí ela me listou foi até engraçado porque ela como eu disse ela trabalha há mais de 30 anos com isso ela me listou tipo uns uns 20 coisas Muitas coisas que eu não falei pra médica na no meu processo de avaliação tipo vamos voltar para poder fazer e e e depois eu fui falar para outras pessoas e grande parte das pessoas porque a a meu círculo é basicamente ligado hoje ao autismo as pessoas achavam que eu já tinha o diagnóstico se eu não gostava de
falar Tipo assim eu fui o último a saber a mesma situação da andrena Fui o último a saber porque na comunidade já era meio óbvio né e tem a ver com isso tem a ver com portanto com necessidade de apoio quando ficou Claro para mim que eu precisava de terapia que eu precisava que minha família desse um apoio diferenciado né Então essa compreensão das pessoas ao lado então Mesmo que não seja necessariamente o serviço público tem outras vantagens quando você de fato tem a condição de ter o diagnóstico tardio é um olho treinado é outra
coisa né eu lembro que A Terapeuta que fez que começou a minha avaliação a psicóloga quando ela me fez a devolutiva e eu vi o relatório eu falei meu Deus Olha coisas que ela reparou enquanto a gente conversava ela reparava nas minhas pressões faciais e ela colocou no relatório que as minhas pressões faciais às vezes não estavam de acordo com o sentimento que eu deveria estar apresentando naquele momento ou com com o que a gente tava conversando e eu lembrando disso eu tive muito prejuízo no trabalho por causa disso eu vim para São Paulo em
2001 que eu passei num Trein de uma grande multinacional e eu tinha muito problema no trabalho por causa disso porque eu quando eu vou ficando sobrecarregada eu brinco que meu rosto derrete a beirada da boca vai parar lá embaixo assim sabe e E aí às vezes eu recebia feedback assim de que as pessoas tinham medo de mim de que eu era mal humorada que eu ficava de cara feia eu gente imagina eu sou tão feliz tão sorridente eu não reparava esse tipo de coisa mas eh eu tenho mais dificuldade mesmo quando eu tô mais sobrecarregada
teve um dia muito engraçado na alesp que minha equipe tirou uma foto minha que eu tava na presidência da comissão E aí o meu chefe de gabinete mandou uma foto tipo Andreia Sorria e ele essa foto virou uma figurinha no nosso WhatsApp que é uma piada porque depois eu te mostro quando acabar eu tô com a boca toda embaixo você parece um u assim né aquela coisa horrorosa na hora que eu vi eu assustei Eu falei assim aí eu já fiz assim lá da frente da comissão porque a gente de fato não repara e isso
tudo tem a ver com comunicação social também né mas eu eu realmente não reparava interessante Pois é eh então assim o o a gente o que a gente tá dizendo é que é importante que haja o diagnóstico ainda que você já tenha seus 40 anos pô sim naro então especialmente se for algo que te incomoda porque assim ó eu não sei como é que tá eu não sei como é que tá hoje inclusive é uma boa pergunta eh como é que tá a aceitação social eh do de de uma pessoa autista no sentido Por exemplo
eu lembro que já uma pessoa tentou me ofender falando com a minha mãe [ __ ] teu filho aí tá agindo que nem um autista entendeu eh Em que em que como é que a gente tá em que momento a gente a gente já consegue conversar disso com mais naturalidade vocês que já estão nesse meio há muito tempo nesse sentido tem melhorado também Ah não sei se tem acho que tem melhorado que as pessoas das das famílias de autistas ficam muito bravas e eu tenho dó de qualquer comediante que fala isso porque a vida dele
vai virar um inferno depois eh eu acho que o problema que a gente tem atualmente sobre aceitação é que justamente pessoas grau um e adultas estão tendo acesso ao diagnóstico agora e aí começa aqueles papos que volta e meio eu vejo Nossa mas agora todo mundo é autista Ah eu também sou autista que eu também tenho tal coisa Ah isso excesso de Diagnóstico epidemia de Diagnósticos isso é tão isso não faz sentido a gente tem na verdade muito mais gente sem diagnóstico que não teve diagnóstico do que possível diagnóstico errado né que agora a gente
tem critérios diagnósticos mais claros as pessoas estão tendo mais acesso à informação há 20 anos atrás você não entrava numa rede social e via alguém falando Olha acabei de descobrir que eu sou autista que eu faço isso faço aquilo faço aquilo outro para dar a possibilidade de você olhar e falar nossa mas eu sou isso tudo aí acho que eu vou procurar um médico né e fazer uma avaliação Então hoje tem tem a coisa do acesso ao diagnóstico e do acesso à informação que também muda tudo né Essas pessoas já existiam elas só não tinham
o diagnóstico antes Uhum eu acho que is isso tem mudado eh de uma maneira importante e Ah isso tem mudado inclusive as possibilidades das pessoas terem um diagnóstico porque imagina se você tiver um filho e ele for autista eh e você não não sabe você não sabe do assunto você vai na escola tem pessoas que sabem o que que é você vai na igreja tem pessoas que sabem o que que é você vai na casa da não atir a possibilidade dela saber o que que é Então essa informação além de reduzir o preconceito ela também
ajuda a outras pessoas terem um diagnóstico então tem mudado muito o quadro diagnóstico por conta da circulação da informação Entendi então então Tá melhor graças a Deus né nesse sentido sim pois é porque é isso que você tá falando mesmo não é que essas pessoas não é que não é que existiam menos pessoas assim é que a gente não era tão conectado né a gente não se a gente não falava tanto e nesse sentido é bom também porque eu consigo Putz e cara isso parece comigo vou procurar saber né E no momento que a gente
tá conseguindo já falar de saúde mental com um pouco mais de tranquilidade né menos Tabu Então esse tipo de assun esse tipo de de cuidado também é legal mas você sabe que o que ela tá falando acho que tem duas coisas dois movimentos separados tem um movimento que e diz assim não tá tendo aí um uma um um um sobre diagnóstico todo mundo tá sendo diagnosticado esse patologização esses papos assim né e tem um outro papo quer dizer assim olha tem alguma coisa acontecendo estamos botando alguma coisa na água os papo ass tem alguma coisa
os papo conspiracionista então tem mais autistas Sim já brigaram comigo na minha página tem mais sim que agora tem quatro na minha sala na escola eu tenho que responder mas é porque antes eles não estavam na escola estava em casa e tal então assim hoje quem é que faz ah o monitoramento de quantas pessoas tem tem várias instituições de pesquisa que faz mas a principal chamada ddm que é do CDC que é o órgão de Controle de doença dos Estados Unidos Então nesse órgão no último relatório tá dizendo um a cada 36 Então beleza se
a gente for entender porque que tá aumentando a gente tem que olhar os outros artigos aí você vai olhar o seguinte no no artigo anterior tinha um número menor de latinos com autismo mas não há nenhum motivo biológico plausível para achar que Latino tem menos então o que que isso provavelmente é bom é problema de acesso né então eles falam eles falaram o seguinte Então beleza vamos corrigir no centro de pesquisa esse acesso pra gente ver se é isso mesmo E aí aumentou para uma cada 36 se você olha no anterior o problema do acesso
era dos negros os negros tinham um número menor negros e latinos então eles corrigiram dos negros no anterior era de mulheres então eles corrigiram de mulheres então a série histórica eh nesse último Tá mais equilibrado e acredito que agora será mais equilibrado ela demonstra que eh na verdade os números estavam equivocados e isso foi atingindo um certo equilíbrio mas tem outras pesquisas várias outras pesquisas que vão olhar para esse fenômeno e vão se perguntar por que que tem mais pessoas os autistas além dessas questões e aí nós temos aqui três fatores importantes os três mais
importantes tem um quarto aqui o primeiro é tem mais informação como a gente falou você não vai a lugar nenhum que as pessoas não sabem o que que é autismo então a probabilidade de você saber o que que é é muito grande você assistir o flow podcast tem gente falando de autismo se você viu uma série tem lá e assim por diante segundo motivo tem mais gente preparada para poder fazer o diagnóstico antes era um parto para você conseguir hoje não hoje inclusive ó o Quem que é o profissional digamos assim mais especializado é neuropediatra
só que se você pega por exemplo academia americana de Pediatria recomendação de 2020 Sociedade Brasileira de Pediatria recomendação de 2019 tá dizendo o seguinte pediatras tem que fazer o diagnóstico também o ideal seria que só casos complexos fosse pro neuropediatra Então hoje você a rede é muito maior de pediatra até porque tá faltando neuropediatra né eu tenho denúncia no gabinete de cidade de 120.000 habitantes que tem um neuropediatra cidade desse mesmo tamanho que não tem nenhum e as pessoas têm que ir pra cidade do lado para tentar o diagnós ótico então além desses profissionais estarem
em falta às vezes também se for um que não entende tanto de autismo e pegar um caso de autismo graum em criança falante ele vai falar ah não é autista ela fala não é autista ela olha no olho esse tipo de coisa também acontece bastante então Além disso tem que ter e uma experiência com a coisa do autismo principalmente grau um né porque senão deixa passar muita coisa também Sutil então nós temos aí aumento da conscientização da informação aumento dos profissionais que fazem o diagnóstico e um terceiro motivo que é o seguinte é o alargamento
conceitual do que o autismo se você pega por exemplo antes que era separado lembra o que era autismo se a gente tivesse avaliação mesmo que a gente tivesse avaliação 20 30 anos atrás a gente não seria diagnosticado porque não cabia no conceito de autismo daquela época à medida que e síndrome de áp começa a ser autismo também principalmente o o o conceito se alarga cabe mais gente dentro desse conceito então é é claro que é um escopo muito maior né então o aumento não é um aumento de verdade em termos de pessoas é um aumento
do que você tá chamando de autismo critério né esses são os três motivos pelos quais é é o grosso do do aumento de verdade pode ser que tenha um Pequenino aumento de quantidade pode ser tem dois fatores aqui que podem contribuir primeiro é como eu disse a idade do pai porque quanto mais tempo a gente tem tido o filho mais velho que a pressão é primeiro estuda depois carreira depois eh Você tem filho então os homens têm tiddo eh eh filho mais velho aí eu quero só especificar nós est eu tô falando de homem mesmo
no caso da mulher você tem um aumento com a idade da probabilidade de alteração cromossômica que não tá relacionado autismo normalmente como a sindrome de Dan no caso do homem alteraçõ genética e tem um outro motivo que é o seguinte existe uma coisa que tá muito correlacionada ao autismo correlacionada não é causa tá quer dizer só que os dois aparecem juntos que é parto com eh extremamente prematuro com peso extremamente baixo esses essas crianças têm maior probabilidade de apresentarem autismo e antigamente elas não sobreviviam e hoje elas sobrevivem porque a gente tem equipamento fera só
que se a gente faz essas crianças sobreviverem né O que é muito bom Elas têm maior probabilidade de apresentarem autismo então f como esse podem apresentar um pouquinho de diferença em termo de quantidade o médico o obstetra lá na ponta ele sabe disso por exemplo deveria saber não sei especificamente se sabe mas provavelmente não estruturalmente eu tô falando ele deveria saber disso deveria saber deveria eu tenho uma outra hipótese também né agora a gente tem redes sociais inclusive tem vários grupos que são só de autistas tem autistas se conhecendo na internet se conhecendo por aí
tem mais diagnóstico e autista se casam e fazem autis sinhas é uma coisa que acontece bastante também e que eu acho que as redes sociais também propiciam isso né com todo mundo se conhecendo agora tem tão falando de fazer aplicativo para encontros de autistas essas coisas assim Tem até aquela série do da Netflix que é o amor no espectro também então enfim é isso aí mais um fator então então esse fator ele é significativo então no no no não eu tô falando de brincade a gente não sabe assim eu vou eu vou falar de um
estudo que nó porque você tá falando que existe progr por is Não falei nem teoria falei hipótes aplicativ não sei o que faz um pouco de sentido né Nós temos estudo que nós publicamos eh eu colaborei com a com pesquisadores da Universidade Federal de Itajubá sobre isso sobre a probabilidade de de um autista ter filho autista tá eh faltam dados Pode ser que enfim e depois a gente tem a mais acurácia mais a é cerca de 80% de probabilidade se um autista tem filho e aí a gente não consegue discriminar se é homem ou mulher
ou se é os dois a probabilidade de ter filho é de 80% Então você imagina não é só em relação a eles se conhecerem mesmo quando eles estão com outras pessoas eh se nós estamos falando que o mundo Tem se tornado um lugar mais inclusivo mundo de um modo geral né mais inclusivo a gente tem tido uma clareza melhor de aceitação de da diferença eh então isso quer dizer que mais provavelmente esses indivíduos têm mais oportunidades de relações amorosas e de terem filhos e tem uma coisa que é neurodivergente parece que se atrai por neurodivergente
também que é uma maravilha acho que a Poliana até falou que tem um estudo disso uma vez que eu ainda tô de cor para ela sim mesmo mas ó você pensa bem bem você tá lá eu conheci meu marido na balada tá aqui em São Paulo no á 70 Mas aí você imagina assim situações aleatórias bem antes do tinder né bem antes do tinder aí você imagina você tá lá com com o cara e você fala pois é conversando que eu aprendi a ler sozinha sabe eu era nossa eu também nossa eu tem uma coisa
interessante eu aprendi inglês sozinho eu também nossa eu sofria buling Nossa eu também eu só sentava no fundão aí vai gerando aquela identificação assim nas coisas peculiares de cada um né e ajuda a se atrair Hoje eu tenho certeza assim que que rolou Essa coisa no meu caso de eu identificar coisas assim eh parecidas pode ser muito Sutil e muito psicológico mas eu acho que existe essa possibilidade tem vários estudos que apontam eh uma maior prevalência assim de de na verdade é de satisfação em casamentos entre autistas né não tem com outras neurodiversidad Mas entre
autistas E aí eles apontam o seguinte que quando um autista é casado com uma pessoa eh neurotípica digamos assim eh a o maior ponto de de divergência é o tempo que eles precisam passar juntos então os autistas em geral querem ficar mais tempo sozinhos eles precisam de mais tempo sozinho e as pessoas típicas de um modo geral entendem que isso é de alguma forma algum tipo de demérito algum tipo de sinal de é de distanciamento de sinal que não ama de que não gosta e isso gera uma uma um atrito que é bastante bastante comum
bom eu e tô falando deo tudo poderia falar isso tio de depoimento pessoal né porque é uma mulher fica muito brava assim é um eu disse né que o assunto que eu trabalho na terapia é principal é a habilidades sociais conjugais porque tudo isso eh Essa não é uma coisa que você resolve simplesmente dizendo assim não você tem que ser inclusiva aceite não é assim né se eu amo a minha mulher e se e e de fato Isto é verdade eh E se eu tô empenhado e e quero ficar com ela e quero desenvolver a
relação a gente precisa pensar que a inclusão ela é uma via de m dupla quer dizer que eu tenho que fazer um esforço para me organizar para pensar para est mais com ela para mostrar de outras formas o quanto que eu a amo o quanto que eu quero ficar com ela e ela é ter Digamos um pouco mais de compreensão a gente já tem um arranjo muito muito peculiar porque nós moramos no mesmo andar mas em dois apartamentos diferentes um em frente o outro é uma é uma ela sai eu falo eu ela sai da
minha casa e falo assim eu vou te acompanhar até você chegar em casa eu fico olhando a minha porta até ela chegar então Então veja eh é difícil uma mulher aceitar uma Eu acho que eu nunca ouvi nada para acho que é a primeira vez é mas é um arranjo bacana eh e assim é muito difícil para ela aceitar isso eu sei disso e é muito e e e não é por falta de amor de jeito nenhum é porque é uma é uma um arranjo que a gente fez né um arranjo nesse momento eh e
é que vocês não t filhos se ela ficasse com os filhos ela ia ficar meio brava é então aí você tem outros arranjos outras coisas que acontecem então Eh o que eu quero dizer é todo tipo de relação desse tipo ela precisa ser uma relação de duas vias de duas mãos em que você faz concessões e que você trabalha para que aquilo aconteça da melhor forma e a outra pessoa também ela te compreende mais ela te aceita mais Então é assim a gente vai ficar no meio da do caminho na meiuca ali para ficar bom
para todo mundo entendi tem mensagem para nós aí gag tem algum audio algum vídeo bom vocês já Vocês já experimentaram hidromel sabe o que que é hidromel simi é é então deixa eu vou te dar de presente o hidrom é como se fosse um vinho só que em vez de usar uva no processo de fermentação uso Mel tinha um restaurante Viking lá tinha é já vi nas lendas do bolf tem as do hidromel Ai que delícia obrigada você e você que tá em casa aí você pode experimentar também e para você dar aqui deixar aquele
teu aquele teu aquele teu jantar um pouco mais chique ou mais estiloso você pode experimentar aí o o hidromel filip mid só entrar em filip mid.com.br você vai encontrar lá s sabores é são sete né Jean são sete sabores e e e premiados internacionalmente cara esse essa desses sete aí seis ganharam medalha de ouro e um Manteve a medalha de prata no último concurso Internacional e é só você entrar lá felipi com.br você pode usar o cupom Flow 10 para ganhar 10% de desconto na tua compra e a única coisa que você precisa prestar atenção
é que menores não podem comprar e nem e nem consumir bebida alcoólica Tá bom então se Se você não for de menor então entra lá entre feliped com.br Deixa eu só falar uma coisa para você que eu trouxe os negocin aqui se eu trouxe minha boneca eu quero mostrar amor deixa ver sua boneca eu quero e e a gente tá falando aqui sobre digamos assim consequências desse pensamento diferente né pras pessoas autistas e tem um teste que foi feito em 1985 pelo Simon waron corren que eu já citei chamado teste celen que é muito legal
que ele ajuda a gente a entender um pouco se aproximar um pouco dessa perspectiva né E aí eu vou fazer aqui com bonecas BR tá que é para Nacional patriot Tá bom vamos lá e imagina o seguinte isso é apresentado para criança tá esse esse e esse estudo foi feito com crianças eles fizeram com três grupos crianças típicas crianças com síndrome de Down e crianças autistas as com síndrome de down tin deficiência intelectual os autistas não então é o seguinte eu tenho duas bonecas essa aqui é é a a luluca essa aqui eu vou falar
chamar de Maria tá a luluca chega no ambiente e ela tem uma bola tá E ela coloca essa bola numa caixa branca ok tá e a outra a boneca Maria tá vendo aqui e a luluca pega e sai do ambiente e deixa ali a sua boneca a sua bola bola a Maria vê a bola e pega a bola para brincar né e fecha aqui e ela brinca brinca com a bola na hora dela depositar a bola no lugar ela guarda no estojo preto e não no branco e aí a luluca daqui a pouco volta ela
voltou para ambiente e ela tá doida para brincar com a bolinha dela Igor onde ela vai procurar a bolinha dela primeiro na caixa branca na caixa branca certo foi onde ela pôs exatamente foi onde ela pôs só que os estudantes com desenvolvimento típico diziam isso os com síndrome de down que tinham deficiência intelectual diziam isso os autistas a sua maioria 16 de 20 erraram dizia que ela procurava aqui e não no branco Aí eu te pergunto Igor por que que você chegou à conclusão de que ela procuraria aqui porque ela guardou aí sim e daí
e que que tem Ah mas não tá mais aqui tá no outro lugar ué me explica vamos desenvolver mais tá bom É se eu chego se eu coloco alguma coisa em algum dentro de uma caixa quando eu volto para aquele ambiente eu vou procurar dentro daquela caixa inclusive quando não tá dentro daquela caixa ali eu não acho nunca mais já perdeu né Por quê Porque você não tem como saber você se coloca você olhando pra boneca você se coloca no lugar dela assume a perspectiva dela e você sabe que não tem como ela saber que
tá aqui então esse trabalho é eu tenho que assumir a perspectiva de outra pessoa para imaginar o que ela vai pensar sentir e fazer isso é chamado nesse campo de teoria da mente né mentalização ou tomada de perspectiva Então veja indivíduos autistas sem prejuízo intelectual erraram quer dizer em primeiro lugar que essa habilidade é completamente separada da Inteligência intelectual que normalmente a gente vai classificar e segundo isto implica numa série de outras coisas porque veja vamos imaginar eu tô numa fila tô chegando numa fila lá do McDonald's aham e eh eu vou entrar lá atrás
ou entrar na frente se eu entrar na frente eu vou comer antes por que que eu não entro na frente porque a pessoa Ali vai ficar brava vai me xingar né eventualmente ela vai falar PR pr pra pessoa para para me tirar Ou seja eu preciso me colocar no lugar das pessoas que estão na fila para tomar essa decisão agora muitas vezes você vai com estudante autista eh com um filho e aí ele fica te empurrando para ir na frente fica gritando fica chorando por quê Porque ele não ele não consegue se colocar não faz
sentido ele dizer assim que eu tenho que esperar não faz sentido eu tenho um sobrinho autista que ele tá na faculdade de direito aí ele tá lá assistindo aula tal e ele me perguntando por que que os alunos me odeiam isso faz um tempo já eles ele tava muito abalado é o seguinte ele tá aí eu fui per escrutar o que acontecia ele tá na frente o professor fala um negócio aí alguém lá atrás fala assim caramba esse negócio aí é difícil ele falou Professor só um minutinho aqui ele vira para falou Deixa eu explicar
para você e começa a explicar a aula aí ele fala assim não faz sentido eu tô explicando para eles eles não entenderam a matéria eu tô ajudando eles para caramba Por que que el ela não tá feliz então veja mesmo alguém super inteligente com a dificuldade de se colocar no lugar do outro de assumir a perspectiva do outro talvez por isso como a Andreia falou Às vezes você tem dificuldade de entender as suas próprias dificuldades porque você não você não consegue olhar do ponto de vista do outro né Então isto é a base de uma
série de questões relacionadas ao autismo é claro que não é só essa essa questão que que é importante dizer sobre isso primeiro que não é tudo ou nada não quer dizer que Ou você tem ou você não tem tem autistas que tem teoria da M O que tem parcialmente segundo que é uma habilidade que pode ser desenvolvida né então tem atividades de de ensino né de de de teoria da mente de tomada de perspectiva Ah o tratamento para autismo de um modo geral né a base do tratamento a gente chama de aba análise do comportamento
aplicado é uma intervenção baseada em aba ela é uma intervenção que que tem muitas horas né em geral você tem aí 20 horas semanais por exemplo às vezes mais às vezes menos E aí você vai olhar para vários domínios do desenvolvimento você vai olhar paraa linguagem paraa cognição para habilidades de vida diária e entre eles está essa habilidade aqui por exemplo habilidade de teoria da mente claro que para casos mais leves casos nível um por exemplo que tem cognição e linguagem preservada então todas essas habilidades que a gente tá falando é possível a gente ensinar
mas isso aqui de um modo geral tá presente em estudantes autistas eh eh quando o estudante autista muitas vezes tá numa situação de ele ele ele vai tendo um comportamento e ele chega no comportamento agressivo isso tem a ver com falta de percepção de si falta de percepção do outro prejuízo de comunicação então todas essas coisas estão emboladas de alguma forma né e fazem parte desse grande desse bolo aí que é o autismo que envolve tudo isso entendi cara é tinha uma a gente falou você falou rapidamente aí sobre Falamos assim sobre teorias da conspiração
que recaem sobre o autismo aí quais são as mais divertidas na opinião de vocês nossa divertidas eu vejo tudo tão trágico ultimamente dessas né Tá me ajuda Lar alguma coisa eu eu eu acho que dos Vermes secretos é ótima né assim ai não que autista é anjo também é horrível Gente pelo amor de Deus pelo amor de Deus autistas são anjos não sabem mentir e não tem maldade vieram a este mundo para ensinar não tem uns autistas que inclusive às vezes merece um processinho dependendo autista não autista não é anjo uma vez eu eu fiz
um tweet que deu uma polêmica eu falei assim o Elon musk é é o exemplo de que autista não é anjo sabe que ela moça que é autista né ele tem diagnóstico de autismo Então é isso gente autistas são pessoas comuns né às vezes mente Às vezes tem uns que tem mais dificuldade eu sou uma que tem muita dificuldade para mentir inclusive mas não autistas não são anjos definitivamente uma vez a diretora chamou a gente eu e a mãe do meu filho porque que ele tava tendo comportamentos meio de crise ali e tal né E
ela chamou e tal escola particular e a gente sentou estavamos nós e ela e ela falou assim é o seguinte você tem certeza se autismo se não é possessão Demoníaca Hã Porque tá tendo muito desenho desenho japonês precisa de ver é um negócio terrível tem o Mis Satan drag tá tendo é tá tendo muito isso aí então é perigoso ver isso aí e eh quer dizer é É traj cômico mas é mas é de alguma forma é é é é curioso é o ponto de vista eh é religioso e pouco instruído quando quando pouco instruído
sobre qualquer coisa eh da mente vira um capacitismo né tem aquela coisa de até eh algumas pessoas com uma visão do Espiritismo falam que ah porque ele veio resgatar alguma coisa porque ele pecou na outra enfim tem então tem várias coisas assim que a gente Às vezes tem que esclarecer porque a gente graças a Deus a gente já tem a ciência né que mostra que nesse caso é bem sólido eu fico muito eh surpresa às vezes porque eu ainda leio na internet assim as causas do autismo são misteriosas ninguém não não é misteriosa a gente
tem um baita estudo robusto aí de 2019 que mostra que é majoritariamente genético herdável ou não mas é genético né até porque as pessoas quando leem causas ambientais que são essa minoria aí Quantos por cento mesmo 0.4 1.2 é as pessoas acham que podem enfiar tudo nessas causas ambientais o agrotóxico a vacina o tablet o a poluição mas tem causas ambientais poção uma vez eu vi uma pessoa também eh que foi argumentar num post falando assim ah é genético Então qual o gene gente não é tão simples quanto parece né é uma combinação de genes
inclusive muitos já estão sendo identificados Eh o negócio não é genético porque tem um gene que identifica né a gente tá falando de uma condição que é poligênica e tudo eh então ainda tem alguma algum desconhecimento A esse respeito Teve até um professor da USP você foi engraçado que Ele publicou é engraçado mas trag cmico sempre né que Ele publicou que era o negócio é por causa do WhatsApp que as mães estão ficando muito no WhatsApp isso aí aí precisa de ver aí o negócio da gringola meu Deus cara é é psicanálise um professor da
psicanálise da USP né E aí ele tá dizendo e coincide é justamente a mesma correlação coincide você pode ver esse aumenta aí é quando quando surgiu o WhatsApp aí começou a aumentar Inacreditável né bom vamos lá o cainato mandou aqui ó oi professor lucelmo Olá Andreia Olá Igor sou Ana Paula Calado e gostaria que o professor comentasse um pouco sobre a importância da músico terapia no desenvolvimento de pessoas no te e um abraço da comunidade Ana Paula calado que somos tão engajados no seu conteúdo Ah então é o seguinte vamos lá teia é transtorno specto
autista é a sigla né E hoje nós temos eh algum em termos de tratamento nós temos o seguinte existem dois remédios que tem evidência para autismo para sintomas secundários que é respiridon arip prazol nós temos um um Pera aí pera aí des des pesquisador Isa isso daí vamos lá tá ó pessoas com autismo não existe nenhum remédio para o autismo para as características do autismo certo nenhum existem dois remédios chamado aripiprazol e risperidona que na verdade foam primeiro de para outra coisa depois foram recolocadas para autismo que eles ajudam pessoas autistas para reduzir irritabilidade e
agressividade tá bom não é para tratamento Mas é uma outra questão é mas para reduzir e nós temos um suplemento que é um suplemento hormonal chamado eh eh melatonina para alguns que TM dificuldade de sono eh que tem evidência e temos as práticas não medicamentosas essas práticas elas são 28 práticas baseadas em evidências como nos Estados Unidos e como eu disse é lei obrigatória na educação inclusiva ter práticas com evidência eles financiam grandes revisões sistemáticas então a última de 2020 que tem tradução em língua portuguesa inclusive oficial tem lá as 28 entre essas 28 tem
uma chamada intervenção mediata por música que aí inclui ali A micoterapia então musicoterapia é uma coisa parece meio bicho grilo né assim eu também achava isso mas é uma prática super séria que tem um efeito muito bom para pessoas autistas para várias coisas quando você olha cada prática tem dizendo para que que serve a idade então para melhorar comunicação comportamento social comportamento de prontidão escolar Então musicoterapia tem um um Range grande de efeito tem pesquisadores assim de primeira linha brasileiros nessa área né então é uma área muito séria e e que é muito importante para
crianças autistas né e e e só para lembrar micoterapia é diferente de introdução músical não é pegar o violãozinho e e batucar ela é uma área que você precisa ser um músico terapeuta com uma formação muito séria inclusive agora eh teve a a a aprovação de uma lei que regulamenta a profissão da musicoterapia tá faltando o Lula e eh só sancionar então Lula por favor sancione aí eh um pedido de toda a comunidade do autismo sancionar a a regulamentação da profissão do musicoterapeuta e é assim é uma das práticas mais interessantes que tem com a
evidência mais sólida para pessoas autistas né para ir assim atuando em várias áreas diferentes eu fiz um post engraçado maior coincidência a gente fez um post falando sobre isso hoje nas minhas redes justamente por causa desse projeto de lei aí que foi votado e tem muitos profissionais sérios de musicoterapia então sim é uma opção interessante PR as famílias o que a gente mais quer assim o que eu o que eu mais quero pelo menos e eu falo isso muito é que a gente tenha políticas públicas basead em ciência né o dinheiro público ele é escasso
não tá sobrando dinheiro então se a gente pelo menos apostar naquilo que a gente sabe que vai funcionar porque já tem muitos estudos dizendo que aquilo vai funcionar a gente pelo menos tá fazendo um bom uso do dinheiro público né mas essa discussão é muito difícil porque a gente mexe com reserva de mercado né de várias coisas tem tem muitas pessoas ganhando dinheiro com práticas que não são científicas inclusive dentro do SUS infelizmente E aí nós estamos falando de musicoterapia uma prática séria para caramba um negócio que é show de bola que nós estamos falando
prática bas evidência e você não tem no SUS né Você não acha no SUS aí eh eu tava vendo hoje no Instagram esses dias e no Ministério da Saúde publicação de curso de aromoterapia quer dizer nós veja não é um negócio de graça práticas integrativas complementares nada contra se a gente tivesse coisas com evidência de fato que as pessoas pudessem ter acesso e isso fosse assim o além né mas quando a gente tem isso mas não tem o básico quer dizer criança autista não tem fono no SUS quase é uma dificuldade imensa não tem terapia
ocupacional mas aí aí você vai em algum lugar em algum capse tem constelação familiar que é o que já chegou de denúncia para mim né da mãe vai você tá rindo eu tô indo nervoso esse Eu acho esse eu acho di a mãe vai e num Caps porque tem um filho com esquizofrenia que é uma condição difícil né que tem que ter um tratamento de perto e aí ela ao invés de receber um acolhimento uma terapia um qualquer coisa dessas ela escuta que ó fizemos constel aqui e o seu filho é assim porque um parente
seu matou alguém quer dizer isso não é bom pra criança adolescente quec PR mãe não vai ajudar nada para ninguém não resolve nada né o a gente está gastando dinheiro com o que não funciona e a família está perdendo tempo né Tá prejudicando as pessoas então Eh algumas coisas eu eu sou super favorável assim que a pessoa pague com o dinheiro dela tudo bem ter um consultório se acredita naquilo vai lá e faz mas no SUS a gente deveria ter práticas baseadas em evidência porque Igor a questão é a seguinte V imaginar que você foi
a um profissional psicanalista por exemplo a gente tá dizendo é um problema ele prestar o serviço não ente né Eu acho que não necessariamente desde que ele Diga ó isso aqui não tem evidência eu tô oferecendo esse serviço você quer ou você não quer do ponto de vista do sistema público se a gente estivesse sobrando dinheiro e nós enquanto sociedade concordamos que primeiro oferecemos o que é tratamento e aí tá sobrando dinheiro a gente vai oferecer outras coisas ao invés de reduzir o imposto por exemplo se a gente concordasse tudo bem agora não é isso
que acontece o que acontece é que quando você tem acesso a a um tratamento E aí eu tô falando na esfera pública e e privada então na esfera pública Hoje não tem tratamento baseado em evidência na rede pública Então a primeira coisa na educação tudo que se faz de um modo geral né educação inclusiva no Brasil hoje é tudo aquilo que é contra as evidências científicas são as coisas as mais terraplanistas possíveis né Eh eu por exemplo e mesmo na rede privada eu quando eu tive o diagnóstico com meu filho eu fui no médico que
que o médico fez ele prescreveu para mim o seguinte aquilo que a gente chama de tratamento eclético que é sei lá 90% do Brasil ele falou assim ó faz fono psicólogo teó pir um monte de coisa uma desconectada da outra você vai fazer todos isso aqui e eu fui fazer e eu fiz isso por 4 anos e meio E aí tava em depressão para caramba meu filho toda semana a a profissional dizia Olha cada dia tá melhor hein surpreende hein e eu não via isso e eu tava super mal e aí que eu decidi virar
pesquisador na área e eu descobri o seguinte que tem um monte de pesquisa comparando tratamento eclético com o tratamento baseado em aba você sabe o tratamento eclético que é o que eu fiz por quatro anos e meio é equivalente a ficar em casa este é o resultado que ele tem enquanto eu vou te dar um exemplo um estudo de 2002 do X7 e outros comparou em aba com eclético em QI um que teve quatro pontos de ganho para outro 17 425 por a mais linguagem receptiva 1 para 13% para 13 pontos 1300% a mais linguagem
receptiva expressiva falar ou se comunicar 1 para 27 2700% a mais comportamento adaptativo comportamento de crise 0 para 11 infinito por a mais e o médico me disse para fazer aquilo que é equivalente a ficar em casa e eu fiz por 4 anos e meio porque eu não sabia porque qual era a minha pressuposição se eu vou no médico e ele me faz uma prescrição é porque é um tratamento porque teve uma pesquisa que mostrou que aquilo tem um ganho e tem um monte de pesquisa como essa essa pesquisa que eu tô contando teve um
monte de aplicação principalmente da Jane Howard teve duas eh e cara se ele tivesse dito para mim assim ó lucelma eu tô te f fazendo a prescrição isso aqui ó não tem nenhuma evidência Mas eu acredito nisso aqui se você quiser você segue eu dizer pô Obrigado Doutor eu vou pensar e aí eu tomaria minha decisão eu poderia tomar a decisão de confiar no médico poderia mas eu poderia seguir meu caminho só que eu Essa opção não me foi dada e essa opção é isso por isso que eu criei o canal por isso que eu
comecei a produzir conteúdo eu queria dizer para aquele pai para ele tomar a decisão dele então eu digo que tem evidência se ele quiser fazer ótimo se ele quiser fazer outra coisa ótimo também cada um seu caminho mas nem na rede privada isso tá acontecendo e na rede pública talvez eventualmente as pessoas até pudessem escolher desde que em primeiro lugar eu tivesse aquilo que funciona são 28 práticas baseadas em evidência então dá para você escolher você não vai muito com a cara de uma você vai na outra são 28 né mas a gente precisava de
fato Levar isso com seriedade porque é dinheiro indo pro ralo e a crianças perdendo uma chance importante do desenvolvimento o t foi diagnosticado em 2010 eu acab acabei parando de trabalhar para ficar com ele em 2012 eu criei um blog na época era um blog chamava lagarta vir pupa que é o que tinha na internet praticamente sobre autismo até por isso cresceu tão rápido aí depois todas as mães que chegavam em casa dava autismo no Google aparecia o lagarta lá e logo eu percebi que assim as pessoas não tinham noção de ciência mesmo que foi
uma dos hiper Focus que eu desenvolvi Logo no início porque graças a Deus esse médico que a gente foi ele já deu uma lição assim ó ó isso aqui não funciona não tem base científica isso aqui não tem comprovação científica isso aqui isso aqui isso aqui você pode ir que tem provação científica então eu comecei a falar muito disso no lagarta justamente porque eu notava que as pessoas não tinham noção e tem uma coisa que acontece muito com a coisa que não tem comprovação científica que é funcionou para mim funcionou pro meu vizinho Porque as
pessoas não entendem que experiência particular não é comprovação científica até porque de novo Eu já falei isso mas a criança nunca faz uma coisa só né geralmente ela tá fazendo um monte de coisa como você vai saber que foi aquela coisa que você tá achando que funcionou que funcionou e é para ISO isso que tem a ciência é para isso que tem os testes robustos pra gente entender de fato o que funciona e a gente já sabe coisas que funcionam Pode ser que daqui a uns anos a gente descubra mais coisas que funcionam mas a
gente já tem uma lista Aí de 28 né dava pra gente estar focando nisso no Sistema Único de Saúde para que as pessoas tivessem acesso Porque infelizmente tratamento de autismo no Brasil é para quem pode pagar Talvez para quem tem um plano de saúde mas plano de saúde tá aquela treta que a gente já falou aqui né estão cancelando inclusive os planos de autistas vive chegando denúncia sei assim no gabinete acho que foram mais de 500 ano passado então a gente precisa que o SUS preste um atendimento decente pros autistas né Para todas as pessoas
com deficiência e existe um movimento Grande hoje na internet um movimento que eu chamo de movimento cético né de de ciência de verdade Hardcore esse movimento ele começou com pirula com Átila e hoje tem uma galera grande falando em prática baseada em evidência em todas as áreas então nós temos aí vou dar um exemplo Natália pasternak temos o Léo Costa fazendo um trabalho excelente o Daniel Gontijo o Jean Luiz Leonardi e o wesl que tiveram aqui já Menin nunca vi um cientista bi baas né que acho que já veio aqui também nunca viu cientista o
Daniel Daniel o André bac Então tem uma galera grande esse debate ele tem sido levado a todas as áreas nós estamos falando aqui de Educação de autismo né de educação e saúde mas é um é um debate para todas as áreas porque faz sentido a gente adotar isso porque olha cara nós estamos falando de uma condição você olha aqui a gente você dizer assim pô é uma condição tranquila não é porque a gente a gente foi convidado porque a gente tem condição de est aqui vou te dar um exemplo um menino tá registrado tá ele
ele bateu a cabeça 2576 vezes em 90 minutos tá no livro que ela tá falando lá bateu a cabeça então estamos falando de condição eh condições gravíssimas nós temos uma grande parte dos indivíduos que tem comportamentos autolesivos que machucam a si mesmo que machucam as mães esses indivíduos não tem tratamento nenhum porque a gente pode até passar para alguma coisa diferente aí meio que a gente se vira mas não é o caso da de grande parte dos indivíduos nós temos o seguinte vamos imaginar o seguinte você tem um caso agressivo Severo Tá bom o que
que você faz hoje hoje uma grande parte tá amarrado em casa andé deve receber um monte de casos amarrado ou por jaula em casa certo tem vários casos que saiu na mídia mas a grande maioria os pais não revelam porque senão acaba de pres uma vida de abandono sem terapia nenhuma vários casos de gente que 15 anos amarrado 15 anos numa jaula que que eles têm que fazer hoje onde que eles vão não tem serviço então Eh nós temos por exemplo alguns lugares que são institucionalizados né ou seja eles lá e não não volta mais
pra família e aí A família também fica destruída se tá amarrado a família também fica destruída a conintec que é um órgão do Ministério da Saúde que deveria propor práticas com evidência tem um um protocolo para isso que é só dopar a pessoa que é horrível assim então assim qual que é o tratamento para isso eh o tratamento é o seguinte você faz uma coisa chamada análise funcional Ou seja você tem que descobrir Por que esse individo Tá se batendo Então ele pode se bater porque ele tá comunicando que ele quer sair porque ele quer
alguma coisa éa então descobre Qual é a é primeira parte anlise fcial sem anlise funcional Acabou a conversa não faz mais nada segundo depois que você descobre qual é a função você faz um procedimento chamado treino de comunicação funcional ND estão falar só de procedimento que aqueles com evidência Ou seja você troca o comportamento agressivo por um comportamento que é comunicativo então por exemplo vou dar um exemplo de indivíduo que a gente tava atendendo recentemente é um indivíduo muito grave muito e era para ter acesso ao tablet então eh a gente ensinou para ele a
pegar um um era um botãozinho assim que é um brinquedo que você grava uma voz então você aperta po tu pode falar com a idade é tem uns uns 15 anos mais ou menos 14 anos e ele aperta o botão e aí diz eu quero o botão tem uma voz gravada E aí ele tem acesso ao ao ao tablet Aí você diz assim é isso que você tem que ensinar para ele primeiro é isso primeiro não é negar é dar acesso ao que ele quer então ele pede toda hora tablet tablet e fica o dia
inteiro no tablet aí você diz assim pô mas isso não é legal não é isso que a gente quer é verdade mas é a primeira fase depois que ele aprendeu isso né o tre isso é Trein de comunicação funcional ele não tem mais nenhuma crise toda vez que ele quer ele pede apropriadamente aí você passa pra segunda fase se chama treino de resposta de tolerância ou seja ele vai dizer eu quero você tem eu quero aí depois um certo momento eu diz agora não agora eu vou negar eu vou ensinar para ele a concordar com
a minha negativa e aí eu vou ensinar uma resposta que pode ser um joia no caso dele era um toca aqui um five então eu dizia ele dizia eu quero dar um certo momento dizia agora não aí ele fazia o High Five e ele fazia o que a gente queria por um pouquinho de tempo e aí dep a frustração de uma forma mais saudável Talvez né a frustração do Não exatamente e a gente vai ensinar ele a lidar com a frustração E aí ele aí a gente vai aumentando o não aumentando não e diminuindo sim
aumentando não até ficar num nível equilibrado então Eh depois que passou essa fase ele tá na fase no no no contexto que qualquer um tá que às vezes sim às vezes não como a gente faz com nossos fil de todo mundo aí a gente passa pra terceira fase que se chama treino de comportamento cooperativo a gente imagina assim Quais são as outras situações que podem gerar um novo comportamento problema por exemplo quanto tempo leva cada fase desse dessa daí é é não não dá para dizer porque depende do indivíduo porque porque cada fase ela ela
tem um um critério que é matemático então a gente diz assim por exemplo eh se ele acertar se 90% das vezes ele aceitar o não então eu passo pro tempo posterior então quanto tempo ele demora para 90% das vezes ele acertar o não depende entendi aí na terceira fase é o treino de comportamento cooperativo tem uma lista de comportamentos que podem voltar a ter uma crise E aí eu vou ensinar com esse comportamento vou dar um exemplo quando ele tá com uma coisa que ele gosta eu peço e ele tem que me entregar eu vou
ensinar isso para ele ele participar de um jogo seguindo as regras do jogo é outro comportamento cooperativo eh ele por exemplo tá tá tá numa atividade escolar e ele encerrar aquela atividade do começo ao fim Então esse é um outro comportamento cooperativo e o que eu quero dizer com isso é que e esse é o procedimento Portanto ele se chama esse procedimento chama eh avaliação funcional prática né e e SBT que é Skill Basic treatment esse processo que eu tô falando para vocês aqui esse processo ele não exige nenhuma grande estrutura ele não exige nenhum
remédio de alta complexidade caro ele exige formação de pessoal empenho então é isto é a prática hoje com a melhor evidência se você lá lá nos Estados Unidos tem várias clínicas dedicadas a esse tipo de de de de caso casos graves isso na escola na escola Igor é o seguinte 53% dos autistas T comportamentos de crise não é um ou outro é 53% você sabe quanto que tem de orientação pros professores que estão lidando com esses autistas em mais de uma década nenhuma linha não existe nenhuma linha em lugar nenhum escrito Então os professores estão
numa situação terrível porque assim eh eh eles estão colocados numa situação que imagina o seguinte o indivíduo tá em sala e ele tem uma crise que que o professor faz Se o professor um só o professor tá com sorte né geralmente tem um cinco em cada mas Digamos que seja um só se ele tiver a crise se ele não fizer nada e o indivíduo se machucar eu tô dizendo que tem indivíduo que bateu 2576 vezes a culpa é do professor a culpa é do professor porque foi negligente e se ele pegar e machucar eentão culpa
do professor porque ele machucou é não tem como dar bom nessa situação né como é que como é que você faz e o problema é que o discurso atual é que assim o professor ele não precisa saber de autismo Ele precisa saber de educação aí a gente volta pra questão da política de 2008 que eu falei naquela época era a gente estava falando praticamente de deficiência física Então realmente faz sentido você falar o professor não precisa entender a deficiência da pessoa que é cadeirante para poder ensinar a pessoa cadeirante ele não precisa entender sobre a
cegueira para ele poder ensinar a pessoa que é cega agora autismo é outro bicho gente é outra coisa que influencia no comportamento influencia na interação na forma como aquela criança aprende ou deixa de aprender né Tem inclusive um discurso que eu acho muito perigoso que é ah autismo é uma neurodiversidade sim autismo é uma neurodiversidade Então você você não pode interferir no comportamento do autista veja bem de qual comportamento a gente tá falando eu concordo sobre o meu filho fica feliz ele faz os barulhinhos dele ele balança as mãozinhas ele dá pulinho e antigamente tinha
alguns terapeutas que tentavam corrigir esse tipo de comportamento para que a criança parecesse menos autista errado violência psicológica porém a gente tá falando de comportamento autolesivo a gente tá falando de crianças que tem grau Severo que às vezes pegam as próprias fezes e esfrega na parede que se machuca que morde a boca até arrancar pedaço da boca e aí você vai falar que você não pode interferir no comportamento do autista se ele está comendo a própria boca por dentro se ele vai arrancando pedaço do braço acontece também arranca as unhas fora porque ainda por cima
tem muito autista que sente menos dor meu filho é um caso desse graças a Deus ele não não tem comportamento aut lesivo então sim autismo é uma neurodiversidade mas também é uma deficiência e a gente não vai mexer no comportamento do autista que tem a ver com quem ele é com o jeito que ele comemora as coisas os barulhinhos que ele faz porque ele gosta agora se ele está se machucando ou se ele machuca uma outra pessoa a gente tem sim formas saudáveis de você explicar para ele de você ensinar para ele como ele expressar
essa emoção de uma forma mais mais saudável que machuque ele não machuque o outro como ele se comunicar para que ele não tenha crises muitas vezes então existem comportamentos que a gente olhar e não fazer nada a gente está sendo negligente né Essa é a diferença só que o professor precisa saber como fazer isso né porque ele não pode inventar por isso que nós estamos falando de prática com evidência nos Estados Unidos se você quiser ser merendeira de uma escola você tem que ter o curso de gerenciamento de crise Todo mundo precisa saber ali porque
se eu digo assim olha esse ambiente vai receber esse público esse público tem esse desafio eu tenho que preparar esse ambiente porque sen senão não faz sentido entendeu parece que eh e é um é uma contradição tão tão forte tão intrínseca que parece que a na verdade não não se quer esses indivíduos na escola quando se se toma essa essa decisão de não preparar esses indivíduos quando eu tô dizendo que não tem não só isso né de não adaptar o material de não adaptar o currículo de não dar o acompanhante e eu tenho falado eu
eu brinquei ontem com minha equipe falei eu tô me sentindo a própria Cassandra sabe a Cassandra da mitologia grega que ela ela foi amaldiçoada assim que ela fazia as profecias que ela sabia das coisas que acontecer mas a maldição é ninguém acreditava nela eu tô me sentindo a Cassandra que eu tenho falado a gente vai ter um retrocesso enorme na educação inclusiva No Brasil se essa filosofia permanecer daqui a sei lá 5 10 no máximo anos acho que nem vai chegar em 10 a gente vai ver que diminuíram as matrículas de autistas nas escolas regulares
e aumentaram nas escolas especializadas oh meu Deus por que você não dá treinamento para professor para saber o que fazer você não deixa adaptar currículo adaptar as atividades você não dá o acompanhante especializado fica o professor em barnaut e a família sofrendo porque encontra aquele autista às vezes encostado no fundo da sala mexendo com a massinha não tem mistério sabe então Ultimamente eu tô assim em sofrimento porque eu tô vendo que é para isso que a gente tá se encaminhando eu eu eu fui Professor 14 anos eu meoni ano passado professor de história né e
14 anos cara rede pública Municipal né eu tive a seguinte formação porque os professores em geral eles têm formação em fevereiro e em Julho porque quando tá começando a aula mas voltou ao trabalho começou a aula ainda eh alguém chega lá na frente e diz gente hoje é formação de Educação Especial é o seguinte gente olha lá na Grécia na Grécia antiga lá em Esparta pegava as crianças com deficiência e jogava da pirambeira hein era muito ruim né depois veio a idade média tratava as pessoas com deficiência com caridade era muito ruim hein depois veio
a segregação eles eram separados Olha que ruim e depois veem Salamanca que é um um um evento importante que aconteceu em 94 um Tratado de educação inclusiva E aí ficou tudo bem graças a Deus somos todos iguais tem que respeitar a diferença hein esse fevereiro primeiro ano eu eu entrando na na na rede quando chegava em juro disse gente é o seguinte você ouv falar de Esparta contar uma coisa para vocês hein jogava as crianças não sabe porque que os professores não t interesse na é aparece poucos veja bem isso qual o conteúdo dessa formação
essa formação continuada de fato está dando ferramentas pro professor saber o que fazer porque desculpa o que eu mais recebo no meu Instagram é professor desesperado falando me ajuda não sei o que fazer a gente precisa de ajuda o acompanhante uma formação decente eles querem eles querem ajuda porque tá mais do que claro que é igual eu falei pra gente diminuir o número de aluno em sala isso vai demorar tempo vai demorar dinheiro mas a gente precisa fazer coisas agora senão daqui a pouco também não vai ter Professor as pessoas estão se exonerando estão tendo
licença médica e estão desistindo da profissão teve uma um dia desses que a gente recebeu uma denúncia em uma cidade aqui de São Paulo que tinha um professor dando aula em três classes ao mesmo tempo numa sala corria pra outra corria pra outra já cansei de fazer já está faltando Professor as pessoas não se interessam pela carreira né então a gente tá num cenário extremamente crítico e aqui vem a Cassandra de novo eu eu tô meio desesperada com essa situação porque a gente fica falando falando e e não não consegue atenção devida né muitas vezes
para coisas graves que estão acontecendo e esse e esse essa palestra que eu tô te falando aí tô to chegou no ano que vem a mesma coisa já viram falar da Grécia Antiga gente e aí a mesma história depois a caridade depois segregação depois sala Cara eu não tô dizendo para você que foi duas vezes Igor eu tô dizendo para você que foram 14 anos 14 a mesma parece que é a mesma só que sempre pessoa diferente e aí tem a consultoria tem assessoria que a prefeitura tá pagando é sempre essa groselha eu me lembro
que quando eu tava fazendo o doutorado eu cheguei paraa professora da sala de recurso né da Educação Especial falei olha porque eu sempre fiquei em sala né falei olha deixa te falar tô pesquisando isso tô no doutorado tô publicando sobre isso Será que eu não poderia participar do pessoal da Educação Especial da formação de vocês que é mais específica ela falou não lucel para nós é essa aí também então é para todo mundo cara Então esse é um negócio que ass o que que o professor quer o professor quer que o seguinte fevereiro como ensinar
comunicação alternativa paraa criança que é como se comunicar por troca de cartões como que lida com crise como que eu vou ensinar o indivíduo para prevenir a crise então que que eu vou ensinar pro indivíduo como é que eu vou adaptar a atividade como é que eu vou adaptar a avaliação é isso que o professor quer treinamento não é conversa fiada os professores realmente querem isso que André falou é muito verdade os professores pedem muito isso eles estão sedentos só que não tem isso agora veja esse Grande Debate que a gente tem feito em torno
do parecer 50 do parecer do autismo e eh você tem que entender que essas que essas palestras de autoajuda essas assessorias ess consultoria é gente que tá ganhando dinheiro é tem uma indústria disso aqui eu eu falei que uma das coisas que é difícil a gente mudar a situação na saúde na educação é porque a gente tá no capitalismo e tudo a reserva de mercado inclusive isso quem dá essas palestras ganha dinheiro tipos de palestras cara eles querem eles querem ganhar o dinheiro deles quer dar palestra quer fazer consultoria quer fazer Assessoria estuda as práticas
com evidência é porque ciência não é propriedade de ninguém não é como a marca a gente tá falando aqui ah a prática é tal ela não é uma marca que tá vinculada a alguém que tem não é Ciência tá E você Estuda e e pode dar os seus cursos faz o que quiser então eles querem dar palestra querem dar Assessoria com faz tudo bem Vai cada um agora você quer fazer isso no mole sem estudar meu irmão fazendo conversinha de de Esparta Ah aí você tá querendo demais né Aí você tá [ __ ] então
assim eh os grupos de interesse Eles são muito grandes esse movimento que eu tô aqui representando o homologa Camilo Uhum ele é um consenso na comunidade do autismo cara nós conseguimos 40.000 assinaturas 2600 entidades né a favor só para você ter uma ideia naa do só especificamente associação do autismo 180 a favor e duas contra que são as duas que estão no Ministério da Educação Então você veja eu tenho uma coisa que é baseada em ciência que é um consenso da comunidade e e o ministério tá ouvindo Quem as duas entidades que estão lá dentro
que são contra tá ouvindo o grupinho de interesse que tá se movimentando então não tá ouvindo a comunidade não tá ouvindo a ciência quer dizer é um contrassenso com a com a proposta que tem de formulação de política pública uhum Então veja se imaginar que só Quais são os dois os três principais eixos de discussão deles primeiro não tem que não tem que adaptar nada para ninguém e eu eu fiz uma reportagem alguns dias um mês na na fla de São Paulo e fomos eu que falei a favor do parecer e a a professora mantuan
da Unicamp que falou contra eu vou citar ela entre aspas tá bom abr aspas não é possível adaptar nada para ninguém ela tá dizero que ninguém tem que adaptar nada o meu filho não verbal não Alfabetizado é para ensinar oração coordenada subordinada sindética é a sindética É sim Então essa é a primeira coisa que ela diz segunda coisa não pode ter um acompanhante de jeito nenhum nenhum estudante pode ter nenhum acompanhante acompanhante exclui segrega vira uma ilha dentro da sala e vai influenciar no saber do professor enfim cois é cara nenhum professor vai vai vai
comprar essa nenhum pai de autista Ah E lembrando que foi aprovado o ano passado o meu projeto de lei aqui em São Paulo que dá direito aos autistas terem acompanhante especializado na escola ainda não está acontecendo estou cobrando a Secretaria da Educação porque agora nós temos uma lei federal que dá esse direito que é a lei berenis Piana de 2012 e tem a minha lei estadual só que a gente sabe que Além da questão do curso tem essa resistência ideológica que eu falei que as secretarias da educação muitas vezes se baseiam nessa política de 2008
Então são duas Barreiras que a gente tem que romper a atitudinal e a financeira né e a terceira coisa que eles são contra o pe o plano Educacional individualizado E aí o problema é um problema metodológico eles são contra eles são contra o pei Baseado Em Quê tem que voltar um passo atrás para entender isso aqui na década de 60 un uns sociólogos Ingleses cadeirantes fizeram um movimento que eles disseram o seguinte vamos imaginar que você ser você um cara de cadeirante Você tá em frente um prédio E aí dizer o seguinte ó você não
pode entrar porque você é deficiente porque não tinha rampa e tal tá aí eles diziam o seguinte olha se botar uma rampa eu consigo entrar então quem é deficiente Não sou eu é um ambiente Então quando você diz que eu sou deficiente você olha pro meu corpo e me classifica como deficiente você tá usando tá fazendo uma classificação como os médicos fazem então Isso se chama modelo médico quando você olha pro ambiente e corrige o ambiente torna um ambiente inclusivo Então você tá olhando pro social então is é o modelo social então eles fizeram essa
oposição entre modelo social e modelo médico eh e aí eles fazem essa mesma interpretação agora para educação então eles estão dizendo o seguinte eu só posso olhar pro ambiente e posso modificar o ambiente nunca eu posso olhar pro indivíduo avaliar o indivíduo e fazer adaptações para ele porque senão é modelo médico aí eles usam a expressão então é medicalização E aí confunde inclusive as pessoas que elas acham que tem a ver com medicação né medicalização sabe o que que é medicalização é as denúncias que a gente recebe de muitas vezes a escola pedindo para medicalizar
as crianças eu Visitei uma mãe na semana passada eh na zona sul de São Paulo extremo da Zona Sul que tinha um documento da escola Mãe você tem dado remedinho Teve teve escola que fez a mãe assinar um papel eh Para comprovar ou para pelo menos para se garantir lá que estava dando a medicação pro filho e isso é o que acontece todos os dias então eles dizem dier que sempre que eu olho pro indivíduo e faço um plano para ele é medicalização Então veja isso faz todo sentido cara pro cadeirante todo sentido porque você
tem que olhar pro ambiente e de fato pra pessoa autista primeiro você olha pro ambiente primeiro você se pergunta quais são as barreiras então eu vou tornar um ambiente eh em termos de sensoriais mais agradável eu vou fazer uma aula que baseada no que a gente chama de desenho Universal da aprendizagem o tornar a aula mais aberta com várias possib aquela Sirene da Escola por música clássica porque aquela sirene da crise num monte de al eu vou fazer a minha aula em várias linguagens diferentes vou reconhecer diferentes formas de engajamento vou avaliar baseado em Tod
isso então eu tenho que fazer isso primeiro é verdade Primeiro olho pro ambiente mas não tem como eu não olhar pro indivíduo Então como é que eu chego a essa conclusão se eu olho pra evidência científica né então eu vou te dar um exemplo aqui de de deonde tá o problema essa Professora Maria Teresa mantoan eu eu isso que eu tô falando aqui eu descrevi num num livro chamado crítica pseudociência na Educação Especial ela diz o seguinte você chega numa sala e pergunta pros alunos O que que vocês querem aprender e aí os alunos falam
e aí você dá uma aula bem aberta e aí você dá faz monte de atividade você faz uma atividade para cada perfil de aluno pensando em todos os perfis de aluno que existe e aí você fala PR os alunos cada um escolhe qual atividade quiser E aí diz ela então a sala vira um grande laboratório de pesquisa e de debate pensa no meu filho que é não verbal não Alfabetizado vou imaginar que eu tô dando uma aula de neocolonialismo né tá no 9 ano e qual é a atividade se eu for pensar num aluno mais
difícil mais com maior superdotado eu vou eu posso perguntar comal a relação do hinduísmo com pacifismo do gande Beleza eu vou pegar todo o Range de possibilidades pro meu filho vou fazer uma atividade talvez de pintura sem sem motricidade fina que ele não tem talvez uma atividade de ligar alguns pontos uma coisa bem simples Diz ela vira um grande laboratório de pesquisa e de debate diz eu eu lucelmo minha a minha impressão os alunos vão ver a atividade do meu filho vão falar ol lá tu viu aqu lá rapidão dá para fazer rapidão vamos pega
faz meu filho faz rapidão me tega falou professor pode jogar fortnite lá atrás eu falo não pode porque tem atividade não já fiz professa já pode jogar jogar free Fire rapidão na pessa põe no fone falei não pode rapaz não aí já já 10 terminar não profor deixa eu jogar um baralhinho um trucão rapidão lá então a gente nem liga o celular não pode em 5 minutos começa a sair porrada na sala de aula é a minha a minha perspectiva dentro da minha experiência não e tem uma concepção muito errada também que eu já vi
as pessoas que falam falam contra o pei porque e quando você escuta falando faz sentido que é assim eles falam Ah mas aí a professora vai adaptar uma atividade adaptar o currículo para um aluno assumindo que ele só sabe contar até 10 por exemplo não Gente ninguém assume nada não tem avaliação que você faz do aluno para você entender onde ele está o que que ele já sabe E aí a partir daí você desenvolve ele na zona aproximal ali né que que tá logo acima daquilo que Ele já sabe não é um achismo capacitista da
professora olhar para aluno e falar a esse menino não fala ele não deve saber nada então eu vou colocar uns Peixinhos para ele colorir não é assim a gente tá falando de testes que são baseados em ciência Então eu acho que rola muita desinformação também e as pessoas que pegam um pedacinho da conversa aqui um pedacinho da conversa ali ficam às vezes acreditam nisso porque não entenderam o contexto inteiro agora eu por exemplo eu lido com dia a dia né só ano passado foram 600 denúncias de violação de Direito de criança em escola e a
verdade é que não tem nada a maioria das escolas os professores não sabem o que fazer não adapta o material não tem nem sala de ae que já era para ter há muito tempo que é a sala de atendimento educ profal especializado não tem professora de educação especial e tem uma outra vaca sagrada da educação que eles falam muito que é assim não pode ter profissional da saúde na educação e É engraçado porque isso não tá em lugar nenhum na lei Tá mas é assim é o que mais se repete é não não pode ter
profissional da saúde na educação aí sabe o que que tá acontecendo no gabinete a gente recebendo denúncia de criança com paralisia cerebral que tem aquela sonda no estômago a gastrostomia e que tá sem ir pra escola porque pergunta pra escola quem vai fazer a alimentação do meu filho nessa sonda ai mãe não professor não quer fazer e tudo se você quiser você pode vir aqui fazer como se a mãe não tivesse que trabalhar então não permite é não permite Ou pede pra mãe ir lá então assim a ausência inclusive de profissional da Saúde na escola
para poder fazer esse tipo de coisa está excluindo ativamente crianças com deficiências graves ou condições de saúde complexas da escola tem criança com diabetes que diz que a mãe tem que ir na escola a criança bota o bracinho no portão e a mãe faz plim com a injeção de insulina por causa disso Desse paradigma Sei lá o qu de que não pode ter saúde na educação Então o que eu tenho visto muito e o que me deixa muito preocupada é assim uma uma turma muito grande que só fica falando o que não pode fazer não
pode adaptar não pode adaptar material não pode adaptar currículo não pode acompanhante especializado não pode profissional de saúde na educação aí você fala tá bom tem um bando de criança fora da escola as crianças estão sofrendo os professores estão Born que a gente faz não não sabem propor soluções para os problemas graves e imediatos que a gente tem agora agora tem criança fora da escola a gente não pode esperar 10 anos até ter salas mais vazias e professores que saibam o desenho Universal agora o que que a gente consegue fazer agora então São pessoas que
não sabem propor soluções factíveis para problemas reais e é isso que me deixa mais incomodada agora veja esses esses dois casos que tem a ver com isso que ela falou esses dois casos que eu falei ou vai virar uma grande laboratório de debate e pesquisa ou vai virar um boné velho se fizer desse jeito e eu tô dizendo que vai vir um boné velho Ela tá dizendo que vira um grande laboratório O que que a gente faz com essa divergência porque em geral essa divergência resolvida assim eu eu tenho eu tenho doutorado então eu tô
sei o que eu tô falando mas eu também tenho ficou um a um e agora como é que eu resolvo essa diferença para saber qual que é a verdade Igor experimentando isso eu faço um experimento só que aí eles dizem não pode fazer experimento que Experimenta do Mal Experimenta de direita então não pode fazer experimentos em educação em educação você tem que falar pelo valor você descreve e diz este valor me interessa então eu ess tá exagerando não não tô exagerando então eu vou te citar tá vou te citar especificamente tem um tem um mestrado
da caps da Caps que é a coordenação de de ensino superior que envolve 19 universidades públicas tá é o mestrado profissional em inclusão esse mestrado a última vez que sai bibliografia ela saiu por ordem de ância O primeiro é um texto do Antônio chotti que é o movimento de práticas de Pesquisas baseadas em evidências na educação especial esse texto diz o seguinte a lei que eu citei para você nenhuma criança deixada para trás ela é de 2001 que colocou práticas baseadas em evidência nos Estados Unidos Aí ele diz a lei é de 2001 2001 era
o Bush o Bush era de direita então prática com evidência de direita não acredito cara é ele tá no texto e é o veja não é qualquer é a primeira 19 universidades públicas veja se tivesse tido um pouco mais de atenção nessa situação ele teria visto o seguinte primeiro lugar eh o projeto não era do Bush o Bush sancionou porque ele era o presidente o projeto foi de um deputado Republicano com um deputado democrata o deputado e Câmara representa o povo um senador Republicano e um senador Democrata que representa os estados Então foi uma união
política dos Estados do Povo de todas as forças políticas que ele só sancionou e mais se ele tivesse pesquisado um pouco mais ele teria descoberto que isto foi pressão política dos Pais de autistas que ganharam isso aí ganharam um monte de processo fizeram uma baita pressão política e ganharam um monte de processo de modo que os estados tinham que pagar um monte de coisa retroativa então eh eh esta ideia Veja a a Andreia ela é do PSB ela é uma pessoa de esquerda nós tivemos a reunião com Ministro tinham pessoas de esquerda de c de
direita de Tod de tudo quanto é lugar demonstrando mais uma vez isso isso não tem nada a ver com política partidária não tem nada a ver com direita com esquerda essa causa da pessoa com deficiência Eu costumo dizer que independente do viés ideológico de cada um ela é uma causa suprapartidária até porque isso eu acho interessante né porque tem pessoas que não entendem como funcionam as coisas se eu não dialogar com o governador ele não vai sancionar projeto de lei meu se eu não dialogar com a ala da da direita lá da da alesp né
que o meu partido é um partido de centro esquerda eles não vão votar sim nos meus projetos de lei eu não vou conseguir colaboração PR as políticas públicas que eu quero implementar então quando a gente tá falando de um público tão judiado e abandonado quanto pessoas com deficiência se eu não for a pessoa que dialoga eu não vou conseguir dar um passinho paraa frente de progresso a gente precisa dialogar com todo mundo pra gente a gente conseguir implementar mudança e mudança igual eu vi acontecer com o meu filho na escola é eu acho muito injusto
às vezes eu postava os vídeos do té na escola lá apresentando o trabalho e de mão dada com coleguinha esse papo de que acompanhante especializado segrega o té de mão dada com coleguinha na festa do Brega uma foto maravilhosa que eles têm lá eh eu olhava aquilo e às vezes eu postava e vha mãe e falava assim ah isso aí é porque você é deputada inclusive quando ele foi matriculada eu nem tava Eleita ainda isso aí é porque você não não é e Inclusive tem outras pessoas da de pública de Vinhedo que vinam falar não
meu filho também tá incluído aqui é assim mesmo mas eu entendo quando as mães ficam assim porque as mães estão muito judiados também elas estão cansadas de ver os filhos encostados na escola sem aprender né então é justo que seja só em uma cidade ou só em uma rede se a gente tem prova de que aquilo funciona e de que aquilo pode ser bom para todo mundo por que não trazer para todo mundo e aí eu falo de novo a gente quer realmente que todas as crianças estejam na escola então a gente tem que dar
condições delas estarem na escola e principalmente entender porque é uma coisa que eu tô repetindo de novo ó a Cassandra de novo acessibilidade para autista é totalmente diferente de acessibilidade para um pessoa que é cadeirante a gente precisa entender que às vezes acessibilidade para um cara que é autista vai ser uma pessoa que ajude ele a se comunicar que ajude ele a interagir que traduza aquele conteúdo que o professor tá dando de uma forma que ele entenda melhor isso é acessibilidade mas enquanto a gente fic preso no no naquele conceito físico de acessibilidade que é
remover barreiras e tudo a gente não vai ver evolução e olha se a gente não vir foi se a gente não começar a ver a educação Inclusive a regredir e a gente vê que as mães estão tirando esses meninos da escola mas se você um dia entrar na página do do Jean Luiz Leonardi por exemplo que o primeiro cara que começou a falar de Psicologia baseada em evidência no Brasil foi ele vai ter um monte de gente toda vez que ele fala ele fala assim ó tem que ter experimentos aqui um monte de gente se
é de direito você é neoliberal tem um monte de galera falando isso não faz sentido colocar ideologia política nisso não faz sentido nenhum esse dess essa é novidade para mim é é muito comum esse é é é muito comum é é não é em todas as áreas tá É engraçado porque por exemplo no contexto de pandemia houve até uma a esquerda foi mais a favor de prática baseada em evidência do que a direita na na na pedagogia na na na educação e na psicologia existe um discurso muito grande de que essas coisas são coisas de
direita é engraçado porque a esquerda uma parte da esquerda a esquerda mais cirandeira é uma brincadeira que a gente usa acusa isso e a direita também a direita não assume Essa paa não é uma pauta da direita também é só um equívoco dessa ideia então você tem pessoas de todos os matizes políticos que defendem prática com evidência é forma solução tem que lembrar durante a pandemia teve tanto essa fala de viva o SUS viva a ciência porque a ciência veio para salvar as pessoas pera aí a gente parou de defender a ciência então ou é
só a ciência que você gosta a ciência que não te interessa ou que você não gosta e você vai fingir que não viu né ou você defende a ciência ou você não defende a ciência você precisa se decidir e é isso ó Flávia Marçal 84 mandou para Parabéns ao f por trazer esse tema tão top já somos mais de 2.600 entidades e 38.000 assinates a favor do homologa Camilo e do parecer 50 na opinião dos convidados O que falta para avançar nesse debate Por que o parecer 50 é tão importante essa aqui tu plantou hein
eu juro que eu não tem nada a ver com isso inclus brincando tô brincando não mas a Flávia Marcial é é uma é uma uma das pessoas que tá na militância pelo pelo parecer eu eu eu eu não sei dizer eu vou dizer o que que eu acho tá eu acho que entre o ministro e o debate que tá acontecendo a comunidade tem tem esses grupos de interesse no meio entende eh historicamente falando a história do ministro como governador do Ceará com a professora Isolda cela que que hoje atua com ele que era vice-governadora é
uma história de compromisso de com práticas baseadas em evidência por isso que o Ceará arrebenta em termos de educação o Ceará é uma coisa impressionante que foi feito no Ceará foi dizendo assim não nós somos aqui nós somos esquerda mas nós vamos fazer prática baseada em evidência Contra esse discurso que a gente tá falando então historicamente o Ceará construiu essa história foi por isso que eles foram convidados para estar no ministério só que só que o ministério ele é sempre uma composição de forças e você tá no você tá numa posição que tem um monte
de coisas acontecendo Então eh por exemplo hoje hoje eh de manhã Eh foi feita uma comissão para discutir o parecer eu eu tô dizendo para você que tem duas 2600 entidades a favor um uma mixaria um punhado Contra Eles fizeram a comissão só com entidade contra só com as que já se posicionaram contra só só com as que se posicionaram contra Então não é justo não tá aberto ao debate essa que é a verdade não está aberto ao debate e eu vou te falar que eu sofro duplamente primeiro porque eu sou uma mãe que tem
um filho autista grau três não oralizado com deficiência intelectual na escola pública e eu vejo como foi bom para ele ter práticas baseadas em evidência então eu eu só queria que não fosse só para ele que a gente pudesse estender isso para todo mundo é só isso gente não é muito difícil entender a minha motivação para querer ver isso efetivado porque claramente a gente precisa atualizar essa política de Educação Especial de 2008 Enquanto isso não acontece esse parecer dá essa brecha para que a gente tenha práticas baseadas em evidência para alunos autistas na escola me
preocupa um pouco vê que esse desconhecimento sobre o que é acessibilidade para autista porque por exemplo dessas entidades que estão contra algumas T autistas adultos grau um que não tem filhos então não sabem o que é ter um filho autista grau dois ou três na escola e outros nem são ligadas ao autismo e a gente tem aqui uma multidão de educadores e de pais de autistas grau dois e três que são autistas também o que é o meu caso falando gente isso vai fazer diferença o meu filho os filhos dos outros e que não estão
sendo ouvidos né então acho que tava tá faltando ampliar o debate para fora do grupo que a gente já sabe que é contra né Com todo respeito que eu tenho a posicionamento mas não precisa sair um parecer dali parecer com relação ao parecer porque a gente já sabe que são contra e tem a sociedade 2600 entidades clamando pela homologação disso que não estão sendo ouvidas como deveriam né então isso é bem complicado tá tendo maior debate aí sobre o Lula a popularidade queda de popularidade o debate a tentativa do governo de se reconectar com as
suas bases sociais da sociedade Esse é um exemplo Claro dos erros que vem que vem cometendo né uma posição sectária de grupos de interesse bem posicionadas e aí a falta do diálogo de fato com a sociedade Esse é um assunto cara que nós estamos falando aqui mas é um consenso na comunidade na comunidade do autismo tem discussão sobre isso que eu disse são 180 entidades contra duas essas 180 elas são elas são as entidades assim representativas do país inteiro Então esse debate e e na comunidade ele é consensual só que entende a a a estrutura
burocrática ela impede essa relação de se de se estabelecer de uma maneira mais mais mais honesta né é e de novo a pergunta existe outra solução Hã eu volto com a pergunta existe outra solução imediata pro problema ou simplesmente é não no não pode não pode não pode isso não pode mas o que pode o que que a gente pode fazer agora para mitigar essa situação né Por que que por que que são convidados só os que só os que não não querem adoraria saber são grupo é assim ó o grupo é sectário um grupo
sectário é um grupo extremamente fechado e alheio ao mundo e ele e isso acontece por vários motivos Acontece tem um motivo de um fanatismo ideológico nessa posição que eu te falei né Então veja quando a pessoa se fecha nessa posição ela diz assim olha não pode adaptar para ninguém não pode ter acompanhante E aí eu falo vamos fazer um experimento não não experimentos porque tô falando vamos fazer experimento porque a gente poderia fazer mas tem 300 milhões no mundo né já existem Não não pode ter experimento então se a pessoa não tem nem o dado
vindo da realidade porque ela também não tá na escola e ela não tem o dado da ciência ela se fecha numa numa sectarismo ideológico Então você tem por um lado um fanatismo ideológico e por outro lado como eu disse uma uma ind de de palestra de assessoria consultoria de palestra de autoajuda nada disso aí foi de graça entende todas essas essas pessoas elas estão fazendo lá as coisinhas delas e eu não tenho nenhum problema com elas fazerem continuem fazendo só que pô vamos estudar vamos usar prática baseada em ciência você querer estudar e fazer é
assim ó é um inferno vida do professor essas palestrinhas no final musiquinha com as pessoas fazendo assim dizendo Agora sim agora a inclusão vai eu acho importante eh marcar que eu já concordei com esse grupo quando o o ex-presidente veio com um decreto que foi o 10502 inclusive Briguei com o lucelmo Eu segui o lucelmo porque o lucelmo defendi o decreto eu era contra o decreto Eu dei um folo no lucelma discutiu ca é aquela coisa mas sabe o que que é para mim a causa tá acima de tudo então assim agora eu vejo que
faz sentido apoiar esse parecer Então por que que eu não apoiaria porque eu já briguei com o lucelmo brigar uma palavra muito feia discutir né argumentar é assim divergir de ideias tá tudo certo é estado democrático de direito as pessoas podem divergir um dia tá de um lado outro dia tá do lado porque concorda ou discorda agora errado e feio que às vezes eu vejo é divulgando coisas que não não fazem sentido divulgando coisas que não estão no parecer por exemplo eu eu sou e no início eu sou bem autista mesmo eu tenho muita dificuldade
para lidar com mentira e com distorção das coisas então quando eu leio o parecer enfia médico dentro da escola eu falo meu Deus do céu em que página que tá isso pera aí deixa eu procurar não tem isso no parecer o parecer enfia ter pia dentro da escola meu Deus eu vou pra minha equipe que que eu perdi que eu não vi não isso não tem isso não tá no parecer mas o problema é que como a é um negócio que tem 70 páginas né lucelmo 80 a maioria das pessoas não lê Então se aparece
alguém fazendo esse tipo de distorção e a pessoa já seguiu aquela pessoa porque confia porque viu que defende a inclusão o que quer que seja às vezes acredita numa coisa que não faz sentido né então vamos lá já discordei dele dei a follow nele agora eu vi que faz sentido defender esse parecer e estamos aí isso é democracia agora que a gente trabalhe pelo menos em cima de informações que são verdadeiras porque tem sido muito doloroso nas últimas semanas vê o tanto de distorções que tem rolado na internet inclusive mães que foram se manifestar em
algumas páginas teve uma que foi numa página dessas que estava falando coisas que não estão no parecer e falou nossa Inclusive eu consegui um pay pro meu filho com base no parecer já mesmo ele não ter sido não tendo sido homologado foi bloqueada e foi deletada ão as mães sendo bloqueadas nas páginas então interditam colocam informações que não procedem e interditam o debate isso é desonesto Então vamos debater de verdade ideias debater o que tá de fato nesse parecer de forma honesta né e Clara para quem tá acompanhando poder formar uma ideia sobre isso com
base no que de fato está nesse parecer e e uma uma das fake News eu acho que a única que a gente não falou aqui que fala é que ele não teve debate público então ele esse esse parecer ele foi construído no decorrer de 6 anos trabalho voluntário de todas as pessoas eh e nesses se anos foi ouvidos mais de 80 pesquisadores eh nós tivemos é o único é o único documento de política pública que nós temos hoje eh na educação que teve eh participação de autista de mãe de autista de pesquisador pesquisadores das cinco
regiões do Brasil teve oitiva pública eh em uma foi em Belém do Pará e outra foi em Fortaleza e o MEC foi chamado todas as vezes a a a a Flávia a a André inclusive apresentou o documento que na reunião com Ministro os representante do MEC disseram que nunca foram chamados E aí a a Andreia juntou os documentos mostrando todos os os os conv lei de acesso a informação é uma coisa linda de Deus né então a gente consegue essas cois Inclusive a participação de alguns entregou na mão do ministro né E então Eh Na
verdade ele é o documento historicamente falando o mais democrático que nós temos na história porque teve a participação de 80 pesquisadores pessoas autistas mãe de autistas eh teve oitiva pública é porque parece às vezes que se a itiva foi norte nordeste ela não tem o mesmo valor né Se fosse Rio de de Janeiro eem Brasília talvez es tivesse porque foi em Belém e em Fortaleza mas obviamente eh isto não é verdade e foi aprovado pelo Conselho Nacional de Educação que já é um órgão representativo foi aprovado por unanimidade né então todos os tudo que você
pode imaginar em termos de requisito formal e material no documento tá presente e ainda assim esses grupos de interesse impedem e esse diálogo verdadeiro porque veja Igor a gente sabe que um documento pode ter melhoria todo documento pode ter então a gente sentar de verdade assim na boa falou C tem um negócio aqui você não pode mudar para ficar mais claro que não tem profissional de saúde Pô na hora que que vamos discutir aqui pô tem um negócio aqui que não tá legal vamos vamos cara então o diálogo a melhora documento está aberto sempre teve
é a gente tem que ler que a gente tem que ler que é um retrocesso na educação inclusiva é um retrocesso você analisar o aluno entender o que ele já sabe para saber o que como você pode explicar Ele melhor é um retrocesso a gente trazer ciência paraa educação porque se diz muito que ah vai trazer práticas terapêuticas para dentro da escola não são práticas baseadas em evidência não são práticas terapêuticas é práticas baseadas em ciência que você pode usar em qualquer lugar não é coisa de consultório né é um retrocesso ter o acompanhante especializado
que inclusive está previsto em lei Mas isso é ignorado por muitas pessoas é um retrocesso o professor saber o que fazer para ajudar aquele aluno que entrou numa crise dentro da sala e não chamar GCM então eu eu tenho dificuldade para entender que retrocesso é ele esse que eles estão falando e de novo qual a solução me traz uma solução melhor urgente porque não adianta me falar de uma solução daqui a 20 30 anos no cenário ideal de Nárnia A gente está no Brasil orçamento é difícil a gente tem que trocar a Roda com carro
andando e é isso eu fiz um exercício esses dias de num congresso que eu tava falando a gente vive em congresso de autismo viajando no Brasil e tal congresso Rio te ama no Rio de Janeiro eu abri a página de Ontário Ontário é um estado do Canadá conhecido por um estado de Excelência em educação inclusiva abri que pay né Eh como conseguir o pay né os detalhes e e traduzir cara parece parece que eu parece era uma cópia porque tudo tá ali né você ter a participação da família você ter o pei é o pei
ele a educação especial é se o indivíduo tiver diagnóstico e mesmo se ele não tiver diagnóstico a avaliação é pedagógica não é do médico é o é o é o professor que tem que fazer a avaliação às vezes que tem aquele aluno você pô você tá vendo que ele precisa ele tem as características mas demora muito para fechar o diagnóstico principalmente os mais pobres Então beleza você faz tá tá lá no site de Ontário tá dizendo o que que tem que ter dentro tem que ter as estratégias de ensino tem que ter as formas de
Registro tem que entregar PR os pais os pais tem que participar do processo tudo tudo parece uma cópia Então o que eu quero dizer com isso é não tem nada inventado nen umaa nemuma firula é tudo alinhando propondo alinhamento do Brasil com as melhores práticas internacionais eu acho que tem um problema também que é a gente junta fome com a vontade de comer é muito mais barato pro estado não dá esses suportes então é muito comum que a gente discute de mães que elas procuraram um secretário da educação diretoria Regional de ensino Ó o meu
filho é autista grau TR P ele precisa do acompanhante aí elas escutam assim ah não mãe o acompanhante vai segregar o seu filho ah não mãe o seu filho tá ótimo menino ali batendo a cabeça na parede tá ótimo ele não precisa de suporte nenhum por negar suporte é muito mais barato pro estado Então esse tipo de postura de não pode adaptar não pode dar uma formação continuada decente não pode dar acompanh especializado casa com a vontade que os Estados em geral os municípios T de não gastar e esse é um problema né é justamente
juntar fome com a vontade de comer a gente não vai sair desse buraco tão cedo se continuar desse jeito o Bruno Verga mandou aqui ó lucelmo por favor fale sobre a regulamentação da micoterapia e que você estará aqui em Fortaleza pro fórum no dia 20 e 21 de Abril flou chama o músico terapeuta vamos dar espaço para esses profissionais chama alguém da uban eu estarei em São Paulo no dia 17 de Maio posso indicar já fica a indicação aí Gustavo gatino grande pesquisador musicoterapeuta um cara super fera eu vou est lá em Fortaleza E aproveitou
a oportunidade em 21 no no Fórum de musicoterapia e é isso a gente já falou né musicaterapia é importante e tá para pro Presidente sancionar a o unha de mendinho mandou aqui ó Por que a maioria dos autistas são viciados em dinossauro e no Sonic viciados a Paulo F é pode tera chega aqui deixa eu ver tatu aí ó índice ó dados diagnósticos aqui eu era no The King of Fighters aliás eu quero dizer que se fosse o 94 dava um pau em você vamos lá embaixo depois de acabar vamos vamos vamos jogar demor demorou
demorou cara eu não sei você não quer saber J tô me desculpando já quer saber hiper Focus de mulheres hiper focos de mulheres hiperfoco maquiagem vejam bem já devo estar meio brilhando aqui porém porque enfim luz mas essa maquiagem fui eu que fiz gente porque um hiperfoco é um hiperfoco então alguns anos que eu fico seguindo maquiadoras etc como produto testo primeiro eu ficava igual boso aí eu tirava aí depois fazia de novo até que um dia começou a ficar muito bom e é muito engraçado que as as seguidoras eleitoras sei lá me manda mensagem
assim Andreia quem fa sua maquiagem eu falo Fui eu mesma porque um hiperfoco é um hiperfoco Então e e você sabe que isso também atrapalha meninas de serem diagnosticadas porque Em geral os hiper focos delas tem mais a ver com coisas de meninas mesmo então vai passando né ao contrário dos meninos que às vezes aparece com umas coisas meio exóticas entendi tem Tem essa questão da expectativa de gênero que é muito importante né você tem por exemplo vou imaginar que você tem uma pessoa muito retraída né Muito separada isolada se é um menino você diz
esse menino tá estranho diferente vamos procurar se é uma menina você disse não a menina é assim mesmo is esse menina é tímida é o papel da menina né ela tá então essa expectativa de gênero que a gente tem acaba eh eh tornando mais difícil da gente sequer desconfiar que aquela menina ela pode ter autismo e ela passar por um processo de avaliação diagnóstica entendi o ne 001 mandou pergunta da Karina tem uma dúvida sobre filas pcd em shows que hoje incluem autistas considerando que há uma sensibilidade em relação aos sons luzes e ambientes lotados
o nível um de autismo se enquadra nesse benefício ou estariam se privilegiando vamos lá eh não existe um autista qu outro tá então por exemplo eu sou meio sensível eu não gosto de show eu jamais vou pegar o direito de estar na frente na fila de um show para ir num show eu fui em pouquíssimos na minha vida não tenho boas lembranças Eu não me sinto bem no meio de multidão eu não gosto de som alto eu não gosto de luz alta eu não gosto não é um lugar para mim tá agora existem perfis sensoriais
diferentes de autista por exemplo o meu filho ao invés de ter um perfil que evita estímulos ele tem um perfil que busca estímulos Então é gente parece piada mas é assim eu fico do lado dele ele com o tablet dele e aí ele sobe o som eu fico filho abaixa o som ele sobe o brilho da tela eu falo filho abraxa o brilho da tela porque ele tem esse perfil de busca de estímulo e eu tenho o perfil em geral de evitar estímulos então sim vai ter autistas que pode não se incomodar tanto com o
som e não se incomoda tanto com o brilho porque cada um tem o seu perfil sensorial Eu não quem sou eu para dizer que o autista que tá na fila não é autista ou não deveria est ali enfim é um direito estabelecido por lei né a a Flávia Maral 84 mandou o que uma escola precisa ter para ser inclusiva para autistas bom foi basicamente que a gente conversou o programa inteiro é mas é assim quando a gente fala da a elb a lei brasileira de inclusão ela estabelece quatro critérios né E hoje basicamente que a
gente tem o acesso que é ou seja ele tem direito de estar na escola matriculou né matriculou Agora você tem outras três coisas que é a permanência a participação e o aprendizado Então esse Essas são as coisas que estão e fora né então permanência por exemplo tem você tem evasão muito grande que é quando você não rematricula você tem uma dono no meio do ano você deixa de ir e você tem o tal do horário adaptado que assim criança que fica meia hora começam a ligar pra mãe o dia inteiro Ah vem vem buscar Vem
buscar ele não tá bem Vem buscar tá com crise vem buscar todo dia e daqui a pouco diz assim não 4 horas ele não aguenta ele vai ficar só duas E aí começa a diminuir Então quando você olha pro pro pro pra inclusão se esse indivíduo tá ficando uma hora na escola ele não tá cumprindo ele não tá sendo inclusivo porque não não não não tem jeito dele cumprir as 800 horas que tá previsto na lei veja não é não tô querendo dizer que em nenhum momento você pode fazer faz um horário adaptado sempre é
individual Então vamos imaginar eu tenho um indivíduo que só aguenta ficar uma hora esse indivíduo pode existir pode mas eu tenho que dizer o seguinte ó mãe vão ficar uma hora mas eu vou ensinar para ele a ficar 4 horas então começa o procedimento hoje então se eu pensar em práticas baseadas em evidência eu tenho umas três quatro que eu posso usar E aí ele vai ficar e daqui um mês ele vai ficar às 4 horas com meu filho foi assim é porque ele nunca tinha estado na escola regular então elas fizeram todo um esquema
diferente de deixa ele começar só na sala de a né A aí a gente vai começar a introduzir ele aos poucos na aula hoje essa semana a gente começou com ele na aula de artes que é uma aula um pouco mais tranquila ficou a semana inteira na aula de artes beleza semana que vem vai ser Artes e ciência e aí vai esticando E aí vai entendendo e da mesma forma a acompanhante dele começou a fazer um negócio para dar mais autonomia para ele por mais que ele não fale que ele tenha muita dependência ela começou
a sair da sala e deixar ele sozinho Hotel vou ficar 10 minutos lá fora tá bom aí avisava os coleguinhas gente tô saindo qualquer coisa beleza saía aí no outro dia 15 minutos então essa coisa de você ir trabalhando para estender a tolerância da Criança e também para ir adaptando né porque autista precisa de um pouco de PR previsibilidade Então você ir aumentando esse tempo devagar é muito provável que você consiga fazer com que ele fique nas aulas em todas as aulas né só aí ela já falou de modelagem de reforço diferencial de reforçamento de
dicas tudo prática baseada em evidência Então esse é um Desafio permanência o outro desafio é a participação Ou seja você tem muitos alunos toda escola tem o professor Sabe o que eu tô falando um aluno que que ele ele deambula escola Tod dia ele não entra na sala por quê Porque nós não fomos ensinados você fez licenciatura né como ensinar o menino a entrar na sala ninguém foi ensinado a fazer isso então porque estudantes autistas apresentam essa essa diferença e outros não apresentam normalmente tipo que aprende isso naturalmente pra de ninguém ensinar natur então a
gente precisa ensinar ele a entrar na sala de aula a sentar a ficar sentado a olhar pra professora a se tiver se eu tiver de ir para algum lugar a não fugir a gente estava lá embaixo conversando eh tem com a produtora aqui crias que fogem cara toda hora acontece isso na escola um indivíduo que foge eu era mãe saia correndo atrás toda que não podia Eu tava contando até para ele que Teve uma época que eu morava a gente foi morar fora do Brasil e quando meu marido saía era aquela porta que dá pra
rua né aquela coisa não tem muro nada é a porta da casa que dá pra rua então se eu ia no banheiro eu tinha que me trancar com meu filho dentro do banheiro porque senão ele ó abria a porta e fugia Agora imagina isso na escola então a escola precisa ensinar ele a não fugir a ficar L da escola então são desafios a participação aí quais são os procedimentos falando assim de genericamente tem vários procedimentos por exemplo reforço diferencial tem eh dica visual também a gente pode e eh uma pessoa pode apoiar esse individo a
gente pode usar comunicação alternativa tem uma série de de de procedimentos né e eh rotina visual antecipatória e tal eh ah um outro que ela citou aqui que é ensino mediado por pares você ensina um colega a ajudar ele né e e e você pode ensinar o colega por exemplo a ajudar ele a entrar na sala de aula e é uma coisa que acaba virando natural né na formatura dele aconteceu uma coisa tão eu chorava Eu e meu marido porque assim Ele entrou com os colegas com aquele chapeuzinho e primeiro que assim ele não tolerava
nada na cabeça você pensa a gente morou na Suécia que fazia menos 20 ele não aceitava touca a gente passou muito aperto lá no que eu olho Ele entrou com aquele troço na cabeça aquele que como é que chama aquilo da formma aquilo ali pois é capilo e aí Ele começava a ficar com calor e tirava E aí a colega dele via que ele tinha tirado que a fotógrafa tava chegando ajudava ele a colocar de novo para ele tirar a foto a hora do Hino Nacional foi uma piada porque todo mundo levantou ele sentou aí
o colega fez Téo Levanta aí o Téo levantou aí acabou o h nacional todo mundo sentou ele ficou em pé o colega T senta então você vê que a a coisa do Cuidado Com ele já era uma coisa que tava incorporada na rotina da da sala de uma forma muito natural muito bonita e tem muita pesquisa brasileira e um dos maiores pesquisadores dessa área o maior pesquisador é o Carlos schmit que foi um dos autores do parecer também e a última a última coisa é o aprendizado cara se eu te perguntar assim Quantos por cento
dos autistas estão alfabetizados no Brasil idado não existe no dia da avaliação as avaliações nacionais sabe o que que fazem com os autistas fala não venha amanhã ou Então vai pra outra sala que agora vai ser a prova não baixar Cara isso aí é se você falar pro professor todo Professor sabe disso que eu tô falando que toda avaliação é isso na escola toda vez era isso e e e isso é um negócio de uma maior tão grande gravidade que parece que que que eu tô inventando escolar decente né às vezes quando a gente procura
como gabinete dados Assim quantos autistas T matriculados na rede estadual na rede Municipal vem uma salada autista transtorno Global do desenvolvimento mas não é a mesma coisa inclusive não usa mais esse nome deficiência intelectual tá bom mas e se o autista tiver deficiência intelectual ele tá no número de cima ou ele tá no número de baixo então a gente não tem nenhum senso decente para saber quantos autistas com di sem di deficiência intelectual a gente tem na rede regular de ensino então a gente precisa mensurar o quanto eles estão aprendendo ter esse dado para ex
se tá Alfabetizado se não tá o que ele tá aprendendo e mais do que isso a é mais complexo a gente precisa comparar ele com ele mesmo imagina o seguinte eu t Eu tenho um indivíduo com no terceiro ano no final do no terceiro ano que os alunos devem estar Alfabetizado ele não está Alfabetizado talvez eu poderia dizer assim eu vou lá avalio ele não tá Alfabetizado ele sabe tal e tal tal coisa tá Ele sabe as letras por exemplo alguma coisa assim aí você diz assim ele não tá aprendendo calma aí não é assim
não eu tenho que comparar ele no final do terceiro ano com ele no final do segundo ano com ele no final do do Pode ser que ele tenha aprendido mais que todo mundo ali na sala então é Um Desafio em termos de avaliação muito grande como é que eu faço para ter para para enfrentar esse desafio só tem uma forma tendo um p um plano educa ial individualizado que vai comparar ele com ele mesmo fazendo avaliações com base científica em todos os anos Então essas eu preciso dessas quatro coisas para ter uma educação inclusiva eu
preciso de acesso isso tá garantido parabéns a gente não nega o valor histórico de todo esse debate a ali até os anos 2000 mas agora a gente tem que falar em permanência em participação e aprendizado do contrário a gente não tá falando de educação inclusiva segundo Inclusive a própria lei brasileira LB eu eu queria reforçar essa coisa da acessibilidade porque uma coisa que me incomoda muito é ver pessoas falando por exemplo contra o acompanhante especializado ah acompanhante especializado é uma coisa individual a gente tem que pensar na educação coletiva é acompanh especializado é acessibilidade para
autista alguém briga porque a cadeira de rodas é individual porque devia caber 30 numa cadeira de rodas não ninguém fala isso ninguém vira para um cego e fala deixa seu cão guia do lado de fora da da escola ninguém vira para pro intérprete de libras do do do aluno surdo e fala não você fica do lado de fora senão você vai segregar o aluno mas todo mundo se sente à vontade para tirar recurso de acessibilidade de autista ou para ser somelier de acessibilidade com autista e geralmente São pessoas que não são autistas É isso que
me incomoda mais ou que nem tem um filho autista grau dois e três então a gente precisa acordar pro fato de que o cão guia de um O Interprete de libras pode ser o acompanhante especializado do autista é um recurso humano de acessibilidade que Para muitos é essencial para Que permaneça na escola para que seja incluído de verdade e para que aprenda são quantas crianças autistas no Brasil bom se a gente aplicar um a cada 36 nós temos e em termos população geral 6 milhões de pessoas então é uma quantidade muito grande a maioria no
caso do Brasil não tem diagnóstico mas e como a gente tá dizendo que a educação inclusiva por exemplo não deve depender do diagnóstico mas da avaliação pedagógica então é essa a proporção Também entendi entendi bom gente muito obrigado pelo tempo de vocês Obrigado pelo papo Eh cara você quer falar mais alguma coisa Não não quero saber do da King of Fighters pô tá quer saber me fala pelo fala para quem tá ouvindo só tem gente que só ouve a gente qual que é o teu Instagram é a vantagem de ter nome estranho né lucelmo não
tem outro mas é lucelmo Lacerda Instagram e o YouTube é Luna aba tá bom e você André é eu queria agradecer queria dizer para as pessoas que T alguma denúncia no Estado de São Paulo sobre falta de acessibilidade eh violação de direitos de pessoas com deficiência ou o que você quiser denunciar que não tá funcionando Vai lá no meu Instagram que é Andrea Werner mas se você digitar Andrea w já aparece tá sou eu lá Andrea Werner naquele link que é clicável tem um formulário de denúncias que vocês podem fazer a gente tem um time
de acolhimento com seis pessoas que é só para ouvir essas geralmente mães né que entram em contato entender o problema aconselhar dependendo do problema igual foi do plano de saúde o ano passado a gente leva a denúncia pro Ministério Público que abriu seis inquéritos contra planos de saúde por cancelamento ilegal então Tragam as suas denúncias e contem lá com o nosso gabinete porque eu não desisto de uma boa briga quando ela é justa é isso boa então muito obrigado mais uma vez e vocês que assistiram aí muito obrigado também segue todo mundo tá tudo aqui
embaixo e entra no discord aí para você poder sugerir o próximo programa tá bom um beijo e até amanhã tchau