nossa equipe acompanhou durante 211 dias o trabalho de monitoramento e proteção de indígenas isolados foram mais de 120 km Floresta dentro você vai ver imagens raras dos Cau ariva um povo ameaçado que enfrenta o risco do avanço do garimpo e do desmatamento ilegal A reportagem é de Rogério Coutinho e Júnior [Música] Alves você tá na terra indígena Cau ariva do Rio par [Música] ISS aqui ele usou PR fazer construção fazer toc deve ter alguma coisa deles aqui próximo não pode ficar aqui Eles não estão de bobeira mais a gente não tomou uma flechada não tomou
nada porque a gente não avançou no território dele respeitou [Música] nesse ponto da Amazônia vivem brasileiros a seu modo único numa integração permanente com a floresta o fantástico teve autorização para acompanhar o trabalho de monitoramento e proteção dos indígenas isolados Caua do Rio parto uma expedição num território intacto extremo remoto no Noroeste do Estado do Mato Grosso [Música] essas dança minha eu sei com o risco de vida que eu corro mas cara eu não me preocupo muito com isso eu procuro nem falar muito disso entendeu eu quero fazer o meu trabalho essa é a minha
missão Jair Candor é um dos principais sertanistas do país e é o nosso guia nessa jornada de 20 [Aplausos] dias foram 13 horas até a base da FUNAI a Fundação Nacional dos povos indígenas que fica dentro da área protegida aqui 20 agentes se revezam no trabalho de proteção e monitoramento dos isolados borbur uruu aau é um deles ele já foi indígena isolado e há 20 anos trabalha com a fundação eu tô aqui com o bubur e com o André o André tá aqui para me ajudar a entender e a traduzir o que o bubur vai
falar porque às vezes ele fala em português e às vezes ele fala na língua tupi auar Riva mas ele entende bem o que eu tô falando em 2007 borbur viveu um momento de tensão ele se deparou com os isolados kawahiva numa expedição de monitoramento aí el lei umor arco para bater comigo n eu voltei porque bater á cal arriba viu ele foi aonde que ele tacou flecha nele aí ele quando ele ele desviou com o arco que ele tava também Daí ele viu que não ia dar para ele ele virou e disse que não falou
nada e virou e pegou o caminho e foi embora André tanji é do povo amonda e também faz parte da equipe da FUNAI a gente fica bastante dia longe da família mas ao mesmo tempo a gente tá ajudando parente da gente tá Protegendo o território para ises né isso é uma coisa peito [Música] mes antes da expedição os agentes saem para fiscalizar O entorno da terra indígena e não dem muito encontros rastros de afirmam que essa região a parte sul da floresta amazônica está entre as mais pressionadas pelo desmatamento ilegal e nesse ponto aqui a
gente entende bem o significado disso desse lado tem uma área gigantesca onde existia a floresta amazônica esse cenário de destruição se repete por quilômetros e quilômetros de estradas que percorremos dificilmente a mata que existia aqui vai voltar ao que era desse outro lado no limite do desm a floresta Continua em pé é território de indígenas isolados que está protegido a tensão é constante em 2018 A base foi atacada a tiros por criminosos que são contra a presença da FUNAI desde então o local passou a ser protegido pela força naal pessoas que vivem lá expõem os
agentes a outros riscos essa é uma imagem exclusiva foi registrada numa expedição em 2011 numa fração de segundos entre árvores e folhas uma cena raríssima o indigenista da fun fica frente a frente com o indígena isolado que reage em defesa ao perceber a presença de alguém estranho mata ele levanta o arco e a flecha aponta segundos depois abaixa conversa com uma mulher que está com uma criança dá para ouvir vozes depois recuam a Funai classifica a população indígena como contatada a que tem contato permanente com a sociedade a de recente contato que tem encontros esporádicos
e a isolada o Brasil é o país com maior concentração de povos Vivendo em isolamento atualmente 29 comunidades isoladas estão confirmadas todo mundo junto ninguém vai separado de ninguém ninguém vai deixar ninguém para trás começa a parte mais desafiadora da expedição já difíceis pros 4x mais adiante só seríamos nós a pé e as mochilas pesadas em 17 anos essa é a maior expedição da FUNAI nesse território e aqui o fantástico é a primeira equipe de TV a acompanhar essa etapa do trabalho de proteção a floresta é uma delícia mas ela cansa gente cansa muito A
primeira parada para acampar está a 10 km de [Música] distância vamos nessa abrir caminhos e avançar pela Floresta ó ess aqui é o IP é a madeira mais disputada hoje na região aqui do Oreste do Mato Grosso é esse aqui é o ouro dos madeireiros de repente o dia fica escuro um temporal chega rápido as roupas e as mochilas pesam mais em 1999 a Funai conseguiu as primeiras confirmações da presença dos kauar Riva do Rio Pardo desde então as expedições acontecem regularmente Rosélia é a primeira mulher não indígena a participar de uma expedição na equipe
do seu Jair Aqui é o meu lugar eu gosto de trabalhar aqui chegar lá dentro e viver a realidade é um sonho que você tá realizando é um sonho que você tá vivendo todo dia [Música] diferente tudo pronto terceiro dia começando [Música] 80 anos de idade filho que disposição aqui que eles vão torrar e fazer a farinha isso que vira farinha Isso é babaç isso é uma base alimentar dos Cil faz o mingal faz farinha impressionante a equipe levanta acampamento mais uma vez banho e comida são prioridade cinho de agora são 4 da tarde e
a gente vai jantar ou almoçar é a refeição do dia o quarto dia da expedição começa com alerta do seu Jair daqui PR frente eu vou pedir vocês baixar o volume de voz de vocês falar mais baixo né Qualquer coisa de diferente que vocês ouv ou ver me avisa pra gente investigar e ver o que que tá acontecendo beleza depois de quase 3 horas de caminhada encontramos o primeiro vestígio uma Castanheira enorme que estava doente foi derrubada pelos indígenas na necessidade de alimentação deles eles procura essas Castanha que já tá bem velha que é ocada
é mais fácil né para eles derrubar e eles derruba Estamos no caminho deles todos os vestígios são registrados partir dessas informações é que a gente consegue além de comprovar né a existência deles né comprovar a área de ocupação deles verificar que eles estão bem há poucos metros dali nos deparamos com uma armadilha montada pelos kaiva que faz parte da Estratégia deles para caçar a estrutura ela é feita de palha né de palha ela fica muito bem armada ela é muito bonita olha o laço que eles fizeram aqui na palha pra flecha poder a lança sair
nesse buraco A Estratégia pura de caça a caminhada para E a equipe fica tensa tô falando pare os cara pode cair esse é um momento muito importante a gente tem que falar bxo porque o seu Jair acabou de escutar cara tá aí vamos rápido a política do não contato não contato identificou já era vamos embora a decisão de recuar é imediata do mesmo jeito que nós já percebeu Eles já perceberam nós Eles não estão de bobeira mais eles já sab que nós tá aqui o recuo acontece para proteger os indígenas e a equipe da expedição
e principalmente para seguir a risca o protocolo da FUNAI de não contato com os povos isolados a floresta preservada Nativa em pé é a casa perfeita aqui ó re tirada de palha deles tá provavelmente tem algum tapiri né alguma habitação deles ou alguma Tocaia a suspeita se confirmou esse aqui é o vestígio mais próximo que a gente pode confirmar a presença deles aqui no território é um tapiri é a casa dos Caua Riva do Rio Pardo seu já ele tava explicando que pelo menos quatro redes estavam instaladas Aqui é aqui mora uma família morava estava
morando uma família né como como eles são nômades então de tempo em tempo eles vão est mudando né então quando a caça fica meio escassa o peixe a fruta eles muda para outra região a equipe da FUNAI deixa um facão como brinde e faz uma marcação com X é uma estratégia adotada há alguns anos para aumentar a segurança dos indígenas e evitar que saiam da Floresta em busca de ferramentas Eles não sabem que é F ideia tem ideia de que a sabe que é um povo com uma ideia diferente que não vive atropelando eles que
não vive dando tiro n ele [Música] sab uma das técnicas de proteção do Povo isolado é instalar câmeras de monitoramento pela região acompanhamos O Resgate de 10 equipamentos partimos em mais um dia de trabalho dessa vez em outro ponto da região e encontramos mais vestígios da presença dos indígenas a marca de uma criança isso é um sinal positivo sinal de que a família tá crescendo ação Nossa é daqui mais 20 an aí 100 pessoas T Cora fica fiz Unai acredita que o número de indígenas kawahiva vem crescendo seriam entre 40 e 50 indivíduos espalhados em
grupos conseguir um registro deles é algo raro o que você vai ver agora são imagens inéditas dos kawahiva essa foi gravada em 2021 um indígena passa ele usa um cocar carrega arco e flecha e lanças enormes a mesma câmera faz um segundo registro a Funai acredita ser um outro indígena dessa vez mais jovem e sem cocar ele passa levando objetos nas costas dá para escutar vozes apesar do ruído da chuva no momento da [Aplausos] gravação essa imagem é a mais recente registrada em dezembro do ano passado o indígena kiva passa pelos brindes deixados pela Funai
e ignora os objetos na sequência ele volta tá extremamente saudável né E e aí a gente tem outras questões também né possívelmente aqui ele traz um machado e aqui um facão na volta a gente já tem outras informações né a gente vê aqui ele carregando o arco né com as flechas e a gente vê que dessa vez ele tá carregando Um cesto esse tipo de imagem é essencial para o nosso trabalho que a gente verifica aí e características né atuais extremamente atuais né desses indígenas o futuro dos kiva gera preocupação o território ocupado por eles
foi declarado em 2016 mas ainda não foi demarcado pelo governo a demarcação sai esse ano ainda assim eu espero nós temos procedimentos a serem cumprido é um direito coletivo dos povos indígenas de ter seu territórios protegido demarcado sua forma de se organizar é necessário investimento também para que a própria ela continue a proteger Os territórios indígenas é um apelo que a gente faz não é ao governo para que tome providências para que urgentemente essas terras indígenas sejam eh sejam eadas atualmente o Brasil tem 86 pontos de estudo de comunidades isoladas que precisam de confirmação a
Constituição Brasileira diz que é a obrigação do governo ID prot os povos isolados é importante que se Preserve tanto a sua a cultura mas também a proteção do que eles decidiram para si o que se sabe sobre os isolados ainda é muito pouco se eles estão bem e em paz é o que basta para muita gente esse tipo de avanço o mundo ainda não conseguiu alcançar por eu faço isso porque S pessoal que não tem voz aqui fora quem que vai falar por eles então é isso já que eles precisa de alguém para brigar por
ele é muito gratificante né Eu como indígena trabalhar em PR de indígena Por que por que que você se emociona tanto irmão como é que o Jair fala é quem não se emociona é porque não abraça a causa ainda Y