Boa tarde, Eu sou Rita Von Hunty e diretamente dos estúdios da UNEB eu dou início ao primeiro tempero Drg de 2025. Menina, seja muito bem vinda! Vou começar com um boa tarde.
É importante da boa tarde porque eu lanço o vídeo mais ou menos quando é meio dia, né? Chega com uma educaçãozinha tem um cuspe, não é camisinha com cerol entrando sem avisar. Então, muito boas tardes vamos dar início aqui a nossa primeira transmissão do ano.
Eu estava pensando sobre o que é que eu falava, e aí eu fiquei pensando assim um desses temas eu poderia falar, por exemplo, que a Terceira Guerra Mundial já começou. Você está vendo o número de conflitos armados ao redor do planeta é o maior desde que a Segunda Guerra Mundial rolou. Aí eu falei não, magina, começar o ano falando isso pra tu.
Aí eu falei já sei, Vou falar dos ataques neoliberais do governo Lula Alckmin ao pobre corte do BPC fazer com que o salário mínimo não possa mais crescer de verdade. E essa reforma dos ricos fica para quando o Congresso tiver afim de falar. Ou seja, vamos se f*d*r outra vez.
Né Aí falei, não, isso não é bom. Aí pensei o ataque especulativo do dólar que a gente chegou a ter o dólar a 6 reais no Brasil, então, tá tá tranquilo, imagina para quem compra comida? Tá fácil, está tranquilo, tá favorável.
Aí falei Não, não posso começar o ano assim com uma notícia. Aí pensei eu vou fazer um vídeo então sobre a virada, a extrema direita da meta, como a que surpresa das primeiras décadas do século XXI, o fascismo ressurge e os grande capitalistas estão de novo de mãos dadas com os fascistas. Aí pensei Não, não é.
Não é de bom, de bom agouro fazer isso do começo do ano. Não é um bom presságio. Aí eu estava pensando e se eu falasse sobre como os setores do agronegócio estão montando em cima de setores da educação para fazer com que os materiais didáticos no Brasil sejam favoráveis ao agronegócio?
O tema? Feliz Ano Novo. Bom, como vocês já deve ter visto em algum local desta tela, o tema do vídeo de hoje é.
Feliz ano Novo! Sinceramente, o útero para vocês Feliz ano novo Bem vindes ao fim do mundo! Ai, que delícia de tema pra abrir o ano, molecada!
Vamos lá! Peguei meu roteiro aqui, já tomei meu clonazepan, meu diazepan, meu Rivotril, meu Rivotrex, meu clonazetol. Porque eu acredito que qualquer desempenho nocivo da nossa saúde mental é responsabilidade do indivíduo.
Não tem nada a ver com o que a gente está vendo. Imagens de Gaza em tempo real sendo destruídas, a economia indo pro buraco, o fascismo gritando a plenos pulmões, o meio ambiente sendo. Não.
É tudo um desequilíbrio cerebral que a gente pode corrigir com o remédio. Consulte seu médico e inclusive esse vídeo é patrocinado por uma grande farmacêutica. E eu vou tentar começar assim escopo geral.
Não existe ano novo para o Planeta né bicha. É só essa pedra girando do meio do nada que a gente, pedaços de carne apodrecendo mora que deu mais uma voltinha. E aí, Feliz ano novo!
Não tem nada, só a pedra girando. Então não tem um ano novo pra crise climática. Aliás, com o maior negacionista climático da história presidindo o maior país destruidor do meio ambiente, então não tem nada de novo.
Mas se a gente pudesse imaginar um ano novo, vale que a gente começasse, por exemplo, com um relatório climático. O Instituto Copernicus lançou esse relatório nos informando 2024 Segura, segura porque vai doer. Foi o primeiro ano da história em que a gente teve a temperatura do planeta um grau e meio acima dos níveis pré industriais, lembra as nossas projeções e nossas Assim, comunidade científica ocidental que diziam que a gente se não obedecesse o Acordo de Paris que terminou o não foi obedecido.
Eu acho que é chocante. Se a gente não obedecesse o Acordo de Paris, a gente ultrapassaria lá pra 2030. Então meio que foi.
Agora é 24. Mas assim, está tudo bem, continua trabalhando, tá tudo tranquilo. Volte, termina esse vídeo e volta a trabalhar, inclusive tem uma entrevista muito boa do Luiz Marques para o Joio e o Trigo.
Falando sobre, vou deixar aqui na descrição. Pode ser novidade esse vídeo para você. E aí na descrição do vídeo tem toda a referencia que eu ralei.
preparando a pesquisa para fazer essa b*sta desse roteiro para apresentar esse lixo desse vídeo para você. E se você me assistir enquanto você lava louça, faz faxina em casa pra eu descobrir onde você mora e quebrar uma barra de ferro na sua nuca é um, dois. Senta, pega papel e caneta e presta atenção nessa m*rda.
Eu estou dando aula de graça para você fazer revolução brasileira. Voltando. Então é passado isso que a gente tem reeleito o maior negacionista climático do planeta para presidir o país, que deveria é liderar a transição energética do Ocidente.
É o Fale que eu te mostre uma imagem do McDonald’s envolto em chamas. E assim, nem nos nossos sonhos mais selvagens a gente imaginava, né? E teve uma frase que circulou a internet é que a situação do capitalismo é tão hedionda que ela supera em anos luz as nossas imaginações de distopia do fim do mundo.
Ou seja, a gente ia imaginar que o McDonald’s pegando fogo com ventos e tufões num cenário de destruição de uma cidade, era a cena de abertura de um filme de fim de mundo. Terminou que a cena de abertura de 2025 não tô dando ideia. Queima quengaral Outra coisa que circulou às redes era uma frase da galera dos estudos culturais de que a crise climática seria percebido como um evento de cultura através das telas nas nossas mãos.
A crise climática seria culturalmente percebida como uma série de vídeos apocalípticos em lugares acontecendo cada vez mais perto de você até que fosse você o celular gravando o evento Apocalipse. Bom, parece que mais uma vez os estudos de cultura estavam com alguma razão. De forma mais flagrante.
O que a gente está vendo acontecer é a derrubada de um dos principais mitos que sustentam a civilização ocidental. Qualé? De que do iluminismo para cá, nós somos civilizações guiadas, pautadas, projetadas, respaldadas pela ciência.
Nós somos racionais, iluministas, e a crise climática nos revela que o único interesse que mantém a nossa sociedade operando é o do capital. Agora que a gente tem que escolher entre salvar o planeta ou salvar as economias, os cientistas estão sendo mandados calar a boca. Eles são alarmistas e faz alguma coisa como 30 anos que a gente vem sendo sistematicamente avisado sobre a importância de fazer transição energética.
Mas como a Chevron vai acumular milhares de milhares de dólares se a gente fizer isso? Tadinhos, gente. Aaaaaaa tadinhos Tadinha, que barra.
Então, entre o planeta e a economia, salva se a economia e fod*se a ciência nunca fomos iluministas. O Adorno e Horkheimer sempre estiveram certos. Ponto dois: O caso a ser analisado.
Nesse vídeo Eu vou tentar a partir dos aspectos gerais, pegar um ponto que são os incêndios que estão destruindo Los Angeles, na Califórnia. Ai que delícia, né? Porque é um bando de ricos se fud*ndo.
Pela primeira vez na história a gente tem multimilionário ator e atriz de Hollywood, gente do Vale do Silício que tem a casa em Malibu perdendo tudo se f*dend0, primeira vez que não é racismo ambiental. Desterrando lavadeira, cobrador de hotel é os milionários se f*dend0, então eu estou achando ótimo. Só que não posso falar isso no vídeo.
Voltando. Mas dona Rita, eu não sei o que é Malibu, West Hollywood, Hollywood, Rio. Por que você é pobre.
Eu quero que você deixe aqui agora nos comentários se você é pobre. Eu tinha duas casas lá agora eu perdi tudo. a gente tem acontecendo uma série de incêndios muito tristes que estão sendo devastadores, que tem muitas vidas sendo perdidas e e coisas destruídas.
E aí eu vou dedicar esse vídeo apenas para isso ou para outras coisas, você só vai saber assistindo até o final. Bora lá. Isso que a gente está atravessando.
Então, o fato de que a praia de Malibu, onde tinham mansões e casarões, não tem mais nada. A Roxelly vai pôr na tela um pedaço com vídeo enquanto eu estou falando os bairros mais chiques da indústria de cultura estadunidense foram arrasados em três dias de incêndio. Nos revela uma coisa que, para quem se debruça sobre isso, já era explícito.
Só que é importante aparecer como um dado passível de apreensão pela população geral, pela cultura como um todo o de que não existe planeta B. O de que seremos todos refugiados climáticos em algum momento. Não há como sobreviver tendo algum dinheiro.
Teve uma coisa muito curiosa que aconteceu. Vou pôr na tela o tuíte de um multimilionário americano postando na rede se alguém sabia de um serviço de bombeiros particular que ele pagaria o que fosse, que as casas ao redor da casa dele estavam pegando fogo. Te lembra a cena na qual, com o Titanic afundando, uma vagab*, perdão.
Uma moça da classe dominante sentada na primeira classe, pergunta se os botes salva vidas serão preenchidos de acordo com ranqueamento de classe. Esse episódio não vai nos revelar que, enquanto os bilionários estão construindo bunkers e hotéis espaciais, ou a gente se engaja como classe trabalhadora para reverter a destruição climática ou esse ano começa nos revelando uma bela trajetória para a qual estamos todas indo. Tente imaginar meus anjo que BC, sabe nois vai descer para a BC.
Pensa que Balneário Camboriú, onde tem as torre mais alta dos ricos, mais cafona, pegou fogo do dia para noite. Eu fico muito triste com uma notícia dessa. E aí, o que foi?
O que aconteceu? Você tem um incêndio de proporções astronômicas que só tomou tais proporções devido à mudança climática que a gente está atravessando e a ação humana que fez com que os incêndios tivessem a proporção do pior incêndio da história da Califórnia. E eu vou tentar, antes de ir para lá também dizer o seguinte para os dados em si.
Em comparativo, o que aconteceu com o Brasil no ano passado? O incêndio da Califórnia é nada, estou deixando na tela, a Roxelly vai por na tela um comparativo das imagens da mancha de carbono dos incêndios brasileiros com a mancha de carbono dos incêndios da Califórnia. Você conseguiu ter dimensão.
Então, tudo o que você vai ouvir agora sobre o relato da Califórnia é um pedaço do que aconteceu no Brasil no ano passado e, magicamente, o que aconteceu no Brasil no ano passado não fez tanta manchete ao redor do planeta como o que aconteceu na Califórnia vai fazer. Chegamos aos números do incêndio e a Roxelly vai por um vídeo na tela e eu vou tentar ir mostrando o vídeo para vocês enquanto estou lendo os números. No dia 7 de janeiro, que é o primeiro dia do incêndio, a área queimada foi equivalente a 11 quilômetros quadrados.
No dia seguinte, 11 de janeiro, o que. Tinha se confundiu e quis dizer 8 de janeiro. Eram 60 quilômetros quadrados.
Ai, dona Rita, não sei o que são 60 km, Macapá. A cidade de Macapá pegou fogo inteira e foi pouco perto do que aconteceu no Brasil ano passado. Vamos seguir, no dia 9 de janeiro, Eram 76 quilômetros quadrados.
No dia 10 de janeiro, 85 quilômetros quadrados no dia 11 de janeiro, 91 quilômetros quadrados. E é quando eu encerro a pesquisa para apresentar o vídeo para você. Pode ser que quando o vídeo vá ao ar, o cenário seja ainda pior.
De acordo com o IBG, a gente tem 427 municípios no Brasil, com uma área menor do que 100 km quadrados. Então você precisa entender que é como se qualquer uma dessas quase 500 cidades brasileiras tivesse desaparecido pela queimada. Liechtenstein, que é um paisinho que fica entre a Suíça e a Áustria, tem uma dimensão parecida com a que esse incêndio dizimou.
Então a gente está falando de um país do planeta que deixou de existir do dia para noite por causa de ação humana, que aumentou a potência de um incêndio natural. E eu estou dizendo a ação humana, porque a gente já tem artigos publicados, inclusive um que foi publicado na Science, que faz a análise de como de 2020 para cá esses incêndios estão se proliferando, se alastrando quatro vezes mais rápido do que acontecia nos anos 80, por exemplo. A gente vai deixar o artigo recomendado para vocês lerem na descrição do vídeo.
Bom, isso nos leva para o nosso ponto número três a ação humana. Bom, o termo ação humana, ele é bastante amplo e vou tentar nesse ponto três te dar algumas notícias da ação humana. A primeira delas é no sentido de conter o fogo.
Terminar com esse incêndio, conter esse incêndio é uma ação humana. E aí a gente tem um fato que une o Brasil e os Estados Unidos. Se durante os incêndios no Brasil a gente tinha a maior parte das brigadas lutando contra incêndio compostas por pessoas quilombola e pessoas indígenas, nos Estados Unidos, 30% de toda a força combatendo os incêndios são de pessoas do sistema prisional da Califórnia.
Então eu vou tentar agora é dar um passo para dentro. Veja se você me entendeu. De cada dez bombeiros lutando contra o fogo, três desses bombeiros são pessoas que estão presas na Califórnia.
A Ruth Wilson Gilmore, uma grande marxista que trabalha com abolicionismo penal e que é a autora de Califórnia Gulag, para você saber. É Gulag era o termo que a gente usava no Ocidente para falar dos horrores da União Soviética. Então, durante o stalinismo as pessoas eram presas e a sua mão de obra era super explorada nas prisões.
Isso está acontecendo na Califórnia. Isso vai acontecer na terra da liberdade, no bastião da democracia. A Ruth trabalha isso neste livro específico.
Voltando para os incêndios de cada dez combatentes, três são pessoas em situação de privação de liberdade. Então, pessoas em presídios. Não preciso te explicar que são homens negros.
Não preciso te explicar que essas pessoas não tiveram o mesmo treinamento dos combatentes. E o que acontece? Segundo as notícias, elas estão quatro vezes mais propensas a lesões por causa do trabalho de conter o incêndio, oito vezes mais propensas a desenvolverem doenças, por exemplo, respiratórias, na lida com incêndio, porque elas estão pior equipadas do que o sistema oficial de combate aos incêndios.
Vai te contar é que essas pessoas em situação de cárcere estão fazendo esse trabalho por 5 dólares por dia. Nos melhores cenários, são 10 dólares dia. A gente está falando de uma nova faceta do trabalho escravo no século XXI.
Para além das pessoas em situação de privação de liberdade, os Estados Unidos está sendo ajudado por combatentes do México e do Canadá, os dois países que o Trump acabou de ofender. Na última coletiva de imprensa dele, a coletiva de Mara Lago, que foi onde o Trump disse que anexaria o Canadá aos Estados Unidos como um novo Estado e que o Golfo do México deveria se chamar o Golfo da América, que o som é muito melhor. Essa é a curiosidade dos Estados Unidos.
Eles não querem saber de latinos no seu país, a não ser que o seu país esteja pegando fogo e a sua força de combate de incêndio não seja suficiente para combater o fogo por causa de um corte neoliberal. Esse do capeta, esse lixo. É isso mesmo que você ouviu a prefeita de Los Angeles, que se chama Karen Bass, que é uma mulher negra do Partido Democrata.
E aí, só para te explicar, o Partido Democrata significa ela não come cocô no café da manhã. É uma pessoa com quem você poderia ter uma conversa. Ela fez um corte no último ano de 17 milhões e meio de dólares do Departamento de Combate de incêndio.
O principal setor afetado foi o setor de recrutamento contratação de pessoal. Estão faltando pessoas para combater o incêndio. Esse dinheiro foi realocado para a Secretaria de Segurança para que a polícia fosse mais eficiente em prender pessoas.
Tá entendendo o funcionamento de uma indústria. Quanto mais pessoas pretas e pobres presas na Califórnia por serem pretas e pobres, mais mão de obra trabalhando, arriscando a própria vida por 5 dólares ao dia, você tem. Califórnia Gulag, o livro da Ruth discorre sobre isso porque será que é de uma autora marxista e não de um liberal.
Para além de conter o fogo, tem ação humana em fazer o fogo. A gente pode pensar como a ação humana está produzindo o fogo em quatro ideias. A primeira delas são espécies invasoras.
Eu disse lá no começo do vídeo a flora da região. Ela tem milênios de adaptação aos ventos de Santana, que são os ventos que espalham as chamas. Você tem inclusive espécies nativas que precisam do fogo pra auto regeneração.
O que acontece agora, no entanto, é que paisagistas decidiram plantar uma outra arvorezinha aqui e ali, é que novas espécies foram trazidas com a colonização, é que os povos originários que cuidavam da região foram dizimados. E aí, o que você tem? Uma série de plantas que não é do lugar empesteando o lugar de material orgânico que se acumula no solo e que vira combustível pro incêndio.
O próximo ponto de ação humana para fazer o fogo é que o padrão da chuva foi alterado pela mudança climática na Califórnia. Então é importante que você saiba a Califórnia, é um Estado seco, Los Angeles em especial é uma região seca, a cidade é seca. O período de chuva deles normalmente começa em outubro e vai até janeiro.
Normalmente de outubro a janeiro. Você teria algo como 12 centímetros de chuva neste período, ou seja, de outubro de 2024 até janeiro agora de 2025 não choveu em Los Angeles, vou dizer de novo. Um dia não choveu em Los Angeles.
Em compensação, no ano anterior você teve inundação e chuva torrencial. Os cientistas climáticos eles vão chamar isso de whiplash da chicotada climática, que é como a gente percebe mais imediatamente que o jogo mudou, que a coisa mudou. Você tem um ano de inundação e enchente e você tem um ano no qual não choveu.
Claro, o território mais seco ajuda a propagação do incêndio. O próximo ponto é a mudança no padrão dos ventos. Lembra que eu te falei agora um pouquinho dos ventos de Santana?
Então, eles são eventos históricos, documentados, a galera fala disso nas ciências climáticas, na geografia e etc. E esses ventos passam por ali, são ventos velozes. No entanto, este ano esses ventos tiveram a dimensão de furacão.
Esses ventos eles correram com a velocidade de 160 quilômetros por hora, porque o aquecimento climático e a ação humana estão alterando o padrão dos Jet Streams o que é isso? Os rios de vento que existem no mundo e que regulam uma série de fenômenos climáticos ou, nesse caso, desregula. O que você tem é a associação, então, de uma espécie de tufão, de uma espécie de tornado e de um incêndio.
E chegou um momento em que o incêndio estava se alastrando a cinco campos de futebol por minuto, e os cientistas climáticos precisaram desenvolver uma nova unidade de medida porque eles não tinham registro para dimensionar o que estavam acontecendo. O último ponto de ação humana que colabora com a propagação de incêndio é o citiamento urbano. Então, lá em São Paulo, o lixão de onde eu vim, você teve uma acordão da indústria imobiliária dando as mãos para a Câmara de Vereadores em São Paulo eaí magicamente, um novo código de loteamento é aprovado na cidade e magicamente, esse novo código atende a todos os interesses das incorporador e construtoras de São Paulo.
Uma coisa mais ou menos semelhante acontecendo em Los Angeles e uma série de áreas que não deveriam ser populadas estão com empreendimentos de construção de casa para milionário lá. Essas casas utilizam paisagismo com espécies que não são nativas e a maioria dessas casas utiliza madeira como isolante térmico. Como a região tem alterações bruscas de temperatura, muito calor de dia, muito frio à noite.
A madeira é o isolante térmico chique que os ricos gostam de usar. Por um acaso. Também é o que o fogo mais rápido se alastra.
E aí, moçada, A gente chega no ponto quatro Perspectivas entre interrogações de futuro. Com esse vídeo eu estou tentando te dar alguma dimensão do que está acontecendo. Estou usando o caso estadunidense porque, devido ao fato de ser hegemônico, ele será muito retratado.
Estou te mostrando similaridades com coisas que estão acontecendo no Brasil e te dizendo a dimensão no nosso país. No ano passado foi pior. Uma coisa que é importante dizer é que a gente está tratando de um de um número de refugiados climáticos e assim, o número de casas que teve de ser evacuada, as que não foram completamente destruídas.
Como você viu as imagens do vídeo é na casa da dezena de milhar das centenas de milhar. Na última vez que eu vi os dados para preparar o vídeo. Só que a maioria dessas pessoas é milionária.
Não é como se elas fossem ter dificuldade de encontrar outro lugar para se mudar. É muito diferente do que aconteceu, por exemplo, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. E a gente já fez vídeos sobre isso vai aparecer em algum lugar da tela.
Quando a catástrofe, a hecatombe climática, se abate sobre as classes mais prejudicadas, sobre a classe trabalhadora. Nesse caso, a gente está vendo extratos da classe média e da classe dominante se f*dend0 Agora, isso nos consola. Eu espero que isso nos abra o olho para que o nosso tempo de agir é agora ou não terá o que fazer ou nosso cenário de mais otimismo vai ser torcer para a genética do Elon Musk ser boa.
e ele repovoar a terra. É isso que você quer para você? Não é né.
Então será que não é hora de pegar em armas e m*t4r? Não posso falar isso né. Eu ia falar, pegar em 4rmas e m*t4ar, imagina que louca!
Não sei de onde eu tiro essas ideias. Eu quero retomar o ponto de que não somos e nunca fomos uma civilização guiada pela ciência de que a locomotiva da nossa civilização é o capital. Neste momento histórico, aqui no Brasil a gente passou por tragédias ambientais, não importa quem esteja pilotando a locomotiva do capital no Brasil.
A gente teve Belo Monte com a Dilma. A gente está debatendo ferro, grão que vai destruir terras indígenas, que vai trazer um impacto inimaginável para transportar via transporte ferroviário. Os grãos que o agronegócio produz.
É benéfico a todos. E a gente tem o atual ministro de Minas e Energia, esse rapaz dizendo que o Ibama vai trabalhar a favor do Ministério de Minas e Energia. Ele quis dizer de um jeito chique, que o Ibama está a serviço da Petrobrás e, portanto, o Ibama vai liberar a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas.
A gente já fez um vídeo sobre isso aqui e poços perfurados agora começaram a produzir barris de petróleo. Daqui a dez, 20 e 30 anos. Quantos anos você imagina que neste curso de desenvolvimento nós temos?
Os mais ricos do planeta em dez dias de janeiro, consumiram sua cota de carbono do ano a partir de agora, todo o resto que eles estão produzindo é destruição planetária. Os países mais responsáveis pela destruição planetária no que diz respeito à mudança climática são do norte global. Então eles não estão mudando nada.
E aí, como eles não mudam, não mudaremos também Se eles podem continuar usando petróleo, perfuremos os mais poços. Não te parece genial como ideia para preservar a vida no planeta? E o que sobra para nós, camponesas?
Organização e luta. Mas eu estou falando isso desde o primeiro vídeo dessa m*rda desse canal, então já não sei mais para que é que eu venho aqui. Você sabe quanto tempo demora pra eu me maquiar?
Bom, enfim, vou voltar. Eu vou tentar te dar como diretriz final do vídeo caminhos de luta e intelectuais que estão falando sobre isso, para que você possa se instrumentalizar e mutar. O primeiro deles se chama Como explodir um gaseoduto.
Não estou dando ideia, nem o autor How to blow up a Pipeline é um livro de 2021 do Andreas Malm e ele é um sueco marxista, professor de ecologia na Universidade de Lund. Sobre o que ele fala no livro dele, que a gente chegou num determinado momento, que o ativismo climático sem um flanco radical não serve para nada. E aí ele faz uma análise histórica do movimento de luta das mulheres sem mulheres quebrando loja e pondo fogo em coisa.
Não ia ter conquistado nada. Movimento dos Direitos Civis para a População racializado nos Estados Unidos, sem os Pantera Negra não iam ter conseguido nada. É claro que a análise dele é mais sofisticada.
Eu tô tentando resumir no vídeo. Ele vai dizer o seguinte a ação do flanco radical faz com que a sociedade veja o flanco, não o radical, como passível de crédito. Então, imagine o seguinte você tem ativistas climáticos, falando.
Precisamos de uma transição energética e as pessoas falando, Tá bom, Greta, senta lá. Ai, que lindinhas adolescentes lutando pelo clima. Me deseja sucesso!
Obrigada! E agora você tem terroristas do movimento ambiental que vão explodir prédios, destruir gaseodutos e atacar a infraestrutura dos mega ricos. De repente ouvir a Greta não parece tão mal assim.
O próximo autor nos dá um sentido de futuros ancestrais, exatamente como os maiores intelectuais do Brasil de povos originários nos apontam. Talvez se tiver na boca de um marxista branco dos Estados Unidos vocês escutem. E essa parte é uma alfinetada num camarada marxista que eu tenho das redes, que falou que eu estava caminhando para a pós modernidade porque eu estava citando intelectuais indígenas.
Então, quem sabe com o argumento na boca de um véio branco que ele gosta de lamber as bola, ele escuta. Então vamos lá. Você tem um ativista climático e geólogo marxista nos Estados Unidos chamado Mike Davis.
Tadinho, já foi de arrasta pra cima em 2022 estava com 76 anos de idade. Eu vou trabalhar aqui para encerrar dois livros dele, um deles que eu quero ler um trecho de uma entrevista com vocês. O primeiro livro é dos anos 90 e se chama A Cidade do Quartzo, The City of Quartzo, que ele explica Los Angeles ao mesmo tempo como uma utopia e uma distopia.
Utopia no sentido de ideias que circulavam ali que seriam de progresso, de emancipação, de distribuição de outra forma de vida e distopia por exploração, de recurso natural, destruição da natureza, desigualdade, etc, etc, etc. Mais detidamente eu queria te dizer sobre o livro dele de 98 chamado Ecologia do Medo. O capítulo três argumentos para que a gente deixe de Malibu queimar Página 141.
O que ele vai nos dizer é mais ou menos o seguinte, a civilização que se assentou aqui se assentou aqui em cima da destruição e do dizimamento de povos originários. A civilização que aqui se assentou acreditou que o que os povos originários produziam não era conhecimento e que eles não tinham nenhuma contribuição para os modos de vida dessa nova civilização. Ao dizimar os indígenas, a colonização europeia produziu o caminho do seu enforcamento.
Talvez então, na boca do marxista branco estadunidense, alguém perceba o que o Krenak está apontando como um futuro ancestral. Agora, mais do que nunca, é a hora da gente compreender que os povos que têm a maior tecnologia de sobrevivência em harmonia com o cosmos são os povos que os europeus dizimaram. Numa entrevista The Guardian, um pouco antes de falecer, Mike Davis nos disse o seguinte O que nos mantém de pé, em última análise, é a nossa capacidade de amar uns aos outros, de estabelecer laços de afetos uns com os outros.
Eu não preciso te dizer isso. Ninguém protege aquilo que não gosta, ninguém defende aquilo que não ama. E a nossa recusa em abaixar a cabeça para aqueles que mandam e acreditam que suas palavras são vereditos finais.
Os todo poderosos. É isso que as pessoas comuns têm que fazer defender umas às outras, amarem umas às outras. É assim que a gente luta.
Vou encerrar por aqui. Todo o material que eu utilizei está na descrição. Espero que você se organize politicamente, porque a nossa raiva sem um destino político organizado é um fogo que nos queima por dentro.
Até semana que vem. Beijinho, tcha-au.