e aí e aí o olá pessoal sejam bem vindos a mais um vídeo do canal net de trata esta é a nossa vigésima primeira aula da playlist literatura e neste momento vamos falar um pouco sobre o modernismo no brasil bem esta aula de certa forma é uma continuação da aula passada na verdade das duas últimas aulas a primeira aula que foi sobre o pré-modernismo que de certa forma já é uma introdução zinho aqui para o modernismo e em seguida tem o vídeo sobre as vanguardas europeias e os reflexos dessas vanguardas europeias na arte e que
brasileira muito bem vamos fazer aqui a nossa contextualização antes de partir para o movimento em cima o nosso primeiro ponto aqui é sobre o marco do movimento e no brasil houve um evento em 1922 que foi a semana de arte moderna esse evento foi um grande marco não só para a arte brasileira de forma geral mais para o surgimento oficial digamos assim do movimento modernista e uma coisa muito importante que aconteceu aqui antes da semana de arte moderna que inclusive eu falei no vídeo passado sobre as vanguardas europeias foi uma exposição da anita malfatti uma
artista brasileira que em 1917 já iniciou a e discussões importantes sobre essa renovação que se buscava para arte nessa modernização da então a gente pode dizer que anita malfatti foi uma peça muito importante que veio aí antes do marco que foi a semana de arte moderna e que já antes desse evento at é né já iniciou discussões que a semana e que o modernismo também iriam realizar posteriormente bom ao longo das várias fases do modernismo houve eventos históricos né ouvi fatos que foram muito importante que e que foram muito marcantes também bom um primeiro fato
é a questão dos avanços tecnológicos e científicos essa é uma fase em que havia uma preocupação muito forte na questão da tecnologia e claro também na questão da ciência então temos aí um progresso tecnológico e científico muito forte coisa que já vinha acontecendo em anos passados né em em momentos anteriores mas que nesse momento realmente é uma questão muito forte temos também mais dois eventos importantes é a primeira guerra mundial que aconteceu aí entre 1914/1918 e a segunda guerra mundial entre 1939/1945 então temos aí a primeira guerra mundial que aconteceu pouquinho antes do marco oficial
né o modernismo e foi 1922 e a primeira guerra mundial acabou em 1918 então aí bem já próximo ao marco oficial lembrando que modernismo já mostrava lá seus primeiros sinais antes né inclusive como eu falei 1917 anita malfatti já iniciou discussões importantes e que seriam desenvolvidas a longo do movimento bom então nenhum movimento nascido nada né nasce de uma data específica e pronta a partir dali começa a existir não ele vai desenvolvendo vão surgindo inícios né raízes antes mesmo do marco oficial só que nós precisamos estabelecer o marco oficial que no nosso caso foi a
semana de arte moderna bom então aí o início do modernismo já é marcado por uma guerra mundial e depois de uns anos ocorre a segunda guerra mundial em 1945 temos ainda autores que são considerados modernistas que estão produzindo ainda então quando ocorre a segunda guerra movimento modernista ainda está de pé de certa forma outro ponto importante que é a crise de 1929 uma crise que mudou muita coisa e no cenário econômico e que afetou a sociedade de forma geral o hino 929 modernismo já havia começado né já havia passado você não ameaça moderna e esses
autores e certa forma sofrem pouco da influência do contexto histórico e aí claro uma crise não vai passar em branco tudo isso influencia não só a sociedade mas como a arte também a literatura temos uma sociedade industrializada né assim falando do nível mais amplo mais abrangente mas aqui no brasil mais aqui no brasil ao processo de industrialização então digamos que a sociedade brasileira ainda está no caminho da industrialização temos outra coisa que importante que são as oligarquias no brasil outra coisa a insatisfação política também e por último o desejo de modernização por parte dos artistas
como eu disse antes da semana de arte moderna em 1922 surgiram sinais digamos assim pessoa e já estavam ali pensando é necessidade de modernizar a arte uma dessas pessoas como eu já citei anita malfatti mas antes dela também surgiram alguns autores que já mostravam ali ao que alguma coisa estava por vir né coisa que a gente vê lá no pré-modernismo inclusive tem um vídeo aqui no canal falando sobre isso então vamos adianta antes de tudo vamos falar sobre a semana de arte moderna que foi um evento muito importante e que aí estabelece o início oficial
digamos assim do modernismo aqui no brasil e quando isso aconteceu como eu falei aconteceu em 1922 mas de modo mais preciso aconteceu de 11 a 18 de fevereiro desse ano e o local que sediou esse evento foi o teatro municipal lá em são paulo e quem participou desse evento vários artistas de diversas áreas esse evento envolveu os pintores envolveu poetas músicos enfim envolveu vários artistas de várias áreas então foi uma coisa mais ampla assim não envolveu o só literatura claro aí criatura é um tipo de arte estava presente lá na semana de arte moderna mas
não foi só isso e o que aconteceu lá ouvir exposições e apresentações de obras como eu disse havia vários artistas e esses artistas mostraram as suas obras obras que já apresentavam digamos assim um questionamento sobre os padrões de arte que estavam vigentes até aquele momento então não era qualquer tipo de arte qualquer tipo de obra eram obras que mostravam esse interesse em modernizar a ar e depois da semana de arte moderna houve um impacto muito forte na forma de se produzir esse apreciar isso claro acabou de há muitos outros artistas e marcou profundamente também a
arte brasileira literatura né e a ruptura maior foi mais em relação ao modo de enxergar a coisa que quebrou de certa forma como que se pensava até aquele momento iniciou uma nova fase de gamas assim muito bem vamos agora ver algumas características gerais sobre o movimento modernista em primeiro lugar temos aqui a busca pela liberdade de expressão essa foi uma pauta muito importante do modernismo e você precisa lembrar disso outra coisa a valorização dos aspectos nacionais os artistas do modernismo buscavam essa esse fortalecimento da identidade brasileira né então havia essa valorização de tudo que era
nacional em seguida temos aqui a questão da influência das vanguardas europeias apesar de haver essa valorização da dos aspectos nacionais o movimento sofreu influência de movimentos de fora né e vanguardas que eram da europa e que eu falei no vídeo passado e essas vanguardas elas estão bem traziam esse essa esse sentimento de renovação e modernização e o movimento modernista aqui no brasil beber dessa fonte tá mas não foi uma tentativa de imitar as vanguardas europeias mas talvez uma tentativa de seguir os passos dessas vanguardas no sentido de inovar mesmo de modernizar a arte mais claro
focando no arte nacional no arte verdadeiramente brasileira o modernismo aqui no brasil possui três fases que nós vamos falar melhor sobre elas daqui a pouco outro ponto importante o uso da linguagem coloquial era comum muitos artistas dessa fase eu não vou generalizar porque eu sei que não foram todos mas boa parte deles usavam uma linguagem coloquial uma linguagem mais próxima do cotidiano das pessoas normais digamos assim entre aspas em uma linguagem mais popular também bom temos também aqui a busca de um nova forma de usar a linguagem nesse momento temos uma preocupação muito forte em
descobrir novos caminhos em relação a linguagem novas formas de se expressar o outro ponto também é a reflexão sobre os aspectos sociais e econômicos neste momento temos aí um foco em problemas sociais em questionar pontos relacionados a economia e até em relação às injustiças sociais também então nessa fase da literatura brasileira a gente tem uma crítica tanto estética ou seja tanto em relação à a forma a maneira de se produzir e de se apreciar a arte né temos também uma crítica ideológica que é uma crítica ligada mais a questão da ideologia da sociedade do pensamento
da sociedade além disso temos a valorização da vida cotidiana é um traço muito importante aqui essa valorização dos fatos normais da vida dos fatos mais cotidianos até dos fatos mais thrive oi tá ligando assim mais comuns e esses fatos muitas vezes estão ali presente nas obras temos aqui também a oposição ao academicismo e o parnasianismo e isso fica muito forte na primeira e na segunda fase uma crítica assim a as posicionamento mais formal mais pomposo digamos assim que também é muito presente lá no parnasianismo aquela preocupação exagerada com a forma em usar palavras é bem
arranjados o modernismo vem tentar desconstruir esse ideal bom e a divulgação do movimento modernista aconteceu através de revistas entre elas é revista klaxon a revista de antropofagia então temos aí um meio de divulgar que são essas revistas pois bem vamos agora falar sobre a primeira e do modernismo que ficou conhecida também como a fase da geração diving e isso porque foi uma fase que começou oficialmente né com a semana de arte moderna em 1922 então a geração dos anos 20 e que durou até 1930 ficou conhecida como fase eroica porque era justamente aquela fase mais
revolucionária digamos assim mais rebelde e ouvir a construção de grupos entre eles grupo pau brasil o grupo verde-amarelismo ou a escola da anta e o movimento antropofágico uma questão aqui sobre o movimento antropofágico é que ele trazia uma ideia muito interessante que envolve a ideia da antropofagia havia alguns grupos de indígenas que eles costumavam para o pessoal que era o ritual antropofágico ou seja eles comiam outros seres humanos a carne de outros seres humanos mas esse ritual era com o objetivo de adquirir a força a inteligência ou alguma qualidade que aquela outra pessoa tinha então
quando aquele grupo né vence uma guerra em cima do uma disputa eles traziam alguns prisioneiros que eles consideravam fortes que eles consideravam pessoas admiráveis então eles consumiram a carne dessa outra pessoa com esse objetivo não era um ritual para tentar se tornar algo parecido com aquela pessoa para ingerir digamos assim as qualidades daquela daquela pessoa e eu movimentando por fábio faz essa analogia né claro os autores do movimento antropofágico não come é literalmente mesmo outras pessoas mas eles usaram esse nome para trazer a ideia de consumir as qualidades de outra pessoa mas isso era feito
através da arte né através do da influência por exemplo das vanguardas europeias então esse movimento antropofágico da árvore era de assimilar se inspirar nas vanguardas europeias por exemplo mas dá um toque aqui no nosso nacionalismo né não era simplesmente reproduzir a arte europeia mas de usar como certo uma certa inspiração e aí trazer à tona o que essa arte tem de bom mas acrescentar aquilo que o brasil também tem de bom e aí temos um nacionalismo crítico ea valorização das raízes culturais aqui no brasil temos uma linguagem coloquial que é isso agora pouco temos a
valorização de temas cotidianos e urbanos também e também temas sociais e isso claro representavam uma certa ruptura com o passado com que era produzido até então e por último temos aqui uma busca por uma brasilidade ou seja uma música quando era aquele toque vizinho brasileiro digamos assim né daquele tomás que lembra mesmo o brasil e temos a consolidação de uma literatura nacional é uma preocupação muito forte dos modernistas é realmente consolidam a literatura nacional genuinamente brasileira é bom temos aqui uma divisão entre poesia e prosa ou seja temos aqui a produção de obras em formato
de poesia né in poemas em versos e temos a produção de obras em formato de prosa sem ou seja em formato de texto corrido e na poesia temos alguns representantes como mário de andrade oswald de andrade e manuel bandeira menotti del picchia cassiano ricardo e na prosa temos patrícia galvão também conhecida como pago alcântara machado e mário de andrade também aqui produzindo tanto na cozinha quanto na prosa temos aqui algumas obras macunaíma uma obra muito importante muito representativa dessa fase que foi escrita pelo mário de andrade temos também que parque industrial que foi uma obra
escrita por pago a patrícia galvão temos também algumas produções de usamos de andrade e eu trouxe aqui essa que se o pau-brasil vamos seguir para nossa segunda fase conhecida como geração de 30 isso porque o marco oficial dessa fase final 900 e foi em 1930 e seguiu aí até 1945 bom como tem aqui nesse primeiro ponto alguns dos autores dessa fase eles também são considerados neo-realistas porque eles trazem à tona algumas características do lado do movimento realista se você ainda não assistiu o vídeo sobre o realismo dá uma passadinha lá nos vídeos anteriores que você
vai encontrar temos aqui o segundo ponto que diz que além dos temas da primeira fase essa geração também falou sobre questões existenciais questões mais íntimas do ser humano digamos assim então temos a junção de tudo que acontece lá na primeira fase mas esse as e existencial e aí temos um introdução de expressão mais intimista como eu falei de algo mais voltado para o interior do homem e não tanto para a questão social a questão coletiva por exemplo mas há também abordagem dos aspectos sociais aqui como eu falei só que ao acréscimo dessa questão existencial e
intimista temos também alguns temas mais universais é que fala que tem umas mais amplos e mais abrangente não tão pontuais tá temos a concretização da liberdade artística isso significa que enquanto a primeira fase está buscando essa essa renovação nessa liberdade mais artística essa segunda fase e já está ali naquele momento de concretização ele já estão meio que fixados nesse terreno e e com com mais liberdade para produzir muito bem temos também a a liberdade para criarem formas tradicionais apesar dessa conquista né da liberdade artística alguns artistas continuarão produzindo em formas mais tradicionais e isso não
não era impedido tá mas claro que a ideia do movimento modernista era renovar trazer coisas novas e aí temos algumas novas modalidades principalmente em relação a poesia como por exemplo poemas piadas poemas em prosa que uma mistura e bem interessante que une tanto poesia conto prosa mesmo tempo coisas que são considerados um pouco diferente mas que esses artistas aí conseguem fazer essa mistura temos a incorporação do regionalismo também e aí temos o surgimento de um novo tipo de obra que o romance regionalista o ou seja que foca ali nos aspectos de uma determinada região dos
problemas daquela região das pessoas que vivem lá enfim de toda que ambiente regional na poesia temos aqui como representante carlos drummond de andrade murilo mendes a cecília meireles estrutura maravilhosa o jorge de lima o vinícius de moraes que inclusive gostava muito de produzir em formas tradicionais um exemplo disso é a sua vasta produção em forma de soneto e por último temos aqui o mário quintana um poeta que eu também gosto muito de cimo e que vale muito a pena você dar uma olhada nas coisas que ele escreveu na prosa temos aqui o graciliano ramos a
raquel de queiroz que inclusive eu neste uma notinha que ele rodapé para lembrar que dizer a vocês que ela foi a primeira mulher a entrar para academia brasileira e em seguida temos aqui no jorge amado o josé lins do rego e o érico veríssimo e algumas obras de alguns desses artistas que eu acabei de falar para vocês temos aqui o 15 da raquel de queiroz sentimento do mundo carlos drummond de andrade em vidas secas do graciliano ramos vamos agora para a terceira fase que também ficou conhecida como geração de 45 mais uma vez bem sugestivo
porque o marco oficial para essa fase foi o ano de 1945 em 1962 é considerado o fim dessa fase mas será que é o fim do modernismo não testou muito importante pra gente pensar porque o modernismo na verdade há algumas pessoas dizem né aposta na tese de que o modernismo na verdade ele não acabou ele foi se renovando chegou até a nossa e contemporânea então algum desses artistas controlarão produzindo mesmo após 962 e muitas obras de hoje inclusive possuem características do movimento modernista bom e nessa terceira e última fase temos um certo afastamento daquele caráter
mais radical que tinha lá na primeira fase lá no início do movimento é tanto que essa fase essa geração é considerada uma geração pós-modernista ou seja uma coisa que é depois do modernismo tá e alguns inclusive consideram essa terceira fase já como a fase já como a literatura contemporânea na verdade né nesse momento temos um foco maior na prosa né e significa que a coisinha já não é tão assim produzida em comparação com a prosa claro e eu também e aí temos uma prosa urbana temos um prosa regionalista e uma prosa também conhecida como prosa
intimista que uma coisa que começou aparecer lá na fase anterior né que a questão do movimento mais de de expressa ao que está no íntimo essa subjetividade um pouco maior e também temos um certo retorno ao passado ou seja algumas características do parnasianismo aí voltam a aparecer especialmente em relação ao forma mais isso não significa que temos aí eu retorno real do parnasianismo não é a influência né do parnasianismo em alguns pontos e nesse momento também uma atenção maior é dada a linguagem a linguagem é mais trabalhada os escritores pensam sobre o próprio ato de
se comunicar através da linguagem e produzir de se utilizar a linguagem em quem temos também temas sociais humanos e aí mais subjetivos né mas voltados para o interior do ser humano um pouco ligado à questão do caráter intimista por exemplo e essa geração de 45 possui desde dobramentos para a literatura contemporânea tanto que alguns teóricos consideram que esta terceira faz na verdade já é uma literatura contemporânea tá e por último temos aqui a intensificação de temas universais uma tendência que já começou aparecer ali na fase anterior na segunda fase na poesia temos aqui um joão
cabral de melo neto o mário quintana mais uma vez tem a prosa temos o joão guimarães rosa dias gomes clarice lispector maravilhosa ariano suassuna também incrível e alergia fazendo externas convenhamos que modernismo teve ótimos os escritores e ótimas obras também e vale muito a pena você tentar ler pelo menos algumas delas e ir para terminarmos temos aqui algumas obras temos grande sertão veredas do joão guimarães rosa perto do coração selvagem de clarice lispector o ariano suassuna o auto da compadecida inclusive o auto da compadecida também tem o filme muito legal inclusive se você ainda não
assistiu interessante também caso você não tenha lido o livro dá uma olhadinha também e para terminar o nosso vídeo de hoje vamos dar uma olhada aqui em um poema do carlos drummond de andrade que se chama mãos dadas oi e ele diz assim não serei o poeta de um mundo caduco também não cantarei o mundo futuro estou preso à vida e olho meus companheiros estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças entre eles considero a enorme realidade o presente é tão grande não nos afastemos não nos afastemos muito vamos de mãos dadas não serei o cantor de
uma mulher de uma história não direi os suspiros ao anoitecer a paisagem vista da janela não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins o tempo é a minha matéria o tempo presente os homens presentes à vida presente bom então é isso pessoal chegamos ao fim de mais um vídeo espero que você tenha gostado que você tenha aprendido se esse vídeo te ajudou deixe o seu like e também inscreva-se no nosso canal para receber todas as nossas novidades deixa aqui nos comentários suas dúvidas críticas ou sugestões isso
certamente vai nos ajudar bastante então é isso até a próxima e tchau tchau