Da senzala para a favela: a história do racismo no Brasil

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Observatório do Terceiro Setor
No Brasil, sete em cada dez pessoas assassinadas são negras, segundo o Atlas da Violência 2017. E, n...
Video Transcript:
segundo o relatório da anistia internacional em 2017 o brasil liderou o ranking de assassinatos de jovens negros e pessoas da comunidade lgbt para falar sobre o assunto vamos receber no programa professor e apresentador do programa universidades em ciência da rádio usp ricardo alexino ferreira está no ar o observatório do terceiro setor o olhar da cidadania [Música] [Música] ricardo alexino ferreira é professor associado da escola de comunicações e artes da universidade de são paulo também é doutor em ciências da comunicação pela usp com pesquisa olhares negros estudos da percepção crítica de afros descendentes sobre imprensa e
outros meios de comunicação professor é que seja bem vindo ao observatório do terceiro setor eu que agradeço o convite noel e parabéns pelo seu trabalho a cada 23 minutos um negro é morto no país é um absurdo a gente for ver o brasil é um país violento em 2015 havia alguns dados estatísticos mostravam a 60 mil pessoas mortas em atos de de violência então brasil é um país há bastante violento é um país bastante desigual e no entanto a a sociedade brasileira se gaba de ser uma sociedade pacífica uma sociedade integrada então assim o grande
problema do brasil talvez seja esse nela temos várias mazelas mas não assumimos nós temos uma sociedade racista somos somos uma sociedade racista a entendendo que o à existem várias formas de racismo então você tem o racismo a institucional a você tem um racismo que ele estaria a construindo a dentro da das leis como foi caso por exemplo da áfrica do sul que que tinha lá o apartheid então assim nós somos racistas mas há oficialmente politicamente a não ser uns época a a lei inclusive condena o racismo mas o racismo ele já está institucionalizado então muitas
vezes o negro quando vai buscar a uma vaga no mercado de trabalho é ele sofre todo um processo de discriminação que não fica evidente ali que é racismo mas a na essência seria o já faz parte da nossa cultura a origem da violência quando negro nosso país está na escravidão essa gente for ver a aaa essa violência contra o negro começa pelo processo convidam foram quatro séculos de escravizá são então é algo muito historicamente muito longo são 400 anos a nós temos também há a questão de que uma sociedade ela se compõe todo e legitima
esse fato não questiona como sendo algo algo perverso a outro elemento também que a sociedade brasileira qualquer tipo de movimento que vá contra o status quo ela acaba criminalizando que no entanto todos os movimentos sociais na história do brasil a eles são chamados de revoltas rebeliões a é sempre um atentado à contra o status quo a e no entanto a imprensa inclusive traz essa herança nessa pode ver quando a imprensa vai cobrir greve por exemplo de ante mão ela já começa falando aqui a greve é um mal para os própria sociedade motoristas entrem em greve
ela já começa falando milhões até por causa da greve dos motoristas de ônibus dificilmente você vê uma matéria falando motoristas fazem greve por melhores salários né então você tem é esse tipo de pensamento ele já está presente há no imaginário popular e no imaginário também da própria da própria imprensa e nem aí na questão do do negro nem imagina a a abolição acontecer em 1888 é uma boa lição a feita pela princesa isabel que na verdade ela simplesmente assinou um decreto como se não houvesse nenhum tipo de movimento contra o processo da escravidão então ela
ganha os juros em relação a isso é como se ele falasse a libertamos os negros da escravidão quando na verdade não deveria ser isso porque tinha todo o movimento social contra a escravidão então imagina até 1888 indivíduo legalmente era considerado objeto era coisa e ficado hoje é metade da população é negra o próprio diego já ele incorporou esse preconceito deus nós temos algumas fases né da questão de assumir a a a negritude né se a gente for pegar ea o século 20 e início do século 20 a a gente vai ter muitos negros negando a
sua própria a negritude então assim porque o ideal do brasil naquele momento desde a segunda metade do século 19 era tem um país embranquecido né então o ideal que se tinha em poucos anos estimulando aí as relações interraciais vai se ter um país branco ou pelo menos um país à parte com essa é uma das dificuldades das políticas de inclusão a própria parte da parcela parcela da população dele é não sim não se acha negro é professor de política sobre a ser um de a ideais para a gente resolver essa questão do nosso país primeiro
ao brasil se assumir como um país negro é o primeiro país negro no mundo é nigéria logo em seguida vem o brasil em número de indivíduos de indivíduos negros né então a primeira coisa que o brasil se assume como negro que significa se assumir como negro negro eles é estar presente nos meios de comunicação principalmente televisão ele está ali à frente à significa a você ter dentro da publicidade muitos indivíduos negros vendendo produtos são voltados também para ele se você tem uma classe média negra que ela é totalmente excluída então há o que precisaria é
dar visibilidade a esse negro na sociedade brasileira esse negro sempre está atrás de alguma coisa tem um estudo sobre o assunto né amiga o negro está fora da grande mídia está fora das novelas das publicidade em televisão e isso também é um processo de exclusão é o que marca o preconceito que existe em nosso país é isso né ausência do negro eu acho que a ausência do negro no mercado de trabalho aaaah tendo cargos de comando em funções que não são suas funções braçais físicas em funções intelectuais por exemplo a própria universidade de são paulo
ela tem cerca de seis mil professores aaaah e de 6 mil somente 120 professores são negros então assim quando você está falando que é uma sociedade a a segunda o segundo país mais negro do mundo a nós estamos falando de uma universidade de são paulo que a universidade pública que vive de dinheiro de de impostos então vive do dinheiro de toda a população e você tem a somente 120 professores negros é isso chega a ser um absurdo é o sistema de cotas dentro da universidade ele é muito recente começa agora começou agora no vestibular 2018
a ea existe todo um processo de exclusão então enquanto tivermos esse processo em que a elite branca ela ela tem quase que naturalmente privilégios o racismo ele vai pelo sistema de cotas na experiência para mudar esse perfil olhar num dia que somente ele muda não mas já é um grande passo quando a usp ela insere o sistema de cotas né e ainda em 20 anos se espera que a 50% das vagas da universidade sejam para a cotas raciais é uma já é uma grande uma grande esperança mas assim é um processo muito muito lento e
é um processo que precisa mexer com a sociedade como um todo então há desde a abordagem de um policial a uma pessoa negra porque simplesmente por ela ser negra isso já demonstra o processo violento do racismo dentro da sociedade francesa ela está junto com outras iniciativas e precisaria estar junto com outros ativos todas as terças e quintas-feiras ao vivo às 14 horas tem programa de rádio observatório do terceiro setor onde recebemos especialistas que junto com os ouvintes debate os principais temas da atualidade e do terceiro setor você pode ouvir pela rádio trianon m 740 ou
em qualquer lugar no mundo pela internet do seu celular computador ou tablet pelo link que aparece na sua terra voltamos depois do intervalo agora a fia é muito mais que uma escola de negócios e graduação pós-graduação e liguei mestrado e consultoria para empresas isso faz diferença conheça a fia olá eu sou laurel vertida ônibus notícias das nações unidas e do mundo você acompanha na página e nos programas do observatório do terceiro setor parceiro da onu news e para acompanhar diretamente à onu mil em português acesse nossa página e redes sociais até lá [Música] voltamos com
o observatório do terceiro setor o olhar da cidadania agora vamos foi o quadro você conhece onde mostramos histórias de personagens que fizeram a diferença graças à sua luta contra a escravidão o estado do ceará aboliu a escravidão quatro anos antes da lei áurea dragão do mar você conhece o brasil comemora todo dia 13 de maio a abolição da escravidão no país oficializada pela lei áurea em 1888 o que muitos desconhecem que o estado do ceará a abolir a escravidão quatro anos antes da lei áurea e 25 de março de 1884 o então presidente da província
sátiro de oliveira dias declarou a libertação de todos os escravos eu ser ator nando estado primeira a abolir a escravidão no país isso foi possível graças à francisco josé do nascimento também conhecido como dragão do mar o chico da matilde homem de origem humilde jangadeiro e abolicionista teve participação ativa no movimento abolicionista no ceará francisco josé era chefe dos jangadeiros em 1881 convencer os colegas jangadeiros as recusar a transportar para os navios negreiros os escravos vendidos para o sul do brasil a ação repercutiu no país e ganhou a ajuda de outros abolicionista do ceará que
pertencia à elite econômica e intelectual do estado levando o fim da escravidão do estado do ceará um a ação iniciada pelo dragão do mar foi tão importante que angela bush desenhista ítalo brasileiro registrou o fato na capa da revista ilustrada com uma licitação alegórica de francisco nascimento com a seguinte legenda a testa do jangadeiro cearense nascimento impede o tráfego dos escravos da província do ceará vendidos para o sul francisco josé do nascimento um símbolo da resistência popular cearense onde à escravidão e foi homenageado pelo governo do ceará o seu nome dado ao sempre pagam do
mar e arte cultura porque ele e seus colegas realizaram em nome da liberdade em 1881 na praia de iracema várias homenagens foram feitas ao longo da história para o dragão do mar incluindo músicas francisco faleceu em fortaleza dia 5 de março de 1914 entrando para história professor de ensino essa história do gondomar não está nos livros principalmente as não está nos principais livros de história do país pois é inclusive até retomando aquela aquela questão quando a princesa isabel assina tem um livro da américa deu pior que fala a respeito da princesa isabel a princesa isabella
era meio do leite ela não gostava de ser regente ela escreve para a dom pedro 2º muitas cartas falando que ela não suportava mais do que trabalho há o que ela gostava mesmo era de cuidar da casa e ela era muito à chegava às vezes crueldade com os estragos que ela que ela tinha inclusive a as leis a que antecedem a questão a da abolição então ventre livre é e outras leis ela era contra que ela achava que era a precipitação então quando você coloca na história oficial que é essa mulher ela concedeu a abolição
da escravatura é uma tentativa de apagar toda luta que já tinha então por exemplo a própria história do nascimento vai envolver toda a questão do ceará há três anos antes de 1888 1885 você já tem um processo de de abolição acontecendo dentro do país né você já tem várias resistências mas aí a história oficial coloca como sendo aquela mulher que não estava envolvida em absolutamente nenhum processo de a abolição né a ela se torna a a redentor essa iniciativa que aconteceu no ceará influenciou muito né influenciou e influencia muito mais várias outras a outros movimentos
já estava acontecendo no país é era quase inevitável processo de abolição a além da luta interna a tia também há a pressão externa para que o brasil deixar seu país travou crato a mesmo porque era o único país mundo que ainda mantinha o processo escravidão muito bem falando único país no mundo o brasil também nutre um grande preconceito pelo menos a maioria da sua população à população em relação ao público lgbt que acontece com o nosso país que nós falamos tanto que nós somos cordatos que nós somos um povo alegre mas temos uma grande grande
preconceito em relação ao público lgbt porque primeiro sim a que a gente precisa ver aqui o brasil não é um país pacífico não é um país que respeita os direitos humanos nós somos talvez um dos povos mais cruéis do mundo é inclusive assim se mata mais homossexuais mundo do que em países em que a questão da diversidade sexual é reprimida o brasil que mata mais o brasil aqui uma a cada dois dias a uma pessoa trans é morta no brasil é um dado muito importante isso há a violência ea homofobia está pintado e inteligência dessa
violência eu acho que a natureza do brasileiro mesmo a eu não tenho a menor pudor dizer que somos um povo cruel somos um povo muito cru é um povo muito violento um povo muito ignorante então assim a não é possível a gente camuflá isso né a associação das sociedades brasileiras elas precisam ser revistas a porque nós não nos portamos pela pela lei nós não nos portamos pelos direitos humanos ao contrário é o tempo todo se fala mal dos direitos humanos é um movimento direito está reforçando isso então assim a partir do momento que não encararmos
que somos um povo cruel um povo ignorante um povo que não há não desenvolve o pensamento político de fato ea cidadania nada vai ser resolvido e quem evita discutir sua sexualidade que evita discutir a sexualidade e reprime né então assim uma pessoa que coloca sua orientação sexual nela pode pagar um alto preço perdeu emprego a c&a ofendida nas ruas quer dizer é uma constante na realidade brasileira nós temos aí é se contrapor a isso uma parada gay que acontece há muitos anos aqui no brasil até mais de 20 anos já começou explica que essa contradição
olha aí a gente precisa ver da seguinte forma a a apartir o que é ser cidadão no brasil né se é cidadão se você tem alguns a propriedade se você pertence à classe média e você começa o processo da dani cidadão está muito ligado no brasil a idéia de consumidor então por exemplo por que motivo se discute hoje a questão do negro porque você tem uma classe média negra acidente o motivo se discute a questão lgbt que os próprios publicitários reconhecer que a população lgbt ela consome muito ela viaja muito ela consumo dos produtos ela
vai muitos bares principalmente a há aqueles segmentos em que não tem construído a idéia de família de que dá muito trabalho que dá que gasta muito por exemplo você tem uma criança então por exemplo um casal de médicos a heterossexuais por exemplo a que eles fazem eles não viajam muito porque eles querem ter o filho às vezes já têm os filhos e não podem viajar muito um casal homoafetivo por exemplo de médicos ganhando o mesmo salário eles saem viajando mundo afora eles vão consumir eles vão jantar muito fora quer dizer ah e os publicitários começaram
a ver isso há o segmento pt é um segmento consumidor carro respeito ao consumidor não cidade não o cidadão que no entanto a ideia de cidadania ela não chega da mesma forma na periferia quer ter acesso à tecnologia de ponta com um preço justo e assistência técnica e com respeito ao meio ambiente entre o nosso portal e conheça a riniker clique no botão e conhece as vantagens que você ou a sua onde pode ter vamos para um rápido intervalo e voltamos dentro de instantes internacionalizar a economia afeta ao seu emprego pra onde vai o brasil
terá opinião sem análise é só repetição repensam se repetisse pensam se repetisse belezas e tem certeza certeza a informação é importante a análise é fundamental le monde diplomatique brasil independente e crítico [Música] estamos de volta com o programa do observatório do terceiro setor o olhar da cidadania não esqueça todas as quartas feiras às 17 horas tem o programa olhar da cidadania na rádio usp com temas da atualidade e dos direitos humanos anote todas as quartas feiras às 17 horas na rádio usp em são paulo 93,7 fm em ribeirão preto 107,9 fm professor alex hino eu
gostaria de voltar na parada gay é de uns anos pra cá ela não é só uma manifestação cultural na the dos games é do público lgbt em geral mas também ela teve contornos políticos vem de uns tempos pra cá também não era já começa a se preocupar em termos culturais com que está acontecendo com esse público preconceito e ea parada gay todo ano tem um tema não é isso exatamente am eu eu acho que a parada de ela é importante na assim ah mas eu acho que ela era mais interessante nos primeiros anos em que
há a ainda não havia o interesse ela ainda não era retificada tratada como mercadoria como um evento que traz agora um produto ela se tornou um produto ea partir do momento que se torna um produto você tem grandes chances das questões sociais é que um evento desse porte traz eles desaparecerem então a parada gay hoje por exemplo tem um milhão de pessoas três milhões de pessoas a aí fica a questão aqueles três milhões de pessoas estão fazendo o que eles são todos comprometidos a o ela virou uma grande micareta que questões importantes o público lgbt
deve discutir hoje no nosso país em primeiro lugar a questão de cidadania a questão de sobrevivência o segmento lgbt é ele ele está sendo isso terminado a então a cada dois dias você ter pessoas trans cento e sofrendo violência sendo assassinadas em crimes de ódio assim como a população negra da periferia os jovens negros que estão sendo exterminada a pela polícia inclusive a população lgbt também está sendo a externar e à medida em que se fala da questão da igualdade da questão da cidadania cresce também na mesma proporção a homofobia depois nós temos um congresso
que ele está muito marcado a bancadas religiosas na então evangélicas católicas e que acabam emperrando uma série de projetos por exemplo o brasil está muito atrasado na questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo ah ah ah o supremo tribunal federal já disse que não fere a constituição apoia a mas o congresso não criou nenhuma lei nesse sentido então as alternativas têm sido a cada estado vai criando sua própria legislação possibilitando ou não então ah eu acho que a partir do momento que nós temos uma estrutura desse desse tipo fica muito difícil você prevê mudanças
de fato por que tanto ódio porque a nossa história brasileira ela é constituída pelo ódio então você tem uma elite que primeiro o diabo o restante da população brasileira é essa gente ficou foi a elite brasileira a ela não queria nada que pertencesse ao popular ah ah ah isso só vai começar a modificar quando tem a semana de arte moderna de 1922 em que lhe uma elite intelectual branca paulistana resolve levar para dentro dos salões né de de arte a a produção da população a aam e mesmo assim sofre muitos ataques só pra gente ter
uma ideia monteiro lobato por exemplo foi um dos que a fez inúmeras críticas à questão da semana de arte moderna ele achava que era um absurdo que aquilo não era arte então olha para você ver só em 1922 começa a valorizar a arte popular né a mesma sim por uma elite mais consciente que seria uma elite um grupo a ampla onde estã a a mário de andrade tarsila do amaral a e por aí vai durante todo esse processo depois é essa mesma elite ela continua separando aquilo que é popular e aquilo que era o dito
novo ou seja o processo artístico foi interessante mas não houve inclusão do aspecto popular nem a nós temos aí uma elite que a ea classe média se se acha essa elite então nos últimos acontecimentos no país essa essa classe média ela foi extremamente cruel né então ela preferia perder algumas coisas do que é pensar que a população mais pobre pudesse ter acesso então ela criticava pessoas a mais pobres usando avião ela criticava a idéia de de cotas né então assim é uma é uma uma classe média que se acha elite né é bom colocar isso
não é porque é uma é uma classe média que se perdeu emprego vai cair na miséria nem ela nem consegue perceber isso ela defende o tempo todo os interesses dos grupos dominantes naqueles que detém os modos de produção então tem uma sociedade marcada por essas características se torna uma sociedade bastante cruel e eu penso que do jeito que estamos do ponto de vista da política de percepção de mundo a sensação que se tem é um recuo muito grande é um retrocesso é entenda que o negro só consegue uma ascensão econômica e social através do futebol
e do chamamé da música exatos são aquilo que a gente chama de lugares reservados historicamente para o negro é quais são esses lugares que ele pode ter ascensão nessa seria na música entendendo fui entendendo samba entendendo pagode a no esporte entendendo o futebol a aas a são lugares reservados historicamente em que ele não pode a ascender na então por exemplo teria muita estranheza a um intelectual negro cria muito estranha usa por exemplo uma pessoa que toca à música erudita suponhamos negra uma bailarina negra a e por aí vai então assim a esse lugar reservado historicamente
é uma é uma prisão também mesmo no congresso nacional é pouco são os negros que têm mandado seja deputado federal e senador visando aqui é outra coisa gravíssima que tenhamos a representação do negro na política sempre fomos pegar por exemplo a bahia salvador a quantidade de políticos negros é quase mínima a aaa uma salvador é uma cidade por exemplo que parece que destruiu a parte né apesar da produção cultural do negro sem muito forte lá nós temos um outro fenômeno né apropriação cultural daquilo que seria do negro então por exemplo a capoeira por exemplo na
da senda apropriada pela população branco é valorizada e o próprio negro que produz aquilo ele não tem nenhuma representatividade e as crianças negras são as mesmas adotadas aqui na bahia as crianças negras são as que são menos adotadas na e quando são adotadas por uma por um casal branco há como a gente já viu vários casos nela sofrem muito preconceito o professor então no final do programa foi um grande prazer entrevistá lo na última pergunta e o que eu faria a senhora é nesse cenário que se apresentou no nosso programa hoje do que mais o
senhor tem medo eu acho que o maior medo que eu tenho é quando se uma sociedade perde a autoridade eu nem vou dizer empatia por que a empatia eu vou ter alguma comoção com aquilo que é muito próximo do homem alteridade ela vai além eu tenho respeito néon obrigou a luta pelos direitos de pessoas que não têm nada a ver comigo né e uma sociedade que perde a alteridade ela tende a se tornar uma sociedade muito muito cruel como aquela que a gente vê na então você vê o outro não senti nada pelo outro destruir
o outro ea internet têm sido muito nesse sentido nem os discursos de ódio que são colocados então o medo maior que eu tenho é a perda da alteridade essa na narrativa da exclusão é a narrativa da ou a naturalização da exclusão da maldade é da destruição do outro eu acho que uma sociedade que naturaliza tudo isso é uma sociedade precisa ser revisto legal obrigado nesta entrevista o programa do observatório do terceiro setor dessa semana fica por aqui mas para continuar nos acompanhando acesse o nosso portal observatório 3 setor ponto org.br lembrando que o observatório acessado
em 173 países e atinge mais de duas milhões de pessoas todo mês voltaremos na próxima semana com o observatório terceiro setor o olhar da cidadania até o próximo problema
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