Olá a aula de hoje tem como tema A fenomenologia um trajeto de Russell a Heider e tem como referencial teórico o livro ser e tempo de Martin Heider e o livro de minha autoria trabalho artesanal e autenticidade do ser que é resultado da Minha tese de doutorado nesse livro o capítulo sobre o método eu desenvolvo como eu construí o método de pesquisa pensando A fenomenologia desde a proposição de Russo até como essa proposição chegou em heidegger Então nós vamos pensar essa trajetória aí da fenomenologia bom eu vou fazer algumas citações principalmente do livro do Ryder
tempo né Foi de muito Russel nascido em 1859 morto em 1938 só para Recordar né foi edmund Russel Quem fundou as bases da fenomenologia como ciência e como corrente filosófica e como método de investigação científica A fenomenologia em russo traz o seguinte morte que é uma fala muito recorrente do rosto ficou conhecida voltar as coisas mesmas por meio da fenomenologia nós enfrentamos nós pretendemos voltar a coisa a mesma Isto é observar o fenômeno tal como ele se mostra olhar as coisas tais como ela ela se apresentam ao olhar de quem investiga para que isso aconteça
é preciso se libertar dos preconceitos que são alheios a coisa mesmo mais uma proposição de Russel é preciso suspender o juízo essa palavra epoque vai aparecer com bastante frequência na nos textos de Russel e de heidegger é preciso se libertar de todas as compreensões a priorísticas para se fixar o olhar no Fenômeno Para que ele se mostre tal como se mostra e para que nós possamos perceber isso né portanto A fenomenologia procura libertar o olhar das concepções previamente dadas fixando o nosso olhar nos fenômenos que aparecem os fenômenos propriamente Esse é o objetivo da fenomenologia
Eu tenho um vídeo anterior que fala da fenomenologia em Russel então acredito que quem já viu esse vídeo já está um pouco familiarizado com a ideia da fenomenologia né por meio da fenomenologia Russo ambicionava formular uma teoria do conhecimento que propõe uma relação qual seja a relação entre o código e o cogitado o que que é o código mesmo é o homem do jeito o investigador o a consciência que observa Ou seja eu a pesquisadora ou a pessoa que observa e o que que é o cogitado são as coisas do mundo são as coisas para
as quais Eu dirijo o meu olhar então o encontro entre esse cogito e esse coditaton Russel denomina como intencionalidade intencionalidade seria o elo entre o sujeito e o objeto sendo a intencionalidade compreendida como toda consciência é consciência de alguma coisa então recordando né o seu compreende que a consciência não é por exemplo um mecanismo que funciona por si mesmo ou um buraco no vácuo a consciência ela só existe a partir do encontro dela com o objeto a consciência sempre está preenchida por alguma coisa a consciência portanto estaria necessariamente voltada para um objeto dito de outra
maneira a consciência só é consciência a partir de sua relação com o objeto até aqui nós estamos falando de Rússia para se alcançar o conhecimento deve-se então proceder a redução fenomenológica ou seja deve-se suspender o juízo Essa é a ideia da epoc essa ideia da epoc é a ideia de colocar entre parênteses tudo que eu sei a prioristicamente e concentrar a atenção na coisa mesmo aquilo que me aparece que aparece ao meu olhar de observador esse cogito que observa a orientação da fenomenologia de Russo consiste por tanto em buscar o absoluto das coisas Ou seja
a sua essência então Russel Por meio dessa investigação fenomenológica por meio da intencionalidade ele almeja alcançar a essência das coisas na nossa consciência no encontro com as coisas precisa encontrar a essência bom É nesse ponto que o pensamento de Raider Diverge da proposição de Russo vamos ver a seguir alguns pontos de divergência entre Rússia e Raider ou melhor concordou até certo ponto e depois passou a ter um pensamento com alguns pontos de divergência né então compreendemos que as concepções de Russel e Raiden sobre A fenomenologia seguem em acordo até determinado ponto a partir do conceito
de essência surgem as divergências enquanto Russel buscava uma essência estável no ser das coisas a respeito das aparências superficiais e das modificações temporais Rider propõe que essas modificações temporais elas mesmas constituem o ser das coisas então vemos aqui duas formas diferentes de olhar né Russel considera que é possível captar a essência Mais Ninguém está falando especificamente desse ente que tem em si mesmo o poder de debruçar-se sobre si mesmo questionar a si mesmo e tem o poder de ser eficiente é o Darzan né é o homem somos nós é humano somos nós então é nesse
dasa nesse ser aí não existe Essência estável né a essência é propriamente o fluxo de existir o ser do darsen encontra seu sentido na própria temporalidade e por isso A análise do dasam é sempre incompleta e provisória uma vez que esse dazem nunca está completo heidegger rejeita então uma proposta roseliana de essência e de substância pois considera que o próprio conceito de essência até então compreendido né prever uma permanência fixidez dos fenômenos hora se o fenômeno se caracteriza justamente pelo movimento logo não há permanência e tão pouco pode haver Essência só aqui né gente tendo
atenção de entender que heidegger e também posteriormente Jean Paul Sartre eles encontraram uma outra forma de compreender a palavra Essência né eles compreendem a palavra Essência como puro movimento de existir mas antes desses dois autores da fenomenologia existencialismo entendia se a essência sempre como algo fixo como uma substância dada né E é isso que harding está querendo o seu por aqui em russo ao mesmo tempo em que aponta o esquecimento do ser como a grande insuficiência do pensamento ocidental Ele toma para si a tarefa de resgatar a investigação do sentido do ser e ele assegura
que essa investigação só pode ser aprendida na Perspectiva do tempo ou melhor o ser né a investigação do ser o ser só pode ser compreendido na Perspectiva do tempo ou seja no fluir de sua existência para definir A fenomenologia hidegger até certo ponto se mantém em consonância com Rússia e ele diz voltemos as coisas mesmo e essas coisas são os fenômenos enquanto Russell havia postulado que os fenômenos são as coisas que se mostram heidegger sustenta essa proposição Ok os fenômenos são as coisas que se mostram mas ele faz um acréscimo aqui as os fenômenos são
também as coisas que parecem ser aqui mais um ponto de divergência entre Rússia e Rider Tá russo eu considero que os fenômenos são os fenômenos são as coisas que aparecem ao olhar de quem investiga enquanto Heider considera que existem coisas que parecem ser que mostram alguma coisa mas esses fenômenos não revela no sentido do ser por isso os fenômenos também podem cobrir tá a diferença é que Russell compreende que os fenômenos revelam a essência das coisas Heineken considera que sim os fenômenos podem revelar essa esse fluir da existência mas os fenômenos podem também aparecer como
algo que encobre esse modo de aparência eu coloco aparências entre aspas porque é uma terminologia muito usada por hider tá esse modo de aparência concede ao fenômeno a possibilidade do não não se mostrar do ser por meio dessa aparência o ser não se mostra você é encoberto ele não se revela então é uma observação que o hider faz e que é importante para nós psicólogos porque nós precisamos entender essa pessoa que nós estamos nte dela para algum tipo de intervenção psicológica seja Clínica seja outra intervenção que muitas vezes o que aparece primeiro está encobrindo algo
que era mais importante esse fenômeno que diz respeito ao sentido do ser bom aqui eu vou citar um fragmento de heidegger ele diz assim o a aparência pode se manifestar pelo anunciar-se de algo que não se mostra por algo que se mostra Então se fecha aspas seria uma maneira de não mostrar né o fenômeno pode também não mostrar então a gente pensa sintomas e símbolos muitas vezes podem ser exemplos de fenômenos que aparecem como forma de não mostrar algo que seria mais fundamental algo que revelaria esse sentido do ser desse humano E no entanto não
deixam de ser fenômenos isso geralmente são aqueles que se mostram a princípio o problema porém apontado por Heider é que o fenômeno que se mostra ao modo da aparência ao invés de revelar encobre o sentido do ser e o que nós buscamos em psicologia fenomenológica é o sentido do ser essa consideração de Hide que revela a existência de uma dificuldade a mais para a investigação fenomenológica não basta voltar à atenção para o fenômeno é preciso identificar se esse fenômeno revela ou encobre o sentido do ser Então precisamos ter isso em mente A fenomenologia em heidegger
não se encarrega apenas de fazer ver a partir de si mesmo o fenômeno o que se mostra tal como se mostra e por si mesmo se mostra não que essa proposição esteja incorreta mas heidegger a considera incompleta o justo complemento seria A fenomenologia Deve ser encarregar não apenas de mostrar o fenômeno mas de interpretar o fenômeno que aparece então em Raider nós temos aqui essa palavra interpretação a interpretação do fenômeno e o filósofo ele compreende que essa interpretação ela ocorre ao modo da hermenêutica também é uma palavra que aparece com frequência nos textos de hard
sobretudo se ele tem nesse sentido A fenomenologia se apresenta como uma hermenêutica tal como indicada pelo próprio Rider aqui um fragmento de Raider abre aspas A fenomenologia do darsen é uma hermenêutica na significação originária da palavra que designa a tarefa da interpretação Então essa palavra hermenêutica ela significa a tarefa da interpretação o conceito de hermenêutica é introduzido no campo de compreensão de Heider pois ele considera que a tarefa da fenomenologia consiste em olhar visar e mostrar o fenômeno mas também em interpretar e compreender esse fenômeno tá mais uma vez pontuando aqui a diferença entre Rússia
e Harley se eu tinha proposto que a tarefa da fenomenologia é olhar avisar mostrar Heider concorda mas diz que isso não é suficiente é preciso também interpretar e compreender então para finalizar minha aula o ato de compreender o fenômeno alcance em hidegger o sentido de desvelamento mas uma palavra muito usada por Hyper desvelamento como um colocar o fenômeno em exposição um retirar o véu que encobria esse tal fenômeno Então essa palavra desvelar significa tirar o véu de cima de tal maneira que já não prevaleça o modo da aparência aquele modo das coisas que parecem ser
E que se disfarçam mas que seja revelado o próprio sentido do ser é isso que A fenomenologia em heidegger busca e se propõe e os psicólogos que seguem essa proposição heideriana vão também buscar entender esse sentido do ser do darsen que se apresenta a aula de hoje fica por aqui até a próxima aula