[Música] Christus Christus vna chrus krus [Música] Pai do Filho e do Espírito Santo, amém. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós. São José, rogai por nós. Do Pai, Filho e do Espírito Santo. Amém. Salve Maria. Eh, então comentar a respeito da temática bastante importante: a devoção a São José. Só um detalhe: essa imagem bonita, né?
P tá no oratório de São José em Montreal, no Canadá, que lá tem a maior igreja do mundo dedicada a São José e a maior igreja do Canadá também. Vai ter uma breve introdução com os motivos e o objetivo dessa aula. A seguir, eu vou tentar mostrar a necessidade da devoção a São José. Vou citar algumas devoções já praticadas em honra ao santo e, por fim, eu vou tratar especificamente da devoção às dores e alegrias de São José, contando um pouco sobre a origem dessa devoção e analisando especificamente nesta aula aqui só a primeira dor
e a primeira alegria de São José. Os dados dessa aula eu me baseei em um livro de São João Bosco. Esse livro aqui de São João Bosco conhece a vida de São José. São João Bosco escreveu esse livrinho com 22 capítulos, principalmente esse livro, e também alguns sites voltados para esse assunto, como os oblatos de São José, com a tradição deles, né? Um boletim dos Salesianos online que é do próprio Oratório Salesiano São Francisco de Sales, lá de Turim, e o movimento Josefino também italiano, entre outros. E com o objetivo dessa aula, eu vou ser
um pouco ousado e vou ter o mesmo objetivo que São João escreve aqui no final do prefácio que ele teve com a escrita desse livrinho. Diz ele: "Se a leitura desse livreto servir para conseguir mais um devoto para o CRO, esposo de Maria, estaremos abundantemente satisfeitos." Então, assim, se no final dessa aula aqui alguém tiver a mínima disposição para ter devoção a São José, também já vai estar pago todo o esforço, não meu, mas do nosso amigo aqui para até essa aula. E então, para instigar logo essa devoção de vocês, para que logo vocês sejam
devotos, eu vou mostrar que essa devoção não é como as devoções que a gente costuma ter, que, sei lá, né, a mocinha tenta você lá Santo Antônio e essas coisas assim, né? Ou alguém, sei lá, várias emoções que a gente vai tendo de acordo com a nossa característica ou nosso onomástico. Assim, a gente vai ter, em geral, devoção pro nosso santo onomástico. Mas, no caso de São José, como Nossa Senhora, não tem escolha, né? E eu vou tentar mostrar isso. A gente normalmente não costuma pensar assim, mas a gente deve pensar assim. Ninguém questiona a
necessidade da devoção a Nossa Senhora; a Nossa Senhora também, a São José, isso não deveria ser questionado e deveria, sim, ter todo mundo a devoção a ele. E para mostrar que isso realmente é verdade e importante, eu vou usar logo um argumento de autoridade. Não a minha, claro, né? Autoridade nenhuma, mas dos santos ao longo da história. Muitos santos, os principais que a gente conhece, foram devotos de São José. Eu vou, para não me deter muito e não demorar muito nas citações, começar logo com São Tomás, que disse: "Há muitos santos a quem Deus deu
o poder de nos ajudar nas necessidades da vida, mas o poder que foi dado a São José não tem limites e se estende a todas as nossas necessidades. E todos aqueles que o invocam com confiança serão certamente ouvidos." Depois, Santa Margarida de Cortona, que viveu na segunda metade do século XI, e depois de uma vida... não sei quantos aqui conhecem a história de Santa Margarida de Cortona. Vejam que na ilustração ela está sempre representada com esse cachorrinho e uma caveira, ali, com crânio, né? Com nosso Senhor, porque ela teve que fazer muita penitência. Coitada, é
muito nova; criança ainda. Ela perdeu a mãe e o pai casou de novo. A madrasta dela não gostava e ela estava muito mal. Na adolescência, começou a abandonar Deus e, coitada, se amasiou com um namoradinho lá que era rico, tinha muitas posses, e foram viver juntos. Ela teve um filho que até depois... esse filho vai ser franciscano. Mas, num dia, esse namorado dela, esse amasiado, saiu para uma disputa sobre as terras dele, sobre as propriedades dele, e ele foi assassinado nessa disputa. Ela demorou para descobrir, porque ele não voltava, ficou uns três dias sem saber
do paradeiro dele. Até que esse cachorrinho, por isso que ela é representada com esse cachorrinho, que acompanhava o companheiro, voltou e levou a Santa Margarida até o local onde estava o corpo, já em putrefação. Ela teve uma luz, se arrependeu na hora da vida que levava. Eh, voltou pra casa do pai e pediu perdão, etc. E, para mostrar o arrependimento dela, ela colocou uma corda no pescoço e entrou na igreja para mostrar que a cidade toda conhecia a vida dela. Então, para mostrar esse arrependimento, a madrasta dela ficou furiosa, pediu pro pai dela tirá-la da
igreja e tal, isso quase fez com que ela voltasse à vida que estava levando. Mas aí ela pediu ajuda pros franciscanos, eles concordaram, ajudaram, e só que eles, antes de admiti-la... Totalmente falaram que vai passar 3 anos fazendo penitência, e ela aceitou completamente. Foi além; ela fazia tanta penitência que eles precisaram até frear um pouco, porque ela estava fazendo mais do que devia. Com isso, com essa vida convertida de verdade, de coração, ela começou a ter a graça de Deus, visões, e recebeu a visita do anjo da guarda. Em uma dessas visitas, falava constantemente com
nosso Senhor, e aí, numa dessas visitas, nosso Senhor falou para ela: "Eu quero que, a cada dia, pratiques algum obséquio especial ao meu amantíssimo Pai, nutriço São José." Então, não é pouca coisa. Acredito que a mais conhecida é Santa Teresa de Ávila, né? Santa Teresa de Jesus, conhecida que eu digo entre os santos, era a que tinha devoção a São José. Parece que de quase todos os conventos que ela fundou, ela dedicou a São José, né? Pelo menos 11, eu sei que sim. Então, peço licença para ler mais algumas frases além das que estão aí.
Ela diz: "Tomei por meu advogado e Senhor glorioso, José, e a ele me confiei com fervor. Descobri que este meu Pai e Senhor me libertou tanto deste problema a que se referia, bem como de outros problemas maiores, relacionados à minha honra e à perda de minha alma, e que me deu bênçãos maiores do que eu poderia pedir." Não sei como, isso aqui é impressionante! Não sei como alguém pode pensar na Rainha dos Anjos no tempo em que ela tanto sofreu com o Menino Jesus sem agradecer a São José pela forma como os ajudou. Quer dizer,
a gente, quando alguém faz alguma coisa além do que deveria, a gente agradece muito, né, pela pessoa, por salvar a vida, alguma coisa. E aí ela fala que não consegue entender como uma pessoa não esquece de agradecer a São José por isso. E, por fim, peço apenas que, pelo amor de Deus, quem não me crer faça prova e verá por experiência como é benéfico confiar-se a este glorioso Patriarca e ser devoto. E isso não é tudo, né? Numa das suas visões, ela também tinha visões; ela conta que sentiu alguém colocando sobre os seus ombros uma
veste muito branca, um manto. Ela não tinha visto ainda quem era, depois percebeu que era Nossa Senhora, estava do lado direito, e São José, do lado esquerdo. Ela continua: "Tive a impressão de que Nossa Senhora tomava minhas mãos, dizendo-me que lhe dava muito contentamento ver-me servir ao glorioso São José." Ou seja, além de nosso Senhor, também Nossa Senhora fica muito contente com quem é devoto a ele; não pode ser diferente, né? Um mais chegado a nós, que a gente mais conhece, é São João Bosco também. Ele foi um grande devoto de São José. Ele dizia
aos meninos: "Desejo que todos vocês se coloquem sob a sua proteção. Se vocês rezarem de coração, ele vos obterá qualquer graça, seja espiritual, seja temporal, daquelas que possais mais necessitar." Ele se apoiava em Santa Teresa, também dizendo que entre as práticas de piedade a este grande Patriarca, esposo de Maria, pai adotivo e guarda de Jesus Cristo, Santa Teresa muito recomenda, como eficaz para obter a sua proteção, a dedicação a ele do mês de março, no qual ocorre a sua festa. São João Bosco dedicou um altar lateral lá na Basílica Maria Auxiliadora. Lembra disso? Parquinho, já
teve lá para lembrar desse altar. Ele encomendou esse quadro que está nesse altar ao famoso pintor Lorenzoni. E aí conta-se que quando foi inaugurar esse quadro, estava lá cheia, né? Brasília, todos os alunos, clérigos, amigos, e ao se retirar o pano que cobria a imagem, houve uma comoção geral, porque realmente é uma imagem muito bonita, né? Então, todo mundo pela beleza dos traços, da delicadeza do Menino Jesus, também da afeição, do semblante meigo de Nossa Senhora, né? Vendo a cena, logo quiseram saber o significado das rosas que o Menino Jesus tirava da cestinha e passava
para São José, e São José deixava cair sobre a Basílica e sobre o oratório de Valdo, que estão ali representados aqui embaixo, como eles eram na época, né? Então, alguém se adianta e fala que sim, as rosas são as graças que Deus concede para nós aqui, né? São João Bosco concordou e disse ainda mais: "As rosas brancas e vermelhas são as graças que Deus nos concede. As rosas vermelhas, aquelas que são acompanhadas de dores, sofrimentos e sacrifícios, também vêm de Deus e são as melhores." Então, rapidamente, essa introdução queria fazer mostrando como é necessária essa
devoção a São José. E agora a gente passa para algumas práticas já conhecidas que se têm a São José. Como eu falei, os que são devotos de São José podem ter várias práticas, como orações. Costumam fazer a ele, né? Novenas a São José, terço de São José. Muitas delas são ligadas a essa própria devoção das dores, são lembradas, né? As dores e alegrias de São José. Uma bastante conhecida que também está ligada a essas dores e alegrias é o cordão ou símbolo de São José, né? Talvez aqui muita gente já use esse cordão. A história
é rapidamente essa: uma religiosa da Bélgica, Isabel, ela sofria do mal da pedra e já tinha sido atendida; os médicos já tinham esgotado o tratamento, falaram para ela que, infelizmente, não havia mais tratamento. As pessoas morriam naquela época. Sei o que é, 1650, as pessoas morriam disso, porque ou você tira essa pedra daí... Hoje tem tratamento, né? Com laser, bombardear, ou vai mesmo fazer uma cirurgia. Você tira essa pedra, o seu rim vai parar de funcionar. Se forem os dois, não filtram mais o seu sangue e você morre, obviamente. Então, naquele tempo, as pessoas morriam.
Então, os médicos disseram: "Não tem mais tratamento". Ela tinha um cordão vinho, já por um padre. Ela teve a ideia de se singir com esse cordão e, depois de alguns dias, ela, rezando diante da imagem de São José, teve intensas dores. Aí, repentinamente, as dores cessaram e ela se livrou de uma pedra grande, uma pedra grande, né, de grandes dimensões. E aqueles que já estavam acostumados com ela há semanas e meses com essa dor confirmaram que tinha sido uma recuperação milagrosa, de repente e para sempre. E foi feito um laudo elaborado por um notário público,
e o médico, assinando, atestou que realmente não tinha como aquilo ter acontecido se não fosse por um milagre. Depois de 200 anos, isso daí foi ser divulgado e aí passou a haver mais devoção por esse cordão. Hoje em dia, se encontra facilmente o cordão, que tem que ser um cordão branco de linho ou algodão. Com esses, se faz esses seis nós, sete nós, numa das pontas e pode usar. Cido, então, na cintura, tem pulseira, pode usar cordão aqui, alguma coisa, travesseiro, na carteira, de várias formas. Colocar por parte doente, com uma doença, coloca cordão em
contato com essa pessoa e muita gente experimenta a cura. Agora, falando especificamente da nossa aula, temos também as devoções às dores e alegrias de São José, que, como eu falei, estão relacionadas com várias dessas outras práticas citadas anteriormente. Resumidamente, quais são as dores e alegrias de São José? Então, a primeira dor teria sido ele ter que abandonar Nossa Senhora quando soube da gravidez dela e, depois, logo em seguida, a alegria que ele teve por saber pelo anjo que Nossa Senhora havia concebido do Espírito Santo. Depois, a dor que ele teve por não encontrar lugar para
Nossa Senhora ter o menino Jesus. Então, ele nasceu num lugar extremamente pobre, lugar onde os animais ficavam. Depois, estando nesse lugar durante a noite, claro, estando o menino Deus lá, vieram os anjos na corte celeste inteira adorar o menino e São José participou disso; teve essa alegria. Depois, a dor do derramamento do sangue do menino, nascido com circuncisão, que era obrigatório entre os judeus. Mas a alegria que ele teve ao impor ao menino o nome de Jesus, que era o Salvador. Depois, ele teve uma dor quando aconteceu essa prisão no oitavo dia, né? Depois, em
40 dias, havia a cerimônia da purificação, que Nossa Senhora, mesmo não precisando, se submeteu. E quando eles encontram o Profeta Simeão, ele diz que eles vão sofrer muito, quer dizer, que Nossa Senhora e o menino terão um grande sofrimento por conta da Paixão de Nosso Senhor. Mas, na mesma profecia, ele fica sabendo que isso qual era a necessidade disso: a salvação dos homens. Então, isso dá uma alegria para ele. Logo depois, ele tem a dor por ter que fugir rapidamente para o Egito para salvar a vida ameaçada do menino Jesus por conta da ordem de
Herodes. Mas alegria, isso não consta na Sagrada Escritura, mas a tradição conta: a alegria de ver, quando eles passaram, que entraram no Egito, que os ídolos egípcios eram derrubados, eram destruídos diante da presença do menino. Depois, o anjo avisou que Herodes havia morrido, então eles podiam voltar para Israel. Então, quer dizer, por que seria uma alegria voltar para casa? Mas havia dor porque ele soube que quem tinha assumido o poder era Arquelau, filho de Herodes, que era mais cruel do que o pai dele. Então, isso causou dor a São José, mas, pelo anjo, ele recebeu
a ordem de ir para Nazaré e a alegria de viver em paz com a Virgem e o menino o resto da vida. Depois, a última dor, que foi a perda do menino por três dias, eles tiveram que procurar Nossa Senhora e São José quando ele tinha 12 anos, né? A perda de Jesus no templo. E depois, a alegria de reencontrá-lo no templo, entre os doutores. O menino ficou submisso a ele e aos pais, né? Ele e Nossa Senhora. Então, essas, resumidamente, são as dores e alegrias de São José. Agora, a gente vai ver, como eu
disse, a origem, de onde vem essa devoção. O relato mais antigo que se tem sobre a devoção a essas dores e essas alegrias está contado num livro desse frade capuchinho Giovan dafan. Ele foi um dos primeiros da ordem dos Capuchinhos e ele escreveu este livro "História de São José e sua Intercessão". E, nesse livro, ele conta o relato de dois frades franciscanos que, juntamente, estavam navegando na costa da Bélgica, ali, juntamente com outras 300 pessoas no navio. E uma enorme tempestade afundou o navio. Só que eles, por milagre, conseguiram se segurar em alguns destroços do
navio e ficaram por ali durante três dias e três noites. Como eles eram devotos de São José, recorriam, né, rezavam para ele pela intercessão dele o tempo todo. Até que, no final desses três dias, eles viram, vindo, um jovem robusto, elegante, que ficava andando nas águas, né, e se aproximou deles. Eles ficaram abismados e esse jovem ofereceu ajuda a eles, dizendo que iria levá-los a salvo até a praia. Foi o que ele fez, e lá chegando, os ajudou. Completamente, né? Três dias exaustos, quiseram saber quem era; quem era ele e o que poderiam fazer para
agradecer e para retribuir a salvação da vida deles, né? O que ele tinha feito. Então o jovem diz: "Eu sou José, esposo de Maria e par cativo de Jesus. Se quereis agradecer-me, a fazer alguma coisa que me seja agradável, não deixeis de rezar todos os dias e, devotamente, sete Ave Marias, sete vezes o Pai Nosso e sete vezes Ave Maria em memória das setenta e duas com as quais a minha alma foi afligida na terra e eu, em memória das sete alegrias que consolaram o meu coração quando vivi no mundo com Jesus e Maria." Então,
a gente já tinha nosso Senhor, pedia alguma coisa para o pai, e todos os dias, pois Nossa Senhora falava que ficava muito contente com a devoção que se tinha ao seu esposo. Agora, o próprio São José pedindo para se ter essa devoção pelas dores e pelas alegrias dele. Depois, essa história, essa origem das devoções surge de novo nesse livro "Sumário das Excelências do Glorioso São José, Esposo de Maria Santíssima". Esse frei Jerônimo Graciano, da mãe de Jesus, da mãe de Deus, foi grande amigo de Santa Teresa, conselheiro dela e confessor. Ele foi o primeiro provincial
das carmelitas descalças. E, aí, por questões internas, políticas de liderança, ele acabou sendo expulso porque apoiava a reforma que Santa Teresa queria fazer. Ele acabou sendo expulso da ordem; até foi recorrer ao Papa, mas o Papa quis saber, ele acabou sendo vendido como escravo. Por isso que ele é representado com essas correntes; ele teve que trabalhar para comprar a própria liberdade e, depois, comprou a liberdade de vários amigos, de vários religiosos que estavam com ele. Então, ele é representado dessa forma, mas assim, em 1991, veio a reabilitação dele, nesse tempo; a reabilitação dele foi aprovada
e o início da beatificação em 2005. Parece que teve um santo; esse homem, aí, nesse livro aqui, é um livro dividido em cinco partes, com cinco capítulos cada um. Ele discorre sobre 25 excelências de São José. Eu acho que é um livro que vale bastante a pena; eu já consegui esse livro, vale bastante a pena, e talvez dar uma aula sobre isso, sobre as excelências de São José. Por fim, essa formulação que a gente conhece - quem já pratica essa devoção das setenta e duas alegrias de São José - essa formulação atual que a gente
conhece foi feita por esse padre redentorista e amigo de Santo Afonso, o Genaro Sarnelli. A primeira dor e a primeira alegria têm a seguinte redação: "Ó esposo puríssimo de Maria Santíssima, glorioso São José, assim como foi grande a amargura de vosso coração na perplexidade de abandonares a vossa castíssima esposa, assim foi invisível a vossa alegria quando, pelo anjo, vos foi revelado o soberano mistério da Encarnação." Aí, ele sempre junta um pedido a São José por essa tristeza e por esta alegria: "Vos pedimos a graça de consolar agora, nas extremas dores, a nossa alma com a
alegria de uma vida justa e de uma santa morte, semelhante à vossa, assistidos por Jesus e por Maria." E depois reza assim: o Pai Nosso, uma Ave Maria, um Glória, após cada dor e alegria. Assim segue. Eu não vou ler as outras; já resumi para vocês quais são as dores e as alegrias, mas hoje a gente vai se deter em analisar um pouco essa primeira dor e essa primeira alegria de São José. Por que ele teve essa dor e alegria? Vamos ver nas Escrituras. A passagem relacionada à primeira dor diz assim: "A geração de Jesus
Cristo foi deste modo: estando Maria, sua mãe, desposada com José, achou-se ter concebido por obra do Espírito Santo antes de coabitar. José, seu esposo, sendo justo e não a querendo difamar, resolveu repudiá-la secretamente." Isso aí está no Evangelho de São Mateus, capítulo 1, versículo 18 a 19. Eu coloquei essa indicação desse site; todas as citações que eu fizer da Sagrada Escritura vão ter sido tiradas da Vulgata online. Recomendo muito, quem não conhece, tenha interesse e precise consultar Escritura; esse é um site excelente. Essa versão aqui que eu peguei é do padre Soares, mas ainda há
outras quatro versões: no inglês, no francês, no espanhol e em latim, todas confiáveis, tá? E o leitor pode fazer comentários no próprio site, fazendo indicações; é excelente. Esse site. Então, sempre que eu tiver uma citação, vai ser desse site aqui. Agora, então, para entender o porquê dessa dor de São José, vamos fazer algumas considerações sobre o casamento entre São José e Nossa Senhora. E essas considerações eu tirei justamente desse livro aqui, que é de São João Bosco. Ele diz que já havia outros livros na época, mas que não atendiam ao objetivo dele de tratar de
algo mais devocional; livros muito compridos, com muita teoria, eram muito volumosos, como ele diz, que não atendiam. Então, ele diz o seguinte: "Portanto, reunimos do Evangelho e de alguns dos autores mais avaliados as principais informações sobre a vida desse santo, com algumas reflexões apropriadas dos Santos Padres." Então, a base dele é essa daí. Esperamos que a veracidade da narrativa, a simplicidade do estilo e a autenticidade das informações tornem agradável esse pequeno esforço. Então, o que ele conta do casamento de Nossa Senhora e São José? Nossa Senhora tinha sido deixada pelos pais, São Joaquim e Ana.
Santa Ana, muito cedo no templo, pelos sacerdotes, passou da criação dela. Quando criança, ainda por menos de 3 anos, e provavelmente logo depois, eles faleceram, quando Nossa Senhora atingiu a idade de 14 anos, que é quando as meninas judias têm idade de casar. Os sacerdotes resolveram que ela precisava arrumar um casamento, um pretendente para casar com ela. Eles sabiam do voto de castidade dela; ela tinha um voto de castidade formal e eles sabiam. Então, o sacerdote foi rezar e agora, né, quer dizer, vamos ver o que Deus quer. Então, porque ela falou para ele isso
daí, ele disse: "A gente sabe, mas vamos ver o que Deus quer que se faça." Ele rezou e Deus falou para ele: "Convoque todos os rapazes, todos os homens da Casa de Davi que estejam em idade de contrair matrimônio. Peça para que tragam uma vara, uma vara de amendoeira." Então, os jovens foram para lá, inclusive São José, apesar de não ser tão jovem entre eles, né? São João diz que São José deveria ter uns 50 anos, jovem, né? Eu acho, mas não essa imagem; ele era um jovem maduro. Então, esses jovens foram lá da Casa
de Davi, porque tinha que manter isso lá, um casamento para ela. Como ela era da Casa de Davi, também tinha que ser da mesma linhagem. Apresentaram, então, o sacerdote pegou as varas e colocou no Santo dos Santos, dentro do lugar sagrado, e falou: "Vocês voltem amanhã. O cajado, a vara que tiver florido, esse será o escolhido." Quando voltaram no dia seguinte, todo mundo querendo saber, o sacerdote entrou lá para ver quem tinha sido escolhido. Nenhuma tinha florescido; ele ficou desesperado: "Meu Deus, o que eu fiz? Não entendi direito o que o Senhor quer!" Rezou de
novo. Aí Deus falou com ele: "Não, não é o problema. O problema foi que alguém não apresentou a vara," São José, né? Então ele saiu e aí, dentre os rapazes, os homens que estavam ali, percebeu o jeito de São José. Perguntou porque ele não tinha apresentado e São José mostrou; falou para ele o motivo: que ele também tinha um voto de castidade e que, além disso, ele não se achava digno de dispor daquela jovenzinha, aquela brava. Então, o sacerdote percebeu a virtude de São José, a humildade dele, né? E também garantiu para ele que não
se preocupasse, que se fosse da vontade de Deus, "só para não se preocupar." Então, dessa vez, São José apresentou a vara e foi lá de novo. Voltaram no dia seguinte, obviamente a vara de São José estava florida com as flores da amendoeira, né? O que é interessante aqui na amendoeira, vou ter que fazer um parêntese aqui, porque como a gente pensa: "Ah, mas e daí? Amendoeira podia ser, sei lá, macieira, qualquer coisa." Não é à toa, né? Quer dizer, está lá que é amendoeira, então tem um detalhe nas escrituras. Essa importância de falar um pouco
dessa relação dessa planta com essa eleição de São José. A amendoeira é citada na escritura algumas vezes, tanto pelo seu valor natural quanto por alguma relação espiritual. Seja em relação às coisas de Deus, que Ele manda adornar ou mesmo, como no caso de São José, por escolha. Existem outros casos na sagrada escritura. Vou mostrar para vocês. Esse que vocês estão vendo são exemplares dessa planta e tem como o texto diz, um símbolo bonito, né? O que se diz é que, quando as montanhas, que têm essas plantações de amendoeira, ficam com essa floração, são completamente brancas,
como se tivesse nevado. E o que representa o envelhecimento, né? Junto com o que traz a sabedoria. Junto com os cabelos brancos, vem a sabedoria, né? E eu queria mostrar para vocês, então, as citações na sagrada escritura que falam da amêndoa ou da amendoeira. Em Gênesis 43:11, quando os irmãos de José voltaram... Eles foram uma vez, aí José do Egito reconheceu, e aí falou para eles: "Nada, vocês não têm nada." Quis saber do pai deles, se estava vivo ainda, o outro irmão dele, mais jovem, que não tinha ido. Se vocês quiserem alguma coisa, vocês voltam
aqui com o irmão de vocês mais novo. Então, agora, muito dura, eles voltaram, morrendo de medo e aí, quando voltaram sem nada, Jacó, pai deles, né... "E aí, né? Nada, não, nada." O governador, lá do faraó, falou que se a gente quiser alguma coisa, tem que voltar lá com o nosso irmão; de jeito nenhum! Quer dizer, vocês já perderam um que eu tanto amava; agora, o outro, mais jovem, que eu também amo, não! Não vai, mas meu pai, se não voltar lá, a gente não tem nada para comer. Estava naquela época de escassez, né? A
gente vai morrer de fome, não sei como. Então, convenceram Jacó. Então, Jacó disse: "Se assim é necessário, fazei o que quereis; tomai dos melhores frutos do país, nos vossos vasos, e levai de presente a esse homem um pouco de bálsamo, de mel, de estoraque, de mirra, de terebinto e de amêndoas." Ou seja, incluiu amêndoas nas coisas preciosas que eles tinham para dar de presente, e para ninguém mais, ninguém menos do que José. Depois, como eu disse, em relação à ornamentação das coisas sagradas, Deus pede para Moisés, entre todas as ornamentações que Ele pede, quando pediu
para fazer um candelabro de ouro, a menorá, que é aquele candelabro judaico, né, de seis... Aste-se uma no centro S sete, na verdade, né? Ele fala assim: "Farás também um candeeiro de ouro puro, trabalhado a martelo, com a haste e seus ramos, os copos, as esferinhas e as susenas que saíram dele. Seis ramos sairão dos seus lados, três de um lado e três do outro. Em um ramo, haverá três copos em forma de flor de amendoeira, com esferzinho; uma susena igualmente no outro ramo, três copos em forma de flor de amendoeira, etc." Então ele vai
dizendo como ele quer que se adorne esse importante objeto, que ainda é símbolo, né? Quer dizer, a menorá é símbolo de Israel até hoje, né? Então, um objeto muito importante para eles. Aqui, uma que eu considero mais importante: Números 17. O Senhor falou a Moisés, dizendo o que estava acontecendo: tava acontecendo uma rebelião das tribos de Israel, Coré, né? Um dos chefes de uma das tribos queria saber lá porque Moisés e Arão se achavam os tais. "Qual o problema? Aí vocês querem mandar em tudo? Vamos todo mundo igual!" É como é que chama hoje em
dia? Ecumenismo, né? Colegialismo, colegiado, sacerdócio comum, não? Todo mundo igual. Moisés e Arão não têm esse negócio de F falando com Deus, aí a gente não acredita nisso. Então o Senhor falou a Moisés, dizendo: "Fala aos filhos de Israel e recebe deles uma vara por cada tribo, doze varas de todos os príncipes das tribos. Escreverás o nome de cada um deles sobre a sua vara. O nome de Arão estará sobre a vara da tribo de Levi, e o nome do chefe de todas as tribos estará escrito separadamente, cada um na sua vara, como no caso
de São José, pelas as no Tabernáculo da reunião diante do testemunho, onde eu te falarei. A vara daquele que eu escolher dentre eles florescerá. Fareis desse modo, e farei cessar os queixumes dos filhos de Israel contra vós." Então Moisés foi lá, falou com os filhos de Israel, e, voltando no dia seguinte, achou que tinha germinado a vara de Arão, que era pela tribo de Levi, e que aparecendo, os botões tinham saído flores e haviam amadurecido. Então, mesma coisa. E assim, nesse caso aqui, não foi no caso de São José que a história conta que se
exigiu lá uma vara de... nessa edição aqui, cada chefe de tribo, príncipe da tribo traga sua vara. Mas e aí se conta porque a que floresceu foi da amendoeira. Porque não era a época de florir, de florescer a amendoeira. Então, por isso que significava um sinal de Deus, porque se fosse qualquer outra que tivesse florescido, podia parecer uma falsificação do embuste. "Ah, já levou lá, floresceu." Claro, floresceu porque estava na época! Aqui não, não, não. Não era a época de florescer a amendoeira e floresceu. Teve os frutos. Então ficou comprovado que a vara de Arão
era a preferida. E foi essa mesma vara que, naquela visita ao Faraó, quando ele foi com Moisés, ele jogou e virou uma serpente, e que os feiticeiros lá do faraó fizeram a mesma coisa. E a vara de... a serpente, né? Quer dizer, a vara de Arão foi lá, engoliu todas as outras serpentes também, né? Símbolo bonito também no poder dessa vara escolhida por Deus. Finalmente, na passagem na profecia de Jeremias, é a passagem que todo mundo conhece que fala sobre o verbo de Deus que foi concebido, né? Antes que eu... foi-me dirigida a Jeremias, dizendo:
"Foi-me dirigida a palavra do Senhor nesses termos: 'Antes que eu te formasse no ventre de tua mãe, te conheci. Antes que tu saísses do seu seio, te consagrei e te constituí profeta entre as nações.'" Eu disse: "Ah, Senhor Deus, não sei falar porque sou uma criança." Mas o Senhor replicou: "Não diga: 'Sou uma criança,' porquanto a tudo o que te enviar irás e dirás tudo o que eu te mandar. Não os temas, porque eu sou contigo para te livrar," diz o Senhor. Em seguida aqui, que tá interessante em relação ao verbo de Deus: "Em seguida,
o Senhor estendeu a sua mão, tocou-me na boca e disse-me: 'Eis que ponho as minhas palavras na tua boca.'" Quer dizer, seja a palavra, palavra de Deus, o verbo de Deus, nosso Senhor. E depois, mais adiante, Jeremias diz: "Foi-me dirigida a palavra do Senhor, a qual dizia: 'Que vê tu, Jeremias?' Respondi: 'Vejo uma vara vigilante.'" Vigilante é quase que uma tradução do nome amendoeira em hebraico. Significa, "Por que isso?" Porque era a primeira árvore a florir depois do inverno. A primeira que tem a floração quase antes de chegar a primavera é a amendoeira, que representa
que ela também está vigilante, está pronta, né? Então, é isso que significa: "Vejo uma vara vigilante," que algumas tradições já trazem direto: "Vejo uma vara de amendoeira." O Senhor disse: "Viste bem, porque eu vigiarei sobre a minha palavra para a cumprir." Além disso, também, como vocês estão vendo nas imagens, a amendoeira, ou a amêndoa propriamente, ela é usada na iconografia cristã católica, principalmente, né? Não mais, por exemplo, para mostrar santidade, não mais uma auréola, mas envolvendo o corpo todo, como tem aí, em italiano se chama "mandorla." É o formato da amêndoa que envolve. Então tem
um significado também, porque essa casca da amêndoa propriamente é um fruto seco, né? Que nem a nozes lá, que a gente quebra aquele fruto seco para pegar a semente. Para comer a semente da Mingo, é a mesma coisa, porque é um fruto seco e amargo, como o corpo que escondia a humanidade. Querer representar a humanidade de nosso Senhor, e dentro dele está a divindade de Nosso Senhor. Olha, amendo, aqui é doce essa representação, que é bem bonita mesmo. Sobre o casamento, a gente chegou ali na eleição. Tem um sujeito quebrando uma vara, viram ali no
cantinho, sim, sujeito tá quebrando a vara dele, rotado, né? Isso eu já tinha visto em outras gravuras também, não só nessa. Essa aqui é do F, né? Tá no Museu do Prado. Em uma tradição da história do Carmelo, nos diz que, entre os jovens reunidos para essa ocasião, havia um rapaz bonito, nobre e animado, que aspirava ardentemente à mão de Maria. Quando viu o ramo de José florescer, suas esperanças se dissiparam. Ele ficou atônito e atordoado, mas logo ele dissipou essa raiva, essa revolta. Teve um bom espírito, né? O Espírito Santo iluminou-o. Ele ergueu o
rosto, sacudiu o ramo inútil e disse: "Eu não era para ela, ela não era para mim, e eu nunca serei de outra, serei de Deus." Ele quebrou o ramo e jogou fora, dizendo: "Leve com você todo o pensamento de casamento para o Carmelo, para o Carmelo com os filhos de Elias. Lá eu teria paz, que até agora seria impossível para mim na cidade." Dito isso, ele foi para o Carmelo e pediu para ser aceito também entre os filhos dos profetas. Ele foi aceito, progrediu rapidamente em espírito e virtude, tornando-se profeta. Onde ele aparece nos Atos
dos Apóstolos é como um profeta que previu uma certa forma, um lugar. Quando São Paulo passa por uma determinada cidade, ele estava lá com outro apóstolo. Ele faz a advertência de que, se São Paulo fosse para o lugar que ele iria, seria acorrentado. Até o cinza de São Paulo para mostrar que seria acorrentado, os pés, os braços e tal. E São Paulo falou que iria mesmo assim; se fosse para morrer, ele morreria. Mas não é esse Ágabo que está citado. A tradição conta que seria o mesmo rapaz que seria um desses pretendentes. Antes de todos,
ele fundou um santuário para Maria no Monte Carmelo. A Santa Igreja celebra sua memória e seus registros, e os filhos do Carmelo o têm como irmão do Ágabo. Além disso, nessa cerimônia, a primeira cerimônia, né, que são os esponsais, o casamento judeu é dividido em duas partes. Tem essa cerimônia dos esponsais, em que o noivo coloca a aliança e faz uma formulação já antiga da lei de Moisés, que representa esse compromisso, né, dessa união. E dá um anel. São João Bosco comenta sobre esse anel e fala que seria um anel de ouro com uma pedra
de ametista, que representa essa fidelidade na virgindade. Porém, ele comenta que está em Peru, tal e eu fui atrás desse Santo Anelo que existe, mas é esse daí que não tem. Então, há essa contradição entre o que São João Bosco pôs, que seria pedra. E é uma espécie de uma pedra translúcida, né, uma espécie de quartzo. Segundo uma piedosa tradição, o Santo Anelo foi comprado por um joalheiro de um judeu, mercador de pedras preciosas, que usou na Itália por volta do século X. A princípio, o comerciante duvidou das afirmações do que era a aliança de
casamento. Teve uma visão do seu filho, que tinha acabado de falecer, atestando sua autenticidade. Após essa visão milagrosa, ele teria doado o anel para o local em que ela permaneceu aos cuidados das irmãs conventuais por mais de 300 anos, até ser roubado por um padre e levado para a cidade de Peru, onde está até hoje. Dizer que tem referência aqui no site, não sei confirmar se é verdade ou não. São João Bosco fala de um outro anel, são só detalhes. Tendo ocorrido, então, o casamento, essa fase dos esponsais, conforme a tradição, eles não foram morar
juntos logo depois dessa cerimônia, o que era o costume judeu. Tinha um tempo de alguns meses até um ano para que eles começassem a morar juntos. E, mais, como já que agora ela estava, a honra dela estava garantida, já podia correr na Anunciação, né? Então, quer dizer, foi logo depois da cerimônia. Provavelmente, eles não coabitavam. O texto lá da Escritura diz que, antes de coabitar, ela foi visitada pelo anjo e concebeu. E tinha que ser. Eles morarem juntos também tinha que ser, exatamente, sabia. Claro, estava tudo conforme a Encarnação, do V. Estando Isabel no sexto
mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de Davi. O nome da virgem era Maria. Então, estava corrido, né, a Encarnação. E logo a seguir, sabendo Nossa Senhora que sua tia também tinha concebido, da velice, estava no sexto mês, foi ela, então, visitar, ajudar a prima, que já era idosa, prestar sua ajuda à prima. Então, diz o texto que ela foi com pressa para a casa de sua prima, né? É que não dá para ir com tanta pressa
assim, né? Porque são 150 km, são cinco dias de caminhada, né? Não dá para fazer com pressa não, né? “C ”, dias têm andados. É possível que tenha sido lá... (parêntese). É menina de 14 anos, né? Eh, certamente os anjos foram com ela, como tem nessa imagem que eu vou mostrar da fachada da igreja da Visitação. Mas então, são... é muito longe! Aqui ó, tem Nazaré, tá aqui em cima na Galileia, né? Então, quer dizer, talvez em linha reta, 120, 130 km. Só que aí, não sei se vocês conseguem ver, como é acidentado, é pelas
montanhas, muitas montanhas. Então, por isso que, por exemplo, se a gente traçar hoje aqui pelo Google como ir a pé de Nazaré a... em... a... Kem... como esse nome da cidade, de Santa Isabel, eh, na Judeia, ele manda pelas laterais, porque deve ser uma planície, né, desviada das montanhas. Desviado das montanhas, então, de qualquer forma, aumenta a uns 10, 15 km, mas daí ser mais suave, né? Então, dessa forma aqui, Nossa Senhora foi visitar Santa Isabel. Ah, hoje em dia tem lá a Igreja da Visitação, no local que tinha a casa de Santa Isabel, né?
Essa é uma fotografia de 75 anos atrás, e aqui como está hoje. Um lugar bem bonito, né? E a fachada dessa igreja que tem a inscrição lá de como Nossa Senhora, e essa imagem de que os anjos acompanharam, ela fala com Deus no ventre, né? Os anjos não cuidariam dela? Claro que sim, né? Então, vamos continuar analisando esse texto da dor de São José. Então, diz: "Antes de coabitar, a anunciação ocorreu logo depois dos esponsais e a visita a Santa Isabel, como ela ficou lá três meses com Santa Isabel, talvez um pouquinho mais, para ajudá-la,
né? Logo depois do parto e tal, quando ela voltou, seus três meses de gravidez". São José, obviamente, percebeu a gravidez, e aí ele ficou surpreso. E por que ele ficou surpreso? Porque ele conhecia tanto o voto de castidade dela quanto ela conhecia o voto de castidade dele. Então, quer dizer, os dois conheciam o voto de castidade um do outro. E até São João Bosco que fala, tirando de São Jerônimo, que São José tinha feito um voto formal de castidade. Mas São José, como todos os judeus, conhecia o texto, a profecia de Isaías, que uma virgem
conceberia e daria à luz o Messias, né? Com judeus como as sagradas escrituras. E aí, eu acho que ele pensou: "Puxa! Eu sou virgem, ela é virgem". Eu não duvido nada da santidade, da pureza, da honestidade dela. E agora, por isso diz São Bernardo de Claraval, no livro, no Sermão sobre a Excelência da Virgindade de Maria, um dos grandes fundamentos da virgindade de Maria é, sem margem de dúvida, a pessoa de São José, apresentado nas escrituras como um homem culto, sábio e justo aos olhos de Deus e dos homens. Sendo ele justo, então, São Bernardo
pergunta: "Será que José, seu marido, sendo justo, iria aceitar e acolher uma mulher adúltera?" Claro que não! Ele mesmo responde em duas situações. Não seria justo, de forma alguma, se ele consentisse, sabendo que ela era culpada. Ele não seria justo, né, como ele era tido por justo; e também não seria justo se ele a tivesse traído, sabendo que ela era inocente, e ele tivesse repudiado ela, dado carta de divórcio. Por isso, como ele era justo e não queria denunciá-la, ele quis deixá-la de forma oculta. Mas então, São Bernardo pergunta: "Mas, se Maria não era adúltera",
como o próprio anjo vai afirmar depois para ele, "então, por que ele quis abandonar, quis deixar Nossa Senhora?" Então, São Bernardo diz que, pelo mesmo caso que São Pedro, o Centurião e Santa Isabel também se sentiram indignos de ficar na presença de Deus, né? Quando São Pedro, por exemplo, disse: "Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um pecador". E pela mesma razão, o Centurião, que tinha pedido que nosso Senhor curasse o servo dele, disse: "Senhor, não sou digno de que entreis em minha morada", em minha casa; e mesmo Santa Isabel, que não podia suportar a presença
de Deus, sem temor e respeito, de onde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor. Então, São José, considerando-se digno e pecador, da mesma forma que os outros, entendeu. Foi por isso que ele quis repudiar. Como eu falei, ele sabia da castidade dele, sabia da castidade dela e conhecia a profecia, ele concluiu: "Obviamente, ela é a Virgem da profecia, e eu não sou digno". Porque na profecia fala da virgem, mas não fala de quem é o culpado, né? Entendeu? Então, ele não, mas eu não posso, eu não sou digno. Então, ele
tenta... isso que ele tenta, ele tenta se afastar desse milagre, dessa coisa que ele não conseguia explicar. Uma coisa impressionante que também não... não se julgava digno, né? Eh, então, e aí, São Bernardo ainda pergunta: "Mas então, por que ele quis fazer isso secretamente?" Porque secretamente. E São Bernardo diz que se ele dissesse o que ele sentia, mesmo que ele tinha comprovado na natureza a conclusão que ele tinha chegado, os judeus iriam zombar dele, né? Eles eram incrédulos e cruéis e iriam certamente afrontar Nossa Senhora. Da mesma forma, quer dizer, iam contar: "Sabe o que
é? Ela tá grávida, eu não sou pai, pai é Deus do Espírito Santo". Eles não acreditavam nisso! Por isso que ele quis fazer isso secretamente. Agindo dessa forma, ele iria salvaguardar a fama de sua esposa, pois ela era vista como uma pobre jovem abandonada e... seria. Vista, né? Como uma pobre jovem abandonada por um cruel marido sem palavra, então a culpa desse abandono me cairia toda sobre ele. Então, ela ficaria abandonada, grávida, mas abandonada. Ninguém. Ela não falaria, obviamente, para ninguém que o filho não era dele; todo mundo iria pensar que ele era o pai
e pronto. Então, o cruel da história seria ele. Não foi isso que ele pensou e fez. Então, foi essa atitude dele, era essa a dor de São José, ter que abandonar. Então, Nossa Senhora... agora vamos ver a passagem da Escritura relacionada com a primeira alegria de São José. Andando ele com isso no pensamento, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: “José, Filho de Davi, não temas receber em tua casa Maria, tua esposa, porque o que nela foi concebido é obra do Espírito Santo.” De novo reforçada aí a origem de
São José como descendente de Davi, para que a profecia de Isaías pudesse se cumprir, enquanto na Encarnação e, consequentemente, a redenção também dependeram do Fiat, do SIM de Nossa Senhora, para transmitir a descendência genética, né? O cumprimento da profecia dependia do SIM de São José. Então, teve aqui também o Fiat de São José, né? Não, não faça sem mim. Mas quer dizer, São José nunca falou. Ele é o santo do silêncio, né? E ele simplesmente obedeceu, simplesmente fez o que Deus mandou. Então, ele precisava também dar o SIM. Claro, porque a gente fica pensando: "Ah,
mas claro que ela falaria assim, claro que Nossa Senhora ia falar assim também." Não é claro que a liberdade deles não... Quer dizer, claro que eles estavam destinados a isso, mas Deus tolheu a liberdade deles? Não! Claro, né? São José, a mesma coisa, ele tinha liberdade. Então, dependia sim dele falar: “Sim, vou cumprir essa missão para que a descendência de Davi passasse ao Messias, juridicamente, não naturalmente, mas juridicamente.” Vamos ver como os evangelistas narram essa genealogia, então, dele, de Davi. São Lucas fala que Jesus, quando começou o seu ministério, tinha cerca de 30 anos, filho
como se julgava de José, filho de Eli, filho de Davi, filho de Isaque, filho de Abraão... só para traçar, né? Até Abraão, importantes aqui: José, o pai dele, Eli, Davi e Abraão. Já São Mateus vai no sentido contrário e fala que Abraão gerou Isaque, gerou Jacó, etc. Jessé gerou o Rei Davi, depois Natã gerou Jacó, Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus. E aí já vem a contradição, né? Era Eli ou era Jacó o pai de São José? É só, obviamente, aparente essa contradição, porque o que se a linha mais aceita
disso daí é que eles seguiram a lei do levirato, né? Que dizia que, se uma mulher casada, o marido morresse, ela tinha que casar com o irmão do falecido, sem deixar filhos. O primeiro filho desse casamento seria legalmente do falecido, seria naturalmente do segundo marido, mas legalmente seria... Por isso que tem dois pais aqui, que na verdade seriam irmãos, portanto, passariam à mesma descendência de Davi, de Davi para ele. Então, provavelmente foi isso que aconteceu. Enquanto o evangelista São Mateus quer fazer ver a sucessão legal, respeitando os direitos messiânicos de Davi, Jesus, Lucas do seu
lado, quer indicar a sucessão natural de Jesus. De qualquer forma, foi isso que aconteceu. Então, não tem contradição nenhuma. Está dita aí a genealogia de Jesus. Está com uma hora e dez já, eu tô acabando, faltam mais quatro slides pra gente. Queria fazer agora, para terminar, um rápido paralelo entre o sono de Adão e o sono de São José. Adão foi feito do pó da terra por Deus Pai, né? Claro, foi toda a Santíssima Trindade, mas a gente atribui a criação a Deus Pai. Deus soprou nele e ele ficou um ser vivente, né? Então, Deus
Espírito Santo e, pelo pecado original, entre aspas, ele causou, ele provocou a Encarnação de Deus Filho. Ele obrigou... obrigou não. Deus não tinha obrigação, mas, por amor, ele se encarnou para nossa salvação. Já em São José, ele representou o Deus Pai na terra, ele foi eleito pelo Espírito Santo e ele cuidou daquele que é a vida, que é o Verbo de Deus, Deus Filho. Né? Enquanto Adão é pai de todos os homens na ordem natural, São José, sendo o pai de Cristo, que é a cabeça da Igreja, ele é pai de todos os seus membros,
os fiéis. No sono de Adão, Deus deu um sono profundo a ele porque ele encontrava uma coisa que fosse um adjutório a ele, né? Algo que fosse similar a ele. Quando Deus passou os animais para ele dar nome, lá ele deu o nome e falou: "Ah, mas não tem ninguém aí parecida." Então, Deus deu um sono para ele e, durante esse sono, tirou uma costela e, da costela, deu uma mulher pra ele, Eva. Quer dizer, deu uma ajuda proporcional para ele. Está dito lá: "Disse, pois, o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja
só; façamos um ajudório semelhante a ele." Mandou, pois, o Senhor Deus, no profundo sono de Adão, enquanto ele estava dormindo, retirou uma das suas costelas e pôs carne no lugar dela. E da costela que tinha tirado, formou o Senhor Deus uma mulher e levou-a a Adão. E Adão disse: "Eis agora osso..." Dos meus ossos e carne da minha carne, ela se chamará Virago, porque do varão foi tomado. No sono de São José, Deus tirou das costas de São José alguma coisa, um peso para ele, uma coisa dura que estava incomodando, como se fosse uma costela
quebrada que dá dor. E devolveu, tirando esse peso dele, essa dor nas costas, deu tranquilidade, deu paz ao coração. E, com isso, ele já era a mulher dele, mas ele devolve a mulher. Quer dizer, ele fala: "Não temas, José, por receber Maria, tua esposa", que já era esposa, que ele tinha intenção de abandonar. Ele restitui essa mulher para ele. E o mais impressionante é que tinha que ser proporcional a ela. Em outros lugares também está dito; outros santos comentam que, quando Deus dá uma missão, ele dá os dons necessários, proporcionais àquela missão. Então, quer dizer,
para cuidar e ter contato diário, familiar, íntimo com Nossa Senhora, São José, na Sagrada Família, tinha que ser muito santo. Tinha que ter esse grau de virtude, de graça tão abundante, não claro como Nossa Senhora, que foi isenta do pecado original, mas bastante, tanto quanto. Então, por isso, dá uma mulher proporcional a São José, carne de sua carne, osso de seus ossos. De fato, como diz certa vez São Bernardino de Sena em um sermão, São José era a imagem viva de sua virgem esposa. Eles se pareciam como duas pérolas, segundo São Bernardino de Sena. E
também, para isso, a gente poderia aplicar as palavras da Sagrada Escritura que se referem a Davi, ao Rei Davi, antepassado de São José: "O Senhor escolheu para si um homem segundo o seu coração." Foi qual, que era o mesmo coração de Nossa Senhora e de Nosso Senhor, que disse: "Quem vê a mim, vê o Pai que está no céu." Ele foi pai de Salomão, que é o Rei Salomão. São José é o pai da sabedoria. Estou fazendo esse paralelo porque, normalmente, o paralelo que se faz é entre Adão e Eva com Nosso Senhor e Nossa
Senhora, né? Porque, por conta deles, trouxeram o pecado; Nosso Senhor e Nossa Senhora trouxeram a redenção e tal. Mas Adão e Eva eram um casal. Então, por isso, achei de fazer com Nosso Senhor, com São José e a Senhora, que também são casados. Além disso, Adão pôs nome nas criaturas, se tornando senhor delas. Certo, está escrito: "Então, o Senhor Deus formou da terra todos os animais terrestres e as aves do céu, e levou diante de Adão para ver como ele havia de chamar. E todo o nome que Adão pôs aos animais vivos, esse é o
seu verdadeiro nome." E Adão pôs nomes convenientes a todos os animais. E aí vem a parte: "Mas não se achava para Adão um adjutório semelhante a ele." Mas o que é importante aqui é colocar um nome que define a autoridade. Então, você coloca um nome; coloca um nome nos meus filhos porque são meus, né? Eu tenho autoridade sobre eles. E foi o que São José fez. No caso de Adão, ele escolheu o nome de acordo com a inteligência dele, apropriada a cada ser. Aqui, São José colocou, amando do anjo, o nome no Filho do Criador,
Nossa Senhora, que é Jesus. O anjo falou: "Ele chamará o nome dele de Jesus." Então, São José se tornou senhor dele, quer dizer, senhor do Filho de Deus, tendo autoridade sobre ele. Uma coisa impressionante é que, depois, quando eles o acharam no templo, diz que ele foi submisso a eles o resto da vida. Após essa ação, também, Adão via nas coisas visíveis as qualidades invisíveis de Deus, mas São José tinha ao seu lado o próprio Deus e a criatura mais perfeita que já existiu. Ou seja, ele não via as qualidades invisíveis de Deus; ele via
o próprio Deus, as qualidades visíveis de Deus. Após o pecado, Adão precisou trabalhar para sustentar sua família, e São José também precisou trabalhar porque era descendente de Adão e tinha pecado original para sustentar a Sagrada Família. Adão foi expulso do Paraíso terrestre, perdeu todos os bens que lá havia. São José viveu nessa economia familiar com Nossa Senhora. Ele viveu na presença, né? Então ele viu no Paraíso, com a presença de Deus. E, por fim, então, dessa forma, parece... Eu não sei por que tá... Ah, não entendi. Dessa forma, parece bem claro que ser devoto de
São José, para concluir, não é de gosto ou preferência, mas sim uma devoção necessária, né? Enquanto a devoção a Nossa Senhora é de hiperdulia, como estão comentando agora, né? A posição de Nossa Senhora em relação a São José é de protodulia, né? Porque ele, dentre os santos, ocupa a primeira posição, a mais alta dignidade entre os santos. O nome José, em hebraico, significa "Deus com mula de bens." São José foi cumulado por Deus com muitas graças para cuidar desses dois tesouros mais preciosos: Jesus e Maria. Complementando, a famosa correspondência que todo mundo conhece entre José
do Egito e São José... O Senhor tem uma aula, né, padre, sobre isso ou um artigo no Floss Carnell, não sei, sobre essa comparação. O André deu mal com a frase. Então, cimentando essa frase: "Ide a José", tão famosa, encontramos nos Provérbios uma citação, aplicada, obviamente, a nosso Senhor, mas que também pode muito bem ser aplicada a São José: "Comigo estão as riquezas para enriquecer os que me amam." E encher os seus tesouros na casa do justo, há grande tesouro aplicado totalmente a São José, Sagrada Família. Então era isso, agora para terminar, vou pedir licença
para vocês para ler um poema. Está no FL Carmel, FL Carmel, de um padre do Piauí, né? André, por aqui: ó padre, Padre Manuel de Alencar, que nasceu no Piauí, foi durante revolucionário no interior da Amazônia e faleceu na França em 4 aos 35 anos de idade. Bom, mas é um poeminha muito divertido que reforça a necessidade de ser devoto a São José. Fala assim: Um dia a porta do céu foi bater com muita fé um esfarrapado devoto de nosso pai São José. Logo abre a porta São Pedro e vai gritando: "Quem é?" "Sou eu,
São Pedro, um devoto de nosso pai São José. De onde é que vem?" "Vem me cheirando tanto a café." "São Pedro, sou brasileiro e venho lá de Tefé. Se de lá vem de São Pedro, quem sabe não é pajé, saberá fazer feitiço com dentes de jacaré." "Deus me livre, grande Santo! Que nada fiz contra a fé. Santo não fui, mas devoto de nosso pai São José. Passa para cá seu livrinho, sua conta corrente, vamos ver se lá por baixo você viveu cristão. Oh, trabalhou nos domingos? Isso é pecado mortal! Pois é lei que nos domingos,
descanse até o animal." "Ah, foi no tempo, São Pedro, em que eu era seringueiro, foi no tempo em que a borracha dava dinheiro. Aqui também está marcado que raramente à missa ia. Então por quê? Por desprezo, por descuido ou por preguiça? Confessou-se só uma vez, no dia do casamento, e só recebeu nesse dia o Santíssimo Sacramento. E por desgraça suprema, que me causa compaixão, não teve padre na morte e morreu sem confissão." "Meu amigo, eu lhe aconselho: não se apresente ao eterno. No céu não há lugar, foi condenado ao inferno, esmagado pela dor, o triste
mísero réu. Ao lado do seu saquinho, sentou-se à porta do céu. Nisto, aninho bem loiro, com linda estrela na testa, veio olhar pela janela mostrando uns ares de festa. Meu bem, diz o devoto, vá dizer a São José que vão me jogar no inferno por ter nele muita fé." Prontamente foi o Anjo se alistar com São José, que foi logo ao Pai Eterno e perguntou: "Como é? Chegou-me agora aos ouvidos que este pobre devoto meu foi condenado ao inferno. Não me queixo da Justiça, nem da Vossa Divindade, mas agora, com parte alguma, terei mais autoridade.
Devo, pois, me retirar ao mundo, se for preciso, mas sem prestígio nem força, não fico no Paraíso." E, deixando o Pai Eterno surpreso dessa atitude, São José foi se afastando meio triste, meio rude: "Maria, esposa querida, arrume a nossa bagagem e vá também se arrumar, que vamos fazer viagem." Aqui, o Santo Menino, vendo tanta arrumação, foi perguntando: "Mãezinha, para onde é que vocês vão?" Sempre humilde e obediente, calou-se a Virgem Maria e, dando um beijo em Jesus, respondeu que não sabia. "Meu filho", disse chorando, "nosso Pai São José retornamos de novo ao mundo, a Nazaré."
Pois então, disse o Menino, "o mandamento prático obedecendo aos meus pais no Paraíso não fico vendo os apóstolos que o Mestre lá se foi. Embora também disse João, João Evangelista: no céu não fica ninguém." E os anjos logo disseram: "Que se faça! Sem Jesus e sem Maria já fica o céu tão sem graça!" Todos aí se mexeram e a cada qual decidido foi arrumar a bagagem. Num jubiloso alarido houve um grande reboliço entre os anjos e os santos, profetas e confessores, anacoretas e quantos na terra haviam seguido, com sacrifícios e amor, os passos de Jesus
Cristo, a lei Santa do Senhor. São Pedro, à porta do céu, espantado e obediente, olhava pro Pai Eterno e olhava para aquela gente. Sossegadinho, devoto, diminuindo a agonia, sem sado junto ao saco, olhava tudo e sorria. Fala então: "Pai Eterno, isso assim não pode ser. Sozinho no Paraíso é que eu não posso viver!" E disse logo a São Pedro: "Vem esse homem para aqui! Vou reformar a sentença que contra ele escrevi. É de fato escandaloso, nunca se ouviu, ó Pai Eterno, que amigo de São José caísse um dia no inferno!" "Perdoe, disse ao devoto, por
minha grande clemência, volte à Terra mais um ano e faça lá penitência. Volte depois preparado pro rigoroso juízo e não venha cá meter desordem no Paraíso." São José sorriu contente, Maria sorriu também e Jesus falou bem alto: "Digamos todos amém!" O céu vibrou de alegria, anjos cantaram, "melhores!" e o devoto bateu palmas: "São José é o maior! Isso vem mostrar à gente o poder de São José. Quem queira mesmo salvar-se tenha nele muita fé." Que unidade muito bonitinha, né? Muito bonitinho! Então a gente termina assim: Paz, Senhor! R. Nós, por favor, do Pai, do Filho,
do Espírito Santo. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres, bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. Auxílio dos cristãos, rogai por nós, São José. LSB, Spirit. [Música]