Olá eu sou a professora Lu e vou conversar com você a respeito de mais um poema do livro alguma poesia de Carlos Drummond de Andrade onde eu acabo mas antes solta a vinheta produção [Música] Olá vamos ao poema que se intitula a balada do Amor através das idades depois eu faço uma análise rapidinha dele vamos lá balada do Amor através das idades Eu te gosto você me gosta desde tempos eu era grego você troiana troiana mas não Helena sair do Cavalo de Pau para matar seu irmão matei brigamos morremos irei soldado Romano perseguidor de cristãos
na porta da catacumba encontrei-te novamente mas quando vi você nua caída na areia do circo e o leão que vinha vindo dei um pulo desesperado e o leão comeu nós dois depois fui pirata Mouro flagelo da politânia fogo na Fragata onde você se escondia da fúria de meu bergantino mas quando ia te pegar e te fazer minha escrava você fez o sinal da cruz e rasgou o peito a punhal me suicidei também Depois temos mais ou menos fui cortesão Universal espirituoso e devasso você cismou de ser freira pulei muro de convento mas complicações políticas nos
levaram a guilhotina hoje sou o moço moderno Remo puro danço tenho dinheiro no banco você é uma loucura notável dança pula seu pai é que não faz gosto mas depois de mil peças eu herói da powermon te abraço beijo e casal muito bonitinho né muito simpático vamos dar uma olhadinha aqui no geral depois a gente pega estrofe por isso vamos começar pelo título né repare que é balada tá bom a gente tem aqui o nome né o título que é balada balada é uma estrutura fixa é uma forma fixa literária em que a gente tem
uma composição quântica para ser cantada acompanhada de um ritmo musical e ela tem um andamento lento né se reparou que eu li devagar mas ela tem né Eu te gosto você me gosta desde tempos endemoniais eu era grego você troiana troiana mas não Helena tá então você tem essa Cadência música de novo nos campos temáticos do mundo de anos é o amor Amaro até quase o fim porque você repara que na última estrofe você vai ter uma série de desencontros amorosos aliás que isso aqui me lembra um pouco o poema quadrilha né no sentido de
que os pais amorosos se desencontro aqui eu tenho mesmo eu lírico apaixonado por uma mesma Dama e o desencontro deles ao longo das idades parece até aquela coisa né numa vida eles não conseguiram realizar o amor aí eles voltaram na sua vida se encontraram de novo e não realizaram né Depois voltaram na outra vida e não realizar na vida moderna é que eles conseguem se realizar amorosamente espirrei muito obrigado por falar saúde não vou cortar esse vídeo Vai ficar assim mesmo tá bom mas assim esse poema é uma provocação né uma provocação a nós leitores
porque no andamento né nessa balada do Amor Parece que nada vai dar certo ele sofre não dá na segunda não dá só vai dar na última então parece que é uma balada de como eu falei desencontro amoroso ou de desconcerto amoroso é um poema narrativo ele tá contando uma série uma sequência de fábulas né são micro narrativas cada estrofe ela é propriamente uma narrativa uma linguagem bastante coloquial reparei começa aqui ó eu até gosto tá vendo eu gosto uma linguagem você nem gosta né então a linguagem coloquial é bem ao clima do modernismo agora ele
fala em amor através das idades essas idades Aliás ele coloca para gente aqui ó tempos são essas idades aqui que são tempos da história idades da história então ele vai recorrer por exemplo ele fala deixa eu colocar aqui desse lado ele vai falar de Grécia não sei se eu vou colocar na ordem no texto mas ele fala sobre Grécia que fala sobre Tróia Tá certo ele vai falar sobre Roma tá bom ele fala do início da era Cristã propriamente ele vai falar sobre a África tem uma referência Moura está presente lá também ele vai falar
sobre França então se você observar ele vem caminhando ao longo do séculos Então essas idades é um percurso temporal ao longo dos séculos que ele vai fazer conforme as historinhas que ele tá lançando aqui para a gente né De qualquer maneira nesses tempos todos aqui o amor ele acaba sendo impedido de se concretizar né de se realizar ou por causa de religião ou por causa de revolução aqui a gente gosta E aí você tem uma referência a guerra de Tróia em que você tenha a causa principal da guerra é o rato de Helena por pais
que era o príncipe de Troia e ele não era a esposa de Esparta né então ele tá fazendo uma referência que essa situação na guerra de Tróia essa situação brilha e ele coloca aqui sair do cavalo de pau Cavalo de Pau foi considerado o presente sagrado pelos troianos né então aqui é uma retomada uma referência à guerra de Tróia que aliás é também o tema da Ilíada de Homero ela vai estar lá no século VII antes de Cristo numa visão moderna bom e aí o que aconteceu não matei brigamos morrer Então não teve final feliz
aí ele virou soldado Romano tá perseguição de seguidor de cristãos Tá bom então aqui lembra-nos a perseguição de Nero né aos cristãos a gente tá num outro tempo histórico na porta da catacumba O que que é uma catacumba é uma galeria subterrânea onde ficavam as turmas tá então na porta encontrei-te novamente mas quando vi você nua caída na areia do circo e o leão Vinha vindo areia do circo Leão minha vida a gente tem uma mescla né da tragédia mas com o elemento grotesco até um certo humor não é meio de mão de ano aquele
humor mais amargo que a gente tem essa areia do circo lembra o Coliseu né em que os homens lutavam com as férias em espetáculos públicos que vai fazer ele vai lutar com a Fera no espetáculo só que a Fera vai vencer depois fui pirata Mouro então mais um outro tempo flagelo da tripolitânia que ele tá falando das nesse flagelo que tá falando sobre uma calamidade que aconteceu na região da Líbia toquei fogo na Fragata ou de você se escondia da fúria entendeu é uma embarcação antiga que tem vela e tem o remo tá uma embarcação
antiga Tá bom mas quando ia te pegar e te fazer minha escrava a realidade social que a gente tem você fez o sinal da cruz olha aqui a proposta do cristianismo presente rasgou o peito apoial e suicidei também quer dizer Você é cristã você não vai se envolver com um pirata Tá ok então mais uma vez que a gente tem aqui o trágico ele aparece aqui de novo mas aqui nesse não tem esse mesmo tom aqui ó o leão comeu nós dois aliás Olha o coloquialismo aqui ó o leão comeu nós dois da proposta falou
que ela tá ali presente bom e aí a gente chega aqui depois continuamos andando no tempo tempos mais a menos acha que agora vai né agora a realização amorosa vai ser plena fui cortesão o adversário descrito hoje ser fria isso aqui lembra muito para gente aquelas obras românticas né não posso ser de ninguém você religioso e tal mas ele era um cortesão nas complicações políticas que nos levaram a guilhotina e de novo né mais uma vez o trágico né tá presente ele tá remetendo aqui pessoal a luz 15 que vivia luxuosamente ricamente em Versalhes né
que tá aqui em berçário e na Revolução Francesa o que aconteceu né a referência a guilhotina né nos leva a ideia de Revolução Francesa através das idades através dos tempos né que a gente tá visualizando mesmo o paramoroso é o mesmo mas em diversos tempos históricos e na Revolução Francesa todo mundo sabe que a Maria Antonieta e mais alguns nomes acabaram sendo guilhotinados tá legal e a moça também é para quem é o único tipo de mulher agora ela também luta boxe ela também dança ela também pula ela também Rema repara que ele inverteu aqui
ó Então se a gente fosse ligar fazer uma bagunça aqui se fosse legal eu vou ligar o reino com Remo O Pulo com pulo mudança com dança e o box Olha eu tenho um cruzamento então é um feito para o outro eles gostam das mesmas coisas então eles se completam tudo bem Ok por outro boxe esse termo ele não existe aqui é um neologismo criado pelo Drumond tudo né provavelmente um neologista bom mas quem é o contrário Aqui é o pai o pai da moça que não faz Gosto nada envolvimento dela com esse moço moderno
eu lírico então é a desaprovação paterna que é muito comum não só no século 20 mas entendimento do século 20 seria essa aprovação paterno e o que é curioso é que Enquanto Aqui eu tenho só as aprovação paterna nas outras vidas Vamos pensar assim nas outras idades nos outros tempos a gente tinha sempre um aspecto de heroísmo envolvido o entendimento não é ele tava desencadeando uma ação heroica aqui não o impedimento não desencadeia uma ação erótica né mas depois de mil peripécias ficou cantando o pai da menina para conseguir a menina eu aí olha só
que interessante herói da paramou então o que que é esse herói da paramou é um herói de ficção te abraço beijo e casamos então no final feliz né É bem a ideia acrescentar aqui para vocês É bem a ideia dos típicos Filmes hollywoodianos né de final feliz em que o casamento né é considerado o final feliz esse casamento aqui é um casamento que no cinema então é um casamento da ficção certo nas outras circunstâncias reais do casamento não aconteceu mas na ficção esse casamento é possível de acontecer se você observar nesse poema do Drummond a
gente tem um certo esquema né estrófico as estrofes elas seguem a seguinte ordem não pensar desse modo Eu tenho um amor contrariado por imposições culturais por imposições religiosas e o final sangrento menos a última que a imposição não é cultural a imposição não é religiosa é uma imposição familiar né aliás é uma oposição familiar melhor dizendo mas resulta em final feliz então enquanto os outros poemas a gente tem sempre essa o impedimento do amor por fatores né Associados ou a cultura ou a religião na última estrofe a gente não tem essa perspectiva né então a
última ela acaba de uma certa forma rompendo com o encadeamento da balada né é como se fosse uma balada também no sentido repetitivo é sempre a balada sempre o mesmo Ponto né e aqui eu tenho sempre o mesmo não quebra o Tom no sentido de ritmo não é do texto A Última estrofe mas quebra a expectativa porque você vem lendo vários software não se concretiza e na última Finalmente né eles vão poder ficar tá legal cuidado com essa é um poema que dá para fazer questões em provas da história tá então fica atento a isso
eu espero ter te ajudado por favor curta o canal eu agradeço imensamente fique bem e a gente se encontra em breve até mais tchau tchau