Lideranças políticas inéditas e inusitadas, abalando as estruturas dos grandes partidos; moedas digitais concebidas por mentes anônimas, encarando uma expressiva valorização; projetos políticos implementados ou revogados na velocidade de um post. O governo quer saber como você ganha 5.000 e paga 10.000 de cartão. O pequeno grupo está aproveitando desse fenômeno, disputando mercados competitivos, enfrentando monopólios bilionários, muitas vezes sem um centavo no bolso. Estão construindo impérios em alta velocidade [Música]. Esse pequeno grupo está surfando no que eu chamo de a ruptura. Você deve estar se perguntando: quem é essa garota e por que ela se acha tão
especial para vir aqui dizer que percebeu uma ruptura antes da maioria das pessoas? Bom, eu não sou ninguém especial; sou só uma pessoa que tem duas características, e essas duas características são que me fizeram perceber, definitivamente, essa ruptura. A primeira delas é que eu sou alguém que gosta muito de estudar e alguém que gosta muito de trabalhar. E quando eu falo que gosto muito de estudar, eu gosto de estudar um monte de coisas: filosofia, arte, negócios, cinema, dados, tecnologia. E foi esse caldeirão de coisas que me fez perceber as sutis mudanças que levaram a gente
a essa grande ruptura. Eu estudei na UCLA, fiz MBA com ênfase em marketing, fiz graduação em cinema na PUC do Rio, em marketing também, fiz mestrado no Insper, fiz pós-graduação em liderança criativa na Tanc. Eu estudei muito e trabalhei muito também, em empresas como Azul Linhas Aéreas, G4 Educação, Boca Rosa, UVV, O Anderman, e toda essa experiência também me ajudou muito a chegar nessa conclusão. Porque simplesmente eu tive mesmo a sorte de estar nos lugares certos, na hora certa, com as pessoas certas. E hoje eu vou levar vocês nessa viagem de entendimento do que é
essa ruptura e por que ela é, sem dúvida, a maior oportunidade para o seu negócio, para a sua marca. E antes, você precisa entender um pouco da história do próprio marketing. Antes do século XV, a informação era limitada apenas à elite letrada da época, a partir de manuscritos e até do próprio boca a boca. Mas tudo isso mudou com a invenção da prensa de Gutenberg, que democratizou o acesso à informação por meio dos jornais. E esse impacto foi ainda maior com o aumento da alfabetização no século XIX. Porém, com isso, um novo problema surgiu: uma
narrativa unificada em poucos jornais. Eles passaram a ser vistos como os portadores de fatos, os donos da verdade, e utilizaram isso como uma ferramenta de manipulação da opinião. Casos como "L'ami du Peuple" de Jean-Paul Marat criticavam a monarquia francesa e incitavam o povo à ação, aquecendo o que seria a Revolução Francesa. O "Pennsylvania Gazette" de Benjamin Franklin criticava a política britânica e promovia ideias de independência, influenciando o que viria a ser a Revolução Americana. As publicações do "The Liberator" de William Garrison, que denunciavam vigorosamente a escravidão e exigiam a abolição imediata, mostraram o poder decisivo
dos jornais. As marcas perceberam isso, começaram a utilizá-los para produzir os seus anúncios, e foram os anúncios que financiaram a operação, ao mesmo tempo que introduziram o público ao consumo aspiracional. O que fez marcas como Coca-Cola, Ford, P&G e algumas poucas outras aproveitarem desse canal para crescerem e venderem os seus produtos, com custo acessível para consumir, porém extremamente alto para transmitir mensagens ou publicidades. Essa era uma mídia de pouquíssimas vozes e que dava espaço apenas para o crescimento de poucas empresas, aquelas que já eram grandes. Isso continuou sendo uma verdade até o século XX, quando
surgiu o primeiro meio de comunicação de massa auditivo: o rádio. Com um grande diferencial: a disseminação da informação de forma instantânea, aliada com recursos como tom de voz e efeitos de som, misturados com informações disponíveis no mesmo instante. Ele provocou efeitos dopaminérgicos nunca antes experimentados na história da humanidade, o que rapidamente virou uma febre. A massa se deliciava com a nova sensação, enquanto os detentores dos meios criavam as suas narrativas, defendiam os seus ideais e moviam os seus movimentos. Um exemplo desse fenômeno foi a propaganda nazista na Segunda Guerra Mundial, usada pelo então ministro Joseph
Goebbels e incentivada pelo próprio governo, que distribuía rádios baratos para garantir que as mensagens do regime alcançassem toda a população. Enquanto isso, as marcas muito ricas se deleitavam com milhões de consumidores prontos para comprar o que quer que fosse exibido à sua frente, dando origem a campanhas clássicas como a da P&G, que patrocinava as novelas de rádio, as famosas "soap operas", enquanto promovia os seus produtos de limpeza e higiene para as donas de casa, modelo esse que foi replicado por décadas e, mesmo hoje, ainda acontece nas novelas, séries e filmes. Ainda no século XX, um
outro fenômeno surge e muda por completo a comunicação e o marketing no mundo: a invenção das televisões. Agora, uma experiência mais imersiva que unia não apenas o áudio e os seus efeitos sonoros, mas também a imagem. A televisão rapidamente passou a exibir comerciais com 30 e 60 segundos que combinavam narrativa, música e um forte apelo visual. Campanhas como a do Marlboro, com seu icônico cowboy; a Nike, com "Just Do It"; comerciais que mostravam atletas comuns e profissionais; a Apple, com "1984", apresentando o Macintosh; e a Volkswagen com o "Fusca". Nesse momento, o custo para consumir
se tornou quase risório, porém o custo para transmitir, para falar, aumentou muito e se tornou inviável para 99,9% das marcas. Ou seja, apenas as marcas gigantes conseguiam estar na televisão e serem conhecidas pelas pessoas. Até o começo do século XXI, a realidade do mundo dos negócios e da propaganda era o monopólio e a centralização da comunicação e do desejo. Porém, tudo isso mudou com a chegada da internet e, principalmente, das redes sociais, o que marcou o início da era da comunicação. Descentralizada, a partir de agora os usuários tinham autonomia para escolher o que e quando
assistir. Abriram-se as portas para que todo mundo pudesse criar conteúdo e também marcou o fim da comunicação unidirecional. Ela deixou de ser de um para muitos e passou a ser multidirecional, com a interação ativa e constante entre os criadores, as marcas e o público. Esse fenômeno de descentralização, mais recentemente, foi responsável por definir o rumo político de diversos países, onde vimos que as eleições não foram decididas mais nas propagandas eleitorais e nos longos debates, mas nos vídeos curtos publicados no TikTok, no Instagram, no YouTube e nos podcasts. Quem entrou nos primórdios aqui da Internet viu
como tudo começou muito parecido com a televisão: os anúncios eram intrusivos e apareciam no meio do entretenimento. A diferença é que ficou muito mais barato e acessível fazer propaganda, então uma enxurrada de marcas pequenas começou a entrar por aqui. Mas isso rapidamente deu origem a um outro fenômeno: o "ad blindness", a cegueira aos anúncios, que é a tendência da pessoa simplesmente ignorar, de forma voluntária, inconsciente ou consciente, as propagandas exibidas nas redes sociais e no digital. Por quê? Porque as pessoas foram tão bombardeadas por propagandas que, para elas, ficou muito claro o que era uma
propaganda, e elas fugiam de tudo que tinha cheiro, gosto ou cara de propaganda. Com a entrada de investimentos pesados das grandes marcas e o menor interesse dos usuários por tudo que remetia a um comercial, os leilões dos anúncios foram ficando cada vez mais concorridos e caros, e isso aumentou vertiginosamente o custo de aquisição de clientes, que até então tinha diminuído. Reduziu a margem das empresas, o que deixou a situação difícil para as pequenas e médias empresas, porque as grandes ainda conseguiam se manter e ganhar os leilões. Só que, de repente, um fenômeno estranho começou a
acontecer: pessoas começaram a ficar muito famosas na Internet, o que antes era um atributo exclusivo das televisões e do cinema, passou a ser muito mais popular. E a partir desse ruído, alguns poucos empresários notaram o fenômeno do qual iremos falar aqui. A geração millennial, da qual eu faço parte, gosta muito de se relacionar com marcas e consumir marcas que se relacionam com eles das mesmas formas que os seus influenciadores favoritos. E isso bagunçou muito as grandes marcas. Recentemente, a Nike perdeu 20% do seu valor de mercado, a Gu teve uma queda de quase 30% nas
vendas, a Victoria's Secret viu seu faturamento cair 67% em 5 anos, e a Apple, a grande querida e criativa Apple, deixou de ser muito criativa e teve uma queda nas vendas de 36% no último trimestre. Isso quer dizer que a economia está ruim para todo mundo, e que é por isso que os negócios estão caindo tanto? Não! Na verdade, esse é o melhor momento para você construir um negócio do zero, muito rápido, em alta velocidade, e ter resultado de uma forma muito mais barata do que qualquer outro antepassado seu. E a gente viu isso acontecer
na prática: a Skims, da influenciadora Kim Kardashian, alcançou um valuation de 25 bilhões de reais em apenas 5 anos de história. A Jean Shark, uma empresa que vale 8 bilhões e que tem 18 milhões de seguidores, é um outro exemplo de que o mercado está, sim, para peixes, mas peixes diferentes. Com a descentralização da comunicação, o monopólio do desejo também ruiu, e hoje o desejo descentralizado permite que marcas que saibam jogar um novo jogo cresçam de maneira acelerada. E olha, você pode estar pensando que eu citei aqui, por exemplo, Kim Kardashian como uma das fundadoras
dessas marcas de sucesso. Então precisa ser um influenciador famoso para ter sucesso? Não, isso não é verdade, e você também não precisa ser uma marca estrangeira como a N Project, a Mondor, nem de modo algum para ter esse sucesso. Em 2013, eu assumi a conta de uma marca chamada UVV, e essa marca vendia para pessoas extremamente jovens, né? Pessoas que queriam fazer uma graduação, era uma universidade, pessoas ali dos seus 16, 17, 18 anos. Mas quem aprovava as propagandas eram pessoas muito mais velhas, pessoas de 60, 50 anos de idade, e eles vetavam quase tudo
que eu queria fazer. Então, eu decidi fazer uma coisa muito louca: eu decidi colocar nos jornais, que eram as mídias que eles queriam fazer e que, na minha visão, não faziam nenhum sentido, tudo aquilo que eles queriam ver, que era onde eles estavam. E eu usei o Facebook, que na época era a grande rede social, e eles não estavam lá ainda. Eu sei que hoje é a rede dos velhos, mas naquela época não era. E eu fiz tudo que eu acreditava que deveria ser feito, a começar por uma coisa extremamente disruptiva na época: eu fiz
a UVV falar na primeira pessoa e se comportar como um ser humano, além de construir um universo extremamente rico, extremamente claro. E isso levou a instituição a dobrar o número de inscritos no seu vestibular, mesmo gastando menos do que ela sempre gastou. Bom, quando chegou no dia do vestibular e o dono da empresa viu aquela multidão, ele ficou completamente incrédulo. E aí disseram para ele que isso era coisa de maluquice da menina das redes sociais, que era eu. Mas ele percebeu que aquelas maluquices da menina das redes sociais fez com que não só ele dobrasse
o número de inscritos no vestibular, como também ele aumentasse muito o número de pessoas de fato matriculadas na instituição e também diminuísse a evasão. Aquilo, naquela época, me parecia meio que uma coisa intuitiva; eu não tinha clareza de como a gente tinha feito aquilo. Para vocês terem ideia, a UVV é uma universidade local e ela foi capaz de ter um resultado nas redes sociais de crescimento, engajamento e número de seguidores maior do que instituições como... Est que já gastavam muito com anúncio naquela época e eu fiquei me perguntando por que será que isso aconteceu. Eu
tinha uma intuição, mas eu não tinha muita certeza. Só que, quando eu fui fazer o meu MBA, na CL, foi justamente na época que a própria Skin estava nascendo e outras empresas diferentes estavam ganhando forma e força, como o próprio Duolingo, que estava acontecendo de maneira muito forte. Eu reparei que o Duolingo, a Netflix e várias outras dessas empresas que cresceram rápido tinham esse mesmo lugar de falar em primeira pessoa e de parecer muito mais com um ser humano do que com uma corporação. E aí eu decidi estudar a fundo todas essas marcas que estavam
conseguindo crescer muito rapidamente para entender o que elas tinham de tão extraordinário. Foi aí que eu descobri a grande ruptura que nós estamos vivendo. Essa ruptura, basicamente, é uma divisão onde existem hoje as empresas corporações, que são as empresas que se comportam como empresa, têm cara, têm cheiro de empresa bem publicitárias e, muitas vezes, até chapa branca; e as empresas creators, que são as empresas que se comportam como seres humanos, que vivem como pessoas e que têm uma estratégia muito clara que se aproveita dessa fresta. Eu voltei para o Brasil para trabalhar para o G4
Educação, na época se chamava Gestão 4.0, imersão e mentoria, e tinha o mesmo nome do seu único produto. Os fundadores tinham um desejo muito grande de construir uma marca extremamente desejada, mas eles tinham uma única condição: eles não tinham quase dinheiro nenhum e não podiam investir muito para construir essa marca. Eu topei, mesmo assim. Parece loucura, eu comecei todo trabalho lá, primeiro construindo a estratégia de marca focada em ser uma brand creator e, depois, entendendo como eu poderia transformar essa empresa sem gastar nada em um dos maiores cases de educação para fundadores do Brasil; na
verdade, no maior case de educação para fundadores do Brasil. Eu fiz isso transformando os canais orgânicos do G4 Educação nos seus maiores canais de aquisição, detentores de 70% da receita gerada na empresa. Ou seja, dos R$ 310 milhões conquistados no último ano, 70% veio de canais onde não foi necessário gastar nenhum real com anúncios e divulgações. E isso foi feito porque a gente usou esses canais com uma estratégia completamente diferente da dos nossos concorrentes. E mesmo você pensando que é porque a gente tinha ali fundadores que eram meio influenciadores, eu afirmo que não; não foi
isso. Eu posso te afirmar isso porque, se você olha hoje para o mercado de infoproduto, por exemplo, basicamente todos eles têm figuras pessoais com marcas pessoais fortes, mas nenhum tem uma marca de negócio forte como é o caso do G4 Educação, que se tornou o maior negócio dessa categoria. Não é, Thales? Cara, acho que, primeiro de tudo, assim, acho que a história do G4 as pessoas já conhecem, mas eu queria mais que a gente trabalhasse aqui entendendo com você a história de como o G4 cresceu de receita tão rápido. Sabe, eu acho que esse é
um ponto muito interessante. Quando vocês começaram lá atrás, já tinham três marcas pessoais fortes dentro do nicho em que vocês estavam, principalmente em startup. Todo mundo conhecia, você conhecia bastante o Nardon e o Alfredo. Como é que tudo começou em termos de geração de receita? O primeiro lançamento do G4, que era Gestão 4.0, medão e mentoria. Então, a verdade é a seguinte: eu e o Alfredo a gente fazia um trabalho em rede social já há muito tempo. Eu, desde visitar, uhum. Então, primeiro eu bloguei, uhum, né, na minha adolescência, e depois, de blog, eu fui
pro Facebook. Então, antes de existir Instagram, eu já tinha audiência em Facebook, porque eu, sem querer, para querer ajudar outros empreendedores, eu meio que documentei ali. Eu escrevia meio que blog no Facebook, falando da minha trajetória como fundador. Então, cara, tive a ideia da Z Tax, tem um post no Facebook falando que tive uma ideia hoje que acho que vai mudar minha vida. Aí tem o post do Facebook de conseguir o primeiro investimento, aí tem o post do Facebook do primeiro prêmio que a gente abriu, se eu não me engano, foi México ou Coreia do
Sul, tal. Então, quando eu fui morar na Coreia, eu documentava. Então, os empreendedores me seguiam e falavam: "Cara, que legal", porque foi um quarto de crescimento muito grande, né? 35 países, era moleque, 23 anos. Então, eu documentei aquilo lá. Peguei uma audiência muito qualificada de empreendedores, principalmente de setores de tech, que me acompanhavam ali. Mas o lançamento do G4, o primeiro teste que a gente fez, ali nasceu do Stories, meu. Deu basicamente perguntando assim: "Quanto que vocês pagariam para passar um final de semana comigo, tendo com o Alfredo e com o Nardon, tendo uma aula
e aprendendo práticas de gestão?". Eu botei tipo aquelas perguntas ali, tipo 10.000, 15.000, 20... sei lá, negócios, 5, 10, 15, não lembro quanto que era os valores. Na hora que eu vi aquilo ali, que tinha muita resposta, milhares de respostas, e falando que pagaria um ticket bom, eu falei: "Vamos testar, vamos lançar". Isso foi quando eu chamei o Alfredo, chamei o Nardon, chamei o Tony, eu e o Tony, a gente morava junto. Inclusive, a VII, uma casa... F, Ton, desce. Aí, pensando em fazer isso aqui, não sei o que lá, pega tua câmera lá. Ele
tinha uma câmera profissional, fomos no jardim da minha casa, gravamos esse vídeo. E eu fui, cara, do jeito que você conhece, improviso: "Ó, é isso aqui! G4 é isso, não sei o que lá, não sei o que lá". Alfredo, grava aí, falando sobre vendas; Nardon, grava falando sobre marcha. Lançamos o vídeo e aí, bom, lancei a... 10 a R. 10.000 é aquele negócio no Instagram e falei: quem quiser reservar uma vaga, paga 1 e aqui é upfront, e depois vai ter o cashback. Se pagar mais nove, fica com a cadeira. Foram R$ 500.000, ou seja,
500 pessoas pagaram R$ 1.000 para poder reservar lugar, ou seja, tipo inscrição. Ou seja, se eram turma de 50, tinham 10 turmas vendidas upfront. É que não é porque tem que cancelamento e tal, mas beleza. R$ 500.000 em pré-inscrição de curioso, querendo saber mais, sabendo que o ticket era R$ 10.000. E foi naquele momento que eu percebi que isso era muito mais do que simplesmente fazer uma mentoria no final de semana: dava para fazer uma boa empresa que tinha uma... uma... uma... A minha tese estava certa, né? Que tinha uma demanda reprimida de empreendedores querendo
aprender com outros empreendedores no modelo não acadêmico, tipo um learning by doing, aprender com quem faz. Eu falei: pô, vamos rodar uma turma, ver o que acontece. Rodamos a primeira turma, gente extremamente qualificada, donos de clínica médica, donos de boas empresas. Galera faturando 50, 60, 70 milhões de reais naquela época. Eu falei: bom, esse negócio é super bacana. A gente fez a primeira turma e decidiu que o G4 seria muito mais que uma empresa de educação, mas que seria um ecossistema que ia servir aqueles empreendedores. Mas a gente tinha consciência que primeiro a gente precisava
construir uma boa empresa de educação, né? Quando você começou esse movimento de building public, eu acho que isso era zero comum, principalmente no Brasil. Inclusive, era muito mal visto, bem marginalizado. Exato. E aí, isso que eu queria entender: qual era teu objetivo quando você começou a fazer isso lá atrás? O fundo de investimento que investia na gente, a Rocket, era mega contra. Ele falou: pô, você não tem que ficar fazendo isso, ficar falando estratégia de negócios, ficar se expondo. Foca no trabalho. Eu falei: não, mas isso é parte do trabalho, que é parte da construção
da minha marca pessoal como gestor, parte do meu trabalho como CEO, falar da Zitax para que outras pessoas queiram trabalhar na Zitax total. E como o PR era muito forte, então se você busca na internet, você vai ver que, cara, a gente... você estava em tudo. A Zitax tudo proporcionalmente a Easy Tax em 2011, 2012, 2013, era o que era o Nubank ou o que é o Nubank em termos de... todo mundo queria trabalhar na Tax, né? Então, todo mundo saía da Poli e queria para Tax. A gente, estrategicamente, inclusive, colocou o escritório na frente
da Poli, né, no Vila Lobos, ali na Vila Leopoldina, porque eu pegava muita gente que saía da Poli. Então, qual era a história ali? Eu percebi que fazer um founder-led growth naquele momento era a melhor coisa que eu podia fazer para a Tax, principalmente por ser um business B2C. Como eu saía muito em capa de revista, muita matéria no mundo inteiro e tal, eu tinha muito fato novo para trazer. Então, eu casava fato novo com a credibilidade do que eu gerava via PR versus aquilo que eu ajudava outros empreendedores, que eu queria ajudar também. E
eu sabia que, fazendo isso, outras pessoas queriam trabalhar comigo e falavam: cara, eu quero empreender. E você sabe muito bem o perfil de gente que eu gosto trabalhando comigo, perfil empreendedor. Então, pô, eu atraía muito bem essas pessoas. O fundo de investimento não entendia isso, outros founders não entendiam isso; sempre viam com ciúmes, com inveja e tal. Mas eu já sabia que esse era o grande movimento. Quando a gente fundou o G4, os meus pais, amigos fundadores, viravam para mim e falavam assim: "Vai vender curso agora com essa história que você tem? Sério? Você vai
jogar no lixo?" Eu falei: não, pelo contrário. Isso é o foundation de um negócio que vai me permitir criar um negócio muito maior ainda. Eu crescer com o que é negativo, essa era a visão que a gente tinha já lá pro final de 2019. Ninguém entendia isso. Ah, você sempre falava: cara, vamos usar a educação como canal de aquisição para a gente construir software e a gente vai vender software com o que é negativo. É isso aí. Mas essa visão agora tá clara para todo mundo que o G4 virou uma empresa grande. Agora você sabe,
você viveu aqui o quanto a gente sofria com inveja de gente que não tinha o conhecimento do que era a estratégia, do que vocês estão ensinando hoje, por exemplo, né? Uhum. É, falava que era coisa de buste coach e tal. E cara, hoje acho que ainda o G4 é um baita case, inclusive, pro mercado de educação, inclusive pro mercado de coaches, que era o mercado que o G4 nunca quis parecer. Sendo isso, é um baita case de geração de demanda orgânica, sim, e uma da verdade, a única marca que nasceu de marcas pessoais em educação
e conseguiu construir uma marca de negócio, tipo, que você ajudou muito, inclusive. Não, muito obrigada! Mas foi muito de uma visão de vocês desde o início de querer falar: cara, a gente quer construir aqui uma escola de negócio. Prof. Founder, vocês nunca quiseram construir tipo serem influenciadores que vendiam educação. Eu acho que tem um outro ponto muito legal aqui também. Isso é uma coisa que a gente tem visto empresas nascerem assim, né? Qual o que é nascer assim? Normalmente, as pessoas antigamente construíam um negócio e depois que elas tinham esse negócio pronto, elas iam fazer
aquisição no mercado, né? Construíram o seu ecossistema de canais de aquisição e... Hoje a gente tem visto o movimento das pessoas construírem primeiro um canal de aquisição e depois plugar em um produto que tenha fit com aquela audiência. Beleza, então, que antes a gente via o product market fit, agora tá meio que sendo um product audience fit, né? É isso aí. Quando você pensa no quadro daqui para frente, acho que vocês hoje são o grande amigo do empreendedor médio no Brasil. Como é que você pensa isso? Vocês chegaram a 310. Eu sei que você tem
o objetivo de chegar a 317. 317, animal! E eu sei que você tem o objetivo de chegar a um bilhão de faturamento em 2027. 2027 trouxe pra frente porque era 2030, né? Não, agora 2027. 2027, ótimo! E como é que vocês pensam em fazer isso, assim, partindo de um negócio que começou com educação? Como é que você pensa em expandir para tornar esse negócio um negócio que fatura um bilhão? É bom, se a gente fizer só o que a gente faz, a gente chega lá. Por que que acontece? Esse ano foi um ano que a
gente revisitou o planejamento estratégico do G4. A gente trouxe uma consultoria, que, obviamente, não vou citar o nome, mas é uma das melhores do mundo nesse negócio. Então, quando a gente revisita esse planejamento, a gente fala assim: "Ó cara, se a gente fizer só o que a gente faz, um bilhão tá fácil." É uma loucura falar isso hoje em dia, né? Mas um bilhão tá previsível. Só que como que a gente faz três bilhões em 2030? Opa! Aí é outro caminho, é outro jogo. Então, para eu fazer isso, eu tenho uma série de construções que
eu tenho que fazer aqui em blocos para fortalecimento do meu flywheel e, obviamente, fazer esse ecossistema para servir o pequeno e o médio empresário brasileiro. Então a gente desenhou quais são esses produtos, essas caixinhas que vão servir o pequeno e médio empresário brasileiro, através de quais canais a gente vai capturar esses leads, onde que esses caras estão, quanto que vai custar. Então, cara, tem um plano de execução mesmo agora para ser tocado. A parte da estratégia de onde vai, a gente matou nesse trabalho, nessa imersão que a gente fez aqui de 8 meses. Durou 8
meses e a gente gastou R$ 1 milhão de reais com essa consultoria para nos guiar nessa discussão, né? Também porque vocês são três sócios aqui, três sócios com personalidades fortes. E acho que esse também é um diferencial do G4 quando a gente olha pro mercado. Porque, por mais que você tenha uma marca pessoal muito forte, os outros sócios também conseguiram construir uma marca pessoal importante, além dos mentores que estão no entorno. Então, tem muito interesse para ser conciliado. Então, vocês têm um roadmap claro de como chegar nesse 1 bilhão? Temos um roadmap claro e a
gente é irrelevante para ele, que é o principal, né? Que é o que eu sempre te falei, que eu falava: "Cara, eu quero ser irrelevante." O que eu sempre te falei que o meu sonho era fechar meu Instagram, botar foto de paisagem e nunca mais ter que gerar conteúdo, né? Esse era o meu sonho, que eu tô cansado disso. Mas, pô, a gente é adulto, a gente faz o que tem que ser feito. Eu faço não porque eu gosto, foi muito importante para trazer a empresa até aqui. Foi muito importante, só que hoje já tem
um canal institucional que é um legado seu aqui, né? Que ele é muito mais forte do que os três fundadores juntos. Sim, esse é um golaço da companhia. A nossa companhia não teria valor de equity se esse trabalho não tivesse sido feito, porque aí eles iam falar assim: "Beleza, então tô investindo no Thales Gomes." E se você surtar? E se você morrer? Fica um investimento ruim. Então, você até tem vales, mas tem pouco. Quando você institucionaliza teu canal e mais da metade da tua companhia vem de um canal, vem de crescimento da tua companhia, vem
de um canal institucional que não depende de uma cara, opa, temos um negócio, né? E olha, eu falei aqui para vocês de duas empresas de educação, e eu vou falar de uma terceira empresa de educação. Não para você achar que isso é alguma coisa que acontece só no mercado, mas é porque o Thales, ele já era uma figura famosa. E quando eu cheguei no G4, basicamente os principais canais de aquisição eram performance e o perfil do Thales Gomes, e um pouco dos outros fundadores também. Mas essa outra escola de negócio, feita inclusive para pessoas muito
mais jovens que estão entrando na graduação, nasceu sem uma figura de um influenciador. Na verdade, ela construiu primeiro seu canal de aquisição e depois a faculdade. E quando seu fundador fez isso, sem ser nem um pouco conhecido, ele fez sem mostrar o seu rosto, começando pelo "Além da GV", que depois virou o "Além da Facu", que depois virou a Link School of Business. Cara, como é que foi esse processo? Assim, eu lembro que você tinha o "Além da Facu", né? Tinha. Mas de onde veio isso? Foi um negócio muito surreal. Primeiro, assim, minha vida inteira
é mercado financeiro. Então eu fui dono de gestora, fizemos nosso IPO em 2007, e fui portfolio manager de ações, fundo de ações. Minha vida inteira foi ler balanço, nota explicativa, conversar com CEOs de empresas, serem acionistas de empresas abertas. Na Tarpon, a gente sempre teve, na Ton, fundos de universidades, principalmente americanas, na nossa base de investidores, os endowments, né? Os fundos de doações deles na nossa base de investidores. Então, desde 2005, sempre visitei muita faculdade no mundo. Eu brinco, eu falo: acho que... Eu sou a pessoa que mais conhece faculdades do mundo. Que eu conheço,
pelo menos, são 160 listadas! Inclusive, fui algumas vezes e sempre visitando faculdades. Um dia, eu fui parar em Babson, que é uma faculdade voltada para empreendedorismo, e eu vi que era possível ensinar a formar negócios, e aquilo me encantou. Eu voltei e falei para a turma: "Ó, a gente estava procurando ativo em educação para comprar, e falei: nós vamos fazer uma faculdade, uma Babson brasileira. Nós vamos ensinar as pessoas a empreenderem, a virarem donas de empresa e não executivos em grandes empresas, como o Babson se propõe a fazer." E aí comecei, nessas andanças, a conversar
com pessoas. Tinha uma pessoa que tinha sido aluno meu, um cara que foi aluno meu na GV. A Tarpon tinha uma matéria na GV: a gente dava uma matéria de investimento em ações, e eu tive um aluno espetacular chamado Thiago Reis, que é o Thiago da Suno. E, de vez em quando, eu conhecia a família do Thiago, os pais do Thiago, e, de vez em quando, eu me encontrava com ele. Um dia, eu fui almoçar com ele, e aí ele me contou o que estava fazendo na Suno etc. Ele me explicou o que era SEO,
eu não sabia o que era Google. Aí eu falei: "O que é isso?" Foi no final de 2018. Ele falou: "Digita um termo no mercado financeiro no Google, qualquer palavra do mercado financeiro que você usa no seu dia a dia." Aí eu digitei "dívida líquida". Apareceu a Suno em primeiro lugar. Aí ele falou: "Digita outro." Eu digitei "capital de giro". E daí apareceu a Suno em primeiro lugar, explicando aqueles termos. Aí ele falou: "Pega qualquer personalidade do mercado financeiro e digita no Google." Eu falei: "Vou digitar Roberto Setúbal, que vai aparecer Wikipedia ou Itaú." Eu
digitei "Roberto Setúbal" e apareceu a Suno. Ele falou: "Como você consegue ficar em primeiro lugar no Google? Isso no orgânico, não no patrocinado." Eu falei: "Como é que você consegue ficar em primeiro lugar no Google?" Aí ele falou: "Álvaro, isso é uma... Você vai criando um conteúdo e, daqui a pouco, você vai atendendo as necessidades do que o Google espera para enxergar aquilo como sendo o conteúdo mais relevante para aquele tema específico, e vai aparecer em primeiro lugar." Aí eu falei: "Caramba, isso é sensacional! Dá para fazer para qualquer setor." Ele falou: "Qualquer setor." E
ele falou: "Você não viu nada. O duro são as redes sociais, que é muito mais forte que isso." Aí eu falei: "Facebook e essas coisas?" Ele falou: "É." Eu falei: "Eu não entendo nada. Eu sou o cara mais low profile que existia, achava até meio babaca. Tinha uma vergonha danada, porque para mim era um negócio que a pessoa ou postava ela sem camisa, ou postava a maquiagem que estava fazendo, ou o que estava comendo. Nada a ver com a minha vida, com o meu mundo." Aí eles falaram: "Ah, estuda, tem um livro aqui chamado 'Conteúdo'."
Aí eu falei assim: "Não quero saber. O melhor jeito de estudar vai ser criando uma página no Instagram." Eu já tinha a ideia da Link na cabeça, então falei: "Vou criar uma página para falar de educação e negócio." E eu tenho um livro que é quase um livro de cabeceira para mim, que chama "What They Don't Teach You at Harvard Business School", que é o que não se ensina em Harvard. E eu falei assim: "Vou fazer um Instagram disso. Por quê? Porque eu fiz GV, eu fiz administração na GV, eu sei exatamente o que aprendi
na GV em 4 anos, e eu sei exatamente o que aprendi na vida trabalhando." Em 2018, 2019, tinha 20 anos de trabalho ali. E eu falei: "O que eu aprendi na faculdade, o que eu aprendi de fora da faculdade?" E eu criei o "Além da GV". Começou como "Além da GV", e comecei a falar de negócio. Falar de negócio. Ninguém sabia que era eu e comecei a falar: "Negócio, educação, negócio, educação." Fiz um ranking de faculdades, falava o que eu achava de consultoria, o que eu achava de atléticas, o que eu achava que a faculdade
deveria ensinar e não ensinava. Aquilo foi crescendo, só no orgânico, zero patrocinado, zero mostrando a cara. Aquilo virou... Aí não era mais só sobre administração. Eu troquei o nome da GV por Facu, ficou "Além da Facu". Até que um dia, uma pessoa me escreveu: "Falei que descobri quem você é. Você é o Álvaro Chocar, da Tarpon, porque você falou que nasceu no Canadá. Você falou em algum momento que tinha feito GV, e falou que tinha feito um IPO em 2007, que trabalhou numa gestora." Ele ligou os pontos, ele fez um CSI ali e ele falou:
"Pode ficar tranquilo, não vou contar para ninguém, mas eu sei que você é o Álvaro. Nem precisa me confirmar, eu tenho certeza." Um cara escreveu isso. E aí o chefe da cadeira de empreendedorismo do Insper, que era o Luiz Vabo na época, falou: "Olha, você que é dono aí do 'Além da Facu', você não quer vir fazer uma palestra no Insper? Eu prometo para você que não conto publicamente quem você é e faço um termo com os alunos para eles não falarem quem é." E aí eu fui, dei essa palestra no Insper. E quando foi
domingo dessa semana, eu falei: "Quer saber? Eu não tenho por que esconder nada de ninguém." Eu tinha 90 mil seguidores, 85 mil, não sei, era super pequena, mas era. Aí eu contei para todo mundo que era eu, que foi uma mega decepção, porque todo mundo achava que era alguém famoso e ninguém sabia quem. Era Álvaro na época, né? E a partir daí eu gravei um podcast com Ran que virou um sucesso no YouTube. Acho que foi o podcast mais visto dele, né? Onde eu contava a história da Link, ainda antes de ter tudo. E depois,
além da Facu, vieram com Bernardinho, Baz, o próprio Tho Reis. A gente levou até o momento, mas sempre com uma cara de go to market. Apesar de ter curso de atender as pessoas e de produzir muito conteúdo, eu prometo que já vou parar de falar para contar a história. Tô dando um negócio inteiro, mas assim, chegou o momento que eu falei: "não precisamos mais do Além da Facu." Cumpri o papel de levar toda essa comunidade para uma educação nova, para uma educação empreendedora, por uma faculdade completamente diferente das outras. E naquele dia, eu transformei Além
da Facu no meu Instagram pessoal. E começamos a criar o Instagram, crescer o Instagram da Link. Obviamente, teve uma enxurrada de pessoas que também passaram a seguir a Link, né? E hoje, eu acho que, se comparar em termos de presença nas redes sociais, eu acho que não tem uma faculdade no Brasil que faça o que a gente faz. Naquele momento, quando você criou a Lenda Facu, que na verdade era o Além da GV, você já imaginava que ele ia ser um canal de aquisição para a educação? Já imaginava. Já imaginava. Eu tinha lido um livro
chamado "Conteúdo SA," do Joe Pulizzi, que mostrava que o marketing moderno seria um marketing de conteúdo e não mais um marketing de venda de produto, de explicar um produto. Uhum. E ele mostrava que, à medida que você vai construindo uma comunidade em torno de um determinado assunto, essa comunidade te entrega fãs, potenciais clientes, fornecedores, parceiros de negócios, investidores e até funcionários. À medida que eu fui montando isso dentro do Além da Facu, os alunos da primeira turma vieram dali, os professores, muitos vieram dali, algumas pessoas que trabalham aqui na Link vieram dali. Então, foi tudo
bem organizadinho. Como eu sou bem metódico e tinha um planejamento de três anos na minha cabeça, o Além da Facu sempre foi um negócio com começo, meio e fim para atrair todo esse pessoal. Obviamente, que eu não deixava uma gota de sangue na água, ninguém podia imaginar que isso era um outro mar, mas lá no final a turma percebeu e todo mundo levou numa boa. E como é que essa galera fica sabendo que a Link existe? Fica sabendo disso pela internet, rede social, TikTok, Instagram. TikTok com essa moçada aqui é um negócio maluco, né? Porque
eles acessam mesmo Instagram, eles acessam mesmo. Eu fico surpreso! Ontem, dei aula lá, acho que recebi umas 30 perguntas na aula: uma era de São Paulo, o resto era Manaus, Porto Alegre, Cuiabá, Recife. É bonito te ver! Que demais, cara! E vocês, hoje, investem muito em anúncio ou é majoritariamente orgânico? A gente faz anúncio, mas nada, nada. Vai ser raro você pegar um patrocinado da Link. Pega ali no Jornada? Quando tá na Jornada, é muito mais para informar do que para trazer o cara, porque é difícil você pegar um cara para tomar uma decisão de
uma faculdade. Não é assim: "eu vi um anúncio, vou comprar." Não é como uma chapinha de cabelo ou uma creatina que você faz um anúncio, o cara fala: "bom, beleza, deixa eu testar isso aqui." É uma faculdade, são quatro anos da vida. Então, a gente usa muito mais para informativo. Quando tá fechando o processo vestibular, a gente roda um anúncio; o resto é tudo orgânico. Para o nosso business, orgânico funciona muito. Eu acho que hoje o marketing mudou completamente, o jogo do marketing, né? Pode passar a rede social muda por completo. Você prefere seguir uma
Maísa ou a Nestlé? Eu tenho certeza que no teu Instagram você tá seguindo a Maísa e não tá seguindo a Nestlé. Assim como eu sigo um Thiago Reis e não sigo o banco Itaú, que é meu banco. Uh, eu itau porque eu quero seguir uma pessoa e não uma corporativa. Agora, o re que vai me dar uma dica de finanças, que vai me falar o que é alguma posição de mercado, que vai entrevistar um cara em finanças que pode me agregar alguma coisa em conhecimento, pô, faço questão de seguir. Então, eu acho que a internet,
para mim, fez um jogo de equivalência de força, onde você tem alguém que é capaz de falar com tamanha potência que, quando você compara uma Boca Rosa com uma L'Oréal, você fala: "não, é quase desfavorável para uma Boca Rosa na internet." Não por quê? Porque a voz dela é maior que a da L'Oréal. A voz da Camila Coutinho é maior do que da MAC. A voz da Virgínia é maior do que a Sefor. E você fala: "como é que pode isso?" A internet permite isso, tá? Agora eu preciso provar para vocês que isso não é
um negócio que tá acontecendo só em educação, né? Não é a ruptura diferente do que a gente viu, por exemplo, nas empresas de tecnologia que cresceram rapidamente e que todas as empresas que cresceram rapidamente eram empresas de tecnologia. Não se trata de uma oportunidade para mercado específico, é uma oportunidade para todas as indústrias que souberem se transformar em negócios Creator. Uma outra prova disso é o que a gente tá vendo acontecer com as marcas da influenciadora Manuela, que aos 21 anos já tem duas empresas milionárias, como a Goodi e a Simple. Eu conversei com ela
para entender como ela fez isso. Por que você achou que fazia sentido, além de você já estar indo bem com o PBL, além de fazer PBL, ter o seu negócio e entrar como sócia? E participar é, você é super ativa em todas as divulgações da GZ. Você é super próxima à marca, hoje tem 100% seu rosto; as pessoas associam muito isso. O que você achou? Fazia sentido ter também o negócio? Eu, na época, fazia medicina também, então você já… você ainda fazia. A gente fundou a Gudi em outubro de 2023, mas começamos a trabalhar nela
em fevereiro de 2023. Eu sempre fui empreendedora nata, então sempre vendia: vendi pulseira de miçanga, vendi redação na escola, vendi slime, ganhava um dinheiro assim. Eu sempre quis fazer o meu próprio; eu sempre fui muito do "eu preciso ter a minha independência". E eu fui construindo isso desde muito nova. Então, quando eu vi essa oportunidade de criar uma sociedade nova, em que eu ia entrar com o meu rosto e que eu não ficaria na parte de gestão, que é o meu fraco, eu ajudo na gestão, eu faço parte das decisões, mas eu não sou a
pessoa que está lá no dia a dia com a cabeça nisso. A minha cabeça é muito mais criativa, é muito mais para o outro lado, para sonhar e realmente criar. A burocracia não fica comigo, senão eu ia estar sucumbindo ao meu talento natural com algo que não é meu. Então, eu vi essa oportunidade neles, que tinham competências que eu não tinha, que eu podia complementar, somar, e a gente criou isso junto. Só que foi algo muito intuitivo para mim, porque eu já amava vender; eu sempre fui vendedora. Eu podia vender para mim mesma, podia construir
algo meu. Eu via quanto as empresas que eu entrava cresciam junto comigo. Entrei lá no comecinho da Bold, quando ela era bem menor, e a Bold não tem rosto. Imagina, então uma marca com rosto que eu ia ajudar a crescer, igual eu fiz com outras marcas. E a ver, é sua exatamente, porque uma gestão boa, com um bom rosto, uma pessoa dedicada ali, a marca tende a crescer. E um bom produto também. O produto que a gente faz é ótimo, a gente sempre tenta levar o melhor possível para os clientes, a gente sempre tenta inovar.
Então, é um bom produto, é um produto que tem público, por isso que vende bastante. Então, eu pensei: "Esse é um negócio legal para eu entrar". Você já pensou assim? Tipo, você estava até falando, por exemplo, em algum momento, você pode vender a sua parte da Gudi ou a própria Gudi inteira; pode ser vendida ou a própria PR simples. E aí você tem uma entrada mais volumosa de receita que você pode botar em investimento, enfim. Então, você consegue ter uma segurança maior. Você pensou nisso? Tipo, “Ah, vou diversificar, que aqui eu tenho P que entra
e eu tenho caixa, e eu consigo dar um resultado legal para as marcas”? Aqui eu tenho negócios que eu estou construindo, é dinheiro de longo prazo, equity. Tem essa diferença na minha cabeça. E mais que isso, assim como a gente diversifica os investimentos. Eu tenho investimento em apartamento, tenho renda fixa. Você já pensa nessas coisas? Eu tenho dois apartamentos, tenho renda passiva lá que entra todos os meses dos meus investimentos mais conservadores, tem algumas ações também que dão isso, mas eu também tenho algumas coisas mais arriscadas. Então, eu gosto de diversificar, só que eu sou
uma pessoa muito mais conservadora, tanto nas minhas ações nas empresas quanto nos meus investimentos. Então, nas empresas, eu não gosto de focar só no meu. Tem gente que fica só no negócio próprio; eu gosto de ter publicidade ali entrando todos os meses. Eu gosto de trabalhar com marcas que eu já uso, porque é legal eu indicar uma coisa que é verdadeira no meu dia a dia. Quando eu falo de Bold, por exemplo, eu comi uma agora há pouco, eu amo. Então, por que eu não vou mostrar? Eu mostro o meu dia a dia. Isso que
é o legal do Daily, que eu mostro o meu dia inteiro; eu consigo incluir as coisas super naturalmente porque é o que eu uso de verdade. Então, hoje eu só faço publicidade de coisas que eu amo. Então, estou usando uma roupa que eu amo, vou falar dela; estou usando o sapato que eu uso, vou falar dele. Então, é muito genuíno; isso é uma coisa que eu prezo muito, porque hoje eu não preciso mais. Quando eu comecei, eu não tinha nenhum dinheiro. Eu comecei com R$ 0 na conta. Tá bom que meus pais tinham uma condição
boa; eu não tinha. Eu podia, sei lá, ter a minha mesadinha ali, mas isso não é uma renda, sim? Então, eu precisava trabalhar. Agora que eu já tenho uma renda passiva muito boa e um conforto maior, parece que não tem mais aquela coisa. Eu posso escolher o que eu escolher muito bem, e é isso que eu faço há mais de um ano. Escolho muito bem que eu entro, que eu faço com as empresas com as quais eu trabalho. Assim, a de Simple para mim é a melhor academia do Brasil, tem um potencial de expansão gigantesco,
porque além de ter pilares muito bons, o preço dela é muito bom, o atendimento ao cliente é muito bom e ela tem uma gestão muito boa. Então, o potencial é enorme; é só uma questão de tempo até ela crescer muito. E a gente vai fazer acontecer. Ah, sem dúvida. Então, uma das coisas que eu percebo em você, em específico, e que eu vejo negativamente em alguns outros influenciadores que criam empresas, é que eles não conseguem ter a clareza de que eles construíram um público já com FIT para algum negócio. Por exemplo, você. Falou que vocês
iam fazer o caderno. Cara, faz muito mais sentido você fazer o game de creatina, porque você construiu toda a sua imagem. É óbvio que você também falava ali de produtividade, de estudo, mas, cara, você era a cara da saúde. Você era a cara do fitness, era a cara do health. Então, é ter essa inteligência de saber: "Cara, eu construí uma audiência e uma autoridade dentro desse tema, e aí eu vou plugar um produto que vai tangibilizar aquele universo que eu já construí, que eu já gerei desejo." Eu falo, cara, a Bianca foi muito esperta nisso,
ela foi muito boa nisso, porque ela passou a vida construindo uma autoridade em maquiagem e ela lançou um produto de maquiagem. Então, uma coisa que eu vejo hoje influenciadores fazendo, que eu não acho tão legal, é que eles têm uma... as pessoas admiram eles por A, e aí eles lançam um produto B que não tá vinculado. E você foi muito inteligente tanto aqui quanto na Good de ter um produto que é a cara da sua imagem, do que a sua audiência acha que você tem autoridade para trazer para eles. Então, isso é perfeito! Você é
muito boa em fazer público. Eu acho que você faz de um jeito muito legal, e eu sei que seus resultados são muito bons. O filme contou assim: tipo, você gera muito resultado para as marcas. Você consegue, de fato, fazer as pessoas comprarem esses produtos. Como é que você pensa uma pública? Como é que você desenha? Como é que é o seu processo com essas marcas? É muito mais intuitivo do que parece. Eu incluo ela muito no meu dia a dia, eu trago ela muito mais para dentro do que criar algo fora. Então, hoje, por exemplo,
eu vou fazer um snack que eu tô aqui na bolsa. Eu trouxe porque eu realmente vou comer ele daqui a pouco, quando eu for ali no escritório trabalhar. Então, eu vou treinar, comer e trabalhar, que é o que eu já faço no meu dia a dia. Vou incluir uma publicidade já que faz sentido, que eu já consumo no meu dia a dia aqui. Então, é um recorte do meu dia. A maioria das PES que eu faço são recortes. Eu tô usando uma roupa que eu faço publicidade, e a maioria das marcas que eu trabalho são
marcas que eu já consumia antes. Então, eu vou atrás deles e é um recorte da minha vida. Eu acho que eu tenho essa sorte de meu conteúdo, além de vida saudável, ser um pouco do recorte da minha vida, muito pelo exemplo de quem eu sou e da seriedade que eu levo às coisas que eu faço. E aí a marca quer estar ali no meio, então ela quer que eu use. E, então, eu tenho muitos contratos que, além de vender bem, eu tenho exclusividade, que a marca quer que seja só ela. Isso também é muito legal;
me gera uma nova fonte de receita, que é essa cláusula. Então, além de ter um ganha-ganha nessa relação, é muito fácil incluir algo que eu já uso, e é um olhar muito orgânico mesmo. Eu não faço mega produções. É muito raro eu estar fazendo agora num documentário algo mais produzido. E tem marcas que estão patrocinadas lá, como por exemplo o BTG, e que aparecem em todos os episódios. Mas é algo que, gente, meu cartão é BTG! É só eu pagar uma água com o cartão BTG. Demais, que demais! O que você acha que uma empresa,
um empresário ou uma empresa, bom, você trabalha para várias empresas, deveria fazer para usar esse potencial enorme que são as redes sociais? A gente estava vivendo um momento em que era muito caro você fazer propaganda, era muito caro você aparecer para as outras pessoas. Basicamente, tinha que usar TV, tinha que usar jornal, tinha que usar rádio. Eram mídias que você tinha que investir muito. Hoje, com as redes sociais, você pode ir do nível quase gratuito, que é o seu celular e o seu tempo, até investir dinheiro ali num patrocinado ou contratar influenciadores para estarem com
você nesse processo. O que você acha que um empresário, com um negócio médio que quer crescer e ter um crescimento mais acelerado, poderia fazer diferente usando as redes sociais? Usando esse potencial das redes sociais para conseguir ter um crescimento bom. Você fez isso com a Goodi, você tá ajudando a empresa a crescer rápido. O que você acha que essas empresas fazem e que outras empresas poderiam ver e falar: "Isso é legal, deveria fazer algo parecido?" Eu acho que é legal se atrelar pessoas normais, mostrar esse dia a dia também da marca. Quando eu tô na
empresa, eu mostro no meu perfil. Mas eu já vi muita marca, como por exemplo a Nude, sendo o influenciador. Eles são o influenciador deles, então é um case muito legal que eu acho que dá certo, as pessoas têm interesse nisso. Quem faz isso muito legal aqui no Brasil também é o grupo Ofo. Eles mostram o dia a dia do escritório lá o tempo inteiro, então eu tenho muita curiosidade para ver pessoas normais trabalhando numa empresa que eu gosto de consumir. O conteúdo eu acho que com as outras empresas isso também se aplica, só que de
forma diferente dentro do nicho deles. Então, enquanto a de suplementação... Eles são de entretenimento e conteúdo. As outras marcas podem ser de roupa, podem ser outras coisas, mas mostrar de uma maneira diferente, sair do óbvio, sair das trends, sem criar coisas novas e testar tudo. Porque, quando flopar, flopou; porque ninguém viu. Então, não tem problema flopar. E agora, quando dá certo, dá certo! Então já vi muita marca sair do zero sozinha porque eles... Foram para o TikTok e tiveram uma estratégia diferente; mostraram que queriam viralizar, queriam uma marca de roupa mesmo fitness. Elas davam para
muita gente; eu lembro que deram para Mimo faz muito tempo, e os vídeos viralizavam mesmo no TikTok porque as roupas eram bonitas. Quando o produto se sustenta e o marketing é diferente, hoje a gente tem total liberdade de inovar e tem alguém ali pensando todos os dias e tentando tudo, principalmente no TikTok, que tem esse poder de viralização muito grande. Eu acho que dá certo; eu acho que o TikTok é o caminho da viralização, assim, para você ganhar uma notoriedade e construir essa reputação no Instagram, que é uma rede social que eu vejo como mais
séria. Eu acho que vende muito mais no Instagram, mas no TikTok é onde você ganha conhecimento. Nossa, essa marca existe! Ganha alcance excelente. Você falou uma coisa de testar; e aí, quando flopa, você aprende. Quando não flopa, você [ __ ]. Que legal! Você costuma olhar para os seus conteúdos e falar assim: "Ah, esse conteúdo aqui foi bem, esse aqui foi mal"? E aí entender o porquê, para você ter um aprendizado para os próximos. Você tem uma planilha, uma planilha de metas, e tem algumas métricas que não fazem sentido, parecem erro do algoritmo, mas se
você olhar o grosso daquilo, tem um padrão. As pessoas, elas me seguem por um motivo, então eu quero falar sobre isso, que é o que as pessoas querem ouvir de mim, que é o que eu sou referência. Eu posso falar sobre muitas coisas hoje, mas provavelmente, se eu não for referência naquele assunto, a pessoa não vai me ouvir. Quando faço essa planilha, coloco os meus números e consigo ver bem certinho. Coloco lá qual é o vídeo e eu sei todos os vídeos que eu fiz porque sou eu que faço tudo, então consigo me lembrar certinho
de cada vídeo que eu já fiz e das frases que eu faço. Inclusive, tem muita gente que pega as minhas frases e faz os vídeos deles, frases que eu criei. Eu olho e digo: "Caraca, aquela frase virou trend!". Eu acho legal quando você se torna referência. A gente não tem que reclamar que a pessoa está fazendo igual. Deu certo! As coisas na internet são tão efêmeras que a gente sempre tem que estar criando novo, mesmo que copiem ou não. Não dá para ficar sempre na mesma estaca. Mas eu olho para essa planilha, eu consigo ver
um padrão, passo para minha equipe e falo: "Hoje a gente vai falar sobre isso essa semana, e depois é um novo assunto, um novo pensamento", mas sempre olhando para as coisas. Se hoje eu falar de um movimento que eu já fiz, como, por exemplo, bal de salada, não vai ter a força que teve na época, que foi ano passado. Ano passado, isso era ótimo! Se eu olhar as métricas do ano passado com o olhar de hoje e fizer o que eu fiz ano passado hoje, não vai dar certo. Então, as métricas que eu vejo também
são recentes; o movimento da internet é recente. A minha geração é muito rápida, as coisas são para ontem, então eu tenho que trabalhar em cima disso. Perfeito! Dentro desse mercado todo, a gente fala que a descentralização está ocorrendo no mercado, como um todo: desde banco, política, B2B, tecnologia, moda, artigos esportivos. Mas ela não aconteceu tão fortemente nos meios de comunicação. É óbvio que sim, agora todos podem ser um canal de mídia, porém em poucas mídias. E tem uma galera que está tentando fazer isso também, ser transformada e ampliar ainda mais as mídias que existem para
você construir a sua marca, seja ela pessoal ou de negócios. Existe uma galera aqui no Brasil que não tem nenhum influenciador por trás, mas que conseguiu crescer muito rapidamente, produzindo e vendendo conteúdo. E essa galera agora quer construir a TV da próxima geração que funciona. Os dailies, que cresceram, como Manuc, por exemplo, criaram esse conceito de daily, mostrando tudo que está acontecendo. A gente falou: "Vamos trazer para o mundo corporativo". Nós vamos ser o primeiro daily corporativo do mundo, que eu não tinha visto isso lá fora, e a gente trouxe isso para cá. Tem dado
muito certo, e a audiência que vai assistir o programa ali ao vivo não tem dúvida, são essas pessoas que querem acompanhar. Elas vão querer saber: "Pera aí, o que está acontecendo?". Então, a gente filma a obra, já vim aqui, já mostrei que estou aqui no sábado, etc. As pessoas gostam disso. E, no fim do dia, acho que é tudo sobre conteúdo, conexão, para as pessoas sentirem que elas estão fazendo parte daquilo. Um exemplo que eu gosto de dar é do Zuckerberg. Se a gente não precisasse humanizar as coisas, colocar o rosto, você que está aí
assistindo isso: por que você acha que um cara como ele, que já resolveu a vida financeiramente, já fez tudo, já conquistou tudo e é dono da maior rede social do mundo, por que esse cara ia mudar o estilo de vida dele, deixar o cabelo crescer, colocar colar de não sei quê, ficar bronzeado, aprender a fazer? Claro, tem o aspecto pessoal, que ele deve estar se transformando também. Mas eu acho que não posso duvidar da inteligência de um cara desse, que deve ter uma estratégia por trás, porque ele percebeu que, em algum momento, algumas pessoas estão
se realizando disso. E a verdade é que, daqui a pouco, vai fazer tudo, vai simular essa conversa que a gente está fazendo, vai fazer tudo. Aí não faz, não consegue fazer ao vivo; por isso que eu tenho um estúdio. Aqui na porta é porque isso aqui é não fácil. Você vai vir ver um boneco, você vê pela tela, mas é encostar em. É isso aqui. Então, acho que o Zucker percebeu isso; ele falou: "Cara, eles podem copiar tudo. TikTok às vezes já tem uma tecnologia melhor, mas eu preciso ser um cara que as pessoas vão
gostar de mim." E aí ele começou a fazer esse esforço de mostrar o carro que ele compra, mostrar a esposa, mostrar o lifestyle, que é uma coisa que ele não fazia antes. Então, acho que é pensar com essa lente de que se um dos caras mais ricos do mundo, mais bem-sucedidos do mundo, está fazendo isso, ele é dono da plataforma e sabe tudo que está acontecendo. Cara, é só seguir a onda que acho que vai dar certo. Muito bom, cara! E um ponto que eu acho que é mais curioso no caso de vocês é que
vocês não têm o rosto de vocês. Não é tão famoso. O Waffle é mais famoso, eu acho, do que você, do que o... Como é o nome? O Du. Enfim, cara, as pessoas seguem o Waffle. Então, porque muita gente fala: "Putz, mas eu não sou influenciador, eu não tenho a minha marca, eu não nasci como influenciador, não sou um cara influenciador." Cara, mas pô, você já viu o grupo Waffle, por exemplo? Eles não eram grandes influenciadores, eles ainda não são. Pessoas super influenciadoras saindo na rua aqui, as pessoas não vão falar. Já é, ninguém vai
conhecer quem é influenciador. É o negócio. Vocês conseguiram transformar o negócio em influenciador e não, vocês viraram grandes influenciadores. O que você acha que foi? O que vocês fizeram? Acho que essa coisa do "daily" já é um baita ponto. O que você acha que pode ser aplicável para outros empresários, outras pessoas que estão construindo negócios do zero? Eu acho que parte da marca, e quando a gente foi pensar na marca, a gente falou: "Precisa ser alguma coisa que, primeiro, duas premissas." Né? Eu sempre crio marca pensando no teclado de distribuição. Uhum. Então, quando a gente
foi pensar no Waffle, as pessoas falam: "Por que que chama Waffle?" Depois a gente criou a história, né? Vários ingredientes e uma forma só. Mas a verdade é que essa marca foi criada. Eu abri o teclado e fui procurando qual emoji é interessante para eu poder ter aqui, que as pessoas vão poder ter, porque aí a sua marca tá no telefone de todo mundo, em todo mundo que tem um smartphone. Então, essa foi a primeira premissa. A segunda, falei: "Tem que ser alguma coisa sexy que chame atenção e que as pessoas perguntem por quê." A
primeira marca que eu construí era a Frila. A Frila tinha um picolé de logo, uma marca picolé azul, e as pessoas perguntavam assim: "Por que um picolé?" Eu falava: "Porque você pergunta." Se fosse um cara com a mãozinha assim, entregando alguma coisa, falando exatamente... A Frila, as pessoas não iam interagir nem nada. Então, quando você pensa em uma televisão, você não vai pensar em uma televisão chamada Waffle, porque é contraintuitivo. E aí a gente começou a fazer isso. Isso chama atenção, porque eu acho que o jogo é esse. Então, a dica para quem tá pensando
em construir algo que seja disruptivo é: você precisa chamar atenção, porque tá todo mundo lutando pela mesma coisa, que é isso aqui: ó, é para onde você tá olhando. Então, você precisa conseguir chamar a atenção de algum jeito. Toda vez que você gera um conteúdo e você atrai uma audiência, você tem um comportamento. Uhum. Se você não tá analisando esse comportamento para criar de novo, você tá errado; você tá perdendo uma parte muito importante do processo. Então, eu vejo muito influenciador que só gera, cria, cria, cria, cria, cria, cria. Pode dar certo por um tempo,
porque você vai no feeling e o cara é bom ali, mas chega um momento que você tem que encontrar algum padrão. Você tem que ter formato, tem que ter formato. E aí a gente conseguiu fazer isso. Acho que hoje a gente tem um time muito... Eu falo que o time é craque. Os caras que são de Tech, eles são de Tech mesmo e são muito bons nisso. E aí pensam em tudo isso, vão criando esses sistemas, essas análises, e pra gente isso é muito importante. Pois é, demais, cara! Acho que a gente tá quase chegando
ao fim aqui, mas tem algumas perguntas que eu ainda quero fazer. Boa. O que você acha que, putz, nesse 2025 e nos próximos anos, as pessoas que estão construindo as coisas, para onde você acha que o mundo tá caminhando? Qual que é a tua visão? Assim, principalmente pensando em canal de aquisição, construção de marca, criatividade. Para onde você acha que o mundo tá caminhando? Quais são as avenidas de oportunidade que você enxerga? Eu vou começar do comportamento, depois eu vou pro ferramental. Eu acho que o que as pessoas querem, cada vez mais, é autenticidade. Volto
nessa tese da IA. Eu acho que aí a gente vai ter, fazendo quase tudo, desde um remédio até um software de tecnologia, você vai conseguir fazer isso sem codar. E você vai conseguir, então, autenticidade. E essa autenticidade parte de que... O que é uma pessoa autêntica? Alguém que você olha e fala: "Poxa, eu acho que ela é autêntica." Porque você tem personalidade; você tá com vontade de usar verde, você usa verde, você não fica julgando. Eu tô com vontade de usar esse boné aqui durante a entrevista, cara, vou usar esse. Boné, você nunca quase nunca
vai me ver de boné, mas hoje deu vontade; fui usar, adorei. E você vai fazendo essas coisas, então, acho que as empresas têm que olhar isso; como é que eu vou... porque só assim você se diferencia. E aí, quando você consegue se diferenciar, você atrai atenção; atraindo atenção, naturalmente, você vai virar venda. Uhum. Porque eu falo muito de atenção aqui: conteúdo, conteúdo. Mas, no fim do dia, o que eu tenho que gerar é receita. Total. Eu, o meu trabalho como CEO, é marketing e vendas, marketing e vendas, marketing e vendas. O dia que eu parar
de olhar para isso, tá errado, né? E aí vêm as pessoas que eu trago para pensar nisso também. Mas eu acho que a autenticidade seria o primeiro comportamento que eu analisaria. E aí, para ter autenticidade, você tem que ter personalidade; você não pode só copiar o que os outros fazem. Você tem que efetivamente levantar algumas bandeiras e falar: "isso aqui eu acredito, isso aqui não". Uhum. O que você acha? Que o influenciador, que bom, hoje ele gera um caixa através de publis, tá entendendo? Que faz sentido para ele ser sócio de um negócio ou ter
o seu próprio negócio usando o canal de aquisição que ele já tem. Acho que eu vou dar um passo para trás e falar por que influenciadores estão bombando. Por quê? Quem tinha mais amigos: seu pai, sua mãe ou você? Meus pais. O mesmo se aplica para mim, o mesmo se aplica para o Enzo, que tá gravando aí. Para quem tá assistindo, o número de amigos tá caindo cada vez mais. As pessoas não estão mais tendo conexões igual elas tinham fora da tecnologia. Uhum. Então, você não escuta aquele caso mais, você não tem o conhecimento adquirido
na mesa do bar e na mesa do almoço, que é fundamental. Uhum. Puxa, eu aprendi muito conversando com meus primos e meus irmãos mais velhos. Graças a Deus, eu tive uma família grande, então isso ajuda. Só que as pessoas estão com menos amigos, as famílias estão menos numerosas; isso faz com que você se torne cada vez o quê? Mais solitário e carente de referências. Uhum. Por que que eu tô voltando para comportamento? Porque se o empreendedor entende comportamento, esse cara cria ferramenta baseada no comportamento. O grande segredo é você entender o comportamento que tá acontecendo.
Então, acho que isso é um fato, né? Eu tô observando esse número: o número de amigos cai, o número de familiares cai. Você não tem o primo mais que te dá um puxão de orelha e fala: "meu irmão, você não pode fazer isso aqui, você não pode falar um negócio desse". Você não tem a sua prima mais velha que vai te falar assim: "não, não, não, manda essa mensagem para essa menina, não; você tá indo rápido demais". E aí as pessoas vão fazendo o quê? Recorrendo à internet a quem consegue passar e resolver essa dor
aqui na tela. Aham. Esse, eu acho que é o fenômeno do mercado de creators e influenciadores. Muito boa essa perspectiva, hein? Muito boa. Isso é o que eu acho que é o fenômeno comportamento. Agora, por que que os influenciadores estão construindo marcas? Porque eles estão entendendo a mesma coisa que a gente aqui, que o mais difícil não é fazer a marca. O mais difícil é chamar a atenção e fazer as pessoas quererem comprar. Se eu quiser fazer uma blusa igual a essa aqui, eu jogo na internet hoje, procuro, eu vou encontrar um fornecedor, vou encontrar
uma fábrica, vai fazer o itlb e tal. Então, agora, por que que elas vão querer comprar essa e não a minha? Então, o que as pessoas têm que entender é isso, acho que, e os influenciadores já entenderam: falar "puxa, eu tenho o mais difícil de conseguir, que é a atenção e carinho das pessoas". Então, a partir daqui, eu vou gerar receita com isso. Eu acho que a Manu com a Udey é um belíssimo exemplo disso; a Malu Borges lançou agora também... como é que chama? Su? Não. Sum? E tem mais uma agora, lançou, não lançou?
Mais uma de maquiagem também. É People Color. People Color, eu acho que é muito legal também. Então, acho que isso, isso, acho que é o grande próximo movimento porque produto virou commodity, né? E aí acho que... e volto em propaganda para finalizar e mostrar porque que eu acredito em influenciadores no que eu faço. É... marcas são sinais. Tudo que eu tô usando tá sinalizando um pouco do que eu penso, do que eu acredito. Uhum. Se você consegue perceber isso, você entende porque que tem um cara que compra uma Mercedes e porque que tem um cara
que compra um carro, uma Ram. Cada um vai entender que aquele carro sinaliza alguma coisa pro ciclo íntimo dessa pessoa. Então, se você faz essa análise, você começa a perceber que o segredo não tá efetivamente no produto, mas no que ele gera de emoção em quem está ali consumindo. Então, que a lógica é essa: eu sou um cara criativo, mas acho que eu gosto de ver a criatividade de maneira lógica e estratégica. Acho que isso é meio lógico. Então, marca é isso. E por isso que eu vendo propaganda, eu vendo anúncio. Eu falo não para
90% das marcas que querem anunciar com a gente; a gente deixa muito dinheiro na mesa, mas muito, muito, muito, muito. E tem gente que vai falar: "poxa, isso é uma estratégia de vocês, vocês são trouxas, vocês tinham que estar faturando muito". Eu falo beleza, vou faturar por dois, três anos, mas depois, lá na frente, eu não vou vender para mais ninguém porque eu deixei de ser... Relevante, eu deixei de ser. Eu deixei de ser o lugar que realmente só mostra o que é melhor. Então, acho que é por isso que eu acredito no que eu
faço, faço todos os dias, porque, enquanto existir ser humano, vai existir consumo. Enquanto existir consumo, as pessoas vão querer se identificar. Com identificação, vai ter que ter propaganda, vai ter que ter pessoa, vai ter que ter rosto e vai ter que ter comunicação. Então, acho que isso resume bem quem é o Hernani, o que a gente está fazendo aqui no grupo Offo como um todo, no Denils, tudo. E acho que vocês estão fazendo um belíssimo trabalho de mostrar. Também existe um muro que separa as empresas corporações e as empresas creator, e claramente são as empresas
creators que estão sendo favorecidas, independente do tamanho. São elas que, centenas e milhares, comem fortemente o faturamento. O tamanho e a estabilidade das grandes corporações estão crescendo a uma velocidade nunca antes vista, gastando muito menos do que em qualquer outro tempo. Essas empresas, pessoal, são as empresas que possuem esses pilares: um conhecimento profundo do público, um conhecimento profundo do mercado, dos canais de aquisição, um posicionamento de marca claro e consistente, uma estrutura de história de marca (Hero Brand), processos de individuação, atributo de personalidade extremamente desejado, criação de universo, expressão de um influenciador, criação de comunidade,
conexão profunda com o espírito e as mudanças do nosso tempo, product audience fit, inteligência de receita, linguagem e experiência social first. Se a sua empresa tiver essa estrutura, eu não tenho a menor dúvida de que ela vai ser uma das mais ricas e mais desejadas dessa geração, ainda que hoje ela seja uma empresa pequena. Esse é o melhor momento da história para construir um negócio robusto, de sucesso e de forma ética. Você está vivendo uma oportunidade que o seu pai, o seu avô, a sua avó, a sua mãe, o seu bisavô dariam tudo para viver.
É o momento mais fácil da história de construir um negócio extremamente desejado se você souber o jogo da construção de uma empresa creator. Eu acabo de apresentar para você a grande oportunidade da nossa geração, e se você quiser fazer essa grande oportunidade da nossa geração ser a grande oportunidade da sua vida, da sua empresa, eu te convido a participar da masterclass gratuita que eu vou dar no dia 27, onde eu vou te ensinar a pegar todos esses pontos que eu falei e a implementá-los no seu negócio, com passo a passo extremamente didático, para que de
fato você faça essa oportunidade a sua oportunidade. É muito fácil, é só clicar e participar da masterclass e implementar no seu negócio. Eu não vou esconder nada. Te espero. [Música]