gente como vocês estão aí tudo bem Então tá vamos lá é o seguinte hoje esse é um vídeo muito especial desse canal é por algumas razões a gente vai falar hoje sobre mecanismos de defesa e compulsões e outras coisas desse tipo especialmente sobre compulsão alimentar e uso de celular celular mas não só eh especificamente são os exemplos que a gente vai usar no final e como lidar com essas coisas mas é o seguinte eh para chegar lá a gente vai ter que atravessar muita coisa como sempre a gente faz aqui mas hoje especialmente eu vou
fazer um vídeo assim tentando falar o máximo que der sobre o que eu tenho que falar por quê Porque eu vou tirar férias vou tirar férias de três semanas a gente vai ficar três semanas sem vídeo aqui no nosso salva vidas eh e eu vou fazer 40 anos vou viajar fazer 40 anos vou viajar com a família e tal vou descansar uma coisa eh incrível inédita e única na vida fazer 40 anos com a sua família então é este vídeo aqui eu tô fazendo ele pra gente vocês terem o que trabalhar Tipo isso para vocês
seria uma uma função uma coisa para para exercitar nesses tempos aí que a gente não vai ter vídeo eh Tá bom então tá então eu vou botar o índice do vídeo aqui aqui eh eu vou dividir e vou tentar dividir esse vídeoo em três partes básicas três grandes partes e a primeira parte sendo eh como é que funciona a inferência ativa né Que história é essa de inferência ativa que a gente tem falado aqui nos últimos vídeos como é que isso tá ligado ao nosso sistema de funcionamento né que é inferencia ativa Por que que
isso vai servir pra gente pensar é o último vídeo que eu falei que eu fiz e é tem a ver com inferencia ativa as duas condições para não cair no mesmo buraco tá embaixo tudo que eu disser tá tá na descrição tá E aí tudo que eu que que existir de referência que eu acho razoável sobre sobre inferência ativa vou botar na descrição também e o resto das coisas tá aqui no play do seu vídeo mas bom primeira parte inferencia ativa a segunda parte a gente vai falar sobre o nosso modelo infantil de Constru de
inferencia ativa como é que a gente funciona no nosso aprendizado básico isso tem a ver com as nossas necessidades fundamentais lá tudo que a gente sempre fala aqui os sete afetos fundamentais está embaixo também homeostase alostase tudo isso tá embaixo também E aí essa segunda parte e a terceira parte a gente vai entender como é que o aprendizado desse modelo que tem a ver com essa hipótese com essa eh proposição da inferencia ativa e esse aprendizado infantil como é que ele gera esses desvios ess essas cagadas que a gente enfrenta na nossa vida da adulta
como por exemplo compulsões eh e mecanismos de defesa e coisas que fazem assim eh mal pra gente que não encaminham a gente pra satisfação das nossas necessidades pelo contrário que atrapalham a gente a conseguir o que a gente precisaria para ficar melhor tá bom E essa é a última parte e aí com exemplos disso concretos como é que isso funciona e saídas para isso e assim uma última um encaminhamento assim para vocês terem o que trabalhar concretamente nesses próximos dias vocês perceberem eh como é que vocês estão funcionando tentar perceber como é que estão funcionando
e E aí vê se dá para dar uma melhorada nisso ou não E aí quando eu voltar em agosto a gente continua essa conversa não sei exatamente de onde Depende a gente vai ser um reencontro a gente vê tá bom vamos nessa então primeiro a gente vai tentar eh entender o que que é inferência ativa a inferência ativa é é uma é uma proposição que tem a ver com esse cara que é o Car freston já falei muito dele aqui então refer estão embaixo Inclusive a a referência dele desse desse neurocientista específico que é o
cal friston mas a ideia básica da inferencia Eva eu vou explicar eh mais ou menos assim vou tentar explicar de jeito bem sintético tá e tem esse último vídeo se vocês quiserem ver eu falo bastante sobre isso lá também eh a ideia da inferencia Ativa é supor é propor que o nosso cérebro funcione como uma máquina de previsão uma máquina geradora de hipóteses sobre a realidade Isso é uma essa ideia do cérebro preditivo né o cérebro como um gerador de de previsões de como que que a realidade vai se comportar é uma hipótese bastante aceita
em muitas linhas né da neurociência atual e ela serve para muita coisa então se você procurar aí predictive Brain ou cérebro preditivo né você vai achar muita coisa E aí especificamente a inferência ativa tem uma particularidade dentro dessas isso que que isso quer dizer quer dizer que a gente não tá recebendo a realidade isso quer dizer que a gente tá tentando eh olhar a realidade dentro das referências que a gente tem a gente tá eh prevendo a realidade a gente tá olhando a realidade com a nossa memória com o nosso sistema de como que ela
essa realidade vai se repetir a inferência ativa tem uma especificidade aí dentro disso que é a parte do ativa né então a gente não só olha aquilo como com as com as hipóteses que a gente já tem né são diversas depende né e depende do organismo depende da espécie Depende da pessoa depende de muitas coisas que hipóteses que essa que essa que esse organismo tem sobre a realidade mas a gente vai fazer a gente vai ativamente daí a palavra ativa tentar moldar Essa realidade para ela se aproximar da nó do nosso do nosso sistema de
hipóteses então é como se a gente tivesse dois modelos que se comunicam o nosso modelo interno sobre a realidade e a realidade né e a realidade que é o modelo externo vamos dizer assim esses dois modelos eles estão assim se comunicando Mas eles nunca se encontram de fato eles estão sempre separados por essa membrana que é o nosso nosso e nossa rede de inputs sensoriais né então a gente recebe um um um retorno sensorial da realidade A gente vê se isso tá de acordo com o nosso modelo ou não e a gente faz uma ação
para tentar aproximar esse esse essa realidade do nosso modelo o tempo inteiro a gente faz isso daí ativa né então a gente ativamente tenta aproximar a nossa a o nosso modelo da realidade a realidade do nosso modelo sacou Então isso é inferencia ativa assim dito muito simplesmente o que qual que é que qual que é a síntese total da coisa então é que a gente funciona para tentar diminuir a diferença entre modelo interno e modelo externo o nosso funcionamento a nossa vida é uma tentativa constante de minimizar a diferença entre a nossa previsão e o
que se realiza é assim essa essa é a definição mais mais acho que eu posso dar mais sintética Beleza se quiser pesquisar isso é um assunto muito legal e serve para pensar absolutamente tudo tudo desde os organismos mais simples Até os sistemas mais complexos de organização social por exemplo você pode pensar a partir dessa perspectiva é muito legal é muito rico e o o nosso sistema psicodinâmico nosso psiquismo obviamente também é muito serve muito e nesse sentido a a neurociência a neuropsicanálise vai se apropriar dessa dessa proposição para pensar como é que a gente faz
eh com os nossos as nossas necessidades básicas para tentar satisfazer eh o que a gente precisa né Na realidade Então a gente tem hipóteses básicas que a gente vai tentar mas já vou entrar nisso mas então vamos tentar aqui dar um exemplo assim de inferência ativa só para vocês entenderem eh bem simples né então A ideia é que você tá indo pra realidade tentando confirmar a sua hipótese sobre a realidade nesse sentido o freston fala que a gente que nós somos eh organismo que se auto evidenciam tentam produzir evidência pra própria existência o tempo todo
você está tentando fazer isso é bem legal essa ideia eu acho mas eh Talvez um pouco difícil de entender mas é é é assim você tá tentando é buscar na realidade uma prova de que você mesmo existe né então o exemplo mais fácil da gente fazer uma comparação que eu acho que eu fiz eu usei no último vídeo inclusive eh o peixe e a gente né então o peixe tem uma uma uma hipótese Inicial básica uma prévia Como eles chamam uma hipótese prévia de que ele está dentro d' água é assim assim que ele existe
então todas as nossas hipóteses do nosso modelo Inicial tem a ver com aquelas condições que garantem nossa existência né as condições que nos garantem a existência E isso tem tudo a ver com o que a gente fala aqui no modelo muito elementar com a homeostase né a nossa homeostase a homeostase de qualquer sistema tem a ver com um lugar uma zona que garante a sua existência então qualquer organismo busca uma confirmação na realidade de que ele tá dentro da homeostase dele se isso tá acontecendo não tem erro de previsão ou seja não tem descompasso entre
o modelo interno e a realidade externa sacou n Esse é o erro de previsão Tá bom então o peixe tá dentro da água então ele tá tendo um input sensorial um retorno sensorial um estímulo sensorial de que ele tá dentro da água então tá tudo bem não tem erro de previsão tudo certo tudo segue se ele sai da da se ele sai da água então ele começa a ter um retorno de que ele não tá conseguindo fazer a troca que ele tem que fazer gasosa lá e tal as gurras não sei muito bem como é
que funciona quem aí entende de peixes melhor do que eu pode falar mas ele começa a se debater porque vai dar ruim né ele tá fora do do do do do recorte do nicho de existência ali dele do lugarzinho onde ele tem que est então ele tem que se debater Por que ele se debate porque ele tá sofrendo não porque se debater assim é a melhor coisa que ele pode fazer para tentar cair de volta na água Considerando o as as as o corpo dele né então isso é o que ele faz para voltar para
lá então ele tá fora da previsão dele então ele ativamente por conta desse input sensorial ele ativamente faz uma tentativa de voltar pra previsão dele pro modelo Inicial sacou então a gente por outro lado depois que a gente nasce Como eu disse no último vídeo também depois que a gente nasce Que a Gente corta o cordão né Teoricamente a gente enfim é corta o cordão tá bom tem que cortar o cordão Mas enfim depois que nasce começa a respirar respirar pelo pulmão né E aí com isso quando você tá dentro da água você então tem
um erro de previsão você tá respirando fora aqui tudo bem Você tá bem Você não tá pensando sobre isso o tá trocando trocando oxigênio gás carbônico o tempo todo tá rolando entra e sai entra e sai né pulmão a esvazia tá rolando se você fica dentro d' água né você começa então a ter um um retorno de que tem uma coisa ruim acontecendo você não tá conseguindo trocar o nível de gás carbônico tá subindo tá subindo você começa a sentir uma elevação de tensão né a nossa elevação de tensão que acontece em todas as necessidades
Inclusive a necessidade de respirar em qualquer uma das necessidades Acontece uma elevação de tensão você começa a sentir se sentir mal concretamente né sin mal se S mal e aí o que você tem que fazer é que você tem que respirar e aí por isso que mesmo debaixo d'água se a gente tá ali num nível extremo de de de angústia de falta de ar de privação de ar de oxigênio a gente vai respirar mesmo que não tenha água ou que loucura então a gente vai morrer afogado bom então tá então a gente consegue entender que
dentro da nossa eh hipótese básica de existência a gente não pode estar na água né a gente tem que estar no ar né no fora da água então a gente busca eh uma evidência de que isso seja verdade então o tempo todo a gente se encaminha na vida buscando é provas de que a gente está fora d' água né então a gente assim Vocês estão entendendo o que eu tô querendo dizer né se refere a respiração então tá então essa esse é o nosso modelo de funcionamento a gente dá para entender o que que é
inferencia ativa né então você tá o tempo todo eh fazendo esse esse jogo de sensorialidade ação e adaptação e aproximação o ideal ideal é que esses dois modelos intern e externo sejam idênticos né que eles estejam ideal assim isso não acontece de fato mas é que eles que a gente não tenha erro que a gente esteja totalmente adaptado ao ambiente nesse sentido e o ambiente adaptado à gente é uma coisa que se adapta mutuamente que se retroalimenta tá então me diz até aí se deu para entender o que que troço quer dizer porque vai ser
muito importante porque a gente vai dizer daqui a pouco tá bom pra gente pensar aqui um exemplo que vai servir pra gente daqui a pouquinho vou dar um exemplo mais mais mais simples Talvez assim da da nossa nossa Esses dias aconteceu comigo um exemplo bem fácil eh dor de garganta vou dormir eh Tenho sede né a garganta a garganta resseca nessa hora tem uma elevação de tensão um erro de previsão e tem assim você tem que tá hidratado né você tem que tá hidratado Então quando você começa a ler O Retorno sensorial de que você
não tá hidratado ou seja o seu sistema nervoso começa a perceber que tem uma uma baixa uma redução de hidratação você sente o quê sede né você vai ter que tomar água né você vai ter que tomar água e aí Eh então isso é o que você não pode sentir E aí vai entrar numa coisa muito importante é o que o que que você não pode sentir né e a inferencia Eva trabalha com essa sensorialidade o que você deve sentir o que você não deve sentir você você não deve sentir sede né assim como a
gente não deve sentir que está dentro da água nesse sentido né não conseguindo respirar então você não deve sentir sede sede quando você sente sede a gente tem algumas previsões para resolver isso né Por exemplo a gente pode levar um copo de água para pro lado da cama pra cabeceira como eu deveria ter feito ontem à noite não fiz daí tá beleza Já que eu não fiz eu acordei com sede e aí eu falei putz tô com sede a garganta meio ruim aqui e tal eu teria que ir até a cozinha pegar água né e
tal aí eu pensei cara mas eu tô com sono também e tá frio então aí você começa a priorizar como a gente fala você começa a priorizar a pensar será que vale a pena tô com muito sono Se eu levantar eu sei que eu vou perder meu sono talvez eu não consiga voltar a dormir assim como ir ao banheiro do mesmo mesmo exemplo poderia dar T falando da sede que foi que aconteceu Então você começa então tem um erro de previsão acontecendo mas você supõe um outro erro de previsão maior ainda com relação a sua
necessidade de dormir né então você vai entendendo os conflitos né Isso serve para os conflitos das nossas necessidades afetivas fundamentais também eu tô dando exemplos de conflitos aqui básicos das nossas necessidades fisiológicas mais básicas Mas então você começa a entender o conflito acontecendo pô tenho que levantar como é que eu faço vou ali não vou tal e coisa coisa e tal e aí nesse momento eu priorizo a necessidade de dormir eu falo eu vou dormir Dane eu vou dormir é o melhor que eu tenho para fazer preciso dormir preciso descansar porque eu tô cansado daqui
a pouco a criança acorda tudo o dia começa então Dane a sede eu vou seguir amanhã eu tento lembrar de trazer o copo d'água pro lado da cama eh né errei errei errei então aí nessa hora você dorme e aí quando você dorme o que que acontece com você Olha que maravilhoso quando você dorme eh você escolheu você priorizou o sono em detrimento da sede então a sede não foi satisfeita Então você dorme e aí você sonha que está bebendo como eu sonho sonho que estou bebendo água porque o sonho é uma forma eh alucinada
de realização das suas necessidades Olha que legal Freud lá de trás tá citando Freud exatamente pensando na inferência ativa aqui o que que acontece não consegui resolver juntou aqui e sonhou né então eu fiz um adiamento dessa minha necessidade e o meu sistema deu um jeito de resolver isso de maneira alucinatória é é é bom até a página do porque a Alucinação no fundo não mata a sede né me dá a impressão de que matou me deixa continuar dormindo que foi a priorização que eu fiz segui dormindo o baile seguiu tudo muito bem mas continuei
com sede e acordei morrendo de sede então este adiamento tem tudo a ver com os mecanismos de defesa que a gente vai falar na frente tá E é um é um adiamento você priorizou uma coisa eh que não resolveu mas você teve que fazer isso várias vezes a gente faz isso você priorizou o sono eh mas não resolveu Você tinha que ter feito uma ação para para para suprir acede Mas nós somos organismos muito organismos muito complexos a gente tem muitas necessidades e várias vezes essas necessidades entram entram em conflito né então é é natural
que a gente passe por essas por esse tipo de coisa e aqui a gente vê duas partes da inferencia ativa que são muito importantes para você entender uma é o que eu devo sentir ou não né ou não sentir nesse sentido né Eh que é assim eh eu não devo sentir sede né se eu sentir sede quer dizer que tema coisa errada né então tem uma parte da inferencia Eva que é esse erro de previsão do que do da minha sensação do meu do meu retorno sensorial não devo sentir sede se eu sentir sede é
um sinal de que que o meu modelo tá em descompasso com a realidade com o que tá acontecendo a outra parte é o que eu devo fazer para não sentir né então Eh se eu eh sinto sede eu devo beber água né então o que eu não devo sentir ou devo sentir tem a ver com a homeostase com o nosso equilíbrio e o que eu devo fazer não devo fazer para resolver isso tem a ver com a alostase né o nosso movimento de busca de resolução desse desvio homeostático sacou então tem aí embaixo homeostase alostase
se você quiser olhar são dois os conceitos básicos da a homeostase é um conceito da fisiologia geral a alostase é um conceito mais recente da neurociência então esses dois conceitos vão se relacionar e eles vão estar sempre dentro eh dessa lógica de inferência ativa o que eu devo sentir não devo sentir ou seja o descompasso o erro de previsão do meu modelo né no sentido de que tem uma diferença entre o que eu espero da realidade e o que a realidade Me apresenta e a alostase é o que eu devo fazer não devo fazer você
não consegue fazer E isso tem tudo a ver com o nosso mecanismo de defesa vamos entrar lá já já mas eh então aqui você eh percebe essas duas partes sacou o que você sente de desequilíbrio E como você faz para resolver isso ou não faz Tá bom então me diz até aí se deu para entender a gente consegue conseguiu mais ou menos fechar de um jeito bem assim generalista assim bem bem ou sintetizado também pode ser o que o que é a inferência ativa é um um assunto super complexo e Super Interessante que dá para
para pensar a vida inteira literalmente sobre isso e é esse livro Active inference é a melhor referência para você ver tá embaixo se você quiser é inglês mas é o que é agora a gente vai passar pro nosso modelo específico das nossas necessidades do nosso modelo de previsão na infância segunda parte parte dois do nosso vídeo vamos lá então a gente vai aqui pensar e especialmente especificamente sobre o amor que é o exemplo que a gente mais dá aqui na nossa no nosso trabalho e até porque eu acho que é a coisa mais importante mesmo
né Não amor no sentido romântico amor no sentido mais geral um pouco eh a gente vai pensar sobre isso usando um exemplo disso que talvez o exemplo mais comum que eu dê também sobre a criança que não recebe o amor que precisa mas vamos entender assim no nosso modelo básico afetivo E aí agora estamos falando das necessidades afetivas fundamentais e não mais das nossas necessidades Gerais então a gente consegue pensar que o nosso modelo gerador de hipótese da inferencia ativa supõe que a gente tenha que ter as necessidades satisfeitas né as nossas necessidades vamos agora
pensar no amor né então mas eh de modo as as sete necessidades afetivas fundamentais tem que ser satisfeitas se elas não forem satisfeitas a gente tem uma elevação de tensão eh um sofrimento né Então esse é um desvio da homeostase então a necessidade de satisfação dessas necessidades a necessidade satisfação dessas necessidades tem a ver com a homeostase E aí o que que você faz para satisfazê-las num primeiríssimo modelo bem primitivo são os instintos né primeiríssimo modelo com o qual a gente vem pro mundo é um aprendizado alostática filogenético eu tô me apropriando desses conceitos mas
é um aprendizado filogenético da nossa espécie para satisfazer aquela necessidade básica então se você tem uma necessidade de fugir uma elevação de tensão que a gente chama de medo você tem você tem como é que você faz para lidar com isso ou você congela ou você corre esses dois comportamentos estereotípicos eh eh formulados de maneira padrão são eh as suas primeiras respostas básicas para satisfação dessa necessidade de fugir você foge ou se você se esconde né então tá então para cada necessidade uma resposta estereotípica instintual instintiva instintiva eh é um instinto então necessidades instintos assim
a gente vai separar o que que é esse impulso de necessidade o que que é o instinto de resposta inclusive resolvendo um problema de tradução que chama pulsão de instinto aqui a gente estaria as necessidades Dão origem às pulsões aos impulsos da paraa psicanálise né E aqui os instintos seriam as respostas de comportamento para dar conta disso né então aqui você consegue entender Por que a gente faz essas respostas Porque tem uma necessidade que que precisa pra ser satisfeita porque o seu modelo tá em descompasso com a realidade tá acontecendo um erro de previsão você
precisa corrigir aquele negócio então você vai trabalhar para satisfazer essa necessidade no que se refere ao amor você tem que estar acolhido é a necessidade mais importante do começo dos tempos a necessidade de vínculo que garante a sua existência concretamente no primeiro na primeiríssima infância né a gente já sabe já falou sobre isso muitas vezes e a gente né Eu acho que é o assunto que a gente mais elabora aqui então você precisa de vínculo é quando você tem uma elevação de tensão que que chama stress de separação né angústia de separação tem vários nomes
e a gente vai já citou aqui várias vezes o Bob mas acho que a referência mais fácil para entender isso e e o a teoria do apego ou teoria do vínculo né attachment Theory bom aí você quando tem essa separação Você tem uma elevação de tensão uma descarga é bioquímica de um capa op opioide e a você chora né Você Grita você se desespera Você tem uma sensação de pânico né um bebê qualquer um de nós mas um bebê Estamos pensando nos bebês né nas criancinhas o pânico isso é o pânico né é uma descarga
E aí você Busca busca a auxílio busca ajuda busca O Retorno o reencontro a reconexão com aquela figura e de segurança de vínculo E aí nesse momento é a o seu a sua resposta estereotípica padrão instinto é chorar gritar pedir ajuda qualquer espécie de mamífero faz mais ou menos a mesma coisa essa é uma resposta bem elementar bem rudimentar né que E então aí você o cuidador volta figura de referência mãe pai enfim volta abraça Você tem uma descarga de muap é um outro opioide tem a ver com uma endorfina que você faz você relaxar
e se sentir bem eh esse é o modelo padrão desse eh afastar e aproximar do sistema de vínculo E aí bom com isso você tem a necessidade e a resposta eh instintiva né o comportamento padrão e só que com na ao longo da vida a vida é muito mais complexa do que isso e todas essas essas respostas instintivas a gente vai ter que suplementar elas com aprendizado né com o ambiente né com que a gente aprende do nosso ambiente específico e e daí vem a função do córtex inteiro que tá todo aberto para aprender coisas
como é que você faz como é que você faz para desenvolver mecanismos alostática dizer assim mecanismos de aprendizado de resolução às vezes muito complexos de como é que eu faço para satisfazer o que eu preciso né Não essas respostas que vem de de de fábrica Então tá aí você começa a em função do seu ambiente a desenvolver uma resposta para isso Qual é o seu ambiente Aí você me diz o seu ambiente vai variar Cada pessoa tem um ambiente você provavelmente não sabe o seu ambiente você supõe o seu ambiente que você não tava lá
para lembrar no sentido de que você tava mas até os 3 anos você não teve um amadurecimento de resposta de de memória episódica Então você não sabe de fato você supõe né Isso é um outro assunto a gente não precisa entrar nisso agora mas beleza aí você então tem eh esse ambiente Então nesse ambiente Você tem vamos dizer assim uma figura lá que não vem né uma figura que tá muito angustiada uma mãe que tá sofrendo com uma outra coisa uma mãe que teve um outro filho por exemplo eh ou um pai que é violento
um pai que enfim o Qualquer que seja a sua equação de problema mas o ponto é que E aí são várias né a gente conhece várias na autoescrita diariamente a gente trata dessas narrativas eh nas nossas práticas se você não conhece a auto escrita vai ver embaixo o que que é esse sistema de pesquisa que dá leva em consideração tudo isso para tentar pensar como é que a gente satisfaz as nossas necessidades fundamentais ou não vai olhar aí e enfim bom aí você então tem essa figura específica lá que não tá prevista no estereótipo de
comportamento né no na de fábrica você acha que chora e vem Mas a sua mãe não vem e aí você começa a pensar pô por que que ela não vem e você no seu modelo gerador de hipótese infantil não consegue formular uma hipótese suficientemente boa para entender por que ela não vem ela não vem e aí você fica meio cagado ali naquela situação sem entender e aí você bate o pé você chora você protesta você sente raiva Você vai quebra as coisas e aí quanto mais você faz isso mais ela não vem mais ela se
afasta e você se sente o que culpa né uma coisa que a gente já falou muito aqui também tem esse vídeo aí embaixo se você quiser assistir eh a a relação entre culpa e vínculo nesse sentido que você Essa raiva que você sente desse abandono te faz ter uma uma um comportamento de protesto ou de violência e ele afasta ainda mais essa figura e você então se sente responsável por essa por esse afastamento quando na verdade não era a princípio né necessariamente essa outra pessoa só não vinha por alguma razão que tá oculta para você
porque a realidade não está dentro do modelo o modelo não tem de fato acesso à realidade ele só recolhe os retornos sensoriais esse aqui é o ponto você nunca tem acesso de fato à realidade você tem acesso aos aos aos retornos sensoriais sobre a realidade mas não a realidade em si Então você lê esses retornos e vê qual a distância entre esses retornos e a sua previsão básica então ela não veio e aí você vai tentar formular uma outra hipótese outra hipótese Vai tentando achar um jeito de conseguir pensando Novas Novas estratégias alos táticas para
tentar conseguir o que você precisa entendeu E aí você uma um modelo bem padrão que a gente considera é a boazinha né também tem esse vídeo aí se quiser vídeo antigo desse canal a boazinha eh como deixar de ser a boazinha então você acha que você se você for uma filha muito boa um filho um filho muito bom muito cordato muito correto muito melhor aluno muito melhor muito melhor pessoa muito melhor tudo muito ético muito sem desvio muito sem tudo de tudo de bom com tudo de bom sem nada de ruim você vai conseguir manter
essa sua mãe perto de você e aí você faz isso né a melhor hipótese conseguiu achar obviamente não funciona funciona mais ou menos mas não funciona de verdade mas você pô Tenta mais você fala Tem que tentar mais tem que tentar mais ideal do Eu né outra história que a gente fala sempre você começa a construir ideais ideais se eu fosse assim se eu fosse assado se eu f fosse mais assim e isso não funciona mas você é is Esse é um momento muito importante da nossa história aqui você não consegue entender a ideia o
seu modelo infantil não é capaz de formular a hipótese de que simplesmente a sua mãe esteja com dor de cabeça ou preocupada ou estressada ou demitida ou chateada ou frustrada com a própria existência dela você não consegue formular essa hipótese Tá longe de você longe demais da sua realidade formular essa hipótese dentro do seu modelo gerador de hipóteses sobre a realidade eh então você eh fica com a hipótese de que você não é boazinha bastante e aí você passa o resto da sua vida tentando ser boazinha ou bastante né Ou melhor ou mais boazinha ainda
então você vai automatizar essa hipótese esse é o momento fundamental né esse esse é o automatismo que a gente fala tanto na aut escrito o tempo inteiro você automatizou uma hipótese que é ruim mas foi a melhor que você conseguiu fazer E aí vai variar como é que essa automatização aconteceu para cada pessoa de que forma não tem origem em um trauma específico em um lugar tem origem numa repetição de uma tentativa que falha mas que isso é o melhor que você pode fazer você construiu essa essa essa hipótese entendeu E você vai seguir com
ela Esse é o seu modelo você faz você tenta a coisa falha você repete vai de novo e assim você segue isso é repetição né você não segue você não repete porque você é um idiota porque você quer fazer mal você repete porque é a melhor coisa que você pode fazer em última análise a melhor coisa que você pode fazer ainda porque você não você continua sendo em alguma medida eh este modelo infantil sendo replicado na realidade produzindo uma ação da inferencia ativa que é muito pouco eficaz Mas você repete ela você me fala se
deu para entender isso que isso é outra parte também fundamental dessa história e e com isso a gente encerra essa segunda esse segundo entendimento fundamental sobre como que a gente funciona eh essa essa introjeção ou essa automatização automação eh desse modelo e de tentativa de satisfação desse desvio homeostático dessa falha de correspondência entre o seu modelo gerador interno e a realidade através de uma alostase que é ineficaz tá eh qualquer que se a sua Pensa aí qual é a sua como é que ela funciona e a gente consegue e a gente consegue a partir daí
depreender coisas aprender inferir coisas sobre o nosso a nossa história né porque a gente não vai ter acesso a isso isso é importante de entender mas aí agora a gente passa pra idade adulta e pra terceira parte desse nosso vídeo de hoje eh para o que que são os mecanismos de defesa na idade adulta e por que eles existem entendeu vamos nessa Vamos pensar bom na idade adulta cada vez que uma tentativa e dessas de um aprendizado como esse eh falha cada vez que falha e falha muitas vezes você tenta né E você tenta satisfazer
sua necessidade de vínculo por exemplo e ele falha cada vez que uma falha dessas acontece Você tem uma elevação de tensão né Você tem uma elevação de tensão e você não consegue muito bem várias vezes você não consegue sequer perceber o que foi que aconteceu porque isso tudo tá automatizado Então você não tem uma uma representação de conteúdo cognitivo sobre o que tá acontecendo você só tá repetindo e de fato eh falando teros de memória Isso é uma memória não declarativa que tá em você é funcionando em você é uma repetição de um procedimento Você
tá só repetindo repetindo você não tá falando Ah se eu fizer assim vai dar naquilo você só faz você só é boazinha e aí isso falha quando falha eh você tem uma elevação de tensão já que isso é uma memória não declarativa e ela tá ligada a uma satisfação de uma necessidade muito básica para você tipo respirar como a gente disse no começo ou conseguir dormir é uma necessidade bem básica quando falha você e você não tem acesso a esse de representação você fala ah falhou porque eu tentei isso isso não funciona porque na verdade
o meu namorado não espera ou minha namorada não espera que eu seja o bonzinho ou boazinha ele espera que eu seja mais colocado de outra forma e tal e tal eu tô fazendo isso e tá falhando ele tá indo embora tá se afastando Por que que falha você não entende você repete e você tem uma elevação de tensão você não entende porque você não tá conseguindo construir essa cadeia toda de associações ela tá feita já automaticamente em você você só faz entendeu E por isso que parece autossabotagem por isso que parece que você quer se
fazer mal porque você tá repetindo automaticamente né eh e quando tem essa elevação de tensão você não consegue revisar essa hipóteses tem hipóteses que não tão abertas para revisão como a gente tá entendendo não tem como revisar o que você não tem acesso eh tá automatizado E aí o que que você faz você tenta se livrar dessa elevação de tensão de alguma forma né Essa elevação de tensão essa elevação de tensão aconteceu eh ela ela surgiu em você é ela a ela a gente chama de angústia basicamente Isso é angústia que você tá sentindo angústia
é um nome diverso para qualquer elevação de tensão a é de afeto emocional a gente como a gente entende na autoescrita por exemplo e eu entendo assim pelo menos pode ser diverso Dependendo de qual a necessidade que a gente tá falando mas no caso aqui de vínculo né então você tem uma elevação de tensão você pode chamar de pânico você pode chamar de ansiedade você pode chamar de tremedeira de coisa de dar aperto no peito impressão de morte o que que é que acontece vai variar um pouquinho e tal mas aí nessa hora não você
não consegue revisar E aí entram em cena isso que a gente vai chamar de de uma maneira bem ampli de mecanismos de defesa né os mecanismos de defesa são como a gente lida com essa elevação de tensão que a gente não consegue resolver são as tentativas de fuga dessa elevação de tensão que veio que surgiu a elevação de tensão de uma tentativa malsucedida e de satisfação de uma necessidade ela surge né E aí aí aqui eu não tô usando o termo mecanismo de defesa na origem na na na acepção original da psicanálise se você quiser
estudar ver isso eu te diria para ler o ego seus mecanismos de defesa da Ana Freud ou eh também e também o eu e o ID do Freud para entender esses mecanismos de resistência entre Ego e id e tal mas aqui a gente não tá usando essa essa essa formulação eh original eh freudiana essa divisão essa essa essa essa divisão topológica topográfica essa divisão que o Freud faz a gente não tá usando ela eh E então não é isso então eu tô entendendo o mecanismo de defesa como as estratégias que a gente usa para fugir
da elevação de tensão de uma de uma tentativa mal sucedida de satisfação de uma necessidade em resumo a isso e a gente tem várias né que a gente conhece bem uma é A negação né Eh uma estratégia é A negação você fala não não tá acontecendo nada e tal e tal e tal né uma estratégia bem comum assim a gente usa o tempo todo né Acho que você usa aí eu uso aqui todo mundo usa né Eh A A A negação eh negar que aquilo tá acontecendo de várias formas não não preciso de uma verdade
disso não não queria mesmo não mas eu já sabia não mas é ou uma negação mais profunda de simplesmente não reconhecer daele afeto também acontece quando essa negação acontece em níveis mais baixos mais Eh mais eh rebaixados da sua da sua consciência nesse sentido assim aí é uma outra discussão que a gente não precisa ter hoje mas eh o o ponto é que a gente faz negações né a gente nega que aquilo aquilo esteja acontecendo se fala não tô bem um uma negação bem eh que eu tenho citado nos últimos vídeos eh eh bastante sobre
E e esse abandono é a Solitude né Não eu não preciso disso não que a Solitude não possa ser muito interessante an para você achar Campos de reconhecimento de si mesmo na realidade se você quiser ver o vídeo sobre isso tá embaixo Mas essa simplificação que a gente faz instagramicono essa simplificação encontrou um certo eco na no argumento da Solitude entendeu assim como eh a a tentativa de negação de não reconhecimento dos afetos negativos das elevações de tensão encontro um eco na ideia da positividade que vai desembocar na positividade tóxica que que é esse outro
o termo que a gente inventou para lidar com essa ideia de que você tem que estar feliz sempre e é uma estupidez simples assim porque se você não reconhece a elevação de tensão você não consegue produzir uma melhor alostase para solucioná-la simples é muito a gente tem que se sentir mal para conseguir corrigir bom mas enfim é então A negação é essa são essas estratégias assim que a gente faz eh desse tipo né Esses são dois exemplos assim fáceis de entender aí Pensa aí se você tá usando um deles a gente começa a entrar nas
questões práticas né então você tentou não funcionou você você nega você fala não eu não preciso muito de disso aí não eu eu eu tô bem tô tranquilo não tô tô sossegado tô bem sozinho Talvez esteja talvez não eh e tá bem sozinho pode querer dizer muitas coisas diferentes né um outro um outro mecanismo bem comum muito comum que a gente discute muito na autoescrita eh e que eu acompanho muito também e enfim trato muito dessa questão que é a compulsão E aí a compulsão a gente tem alguns exemplos bem eh vários exemplos de compulsão
né os vícios e tal e coisa mas dois exemplos bem difíceis de enfrentar são a compulsão alimentar eu acho talvez mais difíceis hoje em dia compulsão alimentar e a compulsão pro celular né redes e tal mas celular em geral a compulsão pegar o celular e tal são muito difíceis de enfrentar porque são coisas que você não pode parar de fazer né A princípio o celular você não pode largar o celular para sempre né Então você vai ter que mediar a sua relação com o seu celular e a comida você também Teoricamente não pode parar de
comer ou não deveria pelo menos não pode parar de comer você tem que continuar comend Então você vai ter que mediar e negociar a relação com a comida e aí quando tem uma elevação de tensão de vínculo você busca compulsivamente um a comida você busca um reconhecimento nas redes você busca uma resposta para aquilo que não vai resolver então tudo isso é importante porque nada disso vai resolver né então que isso é fundamental de entender nenhuma dessas estratégias vai dar conta de resolver Aquilo é como o sonho lá atrás como eu falei né de dormir
é preciso dormir e tal você prioriza uma coisa né em detrimento da outra mas não vai resolver você vai acordar com muita sede então o celular por exemplo não vai resolver você vai tentar se mostrar se moldar se editar se filtrar e tal e tal para ser amado nessa realidade mas no fundo quanto mais você faz essa edição menos reconhecido por aquela imagem você se sente com aquela imagem você se sente e menos Amado em última análise né Mesmo que você não perceba E aí tem outra negação acontecendo aí mas então você tá eh no
fundo fazendo uma edição enorme e não tá se sentindo Amado nem um pouco porque você sente aquilo tudo é uma grande farça que aquilo não é você então você tem que você fica mais tenso ainda mas você tenta porque na hora que tem elevação de tensão Você tem uma um aumento de risco de existência concreto você tem que fazer alguma coisa e você não achou nenhuma hipótese é melhor para solucionar aquilo né então a boazinha por exemplo pode reaparecer po vai reaparecer de novo ali na frente mas é a boazinha pode reaparecer aqui por exemplo
se você nas redes faz uma função de ser uma pessoa muito legal né então você vende a imagem de você mesmo ou nos grupos e tal e tal é como uma pessoa muito muito muito muito legal muito correta muito politicamente correta muito muito sem desvio e não sei o quê eh é muito engajada muito sei lá o que quer que seja do que depende do seu referencial E isso tem a ver com uma continuidade daquela hipótese infantil então várias vezes a gente isso é importantíssimo de perceber várias vezes a gente vê uma continuidade entre esse
automatismo infantil que aconteceu essa essa essa esse aprendizado que virou automático infantil e a modalidade de mecanismo de defesa eh na idade adulta por exemplo eh então se eu for muito legal muito bom aluno e tal e tal e tal e tal eh meu pai vai me amar então aqui na idade adulta a gente vê uma racionalidade excessiva acontecendo tô fazendo um sim então que não é assim tá não é assim é uma uma consequência imediata e uma uma eh uma um determinismo tá mas dá para pensar que existe Possivelmente existe várias vezes existe uma
conexão entre esse mecanismo de defesa modalidade de quando fale na idade adulta e o e o que foi automatizado lá atrás que não tá funcionando aqui né então você tenta ser legal você Tent tenta ser bacana e tal e tal e tal não funciona e você responde com uma racionalidade porque é próximo do mecanismo que você aprendeu você tentou fazer aquilo não funcionou tem uma elevação de tensão você busca aquele aquele outro mecanismo para lidar com aquilo né Isso é isso é legal entender uma outra uma outra modalidade super comum é uma substituição de uma
necessidade por uma outra né então por exemplo o Tinder entra Ness nesse aspecto várias vezes você quer vínculo mas busca sexo quanto mais você busca sexo e menos você você encontra vínculo né Mas você se sente descartável ou descartando E por aí vai e você busca Campos de dominância por exemplo mas você não você não tá conseguindo achar vínculo né você busca sucesso mas você não tá conseguindo achar vínculo né Então as substituições isso é bem importante de sacar e a compulsão também é uma substituição né Não por uma necessidade afetiva mas a compulsão alimentar
por exemplo também é uma substituição né então você tá substituindo eh a aquela necessidade de vínculo por chocolate e aí é muito importante perceber isso aqui que não é assim não é você sacar essa compulsão que vai fazer ela passar então se você repete continua repetindo ela não é porque você quer se fazer mal é porque isso é um aprendizado muito muito muito fundamental muito rudimentar muito básico que tá automatizado e que você não vai conseguir parar assim então antes qualquer coisa aceite esse processo aceita e ver como é que você vai aprender a lidar
com ele na realidade entendeu que tentar controlar isso só vai aumentar a força do cavalo que tá indo pra frente né E quanto mais você puxa mais ele empurra basicamente assim é a coisa da Represa de represar então então é real isso não é uma uma imagem só isso é real então entenda especialmente a compulsão alimentar que eu deixei ali atrás ali atrás parado assim na na na ideia mas a compulsão alimentar especialmente tem uma coisa assim muito muito muito muito forte muito importante que é na origem existe uma conexão e de identidade Total entre
o alimento e o vínculo que é o bico do seio é de onde sai o leite e tal e tal ali é a síntese é uma imagem sintética de tudo isso ao mesmo tempo então fazer essa dissociação depois é muito complicado eh se você criou esse automatismo entendeu então entenda e aceite E acolha esse seu procedimento aí e tal e vá tentando como a gente disse também no último vídeo achar outras modalidades de satisfação do seu sistema de vínculo não de outras coisas porque você muito bom que a gente tem várias necessidades na gente que
bom que feliz que ótimo então a gente tem vários Campos de satisfação a gente não depende daquela modalidade de satisfação daquela necessidade básica e muito menos de um objeto específico como digo sempre achar que a gente Depende de um objeto específico para existir tem a ver com essa esse retorno dessa noção infantil da dependência da mãe no modelo de dependência afetiva na idade adulta Mas isso não é real Então você sabe que você tem várias possibilidades de satisfação né você tem várias modalidades de satisfação dentro vários jeitos de satisfazer mesmo aquela uma necessidade então eu
posso ser amado de várias formas diferentes de eu que sempre digo eu me sinto Amado nesse processo e eu consigo mais ou menos lidar com ele mas é diferente de buscar uma uma realização no amor de outro jeito e tal eu achei um jeito aqui para me sentir amado e reconhecido a gente pode achar vários isso tem limites por outro lado né então Eh Por exemplo quando você começa a confundir dominância e sucesso com vínculo a gente tende a ter problemas então e reconheça a multiplicidade das necessidades mas não tente substituir uma pela outra tentar
substituir uma pela outra não vai funcionar vai ter uma elevação de tensão subsequente de novo você vai ter que fazer uma negação uma compulsão uma série de coisas assim com isso a gente consegue mapear com mais clareza O que que a gente tá fazendo quando falha uma outra modalidade muito forte muito importante é a idealização que vem direto lá de baixo lá lá de trás inclusive da da dessa função da boazinha né é a idealização eu vou ser no modelo assim de dominância é eu vou ser [ __ ] eu vou ser amado vou ser
incrível Talvez um modelo mais heteronormativo masculinizado assim né sem querer entrar nesses termos mas assim é o sucesso profissional o cara e tal não sei quê que a gente vê bastante no no no trabalho e de um outro lado eh no modelo nesse nesse formato hétero e tal eh o modelo casamento não sei o que você feliz aqui quando encontrar alguém que finalmente me ame daquela maneira são idealizações são formações de satisfação daquela necessidade num num num objeto x numa realização x eh que não tá ligado diretamente ao que você está fazendo tá ligado a
um lugar Um lugar que você coloca lá né quando eu chegar lá aquilo vai satisfazer então quando eu chegar aquela fantasia lá aquilo vai satisfazer E aí a gente começa a gente fala de Então esse é um outro uma outra modalidade de de de de Talvez de um mecanismo de defesa né de um mecanismo de defesa para uma não satisfação de uma necessidade E aí a gente pensa uma coisa muito importante quando eu falo de idealização Vamos pensar aqui para não não derrapar nesse negócio que é importante a idealização e isso é a nossa tarefa
de casa já a idealização é esse esse pensamento aí que você tem eh é o que a gente tenta fugir várias vezes né não vou tem que parar de idealizar e a gente vai chegando numa conclusão que eu tenho que parar de fantasiar a gente não tem que parar de fantasiar entenda a gente não tem que parar de fantasiar a fantasia é uma chave pra gente compreender o que a gente precisa né é uma chave pra gente entender para onde o que que tá faltando na gente então por exemplo quando eu sonho lá que eu
tô com sede eu entendo que eu tô com sede isso essa é a função do sonho também para na na clínica depois né a gente consegue ouvir aquilo e falar Ah então talvez a gente esteja falando de necessidade de fugir de uma necessidade de gozar né de uma necessidade de vínculo do Medo do vínculo por exemplo E assim a gente vai derivando essas compreensões mas então é na idealização mora a compreensão da Fantasia o problema da idealização é quando ela deposita lá a resolução disso que não vai vir porque tem uma separação entre o que
você pode fazer e o que você e o que a realidade oferece né a fantasia é fundamental para que você entenda o que você tem que fazer para tentar aproximar o seu modelo interno sua necessidade interna da realidade inferência ativa né nesse sentido Então quando você consegue compreender a sua fantasia você consegue compreender os caminhos possíveis de ação para diminuir a distância entre o que você precisa e o que se apresenta que essencialmente é o é o quer viver né em última análise eh só que eh isso não é a idealização vai surgir para mim
uma grande coisa uma grande chance uma vai aparecer e um dia eu vou um dia eu vou achar alguém que me ame um dia eu vou achar alguém que me reconheça um dia eu vou ser o melhor profissional Sei lá o qu isso não existe isso não acontece assim né mas a fantasia por outro lado o fantasiar É talvez o melhor caminho de pesquisa na autoescrita a gente usa basicamente dois que são as emoções então perceber o pânico acontecendo diz pra gente do vínculo e as fantasias né então perceber a a montagem da fantasia te
faz não cair nos mecanismos de defesa com tanta estupidez Nesse sentido porque eh não não é sobre isso é sobre aquilo né então é como eu me sinto quando quando você consegue entender como eu me sinto quando e o que eu penso no sentido de que o que eu fantasio o que eu fantasio sobre isso né o que eu você consegue entender Qual é a sua necessidade de base uma das porque várias vezes a gente tem várias como eu disse lá no exemplo do sono e da sede e você vai ter que priorizar e às
vezes a gente priorizou coisas muito estupidamente na vida por exemplo a gente priorizou se defender por muito medo e abandonou a necessidade de vínculo às vezes né isso acontece por exemplo várias vezes então aqui a fantasia e isso que eu quero deixar para vocês nos próximos tempos eh perceba os seus mecanismos de defesa e aprenda a ler as suas fantasias a compreender as suas fantasias não as recuse não recuse Suas Fantasias elas são uma ferramenta de pesquisa assim como a elevação de tensão aor dor é uma ferramenta de pesquisa ela é um erro de previsão
homeostático que diz pra gente Qual a necessidade não foi satisfeita então a gente consegue ver que que é que tá acontecendo quando a gente consegue juntar a fantasia com elevação de tensão a gente consegue ter uma leitura e é isso que a gente faz na aut escrit a gente consegue ter uma leitura muito mais clara do que que tá em descompasso e a gente consegue entender o que que tá falhando que qual a sua hipótese alostática que não está funcionando e a gente consegue entender Qual qual é esse modelo que você tá seguindo que não
funciona e é isso essa é a pesquisa toda isso a gente vai tentando no final final das contas melhorar aproximar o seu modelo dessa realidade com isso conseguindo ouvir a realidade ter um retorno da realidade e conseguindo atualizar nesse sentido o seu modelo para atualizar as suas estratégias de ação né então se você continua sempre aberto para essa atualização que é muito difícil porque em alguns momentos tem muito risco que a gente volta para as respostas mais infantis quanto maior o risco maior a chance da gente voltar para as respostas mais infantis is essa que
é encrenca mas automatismo a gente vai encontrar assim quanto se vem um ônibus você não vai pensar sobre o sentido da vida você vai eh se recolher né você vai voltar pra resposta instintiva primeira Então essa aqui é a dificuldade mas quanto mais a gente consegue trazer isso para consciência pra percepção mais chance a gente tem de de relativizar esses aprendizados e de tentar novas estratégias estrito senso se a gente tá sempre aberto a tentar novas estratégias ou seja sempre flexível para novas tentativas a gente tá na melhor coisa que a gente pode fazer né
a gente vai tentar aproximar a realidade da gente a gente D realidade a realidade da gente a gente D realidade é isso isso é a melhor coisa que a gente pode fazer e a você vai me perguntar mas quando fazer o qu quando é que eu aceito a realidade quando é que eu tento mudar aquela pergunta de sempre el isso um bilhão de vezes e a eu vou te responder sempre as duas coisas é é os dois é sempre os dois né nesse sentido essa diferenciação é Ah aqui é aquilo aqui aquilo outro é sempre
uma escolha empírica você tá sempre tentando você tá sempre ouvindo a realidade adequando o seu modelo ouvindo a realidade adequando o seu modelo e tentando de novo né Em alguns momentos você vai prender mais para cá né se afastar mais e aceitar mais Aquilo em outros momentos você vai eh é atuar mais com mais força e tal e tal isso vai variar isso não tem uma resposta específica mas o ponto é que você consiga manter uma flexibilidade E para isso a gente volta também um outro conceito fundamental que é uma abertura do seu narcisismo uma
compreensão de que a realidade não está de acordo com a sua necessidade simples assim ela não está Então você vai ter que ser flexível para tentar aproximar a realidade da sua necessidade mas ela não está de acordo né então você vai tentar e vai falhar vai tentar de novo vai falhar de novo vai falhar melhor e assim a gente segue né com a com essa atuação ível em relação à realidade e aí para isso mas para isso você precisa reconhecer os seus mecanismos de defesa O que que você tá fazendo para tentar reconhecer Qual a
necessidade básica que tá em não satisfação para tentar melhores estratégias Ufa eu acho que eu consegui mais ou menos dizer o que eu queria dizer me digam aí se funcionou se chegou para vocês se rolou vê aí como é que vocês podem eh experimentar essas essas ferramentas que eu tô tentando e eh partilhar aqui e a gente se vê de novo Eh esse sábado a ainda tem Live da autoescrita e as as Lives o trabalho da aut escrita vai continuar mesmo que eu não consiga fazer Live nas próximas nas próximas duas semanas eu acho que
eu vou conseguir Mas mesmo que eu não consiga eu vou continuar respondendo e acompanhando Quem tá na out escrita de qualquer forma a gente se vê aqui de novo no salva vidas no dia se não me engano 12 de 13 de agosto a a a semana daqui daqui a três três semanas sem e a gente retorna e deixa eu olhar aqui só para dizer para vocês se vocês vão ficarem brados comigo que eu disse uma coisa e tal isso dia 13 de agosto Acabei de olhar aqui 13 de agosto a gente retorna com o próximo
salvar vidas tá bom Muito obrigado eh e até já até já gente tchau [Música]