Aula: Sílvia Faustino

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Especialização em Ensino de Filosofia UnB/UAB
Video Transcript:
[Música] carlos alunos bem vindos ao núcleo temático do ensino de lógica ontologia e filosofia da linguagem meu nome é silva faustino eu sou professora e da graduação e da pós graduação em filosofia da universidade federal da bahia e trabalho na linha de filosofia da linguagem minha aula tentará atingir simultaneamente dois objetivos de um lado farei a exposição de quatro concepções que marcaram a história do pensamento filosófico sobre a linguagem a concepção de platão e aristóteles a concepção da chamada lógica de e ar a concepção do primeiro ver quem está em ea concepção do segundo vídeo
de ensaio com isso recobrir emos um período grego o período moderno e dois períodos contemporâneos de outro lado eu tentarei no decorrer dessa exposição elucidar a distinção entre os fundamentos ontológicos psicológicos e antropológicos ou ainda pragmáticos da linguagem vocês verão que a cada um desses grandes períodos podemos identificar a presença ea força destes fundamentos [Música] a filosofia da linguagem é uma disciplina filosófica de muito destaque nos tempos atuais mas as suas raízes históricas remontam ao pensamento antigo de platão e aristóteles ambos esses filósofos pensaram e investigaram a linguagem do âmbito das relações entre a lógica
ea odontologia num contexto em que procuravam defender contra os sofistas a existência do ser verdadeiro e à busca do ser verdadeiro como a verdadeira finalidade da filosofia motivados pela polêmica contra os sofistas tanto platão quanto aristóteles quando investigam a lógica da linguagem se ocupam sobretudo de um tipo específico de discurso o discurso que e anuncia o ser ou a realidade a razão é muito simples apenas esse tipo de discurso ou seja o discurso que enunciam ser pode ser considerado como verdadeiro ou como falso dizer o ser implica afirmar ou negar algo de algo eu digo
de sócrates que ele é filósofo eu digo de sócrates que ele não é músico como explica aristóteles em seu tratado da interpretação uma afirmação é uma proposição que diz algo de algo enquanto uma negação é uma proposição que nega algo de álcool a proposição por exemplo crat luanda diz de um determinado homem prático que ele realiza uma determinada ação anda hora nem a palavra cra nem a palavra anda sozinhas afirma ou negam alguma coisa isso significa que para haver uma proposição uma enunciá são sobre o ser é preciso haver um entrelaçamento entre um nome e
um verbo para haver um discurso enunciativo é preciso que os termos nome e verbo se articulem e essa articulação consistirá na representação de um sentido posicional o sentido do discurso está portanto nesse entrelaçamento dos termos e o entrelaçamento dos termos consistirá na descrição de um entrelaçamento possível docentes na realidade quando dizemos crat luanda afirmamos o entrelaçamento entre o indivíduo ea ação quando dizemos crato não anda negamos o entrelaçamento entre o indivíduo ea ação ora o indivíduo ea ação podem existir unidos ou separados na realidade isso indica que quando enunciamos nós já fazemos uma escolha nós
escolhemos seja pela afirmação seja pela negação do entrelaçamento e assim nós determinamos um modo de representação ou de descrição da realidade qualquer que seja portanto a nossa escolha o que importa é que com base nela é que a descrição da realidade se tornará possível deste modo se dizemos crates anda escolhemos um modo de articulação dos termos que é oposto a crato não anda mas o que importa é que essa escolha determinará o sentido em que a proposição e anunciará o ser e ela será a verdadeira caso o entrelaçamento enunciado reflita um entrelaçamento real ou não
assim que dizemos crat luanda a proposição será verdadeira se o entrelaçamento entre o indivíduo ea ação de fato corresponder a um entrelaçamento real isso quer dizer que o discurso enunciativo sobre o ser é logicamente articulado e que a articulação discursiva tem como função representar ou simbolizar uma articulação ontológica no plano da realidade por isso o discurso enunciativo pode ser verdadeiro ou falso ele é verdadeiro quando diz que as coisas são o que elas realmente são ou quando diz que as coisas não são o que elas realmente não são e é falso quando diz que as
coisas são o que elas realmente não são ou quando diz que as coisas não são o que elas realmente são esta concepção que fundara linguagem ontologia se baseia na doutrina de que o discurso sobre o ser deve estar apto tanto a verdade quanto a falsidade uma doutrina que foi exposta já no diálogo o sofista de platão como sabemos neste diálogo trata se de definir o sofista como um produtor de falsidades verbais nessa medida é necessário demonstrar a possibilidade do discurso falso pois somente demonstrando a possibilidade do discurso falso demonstrando também que é possível o discurso
verdadeiro sobre os e e sabemos que os sofistas negava a existência da verdade e da falsidade aliás eles negavam a existência do ser uma outra tese importante dessa concepção de linguagem consiste na distinção entre o plano do sentido e o plano da verdade da proposição do ponto de vista estritamente lógico o que interessa é que a proposição tenha um sentido e ela tem um sentido de maneira anterior e independente de sua verdade ou falsidade o sentido da proposição por exemplo maria anda é perfeitamente compreensível e claro independentemente de sabermos se a proposição maria anda é
verdadeira ou falsa voltaremos a essa distinção entre o plano do sentido eo plano da verdade quando tratarmos da concepção contemporânea da linguagem do primeiro vídeo quem está por enquanto importa apenas mostrar que essa concepção de que há fundamentos ontológicos da linguagem tem suas raízes históricas nos escritos de platão e aristóteles na esteira das doutrinas cartesianas acerca da subjetividade pensante dois padres franceses que viviam na abadia de pó royal a publicaram um livro em 1662 intitulado a lógica ou a arte de pensar neste livro que exerceu uma enorme influência em muitos filósofos modernos estão contidos os
ensinamentos do que ficou conhecido como a lógica de port royal e ele foi utilizado durante muitos anos como um texto básico para os estudos da lógica se considerarmos os aspectos estritamente técnicos relativos aos métodos da lógica a lógica de pó royal a não tem um peso muito importante porque nesse sentido eles não apresentaram inovações mas se considerarmos os efeitos que essa lógica exerceu sobre diversos sistemas filosóficos da modernidade a sua relevância salta aos olhos as concepções de locke sobre a linguagem ea concepção de kant sobre a lógica são apenas exemplos dessa longa tradição por conceber
a lógica como a arte de pensar ou de bem conduzir a razão a lógica de pó royal se dedica especialmente a problemas ligados à teoria do conhecimento ea processos psicológicos do pensamento os autores defendem a concepção de que as operações lógicas são por natureza operações do espírito de um ser pensante é claro que quando kant definir a lógica como a ciência das leis do entendimento hebe a faculdade do entendimento como uma faculdade subjetiva e não meramente psicológico mas no sentido amplo em que as capacidades mentais subjetivas são tratadas na contemporaneidade sobretudo se tomamos o anti
psicologismo militante de certos filósofos analíticos a concepção kantiana do entendimento como uma faculdade das leis do pensamento pode sim ser considerada como uma concepção psicológica da lógica a concepção de kant é psicológica na medida em que ela toma as operações ou atos do pensamento como pontos de partida do estudo da lógica precisamente porque envolve a referência às faculdades subjetivas da mente humana a lógica de pó royal fortalece a presença de fundamentos psicológicos no entendimento do funcionamento da linguagem isso fica claro na própria definição de lógica que os autores apresentam no início do livro eles definem
a lógica como eu cito a arte de bem conduzir a razão no conhecimento das coisas essa arte como explicam os autores consiste no estudo e nas reflexões que podemos fazer sobre as quatro principais operações do espírito as operações de conceber de julgar de raciocinar e de ordenar de acordo com essa quádrupla classificação o livro de ambos esses autores também se divide em quatro partes assim a lógica de pó royal contém um capítulo à parte sobre as idéias as que são referidas ao ato de conceber uma segunda parte sobre os juízos que são referidos ao ato
de julgar uma terceira parte que é sobre os raciocínios que são referidos ao ato mental de raciocinar ou seja de operar com juízos com base em outros juízos e uma quarta parte sobre o método de encontrar a verdade esta parte se refere ao ato espiritual de ordenar isto é de unir as idéias os juízos e os raciocínios sobre o mesmo assunto de modo a saber como melhor conhecê los embora a teoria das formas do raciocínio na lógica de pó royal a siga em geral o paradigma aristotélico da teoria da dedução dos argumentos válidos nota se
claramente que no lugar da antiga relação pensada por platão e aristóteles entre a linguagem ea realidade introduz se uma esfera intermediária que se refere à esfera psicológica do pensamento e das operações mentais ou seja em vez de a filosofia da linguagem ocupar se apenas da relação entre a linguagem ea realidade ela tem de ocupar se agora de uma tripla tripla relação à relação entre a linguagem o pensamento ea realidade isso pode ser ilustrado pela concepção que locke tem das palavras em vez de tomar as palavras como sinais das coisas na realidade locke definir as palavras
como sinais ou marcas de idéias da mente assim o que as palavras significam de maneira imediata são idéias e não as coisas na realidade nós temos então uma tripla relação nós temos as palavras que indicam idéias e estas idéias é que indicarão as coisas uma realidade apesar dos títulos das três primeiras partes da lógica de porta foi a corresponder às divisões tradicionais dos tratados de lógica medievais a quarta parte da obra que é a parte sobre o método apresenta uma novidade essa novidade remonta ao discurso do método de de kart e faz com que o
campo estrito da lógica seja alargado ao ponto de incorporar instruções metodológicas para se encontrar a verdade nas ciências por esse motivo a lógica de pó royal a passa para a história da filosofia da linguagem como aquela que foi responsável pela confusão entre lógica epistemologia ou teoria do conhecimento o tratato os lógicos filosóficos de ver quem está em obra fundamental para qualquer discussão sobre a filosofia da linguagem contemporânea ea razão dessa importância consiste na originalidade do projeto filosófico que anima o livro nele ver quem está em impõe como tarefa traçar os limites do pensamento pela delimitação
dos limites da expressão dos pensamentos na linguagem trata se de um projecto crítico no sentido kantiano da palavra pois assim como kant pretende estabelecer as condições de possibilidade e os limites da experiência possível ver quem está em pretende estabelecer as condições de possibilidade e os limites da linguagem possível isso não significa que o tratato tenha a pretensão de investigar todo e qualquer uso possível da linguagem pois o livro se dedica tão somente ao uso representativo ou descritivo da linguagem ou seja é a linguagem como representação do mundo quem interessa ao âmbito do tratado e por
isso mesmo o primeiro ver quem está em situação no campo da nova lógica criada por fregue voltará a defender de maneira radical a visão de platão e aristóteles de que a lógica da linguagem se funda nos mesmos pressupostos filosóficos da ontologia contra a introdução da investigação de processos psicológicos ou operações psicológicas nupem do pensamento no campo da lógica o tratados militar a a favor de uma volta antiga ordem aristotélica segundo a qual a lógica da linguagem deve ser investigada pressupondo apenas as relações de representação que se estabelecem entre os elementos da ré da linguagem e
os elementos do mundo sem que para isso seja preciso investigar a esfera intermediária dos eventos ou operações psíquicas ao tratados não importa portanto a representação do mundo como uma faculdade mental dos sujeitos pensantes mas apenas como uma capacidade intrínseca de simbolização pelos sinais lingüísticos portanto pertencerá ao campo do desnível somente o pensamento que puder ser expresso por sinais lingüísticos o que é a linguagem possui em comum com o mundo de maneira que possa legitimamente representá lo a resposta do tratato é a seguinte o que a linguagem e o mundo possuem em comum é a forma
lógica a forma lógica da linguagem espelha a forma lógica do mundo e é por essa iso morphy a que a representação do mundo pela linguagem torna se possível o tratato não investigará porém nem as formas específicas da linguagem nem as formas específicas do mundo ele apenas postulará que o estabelecimento da estrutura da linguagem implica no estabelecimento da estrutura essencial do mundo como a linguagem que representa adequadamente o mundo é a linguagem dos fatos então o mundo que poderá ser representado pela linguagem será o mundo como totalidade dos fatos por esse motivo as investigações lógicas do
tratato sus se limitam a linguagem factual a linguagem dos fatos a única que pode descrever as coisas tais como a relação ou tais como elas não são o conceito de proposição é fundamental no tratados proposições com sentido são figurações lógicas dos fatos a proposição enquanto figuração representa um estado de coisas possível no mundo uma ligação de coisas de objetos se as coisas no mundo estão ligadas no modo como a proposição dispõe a proposição é verdadeira se as coisas no mundo não estão ligadas no modo como a proposição dispõe a proposição será falsa estamos de volta
ao princípio lógico fundamental estabelecido dêsde o sofista isto é o sentido proposicional é articulado e bipolar enquanto figuração de um estado de coisas possível a proposição representa o menu e apresenta de maneira clara um modo determinado de ligação das coisas no mundo e tal como também já foi estabelecido no sofista ela faz isso de maneira completamente independente do fato de ser verdadeira ou falsa ou seja assim como já foi sido no sofista o sentido da proposição é logicamente anterior é independente a sua verdade ou falsidade ora se o mundo é a totalidade dos fatos então
nós poderíamos descrevê lo de maneira correta é integral se chegássemos a todas as proposições factuais verdadeiras acerca dele na medida em que as proposições factuais e verdadeiras são veículos legítimos do conhecimento a totalidade das proposições factuais verdadeiras exibe toda a ciência possível do mundo mas a linguagem é a totalidade das proposições com sentido e não somente a totalidade das proposições verdadeiras por isso a linguagem em sua totalidade possui a virtude de representar todas as os estados de coisas possíveis todas as situações possíveis enfim os mundos possíveis o comprometimento ontológico dessa concepção de linguagem é tal
que vi quem está em lá pelo final do tratato admite que somente as proposições da ciência natural ilustrariam o tipo adequado de proposição que pode corresponder às exigências do livro a razão disso é claro as proposições da ciência natural por exemplo as proposições da física tratam de fatos que podem ser em pirituba mente verificados e à verdade das proposições pode ser completamente a testada pela verificação da existência ou não existem se a efetiva dos fatos que elas denunciam a restrição radical ao que pode ser dito com sentido ao domínio dos fatos tem uma consequência drástica
uma consequência filosófica drástica e bastante conhecida todas as proposições que não tratam de fatos contingente do mundo são consideradas como proposições sem sentido pelo tratados é assim que as proposições da lógica da filosofia da ética da estética e da religião são consideradas como proposições sem sentido na medida em que as proposições com sentido são apenas as proposições que representam fatos e essas proposições não representam fatos contingentes elas ficam fora do campo do sentido elas são portanto consideradas como absurdas ou sem sentido pelo primeiro vídeo está além de ter levado às últimas consequências e no âmbito
da nova lógica a concepção da linguagem como representação do mundo e ter pago um alto preço por isso o tratato também evidencia um problema crucial do pensamento contemporâneo a separação entre o domínio dos fatos e o campo dos valores ora os valores não são fatos os valores valem eles não são como as coisas são portanto eles não podem ser submetidos aos pressupostos ontológicos da representação factual do mundo pela linguagem os valores pertencem portanto ao que não pode ser dito ao invisível ao inefável isso não quer dizer porém que o primeiro vídeo quem está em não
atribuem importância aos valores ea ética pelo contrário a sua estratégia resulta muito mais em proteger os valores éticos estéticos religiosos etc do discurso positivista da ciência é por habitarem a esfera do que há de mais alto isto é o que está além do mundo dos fatos que os valores não se deixam exprimir pela linguagem contingente mas guardar silêncio na esfera do etco significa antes de mais nada preservar essa esfera valiosa da experiência humana da relatividade e da contingência própria das expressões da ciência por muitas razões de quem está em ficou insatisfeito com o tratados e
quase duas décadas e meia depois entrega a publicação as suas investigações filosóficas livro que condensa as concepções do chamado segundo ver quem está entre as rupturas que as investigações representam com relação aos tratados duas merecem especial atenção primeira ruptura em vez de falar sobre a linguagem de quem está em fala agora de jogos de linguagem isto é em vez de falar da linguagem como um sistema único e dotado de traços essenciais ele fala agora de atividades linguísticas que são regidas por regras e que são múltiplas e athena e heterogêneas rompendo portanto com a visão de
uma unidade uma uniformidade da lógica o segundo vídeo está em falará de diferentes gramática segunda ruptura importante em vez de conceber a linguagem como ligada às formas do mundo o segundo vídeo quem está em com a noção de jogos de linguagem vai ligá la a noção de formas de vida isto é ao conjunto de atividades e práticas que caracterizam as formações culturais e sociais nas quais esses jogos se desenvolve ninguém está em diz que imaginar uma linguagem é imaginar uma forma de vida no lugar dos antigos fundamentos ontológicos encontramos agora fundamentos antropológicos culturais sociais e
comportamentais na explicação da produção e do entendimento do sentido da linguagem uma das críticas mais importantes operadas pelo segundo vídeo ensign incide sobre a concepção referencial do significado isto é a concepção geral de que as palavras designa objetos e de que as frases são ligações de tais denominações sua crítica busca mostrar que a concepção referencial do significado padece de dois defeitos congênitos de um lado é muito pobre para dar conta do funcionamento extremamente complexo dos nossos jogos de linguagem e de outro lado quando é erroneamente aplicada ela pode conduzir ao psicologismo ou aumentar 'lista dos
significados exemplifiquemos a visão de que a a cada palavra uma coisa um objeto uma referência no mundo é pobre porque nem sempre utilizamos as palavras com a intenção de indicar coisas e objetos no mundo o próprio de quem está em dar um exemplo no início das investigações referindo-se ao seguinte o uso da linguagem a uma pessoa é entregue um pedaço de papel que contém os seguintes sinais cinco maçãs vermelhas essa pessoa vai até o vendedor que operando com esses sinais realiza a venda a viagem está interessa saber como é que poderíamos explicar o funcionamento da
linguagem como é que essas palavras foram utilizadas nesse jogo de linguagem segundo a concepção referencial do significado à sua estratégia consiste em mostrar que se nós analisarmos essa locução do ponto de vista da tese referencial do significado a nossa tendência seria procurar perguntar a qual objeto corresponde por exemplo a palavra vermelho a qual objeto corresponde por exemplo a palavra 5 essa crítica vai no sentido de mostrar que explicar o significado de uma palavra consiste sobretudo em buscar a descrição do seu aprendizado na linguagem quando aprendemos a usar a palavra 5 ea palavra vermelho não aprendemos
o significado delas por vincularmos a cada uma um objeto determinado nós aprendemos essa palavra pelo domínio de uma gramática isto é de uma prática linguística convencionada e determinada por regras que regulam o seu uso quando nós aprendemos a usar a palavra 5 aprendemos também a usar a palavra 4 a palavra 3 da mesma maneira quando aprendemos a utilizar a palavra vermelho nós aprendemos no mesmo lance a utilizar a palavra amarelo palavra verde etc ou seja o aprendizado dessas palavras não implica a vinculação das mesmas a objetos específicos que seriam os seus significados nós não vinculamos
o 3 a 1 o objeto diferente do objeto que nós vinculamos a 14 que seja diferente é o objeto que vinculados aos cinco e assim por diante assim como ao aprender a usar a palavra vermelho também não vinculou a ela um objeto diferente do objeto que o vincula a palavra amarelo e assim por diante ora não aprendemos a vincular objetos as palavras que designaram cores e numerais precisamente porque essas palavras não designou objetos e sim qualificam ou quantificam os objetos mas como foi dito além de inútil a concepção referencial do significado tende a conduzir ao
psicologismo pois aquele que acredita que o significado da palavra só pode estar no objeto que ela substitui tenderá a localizar significados mentais ou psíquicos quando não encontrar na realidade a referência que procura para o nome desta maneira o defensor do referência a 'lista poderás poderá dizer que embora não haja no mundo um objeto que se refiram especificamente a palavra vermelho existe na mente humana um objeto interno ou psíquico que se refere à palavra vermelha na verdade é essa concepção vai conduzir ao mentalismo ou ao psicologismo dos significados que é muito criticado pelo segundo fiquem está
em o interessante no entanto é ver que o mentalismo não passa de um referencial a 'lista internalizado pois pode-se notar que tal como duas duas faces de uma mesma moeda ambos nascem da visão comum de que a função básica da linguagem consiste em representar a realidade seja externa ou física seja interna ou mental em vez de perguntar pelo significado diz o segundo vê quem está em pergunte pelo uso em vez de correlacionar as palavras a objetos específicos pergunte pelas regras que regulamentam o seu uso em diferentes contextos a explicação do significado das palavras pode estar
apenas nos efeitos práticos que elas produzem ea descrição do seu entendimento pode coincidir com a descrição das ações ou atividades que são produzidas a partir delas ciades fecha a porta à b o entendimento de bebê pode ser descrito pela ação que ele realiza sem que seja necessário pressupor uma operação mental ou intelectual do entendimento dos significados dessas palavras isso indica que a finalidade e o uso das palavras envolvem ações diversas capacidades variadas competências específicas domínio de técnicas diferenciadas etc envolve pessoas e padrões de comportamento socialmente instituídos e convencionados uma das consequências importantes dessa concepção está
no grande valor dado ao ensino da linguagem segundo o vitim está em o ensino de uma palavra não é tanto uma explicação do que ela significa mas um adestramento um treino para o seu uso futuro o ensino do uso de uma palavra seria comparável ao ensino do uso de uma peça num jogo de xadrez aprendemos por exemplo as funções da peça chamada o rei do xadrez ao não serem mostrados lãs ao não serem mostrados ou descritos lances válidos com esta peça no interior do jogo ensinamos e aprendemos o que fazer com as palavras as palavras
são como ferramentas com diferentes funções e as semelhanças aqui e ali mas o que nos confunde é a uniformidade de sua aparência quando não são ditas ou quando são dispostas na escrita o emprego delas não fica claro quando as consideramos apenas do ponto de vista essa uniformidade da sua aparência de quem está aí faz uma analogia para ilustrar essa ilusão de uniformidade olhando à cabina de um maquinista da locomotiva vemos alavancas de mão que parecem mais ou menos iguais e isso é compreensível pois elas devem todas ser manobrados com a mão mas cada uma cumpriu
uma função muito diferente da outra elas atuam de maneiras distintas conforme sejam manipuladas isso tenho sentido de um alerta para o fato de que embora o meio de doação dos sinais das palavras seja homogéneo e cause essa impressão de que há uma uniformidade entre elas há uma enorme heterogênea idade no modo do seu funcionamento tudo isso deve ser considerado quando se fala em uma virada linguística do século 20 se ainda é possível a empreitada filosófica de uma investigação acerca do entendimento humano esta terá de se dar como uma investigação acerca do entendimento das palavras dos
sinais e o que muda em relação às investigações filosóficas clássicas é para onde nós devemos olhar quando falamos em entendimento se seguirmos as indicações do último vídeo está em devemos olhar para a práxis do uso da linguagem isto é para os comportamentos regidos por regras que podem ser observados e cuja gramática pode ser descrita mas escrever jogos de linguagem implica descrever formas de vida e não formas do mundo e nem formas do pensamento ou da mente [Música]
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