Acordos internacionais e mudanças climáticas | Rural Sustentável Cerrado

[Música] o homem se coloca no lugar de espécie dominante há muito tempo o conhecimento nos deu a prepotência e a ilusão de poder nos colocando em isolamento na relação com a natureza com falsas expectativas de domínio e controle no entanto o conhecimento também nos mostra que nenhum ser vivo é capaz de sobreviver isolado a tenha da vida nós somos seres biológicos como qualquer planta das quais inclusive dependemos para sobreviver aliás espécie de seres dominantes somos nós que dependemos de quase tudo em menor o maior escala estamos atados à vida por relações de interdependência a inteligência

e a capacidade humana são realmente gratos acontecimentos da Natureza e por que não usá-las para sair da enrascada em que nos colocamos é preciso estimular o pensamento para além da perspectiva arrogante de domínio e controle aqui um simples fato pode servir de reflexão não existe isolamento na natureza Olha eu sei que não é fácil deixar essa ideia de lado mas vale tentar porque as consequências de nossa atual forma de interação com planeta já se mostra um desastrosos talvez de início um caminho seja apenas nos responsabilizar pelo que estamos construindo elaborar e por em prática novas

formas de interação assim trocamos domínio por Criação focando em inovação e evolução não é razoável que um sistema civilizatório que gera tanto Impacto e promove visivelmente O desequilíbrio climático exaurindo o planeta possa continuar como modelo absoluto o Brasil é um contribuinte expressivo na emissão de gases do efeito estufa Esse é o principal agente é agropecuária mal manejada no entanto diferente do resto do mundo aqui onde está o problema também se encontra a solução as boas práticas no setor agropecuário concentradas em ações de redução das emissões dos gases de efeito estufa ganham cada vez mais o

interesse do Capital internacional por conta da face visualização das perspectivas e do potencial positivo de escala mundial que nosso país apresenta a situação nos favorece precisamos da ação coordenada em busca de um agropecuária produtiva e sustentável que pode se tornar exemplo para o resto do mundo como já vimos o aumento dos gases de efeito estufa ameaça ao bom funcionamento dos ecossistemas por meio da elevação da temperatura do planeta por isso governo cientistas e sociedade têm discutido muito para propor soluções para esse desafio Global as negociações internacionais sobre mudanças climáticas envolvem muitos países então é importante

entender como os acordos que definem as ações de mitigação e adaptação a esse problema impactam as leis e a política de um país é para isso que veremos o histórico e os motivos de o Brasil assinar diversos acordos internacionais sobre a temática essas negociações ocorrem no âmbito da convenção quadro das Nações Unidas sobre mudanças do clima que passaremos a chamar aqui apenas de convenção mas antes de se tornar o maior acordo multilateral da história houve uma longa caminhada para criar e consolidar essa convenção vamos visitar a linha do tempo desse trajeto histórico com os principais

acontecimentos e um pouco do papel do Brasil em cada etapa em 1988 o programa das Nações Unidas para o meio ambiente e a Organização Mundial de meteorologia estabeleceram o painel intergovernamental sobre mudança do clima o ipcc que avalia cientificamente o conhecimento sobre as mudanças climáticas e os possíveis impactos socioeconômicos e ambientais e formula estratégias realistas para lidar com esse problema o primeiro relatório do ipcc foi publicado em 1990 e levou a assembleia geral da ONU a criar a convenção no Rio de Janeiro em 1992 a conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e o

desenvolvimento conhecida como Rio 92 ou eco-92 teve como um dos principais desdobramentos a consolidação da convenção que só entrou em vigor em 1994 com assinatura de 182 países inclusive o Brasil o texto da convenção reconhece as mudanças climáticas globais e seus efeitos negativos como uma preocupação com o mundo da humanidade também reconhece que a maior parcela das emissões de gases de efeito estufa globais vem dos países desenvolvidos e que as emissões dos países em desenvolvimento como os latino-americanos eram relativamente baixas mas que a sua parcela cresceria junto ao processo de industrialização e a apropriação dos

recursos naturais a convenção Segue o princípio do multilateralismo O que significa que cada país signatário é uma parte do acordo daí o termo conferência das partes qualquer decisão é tomada somente se houver um consenso Entre todos em 1994 por exemplo a convenção reconhece que as atividades humanas interferem nas mudanças climáticas E propõe o empenho comum para estabilizar a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera em um patamar que Evite o desequilíbrio do clima Global o Brasil assinou vários acordos internacionais e sempre Manteve uma posição de destaque nessas negociações desempenhando papel importante no estabelecimento de

metas ambiciosas incentivando o Consenso entre as partes Mas por que nos interessa saber quais são esses acordos e o motivo de serem assinados em muitos casos essas ações internacionais geram políticas nacionais que afetam o nosso dia a dia como é o caso do plano ABC Você lembra ainda no Brasil buscando reduzir as emissões de gases de efeito estufa na agropecuária foi criado o plano ABC plano setorial para adaptação a mudança do clima e baixa emissão de carbono na agropecuária com vistas ao desenvolvimento sustentável a partir de 2020 passa a ser denominado como plano ABC Mais

atualmente já com novas metas e prazo até 2030 entre as estratégias do ABC mais estão adoção e manutenção de práticas conservacionistas manutenção de sistemas integrados melhoramento genético e aumento da diversidade biológica das variáveis cultivadas que são tomadas aqui em mais de 20 anos de negociação internacional sobre mudanças climáticas inúmeras decisões e diversos documentos foram produzidos vamos ver alguns copy um e a proposta brasileira a convenção foi criada em 1992 na rio-92 mas a primeira cop só aconteceu em 1995 em Berlim então na COP 1 o Brasil apresentou importante sugestões de mitigações de emissão na proposta

brasileira ficou registrado que os países desenvolvidos tinham mais responsabilidade histórica com a proposição de dois elementos chave responsabilizar individualmente os países desenvolvidos pelo agravamento do efeito estufa e criar um fundo de desenvolvimento Limpo outro acordo foi o protocolo de Kyoto assinado em 1997 foi o primeiro dispositivo legal para reduzir as emissões de gases do efeito estufa recebeu novamente importantes contribuições da proposta brasileira e passou a considerar de fato a influência das atividades humanas nas mudanças climáticas globais o acordo de Copenhague foi assinado durante a cop 15 em 2009 embora não tenha vivido consenso entre as

partes o Brasil ainda assim apresentou o compromissos voluntários nessa conferência várias partes rejeitaram formalmente o acordo que se tornou inoperante e sem valor jurídico apesar de tudo foi importante para o Brasil especialmente para o setor agropecuário que teve como principal desdobramento o plano ABC do qual falamos agora pouco além disso O Compromisso brasileiro propôs a redução de até 40% das emissões projetadas até 2020 evitando assim a emissão de cerca de 1 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente Você lembra a CO2 equivalente é uma medida de comparação das emissões dos gases do efeito estufa baseada

no potencial de aquecimento de cada gás o acordo de Paris tinha necessidade de responder as ameaças das mudanças climáticas identificar quais países poderiam ser mais afetados a prioridade se focou em garantir a segurança alimentar e erradicar a fome proteger os sistemas de produção de alimentos e fortalecer sumidouros de carbono estilos de vida também tiveram grande destaque Afinal os padrões de consumo e produção sustentáveis se tornaram essenciais para combater as mudanças climáticas mas novos padrões deveriam ser liderados pelos países desenvolvidos o acordo ainda propôs tornar a economia mundial compatível com as baixas emissões de gases do

efeito estufa e resiliente as mudanças climáticas os compromissos para reduzir as emissões por país ou bloco de países como a união europeia devem ser notificados a convenção por meio das contribuições nacionalmente determinadas ou ndc na sigla em inglês o Brasil foi o terceiro grande emissor de gases de efeito estufa assinaram o acordo de Paris e foi o primeiro a apresentar sua MDC a proposta envolveu ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas aqui e em outros países em desenvolvimento baseado na solidariedade e no desenvolvimento sustentável o Brasil se comprometeu a reduzir as emissões de gases

de efeito estufa em 37% até 2025 e em 43% até 2030 isso em relação aos níveis de 2005 dentre as ações de mitigação apresentadas pelo Brasil merecem destaque fortalecer a estratégia de intensificação sustentável na agricultura incluindo a restauração de mais de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas até 2030 aumentar 5 milhões de hectares com sistemas integrados de produção com a integração lavoura pecuária floresta e lpf até 2030 esse novo compromisso reforça a agropecuária de baixa emissão de carbono por meio da recuperação de pastagens degradadas E daí lpf como uma forma real de se atingir

a intensificação sustentável da produção agrícola contribui para a mitigação das emissões de gases do efeito estufa incrementam a produtividade e a renda aumentam os benefícios sociais aos produtores e consolidam o desenvolvimento sustentável E são essas as tecnologias que estão sendo apoiadas pelo projeto Rural sustentável Cerrado bem hoje falamos das principais decisões da convenção quadro das Nações Unidas para mudança do clima e como o Brasil atuou nas decisões criando políticas públicas nacionais para mitigação e adaptação aos impactos da mudança climática vimos como é importante que os países atuam juntos para enfrentar as mudanças climáticas não podemos

esquecer que para enfrentar a mudança do clima ações locais possuem impactos globais no próximo encontro a Laila vai falar sobre o histórico de construção da agenda global de sustentabilidade e os ods objetivos de desenvolvimento sustentável hoje ficamos por aqui até a próxima [Música]